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PODER LEGISLATIVO

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Profª Cibele Fernandes Dias
PODER LEGISLATIVO FEDERAL (arts. 44 a 58, CF)
I - BICAMERALISMO DO PODER LEGISLATIVO DA UNIÃO 
1. CONGRESSO NACIONAL (art. 44, CF)
a) CÂMARA DOS DEPUTADOS (art. 45, CF)
SISTEMA PROPORCIONAL em cada Estado e no DF
 Proporção entre o número de habitantes e o número de Deputados, não se aplicando aos Territórios Federais (que têm natureza jurídica de Autarquias Federais), que só podem possuir 4 Deputados, na forma do art. 45, § 2º.
Quociente eleitoral e quociente partidário 
Territórios Federais: 4 deputados federais
Limites: mínimo 8 e máximo 70
Suplência dos deputados federais 
b) SENADO FEDERAL (art. 46, CF)
 SISTEMA MAJORITÁRIO PURO 
 Mandato de 8 anos >> Com sistema de alternância dos senadores no ritmo da valsa: a cada 4 anos renova-se o Senado por 1/3 e 2/3 
 Renovação de 4 em 4 anos, alternadamente, por um e dois terços
 Suplência dos senadores: Casa Senador é eleito na chapa com 2 suplentes 
	CÂMARA DEPUTADOS
	SENADO FEDERAL
	Representantes do povo 
	Representantes dos Estados e do DF
	SISTEMA PROPORCIONAL: quanto maior a população do Estado / DF, maior o nº de deputados federais 
	SISTEMA MAJORITÁRIO PURO: é eleito senador aquele que tiver maior nº de votos válidos. Não precisa ter maioria absoluta, só tem que tem o maior nº de votos válidos
	513 Deputados
	81 Senadores (27 x 3 senadores)
	Mandato de 4 anos
	Mandato de 8 anos
	Renovação a cada 4 anos
	Renovação a cada 4 anos, por 1/3 e 2/3
	Idade mínima: 21 anos (art. 14 §3º, VI, c)
	Idade mínima: 35 anos (art. 14 §3º, VI, a)
	Não é eleito com suplente
	Cada Senador é eleito com 2 suplentes
* Obs:
	Esfera Federal
	Esfera Estadual
	Esfera Municipal
	Presidente da República e Vice-Presidente
Brasileiro nato (art. 12 § 3º, CF).
	Governadores (26 Estados) e Vice-Governadores
	Prefeitos e vice-prefeitos
	Auxiliado pelos Ministros
	Auxiliados pelos Secretários Estaduais.
	Auxiliado pelos Secretários Municipais
	Mandato de 4 anos, sendo possível uma reeleição por mais 4 anos.
Tem mandato de 4 anos.
	Sistema de ELEIÇÃO MAJORITÁRIO ou ABSOLUTO: ganha a eleição o candidato que conseguir a MAIORIA ABSOLUTA DOS VOTOS VÁLIDOS. Podendo ser realizada em dois turnos (1ª domingo de outubro e o 2ª no último domingo de outubro).
