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Acções para Impulsionar o turismo das águas termais na Muntipa (Namibe-Angola)

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i 
 
 
 
 
 
 
 
ESCOLA SUPERIOR POLITÉCNICA DO NAMIBE 
DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E GESTÃO 
 
 
 
 
Trabalho de Licenciatura em Contabilidade e Gestão 
 
 
 
Acções para impulsionar o turismo das águas termais na zona turística da 
Montipa, um Estudo de Mercado. 
 
 
Apresentado por: 
Hizildo João Moisés 
Nº de Registo ________________ 
 
Moçâmedes, 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aos meus pais Kokalungo Tchivala Moisés e Maria C. Bartolomeu, 
Por acreditarem em mim. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ii 
 
AGRADECIMENTOS 
Agradeço a Deus todo-poderoso por ser o percursor dessa longa caminhada. 
Neste longo percurso académico que chega ao fim com a exposição deste trabalho, não poderia 
deixar passar em alto os meus sentimentos de gratidão que tenho por todos aqueles que de 
alguma forma me ajudaram nesta caminhada. Os quais estarei eternamente grato. 
Aos meus pais Kokalungo Moisés Tchivala e Maria da Conceição Bartolomeu, que me 
permitiram chegar até aqui, sempre como quis e por onde quis. A eles devo tudo o que sou, e 
agradeço-lhes por me incutir o valor da responsabilidade e ensinado a lutar sempre por todos 
os meus objectivos e sonhos. Agradeço-lhes ainda a compreensão e por me incentivarem 
sempre a continuar e não desistir, nem que para isso tivesse que demorar mais tempo. 
Ao meu irmão Catalaio Moisés Tchivala, pela experiencia de vida que me serviu de motivação 
para continuar esta caminhada, por me ensinar que foco, fé e determinação são as chaves para 
um futuro risonho. 
À minha namorada Juliana Cristina Nankhali Mendes, pela força e incentivo nos momentos 
em que queria desistir. 
À minha orientadora Dra. Piedade José Vicente pela sua prontidão, ajuda e disponibilidade em 
lutar contra o tempo e todos os contratempos na realização do presente trabalho. 
 Aos professores: Dra. Alícia Morffi e Dr. Agostinho Cachapa, pelos textos corrigidos e pela 
rigorosidade científica que me foi passada durante o período da minha formação até a data 
presente. 
À Escola Superior Politécnica do Namibe, ao corpo docente, Departamento de Contabilidade 
e Gestão e em especial aos caríssimos colegas. 
Aos irmãos, familiares e amigos pelo apoio moral e material para a realização deste trabalho. 
Minha eterna gratidão! 
iii 
 
 
ÍNDICE PÁGINA 
AGRADECIMENTOS ........................................................................................................................... ii 
RESUMO ............................................................................................................................................... iv 
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 1 
CAPÍTULO I. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................. 4 
1.1 TURISMO............................................................................................................................... 4 
1.1.1 Evolução Global do Turismo .......................................................................................... 5 
1.1.2 Novas Tendências da Oferta e Procura Turística ............................................................ 7 
1.1.3. Impacto Socioeconómico do Turismo .............................................................................. 10 
1.1.3.1 Acções para impulsionar o impacto socioeconómico do turismo .................................... 10 
1.2 TURISMO DAS ÁGUAS TERMAIS .................................................................................. 13 
1.2.1. Águas Termais ................................................................................................................... 13 
1.3 PLANEAMENTO DA ACTIVIDADE TURÍSTICA .......................................................... 15 
1.3.1 Stakeholders Do Turismo..................................................................................................... 17 
1.3.2. Análise PEST ................................................................................................................ 18 
1.3.2.1. Análise PEST da Realidade Turística De Angola. .................................................... 19 
1.3.2. Análise Swot ................................................................................................................. 20 
CAPÍTULO II. ESTUDO DE CASO: CENTRO TURÍSTICO DA MONTIPA. ................................. 22 
2.1 ANÁLISE PEST DO MUNICÍPIO DA BIBALA .................................................................... 22 
2.1.1. Domínio Político-Administrativo ...................................................................................... 22 
2.1.2. Domínio Económico ........................................................................................................... 23 
2.1.3. Domínio Social ................................................................................................................... 23 
2.1.4. Domínio Tecnológico ......................................................................................................... 23 
2.2. METODOLOGIA ..................................................................................................................... 24 
2.3. APROVEITAMENTO DAS ÁGUAS TERMAIS DA MONTIPA. ......................................... 26 
2.4. ANÁLISE DE PONTOS FORTES E FRACOS ....................................................................... 28 
2.5. PROPOSTA DE ACÇÕES QUE VISAM MELHORAR O APROVEITAMENTO 
TURÍSTICO DAS ÁGUAS TERMAIS DO CENTRO TURÍSTICO DA MONTIPA. ................... 29 
CONCLUSÃO ...................................................................................................................................... 31 
RECOMENDAÇÕES ........................................................................................................................... 32 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................. 34 
 
 
iv 
 
RESUMO 
O presente trabalho tem a temática que vai ao encontro de uma realidade concreta, sendo que 
o mesmo consiste avaliar acções que impulsione o turismo das águas termais da zona turística 
da Montipa. Dedicou-se na abordagem de questões como, proposta de acções que pode 
potencializar o crescimento turístico da zona turística da Montipa e com referência 
indispensável do turismo termal. De forma a se perceber com exactidão traçou-se como 
objectivo geral a fundamentação das principais acções, que impulsionem o turismo das águas 
termais na zona turística da Montipa. 
Desta forma, em função da questão levantada foi possível perceber de forma clara sobre a 
realidade do local por intermédio da análise social e económica. O uso da pesquisa 
bibliográfica, e a recolha de dados por meio da observação direita e não participativa 
complementada, permitiu na delimitação dos pontos fortes e fracos, dando lugar para a 
elaboração das acções como o melhoramento das infra-estruturas, o reforço do Marketing local, 
a criação de atractivos turísticos bem como o incentivo de investimento público e privado, 
dentre outras acções que visam impulsionar a actividade turística das águas termais na zona 
turística da Montipa. 
Palavras-Chave: Turismo; Águas Termais; Planeamento da Actividade Turística. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
INTRODUÇÃO 
No âmbito de se propor acções para impulsionar o turismo das águas termais da zona turística 
da Montipa, fazendo referência sobre as suas potencialidades, o estudo torna-se indispensável 
visto que o turismo desempenha um papel importante para o crescimento económico de um 
país. 
Cunha (2006), corroborado por Costa (2008), afirma que o turismo é uma actividade com 
características próprias que a diferenciam das demais. As especificidades do produto turístico 
traduzem-se peloseu elevado grau de intangibilidade, simultaneidade da produção e consumo, 
perecibilidade, endogeneidade, heterogeneidade e carácter singular. 
O turismo tem sido um dos temas mais abordado nos últimos anos em Angola, nos mais 
diversos círculos de interesse (radio, jornais, colóquios, debates, etc.) logo, tem ganhando 
relevância, desde que surgiu a queda do preço do petróleo nos mercados internacionais, o que 
permitiu na criação de políticas e programas governamentais, no sentido de se diversificar a 
economia nos outros sectores para além do petróleo e gás. E um deles tem sido o sector do 
turismo elegível para alavancar a economia nacional. 
 A província do Namibe, apresenta potencialidades voltadas ao turismo, e que por sua vez, pode 
responder ao aproveitamento das potencialidades. O município da Bibala de forma particular é 
uma zona rica em manifestações naturais e culturais que podem vir a se converter numa das 
preferências obrigatória para o turismo local, nacional e estrangeiro. Neste município pertence 
o centro turístico das águas termais da Montipa que é uma zona rica em biodiversidade. 
Partindo dos pressupostos acima descritos, a motivação para realizar este trabalho com o 
Tema: Acções para Impulsionar o Turismo das Águas Termais na Zona Turística da 
Montipa, que visa dar resposta ao seguinte problema de investigação: Que acções podem 
impulsionar o turismo das águas termais na zona turística da Montipa? 
 Desta questão, definiu-se como hipóteses: A construção de uma infra-estrutura capaz de 
responder com as especificações do local visando a promoção do turismo; a implementação de 
acções de marketing no mercados local e o estabelecimento de uma legislação específica para 
o turismo, que trate sobre o ordenamento urbano, de uso e ocupação do solo e estabeleça limites 
sobre o uso de áreas naturais, podem constituir possíveis acções para incentivar o turismo das 
águas termais da Montipa. 
 
 
2 
 
Assim derivam-se os sistemas de objectivos, sendo o objectivo geral: Fundamentar as 
principais acções, que impulsionem o turismo das águas termais na zona turística da Montipa. 
 Objectivos Específicos. 
 Fundamentar as principais teorias que avaliam a importância do tema; 
 Caracterizar o município da Bibala no sentido de recolher dados que facilitem 
na elaboração das acções que impulsionem o turismo das águas termais da zona 
turística da Montipa . 
 Propor acções que impulsionem o turismo das águas termais na zona turística 
da Montipa. 
 Tem como objecto de investigação a zona turístico da Montipa município da Bibala. 
Para completar os objectivos e verificar a hipótese formulada, foi feita uma pesquisa 
bibliográfica e documental, por se tratar de um estudo de caso focado no centro turístico da 
Montipa, na parte empírica a recolha de dados é feita pela observação simples e não 
participativa, com fim de se determinar as principais acções para impulsionar a actividade 
turística na comunidade seleccionada para o estudo. 
Este trabalho divide-se em dois capítulos, no Capítulo I foi feita a fundamentação teórica de 
todos os conceitos que serviram de base para a elaboração das possíveis acções para 
impulsionar o turismo das águas termais da zona turística da Montipa; o Capítulo II aborda a 
caracterização do município da Bibala no sentido de recolher dados que facilitem na elaboração 
das acções que impulsionem o turismo das águas termais da zona turística da Montipa. Por 
último, apresentam-se a proposta das acções que impulsionam o turismo das águas termais na 
zona turística da Montipa, as conclusões finais e referências bibliográficas. 
 
