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SISTEMAS ESTRUTURAIS I TEORIA DAS ESTRUTURAS I Prof. José Dimas Rietra Professor da: Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Engenharia Kennedy FACEB Universidade de Itaúna Faculdade Promove Unihorizontes 2020 TÓPICOS => CONVERSANDO SOBRE ENGENHARIA => ESTRUTURA Apoio – Reações de Apoio Exercícios Resolvidos Exercícios Propostos => FORÇA NORMAL/ FORÇA CORTANTE / MOMENTO FLETOR Vigas Isostáticas Exercícios Resolvidos Exercícios Propostos => VIGAS GERBER Exercícios Resolvidos Exercícios Propostos => QUADROS ISOSTÁTICOS Exercícios Resolvidos Exercícios Propostos => QUADROS TRIARTICULADOS Exercícios Resolvidos Exercícios Propostos => TRELIÇAS ISOSTÁTICAS Método de Ritter Método da Viga de Substituição Exercícios Resolvidos Exercícios Propostos 1 CONVERSANDO SOBRE ENGENHARIA Quando o homem e a mulher foram criados e toda sua descendência, havia necessidade da procura de abrigos para se proteger das intempéries. Estes abrigos não eram fáceis de se achar próximos das terras férteis, onde eles tiravam seu sustento. Assim sendo, ele foi obrigado a contratar as mãos hábeis de um pedreiro para construir suas casas. Isto aconteceu há mais de 11.000 anos. A cidade de Jericó, a mais antiga cidade do mundo e suas muralhas, comprova esta afirmação. É a engenharia florescendo! As sete maravilhas do mundo antigo eram obras monumentais de engenharia: A Pirâmide de Quéops, no Egito; Os Jardins Suspensos da Babilônia; A Estátua de Zeus, em Olímpia; O Templo de Ártemis, em Éfeso; O Mausoléu de Halicarnasso; O Colosso de Rodes; e O Farol de Alexandria. 2 Pirâmides de Quéops Jardins Suspensos da Babilônia 3 Estátua de Zeus Templo de Ártemis 4 Mausoléu de Halicarnasso Colosso de Rodes 5 Farol de Alexandria 6 Hoje são consideradas maravilhas onde a engenharia está presente: A Grande Muralha da China; A Cidade de Petra, na Jordânia; O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro; Machu Picchu, no Peru; A Pirâmide de Chichén Itzá, no México; O Coliseu de Roma; e O Taj Mahal, na Índia. Grande Muralha da China 7 Cidade de Petra Cristo Redentor 8 Machu Picchu Pirâmide de Chichén Itzá 9 Coliseu Taj Mahal 10 Estas construções representam o domínio do homem sobre a natureza e os elementos, a precisão das formas e dos alinhamentos. “Engenharia é a aplicação de métodos de conhecimento cientifico ou empírico, destinados a utilização de recursos materiais e naturais para o benefício do ser humano.” “Engenharia Civil é a parte específica da Engenharia dedicada a projeção, construção, gerência e manutenção de todos os serviços ligados à infraestrutura produzida para o desenvolvimento e o bem estar das pessoas.” Mas Engenharia implica considerar falhas, erros, vícios e defeitos. O que cada uma destas situações nos diz? Falhas: São imprevisíveis Erros: São evitáveis Vícios: Anomalias que afetam o desempenho de produtos ou serviços Defeitos: Dizem respeito a solidez e a segurança 11 Onde se encontra o erro em Engenharia? Na imprudência que é a falta de cuidado; Na negligência que é o descuido e o desleixo; e Na imperícia que é a inexperiência. “Em Engenharia pequenos erros podem gerar grandes problemas!” Erros não são incomuns com profissionais que trabalham dia a dia com engenharia, contudo, em algumas áreas, eles podem ser fatais, principalmente quando se trata de fundações e estruturas. Por esta razão é preciso que os profissionais estejam qualificados, antes de se estabelecer no mercado de trabalho. O que é acidente ou incidente? Acidente é um evento inesperado, indesejável e não intencional que causa danos pessoais, materiais e financeiros. Incidente é um evento não planejado com potencial de chegar a um acidente. 12 “Não existe segurança absoluta em estruturas, sempre há possibilidade do colapso ou ruína!” Então porque erros acontecem? Principais causas: Erro de Projeto Erro de Execução Outras Quando se fala em erro de projeto dois fatores pesam: Falta de experiência para calcular utilizando programas de computador “O recém formado adquire um programa e dispara a fazer projetos sem ter sequer experiência para interpretar resultados.” Lembre-se: “Computadores são máquinas que produzem lixo com excelente apresentação e alta credibilidade.” Excesso de experiência “O engenheiro já projetou inúmeras obras e como tem experiência, manda repetir os projetos e os cálculos, esquecendo que cada obra tem uma história diferente.” Lembre-se: “Mas eu sempre fiz assim e está de pé até hoje, não alivia seu erro.” 13 “O médico enterra o erro, o erro enterra o engenheiro.” Na execução há o costume errado de deixar a obra na mão do mestre de obras, só que o seu nome e seu diploma, tem seu rosto! “Muitos engenheiros de obras não têm qualquer noção sobre a estrutura que estão edificando. Cuidado com os construtores cupins que adoram furar suas vigas. Confira a armação das peças mais importantes na mão. Faça uma conta de padaria. Não se concreta nada na sua obra sem sua presença e com sua verificação, faça disso um mantra.” Meus amigos(as)! A Engenharia é uma profissão fantástica. exercê-la com cuidado, ética, responsabilidade e dignidade deve ser nosso lema. Nunca se esqueçam: A força da gravidade funciona 7 dias por semana, 24 horas por dia. 14 MORFOLOGIA DAS ESTRUTURAS Vocês prezados(as) tem a oportunidades de ter o 1º contato com a Engenharia no seu curso. Esta disciplina é uma das primeiras disciplinas profissionais, o que torna o curso mais motivado, ela é base para as demais disciplinas profissionais de um curso de Engenharia Civil. Fiquem tranquilos, pois ao fim do semestre, garanto a vocês o aprendizado tão esperado, pois sou professor há 43 anos. Para iniciarmos vamos conceituar o termo estrutura. Estrutura: Conjunto de elementos que compõem uma construção, destinado a suportar cargas em equilíbrio estático. 15 Estudaremos estruturas compostas de barras. A barra é um elemento estrutural que tem uma dimensão ( l ) predominante sobre as outras duas (b) e (h). As barras podem ainda ser de seção quadrada ou circular, e podem ter eixo retilíneo ou curvilíneo. Vamos representar uma barra por seu eixo, como se faz no cálculo estrutural. Assim: Vamos em seguida, desenvolver nossa aula considerando o conceito de estrutura dado acima. ELEMENTOS CONSTRUTIVOS Vigas Elemento estrutural que dá sustentação as lajes. 16 Tipos: Viga Biapoiada: É a mais simples e como o nome diz, ela tem dois apoios. Ela aparece em pequenas construções e pequenas pontes. Viga em balanço: Tem uma extremidade livre e outra engastada. Aparece em marquises. Viga Biapoiada com balanço(s): É uma viga que tem dois apoios e um ou dois balanços (extremidade livres) - pequenas pontes, há vigas deste tipo. Viga Gerber: São associações das vigas anteriores, muito utilizadas quando se quer vencer grandes vãos (pontes, passarelas e viadutos). 17 Viga Contínua: São aquelas constituídas de uma única barra sobre vários apoios; elas podem ter balanços. Encontramos estas vigas na maioria das nossas construções. Pórtico: Estruturas devárias barras, formando uma linha poligonal fechada ou aberta. Alguns destes pórticos podem associar a uma viga e dois pilares. Biapoiado ou Biarticulado 18 Treliça: Estruturas compostas de barras retas biarticuladas, formando malhas triangulares. 