2. LEGISLATURA (art. 44 § único, CF)
3. SESSÃO LEGISLATIVA (art. 57, CF):
Sessão legislativa ordinária: Ocorre dentro do período legislativo
Sessão preparatória (art. 57, §4º, CF): Ocorre no dia 01/fev do 1º ano da legislatura para escolha dos membros que comporão as mesas do Poder L
Sessão legislativa extraordinária (art. 57, §6º, CF): Reunião que ocorre no período do recesso parlamentar
Sessão unicameral (art. 3º, ADCT): SF e CD reunidos juntos no CN. Ex: Para discussão de PEC de revisão
e) Sessão bicameral: Reunião em separado (Casa Inicial >> Casa Revisora)
f) Sessão conjunta (art. 57, §3º, CF): Conceito semelhante ao de sessão unicameral. Ex: A CF exige sessão conjunta no art. 57 §3º para deliberação sobre o veto do PR. Deputados e Senadores estão juntos mas A CONTAGEM DOS VOTOS É FEITO SEPARADAMENTE (na sessão unicameral, NÃO SE DISTINGUEM OS VOTOS DOS DEPUTADOS E SENADORES)
4. COMPOSIÇÃO DAS MESAS (art. 57 §4º, CF)
A Mesa da Câmara dos Deputados
A Mesa do Senado Federal
A Mesa do Congresso Nacional (art. 57, §5º, CF)
- As Mesas são constituídas de 7 autoridades: Presidente, 1º e 2º Vice, 1º a 4º Secretário
- A Mesa é um ÓRGÃO EXECUTIVO (controla os trabalhos daquela Casa)
- Os Membros da Mesa (da CD ou do SF) são escolhidos pelos próprios deputados / senadores
- Mandato: 2 anos, vedada a recondução para o MESMO CARGO na ELEIÇÃO SEGUINTE >> Mas essa vedação só se aplica ao interior de uma mesma legislatura (não se aplica quando há uma troca de legislatura). Ex: Quem já foi Presidente, não pode ser reconduzido para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente. Todavia, aquele que foi Presidente do Senado nos mandatos 2009/2010 poderá se candidatar aos mandatos 2011/2012 pois essa já é outra legislatura
- Não há eleição para ser membro da Mesa do Congresso. São aproveitados Senadores da Mesa do Senado e Deputados da Mesa da Câmara: vai ser Presidente da Mesa do CN quem é Presidente da Mesa do Senado. Vai ser 1º Vice da Mesa do CN quem é 1º Vice da Mesa da CD. Vai ser 2º Vice da Mesa do CN quem exerce cargo equivalente na Mesa do Senado. Assim por diante. Finaliza com o 4º Secretário, que será exercido por quem exerce cargo equivalente na Mesa do Senado. Portanto, começa com o Senado e termina com o Senado.
5. FUNCIONAMENTO PARLAMENTAR (arts. 57 a 59, CF)
6. AS COMISSÕES PARLAMENTARES (art. 58, CF)
- Comissões = São órgãos fracionários do Poder L
Comissões temáticas (art. 58, §2º, CF)
- Discutem e votam projetos de lei de determinados temas; dispensam, na forma do Regimento, a votação em Plenário
Comissão especial ou temporária (art. 58, §3º, CF)
Comissão mista (art. 166, §6º, CF): formadas por deputados e senadores
- Exemplos de Comissões Mistas: Comissão mista do art. 166 §6º, CF >> Comissão mista dá parecer em matéria de orçamento; comissão mista do art. 62, CF (dá parecer sobre a constitucionalidade e sobre o mérito das MP´s) comissão mista representativa que atua no período de recesso do CN (faz uma espécie de plantão, atendendo situações urgentes e deliberando sobre temas que podem ser deliberados nos termos do Regimento Interno.
d) Comissão representativa (art. 58, §4º, CF)
7. FUNÇÕES TÍPICAS DO PODER LEGISLATIVA
- Funções típicas do Poder L: legislar e fiscalizar
- Tipos de fiscalização:
a) Fiscalização contábil orçamentária, patrimonial, operacional e financeira (art. 70, CF)
- O Poder L faz, com auxílio dos TC´s
- A CF chama essa fiscalização de CONTROLE EXTERNO porque é um controle em que o L fiscaliza contas de órgãos que lhe são externos: Executivo, Judiciário e particulares que gerenciam recursos públicos >> Lembre que cada Poder faz sobre si mesmo um CONTROLE INTERNO e, além deste, há o CONTROLE EXTERNO feito pelo L >> Disso se pode verificar que o único Poder que não sofre controle externo de suas contas é o Poder LEGISLATIVO
- TC: Pertence ao Poder L (e não J), não exerce função jurisdicional. Por essa razão, suas decisões não fazem CJ e, por isso, as decisões dos TC`s podem ser revistas pelo Poder J
 PRESTAÇÃO DE CONTAS: Devemos diferenciar as contas dos Chefes do Poder E das demais contas posto que os regimes são diversos.
a) Contas dos Chefes do Poder E: 
	
	PR
	Governador
	Prefeito
	Quem dá o parecer
	- TCU
	- TC Estadual
	- TC Estadual. 