 Justificação da Investigação 
 Angola é um país com um potencial turístico imensurável em todo o mundo o turismo é um 
sector da economia que se devidamente explorado, pode gerar postos de trabalhos e assumir 
uma participação na renda nacional. Observa-se na literatura diversidade de temas 
relacionados com o turismo de águas termais, contudo, no contexto da ESPtN, nomeadamente 
para o Curso de Contabilidade e Gestão, este é um trabalho relativamente novo. Assim, esta 
pesquisa, justifica-se pelo facto de que turismo não é apenas praia, sol, hotéis, etc. As 
potencialidades turísticas que o país tem, e de forma particular a província do Namibe, 
constituem garantias para as regiões locais e ou regionais darem resposta aos desafios de 
diversificação da economia nacional. De certa forma escrever este tema, tornou-se num 
desafio, pois que permite participar e divulgar acções de desenvolvimento fundamentado na 
3 
 
sustentabilidade que podem atrair o turismo na zona em estudo, tendo em atenção os desafios 
sociais, ambientais e de certa forma os económicos que ainda persistem por todo o País. 
4 
 
CAPÍTULO I. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
A demarcação teórica aqui apresentada visa fundamentar de forma sumária um conjunto de 
conceitos simples e claros que permitiram a compressão com maior profundidade sobre turismo 
das águas termais, isto é, conceitos sobre o turismo, turismo das águas termais, planeamento 
da actividade turística e sem esquecer-se de fazer referência do estudo de mercado que serviu 
como suporte, baseado no estudo descritivo e consolidado numa análise prática, sustentadas 
em dados reais que foram levantados no município da Bibala, relativamente a atractividade 
turística das águas termais da Montipa. 
Todos os conceitos desenvolvidos neste capítulo são gerais para sua aplicação em qualquer 
sector, o que significa que eles não são específicos e podem ser contextualizado com a questão 
das acções que impulsionem o turismo das águas termais na zona turística da Montipa, 
município da Bibala província do Namibe. 
Do referido, os conceitos a seguir encontram-se em função deste objectivo para servir como 
base do estudo prático do presente trabalho. 
1.1 TURISMO 
O Turismo é hoje uma das actividades económicas e sociais mais relevantes no contexto 
mundial, europeu e, particularmente, nacional. Cunha (2003), salienta que a sua contribuição 
para a criação de riqueza e melhoria do bem-estar dos cidadãos faz-se sentir em múltiplos 
aspectos, penetrando e integrando domínios tão diversos da sociedade, agrupando por 
afinidades os motivos que levam as pessoas a viajar. O que de certa forma, se pode identificar 
uma variedade de tipos de turismo. 
 
Ainda Cunha (2006) corroborado por Costa (2008), afirma que o turismo é uma actividade com 
características próprias que à diferenciam das demais. As especificidades do produto turístico 
traduzem-se pelo seu elevado grau de intangibilidade, simultaneidade da produção e consumo, 
perecibilidade, endogeneidade, heterogeneidade e carácter singular. 
O Turismo deve ser, assim, identificado como um sistema, isto é, como um conjunto de 
elementos que estabelecem conexões interdependentes entre si de carácter funcional e 
espacial”, “este conjunto é constituído por agregados ou subsistemas que, por sua vez, se 
decompõem em vários elementos interdependentes e que formam as estruturas internas do 
sistema, Costa (idem). 
5 
 
Sempre que se fala em turismo, é associado o termo viagem, ao deslocamento humano de um 
local (cidade, país ou região) á outra. A viagem é, sem dúvida, a forma mais concreta de 
manifestação do turismo. Mas o turismo é muito mais que isso é um campo de actividade 
profissional que exige pessoas preparadas para criar e gerenciar esses serviços, é também um 
factor de desenvolvimento económico. Entre as muitas abordagens ao conceito turismo, a mais 
vulgar é a associação do turismo a um conjunto de actividades económicas, organizadas entre 
si, que disponibilizam uma rede complexa de produtos e serviços e envolvem um grande 
número de actores económicos, sociais e culturais com implicações várias no quotidiano das 
pessoas e das sociedades. (Paixão, 2007) 
De acordo com o estudo da Sae (2010, p. 9), o conjunto de indústrias e serviços de âmbitocultural, paisagístico, ambiental, de animação, de comércio, de promoção, de estudos, infras-
estruturas, etc., levam à identificação do Turismo como “uma verdadeira constelação de 
múltiplas planta formas de serviços articuladas entre si” 
Citando a OMT1 (1995) , Turismo pode ser definido como “O conjunto das actividades 
desenvolvidas por pessoas durante as viagens e estadas em locais fora do seu ambiente habitual 
por um período consecutivo que não ultrapasse um ano, por motivos de lazer, de negócios e 
outros” (p.21). 
Existem muitos tipos de turismo tais com: turismo rural, turismo de eventos, turismo de 
negócios, turismo de lazer, turismo cultural, turismo religioso, turismo de saúde, turismo de 
aventura, turismo ecológico, turismo balneário, turismo de montanha, turismo termal. OMT 
(1995). 
1.1.1 Evolução Global do Turismo 
O Turismo é uma das actividades, se não a única, que tem crescido ao longo dos últimos 60 
anos, traduzindo-se num dos fenómenos económicos e sociais mais notáveis do século XX, 
bem como, num dos principias agentes do comércio internacional (OMT, 2012) 
De acordo com a OMT (2012) os proveitos de exportação gerados pelo turismo internacional 
ocupam a quarta posição depois dos combustíveis, dos produtos químicos e da indústria 
automóvel; todavia, em muitos países em desenvolvimento, o turismo assume já um papel 
preponderante como gerador de riqueza, emprego e motor para o desenvolvimento. 
 
1 OMT-Organização Mundial do Turismo. 
6 
 
Ainda segundo a OMT (2012), o turismo contribui cerca de 5% para o produto interno bruto 
mundial (PIB). Já a sua contribuição para o emprego tende a ser ligeiramente maior, na ordem 
dos 6 a 7% do número total de postos de trabalho no mundo (directos e indirectos), apesar de 
distúrbios ocasionais, as chegadas de turistas internacionais têm mostrado um crescimento 
quase ininterrupto de 25 milhões em 1950 para 277 milhões em 1980, 435 milhões em 1990, 
674 milhões em 2000, 940 milhões em 2010 e 983 milhões em 2011. 
Estes números não têm em conta o Turismo Interno/Doméstico2 que o seu somatório gera dez 
vezes mais chegadas que o Turismo Internacional3, o que permite afirmar com convicção que 
se está perante uma actividade de extrema relevância. 
Recentemente a OMT (2012) apresentou as previsões do Turismo 2030. O novo estudo dá 
continuidade ao anterior Tourism 2020 Vision, que se tornou uma referência mundial para as 
previsões internacionais do Turismo. 
 As principais previsões são quantitativas e dizem respeito às chegadas de turistas 
internacionais, para um período de 20 anos (2010-2020-2030), considerando os mesmos 
factores sociais, políticos, económicos, ambientais e tecnológicos que têm moldado o Turismo 
no passado e continuarão a fazê-lo futuro. (OMT, idem) 
De acordo com o estudo (figura 1) o número de chegadas internacionais deverá aumentar uma 
média de 3,3% ao ano durante o período de 2010 a 2030. Ao longo do tempo, a taxa de 
crescimento vai diminuir gradualmente, de 3,8% em 2011 para 2,5% em 2030. 
 São previstos 43 milhões de chegadas internacionais por ano, comparativamente a uma média 
de crescimento de 28 milhões por ano durante o período de 1995 a 2010. Este ritmo permite 
falar em mais de mil milhão de chegadas em 2012, e que seja atingido o valor de 1,8 mil 
milhões em 2030 (OMT, 2012). 
 
 
2Turismo Doméstico ou Interno: “Deslocações dos residentes de um país, quer tenham ou não a nacionalidade 
desse país, unicamente no interior do próprio país” (Cunha, 2003, p.35). 
3Turismo Internacional: “Deslocação que obrigam a atravessar uma fronteira” (Cunha, 2003, p.36). 
7 
 
 Figura 1. Turismo: Panorama 2020/2030 
 Fonte: OMT, (2012) 
Tendo em conta o exposto, os dados revelam que o turismo evoluiu muito e representa grande 
relevância no crescimento e desenvolvimento de um país em termos de diversificação, criando 
empregos direitos e indirectos pelo facto de os proveitos de exportação gerados pelo turismo 
internacional ocupam a quarta posição depois dos combustíveis, dos produtos químicos e da 
indústria automóvel; todavia, em muitos países em desenvolvimento, o turismo assume já um 
papel preponderante como gerador de riqueza, emprego e motor para o desenvolvimento. 
1.1.2 Novas Tendências da Oferta e Procura Turística 
A nova era do turismo é a afirmação da democratização, planetarização e diversificação da 
actividade turística (Cunha, 2006). Se antes o lazer ou as férias ou até mesmo o trabalho 
surgiam como definições consensuais e compactas na sua definição, hoje estão altamente 
desactualizadas e não abrange as inúmeras razões que explicam o porquê de viajar Vasconcelos 
e Sá (2010). Trata-se de uma época de novas tendências4. Entre os muitos factores de 
transformação e de influência na criação de um novo modelo de desenvolvimento turístico 
destaca-se: o lado da procura e da oferta turística. 
 Lado da Procura 
A procura turística, do ponto de vista económico, significa para Cunha (2003, p. 131), “diversas 
quantidades de bens e serviços que os visitantes, residentes e não residentes, adquirem num 
dado momento”. Existe uma enorme variedade de motivos que levam as pessoas a viajar, 
estimulados por novos modos de vida e por novas realidades da época em que se vive. 
 
