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1 Universidade Estadual de Feira de Santana Departamento de Saúde - Curso de Enfermagem Componente Curricular: Epidemiologia Docentes: André Henrique, Felipe Nery e Tânia Araújo Discente: Luanne do Ó Oliveira Nascimento EXERCÍCIO DE MORTALIDADE 01. Em 2015, em uma cidade nordestina, com uma população de 10.000 habitantes, morreram 120 pessoas, sendo que destas, 40 tinham menos de 1 ano de idade. Dos 120 óbitos, 32 foram por doenças transmissíveis. Nesse mesmo ano, nasceram vivas 400 crianças. Com base nas informações acima, calcule: a) A taxa de mortalidade geral TMG = 120/ 10.000 x 1.000 = 12/ 1.000 habitantes b) A taxa de mortalidade infantil TMI = 40/ 400 x 1.000 = 100/ 1.000 nascidos vivos c) A taxa de mortalidade específica por doenças transmissíveis TME = 32/ 10.000 x 100.000 = 320/ 100.000 habitantes 02. Em Feira de Santana, no ano de 2017, o total de habitantes era de 600.000. Neste mesmo ano foram registrados 10.300 nascidos vivos, 123 óbitos em menores de 28 dias de idade, 151 óbitos de menores de um ano, 09 óbitos devido a gravidez, parto e puerpério, e um total de 3.804 óbitos. Calcule todas as taxas possíveis de serem obtidas com estes dados. Coeficiente de Mortalidade Geral: CMG = 3.804/ 600.000 x 1.000 = 6,34/ 1.000 habitantes; Coeficiente de Mortalidade Infantil: CMI = 151/ 10.300 x 1.000 = 14,66/ 1.000 nascidos vivos; Coeficiente de Mortalidade Neonatal: CMINN = 123/ 10.300 x 1.000 = 11,94/ 1.000 nascidos vivos; Coeficiente de Mortalidade Pós-Neonatal: CMIPN = (151-123)/ 10.300 x 1.000 = 28/ 10.300 x 1.000 = 2,72/ 1.000 nascidos vivos; Razão de Mortalidade Materna: RMM = 9/ 10.300 x 100.000 = 87,38/ 100.000 nascidos vivos; Mortalidade Materna Proporcional: MMP = 9/ 3.804 x 100 = 0,24%; Mortalidade Infantil Proporcional: MIP = 151/ 3.804 x 100 = 3,97%; Mortalidade Infantil Neonatal Proporcional: MINNP = 123/ 151 x 100 = 81,46% 2 03. Na cidade Y, em 2020, existiam 2 milhões de pessoas. Neste mesmo ano foram detectados 1.034 novos casos de hipertensão. No final do ano todos os indivíduos hipertensos da cidade estavam sendo acompanhados pelo serviço público local, correspondendo a 3.571 pacientes. Ocorreram 37 óbitos por esta causa e 84 por outras doenças, neste mesmo ano. Calcule. a) O coeficiente de mortalidade geral para a cidade Y CMG = 37+84/2.000.000 x 1.000 = 0,0605/ 1.000 habitantes b) O coeficiente de letalidade para hipertensão CL = 37/ 3.571 x 100 = 1,04% c) A mortalidade proporcional para a hipertensão MPH - 37/121 x 100 = 30,58% 04. As informações a seguir referem-se ao Distrito Federal, em 2019: População 1.596.274 Homens 766.043 Mulheres 830.231 Nascidos vivos no ano 39.103 Total de óbitos 6.804 Óbitos por acidentes de trânsito 552 Óbitos por acidentes de trânsito entre homens 362 Óbitos por acidentes de trânsito entre mulheres 190 Óbitos de pessoas de 50 anos e mais 3.363 Óbitos de menores de 1 ano 931 Óbitos de menores de 28 dias 601 Calcule: a) Razão de mortalidade proporcional (indicador de Swaroop-Uemura) ISU = 3.363/ 6.804 x 100 = 49,43% b) Coeficiente de mortalidade infantil CMI = 931/ 39.103 x 1.000 = 23,81/ 1.000 nascidos vivos c) Coeficiente de mortalidade infantil pós-neonatal CMIPN = (931-601)/ 39.103 x 1.000 = 330/ 39.103 x 1.000 = 8,44/ 1.000 nascidos vivos 3 d) Coeficiente de mortalidade infantil neonatal CMINN = 601/ 39.103 x 1.000 = 15,37/ 1.000 nascidos vivos e) Mortalidade proporcional por acidentes de trânsito MPAT= 552/ 6.804 x 100 = 8,11% f) Taxa de mortalidade por acidentes de trânsito segundo o sexo Sexo feminino: TMATF= 190/830.231 x 100.000 = 22,88/100.000 mulheres Sexo masculino: TMATM= 362/766.043 x 100.000 = 47,26/100.000 homens g) Comente a situação de saúde da cidade Y. A cidade y, tem um coeficiente de mortalidade infantil considerada intermediária (20-49 obitos/1000 nascidos vivos); os óbitos em acidentes de trânsito são mais ocorrentes entre homens do que entre mulheres. 05. Uma doença de alta letalidade é aquela em que: a) A probabilidade de deixar sequela é elevada b) A probabilidade de adoecer é elevada c) A taxa de mortalidade é alta d) A probabilidade de morrer é grande, desde que não instituído o tratamento eficaz e) O risco de morrer entre os doentes é elevado. 06. Escolha um indicador de mortalidade e cite dois usos e duas limitações. 07. O que mede a razão de mortalidade materna e quais os elementos necessários para realizar o seu cálculo? A razão de mortalidade materna mede a quantidade de mortes de mulheres durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação em um determinado local e período. Para realizar o cálculo é necessário conhecer o número de óbitos por causas associadas ao parto, puerpério e gestação e o total de nascidos vivos naquele período. 08. Observe os dados da tabela 1 e responda as questões. 4 Tabela 1 – População estimada, óbitos totais, por Doenças Infecto-parasitárias (DIP), por Doenças do Aparelho Circulatório (DAC) e Coeficientes de Mortalidade Geral (CGM), Mortalidade por DIP e Mortalidade por DAC, em três regiões brasileiras, 1996. Regiões População estimada Nº total de óbitos Nº óbitos por DIP Nº óbitos por DAC CGM/ CMDIP CMDAC Norte 7.894.100 35.688 5.092 5.632 4,5 Nordest e 39.792.37 7 213.060 16.734 31.848 42,1 Sul 21.100.00 0 122.956 5.455 39.553 Fonte: MS, 1996. a) Calcule as taxas que estão faltando. CGM Nordeste = 213.060 / 39.792.377 x 1.000 = 5,35 CGM Sul = 122.956 / 21.100.000 x 1.000 = 5,82 CMDIP Norte = 5.092 / 7.894.100 x 100.000 = 64,50 CMDIP Sul = 5.455 / 21.100.000 x 100.000 = 25,85 óbitos por DIP/100.000 habitantes CMDAC Norte = 5.632 / 7.894.100 x 100.000 = 71,34 CMDAC Nordeste = 31.848 / 39.792.377 x 100.000 = 80,03 CMDAC Sul = 39.553 / 21.100.000 x 100.000 = 187,45 b) Compare os resultados para as três regiões e discuta as diferenças encontradas. 09. Numa doença de alta mortalidade, qual efeito a incorporação de um novo tratamento que evita a morte, porém não leva à cura, nem interfere no surgimento de novos casos, produz sobre a prevalência de uma doença? Justifique sua resposta. Aumentaria. Porque o surgimento de um tratamento que não leva a cura promove uma melhora na qualidade da vida daquele indivíduo, porém com a doença, mantendo o caso contabilizado como prevalência. a) Triplicaria b) Diminuiria c) Aumentaria d) Não seria afetado e) Reduziria pela metade 10. Sobre a mortalidade infantil marque V para afirmativas verdadeiras e F para falsas: 5 (V) A taxa de mortalidade infantil (TMI) consiste na relação do número de óbitos de crianças até um ano, observada num determinado local, dividido pelo número de nascidos vivos do mesmo período e local. (V) Em função da dificuldade de comparação entre os diferentes países ou regiões do globo esta taxa é normalmente expressa em número de óbitos de crianças com menos de um ano, a cada mil nascidos vivos. (V) O índice considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 10 mortes para cada mil nascimentos. (F) A UNICEF mantém uma ordenação dos países por taxa de mortalidade, utilizando um conceito chamado Under 5 mortality rate ou U5MR definido pela OMS como a probabilidade de uma criança morrer até aos sete anos de idade, por mil crianças nascidas vivas. ATÉ OS 5 ANOS 11. Com relação a Curva de Moraes, responda: a) O que é? representação gráfica da mortalidade proporcional, avaliando a mortalidade proporcional de grupos etários, onde o eixo x : faixas etárias e eixo y a proporção dos obitos b) O que avalia? avalia o nível de saúde de cada grupo a partir da mortalidade proporcional de cada faixa etária c) Como se interpretam os dados? Nas curvas do modelo I, descritas como típicas de regiões subdesenvolvidas, relacionadas com nível de saúde muito baixo, há mortalidade proporcional acentuada nas duas primeiras fases da vida, decrescente com a idade, com predomínio de óbitos de jovens maduros (20 a 49 anos). Nas curvas do tipo II, em forma de J invertido, descritas como reveladoras denível de saúde baixo, identifica-se como relativamente pequena a proporção daqueles que alcançam ou ultrapassam os 50 anos de vida, enquanto é grande o número de mortes que ocorrem nas primeiras “curvas das estradas da vida”, durante as fases atribuladas das condições de lactentes e pós-lactentes, fases de amadurecimento do sistema imunológico humano e de alta dependência materna. Nas curvas do tipo III, nível de saúde regular, o modelo básico, salvo pequenas variações, é em U, no qual se observa que a proporção dos óbitos infantis já está em menor porcentagem do que no tipo II. No tipo III é nítido o aumento da porcentagem de óbitos de pessoas de 50 ou mais anos de idade, o que reflete uma certa melhoria do nível de saúde. As curvas do tipo IV, em formato de J, 6 indicam o melhor nível de saúde, com baixa proporção de óbito dos grupos infantil, pré-escolar ou jovem e o predomínio quase absoluto de óbitos de pessoas idosas. 12. Cite duas fontes de informação de dados de mortalidade e descreva sua importância e limitações. As causas de morte consideradas naturais, como as doenças do aparelho respiratório, as doenças endócrino-metabólicas e as neoplasias, entre outras, têm como fonte da informação a DO, registros de cartórios, inquéritos populacionais, serviços de saúde e o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO). Aquelas causas de morte consideradas acidentes ou originadas da violência interpessoal ou auto infligida têm como fonte da informação o Instituto Médico Legal (IML). A qualidade dos dados de mortalidade depende da qualidade dos registros médicos e da acurácia na determinação dos diagnósticos e é afetada por incompletude ou incorreções no preenchimento das DO.
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