Buscar

Moeda e Política Monetária

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
AULA 8
*
 
Aula 8: Moeda e Política Monetária
ECONOMIA – ANDREA SAMPAIO VIANNA
Rio de Janeiro, 08 de Setembro de 2011
AULA 8
*
 Entender o conceito de moeda e meios de pagamentos.
 Conhecer as funções da moeda, e como se dá a oferta e a demanda por moeda.
• Aprender o que é política monetária e quais são os seus instrumentos.
• Entender a influência da taxa de juros na economia, no lado real e no lado monetário.
OBJETIVOS DA AULA 8 
*
AULA 8
*
A moeda é uma mercadoria, que é aceita por todos no pagamento de bens, serviços e dívidas. O cobre, o sal, o gado, são exemplos de mercadorias que já foram usadas como moeda. Atualmente usamos as cédulas e centavos, chamados de moeda fiduciária: baseia-se na confiança de todos em que essa moeda será aceita como meio de pagamento pelas demais pessoas.
AULA 8
Instrumento de troca
*
O QUE É MOEDA?
Podemos identificar 3 funções da moeda: 
Unidade de 
conta
Reserva de valor
*
AULA 8
*
Instrumento ou meio de troca : É usada pela sociedade e definida por Lei para a realização das transações econômicas e de pagamento de dívidas.
Unidade de conta: Utilizada também como unidade de conta porque serve para calcular e representar quanto valem os bens e serviços da economia.
Reserva de valor: É uma forma de se manter a renda ou guardar a riqueza. Ex.: vende-se um carro, e uma das maneiras de guardar o valor recebido é na forma de moeda.
Entretanto, como as cédulas e centavos não dispõem de “correção de acordo com a inflação”, muitas vezes se aplica o valor recebido em outro ativo, corrigido e que renda juros.
. 
 
AULA 8
FUNÇÕES DA MOEDA
*
*
AULA 8
*
Muitos bens podem ser usados como “moeda” na economia, mas a moeda de que os economistas tratam e que o governo controla é aquela chamada de M1 (Meio de Pagamentos 1):
Quando se incluem outros ativos usados como moeda (p. ex., títulos, ações), há conceitos mais amplos de meios de pagamento (M2 , M3 e M4)*. Mas é o M1 que nos interessa, por ser usado nas políticas macroeconômicas do governo.
*Podem ser conhecidos na Tela 6 da Aula 8 online
 
AULA 8
O CONCEITO DE MOEDA
DA ECONOMIA
*
M1 = papel-moeda em poder da sociedade + depósitos à vista em contas correntes
*
AULA 8
*
Suponha que uma pessoa ganhe R$ 1.200,00. Ao receber o salário, ela saca R$ 400, deixa R$ 500 na conta corrente e coloca R$300 na poupança. Qual é o seu M1, naquele dia?
M1 = R$ 400 + R$ 500 = R$ 900,00.
Uma barra de ouro pode valer muito, assim como um apartamento, mas não tem liquidez como a moeda; precisa ser convertida em cédulas e centavos, para poder ser trocada por outras mercadorias.
 