4Por Tendência compreende-se uma” força que imprime determinado movimento ou orientação; inclinação; 
propensão; predisposição; vocação; impulso latente da actividade que orienta esta para direcções que uma vez 
alcançadas, propiciam normalmente o prazer” (Dicionário de Língua Portuguesa, 2006, p.1532) 
8 
 
Desta forma, é possível identificar segundo vários autores (Prat, 1998); (OMT, 1999); 
(Moutinho, 2000); (Centron, 2001); (Willmott, 2001); (Cunha, 2006); (Coelho, 2010); (Lopes, 
et. al., 2010) ; (Carballo, 2011) três desafios nos quais se agrupam diferentes tendências do 
lado da Procura como apresenta a (Quadro 1). 
Quadro 1. Tendências do lado da oferta turística 
 
Fonte: Coelho, (2010). 
 Lado da oferta 
Segundo Cunha (2003, p.175), a oferta turística pode ser definida como sendo “o conjunto de 
todas as facilidades, bens e serviços adquiridos ou utilizados pelos visitantes bem como todos 
aqueles que foram criados com o fim de satisfazer as suas necessidades”. 
Incluem-se igualmente todos os bens e serviços que sendo criados para os residentes, são 
igualmente adquiridos pelos visitantes e todos os elementos naturais e/ou culturais que estão 
por detrás das suas deslocações (promoção e marketing associados). 
Segundo vários autores (Prat, 1998); (Moutinho, 2000); (Centron, 2001); (Cunha, 2006); 
(Lopes, et. al., 2010); (Vasconcelos e Sá, Olão et. al., 2010), é possível apontar várias 
tendências do lado da Oferta, sendo importante destacar: 
 Emergência de Novos Mercados e Segmentos de Mercado: um grande desafio 
da oferta é a capacidade de acompanhar as mudanças da procura e responder 
adequadamente às necessidades dos consumidores. Hoje não há um único mercado 
no turismo, mas sim vários, tantos quanto segmentos e motivações, isto é, se antes 
a atenção estava orientada para o produto que se destinava a vender, hoje está 
centrada nos consumidores e em encontrar produtos certos para os mesmos e não o 
contrário (Moutinho, 2000). 
9 
 
 Novos Modelos Empresariais: o futuro aponta, por um lado, para o aumento da 
dimensão das empresas através da sua integração vertical e concentração horizontal 
e para uma concentração da oferta, através de fusões e aquisições, com vista a criar 
sinergias e economias de escala que melhorem a eficácia das organizações (Lopes, 
et. al., 2010); por outro lado, para a emergência de empresas de pequena dimensão 
com elevado padrão de serviços em nichos de mercado5 (Centron, 2001). 
 
 Imagem,Marca e Comunicação: outra importante tendência é a crescente 
importância da marca e gestão da mesma, do conhecimento e relacionamento com 
os clientes e da capacidade de comunicação e inovação enquanto fontes de valor e 
competitividade das empresas/destinos. 
Desta forma, os autores Lopes, et. al. (2010, p.49) assumem que a luta pelos clientes-
turistas será cada vez menos uma questão de preço e mais uma questão de “mentes e 
corações”. É necessário comunicar eficazmente, no momento certo, ao consumidor certo. 
A qualidade das experiências, o valor emocional e a reputação da marca, constituirão um 
verdadeiro compromisso com o qual o turista se identificará. 
 Diferenciação: a consciência de que a informação é cada vez mais volátil e as 
tendências e as modas mais internacionais, leva a uma maior uniformização de 
costumes e padrões de consumo, tornando difícil distinguir produtores e 
aumentando a importância dos detalhes e da qualidade (Centron, 2001). O serviço 
vem deste modo substituir a localização, aos hotéis já não chega serem acessíveis, 
é necessário que sejam os próprios destinos e se diferenciem dos demais, quer seja 
pela cozinha, pelo atendimento ou pelas infras-estruturas. Mais do que nunca a 
diferenciação, característica do turismo, precisa de ser valorizada e estimulada, pois 
os destinos/organizações que mantiverem e cultivarem a diferenciação cultural 
reforçarão o seu lugar no mercado turístico. (Cunha, 2006). O que em suma , em 
termos de tendência da oferta turística, pode ser resumida no quadro a seguir: 
 
 
 
 
5Turismos de Nichos: vulgarmente associados à ecologia, podem ser interpretados segundo uma “lógica de 
sustentabilidade territorial, de motivações e escolhas turísticas alternativas, mais intimistas e genuínas” (Simões 
& Ferreira, 2009, p.7). 
10 
 
Quadro 2. Tendências da oferta turística 
 
 
 
 
 
 Fonte: Adaptado pelo autor baseado em Cunha, (2006). 
1.1.3. Impacto Socioeconómico do Turismo 
É evidente de que o turismo deve ser utilizado como uma estratégia complementar de reforço 
ao desenvolvimento do país, na procura da resolução do máximo de alguns dos problemas que 
ainda afectam Angola e, não como um fim em si mesmo, como acontece com tantas economias 
em todo o mundo. 
Siedenberg (2004), salienta que de facto, o turismo deverá desempenhar um papel 
importantíssimo, já que os factores essencialmente económicos não serão determinantes sobre 
os outros factores como acontece com os factores sociais e ambientais por exemplo. 
Para Weschenfelder (2005), tendo em atenção os desafios sociais, ambientais e de certa forma 
económicos que ainda persistem em Angola, propostas de desenvolvimento, fundamentado na 
sustentabilidade, desafiam a sociedade moderna na reconstrução do mundo. 
É assim que Petrocchi (2007), afirma que o adequado planeamento do que se pretende para o 
turismo, ou por outras palavras, a visão do futuro próximo ou distante, será determinante para 
uma melhor realização das tarefas e garante dos objectivos, tanto por parte das pessoas como 
por parte das organizações. 
Desta forma, foi resumida de forma sintética algumas acções básicas que deverão ser 
implementadas e que se baseiam na junção de vários níveis de sustentabilidade. 
1.1.3.1 Acções para impulsionar o impacto socioeconómico do turismo 
A enorme competitividade dos mercados turísticos exige que se marque a diferença pela 
qualidade dos serviços prestados, o que exige profissionais especializados e qualificados, uma 
vez que os mesmos constituem o principal elemento deste processo, é assim que, Petrocchi 
(2007), afirma que a inevitável aposta na procura por um turismo de qualidade, pressupõe o 
envolvimento tanto das entidades públicas como das privadas, em primeira instância das 
privadas porque serão elas a disponibilizar aos turistas os serviços que estes procuram, e é 
 Emergência de novos mercados e novos segmentos de mercado 
 Sazonalidade 
 Novos modelos empresariais 
 Tempo e rapidez 
 Novos meios de alojamento 
 Internet como vantagem competitiva 
 Imagem, marca e comunicação 
 Diferenciação 
 Políticas do sector público 
 
11 
 
fundamental, que se consiga consciencializar os privados de que com melhores serviços e com 
pessoal formado esse é “meio caminho” para o êxito. 
Ignarra (2003), afirma que: 
hoje em dia, em que o mercado é global, a diferença passa por pequenos detalhes 
como o atendimento ou a qualidade dos serviços, especialmente numa actividade 
que é «intensiva de mão-de-obra, podendo contribuir para o grande problema da 
sociedade moderna, que é o desemprego estrutural. (p. 78) 
Como já se referiu, é necessário apostar num modelo de turismo sustentável, entendido como 
aquele que compatibiliza o desenvolvimento do turismo com o respeito e a preservação dos 
recursos naturais, culturais e sociais e que também favorece a redução das tensões entre o 
turismo, os visitantes, as comunidades anfitriãs e o ambiente, ou seja, exista um equilíbrio entre 
todos os intervenientes. 
Neste contexto do desenvolvimento sustentável que Poon (1993), defende a aplicação de 
acções que sejam duráveis, sendo economicamente viáveis a longo prazo, planificado e bem 
gerido, que assente na não massificação e num impacto fraco e respeitem o meio 
nomeadamente em termos de capacidade de carga dos espaços naturais e culturais, 
minimizando os efeitos permanentes; estejam devidamente integrado e interagindo com a 
totalidade do território, esteja adaptado à personalidade do sitio e se envolva o tecido 
empresarial local e permitam a efectiva participação das populações locais. 
É na mesma vertente em que Wearing e Neil (2001), propõe a implementação de acções 
baseada nos princípios básicos do Ecoturismo que integra três objectivos principais: 
sustentabilidade, conservação e fortalecimento da comunidade receptora, estes objectivos 
quando devidamente colocados em prática podem ter vários efeitos positivos na economia: 
 O ecoturismo6 estimula a compreensão dos impactos do turismo sobre o meio 
natural, cultural e humano; 
 O ecoturismo assegura uma distribuição justa dos benefícios e custos; 
 O ecoturismo cria emprego local, tanto directamente no turismo, como em diversos 
outros sectores da economia; 
 O ecoturismo estimula as indústrias locais rentáveis como acontece com hotéis e 
outras instalações de alojamento, restaurantes e outros serviços de alimentação, 
sistemas de transporte, produção de artesanato e serviços de guia; 
 O ecoturismo cria divisas estrangeiras para o país e injecta capital na economia 
local; 
 
6 Ecoturismo ou turismo da natureza é um segmento de actividade turística que utiliza de forma sustentável o 
patrimonio natural e cultural. (EMBRATUR 1994). 
12 
 
 O ecoturismo diversifica a economia local, particularmente nas áreas rurais, onde o 
emprego agrícola pode ser mais esporádico ou insuficiente; 
 O ecoturismo procura a tomada de decisões em todos os segmentos da sociedade, 
inclusive nas populações locais, de modo que o turismo e outros usuários dos 
recursos possam coexistir; 
 O ecoturismo exige o planeamento e o ordenamento do território, contribuindo para 
um desenvolvimento turístico mais adequado à capacidade de sustentação do 
ecossistema; 
 O ecoturismo estimula a melhoria do transporte, da comunicação e de outros 
elementos da infra-estrutura comunitária local e o ecoturismo cria instalações 
recreativas que podem ser usadas pelas comunidades locais, pelos visitantes 
domésticos e internacionais. 
De forma geral as acções que impulsionam o impacto socioeconómico do turismo resumem-se 
no seguinte: 
Quadro 3. Acções que impulsionam o impacto socioeconómico do turismo 
Dimensão sustentável Acções Objectivos 
 
 
 
 
 
Económica 
 Fluxo permanente de 
investimentos públicose 
privados; 
 Maior eficiência na 
utilização dos recursos; 
 Criação de micro 
empresas e reorganização 
do tecido empresarial; 
 Melhorar as infras-
estruturas; 
 Endogeneização: contar 
com suas próprias forças. 
 
 
 
 
Aumento da produção e da riqueza 
social, sem dependência externa. 
 
 
 
 
 
 
Ecológica 
 Produção com respeito no 
ecossistema; 
 Prudência no uso dos 
recursos naturais; 
 Tecnologias e processos 
produtivos de baixo 
índice de resíduos; 
 Melhorar a qualidade do 
ambiente da qual 
dependem tanto a 
comunidade local como o 
visitante (realização de 
investimentos em infras-
estruturas de saneamento, 
tratamento do lixo e 
criação de parques. 
 
 
 
 
 
Melhoria da qualidade do meio 
ambiente e preservação das fontes 
de recursos. 
 
 
Cultural 
 Soluções adequadas a 
cada ecossistema; 
 Compatibilidade do 
turismo com a cultura e as 
tradições; 
 Respeito pela formação 
cultural comunitária. 
 
 
Evitar conflitos culturais 
Fonte: Adaptado de Sarmento (2008). 
 
13 
 
1.2 TURISMO DAS ÁGUAS TERMAIS 
Torna-se necessário que se debruce das águas termais e seus benefícios antes mesmo de se 
entrar na questão sobre o turismo das águas termais, no sentido de se ter uma visão ampla e 
concisa do assunto em estudo. 
1.2.1. Águas Termais 
Segundo Teixeira (1990), é denominado águas termais as águas mineral que vêm do solo com 
mais de 5°C que a temperatura superficial. Estas águas vêm de camadas subterrâneas da terra 
de alta temperatura, as quais são ricas em diferentes componentes minerais e é utilizada para 
terapias como: banho, consumo, irrigações, e aquecimento. 
Benefícios Do Uso Das Águas Termais 
 Hidroterapia 
Segundo o Ministério da Saude de Brasil (2008), afirma a utilização terapêutica da água para 
uso externo, sob formas e temperaturas variáveis. As águas podem ser empregadas 
aproveitando a termalidade (banhos) e a ação hidromecânica (duchas, hidromassagens, entre 
outras). 
Um exemplo muito comum de hidroterapia é o Termalismo. 
 Termalismo 
Compreende as diferentes maneiras de utilização da água mineral e sua aplicação em 
tratamento de saúde. Refere-se a banhos quentes e é usado de maneira genérica para designar 
o emprego das águas minero–medicinais com finalidades terapêuticas. Ministério da Saude de 
Brasil (idem). 
De acordo com o Ministério do turismo de Brasil (2010), o uso das águas termais apresentam 
grandes benefícios para a saúde humana e não só. Dentre elas as que mais se destacam são: 
 Melhora a circulação sanguínea 
Mergulhar o corpo em água quente é uma espécie de exercício para os vasos sanguíneos. Isto 
é porque a água cria uma pressão física no corpo e assim aumenta a capacidade do nosso 
coração distribuir oxigénio em todo o corpo. Em outras palavras, quando estamos dentro da 
água, o coração trabalha mais rápido e mais forte, alguns mergulhos por semana é um excelente 
exercício para o coração. 
 Ajuda a adormecer 
14 
 
A água quente relaxa o corpo e prepara-nos para adormecer. Quando um corpo tenso entra em 
um banho quente, a água aumenta a temperatura do corpo e relaxa os músculos, isto durante 
20 minutos. 
 Reduz a Pressão Arterial 
A imersão em água quente pode baixar a pressão arterial. Este é um óptimo sistema para 
doenças cardíacas que necessitam de um cuidado com os picos da pressão arterial. 
 Ajuda na redução de gordura corporal 
O mergulho regular em águas quentes é capaz de reduzir os níveis de açúcar e de glicose no 
sangue, especialmente em pessoas com diabetes ou as que estão acima do peso. 
Assim, segundo o Ministério do Turismo de Brasil (2010), afirma que como ponto de partida 
é indispensável salientar que ao longo deste desenvolvimento o termo turismo das águas 
termais é compreendido como turismo da saúde, tal facto é corroborado na seguinte afirmação: 
os termos Turismo Hidrotermal, Turismo Hidromineral, Turismo Hidroterápico, Turismo 
Termal, Termalismo, Turismo de Bem-estar, Turismo de Águas [Negrito e itálico 
adicionado] e vários outros podem ser compreendidos como Turismo de Saúde. 
São muitas as práticas existentes que, quando incorporadas ao dia-à-dia, alteram os níveis de 
stress e induzem a adopção de uma postura positiva e produtiva, e dessa forma entende-se que 
“a saúde é um estado de completo desenvolvimento físico, mental e bem-estar social e não 
meramente a ausência de doença ou enfermidade (WHO, 1948) ”. Ou seja, corpo e a mente não 
funcionam separadamente; ambos estão interconectados. 
Embora o turismo das águas termais ou de saúde não seja um conceito novo, somente em 1972 
foi feita a primeira tentativa de definição da tipologia, por iniciativa da então União 
Internacional dos Organismos Oficiais de Turismo (actual Organização Mundial de Turismo) 
definindo-o como sendo aquele que “implica a utilização de equipamentos sanitários que façam 
uso de recursos naturais, climáticos e termais em particular” (Cunha, 2006, p. 82). 
Paixão (2007), enfatiza que a definição acima excluía tudo que não fosse curativo e fosse 
exterior aos recursos naturais, apesar de considerar a importância dos “factores psicológicos”. 
Com o passar do tempo, devido às alterações do comportamento da sociedade, o turismo de 
saúde expandiu-se, tornando-se uma actividade geradora de receita para os hotéis, movida pela 
vontade de membros dessa sociedade de se manterem saudáveis e longevos. 
Para enfatizar a importância do entendimento dos conceitos, recorre-se a afirmação de Cunha 
(2006) que diz: 
15 
 
De tudo isto decorre que o turismo de saúde se estende a dois segmentos fundamentais: 
aqueles que se deslocam por razões primordialmente médicas e cuja motivação dominante é 
a cura ou recuperação e aqueles que o fazem por razões de prevenção, bem-estar ou 
recuperação de forma, (p. 82). 
Provavelmente os primeiros não rejeitam os cuidados com o bem-estar nem os segundos 
rejeitam o acto ou os cuidados médicos. 
Sendo assim, conclui-se que ser conhecedor de conceitos como o lado da procura, oferta e 
turismo das águas termais segundo os autores acima citados seria o primeiro passo na 
trajectória de um empreendedor que deseje actuar na área da saúde, pois suas responsabilidades 
são proporcionais às suas escolhas. 
Quando se fala em práticas termais, refere-se aqui a um conjunto de práticas que têm como 
agente terapêutico a água termal e que ocorrem no espaço de um estabelecimento balnear, 
usualmente designado por balneários, termas ou casa de banhos. Os locais onde existem esses 
estabelecimentos têm designações diferentes conforme o país e a época histórica. São utilizadas 
para essas localidades as seguintes designações: caldas, termas, estâncias termais, estâncias 
hidrominerais. Assim, turismo termal também designado de turismo de saúde e bem-estar7 
ideia essa corroborada por Cunha (2006) corroborado por Paixão (2007). 
1.3 PLANEAMENTO DA ACTIVIDADE TURÍSTICA 
Debruçar-se em turismo, como já referido, implica uma deslocação para fora da sua residência 
habitual. Deste modo, e de acordo com a OMT (1995), todos os locais onde se dirigem os 
visitantes são destinos, independentemente da duração da permanência podendo identificar-se: 
Destino Principal8, Destino e Distância máxima9 e Destino Motivante10. 
Na visão de Ignarra (2003), planeamento é um sistema cujas etapas relacionam de uma forma 
dinâmica. Essa perspectiva é particularmente importante para o caso do turismo, cujas práticas 
estão em acelerada transformação. 
E sobre o planeamento do turismo, a Organização Mundial do Turismo (2003) ressalta que ele 
deve objectivar o alcance de um caminho de desenvolvimento integrado, controlado e 
sustentável. A sua elaboração deve ser calcada num elenco de procedimentos sistemáticos, tais 
como a definição dos objectivos, o desenvolvimento de pesquisas, as análises dos dados, 
visando à implementação de cursos flexíveis de acção.7Bem-estar: constitui-se em actividades turísticas motivadas pela busca da promoção e manutenção da saúde 
realizada por meio de tratamentos acompanhados por equipas de profissionais de saúde especializados, que visam 
a diminuição dos níveis de estresse, além da aprendizagem e manutenção de uma vida saudável e equilibrada e 
até mesmo a prevenção de determinadas doenças. 
8Destino Principal: onde o visitante permanece mais tempo (OMT 1995). 
9Destino e Distância máxima: local ou país visitado mais longe da sua residência (OMT 1995). 
10Destino Motivante - a principal razão da viagem (OMT 1995). 
16 
 
Ruschmann e Widmer (2006) destacam seis objectivos básicos do planeamento turístico: 
 A criação de políticas e processos de implementação de equipamentos actividades e 
seus prazos; 
 A disponibilização dos incentivos para estimular a implantação dos equipamentos e 
serviços turísticos; 
 A maximização dos benefícios socioeconômicos e a minimização dos impactos 
negativos; 
 A estruturação e capacitação dos serviços turísticos públicos; 
 A regulamentação e cumprimento dos padrões exigidos; 
 A promoção da sustentabilidade e da qualidade dos serviços prestados pelos diversos 
elos da cadeia turística. 
Para Beni (2004) o planeamento do turismo tem três etapas: 
 O inventário, que objectiva além de identificar, descrever a região de estudo; 
 O diagnóstico, que analisa os recursos, caracteriza a estrutura socioeconómica, a 
infraestrutura regional e traça o perfil da oferta e da demanda turística; e 
 O prognóstico, que formula políticas, directrizes e programas de acção. 
Goeldner, Ritchie e McIntosh (2002) apontam que o envolvimento da comunidade no 
planeamento turístico necessita ter como meta a estruturação, com vistas a elevar o padrão de 
vida dos residentes locais, o fortalecimento da infra-estrutura e o desenvolvimento de 
instalações recreativas para moradores. É igualmente importante que a expansão das práticas 
turísticas respeite a cultura e a questão socioeconómica local. 
Em harmonia com essa perspectiva, Petrocchi (2004) comenta que o planeamento além de 
identificar nichos específicos para serem trabalhados com o objectivo de atender desejos e 
necessidades da demanda deve assegurar, primordialmente, a inclusão da população residente. 
 Para Brusadin (2008) o sector turístico, se adequadamente planeado, pode oferecer a 
oportunidade de novos negócios, distribuindo renda, ajudando na preservação do meio 
ambiente e do património histórico, além de oferecer aos viajantes o lazer e entretenimento. 
Para Ignarra (2003, p.81): “o planeamento da actividade turística se mostra, portanto, como um 
poderoso instrumento de fomento ao desenvolvimento socioeconómico de uma comunidade”. 
17 
 
Com base nas afirmações dos autores acima, pode-se facilmente perceber que o aumento 
espontâneo ou planeado dos fluxos turísticos pode alavancar o crescimento em âmbito local e 
regional por meio das demandas turísticas hospedagem, alimentação e lazer. 
Mas sem organização e planeamento o turismo pode provocar a desestruturação da cultura 
local, descaracterização do ambiente natural, contaminação dos recursos hídricos, especulação 
imobiliária, deterioração da imagem do lugar e exclusão territorial de residentes, podendo 
causar danos irreversíveis além de agravar a situação social da população local. 
 1.3.1 Stakeholders Do Turismo 
A OMT (1998) reconhece quatro importantes stakeholders11 do turismo: o sector público, o 
sector privado, as Organizações não-governamentais (ONGs) e o próprio visitante. 
As ONG’s assumem a função de contestadora da consciência em matéria do meio ambiente, 
da cultura, do património histórico, etc.; e o visitante, como usuário último do sistema turístico, 
deve exigir e adoptar boas práticas (OMT, 1998). Mas é o sector público e privado que cabe 
as principais funções: 
 Sector público: Estabelecer a política de desenvolvimento do turismo, preparar o plano 
turístico e monitorizar o desenvolvimento da actividade, garantindo o desenvolvimento 
de um Turismo Sustentável e a resposta ajustada a crises emergentes; 
 Sector privado: Garantir o desenvolvimento sustentável do turismo através da adopção 
de práticas sustentáveis (utilizando produtos biodegradáveis; reciclar e reutilizar 
materiais e recursos; etc.). A OMT (1998) refere ainda a prática de associações para a 
promoção de fóruns de discussões, resolução de problemas em comum entre as 
empresas, fazer recomendações ao sector público. 
OMT (2007), salienta que se por um lado, cabe ao sector público uma estratégia holística e de 
longo-prazo, ao sector privado cabe agir rápida e tacticamente, evidenciando-se a importância 
de parcerias e sinergias para o desenvolvimento de um destino turístico. 
Deste modo Buhalis (2000), afirma que as estratégias da gestão turística devem ser avaliadas 
do ponto de vista da gestão do destino turístico (visão macro/sector público) e do ponto de vista 
da gestão das empresas da actividade que aí operam (visão micro/sector privado). Todavia, as 
estratégias têm de ser complementares, consistentes e alinhadas com alguns objectivos 
específicos, tais como: 
 
11Stakeholders: aquele que detém aplicações financeiras (Dicionário tradutor de inglês para português). 
18 
 
a) Prosperidade de longo prazo para os residentes; 
b) Satisfação dos visitantes; 
c) Maximização da rentabilidade da oferta turística; 
d) Potencialização dos benefícios da macroeconomia através do efeito multiplicador; 
e) Optimização dos impactes do turismo, não necessariamente atrair mais visitantes; 
f) E garantir sustentabilidade nas suas três vertentes: ecológica, sociocultural e 
económica. 
1.3.2. Análise PEST 
Uma ferramenta utilizada para a prospecção de cenários é a análise PEST. 
Segundo Castor (2000, p. 5) “O acrónimo12 PEST é utilizado para identificar quatro dimensões 
de análise ambiental de natureza qualitativa de fenómenos dificilmente quantificáveis: a 
Política, a Económica, a Social e a Tecnológica”. O mesmo afirma que essa ferramenta torna-
se mais útil quando utilizada conjuntamente com outros instrumentos de análises, e a limitação 
quanto à quantidade de variáveis a ser investigadas tem uma razão de ser. Pois, quando há um 
excesso de informações, uma empresa pode ficar imobilizada, com receio de deixar uma 
variável importante de lado, perdendo o foco e deixando de agir tempestivamente. Contudo, 
mesmo sendo uma ferramenta de análise qualitativa, Castor (idem) afirma que a utilização de 
métodos quantitativos seja importante, onde são atribuídas probabilidades a cada uma das 
variáveis, e feitas avaliações sobre os impactos das mesmas sobre a capacidade da empresa de 
alcançar seus objectivos corporativos. 
Abaixo são conceituadas as variáveis ou forças envolvidas no contexto da análise PEST, 
através da observação dos conceitos desenvolvidos por Wright, Kroll e Parnell (2000), Bethlem 
(2002) e Machado e Moreira (2005): 
 Variáveis político/legais: são determinadas pelas políticas governamentais e variações 
na legislação que provocam mudanças na estrutura e funcionamento e relações de 
negociação das organizações do país. 
 Variáveis econômicas: são caracterizadas por impactar significativamente nos 
negócios a partir de mudanças ocorridas em caráter geral, podendo ser estas positivas 
ou negativas, estimuladoras ou desestimuladoras, entre elas, destaca-se a definição da 
taxa de juros e as políticas fiscal, monetária e cambial. 
 
12 Palavra que se forma pela junção das primeiras letras ou das sílabas iniciais de um grupo de palavras de 
uma expressão. Dicionário de Português online (dicio.com.br 2018). 
19 
 
 Variáveis sócio-culturais: neste contexto incluem-se tradições, valores, cultura, 
educação, e aspectos demográficos (cor, raça,religião, renda, origem, etc) referentes à 
sociedade que devem ser consideradas no processo de tomada de decisão nas 
organizações. 
 Variáveis tecnológicas: são aquelas compreendidas no contexto dos avanços 
tecnológicos e que modificam absoluta ou relativamente a estrutura de mercado ou 
ambiente de determinada actividade econômica causando mudanças na gestão das 
empresas no que se refere ao gerenciamento de custos, qualidade de produtos e serviços, 
entre outros. 
1.3.2.1. Análise PEST da Realidade Turística De Angola. 
 
Segundo Estevão e Ferreira (2015) a competitividade dos mercados é determinada pelas 
empresas, na medida em que só há competitividade se houver produtividade. O mercado 
turístico angolano encontra-se apetrechado de um património natural, cultural, histórico, um 
povo com características típicas de hospitalidade, clima tropical, fauna e flora diversificada e 
outros factores que representam uma mais-valia para fomentar o desenvolvimento do turismo, 
a curto médio e longo prazo. 
20 
 
 
Quadro 4. Análise PEST da Realidade Turística De Angola. 
POLÍTICA O regime político vigente em Angola é o 
presidencialismo, em que o Presidente da República é 
igualmente o chefe do Governo, com uma Assembleia 
que representa a soberania do povo e constituída pelos 
partidos políticos (MPLA; UNITA; CASA-CE; 
FNLA; PRS). E uma legislação de investimento 
flexível. 
ECONÓMICA Sistema financeiro: É constituído por 
aproximadamente 24 instituições bancarias públicas 
e privadas com representação nas 18 províncias, 
operando com sistemas modernos de pagamento 
como multibancos e cartões visa internacionais 
Hotéis: Oferecem cerca de 14 mil quartos, 18 mil 
camas, 185 hotéis, 88 resorts, 14 Apart-hotéis e 
outros meios de alojamento distribuídos pelas 18 
províncias de Angola; 
Estradas: A rede viária tem 12 mil quilómetros de 
estradas asfaltadas lingando às 18 províncias e maior 
parte das sedes municipais; 
Polos turísticos: Polo do Futungo de Belas com 
atração principal, a Baia do Mussulo; polo de 
Kalandula com atração principal as quedas das águas 
de Kalandula; polo de Cabo Ledo com a principal 
atração, polo de Cabo Ledo. 
SOCIAL Angola é um país multicultural com etnias como 
Ovimbundos, Kimbundos, Bakongos e outras com 
línguas, vestuários, alimentação, danças, outros 
hábitos e costumes diferentes; 
Dança: O Semba, a kizomba, a Rebita, a Kabetula, o 
Zouk e o Kuduro são os ritmos e danças mais 
apreciadas nos festivais e festas populares; 
Artesanato: expressão dos hábitos e costume dos 
povos em artigos feitos em pedras, madeira, marfim, 
pinturas e olaria. A estatueta do pensador, símbolo da 
cultura angolana, as máscaras (Muana-pwó), 
instrumentos músicas como a marimba, o kissange, o 
ungo, o batuque e outros; 
 
TECNOLÓGICA Acessibilidade a novas tecnologias. 
Infras-estruturas tecnológicas e de comunicação 
avançadas como a disponibilização de Wi-Fi em 
locais públicos, que permitem ao turista ter uma 
experiencia mais confortável e com acesso mais 
rápido a informação. 
Melhoria na influência do canal online na tomada de 
decisão do cliente, como consultas de hotéis, vendas 
de passagens tanto de automóveis como de aviões 
automatizados e personalizados via online. 
Fonte: adaptado do plano de desenvolvimento do turismo (2002). 
1.3.2. Análise Swot 
A origem segundo Fagundes (2010), modelo da "Matriz SWOT", surgiu na década de 1960, 
em discussões na escola de administração, que começaram a focar a compatibilização entre as 
21 
 
"Forças" e "Fraquezas" de uma organização, sua competência distintiva, e as "Oportunidades" 
e "Ameaças". 
Na concepção de Oliveira (2007) define a análise SWOT da seguinte forma: 
 
"1.Ponto forte é a diferenciação conseguida pela empresa – variável controlável – que lhe 
proporciona uma vantagem operacional no ambiente empresarial (onde estão os assuntos 
não controláveis pela empresa). 
2. Ponto Fraco é a situação inadequada da empresa – variável controlável – que lhe 
proporciona uma desvantagem operacional no ambiente empresarial. 
3. Oportunidade é a força ambiental incontrolável pela empresa, que pode favorecer sua 
acção estratégica, desde que conhecida e aproveitada, satisfatoriamente, enquanto perdura. 
4.Ameaça é a força ambiental incontrolável pela empresa, que cria obstáculos à sua acção 
estratégica, mas que poderá ou não ser evitada, desde que reconhecida em tempo hábil." (p. 
37) 
Luecke (2009, p. 23) reforça que “considerar os factores externos e internos é essencial porque 
eles esclarecem o mundo em que opera a empresa ou unidade, permitindo planejar melhor o 
futuro desejado”. 
Para Manager (2009), evitar as ameaças externas nem sempre é possível porém, pode-se fazer 
um planeamento de contingência para enfrentá-las, diminuindo seus efeitos. O autor deixa claro 
que sempre existirão ameaças externas, o que não pode ocorrer é deixar de considerá-las. 
Manter a análise Swot (FOFA) actualizada fará com que a empresa consiga antecipar-se a 
muitos benefícios que por ventura possam ocorrer 
Com base no que os autores definiram em relação a análise Swot pode-se perceber que nos dias 
de hoje não se pode deixar de realizar a avaliação e o comportamento das empresas diante do 
mercado competitivo que se encontram, é indispensável a utilização de ferramentas que dá o 
norte necessário para o sucesso organizacional. 
Perceber as características internas e externas do sistema que uma empresa se encontra se torna 
algo primordial para a tomada de decisões de gestores seja de pequenas e micro empresas ou 
até mesmo nas grandes corporações que habitam o planeta. 
A análise SWOT é uma dessas ferramentas que proporcionam ao gestor ou até mesmo o 
pequeno empresário de como está sua empresa perante seus concorrentes fazendo assim que 
conheça e estude o seu comportamento, (Oliveira, 2007). 
Sendo que a matriz Swot apresenta características flexíveis, facto este motivou o seu uso na 
parte prática, pois facilitou na identificação de pontos positivos e negativos da área em estudo. 
22 
 
CAPÍTULO II. ESTUDO DE CASO: CENTRO TURÍSTICO DA MONTIPA. 
2.1 ANÁLISE PEST DO MUNICÍPIO DA BIBALA 
2.1.1. Domínio Político-Administrativo 
 Bibala é um dos municípios do Namibe, que de acordo com os dados obtidos pelo Instituto 
Nacional de Estatística (INE), referente ao censo de 2014, O município tem 7 612 km² e cerca 
de 64.504 habitantes, é limitado a norte pelo município de Camucuio, a Este pelos municípios 
de Quilengues, Cacula, Lubango e Humpata, a Sul pelo município de Virei, e a Oeste pelo 
município de Moçâmedes. É constituído pelas comunas de Bibala-Sede, Caitou, Lola e 
Kapagombe. Dos quais destacam-se as seguintes zonas turísticas: Serra da Leba, Baia de 
Moçâmedes, Nossa Senhora do Monte (Cristo Rei), Porto Mineiro de Moçâmedes e o 
Aeroporto Weliwítschia Mirabilis dentre outros. 
Em termos legais, este município é representado por uma Administração municipal chefiada 
pelo administrador Tchinanga Nkole e seu vice Vitorino Sapalo, a mesma é constituída por 
repartições, das quais destaca-se as Repartições de Hotelaria e Turismo e a R.E.P (Repartição 
de Estudos e Planeamento), chefiadas pelos senhores António André dos Santos e Alfredo 
Silvestre Fio. 
Apesar de não haver uma legislação específica no município, em termos gerais existe algumas 
leis referente ao investimento privado baseados nos seguintes artigos: aprovação da Lei n.º 
20/11, de 20 de maio – Lei do Investimento Privado (“LIP”), o setor da hotelaria e turismo foi 
mantido na listagem dos sectores de investimento considerados por lei, como prioritários. 
Destacam-se nesta listagem, a par do sector da hotelaria e turismo, os sectores da agricultura e 
pecuária, saúde e indústria, construção civil e infras-estruturas. Para além do referido diploma 
legal, a realização de investimentos privados nesse setor de actividade é também regulado pelaLei n.º 14/03, de 18 de julho – Do Fomento do Empresariado Angolano. 
Em conformidade com o Decreto Executivo Conjunto n.º 42/02, de 27 de setembro, a 
realização de projetos de investimento no setor do turismo está sujeita ao crivo do Instituto de 
Fomento Turístico de Angola (tutelado pelo Ministério da Hotelaria e Turismo), a quem 
compete de forma genérica, aprovar todos os projetos relacionados com zonas turísticas, tendo 
em vista o seu enquadramento no plano de ordenamento e no trabalho de fomento da hotelaria 
e turismo. 
23 
 
2.1.2. Domínio Económico 
A Bibala é um Município predominantemente Rural, estimando-se, e de acordo com os 
indicadores apurados nacionalmente e a análise aos dados disponíveis do INE, existe uma 
População Economicamente Activa (PEA) de 28.635 habitantes. Destes, 14.813 são mulheres. 
O sistema económico-produtivo do município da Bibala sustenta-se na agricultura familiar, 
assumida como actividade económica dominante, complementada com a criação de gado, no 
entanto, outros sectores assumem alguma importância na economia local, como é o caso do 
Comércio e dos Serviços Públicos. Neste segundo caso, entenda-se o âmbito da Função Pública 
como maior empregador no Município. 
Os transportes públicos são escassos, maioritariamente garantidos por serviços privados, 
estando identificadas 3 empresas privadas de transporte de passageiros: a Tucotuco, a Betacap 
e a ACP Comercial. Existem transportes que operam informalmente (moto-táxis e táxis 
colectivos) na circulação de mercadorias e passageiros. 
Está identificada no município a presença de vários recursos minerais. De entre outros, o 
mármore e o granito, assim como inertes de aplicação na construção, são frequentes. O clima 
da Bibala potencia o processo de composição de mármore (rocha metamórfica originada de 
calcário exposto a altas temperaturas e pressão). Encontram-se identificadas jazidas de granito, 
variedades brancas e negras, assim como de mármore nas variedades banco e preto. 
As águas minerais são também um recurso do Município. Destacam-se as águas de mesa da 
Mahita e as águas mineromedicinais das Termas da Montipa. 
2.1.3. Domínio Social 
A formação profissional em curso no município é escassa, quanto à diversidade de oferta aos 
Jovens para melhorarem a sua formação para o exercício de uma profissão. Na comuna Sede, 
existe a Escola Técnico-Profissional da Mahita, onde são ministrados Cursos Médios de 
Alvenaria, Agronomia, Serralharia, Electricidade e Corte e Costura. 
2.1.4. Domínio Tecnológico 
No domínio tecnológico é destacado o sector da comunicação predominante na região, na qual 
está representada pelas redes telefónicas Unitel e Movicel, que facilita a comunicação entre os 
munícipes e com exterior do município. Nota-se a falta de polos industriais para materializarem 
as potencialidades existentes. Infra-estruturas tecnológicas e de comunicação avançadas (por 
exemplo: disponibilização de Wi-Fi em locais públicos) que permitem ao turista ter uma 
24 
 
experiência mais confortável e com acesso mais rápido a informação relevante como 
transportes, locais de interesse ou restauração. 
2.2. METODOLOGIA 
De origem grega, methodos se refere ao caminho ou via, com etapas e processos, a ser seguido 
para se atingir um determinado objectivo. Gil (2007, p. 26) apresenta o método como um 
“conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adoptados para se atingir o conhecimento.” 
Para Fonseca (2002), métodos significa organização, estudo sistemático, pesquisa, 
investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem 
percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência. 
Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer uma 
pesquisa científica. 
 Pesquisa Documental 
A pesquisa documental, segundo Gil (2008), é muito semelhante à pesquisa bibliográfica A 
diferença essencial entre ambas está na natureza das fontes enquanto a bibliográfica se utiliza 
fundamentalmente das contribuições de diversos autores, a documental vale-se de materiais 
que não receberam, ainda, um tratamento analítico, podendo ser reelaboradas de acordo com 
os objectos da pesquisa. 
Segundo Lakatos e Marconi (2005), a pesquisa documental é a recolha de dados em fontes 
primárias, como documentos escritos ou não, pertencentes a arquivos públicos; arquivos 
particulares de instituições e domicílios, e fontes estatísticas. 
Para a realização do trabalho de investigação extraiu-se dados de alguns documentos existentes 
no Instituto Nacional de Estatística da Direcção do Namibe, referente ao censo de 2014, onde 
julgou-se conter dados que podem contribuir a melhorar os resultados do trabalho. 
 Pesquisa Bibliográfica 
Para Lakatos e Marconi (2003), a pesquisa bibliográfica, considerada uma fonte de recolha de 
dados secundária, pode ser definida como: contribuições culturais ou científicas realizadas no 
passado sobre um determinado assunto, tema ou problema que possa ser estudado corroborados 
por, Cervo e Bervian (2002). 
25 
 
Para tal, foi realizada uma pesquisa bibliográfica com fins de recolher dados em publicações 
adequadas e direccionadas de autores que apresentaram temas de maior relevância e que 
coadunam com os objectivos deste trabalho. 
Em suma, Lakatos e Marconi (2003) declaram que todo trabalho científico, toda pesquisa, deve 
ter o apoio e o embasamento na pesquisa bibliográfica, para que não se desperdice tempo com 
um problema que já foi solucionado e possa chegar a conclusões inovadoras. 
 Quanto a Técnica de recolha 
Lakatos e Marconi (2003): 
 A observação é uma técnica de recolha de dados para conseguir informações e utiliza os 
sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e 
ouvir, mas também em examinar factos ou fenómenos que se desejam estudar. (p. 27) 
 Segundo a participação do observador 
Lakatos e Marconi (2003, p.193) afirmam que na observação não participante, o pesquisador 
toma contacto com a realidade estudada, mas sem integrar-se a ela, presencia o facto, mas não 
participa dele, não se deixa envolver pelas situações e faz o papel de espectador. Isso, porém, 
não quer dizer que a observação não seja consciente, dirigida, ordenada para um fim 
determinado. 
Neste trabalho a observação não-participante com a ajuda dos sentidos sensoriais (visão e 
audição), no intento de levantar dados e informações sobre o lugar, de maneira a permitir a 
caracterização do local da pesquisa; 
A partir do material recolhido sobre o visual do centro turístico, infra-estruturas, saneamento 
básico, organização social e outros aspectos. Esse conjunto de informações facilitou a definição 
dos pontos positivos e negativos (forças, fraquezas e oportunidades), pontos estes que contou 
com o auxílio prestados pela análise Swot. 
 Segundo o lugar onde se realizar 
Lakatos e Marconi (idem) fundamentam que normalmente, as observações são feitas no 
ambiente real, registrando-se os dados à medida que forem ocorrendo, espontaneamente, sem 
a devida preparação. A melhor ocasião para a recolha é o local onde o evento ocorre. Isto reduz 
as tendências selectivas e a deturpação na reevocação. 
 
 
 
26 
 
E quanto ao local foi feito um estudo de caso onde Yin (2001), afirma que: 
“A investigação de estudo de caso enfrenta uma situação tecnicamente única em que haverá 
muito mais variáveis de interesse do que pontos de dados, e, como resultado, baseia-se em 
várias fontes de evidências, com os dados precisando convergir em um formato de triângulo, 
e, como outro resultado, beneficia-se do desenvolvimento prévio de proposições teóricas 
para conduzir a recolha e a análise de dados” (p. 33-34). 
 
2.3 TERMAIS DA MONTIPA 
As termas da Montipa situam-se na povoação da Montipa, localizada a norte do município da 
Bibala próximo a margem do Rio Peça, área é constituída por11 bairros e terá sido descoberta 
pelo caçador Tchimôngua, proveniente dos povos muimbas na área da Iona. 
 
Figura 2,3,4. Centro Turístico da Montipa. 
Fonte: Dados da observação 
A Capela Soful das águas térmicas da Montipa e a residência das águas térmicas foram 
construídas em 1955, por uma organização portuguesa e passaram ao controlo do Governo 
Angolano depois de 1975. 
 
Figura 5. Capela Soful 
Fonte: Dados da observação 
2.3. APROVEITAMENTO DAS ÁGUAS TERMAIS DA MONTIPA. 
Quanto ao aproveitamento das águas termais da Montipa, baseou-se segundo dados compilados 
a partir de levantamento bibliográfico de estudos já feitos pelos estudantes do curso de Biologia 
27 
 
Marinha13, onde se apurou que a fonte de água termal da Montipa, apresenta condições muito 
favorável para a saúde das pessoas, é assim que para este trabalho tendo em consideração o 
resultado obtido por estes estudante, fez-se uma avaliação económica e social para o progresso 
e desenvolvimento do município no quadro da diversificação económica, proporcionando um 
impacto notável, desde o ponto de vista do turismo, agricultura/aquicultura, terapêutico e 
consumo humano. 
 Possíveis Aproveitamento: saúde; 
Acção terapêutica: 
 Água Sulfatada: Colites e problemas hepáticos. 
 Água Bicabornatada: Gastrites e úlceras, hepatite e diabetes. 
 Água cálcica: Raquitismo, osteoporose, bronquites e asmas. 
 Termo terapia 
Contacto da pele com a água quente: 
 Diminui a tonicidade muscular permitindo a realização de movimentos não 
tolerados habitualmente fora de água; 
 Activa o metabolismo e provoca a vasodilatação; 
 Aumenta o retorno venoso melhorando a circulação periférica; 
 Estimula o sistema imunitário; 
 Alivia inflamações articulares, 
 Diminui sensação de dor. 
Todos estes parâmetros são essenciais para o seu uso na agricultura e também alimentação para 
o gado. Em relação, a sua temperatura, pode ser usado em estufas e para aquicultura e criadeiro 
de peixes. 
Depois de ser demostrado o resultado do aproveitamento das águas termais da Montipa, que 
permite na realização de diferentes actividades tais como; caminhadas ecológicas, 
acampamentos e camping´s perto ou longe da fonte das águas termais, prática de desportos 
aquáticos (hidroginástica) e vários actividades de lazer, o ponto que se segue, vai detalhar o 
enquadramento para o aproveitamento na vertente social e económica. 
 
13Projecto realizado por estudantes do curso de biologia marinha, orientado pelo Professor Doutor 
Agostinho Cachapa com o tema: Águas térmicas da Montipa: uma opção para o turismo ecológico, de saúde e 
para a agricultura. (2017). 
 
28 
 
2.4. ANÁLISE DE PONTOS FORTES E FRACOS 
Neste contexto, por se tratar de acções que impulsionem o turismo das águas termais da zona 
turística da Montipa, assim fazendo o uso de recursos oferecidos pela matriz Swot analisou-se 
simplesmente, os pontos fortes e fracos, pelo facto de ser uma área em aberto e com forte 
potencial. 
Com base no que foi referido facilitou na elaboração da proposta de acções para impulsionar o 
turismo das águas termais do local em estudo. 
Quadro 5. Realidade das Forças, Fraquezas e Oportunidades da área em estudo. 
Forças Oportunidades 
Contexto 
 Contexto social 
a) Sociedade sensível à participação 
b) Diversidade cultural (artesanato, folclore, tradições) 
 Contexto ambiental 
a) Variedade de ecossistemas 
b) Centro de pesquisas 
c) Presença de atractivos naturais raros 
Foco 
 Produto 
a) Patrimônio histórico 
b) Turismo das águas termais 
 
 Produto 
a) Crescente valorização do turismo 
 Mercado 
a) Fluxo de turistas que passam na região 
b) Demanda crescente por turismo das águas 
termais 
c) Mercado para o turismo da saúde 
d) Diversidade de mercados 
e) Mercado de turismo cultural 
 Cadeia do turismo 
a) Investidores potenciais no setor de turismo 
b) Desenvolvimento da produção agropecuária e 
comercial da região 
c) Setor produtivo atrativo para o mercado 
 Gestão 
a) Participação de associações e entidades de classe 
no processo de tomada de decisão 
 