- Pode ser um TC Municipal, desde que ele tenha sido criado antes da CF88 (tendo em vista que a CF88 proibiu a criação de TC ou Conselho de Contas Municipais).
	Quem julga as contas
	- CONGRESSO NACIONAL
	- ASSEMBLÉIA ESTADUAL
	 - CÂMARA MUNICIPAL
	Quem faz a tomada de contas 
(caso não sejam apresentadas no prazo)
	- CÂMARA DOS DEPUTADOS.
	- ASSEMBLÉIA ESTADUAL
	- CÂMARA MUNICIPAL
									 
Na esfera municipal temos um detalhe:
A CÂMARA MUNICIPAL SÓ PODE 
REJEITAR O PARECER DO TC ESTADUAL
 (ou Municipal) por 
MAIORIA DE 2/3
 >> Esta regra não existe nas esferas federal e estadual >> Note que a Câmara fica quase que inteiramente vinculada ao parecer do TC. Quem faz a tomada de contas é a CÂMARA MUNICIPAL 
* Obs:
1) Câmaras Municipais >> Aux. pelos TCE (exceto RJ e SP) (contas dos Prefeitos)
2) Art. 31, § 4º. CF 88 – Vedação de criação de novos Tribunais ou Conselhos Municipais de Contas, permanecendo os criados antes da CF 88.
b) Contas dos demais administradores públicos
- Quem JULGA é o TRIBUNAL DE CONTAS
- Ex:: Contas do Presidente da Petrobrás, do STF, de uma empresa privada que recebeu subvenção federal >> Quem julga essas contas é o TCU
- Lembrando que esse julgamento não é função jurisdicional, portanto, não faz CJ (decisão válida somente no âmbito administrativo/político)
* Ler art. 70 a 75, CF
TCU (contas dos demais ordenadores de despesas no âmbito Federal)
TCE (contas dos demais ordenadores de despesas no âmbito Estadual)
TCE (exceto RJe SP) (contas dos demais ordenadores de despesas no âmbito Municipal)
b) Fiscalização político-administrativa 
- Feita por meio das CPI´s (art. 58 §3º traz as principais regras)
- Requisitos formais para criação das CPI´s: 
1) Requerimento de pelo menos 1/3 dos parlamentares: O STF entende que esse requerimento não se submete a discussão e votação em Plenário. Portanto, estando presente o requerimento e os demais requisitos, o Presidente da Casa é OBRIGADO a compor a CPI
2) PRAZO CERTO: Pode prorrogar, desde que a prorrogação seja CERTA. E a prorrogação tem que ocorrer DENTRO DA LEGISLATURA (PRINCÍPIO DA UNICIDADE DA LEGISLATURA: o que começou em uma legislatura, tem que terminar na mesma legislatura)
3) A CPI investiga FATOS DETERMINADOS (determinação objetiva) e PESSOAS ENVOLVIDAS (determinação subjetiva)
- CPI para investigar corrupção nos Correios não é fato determinado. Tem que dizer quem vai investigar e quais atos de corrupção serão investigados
- Esses fatos têm que estar relacionados com a GESTÃO DA COISA PÚBLICA. O STF entendeu que negócios privados, ainda que ilícitos, não podem ser investigados pela CPI.
* A CPI tem que respeitar o princípio federativo. Assim, CPI Municipal não pode investigar fatos relacionados exclusivamente à gestão do patrimônio público estadual.
* A CPI tem “poderes de investigação próprios das autoridades judiciais” (Lei 1579/52 e Lei 10.001/2000) 
 Os poderes da CPI são delimitados pelos poderes dos juízes.
Quais os poderes dos juízes? Poderes de julgar, instrutório e cautelar.
CPI tem poder de julgar? Não. Costuma cair muito a pergunta sobre se a CPI tem poder de anular atos do Poder Executivo. Não pode porque a CPI não tem poder decisório.
A CPI tem poder instrutório (poder relacionado à produção de prova para esclarecimento de fatos)? Sim, mas de forma limitada (não é amplo como dos juízes).
