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Guerra Fria e Nova Ordem Mundial
· Consequência da 2ª Guerra Mundial:
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os países europeus viram-se enfraquecidos. Dessa forma, emergiram duas novas potências, com ideologias e interesses divergentes: os EUA e a URSS. Paz era impossível dentro desse contexto, porém, guerra significaria a aniquilação mútua das superpotências, devido à grande quantidade de armamentos destrutivos que ambas possuíam. O termo “Guerra Fria” faz referência, justamente, à falta de conflito direto entre os dois polos. Foi um conflito de poder, com palavras, acusações, ameaças e espionagem constante entre as superpotências.
· O Início:
Em 1947, os Estados Unidos lançam a Doutrina Truman, com o objetivo de conter o expansionismo soviético. Logo em seguida, é estabelecido também o Plano Marshall, voltado para a reconstrução das economias europeias, reforçando a contenção do socialismo e ajudando a reconstruir uma Europa Ocidental agora estrategicamente aliada aos EUA. O argumento oficial para estabelecê-lo era o de luta contra a pobreza, o desespero e o caos social.
Em resposta, a URSS recusa o Plano Marshall, alegando que esse fosse um instrumento do capitalismo americano para expandir sua área de influência. Também, em 1947, funda o Kminfrom, órgão de controle e coordenação dos partidos comunistas europeus e, em 1949, cria o Comecon, visando desenvolver a economia da URSS e países do Leste. 
· Características gerais:
· Corrida armamentista:
1949 – URSS = bomba atômica
1952 – EUA = bomba de Hidrogênio
1953 – URSS = bomba de Hidrogênio
· Corrida espacial:
1957 – URSS = 1° satélite artificial no espaço (Sputnik), 1° ser vivo (Laika)
1958 – EUA = EXPLORER I (satélite artificial no espaço)
1961 – URSS = 1° homem no espaço (Yuri Gagarin) 
1969 – EUA = chegada do homem à lua (Apolo XI)
· Conflitos regionalizados
· Espionagem (CIA vs KGB);
· Busca de Aliados;
· Disputa tecnológica;
· Alianças militares:
OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte
Pacto de Varsóvia
· Anos 50:
Foi durante os anos de 1950 que se desenvolveu o MacCarthysmo nos EUA, a “caça às bruxas”, aplicando punições aos simpatizantes do socialismo nos EUA. Também nessa década ocorreu a Guerra da Coréia, na qual o sul capitalista enfrentava o norte comunista. Em 1953, Stálin vem a falecer, e seu substituto Nikita Kruschev passa a se aproximar diplomaticamente dos EUA, fase chamada “desestalinização”.
· Anos 60 e 70:
Nessas décadas, os principais acontecimentos são a construção do Muro de Berlim, em 1961, a crise dos mísseis em Cuba (descoberta de mísseis apontados para a Flórida, levando a treze dias de negociação entre os EUA e a URSS), 1962 e a Guerra do Vietnã, na qual o norte comunista conquista a vitória em 1975, após 11 anos de guerra. Essa última causa reações por parte das populações americana e soviética, originando o movimento hippie (EUA) e a forte repressão dos movimentos que surgiam na URSS.
· Anos 80:
Com a chegada de Mikhail Gorbachev ao poder na URSS, em 1985, se inicia a perestroika (abertura econômica) e a Glasnost (transparência de atitudes do governo, reforma política). A política mais liberal de Gorbatchev tem como consequência o surgimento de movimentos separatistas em diversos países, o que enfraquece o polo soviético. Em 1989, ocorre a queda do Muro de Berlim, marco simbólico do fim da Guerra Fria, e em 1990-1991, o fim da União Soviética.
· Situação real ao fim da Guerra Fria: 
Os Estados Unidos saem desgastados devido à Guerra do Vietnã, enquanto a antiga URSS sente o peso dos prejuízos da corrida armamentista, impossibilitando o investimento em outras áreas da economia.
Dessa forma, surge uma divisão Norte vs Sul, na qual o Norte representa os países desenvolvidos e o Sul os subdesenvolvidos. Agora, a organização não se dá mais em torno da bipolaridade, mas sim da multipolaridade, com três polos: Washington, Bruxelas e Tóquio. O Pacto de Varsóvia termina e o perfil da OTAN se modifica, agora com a participação de mais países e com uma função diferente. Surge ainda a CEI, comunidade de (12) estados independentes, membros da antiga URSS, que se apoiam visando fortalecimento econômico.
No panorama econômico, o capitalismo domina e a globalização (interdependência) se torna fato. Também são criados os chamados blocos de poder, baseados na afinidade mercadológica e não mais na ideológica, como por exemplo a União Europeia e a NAFTA.
G7: os sete países mais ricos e industrializados do mundo – EUA, Canadá, Japão, Alemanha, Itália, Reino Unido, França (+Rússia = G8) – união econômica (Rússia é chamada ocasionalmente por interesse em seu armamento bélico)
BRIC’S: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul – agrupamento informal de países emergentes, que em 2006 passa a ser um mecanismo internacional.
G20: G8 + BRIC`S + Indonésia, Argentina, Austrália, Coréia do Sul, Turquia, México, Arábia Saudita, África do Sul e União Europeia. 
FMI: Fundo Monetário Internacional – organização supranacional criada em 1944 que tem por objetivo controlar as financias e a economia, para evitar problemas econômicos internacionais. Um total de 188 países contribuem para o fundo, sendo que quem mais deposita tem mais poder.
ONU: Organização das Nações Unidas – evita a repetição de conflito, buscando manter a paz. Seu órgão mais importante é o conselho de segurança (5 membros permanentes e 4 temporários, escolhidos de 2 em 2 anos), porém ela também atua nas áreas de cultura, educação, saúde, etc.

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