Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO VIDA ADULTA PL 1 - PATOLOGIA Calorimétrico Definição de método colorimétrico Método que utiliza a cor para medir a concentração de um analito Faixa da luz visível Nossos olhos são capazes de distinguir as diferentes ondas de comprimento da luz visível como cores diferentes Cor é frequência!!! A onda mais longa que conseguimos ver é o vermelho, as mais curtas são azul e violeta Frequência maior: vermelho! Frequência menor: roxo! Refração da luz branca (policromática) As diferenças cores que formam a luz branca podem ser vistas quando um raio de luz é refratado por um prisma. O prisma reflete os comprimentos de onda em diferentes faixas, e as dispersa em um espectro que pode ser visto – refração da luz branca Cores (Emissão x Absorção) As substâncias emitem cores diferentes daquelas que elas absorvem. As cores absorvidas e refletidas são ditas complementares Se um objeto emite amarelo, a cor que ela mais absorve é sua cor complementar, ou seja, roxo Se um objeto é verde, isso quer dizer que ele absorve todas as cores, exceto a cor verde, porque essa cor, ele EMITE! Ex: fotossíntese Na reação colorimétrica, para analisar glicose, o produto formado é de cor vermelha. Então, no Método Absorbância, também chamada de absorvância, é a capacidade intrínseca dos materiais em absorver radiações em frequência específica. PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO VIDA ADULTA PL 1 - PATOLOGIA aparelho, deve enviar para a solução a faixa VERDE (complementar ao vermelho) → verde é a faixa mais absorvida do vermelho Cores complementares: determinação do comprimento de onda para leitura Calorimetria/Espectrofotometria Qual é a importância das cores absorvidas e refletidas no laboratório de análises clínicas? Espectrofotômetro É um aparelho que faz passar um feixe de luz monocromática através de uma solução (que veio da reação colorimétrica), e mede a quantidade de luz que foi absorvida por essa solução (absorbância) Dentro do aparelho existe um prisma, uma luz monocromática e a capacidade de você jogar na sua solução colorido somente a faixa de nm que você sabe que é complementar Usando um prisma, o aparelho separa a luz em feixes com diferentes comprimentos de onda (nm), tal como acontece no arco-íris com a separação das cores da luz branca Componentes de um espectrofotômetro Há uma solução, formada por uma reação colorimétria → Basicamente, é um conjunto de enzimas que reage com o analito. Quanto mais intensa essa cor, maior a concentração de analito na amostra A) Luz emitente ou fonte luminosa B) Filtro (convergência da luz branca) C) Prisma D) Selecionador de comprimento de onda (monocromador) E) Cubeta para conter a solução a ser analisada F) Receptor ou sistema fotométrico G) Visor (Leitura da Absorbância) Calorimetria/Espectrofotometria Metodologia que utiliza a luz (radiação eletromagnética) ABSORVIDA para medir a concentração de um analito. Capacidade que o produto corado derivado de uma reação bioquímica tem de absorver luz em um determinado comprimento de onda, sob condições físico-químicas estabelecidas Lei de Lambert-Beer Quando o caminho óptico é constante e igual a 1, a concentração do analito é diretamente proporcional à quantidade de luz absorvida A absorção da luz é tanto maior quanto mais concentrada for a solução por ela atravessada A absorbância é diretamente proporcional à concentração do composto na solução. Na solução que há uma cor mais forte (ex: cinza escuro), quando joga uma faixa de luz, essa solução absorve muito mais luz e deixa passar (refletir) menos luz → o aparelho dá a metida de cor ABSORVIDA! Racional do Teste A absorbância é proporcional à concentração da espécie química absorvente, sendo constante o Na Colorimetria, compara-se a intensidade da cor formada com a [ ] do analito PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO VIDA ADULTA PL 1 - PATOLOGIA comprimento de onda, a espessura (caminho óptico) atravessada pelo feixe luminoso e demais fatores. Verifica-se uma relação linear entre absorbância ou densidade ótica e concentração, e de uma relação logarítmica entre transmitância e concentração. Reações colorimétricas Exemplo: dosagem de glicose Glicose (soro) + Regente de cor (KIT): tampão fosfato contendo p-hidroxibenzoato, 4-aminoantipirina (4- AAP), Glicose Oxidase (GOD) e Peroxidase (POD) Processam-se as seguintes reações: SABER: O analito passa por reações enzimáticas para formar um produto de coloração marcante. A intensidade da cor é proporcional à concentração do analito → mas, qual é a concentração do analito? Dosagens bioquímicas Depois da reação colorimétricas A cor vermelha (do produto formado) é medida no espectrofotômetro com absorção máxima no comprimento em 510nm. Determinação da concentração do analito: A determinação é feita a partir da comparação da absorbância do teste com a absorbância obtida em uma solução padrão (da mesma substância conhecida) Padrão ou calibrador: substância com concentração conhecida Característica da solução padrão: Ter estabilidade Poder ser dissolvida em água e dessecada Composição definida Grau de pureza de 99% ou mais No espectrofotômetro eu obtenho a absorbância da luz na solução padrão e no teste → → regra de 3 simples 𝑐𝑜𝑛𝑐. 𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒 = 𝑎𝑏𝑠. 𝑡𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑛𝑐. 