A CPI tem poder cautelar? O STF entende que há 2 medidas cautelares que podem ser determinadas pelas CPI´s, pois são medidas que visam à proteção da prova.
Na verdade, a CPI assemelha-se muito ao inquérito policial pois em ambos é feito um relatório, opinando-se pela culpabilidade dos investigados ou não. No caso da CPI, caso os parlamentares entendam pela culpabilidade dos investigados, o relatório é enviado para o MP para que promova a responsabilização dos mesmos.
* Cláusula de reserva de jurisdição: É como o STF chama os atos que só podem ser praticados pelo Poder J, por quem está investido no poder jurisdicional. 
 PODERES DAS CPIs:
a) Pode quebrar SIGILO FISCAL, BANCÁRIO e TELEFÔNICO (registros telefônicos)
 Cuidado: A CPI pode ter acesso à conta de telefone. Isso não significa escutar as conversas de terceiros. Para a quebra do sigilo, não é preciso ORDEM JUDICIAL >> Mas o STF exige a observância do PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE (decisão por maioria absoluta da CPI para a quebra dos sigilos (quebra só pelo Presidente não pode) 
b) A CPI pode INTIMAR AUTORIDADES, TESTEMUNHAS e INDICIADOS para prestar depoimento, com possibilidade de condução coercitiva
- A CPI não convida, ela ORDENA >> Por isso, se o intimado não comparecer e não justificar, o CPI pode ordenar a CONDUÇÃO COERCITIVA, pedindo auxílio à autoridade policial.
- Mas a CPI tem que respeitar o direito ao silêncio do indiciado e da testemunha >> Como se tornou comum a CPI dar voz de prisão em flagrante àquele que invoca o direito ao silêncio, ao argumento de ocorrência de crime de desacato, a jurisprudência tem aceitado a impetração de HC preventivo para garantir a pessoa o direito à não incriminação.
c) A CPI pode PRODUZIR PROVAS LÍCITAS (art. 5º, inc. LVI, CF)
d) PRISÃO EM FLAGRANTE (art. 5º, inc. LXI, CF)
e) MEDIDAS CAUTELARES
BUSCA E APREENSÃO, desde que não seja domiciliar
BUSCA PESSOAL (revista da pessoa e de seus pertences)
 LIMITES DAS CPIs (o que a CPI não pode fazer):
a) CPI não tem poder geral de cautela (pois esse poder está reservado à cláusula de reserva de jurisdição). Portanto, CPI não pode determinar arresto nem sequestro (são medidas cautelares), não pode decretar indisponibilidade de bens, não pode proibir a pessoa de se ausentar do país ou da Comarca
b) CPI não pode proibir a assistência jurídica das testemunhas e investigados (não pode proibir a comunicação dos investigados com seus advogados)
c) CPI não pode determinar qq ato que implique em violação domiciliar (art. 5º, inc. XI, CF)
 Conceito de “casa” >> Escritório de advocacia é casa pois o STF usa o conceito de “casa” do Código Penal (art. 150) >> Casa é o local onde a pessoa vive ou trabalha (desde que seja um local não aberto ao público e reservado à intimidade) >> invadir a casa, consultório do dentista, escritório do advogado tem que ter ordem judicial, salvo se for desastre, flagrante ou para prestar socorro.
d) CPI não pode quebrar o sigilo da comunicação telefônica (não pode ouvir conversa dos outros) (art. 5º, inc. XII, CF)
e) CPI não pode quebrar o sigilo judicial (segredo de justiça): não pode ter acesso a documentos de processos que tramitam em segredo de justiça >> Já caiu!!!
