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REPRESENTAÇÃO GRÁFICA Roberta Alina Boeira Tiburri Dimensionamento em representação gráfica Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Dimensionar um desenho. � Reconhecer a importância do dimensionamento em representação gráfica. � Verificar as formas de dimensionamento projetual. Introdução Na representação gráfica de projetos, o desenho é complementado por informações numéricas e textuais. Entre essas informações está o dimensionamento, que deve ser cuidadosamente informado para garantir a execução correta dos projetos. Todos os elementos construtivos devem ser dimensionados em um projeto. O processo de informação dessas medidas é denominado cotagem. Neste capítulo, você vai aprender a dimensionar um desenho e reconhecer a importância do dimensionamento em representação gráfica. Além disso, vai verificar as possíveis formas de dimensionamento projetual. Como dimensionar um desenho No Brasil, duas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) regulamentam o dimensionamento em representação gráfica: a NBR 6.492, que trata da representação de projetos de arquitetura, e a NBR 10.126, que trata da cotagem em desenho técnico. Na arquitetura e na engenharia, o ato de dimensionar um desenho é denominado cotagem. Conforme a NBR 10.126, a cotagem é a “representação gráfica no desenho da característica do elemento, através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1998, p. 1). Dessa forma, inicialmente você precisa conhecer os elementos necessários para a execução da cotagem: linha auxiliar, linha de cota, limite da linha de cota e cota, como mostra a Figura 1. Figura 1. Elementos da cotagem. Fonte: Souza (2018, p. 134). As linhas auxiliares (ou de extensão) e as linhas de cota devem ser finas e contínuas. As linhas auxiliares devem ser perpendiculares aos elementos cotados e levemente prolongadas além da linha de cota, perpendicularmente a ela. A linha auxiliar não deve tocar o elemento cotado. Deve-se deixar um pequeno espaço entre essa linha e a linha que define o elemento (de 2 a 3 mm, conforme a NBR 6.492). Já o limite da linha de cota pode ser definido por setas ou traços oblíquos. A seta deve ser desenhada com linhas curtas, com um ângulo de 15°, e pode ser aberta ou fechada e preenchida. Já o traço oblíquo deve ser desenhado a 45°, também com uma linha curta (NBR 10.126). Para desenhos de arquitetura, recomenda-se usar como limite da cota o traço a 45°, também denominado “tic”, que deve ser oblíquo para a direita, no sentido de leitura do desenho. Você também pode encontrar como limite o uso de uma pequena circunferência preenchida. As setas são mais usuais no desenho mecânico (TAMASHIRO, 2011). A Figura 2 ilustra a forma mais indicada para cotagem em desenho de arquitetura (limite com traço a 45°) e outras formas que também podem ser encontradas. Dimensionamento em representação gráfica2 Figura 2. Limite da cota. Fonte: Tamashiro (2011, p. 1). As cotas, ou seja, os números que informam as dimensões, devem ter uma altura de texto legível. Segundo a NBR 6.492, o ideal são 3 mm, respeitando todas as considerações referentes à caligrafia técnica. A linha de cota não deve ser usada como linha-guia para escrever o texto, sendo que o espaça- mento entre a base do texto que informa as dimensões e a linha de cota deve ser de 1,5 mm. Você também deve ter o cuidado para que nenhuma linha se sobreponha ao texto das cotas. Ainda conforme a norma que trata da cotagem em desenho técnico, as cotas podem ser dispostas de duas formas diferentes. No primeiro método, as cotas 3Dimensionamento em representação gráfica devem ser posicionadas sempre acima das linhas de cota, paralelamente a elas, e as cotas devem ser lidas no sentido original da prancha ou a partir do lado direito dela. Caso os elementos estejam inclinados, devem respeitar o sentido de leitura, como você pode ver na Figura 3 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1998). Figura 3. Sentido de leitura das cotas. Fonte: NBR 10.126 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1998, p. 5). No segundo método de cotagem, todos os textos devem ser lidos no sen- tido da base da prancha do desenho. As linhas de base são interrompidas no centro, preferencialmente, para inserção das cotas. No entanto, para o desenho arquitetônico, recomenda-se