Fraquezas 
Contexto 
 Contexto Social 
a) Desemprego 
b) Êxodo rural 
 Contexto Econômico 
a) Baixo poder aquisitivo dos empresários 
Foco 
 Produto 
a) Ausência de serviços receptivos de turismo na 
região 
b) Utilização inadequada e / ou conservação deficiente 
do patrimônio histórico. 
c) Turismo sazonal ou de escala 
 Mercado 
a) Fluxo turístico sazonal – equipamentos sub 
utilizados. 
b) Pouca divulgação e ausência de planeamento de 
marketing turístico. 
Condições 
 Infra-estrutura para viabilização de produtos turísticos 
a) Saneamento básico deficitário 
b) Má conservação rodoviária e da zona turística 
existente 
c) Acesso deficitário para atrativos naturais 
d) Ausência de sinalização turística 
 Cadeia do Turismo – meio empresarial e comunidade 
a) Pouco envolvimento da população com o turismo 
b) Ausência de associações exclusivas de turismo 
c) Falta de visão estratégica, capacidade gerência e 
técnica do empresariado 
d) Empregos propiciados pelo turismo sazonal 
 Gestão 
a) Ausência de mecanismos de fiscalização e 
controle 
b) Ausência de sistemas de informações para a 
gestão municipal e do turismo 
c) Inexistência de parceria entre o poder público e a 
iniciativa privada 
d) Uso e ocupação desordenada do solo 
e) Ausência de mecanismos e instrumentos de 
planeamento urbano e regional 
f) Ausência de diretrizes, estruturas e equipes para 
gestão do turismo e do meio ambiente 
Ausência de mecanismo de participação da sociedade na 
gestão municipal e do turismo 
Fonte: A partir dos dados da observação 
29 
 
Feita apresentação do quadro referente às forças, fraquezas e oportunidades, resta propor as 
devidas acções que visam na potencialização dos pontos positivos no sentido de minimizar 
pontos negativos. 
2.5. PROPOSTA DE ACÇÕES QUE VISAM MELHORAR O 
APROVEITAMENTO TURÍSTICO DAS ÁGUAS TERMAIS DO CENTRO 
TURÍSTICO DA MONTIPA. 
Assim, para reforçar os objectivos e responder a pergunta problemática, é apresentada as acções 
que visam impulsionar o turismo das águas termais na zona turística da Montipa. 
Fraquezas: a busca da sobrevivência do destino no cenário turístico, procurando eliminar ou 
minimizar ao máximo as fragilidades. Pelo seu grau de urgência, tem prioridade (A). 
Depois de se analisar as fraquezas percebe-se claramente, que a actividade turística na Montipa 
é praticamente inexistente pelo facto de não existir condições básicas para a actividade 
turística. 
Portanto, foi necessário estabelecer acções de interferência urgente, que vai possibilitar o 
impulsionamento da actividade turística das águas termais na zona turística da Montipa, 
baseando-se sempre em ditames sustentáveis. 
Então, com base no tipo de prioridade, apontou-se como acções para o estabelecimento de um 
pleno desenvolvimento turístico local: 
Acções: 
 Construção de uma infra estrutura capaz de responder com as especificações do local 
visando a promoção do turismo; 
 Estabelecimento de uma legislação específica para o turismo, que trate sobre o 
ordenamento urbano, de uso e ocupação do solo e estabeleça limites sobre o uso de 
áreas naturais; 
 Implementação de políticas de investimento para diversificação e incremento do 
sector hoteleiro; 
 Promover cursos de capacitação profissional em conjunto com instituições de ensino e 
sector privado; 
 Planear por iniciativa pública ou privada, um amplo programa de educação ambiental, 
conscientização e mobilização na comunidade de acções de limpeza dos recursos 
hídricos locais em conformidade com a população nativa a iniciativa privada; 
30 
 
 Expandir o setor de transportes, promover ações de planeamento municipal, ambiental 
e turístico a curto, médio e longo prazos e implantar um programa de saneamento 
básico; 
 Solicitarà Administração local a construção da via de acesso que liga a sede municipal 
ao Centro Turístico, como praças, parques e monumentos. 
 
Forças e Oportunidades: a busca da capitalização para promover o desenvolvimento mais 
rápido e consolidar o turismo das águas termais da Montipa, campos mais acessíveis e 
ambientes mais preparados para receber a actividade, adquire prioridade (B). 
Acções: 
 Implementar ações de marketing nos mercados emissores próximos, buscando a 
maximização do fluxo turístico; 
 Captar investidores potenciais nos sectores de turismo das águas termais; 
 Envolver a comunidade no processo de planeamento e tomada de decisão, através da 
mobilização e participação em fóruns e seminários; 
 Buscar parcerias para o investimento no setor hoteleiro. 
A partir do anteriormente descrito, No entanto, é necessário salientar que, para que tudo isso 
se consolide, é necessário obter parcerias entre a sociedade, o poder público e iniciativas 
privadas. Assim, torna-se imprescindível um grande esforço e vontade de todos os agentes em 
colaborar e muitas vezes suprimir interesses particulares, buscando um denominador comum. 
 
31 
 
CONCLUSÃO 
Depois de se ter avaliado as acções e se analisar a realidade da zona turística das águas termais 
da Montipa, na vertente social e económica, onde se apurou que é viável impulsionar o turismo 
no mesmo local, chegam-se as seguintes conclusões: 
De facto, conclui-se que o município da Bibala tem grandes potencialidades que se bem 
aproveitadas resultará em um factor de potencialidades endógenas, facto este se constata na 
beleza que o centro turístico da Montipa pode apresentar, vai responder a carência de tornar o 
local mais atractivo no sentido de estimular a procura; 
A execução do quadro de pontos positivos e negativos só veio reafirmar a actual realidade de 
abandono e desprezo, na região, pelos atractivos turísticos em geral. 
Em função dos objectivos deste trabalho, verificou-se que a hipótese formulada, responde com 
a situação problemática, pelo facto de se confirmar que as acções de reabilitação da zona, o 
reforço do marketing, o investimento público e privado, o envolvimento da comunidade local 
na valorização do parimônio local dentre outras acções enumeradas que se aplicadas vai 
dinamizar a actividade turística das águas termais na zona turística da Montipa. 
De frisar que essas acções são flexíveis dependendo dos objectivos definidos para cada fim, 
mas para esse trabalho as que mais se adequam são as que foram enunciadas acima. 
Percebe-se a urgência na implementação de medidas que visam promover o turismo 
sustentável não só na província do Namibe, como também em todo o país. 
É sabido o esforço das autoridades governamentais em criar políticas que possam incentivar 
e fomentar o turismo de formas atrair, tanto turistas internos como externos com o intuito de 
dar credibilidade ao local em estudo mostrando o seu potencial turístico. 
 
32 
 
RECOMENDAÇÕES 
Tendo em conta que não basta a existência de riquezas e diversificação das mesmas, como 
acontece no município da Bibala, em que o solo e subsolo são férteis nos mais variados 
recursos e riquezas, urge a necessidade de se criarem acções práticas e que sejam 
perfeitamente exequíveis, no sentido de se desenvolver as potencialidades do território, bem 
como tratar e procurar a eliminação ou diminuição das fragilidades do mesmo. 
Por meio da observação do local, se constatou de forma clara a degradação das infra-estruturas 
que impossibilitam a fluência de turistas no local, por este facto recomenda-se: 
 Às instituições de direito a reabilitação da zona turística das águas termais da Montipa. 
 É necessário que estas potêncialidades sejam transformadas em pontos de atracção no 
sentido de ser uma mais-valia ao nível da competitividade para o mercado local e 
nacional do turismo. 
 É necessário fazer um aproveitamento de todos os recursos, a destacar o clima, a 
natureza, a cultura, as actividades de lazer. 
 Dada a transversalidade do sector turístico, torna-se necessário que se desenvolva uma 
estreita relação com outros sectores económicos no sentido de funcionar em cadeia e 
melhorar a estrutura do sector; 
 Torna-se importante promover a cultura turística através da criação de programas 
escolares, institucionais, empresariais, juvenis, religiosos e outros que contemplam as 
actividades de lazer, recriação, passeios guiados, parcerias e troca de experiencias com 
países mais desenvolvimento no turismo; 
 Que se melhorem as condições relacionadas a segurança e estabilidade, apoio aos 
operadores turísticos, legislação e outros aspectos inerentes a criação de um ambiente 
de negócios favorável que priorize o equilíbrio entre qualidade/preço e a 
competitividade no mercado do turismo; 
 A divulgação e difusão de informações turística devem ser mais abrangentes incluindo, 
além dos canais tradicionais (rádio, televisão e jornas), os digitais como internet, 
website, redes sócias, jogos e outros; 
33 
 
 Que se crie de forma acelerada as condições para a formação de quadros na área do 
turismo a todos os níveis, desde Gestores turísticos, guias turísticos, animadores 
turísticos recepcionistas, cozinheiros entre outros; 
 Que se promova mais campanhas de marketing e propaganda da actividade turística, 
semelhante a realizada por ocasião da eleição das sete maravilhas de Angola que 
envolveu os angolanos de todos os pontos do país e mundo; 
 Que se desenvolvam parcerias de intercâmbio públicas e privadas com instituições 
internacionais bastante experientes no mercado do turismo sustentável; 
 Recomenda-se também a continuidade deste trabalho, criando uma equipa 
multisectorial composta por estudantes de contabilidade e gestão, Biologia Marinha, 
engenharia do ambiente, engenharia elétrica e mecânica a fazer um estudo de 
viabilidade económica e financeira, para que se promova a sustentabilidade do 
turismo nesta zona turística considerada de grande potencial. 
34 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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