f) CPI não pode investigar atos jurisdicionais >> Os magistrados, no exercício da jurisdição, atuam com independência >> Ex: Desembargador de SP que foi intimado por CPI, suspeito de vender sentenças >> Ele impetrou HC no STF para evitar sua condução coercitiva. Seu argumento de atuação independente do Poder J foi aceito >> Mas cuidado: se fosse o caso de suspeita de fraude em concurso do Judiciário (evidências de favoritismo, nepotismo) ou ilegalidade em licitação do Poder J ou ofensa à moralidade em contrato celebrado pelo Poder J >> A CPI pode investigar porque nesses casos o Poder J está exercendo função administrativa
g) Intimação de indígena para prestar depoimento fora da reserva (art. 231, §5º, CF)
h) Ajuizamento de ação penal e julgamento
8. ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS (arts. 53 a 56, CF)
8.1. PRIVILÉGIOS
1) IMUNIDADES PARLAMENTARES (= prerrogativa funcional)
a) IMUNIDADE MATERIAL ou INVIOLABILIDADE (art. 53, CF)
Causa excludente da ilicitude CIVIL e PENAL
 A inviolabilidade funciona como um apagador pois APAGA A ILICITUDE (civil e penal) e, portanto, a RESPONSABILIDADE
 A INVIOLABILIDADE NÃO AFASTA A RESPONSABILIDADE DISCIPLINAR >> Se o parlamentar quebrar o decoro, ele pode sofrer CASSAÇÃO do seu mandato
Opiniões, palavras e votos
Proferidas in officio ou propter officium 
Dentro ou fora do recinto parlamentar (não importa onde esteja)
 Ex: Parlamentar está em sua casa e, em entrevista, diz que outro parlamentar é ladrão e tem que ser preso >> Inviolável
Posse até o término do mandato
 
b) IMUNIDADES FORMAIS:
b.1) IMUNIDADE FORMAL em relação à PRISÃO (art. 53 §2º)
Regra: Parlamentar não pode ser preso
Exceções:
a) Flagrante de CRIME INAFIANÇÁVEL
b) Prisão para CUMPRIMENTO DE PENA se a decisão judicial transitou em julgado >> Mas mesmo aqui o parlamentar tem um privilégio porque os autos serão remetidos à respectiva Casa no prazo máximo de 24hs, para que a Casa, em um JULGAMENTO POLÍTICO, resolva sobre a prisão >> A Casa pode (1) MANTER ou (2) RELAXAR A PRISÃO do parlamentar >> Essa decisão da Casa tem que ser por MAIORIA ABSOLUTA e em VOTAÇÃO ABERTA
A imunidade penal começa na DIPLOMAÇÃO (ocorre em dezembro do mesmo ano das eleições) e termina com o término do mandato
b.2) IMUNIDADE FORMAL em relação ao PROCESSO PENAL (art. 53 §§3º a 5º)
A Casa pode SUSTAR O ANDAMENTO DE UMA AÇÃO PENAL (não é de inquérito policial, não é de uma ação civil de improbidade), desde que o crime tenha sido cometido APÓS A DIPLOMAÇÃO do parlamentar. 
Se o crime foi cometido ANTES, a Casa não poderá sustar o andamento da ação penal. 
Recebimento da denúncia pelo STF >> Depois que o STF recebeu a denúncia, a Casa pede a sustação.
 Quem pede a sustação? Só partido político representado na Casa. O parlamentar que é réu na ação não pode fazer o pedido
A suspensão tem que ser pelo voto da MAIORIA ABSOLUTA em VOTAÇÃO ABERTA
Diplomação até o término do mandato
 A partir da diplomação, todas as ações penais porventura em trâmite são encaminhadasao STF >> O STF só poderá sustar o processo se a Casa pedir a suspensão e se o crime foi cometido após a diplomação
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de 45 dias do seu recebimento pela Mesa Diretora
2) PRERROGATIVA DE FORO (art. 53, §1º, CF) 
Foro privilegiado no STF
Prática de INFRAÇÕES PENAIS COMUNS (inclui as CONTRAVENÇÕES PENAIS) e CRIMES ELEITORAIS
Regra da atualidade do mandato (têm o privilégio enquanto estiverem no mandato)
 Terminado o mandato, os processos voltam para o Juízo em que tramitavam anteriormente
Cancelamento da Súmula 394, STF (essa Súmula dizia que o privilégio se perpetuava após o término do mandato)
Lei 10628/02 (foi declarada inconstitucional pelo STF pela ADI 2797) >> Essa Lei estendia o foro privilegiado para os atos de improbidade administrativa. Portanto, FORO PRIVILEGIADO NÃO ALCANÇA ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
3) Outras GARANTIAS:
a) SIGILO DE FONTE (art. 53, §6º, CF)
b) INCORPORAÇÃO ÀS FORÇAS ARMADAS (art. 53, §7º, CF)
c) SUSPENSÃO DAS IMUNIDADES durante a vigência de ESTADO DE SÍTIO (art. 53, §8º, CF) e por MAIORIA DE 2/3
Cabe renúncia das imunidades?
