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Transmissão das Obrigações
Transmissão das Obrigações 
→ Trata-se da alteração nos polos das 
obrigações, de maneira a ocorrer a substituição 
das figuras dos devedores e credores 
originários por novos credores e devedores. 
 
 Espécies de Transmissão 
• Cessão de crédito (Alteração no polo ativo) 
• Assunção de Dívida (Alteração no polo 
passivo) 
• Cessão da Posição do Contrato (Alteração da 
posição, com débito e crédito simultaneamente) 
 
Cessão de Crédito – Arts. 286 ~ 
298 
→ É um negócio jurídico bilateral, gratuito ou 
oneroso, pelo qual o credor transfere a outro, 
de forma total ou parcial a sua posição na 
relação obrigacional, ou seja, é transferido o 
direito à prestação principal, mas também os 
acessórios e garantias da dívida. Dispensa 
anuência do devedor. 
 
 Identificação das Partes 
• Cedente: É o credor que cede os direitos a 
outrem. 
• Cessionário: Novo credor 
• Cedido: Devedor da obrigação 
A cessão de crédito é um negócio jurídico 
realizado entre cedente e cessionário, de 
maneira que entre eles o negócio existe, é 
válido e eficaz, porém, em relação ao cedido, 
somente será eficaz após feita uma notificação. 
 
 Requisitos Comuns 
• Agente capaz: A maioridade civil não é 
apenas um dos requisitos, é preciso legitimação 
para dispor (ninguém pode dispor de direitos 
que não possui titularidade). 
• Objeto: Precisa ser lícito, possível, 
determinável. Só pode recair sobre direitos 
patrimoniais disponíveis. 
• Forma 
 
 Características Comuns 
Transmissão “inter vivos” por força de negócio. 
• Gratuito: O cedente, na cessão gratuita, 
apenas garante a existência do crédito se tiver 
procedido de má-fé. O novo credor recebe 
gratuitamente o crédito. 
• Oneroso: O cedente, na cessão onerosa, 
garante a existência do crédito na época da 
cessão. O novo credor deve uma 
contraprestação a ser entregue ao credor 
 
primitivo para recebimento do crédito mediante 
lucro. 
 
 Espécies de Cessão de Crédito 
Com relação as suas espécies temos a 
convencional, legal, judicial, pro soluto e pro 
solvendo. 
1) Convencional: Procede de um acordo, entre o 
cedente e o cessionário. Pode ser a título 
gratuito ou a título oneroso; credito total, ou de 
parte dele. 
2) Judicial: Quando for proveniente de sentença 
judicial. 
3) Legal: Quando a cessão resultar da lei. 
4) Pro Soluto: Quando o cedente apenas 
garante a existência do crédito, ficando por 
conta do cessionário o risco do inadimplemento 
pelo cedido. (Art. 295) 
5) Pro Solvendo: O cedente é junto ao 
cessionário responsável pela solvabilidade do 
cedido, ou seja, o cedente pode ser 
responsabilizado se o cessionário não cumprir 
com a obrigação, há apenas se houver 
convenção, acordo. (Ler Arts. 296 e 297) 
 
 Impossibilidade da Cessão 
a) Inexistência de impedimentos: legais, 
convencionais (contratuais), judiciais ou em 
razão da natureza do crédito. O crédito 
somente poderá ser cedido se não existir 
impedimento (convencional realizado mediante 
inserção de uma cláusula proibitiva no próprio 
negócio jurídico, sob pena de não poder ser 
alegada contra terceiros de boa-fé) inserido 
pelas próprias partes no acordo original, ou 
óbice (impedimento) legal, ou ordem judicial ou 
em razão da característica personalíssima do 
crédito, como em obrigações de natureza 
alimentar (conectado à subsistência). (Art. 286) 
Art. 298 
A penhora judicial deve ser comunicada ao 
credor, para que esse tenha ciência que não 
pode ceder o crédito, bem como ao devedor, 
para que este saiba que deverá pagar em 
juízo, sob pena de ocorrer o pagamento ao 
credor originário. Assim, a penhora possui 2 
efeitos: 
• Impedir eventual cessão de crédito 
• Determinar que o pagamento seja feito em 
juízo e não ao credor. 
 Uma ordem judicial bloqueia e penhora o 
crédito, de modo que não poderá haver 
cessão, visto que o pagamento será realizado 
em juízo, isto é, no processo judicial que 
determinou a penhora. 
b) Os acessórios seguem a cessão: o novo 
credor assume a posição do antigo, com todas 
as garantias e acessórios, inclusive eventuais 
fiadores, visto que a cessão de maneira perfeita 
e seguindo a gravitação jurídica, salvo 
disposição em contrário. (Art.287) 
* Gravitação jurídica: os acessórios da 
obrigação cedida permanecem com o 
cessionário, inclusive eventuais fiadores. 
c) Conhecimento de terceiros: a cessão de 
crédito, em regra, negócio não formal, é 
perfeita quando preenche os requisitos entre 
cedente e cessionário. Contudo, para poder ser 
oponível a terceiros (pessoas que não fazem 
parte da cessão) é preciso que seja realizada 
mediante instrumento público (em cartório de 
registro público) ou por instrumento particular 
com as solenidades do art. 654 do CC. (Ler em 
conjunto Art. 288) 
 A publicidade traz garantia, segurança. Se o 
terceiro agir de má fé poderá ter ação de 
perdas e danos. Erga Omnes = Ser Registrado. 
A eficácia da cessão do crédito em relação a 
terceiros se dará quando a cessão for por 
instrumento público, ou por instrumento 
particular que respeito as solenidades do 
parágrafo primeiro do art. 654 do CC. 
 No caso do devedor, que também é um 
terceiro em relação à cessão de crédito, é 
preciso notificação pessoal ou que ele 
manifeste expressamente a ciência quanto a 
ocorrência da cessão. (Art. 290) 
 O devedor não tem que autorizar, ele 
apenas tem que ser avisado. A cessão de 
crédito é apenas entre cedente e cessionário 
 
(art. 104). O cedido é apenas um instrumento. A 
cessão de crédito é um NJ entre cedente e 
cessionário, e uma vez pactuada adentra nos 
planos da existência, validade e eficácia. 
Contudo, para ter efeitos em relação ao 
devedor é preciso que esse seja notificado (por 
instrumento público ou particular) com o 
objetivo de direcionar o pagamento para o 
cessionário. 
 Mesmo o conhecimento do devedor quanto 
à cessão não influi na existência, validade e 
eficácia desta em relação ao cedente e 
cessionário. Tanto é assim, que o cessionário 
pode defender o seu crédito ainda que o 
devedor não tenha tido conhecimento da 
cessão. Pode, por exemplo, propor uma medida 
judicial para proteger a coisa, objeto da cessão, 
para se resguardar de eventual insolvência do 
devedor, bem como praticar atos contra a 
prescrição. (Art. 293) 
 Reforça o fato de ser unilateral. O 
cessionário pode defender o crédito (evitar 
deterioração ou perecimento), mesmo antes da 
notificação ao devedor. 
d) Crédito hipotecário: Trata-se de um crédito 
garantido por meio de uma hipoteca, isto é, foi 
dado um bem imóvel, uma embarcação ou 
uma aeronave em garantia do pagamento da 
dívida. O cessionário que adquire um crédito 
garantido por meio de hipoteca pode (deve) 
averbar a cessão no registro do imóvel, a fim 
de publicizar que o bem dado em garantia ao 
antigo credor (cedente), agora garante o 
crédito do novo credor (cessionário). (Art. 289) 
 A publicidade, será oponível para terceiros. 
O cessionário garantir poderá averbar a cessão 
no registro do imóvel dado em garantia. 
Registro do imóvel é ex nunc. A hipoteca é um 
ônus que acompanha o imóvel enquanto a 
dívida não for paga. a hipoteca é garantia de 
um bem imóvel para o credor. Quando este 
cede para terceiros, a garantia vai junto, mas é 
preciso averbar junto ao registro. 
 