a utilização do primeiro método, em que a linha de cota é contínua, e o texto que informa a dimensão fica sempre acima dela (TAMASHIRO, 2011). Para dimensionar um projeto, você também precisa definir a unidade de cotagem: metros, centímetros ou milímetros. A NBR 6.492 recomenda que “[...] as cotas devem ser indicadas em metro (m) para as dimensões iguais e superiores a 1 m e em centímetro (cm) para as dimensões inferiores a 1 m, e os milímetros (mm) devem ser indicados como se fossem expoentes” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1994, p. 16). A NBR 10.126 complementa essa informação indicando que um mesmo desenho deve usar a mesma unidade de medida (por exemplo, metros) sem o emprego do símbolo que a define (por exemplo, “m”). Se for necessário, para esclare- cimento, o símbolo da unidade de medida deve ser informado no selo ou na legenda da prancha. Apesar da recomendação da norma, na prática alguns Dimensionamento em representação gráfica4 profissionais trabalham com centímetros, especialmente em projetos de menor escala, como mobiliário. Além de informar dimensões lineares, você também pode dimensionar raios, diâmetros e ângulos. Você deve informar o raio para a construção de arcos, círculos e elipses. O raio vem acompanhado da letra R seguido da sua dimensão numérica. Já o diâmetro vem acompanhado pelo símbolo Ø seguido do seu valor (KUBBA, 2014). Para cotar raios, utilize uma linha de cota partindo do centro da circunferência com apenas um limite de cota na linha da circunferência. Você pode informar os diâmetros com uma linha de chamada apontando para a circunferência ou com linhas de cota, como demonstra a Figura 4. Figura 4. Dimensionamento de raios e diâmetros. Fonte: Tamashiro (2011, p. 1). Para a cotagem angular, você pode usar um segmento de arco com limites de cota para indicar o ângulo e informar com o número e unidade correspondente (graus). Caso seja necessária maior precisão, divida a unidade em minutos e segundos, por exemplo, 24º30’16’’ (KUBBA, 2014). Para dimensionamento dos ângulos, você pode seguir as instruções da NBR 10.126, conforme a Figura 5. 5Dimensionamento em representação gráfica Figura 5. Dimensionamento de ângulos. Fonte: NBR 10.126 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1998, p. 5). A norma de representação de projetos de arquitetura informa ainda outros aspectos gerais referentes ao dimensionamento de projetos. Preferencialmente, as linhas de cota devem ficar fora do desenho. Além disso, se o elemento a ser cotado for muito pequeno e a cota não couber no espaçamento entre as linhas de chamada, o texto pode ser deslocado, para que possa manter a dimensão padrão dos caracteres e continuar legível. Ele pode ser deslocado imediatamente para o lado do espaço destinado a ele, para baixo ou, ainda, ser indicado com linhas de chamada, como ilustra a Figura 6. Figura 6. Possibilidades de deslocamento das cotas em espaços pequenos. Fonte: Tamashiro (2011, p. 2). Dimensionamento em representação gráfica6 A NBR 6.492 recomenda, por fim, que nos cortes somente devem ser informadas as dimensões verticais. Além disso, se deve evitar a duplicação de cotas. Você pode ver um exemplo de cotagem de cortes na Figura 7. Figura 7. Dimensionamento em cortes. Fonte: Souza (2018, p. 152). Além de cotar os elementos do projeto e informar a sua posição, você também deve dimensionar as esquadrias. A NBR 6.492 é a norma que orienta sobre as convenções desse dimensionamento. O dimensionamento de portas e janelas em planta baixa deve seguiras convenções indicadas para aplicação de textos e algarismos em representação gráfica. Nas portas, você deve informar l × h (largura × altura) e, nas janelas, l × h / p (largura × altura / peitoril) — ao longo das folhas das portas e dos vãos das janelas, respectivamente. Você também pode indicar por meio das abreviações J1, J2, P1, P2 e informar as medidas em uma tabela. A importância do dimensionamento em representação gráfica O dimensionamento de um projeto, além de informar as medidas de todos os elementos da obra — como espessura de paredes, dimensão de aberturas, de 7Dimensionamento em representação gráfica elementos estruturais, entre outros —, também permite a localização exata de partes da edificação — como a posição das janelas, dos pilares, dos pontos elétricos e