AULA 8
ENTENDENDO O M1
*
O M1 tem a característica EXCLUSIVA de total liquidez. LIQUIDEZ é a capacidade da moeda de poder ser trocada imediatamente por qualquer mercadoria, sem perder rendimento e sem ônus. O M1 não tem rendimento nem correção monetária.
*
AULA 8
*
Por ser uma mercadoria, a moeda tem sua demanda e sua oferta. Quem demanda a moeda? Toda a sociedade.
A demanda de moeda pode ser identificada como a quantidade de moeda nacional (R$) que é retida pelas pessoas físicas e jurídicas, em espécie, ou sob a forma de depósito em conta corrente nos bancos comerciais.
Para transações: para gastos com bens e serviços
Por precaução: para ter uma certa reserva monetária caso seja necessário fazer pagamentos imprevistos
Para especulação: está mais relacionada aos investidores em aplicações, que separam uma reserva de moeda para não perder uma oportunidade nova de investimento
AULA 8
DEMANDA DE MOEDA (M1)
*
Há 3 razões pelas quais se demanda moeda:
*
AULA 8
*
Quem “OFERTA” moeda na economia? O governo, que pode emiti-la, e os bancos comerciais, que podem emprestar um valor maior do que têm em caixa (ou seja, do que captaram em depósitos).
Como os bancos comerciais “ofertam moeda?” Através dos empréstimos que concedem. Suponha que João peça um empréstimo, que é creditado em sua conta. João então emite cheques (ou faz transferências, ou usa o cartão de débito), para comprar o que queria com o valor do empréstimo. Note que o “dinheiro em espécie” não aparece na operação, tudo se faz através de papéis e transações eletrônicas. 
	Mas os bancos comerciais não podem emprestar a quantidade que quiserem, sem restrição; o governo controla o volume de empréstimos concedidos.
AULA 8
OFERTA DE MOEDA (M1)
*
*
AULA 8
*
Como o governo controla o volume de empréstimos que os bancos comerciais concedem? Através do depósito compulsório.
O depósito compulsório é um percentual estipulado pelo Banco Central, dos depósitos recebidos pelos bancos comerciais. Se chama compulsório porque os bancos comerciais são obrigados a reservar, diariamente, parte dos depósitos recebidos, em uma conta junto ao Banco Central.
	P. ex.: de cada R$1.000,00 depositados, têm que separar 45% (R$450,00). Ficam com menos dinheiro para emprestar.
	Logo, se o governo aumentar o percentual do depósito compulsório, reduz a capacidade de empréstimo dos bancos comerciais. 
AULA 8
OFERTA DE MOEDA (M1)
*
*
AULA 8
*
Além da fixação do depósito compulsório, há outros instrumentos de que o governo dispõe para controlar a Oferta de R$ na economia. 
Todos esses instrumentos influenciam a oferta de R$ na economia, que por sua vez, impacta na taxa de juros básica do país, a Selic. Essa taxa é determinada a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central, o COPOM.
AULA 8
INSTRUMENTOS DE CONTROLE DA OFERTA DE MOEDA (M1)
*
Os instrumentos monetários (de controle da Oferta de R$) são: a fixação do depósito compulsório; as emissões; os redescontos; a regulamentação do crédito; e as operações de compra e venda de títulos públicos (ou open market).
*
AULA 8
*
Através da regulamentação sobre o crédito o governo define condições a serem aplicadas em empréstimos e financiamentos, como a limitação máxima dos prazos de pagamentos.
AULA 8
*
 O aumento das emissões leva ao aumento da oferta de R$ na economia.
 Os redescontos são uma concessão de empréstimo que o Banco Central faz aos bancos comerciais, em situações específicas, como atender a uma necessidade emergencial de liquidez de um banco comercial. Quando o Banco Central concede redesconto, eleva a oferta de R$ na economia.
COMO ATUAM OS INSTRUMENTOS MONETÁRIOS ?
*
AULA 8
*
As operações de open market influenciam a oferta de R$, já que o governo coloca e retira moeda da economia ao fazer essas operações.
Na verdade, a venda de títulos da dívida pública é uma forma do governo obter dinheiro rapidamente; é uma maneira do governo financiar seus gastos.
Mas, quando o governo vende estes títulos (que são uma modalidade de aplicação financeira) ao público, entrega títulos e em troca recolhe moeda, o que reduz a oferta de R$ da economia.
Por outro lado, quando recompra esses títulos (pagando o seu valor, mais o rendimento combinado), o dinheiro dado em troca desses papéis significa um aumento da oferta de R$ no país. 
AULA 8
*
COMO ATUAM OS INSTRUMENTOS MONETÁRIOS ?
*
AULA 8
*
	Lembre-se de que a moeda é uma mercadoria, cujo preço depende da interação entre oferta e demanda. Mexendo na oferta de moeda, o governo consegue influenciar o seu preço, que é a taxa de juros.
	