19 CARGAS ATUANTES MAIS COMUNS Quanto a cargas fixas: Não se deslocam na estrutura e se dividem em: Cargas Permanentes: Atuam sempre. Exemplo: Peso Próprio. Cargas Acidentais: Podem ou não ocorrer. Exemplo: Vento. Quanto a cargas móveis: Cargas que se deslocam na estrutura. Exemplo: o peso de um veículo que se desloca numa ponte. COMO AS CARGAS SE APRESENTAM: Concentradas Distribuídas Cargas Concentradas são as que se aplicam em áreas com dimensão tão reduzidas que podem ser consideradas com aplicadas em um ponto. Exemplo: reação de apoio de uma viga que se apoia em outra viga, que ocorre quase sempre em cálculo. 20 Cargas Distribuídas são as que se apoiam em grandes áreas. Exemplos: peso próprio, sobrecargas, reações de lajes, terra, água. As cargas distribuídas podem dividir-se em: Uniformemente Distribuída Variáveis Triangulares Trapezoidais Parabólicas Distribuída de maneira variável: a carga � varia de ponto a ponto da barra. Carga Triangular: empuxos da terra e da água. Com menor frequência ocorrem as Cargas Trapezoidais e Parabólicas. Uniformemente Distribuída Peso próprio, sobrecarga, reação de laje, e outras. 21 EQUIVALÊNCIA DE CARGAS Toda carga uniformemente distribuída que tem um formato de um retângulo pode ser substituída por sua equivalente concentrada, cujo valor é a área do retângulo. Assim: Assim também a carga triangular: equivalente a área do triângulo. Equilíbrio ≡ Área = �l ≡ Área = �l � ∑ �� = 0; ∑ �� = 0 e ∑ � � = 0 22 EQUAÇÕES UNIVERSAIS DO EQUILÍBRIO “Estrutura é o que leva as cargas até a fundação, cabe ao engenheiro ver o caminho percorrido.” 23 APOIOS – REAÇÕES DE APOIO CONCEITUAÇÃO Seja uma barra de eixo reto sujeita a ação de várias cargas; em repouso. A barra não permanecerá em repouso, ela se movimentará, a não ser que se coloquem obstáculos que impeçam esta movimentação: A esses obstáculos damos o nome de apoios. Esses apoios por sua vez exercerão sobre a barra um conjunto de forças denominadas Reações de Apoio. 24 Caro aluno(a), tome uma régua em suas mãos. Esta régua pode sofrer três deslocamentos. Ela pode deslocar-se na horizontal e na vertical. Chamamos esta movimentação de translação. Então pode haver translação na horizontal e translação na vertical. Além desta movimentação linear, a barra também pode, fixada uma das suas extremidades, girar em torno desta fixação. Chamamos este movimento de rotação. Se pode acontecer com uma régua, também pode acontecer com uma barra. Desta forma foram criados apoios para identificar estas movimentações e seus impedimentos. TIPOS DE APOIOS Apoio Móvel Representação: Movimentos Translação Horizontal Permitidos Rotação ao redor do próprio eixo 25 Movimento Impedido Translação Vertical Apoio Fixo Representação: Movimento Permitido Rotação ao redor do próprio eixo Movimentos Translação Horizontal Impedidos Translação Vertical 26 Engaste Representação: Nenhum movimento permitido � � = Momento Reativo Em última análise: “Reação de Apoio é o impedimento ao movimento” NOTAÇÕES E CONVENÇÕES Os nossos cálculos sempre serão considerados da esquerda para a direita, qualquer que seja a situação: 27 CÁLCULO DAS REAÇÕES DE APOIO No cálculo das reações de apoio, visando obter o equilíbrio de uma estrutura, empregaremos as três equações universais do equilíbrio: ∑ �� = 0 ; ∑ �� = 0 ; ∑ � � = 0 CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS Estrutura Isostática Nº de Equações = Nº de Incógnitas Exemplos: Nº de Equações = 3 (∑ �� = 0 ; ∑ �� = 0 ; ∑ � � = 0) Nº de Incógnitas = 3 (�� ; �� ; �� ) 28 Estrutura Hiperestática Nº de Equações < Nº de Incógnitas Exemplo: Nº de Equações = 3 Nº de Incógnitas = 4 Não tenha pressa em concluir o curso de graduação. EXERCÍCIOS PROPOSTOS Nº 01 Calcular as reações de apoio (equilíbrio) das estruturas a seguir: 1) 29 ∑ �� = 0 ∴ �� = 0 1 ∑ �� = 0 ∴ �� − 4 − 6 + �� = 0 ∴ �� + �� = 10 � 2 ∑ � � = 0 ∴ ∴ 8�� − 4�6 − 6�3 = 0 3 8�� = 42 �� ∴ �� = �,�� � 3 em 2 : �� = 10 − �� = 10 − 5,25 = �,�� � 2) 30 ∑ �� = 0 ∴ �� = 0 ∑ �� = 0 ∴ �� + �� = 10 �� ∑ � � = 0 ∴ ∴ − 1�7 − 2�6,5 + 6�� − 5�3 + 2�1 = 0 ∴ ∴ 6�� = 33 ��� �� = �,� �� e �� = �,� �� Ou ∑ � � = 0 ∴ ∴ − 1�1 − 2�0,5 + 5�3 − 6�� + 2�7 = 0 ∴ ∴ − 6�� = − 27 ��� ∴ �� = �,� �� 3) Mesmo valor 31 4��� 30°= 2 � e 4��� 30°= 3,48 � ∑ �� = 0 ∴ �� − 4 cos30°= 0 � � = �,�� � ∑ �� = 0 ∴ �� + �� = 15 � ∑ � � = 0 ∴ ∴ 8�� − (4��� 30°)�7 − 6�2 − − 2�1 + 3�1,5 + 2�3 = 0 8�� = 14 + 12 + 2 − 4,5 − 6 = 17,5 �� �� = �,�� � e �� = ��,�� � Ou ∑ � � = 0 ∴ ∴ (4��� 30°)�1 + 6�6 + 2�7 − 8�� + 3�9,5 + 2�11 = 0 − 8�� = − 2 − 36 − 14 − 28,5 − 22 = − 102,5 �� �� = ��,�� � 32 4) ∑ �� = 0 ∴ − 3 + 4 + �� = 0 ∴ �� = 3 − 4 = − 1 � ∑ �� = 0 ∴ �� + �� = 8 � ∑ � � = 0 ∴ ∴ 8�� − 3�1 − 8�4 + 4�2 = 0 8�� = 3 + 32 − 8 = 27 �� �� = �,�� � e �� = �,�� � 33 5) 34 ∑ �� = 0 ∴ �� − 8 = 0 ∴ � � = � � 1 ∑ �� = 0 ∴ �� + �� = 10 � 2 ∑ � � = 0 ∴ ∴ 6�3 − 8�4 − 6�� = 0 − 6�� = 14 �� ∴ �� = − �,�� � 3 3 em 2 : �� = 10 − �� = 10 + 2,33 = ��,�� � Ou ∑ � � = 0 ∴ ∴ 6�� − 2�� − 6�3 − 8�2 − 4�6 = 0 6�� = 2�8 + 18 + 16 + 24 = 74 �� �� = ��,�� � EXERCÍCIOS PROPOSTOS Nº 01 Calcular as reações de apoio (equilíbrio) das estruturas a seguir: 1) 35 2) 3) 4) 5) 36 6) 7) ALGUMAS RESPOSTAS: 1) �� = 4,28 � ; 2) �� = 5,15 � ; 3) �� = 5 � 4) �� = 6 � ; 5) � � = 33 �� ; 6) �� = 2 � 7) �� = 0,33 �� 37 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 1) Obter as reações da viga em balanço: ∑ �� = 0 ∴ � � = � ∑ �� = 0 ∴ �� = �� �� ∑ � � = 0 ∴ ∴ − � � + 4�1 + 4�2 + 12�4 = 0 − � � = − 4 − 8 − 48 = − 60 ��� � � = �� ��� 38 2) Calcular as reações de apoio da viga abaixo: ∑ �� = 0 ∴ � � = � ∑ �� = 0 ∴ �� + �� = 4 �� ∑ � � = 0 ∴ ∴ 4�� − 4�2 = 0 ∴ 4�� = 8 ��� �� = � �� e �� = � �� 39 OUTRA HIPÓTESE ∑ �� = 0 ∴ � � = � ∑ �� = 0 ∴ �� + �� = 5 �� ∑ � � = 0 ∴ 4�� − 5�2 = 0 ∴ ∴ 4�� = 10 ��� �� = �,� �� �� = �,� �� 40 3) Calcular as reações de apoio da estrutura abaixo: ∑ �� = 0 ∴ 6 − 4 − �� = 0 ∴ �� = 2 � ∑ �� = 0 ∴ �� = 11 � ∑ � � = 0 ∴ ∴ − 3�5 + 6�10 + 2�3 + 3�4 + 3�5,5 − − 4�2 − � � = 0 41 − � � = 15 − 60 − 6 − 12 − 16,5 + 8 = − 71,5 �� � � = 71,5 �� FORÇA NORMAL – FORÇA CORTANTE E MOMENTO FLETOR Quando uma barra é solicitada por cargas aplicadas, surge no interior dela esforços denominados força normal, força cortante e momento fletor. Estes esforços definirão a quantidade de armadura e seu diâmetro, bem como as dimensões destas barras. Em primeiro lugar iremos conceituar pois são esforços que acompanharãotoda a vida do Engenheiro Civil. REDUÇÃO DE FORÇAS SITUADAS A ESQUERDA DE UMA SEÇÃO Seja uma barra com sua seção cheia, sujeita a ação de certo número de forças. Seja G um ponto qualquer do eixo da peça e SS a seção reta que passa por G. 42 Vamos considerar as forças situadas a esquerda da seção SS: � �; ��; � � e � �. Estas forças podem ser reduzidas a uma única força denominada resultante (R) aplicada no ponto G e a um momento (M) destas mesmas forças em relação a G. Decompondo R em duas componentes temos: N dirigida segundo o eixo da peça e V dirigida segundo a perpendicular a este eixo no ponto G. A componente N denomina-se Força Normal, a componente V denomina-se Força Cortante e M, Momento Fletor em relação ao ponto G. Estas três grandezas são os elementos de redução das forças situadas a esquerda da seção SS, e caracteriza a ação das forças externas aplicadas na parte esquerda da barra (viga). Conceitua-se assim: A Força Normal N é igual a soma das projeções sobre o eixo da peça, de todas as forças situadas a esquerda de G; 43 A Força Cortante V é igual a soma das projeções sobre a perpendicular ao eixo da peça, de todas as forças situadas a esquerda de G; E Momento Fletor M é igual a soma dos momentos destas mesmas forças (N e V) em relação ao ponto G. REDUÇÃO DE FORÇAS SITUADAS A DIREITA DE UMA SEÇÃO Ao invés de efetuar a redução de forças a esquerda da seção SS, podemos considerar todas as forças situadas a direita da mesma seção e efetuar a redução ao ponto G. Teremos então N’, V’, M’. 44 Como a barra AB está em equilíbrio, temos: N + N' = 0 ∴ � = − �′ V + V' = 0 ∴ � = − �′ M + M' = 0 ∴ � = − � ′ O que mostra que se quisermos calcular N; V e M, empregamos as definições dadas olhando a esquerda da seção, ou olhando a direita empregamos as mesmas definições e trocamos de sinal. Os esforços N, V e M são representados graficamente por meio de diagramas. CONVENÇÃO DE SINAIS PARA OS DIAGRAMAS SIGNIFICADO PRÁTICO DE N, V e M Grande parte das nossas estruturas sofrem esforços que tendem a alongá-las ou encurtá-las. Assim sendo, a Força Normal pode produzir um alongamento ou um encurtamento, em uma peça (barra). 45 Vejamos: Força Normal de Tração + Força Normal de Compressão - A Força Cortante, como o próprio nome indica, realiza um corte rente a seção. � = deformação O Momento Fletor tende a fletir a peça. Alongamento Encurtamento 46 Como surgiu o concreto armado? Como a maioria das nossas barras estruturais sofrem esforços de tração e compressão, surge então o concreto armado. Areia Combate Concreto Brita os esforços (Mistura) Cimento de compressão Água Combate Armado armadura (ferragem) os esforços de tração Além de cada um dos materiais combater um esforço, há uma alta aderência entre os dois materiais. As barras não são lisas que mergulhadas na massa de concreto produz uma alta aderência. Vamos agora considerar: Viga em repouso 47 Como as armaduras combatem tração, elas serão colocadas na parte de baixo onde ocorre a tração. Na parte superior, onde há compressão o próprio concreto dá cabo. Consideremos agora: Agora a situação é inversa da anterior, armadura principal acima, na parte de baixo o concreto dá cabo. Sujeita a Carga (Deformação) Armadura Transversal (Estribo) – (V) Armadura Principal – (M) (Longitudinal) Armadura Secundária Viga em repouso Sujeita a carga 48 Agora apresentamos alguns casos fundamentais e logo após aplicações numéricas. VIGA BIAPOIADA – CARGA CONCENTRADA Reações de apoio: ∑ �� = 0 ∴ �� = 0 1 ∑ �� = 0 ∴ �� − � + �� = 0 ∴ �� + �� = � 2 ∑ � � = 0 ∴ ∴ �� �l − �� = 0 ∴ �� = �� l 3 Armadura Principal (Momento Fletor) Armadura Secundária Estribos (Força Cortante) 49 3 em 2 �� = � − �� = � − �� l = �l� �� l = �(l� �) l = �� l Momentos Fletores: � � = � � = 0 � � = �� �� = �� l �� = ��� l Observe: Em vigas biapoiadas com ou sem balanços, quando � = � � ��� Observe também a equação “� � = �� ��” é uma equação do 1º grau cuja representação é de uma reta. Caso Particular - � = � = l � Reações de apoio: ∑ �� = 0 ∴ �� = 0 1 ∑ �� = 0 ∴ �� − � + �� = 0 ∴ �� + �� = � 2 ∑ � � = 0 ∴ ∴ �� �l − �l � = 0 3 a 50 Assim: �� = �l �� l = � 2 Logo: �� = � − �� = � − � 2 = � � Momentos fletores: � � = � � = 0 � � = �� � l � = �l � Significado: Pelo D.F.C. vemos que próximo dos apoios as cortantes são maiores, por esta razão os estribos tem espaçamento menor. 51 Pelo D.M.F. vemos o momento máximo que será responsável pela armadura principal (longitudinal). D.F.C. Diagrama de Força Cortante D.M.F. Diagrama de Momento Fletor APLICAÇÕES NUMÉRICAS RESOLVIDAS Para as vigas isostáticas a seguir, pede-se: a) Reações de apoio; b) Diagramas. 1) Reações de Apoio: ∑ � � = � ∴ � � = � ∑ V� = 0 ∴ V� + �� = 9 t ∑ M � = 0 ∴ ∴ 10V� − 6x7− 2x4− 1x2 = 0 52 10�� = 52 �� ∴ �� = �,� � � �� = �,� � Momentos Fletores: � � = � � = � � � = �� �3 = ��,� �� � � = �� �6 − 6�3 = ��,� �� � � = �� �2 = �,� �� (Sinal trocado) Ou Pelas áreas do D.F.C: � � = � � = � � � = á��� = ��,� �� � � = � � + á��� = 15,6 − 2,4 = ��,� �� � � = á��� = �,� �� (Sinal trocado) 2) 53 Reações de Apoio: ∑ � � = � ∴ � � = � ∑ V� = 0 ∴ V� + �� = 10 t ∑ M � = 0 ∴ ∴ − 1x10+ 8V� − 4x7− 3x3+ 2x2 = 0 8�� = 10 + 28 + 9 − 4 = 43 �� ∴ �� = �,�� � �� = �,�� � 54 Momentos Fletores: � � = � � = � � � = − 1�2 = − � �� � � = − 1�3 + �� �1 = �,�� �� � � = − 1�7 + �� �5 − 4�4 = �,� �� � � = − 2�2 = − � �� Ou Por área do D.F.C. M � = M � = 0 � � = á��� = − 2�1 = − � �� � � = � � + á��� = − 2 + 4,38 = �,�� �� � � = � � + á��� = 2,38 + 0,38�4 = �,� �� � � = − á��� = − 2�2 = − � �� 55 3) Reações de Apoio: ���� ��°= �,�� � � ���� ��°= �,� � ∑ H � = 0 ∴ H � − 5 cos60°= 0 ∴ �� = 2,5 � ∑ V� = 0 ∴ V� + �� = 5sen 60°+ 7 + 2 + 3 = 16,35 t ∑ M � = 0 ∴ ∴ 13V� − (5��� 60°�10)− 7x6− 2x2+ + 3x1 = 0 13�� = 86,5 �� ∴ �� = �,�� � � �� = �,� � F o rç a N o rm a l C o m p re ss ã o 56 Momentos Fletores: � � = � � = � � � = �� �3 = 6,65�3 = ��,�� �� � � = �� �7 − (5��� 60°)�4 = 6,65�7 − 4,35�4 = ��,�� �� � � = − 3�3 + �� �2 = − 9 + 9,7�2 = ��,� �� � � = − 3�1 = − � �� OBS: Os momentos também podem ser calculados pelas áreas do D.F.C D.F.N Diagrama de Força Normal VIGA EM BALANÇO – CARGA CONCENTRADA Reações de Apoio: ∑ � � = � ∴ � � = � ∑ V� = 0 ∴ V� = � ∑ M � = 0 ∴ ∴ − M � + Pl = 0 ∴ − M � = − Pl � � = �l 57 Momentos Fletores: M � = − M � = − Pl e M � = 0 Equação tipo: � = �� (reta) APLICAÇÕES NUMÉRICAS RESOLVIDAS Calcular as vigas abaixo: a) Reaçõesde Apoio; b) Diagramas. 1) Reações de Apoio: ∑ � � = � ∴ � � = � ∑ V� = 0 ∴ − 2 − 4 + V� = 0 ∴ V� = � �� ∑ M � = 0 ∴ ∴ − 2x5− 4x2+ M � = 0 ∴ M � = �� ��� 58 Momentos Fletores: � � = � � � = − 2�3 = − 6 ��� � � = − � � = − 18 ��� 2) Reações de Apoio: ���� ��°= �� e ���� ��°= �,��� ∑ H � = 0 ∴ H � + 5,22 = 0 ∴ H � = − 5,22 t (Sentido contrário do que foi arbitrado) ∑ V� = 0 ∴ V� = � � ∑ M � = 0 ∴ ∴ − M � + 3x2+ 4x5= 0 ∴ M � = �� �� Momentos Fletores: � � = − � � = − �� �� � � = − 4�3 = − 12 �� e � � = 0 Tração 59 EXERCÍCIOS PROPOSTOS Nº 02 Para as vigas isostáticas pede-se: a) Reações de Apoio; b) Diagramas. 1) 2) 3) Algumas Respostas: 1) �� = 8,8 �� ; � ��� = − 6 ��� em B ; � � = 0,8 ��� 2) � � = 13 ��� ; D.F.C no trecho BC 3) �� = 4,5 � ; D.M.F no trecho BC 60 VIGA BIAPOIADA – CARGA UNIFORMEMENTE DISTRIBUÍDA Reações de Apoio: como a carga �l se localiza no meio do vão, não há necessidade de aplicar as 3 equações universais do equilíbrio. Chamamos isto de simetria. Logo: �� = 0 e �� = �� = �l � Momentos Fletores: � � = � � = 0 Quando � = 0 → � ��� em vigas biapoiadas com ou sem balanço Assim: � ��� = área = �l � � l � � = �l 2 � 61 Observe caro aluno(a), que a equação do � ��� é do 2º grau, logo o traçado é de uma curva (Parábola). APLICAÇÕES NUMÉRICAS RESOLVIDAS Dada as vigas isostáticas abaixo, pede-se: a) Reações de Apoio; b) Diagramas. 1) Reações de Apoio: ∑ � � = � ∴ � � = � ∑ V� = 0 ∴ V� + V� = �� � ∑ � � = � ∴ ∴ − ��� + ��� − ���,� − ��� + ��� + + ��� = � 8V� = 63,5 tm ∴ �� = �,�� � e V� = �,�� � 62 Momentos Fletores: � � = � � = � � � = − 2�1 = − 2 �� � � = − 2�4 + �� �3 − 3�1,5 = 11,32 �� � � = − 2�1 − 1�2 = − 4 �� “Observe que onde há carga distribuída, o traçado é curvo.” Ou (Por áreas do D.F.C) � � = � � = 0 ;� � = á��� = − 2�1 = − 2 �� � � = � � + á��� = − 2 + � �,��� �,�� � ��3 = 11,32 �� � � = − á��� = − � �� � � ��2 = − 4 �� Ao olhar para a direita troquei o sinal 2) 63 Reações de Apoio: ∑ � � = � ∴ � � = � ∑ V� = 0 ∴ V� + V� = 18 t ∑ � � = � ∴ ∴ ��� − ���,� − ��� − ��� + ��� = � 9V� = 46,5 tm ∴ �� = �,�� � e V� = ��,�� � Ou ∑ � � = � ∴ ∴ ���,� + ��� + ��� − ��� + ���� = � − 9V� = − 115,5 t e V� = ��,�� � Só para dizer e provar que podemos aplicar a 3ª equação em relação ao ponto A. Momentos Fletores: � � = � � = � � � = �� �3 − 3�1,5 = ��,�� �� � � = − 6�2 = − �� �� Ou (Por áreas do D.F.C) M � = M � = 0 � � = á��� = � �,��� �,�� � ��3 = 11,01 �� � � = − á��� = − 2�6 = − 12 �� 64 3) Reações de Apoio: ∑ � � = � ∴ � � = � ∑ V� = 0 ∴ V� + V� = 22 t ∑ � � = � ∴ ∴ − ���� + ���� − ��� − ��� + ��� = � 11V� = 148 tm ∴ �� = ��,�� � e V� = �,�� � 65 Momentos Fletores: (Por áreas do D.F.C) � � = � � = 0 ; � � = − 3�6 = − 18 �� � � = − 18 + 7,45�5 = 19,25 �� � � = − � ��� � � = − 2 �� 66 4) Reações de Apoio: ∑ � � = � ∴ � � = � ∑ V� = 0 ∴ V� + V� = 30 KN � � � = � ∴ ∴ ��� − ���,� − ��� − ���,� − ��� + ���,� = � ∴ ∴ 8V� = 122,5 KNm ∴ �� = ��,�� �� e V� = ��,�� �� Momentos Fletores: � � = � � = � � � = �� �3 − 9�1,5 = ��,�� ��� � � = − 3�1,5 = − �,� ��� 67 � � = − 3�3,5 + �� �2 − 2�1 = ��,�� ��� 5) Reações de Apoio: ∑ � � = � ∴ � � = � ∑ V� = 0 ∴ V� + V� = 15 t ∑ � � = � ∴ ∴ − ���� − ��� + ��� − ��� − ��� + ���,� + + ��� = � 8V� = 48,5 tm ∴ �� = �,�� � e V� = �,�� � Momentos Fletores: � � = � � = � ; � � = − ��� − ��� = − � �� � � = − 2�4 − 2�3 + �� �2 = − �,�� �� � � = − 3�6 − 3�4,5 + �� �3 = − �,�� �� 68 � � = − 3�1,5 − 3�3 = − ��,� �� VIGA EM BALANÇO – CARGA UNIFORMEMENTE DISTRIBUÍDA Reações de Apoio: ∑ � � = � ∴ � � = � ∑ V� = 0 ∴ V� = pl ∑ � � = � ∴ ∴ − �l l � + � � = � ∴ � � = �l� � Momentos Fletores: � � = � � � = − � � = − �l� 2 � (Equação do 2º grau) 69 Parábola APLICAÇÕES NUMÉRICAS RESOLVIDAS Calcular para as vigas abaixo, as reações de apoio, traçando também os diagramas: 1) Reações de Apoio: ∑ � � = � ∴ � � = � ∑ V� = 0 ∴ �� = �� �� ∑ � � = � ∴ ∴ − � � + ��� + ��� + ���� = � � � = �� ��� Momentos Fletores: � � = − � � = − �� ��� � � = 0 70 � � = − 12�2 = − �� ��� 2) Reações de Apoio: ∑ � � = � ∴ � � = � ∑ V� = 0 ∴ �� = � �� ∑ � � = � ∴ ∴ − ��� − ���,� + ��� + � � = � � � = ��,� ��� Momentos Fletores: � � = � � � = − 2�3 − 9�1,5 = − 19,5 ��� � � = − � � + �� �1 = − 41,5 ��� 71 � � = − � � = − 47,5 ��� EXERCÍCIOS PROPOSTOS Nº 03 Para as vigas isostáticas a seguir, pede-se: a) Reações de Apoio; b) Diagramas 1) Algumas respostas: �� = �,� � Força Cortante no trecho AB Momento Fletor no trecho CA 2) Algumas respostas: �� = �� �� Força Cortante no trecho BC 72 Momento Fletor no trecho AB 3) Algumas respostas: � � = �,�� �� ← � � = − � ��� 4) Algumas respostas: �� = ��,�� ��; � � = ��,�� ��� D.F.C no trecho CA 5) Algumas respostas: �� = �,�� �; � ��� = �,�� �� O � ��� está a 0,64 m a esquerda de B 73 � ��� = − 16 �� em A COMO SÃO TRAÇADOS OS DIAGRAMAS Carga D.FC D.M.F C.C. C.D. C.C. + C.D. C.C. = Carga Concentrada C.D. = Carga Uniformemente Distribuída MÁXIMAS DA ENGENHARIA “Onde houver tração que eu leve armadura.” 74 “Pré-moldado e balanço, são iguais a limão em suco de laranja: pode colocar um pouco, mas se colocar demais, azeda.” “Lajes em balanço não tem pai nem mãe, são sós no mundo.” “Curar um concreto não significa deixar secar ao sol.” ATIVIDADES Nº 01 1) Para a viga biapoiada com balanço abaixo, podemos afirmar: a) O momento fletor no apoio A é, na maioria das vezes, negativo. b) No vão AB o momento fletor é, na maioria das vezes, positivo. c) O momento máximo ocorre quando a cortante se anula. d) Na extremidade C o momento é nulo. e) A força cortante próxima dos apoios A e B é mínima. 75 Assinale a alternativa mais apropriada: I. A, B, C e D II. A, B e C III. B, C e D IV. C, D e E V. B, C e E 2) Em muitas construções vê-se trincas nas proximidades dos apoios. O que pode ter ocorrido? a) Cálculo incorreto da força cortante originando tensões de cisalhamento mais elevadas que as normativas. b) Insuficiência de armadura transversal (estribo e/ou ferro dobrado) nestes pontos. c) Armadura longitudinal de combate aos momentos fletores insuficiente. 76 d) Armadura dos estribos e/ou ferros dobrados com diâmetro inferior ao calculado. e) Armadura longitudinal com diâmetro inferior ao calculado. Considerando as afirmações acima, assinale a alternativa mais apropriada: 1) C, D e E 2) D e E 3) A, B e D 4) A, D e E 5) Todas as alternativas são apropriadas 3) Todo estudante de engenharia sabe da importância das forças normal e cortante, bem como do momento fletor no cálculo estrutural. Podemos afirmar:a) A força normal de tração tende a encurtar a peça. b) O momento fletor de uma viga é combatido com armadura longitudinal. c) Onde houver tração, que eu leve armadura. 77 d) A armadura transversal (estribo e/ou ferro dobrado) combate a força cortante. e) O alongamento de uma peça é provocado pela força de tração. Assinale a alternativa correta: 1) A, B e C 2) A, B, D e E 3) B, C e D 4) B, C, D e E 5) C, D e E 4) A viga em balanço da figura abaixo, bem como sua deformação, encontra-se em marquises: 78 Podemos afirmar: a) A armadura principal é posicionada na parte inferior. b) O momento máximo se encontra no engaste. c) No apoio, a cortante é máxima. d) Onde há tração, ali estará a armadura. e) Compressão se combate com concreto Assinale a alternativa correta: 1) A, B e C 2) A, C, D e E 3) B, D e E 4) B, C, D e E 5) C, D e E 5) Em 04 de fevereiro de 1971, o Pavilhão da Gameleira, espaço a ser destinado a feiras e exposições, onde se localiza hoje a Expominas, em Belo Horizonte, desabou deixando 65 mortos e 50 feridos. Considerado o maior acidente da construção civil brasileira, até então, muitas causas foram apontadas como as principais. Segundo especialistas: 79 a) Pressa na entrega da obra por pressão do governador. b) Retirada antecipada dos escoramentos. c) Falha nas fundações com ruptura do terreno. d) Falta de projeto construtivo. e) Opinião ignorada pelos engenheiros sobre o alerta de fissuras e “estalos” nos alicerces, dada pelos operários da obra. Você que é estudante de engenharia, assinale a alternativa que julga ser mais correta: 1) A, B e C 2) A, B, C e E 3) B, C, D e E 4) C, D e E 5) A, C e E 80 VIGAS GERBER ISOSTÁTICAS Prezados(as), até agora estudamos as seguintes vigas isostáticas: Se associarmos estas vigas de acordo com a numeração, estaremos na presença das Vigas Gerber Isostáticas, comumente utilizadas para vencer grandes vãos, como pontes, passarelas e viadutos. A numeração acima diz respeito a ordem de resolução das mesmas, que deve ser obedecida. Vejamos uma exemplificação: vamos supor que queiramos construir uma ponte de concreto armado, que deverá se apoiar sobre 4 pilares. Apresentamos duas soluções: 81 SOLUÇÃO CONVENCIONAL SOLUÇÃO EM VIGA GERBER Rio Profundo Ver detalhe Rio Profundo Cola Epóxi Cabos de Aço Detalhe 82 Na solução convencional para a execução da superestrutura da ponte, seríamos obrigados a escorar simultaneamente todo o volume compreendido sob o tabuleiro da ponte, escoramento este que, dependendo da velocidade do rio e de sua profundidade, pode tornar-se extremamente difícil, caro e até mesmo, arriscado no trecho BC. Na solução em Viga Gerber, a execução pode ser feita em separado dos trechos ABE, EF e FCD, com o que poderíamos escorar inicialmente o trecho ABE e concretá-lo, a seguir transferiríamos o escoramento para o trecho FCD que seria posteriormente concretado, e finalmente, usando os próprios trechos ABE e FCD, já executados, como apoios, concretaríamos a vigota EF, encerrando a execução da estrutura. Convém observar: a vigota EF pode ser pré-fabricada e lançada através de uma treliça. Sob o ponto de vista construtivo, a solução em Viga Gerber é a mais adequada no caso, pois não envolverá risco algum no vão BC durante a construção, além de reduzir o volume de material para escoramento a quase 1/3 do necessário para a solução convencional. A solução em Viga Gerber trará ainda, 83 sob o ponto de vista estrutural, a vantagem de reduzir as forças horizontais nos pilares devidas a variações de temperatura e a retração do concreto. Assim, conceituando Vigas Gerber: associações de vigas biapoiadas, vigas biapoiadas com balanço(s) e vigas engastadas numa extremidade e livre na outra ligadas por meio de articulações ou rótulas. CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DAS VIGAS GERBER: 1) O número de rótulas (articulações) é igual ao número de apoios internos. 2) O momento fletor nas rótulas é nulo. 3) Na resolução das Vigas Gerber, deve-se substituir cada rótula por um apoio considerando a seguinte ordem de resolução: 84 APLICAÇÕES NUMÉRICAS RESOLVIDAS Para as vigas Gerber isostáticas a seguir, pede-se: a) Esquema Estrutural; b) Reações de Apoio; c) Diagramas 1) Solução: Esquema Estrutural 85 VÃO AC Reações de Apoio: ∑ �� = 0 ∴ �� + �� = 4 � ∑ � � = � ∴ ∴ ��� − ��� = � ∴ �� = �� � = �,� � �� = � − �� = � − �,� = �,� � Momentos Fletores: � � = � � = � � � = �� �1 = 1,6 �� Quando � = � → � ��� Abscissa � = �,� � �� �⁄ = 2,4 � � ��� = � �,���,� � � = 2,88 �� VÃO CDF 86 Reações de Apoio: ∑ � � = � ∴ � � = � ∑ V� = 0 ∴ V� + V� = 4,6 t ∑ � � = � ∴ ∴ − �,��� + ��� − ��� = � ��� = ��,� �� �� = �,�� � e �� = �,�� � Momentos Fletores: � � = � � = � � � = − 1,6�2 = − 3,2 �� � � = + ���3 = 2,91 �� 2) 87 Solução: Esquema Estrutural: VÃO DEF Reações de Apoio: ∑ �� = � ∴ �� + �� = � � ∑ � � = � ∴ ∴ ��� − ��� + ��� = � ∴ ��� = � �� �� = �,� � e �� = �,� � Momentos Fletores: � � = � � = � � � = − 2�1 = − 2 �� Quando � = � → � ��� � ��� = � �,� ��,� � � = �,�� �� Abscissa � = �,� � �� �⁄ = 1,5 � VÃO AD 88 Reações de Apoio: ∑ � � = � ∴ � � = � ∑ V� = 0 ∴ V� = 4,5 t ∑ � � = � ∴ ∴ − � � + ��� + ���,� + �,��� = � − � � = − 16 �� ∴ � � = 16 �� Momentos Fletores: � � = − � � = − �� �� � � = − � � + �� �2 = − 7 �� � � = − 1,5�1 − 1�0,5 = − 2 �� � � = 0 3) 89 Solução: Esquema Estrutural: VÃO DF Reações de Apoio: �� = �� = � � = �,� � Momentos Fletores: � � = � � = �;� � = �� �� = �,� �� VÃO ACD Reações de Apoio: ∑ �� = � ∴ �� + �� = ��,� � ∑ � � = � ∴ ∴ ��� − ��� − ��� − ��� + ��� + �,��� = � 4V� = 9 tm ∴ V� = 2,25 t e V� = 10,25 t 90 Momentos Fletores: � � = � � = � � � = �� �2 − 2�1 = 2,5 �� � � = − 2,5�2 − 2�1 = − 7 �� VÃO FGI Reações de Apoio: ∑ � � = � ∴ � � = � ∑ V� = 0 ∴ V� + V� = 8,5 t ∑ � � = � ∴ ∴ − �,��� + ��� − ��� = � 3V� = 18,5 �� ∴ �� = 6,17 � e �� = 2,33 � Momentos Fletores: � � = � � = � � � = − 2,5�2 = − 5 �� � � = ���1 = 2,33 �� 91 4) Solução: Esquema Estrutural: VÃO DF Reações de Apoio: V� = V� = 4 2 = 2 KN 92 Momentos Fletores: � � = � � = � � � = �� �2 = 4 ��� VÃO ABCD Reações de Apoio: ∑ � � = � ∴ � � = � V� = V� = � � = 2 KN Momentos Fletores: � � = � � = � � � = − 2�1 = − 2 ��� � � = − 2�1 = − 2 ��� VÃO FGI Reações de Apoio: ∑ �� = � ∴ �� + �� = � �� ∑ � � = � ∴ ∴ − ��� + ��� − ��� = � 4�� = 16 ��� ∴ �� = 4 �� e �� = 1 �� Momentos Fletores: � � = � � = � � � = − 2�1 = − 2 ��� � � = ���2 = 2 ��� 93 5) Solução: Esquema Estrutural: 94 VÃO ABC Reações de Apoio: ∑ �� = � ∴ �� + �� = � � ∑ � � = � ∴ ∴ − ��� + ��� − ��� = � ��� = �� + � = �� �� �� = � � e �� = � � Momentos Fletores: � � = � � = � � � = 2�2 = − 4 �� Quando � = � → � ��� Abscissa �� = � � �� �⁄ = 1 � � ��� = � ��� � � = 0,5 �� VÃO CDE 95 Reações de Apoio: ∑ �� = � ∴ �� + �� = � � ∑ � � = � ∴ ∴ − ��� − ��� + ��� − ��� ,� = � ��� = ��,� �� ∴ �� = �,�� � e �� = �,�� � Momentos Fletores: � � = � � = � � � = − 1�2 −2�1 = − 4 �� Quando � = � → � ��� Abscissa �� = �,�� � �� �⁄ = 0,17 � � ��� = � �,����,�� � � = 0,01 �� VÃO EF Reações de Apoio: ∑ � � = � ∴ � � = � ∑ V� = 0 ∴ V� = 4,17 t ∑ � � = � ∴ ∴ − �,���� − ��� + � � = � � � = 8,68 �� Momentos Fletores: � � = � � � = − � � = − 8,68 �� 96 EXERCÍCIOS PROPOSTOS Nº 04 Dada as Vigas Gerber a seguir pede-se: a) Esquema Estrutural; b) Reações de Apoio; c) Diagramas. 1) Algumas Respostas: �� = − 0,25 � �� = 0,05 � 2) Algumas Respostas: � � = 43 �� em A �� = 19 � 97 3) Algumas Respostas: �� = 4,44 � 4) Algumas Respostas: �� = 7,65 � �� = 8,4 � 98 MÁXIMAS DA ENGENHARIA “Dimensionar fundações sem sondagem, não dá.” “Nunca trate um projeto de pequeno porte como se fosse um projeto pequeno. Ele merece tanta atenção quanto as maiores obras.” “Tenha argumentos técnicos, para defender o seu projeto. Evite a pérola: ‘Eu sempre fiz assim.’.” ATIVIDADES Nº 02 1) Desejando-se transpor uma via de tráfego intenso, a prefeitura de uma cidade do sudeste brasileiro abriu uma concorrência envolvendo empresas de cálculo estrutural para o projeto e cálculo de um viaduto. Uma destas empresas apresentou a proposta de um viaduto em Viga Gerber apoiado em quatro pilares conforme croquis abaixo: 99 As justificativas apresentadas para a utilização da Viga Gerber foram: a) Não utilização de escoramento no vão da via. b) Economia no escoramento dos trechos ABE e FCD. c) Redução das forças horizontais nos pilares devido à retração do concreto e às variações de temperatura. d) Pré-fabricação da vigota EF. Assinale a alternativa mais apropriada: 1. A e B 2. A e C 3. A, B, C e D 4. C e D 5. A, B e C 2) A Viga Gerber acima é comumente utilizada quando se quer vencer 100 grandes vãos com economia. Sobre a Viga Gerber, podemos afirmar: a) Na rótula D, o momento fletor é nulo. b) Resolve-se em primeiro lugar a viga biapoiada DC. c) O trecho ABD recebe a reação de apoio da viga biapoiada DC, em sentido contrário. d) É uma estrutura de fácil resolução, pois envolve apenas equações do equilíbrio. e) Constrói-se primeiramente a viga biapoiada DC. Assinale a alternativa mais apropriada: 1. A, B e C 2. A, B, C e D 3. A, B, C e E 4. B, C, D e E 5. C, D e E 101 3) A figura abaixo representa o D.F.C de uma Viga AB. Traçar o D.M.F. 4) Em estruturas foram criados apoios teóricos que se reduzem a maioria dos apoios reais encontrados na prática. Os apoios indicam por meio de suas reações, os movimentos permitidos e impedidos de uma estrutura. 102 Para o apoio representado abaixo pode-se afirmar: a) Associamos este apoio a um apoio móvel. b) Não há nenhum movimento permitido. c) Associamos este apoio a um apoio fixo. d) Este apoio se associa a um engaste. e) Poderá a viga sofrer movimento de rotação. Assinale a alternativa mais apropriada: 1. A, B e C 2. A, C e D 3. B, C, D e E 4. B e D 5. C, D e E 103 5) Assinale o D.M.F da Viga Gerber abaixo: A. B. C. D. E. 104 QUADROS ISOSTÁTICOS CONCEITUAÇÃO Quadros isostáticos ou quadros simples são estruturas não – lineares contínuas formadas por uma barra horizontal e duas barras verticais. CLASSIFICAÇÃO De modo geral classificamos os quadros em dois grupos: QUADROS SIMÉTRICOS Para resolvê-lo basta determinar � � ou � � , pois � � = � 105 QUADROS ASSIMÉTRICOS Para resolvê-lo calculamos � � ≠ � e com esta reação os momentos � � e � � CONVENÇÃO DE SINAIS FORÇA NORMAL N ⊥ SEÇÃO V ∕∕ SEÇÃO FORÇA CORTANTE 106 MOMENTOS FLETORES 107 APLICAÇÕES NUMÉRICAS Para os quadros abaixo, pede-se: a) Reações de apoio; Diagrama de Corpo Livre. b) Normais, cortantes e fletores com diagramas. 1) SOL.: Reações de Apoio: ∑ �� = 0 ∴ 2 − �� = 0 ∴ �� = 2 � ∑ �� = 0 ∴ �� + �� = 0 ∴ �� = − �� ∑ � � = � ∴ ∴ ��� + ��� = � ��� = − � �� �� = − � � e �� = + � � 108 Diagrama de Corpo Livre �� → � = + 1 � �� → � = − 2 � �� → � = − 1 � �� → � = 0 �� → � = − 1 � �� → � = + 2 � N ⊥ SEÇÃO V ∕∕ SEÇÃO 109 Momentos Fletores (M) � � = 0 � � = 0 �� �� � � = 0 � � = − 6 �� � � = − 2�3 = = − 6 �� �� � � = 0 110 2) SOL.: Reações de Apoio: ∑ �� = 0 ∴ �� − 4 = 0 ∴ �� = 4 � ∑ �� = 0 ∴ �� + �� = 2 � ∑ � � = � ∴ ∴ ��� − ��� = � ��� = �� �� ∴ �� = �,�� � �� = � − �� = � − �,�� = − �,�� � 111 Diagrama de Corpo Livre �� → � = − 6,67 � �� → � = − 4 � �� → � = + 4,67 � �� → � = − 4 � �� → � = + 6,67 � �� → � = 0 N ⊥ SEÇÃO V ∕∕ SEÇÃO 112 Momentos Fletores (M) � � = 0 �� � � = − 4�5 = = − 20 �� � � = − 20 �� �� � � = 0 � � = 0 �� � � = 0 113 3) SOL.: Reações de Apoio: ∑ �� = 0 ∴ �� − 3 = 0 ∴ �� = 3 � ∑ �� = 0 ∴ �� + �� = 5 � ∑ � � = � ∴ ∴ ��� − ���,� − ��� = � ��� = ��,� �� ∴ �� = �,� � �� = �,� � 114 Diagrama de Corpo Livre �� → � = − 3,7 � �� → � = − 3 � �� → � = − 1,3 � �� → � = − 3 � �� = 3,7 � �� → �� = 3,7 − 5 = − 1,3 � �� → � = + 3 � N ⊥ SEÇÃO V ∕∕ SEÇÃO 115 Momentos Fletores (M) � � = 0 �� � � = − 3�4 = − 12 �� � � = − 12 �� �� � � = − 6 �� � � = − 3�2 = − 6 �� �� � � = 0 116 4) SOL.: Reações de Apoio: ∑ �� = 0 ∴ �� − 6 = 0 ∴ �� = 6 � ∑ �� = 0 ∴ �� + �� = 4 � ∑ � � = � ∴ ∴ − ��� − ���,� ∴ − ��� = �� �� �� = − �,�� � e �� = � − �� = � + �,�� = �,�� � 117 Diagrama de Corpo Livre �� → � = − 9,25 � �� → � = − 6 � �� → � = + 5,25 � �� → � = − 6 � �� → � = 9,25 − 4 = + 5,25 � �� = + 6 � �� → �� = 0 N ⊥ SEÇÃO V ∕∕ SEÇÃO 118 Momentos Fletores (M) � � = 0 �� � � = − 6�5 = − 30 �� � � = − 30 �� �� � � = − 9 �� � � = − 6�1,5 = − 9 �� �� � � = 0 119 5) SOL.: Reações de Apoio: ∑ �� = 0 ∴ 12 − �� = 0 ∴ �� = 12 � ∑ �� = 0 ∴ �� + �� = 6 � ∑ � � = � ∴ ∴ ��� − ���� − ��� = � ��� = �� �� ∴ �� = � � �� = 6 − �� = 6 − 9 = − 3 � 120 Diagrama de Corpo Livre �� → � = − 9 � �� → � = − 12 � �� = 0 �� → �� = − 12 � �� = 9 � �� →�� = 9 − 6 = 3 � N ⊥ SEÇÃO V ∕∕ SEÇÃO 121 Momentos Fletores (M) � � = 0 �� � � = − 12�2 = − 24 �� � � = − 24 �� �� � � = 0 122 EXERCÍCIOS PROPOSTOS Nº 05 Para os quadros abaixo, pede-se: a) Reações de Apoio; b) Diagrama de Corpo Livre; c) Normais, cortantes e fletores com diagramas. 1) Algumas respostas: � � = � �� �� → � = − 2 �� �� → � = + 2 �� � � = − 2 ��� �� � � = − 6 ��� 2) 123 Algumas respostas: �� = �,�� �� 3) Algumas respostas: � � = � � 124 4) Algumas respostas: �� = �,� �� �� → � = − �,� �� � � = − 24 ��� �� �� → �� = 8,6 �� � � = 0 5) Algumas respostas: �� = − �,�� �� �� → � = − �,�� �� � � = − 8 ��� �� → � = 1,33 �� �� � � = 0 125 QUADROS TRIARTICULADOS CONCEITUAÇÃO Conceitua-se quadro Triarticulado a estrutura não-linear contínua formada por uma barra horizontal e duas barras verticais, ligadas por articulação (rótula). Estes quadros são resolvidos do mesmo modo que os quadros isostáticos. APLICAÇÕES NUMÉRICAS Para os quadros triarticulados a seguir, pede-se: a) Reações de Apoio; b) Diagrama de Corpo Livre; c) Normais, cortantes, fletores com diagramas. 1) 126 SOL.: Reações de Apoio: ∑ �� = 0 ∴ �� + �� = 0 ∴ �� = − �� 1 ∑ �� = 0 ∴ �� + �� = 10 � 2 ∑ � � = � ∴ ∴ ���� − ���,� − ���,� = � ���� = �� �� ∴ �� = � � 3 3 em 2 ∴ �� = 10 − �� = 10 − 5 = � � � � � = � ∴ ∴ ��� − �� � − ���,� = � − 4�� = 24,5 − 7�5 = − 10,5 �� �� = �,��� � 4 4 em 1 ∴ �� = − �,��� � DIAGRAMA DE CORPO LIVRE 127 �� → � = − 5 � �� → � = − 2,625 � �� → � = − 5 � �� → � = − 2,625 � �� = 5 � �� → �� = 5 − 7 − 3 = − 5 � �� → � = + 2,625 � Momentos Fletores (M) N ⊥ SEÇÃO V ∕∕ SEÇÃO 128 � � = 0 �� � � = − 2,625�4 = − 10,5 �� � � = − 10,5 �� �� � � = − 10,5 �� � � = − 2,625�4 = − 10,5 �� �� � � = 0 2) 129 SOL.: Reações de Apoio: ∑ �� = 0 ∴ 8 + �� + �� = 0 ∴ �� + �� = − 8 � 1 ∑ �� = 0 ∴ �� + �� = 3 � 2 ∑ � � = � ∴ ∴ ��� + ��� − ��� = � ∴ ��� = − �� �� �� = − �,�� � 3 3 em 2 ∴ �� = 3 − �� = 3 + 2,17 = �,�� � � � � = � ∴ ∴ ��� − �� � − ��� = � − 4�� = 16 − 3�� = 16 − 3(− 2,17)= 22,51 �� � � = − �,�� � 4 4 em 1 ∴ �� = − 8 − �� = − 8 − (− 5,63) = − �,�� � DIAGRAMA DE CORPO LIVRE 130 �� → � = + 2,17 � �� → � = + 5,63 − 8 = − 2,37 � �� → � = − 5,17 � �� = + 5,63 � �� → �� = 5,63 − 8 = − 2,37 � �� = − 2,17 � �� → �� = − 2,17 − 3 = − 5,17 � N ⊥ SEÇÃO V ∕∕ SEÇÃO 131 �� → � = + 2,37 � Momentos Fletores (M) � � = 0 �� � � = + 5,63�4 − 8�2 = 6,52 �� � � = 6,52 �� �� � � = − 9,48 �� � � = − 2,37�4 = − 9,48 �� �� � � = 0 132 3) SOL.: Reações de Apoio: ∑ �� = 0 ∴ �� + �� − 8 + 5 = 0 ∴ �� + �� = 3 �� 1 133 ∑ �� = 0 ∴ �� + �� = 24 �� 2 ∑ � � = � ∴ ∴ ��� − � � �� + ��� − ����,� − ����,� − − ��� = � ∴ ��� − � � = − �� + �� + �� + �� = �� ��� 3 � � � = � ∴ ∴ ��� − �� � − ��� − ����,� = � ��� − �� � = �� �� 4 3 e 4 ∴ 6�� − �� = 78 ��� 3�� − 5�� = 28 ��� �(− 2) 6�� − �� = 78 ��� − 6�� + 10�� = − 56 ��� 9�� = 22 ��� �������������������������������������� �� = �,�� �� 5 5 em 1 ∴ �� = 3 − �� = 3 − 2,44 = �,�� �� 5 em 3 ∴ 6�� − �� = 78 ��� ∴ 6�� = �� + 78 = 2,44 + 78 = 80,44 ��� �� = ��,�� �� 6 6 em 2 ∴ �� = 24 − �� = 24 − 13,41 = ��,�� �� 134 DIAGRAMA DE CORPO LIVRE �� → � = − 13,41 �� �� → � = − 2,44 − 5 = − 7,44 �� �� → � = − 10,59 �� N ⊥ SEÇÃO 135 �� = − 2,44 �� �� → �� = − 2,44 − 5 = − 7,44 �� �� = 13,41 �� �� → �� = 13,41 − 12 − 12 = − 10,59 �� �� = − 0,56 + 8 = 7,44 �� �� → �� = − 0,56 �� V ∕∕ SEÇÃO 136 Momentos Fletores (M) � � = 0 �� � � = − 2,44�5 − 5�2 = − 22,22 ��� � � = − 22,22 ��� �� � � = − 13,76 ��� � � = 0,56�4 − 8�2 = − 13,76 ��� �� � � = 0 137 4) SOL.: Reações de Apoio: ∑ �� = 0 ∴ 6 + �� + �� = 0 ∴ �� + �� = − 6 � 1 ∑ �� = 0 ∴ �� + �� = 12 � 2 ∑ � � = � ∴ ∴ ���� + ��� − ���� = � ���� = − �� + �� = �� �� �� = � � 3 138 3 em 2 ∴ �� = 12 − �� = 12 − 5 = � � � � � = � ∴ ∴ − �� � = � ∴ � � = � 4 4 em 1 �� + 0 = − 6 � �� = − � � DIAGRAMA DE CORPO LIVRE �� → � = − 5 � N ⊥ SEÇÃO 139 �� → � = + 6 − 6 = 0 �� → � = − 7 � �� = + 6 � �� → �� = + 6 − 6 = 0 �� = 5 � �� → �� = 5 − 12 = − 7 � �� → � = 0 Momentos Fletores (M) V ∕∕ SEÇÃO 140 � � = 0 �� � � = 6�6 − 6�4 = 12 �� � � = 12 �� �� � � = 0 � � = 0 �� � � = 0 EXERCÍCIOS PROPOSTOS Nº 06 Para os quadros triarticulados pede-se: a) Reações de Apoio; b) Diagrama de Corpo Livre; c) Normais, Cortantes e Fletores com diagramas. 1) 141 Algumas respostas: � � = � � �� → � = − 3,13 t 2) 142 Algumas respostas: �� = − �,�� � 3) Algumas respostas: �� = �,� �� �� → � = − 3,6 KN �� = 2,4 KN �� → �� = 2,4 − 6 = − 3,6 KN � � = 0 �� → � � = 0143 ATIVIDADES Nº 03 1) A figura abaixo mostra um quadro isostático com balanço: Pode-se afirmar: a) O apoio B impede translações. b) O momento no balanço DE vale � ��l� c) O traçado do D.M.F nas barras horizontal e vertical é curvo. d) A reação horizontal � � vale � � e atua da direita para a esquerda. e) Na resolução desta estrutura não podemos separar as barras horizontal e vertical. 144 Assinale a alternativa correta: 1. A, B e C 2. A, B e D 3. A, C e E 4. B, C e D 5. B, C e E 2) Visando o equilíbrio, as reações de apoio da estrutura a seguir, são: a) �� = 5 �� → ; �� = 4 �� ; �� = 1,5 �� b) �� = 2 �� → ; �� = 3 �� ; �� = 3,5 �� c) �� = 3 �� → ; �� = 6,5 �� ; �� = − 2,5 �� d) �� = 7 �� → ; �� = 5,5 �� ; �� = 2,5 �� 145 3) Para o sistema triarticulado abaixo, calcular as reações de apoio: 4) Determinar as reações de apoio para o triarticulado abaixo: 146 5) As reações de apoio da estrutura abaixo, são: a) �� = 6,25��������⃗ �→ ; �� = 6,25��������⃗ � ; �� = 5 � ; �� = 5 � b) �� = 5�⃗ �→ ; �� = 5�⃗ � ; �� = 10 � ; �� = 5 � c) �� = 6,25�⃖������� � → ; �� = 6,25��������⃗ � ; �� = 10 � ; �� = 10 � d) �� = 10����⃗ � → ; �� = 10 �⃖����� ; �� = 5 � ; �� = 5 � e) �� = 6,25��������⃗ � → ; �� = 6,25�⃖������� � ; �� = 10 � ; �� = 10 � MÁXIMAS DA ENGENHARIA “Laje em balanço deve ter, pelo menos 12 cm, mesmo sob pequenos esforços.” “A pressa passa, a merda fica.” “Engenheiros com 1-2 anos de formados devem ser fiscalizados com atenção. Ainda não ganharam indecisão, como diz Adélia Prado.” 147 TRELIÇAS ISOSTÁTICAS 1) CONCEITUAÇÃO Treliças são estruturas formadas de várias barras articuladas nas suas extremidades e com carregamento nas articulações. Neste tipo de estrutura só teremos esforços normais de tração + e compressão - . As treliças são muito utilizadas quando se quer vencer grandes vãos: coberturas de galpões, postos de gasolina, etc. Para o cálculo das barras de uma treliça iremos utilizar dois métodos: Método de Ritter e Método da Viga de Substituição. 2) MÉTODO DE RITTER O Método de Ritter se baseia na passagem de seções que cortem um determinado número de barras. 148 Seja a treliça abaixo: Vamos supor que queiramos calcular os esforços normais nas barras 6 , 7 e 8 . Cortando a treliça nestas barras por uma seção S-S indicada abaixo, nada se alterará sob o ponto de vista estático, se substituirmos as barras cortadas pelos esforços normais nelas atuantes: Para calcular �� ; �� e �� aplicamos as três equações universais do equilíbrio ∑ � � = � ; ∑ �� = � ; ∑ � � = � 149 Assim: �� → ∑ � � � = � ; sendo D’ o ponto onde concorrem as outras duas barras �� e �� cortadas pela seção S-S; �� → ∑ � � = � ; sendo C o ponto onde concorrem as outras duas barras �� e �� cortadas pela seção S-S; �� → ∑ �� = � ; pois não há ponto comum entre as outras duas barras cortadas pela seção S-S (�� e ��) 3) REGRAS GERAIS Escolher seções que cortem no máximo três barras não paralelas nem concorrentes no mesmo ponto; As seções escolhidas podem ter formas quaisquer (não precisando ser retas), desde que sejam contínuas, pois sua única obrigação é atravessar toda a treliça; As barras cortadas pela seção devem ser consideradas positivas (saindo da seção). 150 4) APLICAÇÕES NUMÉRICAS 4) .1 Calcular os esforços normais nas barras da treliça abaixo: Sol.: Aplicando a regra Nº 01, vamos cortar três barras não paralelas nem concorrentes no mesmo ponto. Seção �� − �� → ��; �� e �� (Observe que marcamos as barras saindo da seção para atender a regra Nº 03 Tração (saindo da seção) 151 �� → ∑ � � = 0 → � Ponto onde concorrem as outras duas barras (�� e ��) cortadas pela seção �� − �� ∑ � � = � ∴ ∴ − ���� = � ∴ �� = � Observe que a única força situada acima de �� − �� (2 t) passa por B, gerando momento nulo. �� → ∑ �� = 0 → Não há ponto comum entre �� e �� (PITÁGORAS) cos� = � � �,�� � = 0,83 Sendo assim: ∑ �� = 0 ∴ 2 − �� cos� = 0 2 = ���0,83 �� = � � �,�� = 2,41 � TRAÇÃO �� → ∑ � � = 0 → � Ponto onde concorrem as outras duas barras (�� e ��) cortadas pela seção �� − �� (Barra denominada preguiçosa) ���� = adjacente hipotenusa �� = �� + �� = �� � � � = �,�� � 152 ∑ � � = � ∴ ∴ ��� + ��� = � ��� = − � �� ∴ �� = − �,�� � COMPRESSÃO Seção �� − �� → ��; �� e �� �� → ∑ � � = 0 → 2x2+ ��x3 = 0 ∴ � � = − 1,33 � �� → ∑ �� = 0 → 2 + 3 + �� = 0 ∴ � � = − 5 � COMPRESSÃO �� → ∑ � � = 0 → 2x2− 3�� = 0 ∴ 3N� = 4 �� D Ponto onde concorrem as outras duas barras (�� e ��) cortadas pela seção �� − �� N � = � �� � � = 1,33 � TRAÇÃO 153 Seção �� − �� → ��; �� e �� �� → ∑ � � = 0 ∴ mesmo valor da seção anterior �� → ∑ �� = 0 ∴ 2 + 3 − �� cos� = 0 5 = ���0,83 ∴ �� = 6,02 � O ângulo não mudou �� → ∑ � � = � ∴ ∴ ��� + ��� + ��� = � ��� = − �� �� ∴ �� = − �,�� � E assim por diante Observe prezado(a) aluno(a) que a única barra que não podemos calcular por meio de uma seção uma vez que não atende a Regra Nº 01 é a barra 1 . Para calcular esta barra devemos isolar um dos nós A ou B e verificar o equilíbrio. Recomenda-se isolar o nó que não tenha barra inclinada. 154 Assim: �� → equilíbrio em torno do nó A ∑ �� = 0 ∴ 2 + �� = 0 ∴ �� = − 2 � Observe que �� atendeu a Regra Nº 03 4) .2 Calcular os esforços normais nas barras 4 , 5 e 6 da treliça em balanço abaixo: SOL.: Seção �� − �� → ��; �� e �� 155 �� → �� → ∑ �� = 0 ∴ − �� − 6 = 0 ∴ − �� = 6 � �� = − 6 � �� → ∑ � � � = � ∴ ∴ ��� + ��� = � ��� = − �� �� �� = − �� � �� também poderá ser calculado pela seção �� − �� �� → ∑ � � = � ∴ ∴ − ���� + ��� = � − ���� = − �� �� �� = + �� � 156 �� → seção �� − �� �� → ∑ � � = � ∴ ∴ ��� − ��� = � �� = ��� �� = + � � 157 MÉTODO DE RITTER APLICAÇÕES NUMÉRICAS 1) Para a treliça abaixo pede-se o cálculo das forças normais nas barras: 2; 3 e 4 . 2) Para a treliça abaixo, calcular os esforços normais nas barras: 1 , 4 , 5 e 6 . Alguma Resposta: �� = + 2,5 � Alguma Resposta: �� = − 2 � 158 MÉTODO DA VIGA DE SUBSTITUIÇÃO O Método da Viga de Substituição é um caso particular do Método de Ritter, válido apenas para treliças de altura constante. Seja a treliça de altura constante abaixo: Substituindo a treliça por uma viga com mesmo carregamento e mesmo vão teremos: 159 MOMENTOS FLETORES POR ÁREA DO D.F.C: � � = � � = 0 ; � � = 1,5��� = 1,5�� � � = � � + 0,5��� = 2�� ; � � = 1,5��� = 1,5�� Vamos obter fórmulas que nos permitirão calcular as barras O, U e D: RITTER SEÇÃO S-S �� → ∑ � � = 0 ∴ ∴ 2��� − � 2⁄ �� + ���ℎ = 0 mas: 2��� − � 2⁄ �� = 1,5�� = � � 160 Assim: � � + ���ℎ = 0 ∴ �� = − �� � Generalizando: U � = − � � M eD �� → � � � � = 0 ∴ ∴ 2��2� − � 2⁄ �2� − �� − ���ℎ = 0 mas: 2��2� − � 2⁄ �2� − �� = 2�� = � � Assim: � � − ���ℎ = 0 ∴ �� = + �� � Generalizando: O � = + � � M e D � � → ∑ �� = 0 ∴ 2� − � 2⁄ − � + ����� � = 0 mas: 2� − � 2⁄ − � = 0,5� = ��� (Força Cortante) Assim: ��� + ����� � = 0 ∴ �� = − ��� ��� � Observe que a diagonal se voltou para a direita, resultou então - Se a diagonal voltasse para a esquerda, teríamos: ��� − ����� � = 0 161 e �� = + ��� ��� � Generalizando, então: |�|= � ��� � com seção BARRA V sem seção Com seção: �� e �� (RITTER) Sem seção: �� ; �� e �� (Equilíbrio de Nós) �� Nó A’ ∑ �� = 0 ∴ − � 2⁄ − �� = 0 �� = − � 2⁄ �� Nó D ∑ �� = 0 ∴ �� = 0 �� Igual a �� (Simetria) “Convém ressaltar que as fórmulas das barras O, U e D são válidas com carregamento superior ou inferior e também carregamento alternado.” 162 MÉTODO DA VIGA DE SUBSTITUIÇÃO APLICAÇÕES NUMÉRICAS Para as treliças de altura constante a seguir obter os esforços normais em suas barras: 1) Sol.: VIGA DE SUBSTITUIÇÃO CORRESPONDENTE: 163 Reações de Apoio: ∑ �� = 0 ∴ �� = 0 ∑ �� = 0 ∴ �� + �� = 15 � ∑ � � = � ∴ ∴ ��� − ��� − ��� − ��� − ��� = � 8�� = 62 �� �� = �,�� � e �� = �,�� � Momentos Fletores: (Por área do D.F.C) � � = � � = 0 ; � � = 5,75�2 = 11,5 �� � � = � � + 2,75�2 = 17 �� ; � � = 6,25�2 = 12,5 �� Cálculo das barras O, U e D: M Momento na viga de substituição no ponto onde concorrem U e D. �� = − �� � = − ��,� �� � � = − ��,� � �� = − �� � = − ��,� � �� = − �� � = − �� �� � � = − �� � �� = − �� � = − � �� � � = � (PREGUIÇOSA) M Momento na viga de substituição no ponto onde concorrem O e D. � = − � ℎ � = + � ℎ 164 �� = + �� � = � �� � � = � (PREGUIÇOSA) �� = + �� � = + �� � �� = + �� � = + �� �� � � = + ��,� � �� = + �� � = + ��,� � Q Força cortante na viga de substituição no trecho onde se localiza a diagonal. � Ângulo que a diagonal faz com a horizontal “Os sinais serão analisados caso a caso” Vamos em 1º lugar calcular o seno de � ��� � = ������ ���������� = � � �,�� � = �,�� |�|= � ��� � PITÁGORAS ℎ� = 1� + 2� = 5 � � ℎ = 2,24 � 165 �� = − ��� ��� � = − �,�� � �,�� = − ��,�� � �� = + ��� ��� � = + �,�� � �,�� = + �,�� � �� = − ��� ��� � = − �,�� � �,�� = − �,� � �� = + ��� ��� � = + �,�� � �,�� = + ��,�� � A 1ª Diagonal (� �) terá sempre o sinal contrário ao sinal da força cortante, para que haja equilíbrio. Observe a 2ª Diagonal (� �); ela mudou sua inclinação em relação a 1ª; mas não mudou o sinal da força cortante no segundo trecho (bc), logo havendo só uma mudança quer na inclinação da diagonal, quer no sinal da força cortante, mudamos o sinal anterior; era – na diagonal � �; passa então a ser + na 2ª diagonal, � �. A diagonal (� �) não mudou sua inclinação em relação a 2ª diagonal, mas mudou o sinal da força cortante do trecho (bc) + para – trecho (cd), sendo assim uma mudança, mudamos o sinal da diagonal anterior; era + na � � passa a ser – na � �. 166 Finalmente observamos que a diagonal � � mudou sua inclinação em relação a anterior (� �), mas o sinal da cortante continuou o mesmo do trecho anterior ( - ); o que se conclui: uma mudança troca-se o sinal anterior, de – na � � para + na � �. BARRAS V – CÁLCULO Dois casos podem ocorrer conforme teoria anterior: �� Por seção (Conforme Ritter) ��; ��; �� e �� Sem seção (Equilíbrio de Nó) �� → ∑ �� = 0 ∴ 7,75 − 2 − 3 − 5 − �� = 0 − 2,25 − �� = 0 �� = − �,�� � 167 �� Equilíbrio do nó A �� Equilíbrio do nó B’ �� Equilíbrio do nó D �� Equilíbrio do nó E’ Notar que todas as barras V foram marcadas com sendo de tração, saindo da seção, (Barra ��) e saindo dos nós (��; ��; �� e ��) conforme regra de Ritter. ∑ �� = 0 ∴ 7,75 + �� = 0 �� = − �,�� � ∑ �� = 0 ∴ − 3 − �� = 0 �� = − � � ∑ �� = 0 ∴ �� = � (PREGUIÇOSA) ∑ �� = 0 ∴ − 1 − �� = 0 �� = − � � 168 2) Sol.: VIGA DE SUBSTITUIÇÃO CORRESPONDENTE: 169 Reações de Apoio: ∴ ∑ � � = � ∴ � � = � ∑ �� = 0 ∴ �� + �� = 15 � ∑ � � = � ∴ ∴ − ���� − ���� + ��� − ��� − ��� = � �� = ��,�� � 9�� = 156 �� �� = 15 − �� = 15 − 17,33 = − �,�� � Momentos Fletores: � � = � � = � (Por áreas do D.F.C) � � = − 4�3 = − 12 �� � � = � � − 10�3 = − 12 − 30 = − 42 �� � � = − 4,33�3 − 2,33�3 = − 19,98 �� = − 20 �� � � = − 2,33�3 = − 6,99 �� = − 7 �� Barras O, U e D: �� = − �� � = − (� �� �� ) � � = + � � �� = − �� � = − (� �� �� ) � � = + �� � �� = − �� � = + �� � �� = − �� � = − (� �� �� ) � � = + �� � � = − � ℎ 170 �� = + �� � = + � �� � � = � (PREGUIÇOSA) �� = + �� � = + (� �� �� ) � � = − � � �� = + �� � = + (� �� �� ) � � = − �� � �� = + �� � = + (� � �� ) � � = − �,� � �� = + �� � = − �,� � Para o cálculo de �� consideramos a existência da barra �� e da barra �� que são nulas (Preguiçosas) e foram retiradas sem comprometer a estrutura. � = + � ℎ [�] = � ��� � 171 ��� � = ������ ���������� = � � �,�� � = 0,55 �� = + ��� ��� � = + � � �,�� = + 7,27 � �� = + ��� ��� � = + �� � �,�� = + 18,18 � �� = + ��� ��� � = + �,�� � �,�� = + 13,33 � �� = + ��� ��� � = + �,�� � �,�� = + 7,87 � �� = − ��� ��� � = − �,�� � �,�� = − 4,24 � BARRAS V Com seção: �� e �� Sem seção: ��; �� e �� PITÁGORAS ℎ� = 2� + 3� = 13 � � ℎ = 3,61 � 172 �� e �� Seção �� − �� → �� e Seção �� − �� → �� ∑ �� = 0 ∴ − 4 + �� = 0 ∴ �� = � � ∑ �� = 0 ∴ 2,33 + 2 − �� = 0 ∴ �� = �,�� � (Troquei de sinal pois olhei à direita) �� → Nó A ∑ �� = 0 ∴ �� = � (PREGUIÇOSA) �� → Nó C’ ∑ �� = 0 ∴ �� = � (PREGUIÇOSA) �� → Nó E’ ∑ �� = 0 ∴ �� = � (PREGUIÇOSA) 173 3) Sol.: VIGA DE SUBSTITUIÇÃO CORRESPONDENTE: Reações de Apoio: ∑ � � = � ∴ � � = � ∑ �� = 0 ∴ �� = �� �� ∑ � � = � ∴ ∴ − � � + ��� + ��� + ��� + ��� = � 174 − � � = − �� ��� ∴ � � = �� ��� Momentos Fletores: � � = − � � = − �� ��� � � = − � � + ���2 = − 44 ��� � � = − 5�4 − 2�2 = − 24 ��� � � = − 5�2 = − 10 ��� � � = 0 Cálculo das Barras O, U e D: �� = − �� � = − (� �� ��� ) � � = + �� �� �� = − �� � = + �� �� �� = − �� � = − (� �� ��� ) � � = + �� �� �� = − �� � = + � �� �� = + �� � = + (� �� ��� ) � � = − �� �� � = − � ℎ � = + � ℎ 175 �� = + �� � = + (� �� ��� ) � � = − �� �� �� = + �� � = + (� �� ��� ) � � = − � �� �� = + �� � = − � �� ℎ� = 2� + 2� = 8 � � ℎ = 2,83 � ��� � = ������ ���������� = � �,�� = 0,71 �� = − ��� ��� � = − �� �� �,�� = − 16,90 �� �� = + ��� ��� � = + �� �� �,�� = + 14,08 ���� = ��� ��� � = � �� �,�� = 9,86 �� �� = − ��� ��� � = − � �� �,�� = − 7,04 �� [�] = � ��� � 176 BARRAS V Observe que a barra V2 pode ser calculada por seção, uma vez que atende a regra Nº 01 de Ritter. Sendo assim, todas serão calculadas por equilíbrio de nós. �� → Nó B’ ∑ �� = 0 ∴ �� = � (PREGUIÇOSA) �� → Seção �� − �� ∑ �� = 0 ∴ 12 − 2 − 3 − �� = 0 �� = + � �� �� → Nó D ∑ �� = 0 ∴ �� = 0 (PREGUIÇOSA) �� → Nó E ∑ �� = 0 ∴ �� = 0 (PREGUIÇOSA) 177 MÉTODO DA VIGA DE SUBSTITUIÇÃO APLICAÇÕES NUMÉRICAS Calcular os esforços normais nas barras das treliças de altura constante abaixo: 1) Algumas respostas: �� = �,�� � �� = − 5,75 t ; �� = + 5,25 t ; �� = − 8,1 t ; �� = 0 2) Algumas respostas: �� = �,�� � �� = − 12,5 t ; �� = 0 ; �� = − 5 t ; �� = + 1,67 t 178 ATIVIDADES Nº 04 1) A figura acima é de uma treliça. Podemos afirmar: a) As barras desta estrutura são perfis metálicos sujeitos a força normal. b) As barras com esforços nulos são denominadas preguiçosas. c) As barras destas estruturas sofrem esforços normais de tração e compressão. d) Os esforços normais de tração tendem a encurtar a peça. e) Os esforços normais de compressão tendem a alongar a peça. Assinale a alternativa correta: 1. A, B e C 2. B, C, D e E 3. C, D e E 4. A, B, C e D 5. D e E 179 2) Os esforços normais nas barras 3 ; 7 e 11 da treliça abaixo são: a) �� = − 5 �� �� = − 4 �� ��� = − 1 �� b) �� = − 5 �� �� = + 4 �� ��� = + 1 �� c) �� = + 5 �� �� = + 4 �� ��� = − 1 �� d) �� = + 5 �� �� = − 4 �� ��� = + 1 �� e) �� = + 5 �� �� = + 4 �� ��� = − 1 �� 180 3) Calcular os esforços normais nas barras 3 ; 10 e 12 da estrutura abaixo: 4) Determinar o valor da altura h da viga em treliça abaixo de modo que nenhum esforço de tração ou de compressão em qualquer barra horizontal ultrapasse 4,5 t. 5) Os esforços normais nas barras 1 ; 5 e 13 da treliça abaixo, são: a) �� = − 0,5 �� �� = + 8,5 �� ��� = + 3 �� b) �� = − 0,5 �� �� = + 5 �� ��� = − 3 �� 181 c) �� = − 0,5 �� �� = − 2 �� ��� = + 3 �� d) �� = + 3 �� �� = + 5 �� ��� = − 5 �� e) �� = + 0,5 �� �� = − 5 �� ��� = − 3 �� MÁXIMAS DA ENGENHARIA “Estruturas devem ser concebidas como se fosse projetar e calcular a própria mãe.” “Se a obra estiver andando e ninguém teve nenhuma dúvida, melhor dar uma olhada nela.” “Muitas vezes, um pilar a mais, é melhor que uma transição perigosa.” “A faculdade de Engenharia não nos ensina a criar, apenas a calcular. Aprendamos, pois com os arquitetos, afinal, somos também arquitetos, só que de estruturas.” 182 SINCEROS AGRADECIMENTOS AOS KENNEDYANOS: UBIRAJARA ALVIM CAMARGOS por sua palestra “ERROS EM ENGENHARIA” de onde foram retirados vários itens. MIGUEL NAJAR DE MORAES por seu “DISCURSO DE FORMATURA” de onde foram retirados vários itens. EULÁLIA MARIA TOMAZ DE LIMA pela edição da apostila. Ao ENGENHEIRO DE ESTRUTURAS ANTÔNIO CARLOS REIS LARANJEIRAS de onde foram retiradas as “MÁXIMAS DA ENGENHARIA” do seu “179 LIÇÕES QUE APRENDI COMO PROJETISTA DE ESTRUTURAS”. MUITO OBRIGADO!
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