hidráulicos, entre outros. Essas informações são essenciais para a execução correta do projeto e devem ser informadas da maneira mais clara e direta possível. A ideia é evitar que se façam cálculos para descobrir medidas. Assim, as dimensões informadas são as medidas reais, independentemente da escala da representação gráfica (KUBBA, 2014). Cada tipo e cada etapa de projeto tem suas especificidades de cotagem, que devem seguir as normas e convenções. Muitas vezes, no entanto, é a experiência prática do profissional que o capacita a aprender a cotar correta- mente. Um projeto profissional exige o máximo de precisão na cotagem. Caso contrário, pode acarretar erros de execução, envolvendo outros profissionais, os clientes, os custos e até a segurança da obra. Para um dimensionamento mais correto e preciso, os conhecimentos técnicos referentes às etapas e processos construtivos permitem ao projetista compreender quais são as informações referentes às medidas e à posição dos elementos construtivos relevantes para a sua execução (TAMASHIRO, 2011). Para compreender melhor a importância do dimensionamento em represen- tação gráfica, você pode imaginar a leitura de um projeto por um profissional que está executando a obra. Se na representação gráfica a cotagem não estiver clara ou estiverem faltando informações relacionadas às medidas, como o responsável pela execução vai trabalhar? Mesmo se ele possuir um escalímetro para conferir as dimensões diretamente no desenho, fatores como imprecisão e espessura do traço, ou até problemas de distorção em reprodução de cópias, podem fazer com que a informação das dimensões seja incorreta. Essas falhas implicam tempo maior para a leitura do projeto e até sérios problemas de execução. Desde a fase de projeto até a execução da obra ou objeto, é importante que você se coloque no lugar de quem vai interpretar o desenho para saber com mais exatidão o que deve informar (SOUZA, 2018). Segundo Tamashiro (2011), a interdependência de projetos faz com que, para cada um deles (estrutural, elétrico, arquitetônico, etc.), seja necessário informar apenas suas próprias dimensões, a fim de não gerar dados irrelevantes que podem ser mal interpre- tados. Cada profissional executará uma etapa da obra em momentos diferentes. Assim, deve receber os desenhos apenas com as informações necessárias para executar seu trabalho. Dessa forma, “[...] desenhos devidamente especificados e cotados no lugar certo, na etapa certa, para o destinatário certo garantirão que a obra seja executada corretamente! Colocar todas as informações só gerará confusão!” (TAMASHIRO, 2011, p. 8). Dimensionamento em representação gráfica8 Em um projeto estrutural, é importante informar a posição e a dimensão dos pilares em planta e a altura de lajes e vigas em corte. Para a execução das alvenarias, você deve cotar a espessura e a posição das paredes, o início e a largura dos vãos das esquadrias e, em corte, a altura das paredes e o peitoril e a altura das aberturas. Em um projeto em que você está apresentando o layout do mobiliário, é importante informar as dimensões dos ambientes (largura e comprimento), as dimensões gerais e a posição do mobiliário, além da dimensão das circulações. Em corte, é importante demonstrar o pé-direito e a altura dos móveis. Se você está fazendo um projeto dos pontos elétricos, na planta baixa é importante cotar a posição das tomadas e interruptores; na planta de forro, a posição das luminárias; no corte, a altura de tomadas e interruptores. Na Figura 8, você pode observar o projeto de uma sala de controle e o di- mensionamento separado de planta de ar condicionado e planta de iluminação. A ideia é que cada profissional receba apenas as informações pertinentes à sua etapa de trabalho na obra. Figura 8. Dimensionamento em plantas separadas. Fonte: Tamashiro (2011, p. 8). 