	Por que é importante controlar a taxa de juros?
Porque a taxa de juros influencia a demanda agregada (o nível de despesas) da economia. É um custo para o investimento em produção, do qual depende a geração de empregos e a capacidade de consumo das famílias.
AULA 8
A POLÍTICA MONETÁRIA
*
Esse controle da oferta de R$ e dos juros é chamado de política monetária, e cabe ao Banco Central.
?
*
AULA 8
*
Para que se entenda o efeito dos juros sobre a demanda agregada (DA), é preciso compreender que a demanda agregada é a variável que determina o ritmo da atividade econômica de um país.
AULA 8
*
A DEMANDA AGREGADA
DA= C + I + G + X – M
Ao término de 1 ano, a Contabilidade Social registra qual foi a Despesa do País naquele período. Lembre-se de que a Despesa do País consiste na soma dos gastos dos agentes
econômicos com bens/serviços daquele país.
A DA corresponde à Despesa do País, considerada enquanto o ano ainda está ocorrendo. Quando o ano acaba, a DA é registrada como Despesa do País.
*
AULA 8
*
AULA 8
TIPOS DE POLÍTICA MONETÁRIA
*
Há 2 tipos, segundo seus efeitos sobre a DA e a economia:
Expansiva (ou expansionista): Estimula a DA e atividade econômica. Como é feita:
Gov. OF Moeda  juros    inv. Produção   emprego,  consumo  CRESCIMENTO do país
(Vendas em alta, chance de  preços; pode surgir inflação.)
Restritiva (ou Contracionista): Desestimula a DA e a atividade econômica. Como é feita:
Gov. OF Moeda  juros    inv. Produção   emprego,  consumo
(Única vantagem: Vendas em queda, menor chance de  preços; combate a inflação.)
*
AULA 8
*
AULA 8
TAXA DE JUROS: UM ELO
*
Observe que através da taxa de juros a quantidade de moeda na economia (que é a oferta de moeda) pode influenciar variáveis do lado real da economia (nível de produto, de emprego e de renda). O elo entre o lado monetário e o lado real é feito através da taxa de juros. 
As políticas monetárias expansiva e restritiva estão relacionadas aos efeitos dos juros no lado real da economia.
E os efeitos dos juros no lado monetário?
O lado monetário da economia é composto por moeda e títulos. O nível da taxa de juros influencia bastante na escolha de uma aplicação financeira. Ao compararem as aplicações disponíveis, os agentes levam em conta o grau de liquidez, a rentabilidade e o risco de cada aplicação.
*
AULA 8
*
AULA 8
CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DE
UMA APLICAÇÃO FINANCEIRA
*
O risco da aplicação se refere à confiabilidade da instituição que a oferece, e ao critério de remuneração desta (pós ou préfixada). Os títulos de renda prefixada são aqueles em que o rendimento é definido no momento em que se faz a aplicação. Nos títulos de renda pós-fixados, o rendimento só é conhecido no vencimento da aplicação. 
A rentabilidade se refere ao nível de juros que a aplicação oferece. Nesse aspecto, deve-se considerar a taxa de juros real.
A liquidez da aplicação se refere à possibilidade de transformá-la em moeda, considerando o prazo mínimo necessário para tal e as eventuais perdas de rendimento.
*
AULA 8
*
AULA 8
TAXA DE JUROS NOMINAL
 E REAL
*
Quando os agentes econômicos desejam aplicar dinheiro em ativos financeiros, observam a taxa de juros real. Para isso, consideram os juros oferecidos pelo banco em uma aplicação (p. ex., 1,5%), e usam uma estimativa de inflação para aquele período; assim faz-se uma previsão da taxa de juros real. 
Podemos distinguir entre taxa de juros nominal e real: a taxa de juros nominal não desconta o efeito da inflação. Já a taxa real, retira o efeito da inflação.
Ex.: Em um ano com 3,4% de inflação, se os juros nominais são de 30%, os juros reais serão de 25,7% (veja o cálculo na tela 10 da Aula 8).
*
AULA 8
*
AULA 8
*
Na esfera financeira, a taxa de juros (rentabilidade) é um prêmio por se abrir mão de uma quantia durante o período em que ela está alocada em uma aplicação. Também vale como prêmio por se correr o risco de “abrir mão” da quantia por um tempo, pois esta ficará sob a tutela da instituição financeira até que o prazo vença.
Finalizando o aspecto das aplicações financeiras, os agentes financeiros oferecem várias alternativas de aplicação, combinando diferentes rentabilidades, graus de liquidez e risco. 
RISCO X RENTABILIDADE
Então, liquidez alta e baixo risco estão associados a MENOR rentabilidade. Já baixa liquidez e risco mais elevado implicam MAIOR rentabilidade. 
*

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais