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APS PENAS E MEDIDAS ALTERNATIVAS DÉBORA (1)

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PENAS E MEDIDAS ALTERNATIVAS
 
 
DÉBORA PEGORARO DA COSTA
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA 
 
 
 
PORTO ALEGRE  
2020
RESENHA DO LIVRO “O ÚLTIMO DIA DE UM CONDENADO”
O último dia de um condenado, publicado em 1829, é um livro relatado por um homem condenado à morte, que descreve os seus tormentos e sentimentos durante a sua jornada, a partir da condenação até a execução da sua pena. 
O livro é uma crítica e um manifesto pessoal contra a pena de morte e o desprezo por tal ação. Crítica esta que nos é apresentada através de uma obra onde não sabemos o nome e nem o crime que o protagonista cometeu, o livro dá apenas alguns indícios de que o crime cometido foi um assassinato, como no trecho em que ele fala que teria “derramado sangue”.
Ao longo do livro, o protagonista descreve sua vida na prisão; fala sobre seus sentimentos, medos e esperanças; fala sobre sua família, sua esposa, sua filha e sua mãe. “Enquanto sonho, as lembranças de minha infância e de minha juventude me voltam uma a uma, doces, calmas, sorridentes, como ilhas de flores neste abismo de pensamentos negros e confusos que turbilhonam meu cérebro.” (pg116)
O personagem informa que depois de um certo período utilizando o colete de força, ele foi retirado, tendo assim os prisioneiros mais liberdade durante o período que passavam no pátio. Ele recebeu uma caderneta e um lápis, propiciando que registrasse a respeito de seu cotidiano. Falando a respeito do sentimento e da dor moral que é existir naquelas circunstâncias no interior da prisão, onde ele reforça que a dor moral supera a dor física, e que não poderiam idealizar o quanto tenebroso é a dor moral. 
Os devaneios com a ocasião da execução e a temorosa guilhotina eram constantes. Além da condição degradante em que se encontrava, teria que assumir os custos da guilhotina, onde provavelmente gastaria todo seu dinheiro, ficando com incerteza se teria capacidade de deixar algum bem para sua filha e sua mulher. Além de tudo, o momento em que sua filha vai visita-lo e não o reconhece, é de extrema dor para o prisioneiro, que exige que a retirassem dali.
Por conseguinte, o livro narra seis semanas que o apenado vive na cadeia até o momento de sua execução na guilhotina, sendo assim, fica nítido o desprezo pelos indivíduos que gostavam de assistir a morte de outros indivíduos na guilhotina, tudo pensado como uma forma de “espetáculo”. É evidente em diversos momentos ele aceita o seu destino, mas não deixa de ter deixa de ter esperanças de que em algum ponto surgirá uma prova que o livrará de sua sanção. 
Compreendemos no decorrer do livro, que o protagonista passa por impactos psicológicos, tomamos como exemplo, o momento em que o advogado oferece a troca da pena de morte por trabalhos forçados nas galés, sendo a mesma recusada pelo apenado, o mesmo alega que era preferível a morte do que tal situação. Contudo, no que antecede sua execução ele muda de ideia, se arrependendo de não ter aceitado a proposta, como aludido no trecho “um forçado é alguém que ainda anda, alguém que ainda vai e vem, alguém que vê o sol”. Enfim, o apenado é guilhotinado em praça pública, logo após, o autor do livro nos faz refletir sobre o efeito causado pela pena de morte.

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