9Dimensionamento em representação gráfica O dimensionamento em plantas separadas contribui para a organização do projeto e evita a confusão entre medidas que devem ser fornecidas em etapas diferentes da obra. Para organizar as cotas em uma planta baixa, você deve começar cotando as dimensões parciais, até chegar às dimensões gerais. Segundo Tamashiro (2011), você pode adotar três níveis básicos de cotagem: cotar os vãos das portas e janelas e sua posição na alvenaria; cotar os ambientes e as espessuras das paredes; informar as cotas parciais seguidas das cotas gerais externas da edificação. Lembre-se de evitar a repetição de cotas (TAMASHIRO, 2011). Formas de dimensionamento projetual A NBR 10.126, que trata da cotagem em desenho técnico, estabelece quatro tipos de cotagem: funcional, não funcional, auxiliar e de elemento. A cotagem funcional é aquela fundamental para a função do objeto ou local. Já a não funcional não é essencial para o funcionamento do objeto. Ela é mais utili- zada na produção de peças e é informada apenas para produção e inspeção. A cotagem auxiliar é utilizada para fins de informação e não interfere na execução. Por fim, a cotagem de elemento refere-se a uma parte específica do objeto ou do projeto (NBR 10.126). Aqui, o foco é a cotagem funcional, já que, nos projetos de arquitetura e design de interiores, você deve informar as dimensões necessárias para que a obra seja executada conforme projetada. Na prática, você deve compreender as etapas de execução do projeto para fornecer cotas funcionais adequadas. Na Figura 9, você pode ver a informação da posição dos equipamentos sanitários em um banheiro público. Nesse exemplo, é importante cotar os pontos hidrossanitários a partir de um canto da parede de alvenaria, desconsiderando a posição das divisórias leves. Afinal, elas ainda não estarão instaladas no momento da execução das instalações hidráulicas. Dimensionamento em representação gráfica10 Figura 9. Cotagem funcional. Fonte: Tamashiro (2011, p. 6). Quanto à sua apresentação, a NBR 10.126 também indica uma classificação: cotagem em cadeia, cotagem por elemento de referência, cotagem por coorde- nadas e cotagem combinada. A cotagem em cadeia é a informação sequencial das medidas dos elementos em uma mesma linha de cota. Ela é usada quando os possíveis arredondamentos de medidas não comprometem a execução. Pode ser usada, por exemplo, quando você precisa informar a espessura das paredes e a dimensão dos cômodos. As cotagens em cadeia também são chamadas de cotas seriadas e configuram o modo mais convencional de dimensionamento em projetos de arquitetura (TAMASHIRO, 2011). O uso da cotagem por elementos de referência é apropriado quando você cota elementos em uma mesma direção a partir de um ponto de referência (NBR 10.126). Essa cotagem também pode ser chamada de cotas acumu- ladas. Você define um ponto de referência e será sempre a partir dele que os elementos serão cotados. Para Tamashiro (2011, p. 5), “[...] o sistema de cotas acumuladas evita o erro acumulado, porque cada cota parte sempre de uma mesma origem Já a cotagem por coordenadas usa o sistema cartesiano (eixos X e Y) para informar as medidas. Você pode criar uma malha de cotagem para informar a posição dos elementos a partir do cruzamento dos eixos X eY, ou apenas indicar os pontos a serem cotados com números ou letras e informar a dimensão dos eixos X e Y em uma tabela. Na prática, essa forma de dimensionamento pode ser usada para cotar formas ameboides com raios conhecidos, como você pode verificar na Figura 10. Os códigos C1, C2, C3, etc. são usados para indicar os centros das circunferências. A sua posição é informada por meio do sistema de cotagem por coordenadas, que pode ser lido no próprio desenho ou na tabela (TAMASHIRO, 2011). 11Dimensionamento em representação gráfica Por fim, a cotagem combinada pode ser uma união das formas citadas anteriormente, dependendo das necessidades do projeto. Conhecendo as formas de cotagem e sua importância e sabendo como utilizá-las na representação gráfica, você pode oferecer informações mais precisas e eficientes para a execução de um projeto. Assim, você deve notar a importância das informações numéricas e textuais que acompanham um desenho. Além disso, como você viu, é necessário ter cuidado e atenção para executá-las com precisão e clareza. Figura 10. Cotagem por coordenadas. Fonte: Tamashiro (2011, p. 4). Dimensionamento em representação gráfica12 1. A cotagem é o ato de dimensionar um desenho. As cotas são compostas por linhas, símbolos e números. Observe a imagem a seguir e assinale a alternativa que corresponde, respectivamente, à nomenclatura dos elementos que compõem a cotagem de um projeto. a) A — linha de cota; B — linha auxiliar; C — cota; D — limite de cota. b) A — linha de extensão; B — linha de cota; C — cota; D — limite de cota. c) A — limite de cota; B — linha auxiliar; C — dimensão; D — linha de cota. d) A — linha de extensão; B — linha auxiliar; C — dimensão; D — linha de cota. e) A — linha auxiliar; B — limite de cota; C — cota; D — linha de cota. 2. A NBR 6.492 e a NBR 10.126 estabelecem algumas regras para o dimensionamento de projetos. Considerando as orientações dessas normas, assinale a alternativa correta. a) É recomendável repetir o máximo de cotas possível em um projeto. b) As linhas auxiliares devem encostar no elemento que está sendo cotado. c) Nos cortes, deve-se informar as dimensões verticais e horizontais do projeto. d) Deve-se deixar um espaço entre a linha de cota e a dimensão escrita acima dela. e) Sempre que possível, as linhas de cota devem passar por dentro do desenho. 3. O dimensionamento preciso e completo de um projeto garante a execução correta da obra. Ainda sobre a importância do dimensionamento projetual, assinale a alternativa correta. a) É necessário seguir as orientações das normas técnicas para o dimensionamento de um projeto, mas os conhecimentos técnicos referentes às etapas e processos construtivos também são importantes para cotar corretamente. b) É necessário ter sempre um escalímetro na obra para saber as dimensões de um projeto, pois as medidas informadas dependem desse instrumento para serem lidas. c) Dimensões imprecisas ou incorretas em um projeto não podem ser consideradas causas de erros e prejuízos econômicos em uma obra. d) Todos os profissionais envolvidos na obra devem receber todas as informações de cotagem do projeto na mesma prancha, para facilitar a leitura da tarefa específica que vão executar. 13Dimensionamento em representação gráfica e) A cotagem informa apenas a dimensão dos elementos construtivos. A posição e a localização deles não podem ser definidas por cotas. 4. A NBR 10.126, que trata da cotagem em desenho técnico, indica a classificação do dimensionamento quanto à sua apresentação: cotagem em cadeia, cotagem por elemento de referência, cotagem por coordenadas e cotagem combinada. Com relação às formas de dimensionamento projetual, assinale a alternativa correta. a) Na cotagem combinada, não se devem misturar cotas seriadas e cotas acumuladas. b) A cotagem em cadeia também pode ser chamada de cotagem por elemento de referência. c) Para informar a dimensão dos cômodos e a espessura das paredes, a forma de dimensionamento mais adequada é a cotagem por coordenadas. d) Para evitar o erro decorrente do acúmulo de arredondamentos, a cotagem mais indicada é a seriada. e) A cotagem por coordenadas usa os eixos cartesianos X e Y para informar a posição dos elementos cotados. 5. Na prática, é preciso compreender as etapas de execução da obra para fornecer cotas funcionais adequadas na representação gráfica de projetos de arquitetura e design de interiores. Suponha que você precise cotar a posição das luminárias em um forro de gesso, em uma sala comercial com divisórias leves baixas, com 1 m de altura. Assinale a alternativa correta. a) Você pode usar a cotagem por coordenadas, informando o ponto correspondente ao centro das coordenadas, usando como referência as paredes de alvenaria. b) Você deve informar na mesma planta as dimensões do forro de gesso, do ar condicionado, da posição das luminárias e das divisórias leves. c) Você deve informar a posição das luminárias usando como referência as divisórias leves. d) Você deve cotar a posição das luminárias usando como referência o layout da sala. e) Você deve considerar apenas a distância entre as luminárias, desconsiderando a sua posição a partir das paredes. Dimensionamento em representação gráfica14 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492. Representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10126. Cotagem em desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1998. KUBBA. S. A. A. Desenho técnico para construção. Porto Alegre: Bookman, 2014. SOUZA, J. P. Desenho técnico arquitetônico. Porto Alegre: SAGAH, 2018. TAMASHIRO, H. A. Cotagem em desenhos de arquitetura. Curitiba: Vitória, 2011. Leituras recomendadas GOMES, A. P. Desenho arquitetônico. Ouro Preto: IFMG, 2012. MONTENEGRO, G. Desenho arquitetônico. São Paulo: Edgard Blücher, 1978. 15Dimensionamento em representação gráfica Conteúdo:
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