Não, pois a imunidade não é um direito, é um privilégio funcional
As imunidades estendem-se aos suplentes?
Não, pois a imunidade só alcança aquele que está no exercício da função
8.2. HIPÓTESES QUE NÃO CARACTERIZAM PERDA DO MANDATO (art. 56, CF):
Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:
I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do DF, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária;
 Ex: Parlamentar irá se LICENCIAR para TOMAR POSSE como Ministro de Estado > Não vai perder o mandato se, antes, ele se licenciar
II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa.
a) Convocação do suplente (art. 56, §1º, CF) >> O suplente será convocado no caso de:
Licença do titular (hipóteses acima)
Se houver renúncia ou perda do mandato do titular
b) Inexistência de suplente e nova eleição (art. 53, §2º, CF) 
- Na hipótese de não haver suplente e estiver a menos de 15 meses para terminar o mandato, o cargo ficará vago >> Nesse caso, será realizada uma ELEIÇÃO e escolhido um parlamentar para ocupar a vaga do titular
8.3. PERDA DO MANDATO (art. 55, CF) 
	CASSAÇÃO
	EXTINÇÃO
	Art. 55:
I - Infringir as proibições do art. 54
II - Quebra de decoro parlamentar
VI - Condenação criminal transitada em julgado
	Art. 55:
III - Deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, a 1/3 das sessões ordinárias da Casa salvo licença ou missão autorizada
IV - Perda ou suspensão de direitos políticos 
V - Quando decretar a justiça eleitoral
	- Temos um JULGAMENTO POLÍTICO >> A Casa julga se cassa ou não o mandato do parlamentar >> Para a cassação, é preciso do voto da MAIORIA ABSOLUTA, com VOTAÇÃO SECRETA
- José Dirceu foi cassado por comandar o esquema do mensalão e Roberto Jefferson foi cassado por denunciar o esquema e não conseguir provar >> Decisões contraditórias
	- A Mesa da Casa exerce uma COMPETÊNCIA VINCULADA, ou seja, estando presentes os pressupostos, a Mesa da Casa é obrigada a EXTINGUIR O MANDATO 
II - PODER LEGISLATIVO ESTADUAL (art. 27, CF) >> ASSEMBLÉIAS LEGISLATIVAS
1. Unicameralismo 
2. Número de deputados estaduais (27, caput) 
3. Estatuto dos parlamentares (27, §1º, CF): mesmos privilégios dos deputados e senadores (com pequena diferença quanto ao foro privilegiado)
4. Subsídio (art. 27, §2º, CF): estabelecido por LEI ORDINÁRIA de iniciativa da Assembléia
III - PODER LEGISLATIVO DISTRITAL (art. 32, §3º,CF) >> CÂMARA LEGISLATIVA
1. Unicameralismo 
2. Número de deputados distritais 
3. Estatuto dos parlamentares (27, §1º, CF) 
4. Subsídio (art. 27, §2º, CF) 
IV - PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL (art. 29, incisos IV, VI, VII, VIII e IX, CF) >> CÂMARAS MUNICIPAIS
1. Unicameralismo 
2. Número de vereadores (Res. TSE 21702/04) de acordo com o nº de habitantes
3. Estatuto dos parlamentares (29, VIII, IX, CF) 
 Os vereadores só têm UM PRIVILÉGIO (IMUNIDADE MATERIAL) e, mesmo assim, ela é RESTRITA AOS LIMITES DA CIRCUNSCRIÇÃO DO MUNICÍPIO
4. Subsídio (29, VI e VII, CF)

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