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 𝑎𝑏𝑠. 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 Cálculo de FATOR DE CALIBRAÇÃO FC → isola a conc. Padrão e a abs. Padrão que é igual para bateria de exame 𝐹𝐶 = 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑟𝑏â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 Fator de calibração O FC é um número fixo que ajuda a calcular a concentração do analito, quando se está trabalhando com várias amostras ao mesmo tempo. FC x Abs.1 = concentração ( mg/dL, g/L) do analito na amostra 1. FC x Abs.2 = concentração ( mg/dL, g/L) do analito na amostra 2. Como calcular a concentração de um analito na amostra do paciente? PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO VIDA ADULTA PL 1 - PATOLOGIA • FC x Abs.3 = concentração ( mg/dL, g/L) do analito na amostra 3. Uso da colorimetria/ espectrofotometria Utilização nas dosagens bioquímicas: Exemplos: glicose, uréia, creatinina, colesterol, triglicérides, enzimas, ferro sérico etc. Hematologia: dosagem de hemoglobina Sorologia: leitura final do método de ELISA quantitativa Vantagens da técnica Rapidez e facilidade das medidas Adequadas sensibilidade e especificidade Aparelhos de baixo custo Boa adaptação para automação, com execução em larga escala Automação: Múltiplos testes; Pipetagem automática Rapidez Precisão Exatidão Controle de qualidade Menor volume de resíduos químicos → diminui a escala que são realizados os testes Causa de variações dos resultados dos exames laboratoriais: Interferentes: fator que provoca a ocorrência de alterações no resultado de um exame qualquer (drogas, alimentos, exercícios etc.) O médico deve conscientizar o paciente para não realizar algo interferente antes de realizar o exame Ação dos interferentes: Fisiológica Química Física Fisiológica Alterações metabólicas que culminam com alterações do analito dosado Estresse ↑ glicose; Dieta rica em proteínas ↑ ureia Exercício ↑ triglicérides Química Ingestão de ácido ascórbico (vitamina C): ↓ glicose (GOD) Ingestão de etanol: triglicérides, colesterol Física: Soro lipêmico Soro hemolisado Fases dos exames e potenciais problemas: Fase pré-analítica (paciente): estresse, dieta do paciente, exercícios → 60/70%de problemas Fase analítica: problema com o técnico/biomédico/farmacêutico Fase de menor porcentagem de erros Fase pós-analítica: entrega do laudo Interferentes: PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO VIDA ADULTA PL 1 - PATOLOGIA Considerações: O exame de laboratório, apesar das similaridades, não pode ser considerado como um processo fabril. Cada material, cada amostra e cada teste têm particularidades que exigem cuidado, atenção e conhecimento específicos. Os erros laboratoriais são uma ameaça à segurança do paciente com consequências graves (desde atrasos, necessidade de recoleta, prejuízo, até risco de morte) Teoria da prática 1 Coleta de sangue: Paramentação do coletor Preparação do material Procedimento (Início ao fim) Assepsia Anticoagulantes Observações: (Interferentes como Estase venosa) Descarte de resíduos biológicos Via Parenteral Agulhas Sangue e seus constituintes Tecido fluido circulante, formado por uma fase sólida diferenciadas e por uma fase líquida (acelular) denominada plasma Plasma - plasmático Soro = plasma – fibrinogênio * → sérico Fibrinogênio é uma proteína plasmática que atua na coagulação sanguínea Obtemos o soro colhendo o sangue em tubo sem anticoagulante As cores das tampas dos tubos a vácuo Teoria da prática 2 Dosagem de glicose: Material necessário: Espectrofotômetro Pipetas Tubos de vidro Suporte Kit de glicose 1) identificar os tubos Branco: usado para zerar o espectrofotômetro – normalmente água destilada ou reagente puro (quando este tem cor) – não tem analito nem padrão, só o reagente → Padrão ou calibrador: substância de concentração conhecida Amostra/teste: soro ou plasma do paciente 2) deixar os reagentes alcançarem a temperatura ambiente PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO VIDA ADULTA PL 1 - PATOLOGIA 3) Pipetar o reagente nos tubos B, P e T 4) Pipetar o padrão no tubo P 5) pipetar a amostra no tubo T 6) Incubar os tubos em banho-maria a 37ºc por 15 minutos 7) retirar os tubos da incubação ao fim do tempo marcado 8) ligar o espectrofotômetro e determinar a faixa de nm para leitura 9) preparar os frascos para leitura (limpeza externa da cubeta ou tubo) 10) zerar o espectrofotômetro com o branco 11) fazer a leitura da absorbância do padrão Leitura: a densidade ótica (DO) ou absorbância do padrão da glicose cuja concentração é de 100mg/dLl foi: 0,347 [padrão]= 100mg/dL (conhecida) Abs. Do padrão: 0,347 (medida) Esta leitura é anotada para os cálculos subsequentes; por exemplo, calcular o fator de calibração (FC) 12) Preparar cubeta ou tubo para leitura da amostra 13) Fazer a leitura da absorbância da amostra Leitura: a densidade ótica (DO) ou absorbância da amostra foi de 0,341 [Padrão] = 100mg/dL (conhecida) Abs. do Padrão = 0,347 (medida) Abs. da Amostra = 0,341 (medida) Esta leitura é anotada também, para calcularmos a concentração da amostra Cálculos Dosagem de glicose na amostra Fator de calibração 𝐹𝐶 = 100 𝑚𝑔/𝑑𝐿 𝑎𝑏𝑠.𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜 𝐹𝑐 = 100𝑚𝑔/𝑑𝐿 0,347 𝐹𝑐 = 288,2 Concentração da amostra: 288,2 x 0,341 = 98,3 mg/dL O valor de referência (VR) da glicose é: 70 a 99 mg/dL A concentração de glicose na amostra é: 98,3 mg/dL
Compartilhar