 Multiplicidade de Cessões 
Diante de eventual dúvida ou disputa entre 
pessoas que se afirmam cessionárias, será a 
verdadeira cessionária aquela que apresentar o 
título (contrato) original. Caso se trate de 
cessões feitas de obrigação constituída por 
instrumento público em que o documento 
original está no cartório, isto é, nenhum 
cessionário terá a posse, prevalecerá o 
cessionário que tiver averbado a cessão 
primeiro por instrumento público, ou seja, será 
observada a ordem cronológica dos registros 
públicos das cessões de crédito. (Arts. 291 e 
292) 
 Cabe ao devedor realizar o pagamento ao 
credor, salvo se existir notificação de uma 
cessão, hipóteseem que o pagamento deverá 
ser direcionado ao cessionário. Quando 
existirem múltiplos cessionários o devedor 
deverá pagar aquele que apresentar o título 
original e, se o negócio jurídico cedido for por 
instrumento público o pagamento será realizado 
ao primeiro cessionário que averbar a cessão. 
 Exceções Pessoais 
Por exceção, pode o devedor opor as defesas 
pessoais que teria contra o cedente, ao 
cessionário, desde que o faça no momento em 
que tomou conhecimento da cessão. Assim, se 
trata de uma exceção ao regramento das 
exceções pessoais, visto que o cessionário não 
irá receber em razão de algo que o cedente 
fez. 
Devedor: Credor – Cedente 
Novo Credor – Cessionário 
 
(o devedor pode alegar uma exceção pessoal 
contra o novo credor, assim que ele tomou 
conhecimento dela – exceção da exceção – se 
não o fizer terá que pagar o cessionário e 
cobrar do cedente, não ocorrendo a 
compensação). (Art. 294) 
 Não seguem a regra, poderão ser opostas a 
terceiros. Pode o devedor opor ao credor as 
exceções pessoais, também poderá opor essas 
exceções contra o cedente se o fizer quando 
for notificado da cessão. 
 
 Efeitos da Cessão 
• Transmissão da relação jurídica do cedente 
para o cessionário. 
• Transmissão parcial ou total do crédito. 
• Extensão da garantia do crédito. 
 Cessão de crédito pro soluto: cedente se 
responsabiliza pela existência e validade do 
crédito até o momento da cessão (significa que 
o cedente só terá responsabilidade pelos vícios 
anteriores à cessão e nenhuma quanto aos 
supervenientes). Ocorre nas cessões onerosas 
e gratuitas, quando o cedente proceder de má-
fé (ligada ao conhecimento do vício que 
resultará na frustração do cessionário em 
receber a prestação) – responde pelos vícios. 
 Cessão de crédito pro solvendo: apenas em 
caso de estipulação expressa, o cedente 
responde pela solvência do devedor ao tempo 
da cessão. Pode estender essa responsabilidade 
até o pagamento e o cedente ser também 
devedor solidário, mas para isso é necessário 
acordo entre as partes. A responsabilidade no 
caso de cessão onerosa está limitada até o 
valor pago pelo cessionário ao cedente, mais 
juros e despesas, mas não por todo o 
montante da cessão – responde pela 
capacidade de cumprir a obrigação. (Art. 295) 
 O cedente será responsabilizado pela 
existência e validade do crédito ao tempo da 
cessão, salvo se tratar de cessão gratuita e 
sem má fé (saber do vício e não contar ao 
cessionário). Está é a responsabilidade pro 
soluto. (Art. 296) 
 Poderá, ainda, o cedente ser 
responsabilizado pela solvência do devedor até 
o momento da cessão, desde que tal 
responsabilidade seja expressamente estipulada. 
Trata-se de responsabilidade pro solvendo. (Art. 
297.) 
 O cedente não responde pelo valor 
completo, responde até a cessão onerosa, 
acrescido de juros e despesas com a cessão e 
cobrança. 
 
Assunção de Dívida – Arts. 299 
a 303 
→ Ocorre uma alteração no polo passivo 
(devedor) da obrigação, em que outra pessoa 
(assuntor) se obriga em relação ao credor. 
Pode se dar em razão da convenção entre as 
partes ou decorrer de lei. Para sua efetivação é 
imprescindível o conhecimento e 
consentimento do credor. 
 
 Classificação 
 
 Quanto à formação 
 Assunção por expromissão ou unifigurativa: 
Negócio jurídico bilateral diretamente entre 
credor e assuntor (expromitente), mesmo sem 
anuência do devedor. 
 Assunção por delegação ou bifigurativa: 
Negócio jurídico plurilateral entre devedor 
primitivo, assuntor e credor, em que o devedor 
primitivo apresenta ao credor o assuntor e 
obtém o consentimento para alteração no polo 
passivo. 
Expromissão/Delegação 
Obs.: A obrigação continua a mesma, com as 
mesmas condições. Se o devedor originário na 
assunção por expromissão pagar dívida que já 
foi paga pelo assuntor? Deve devolver, se não 
se configura enriquecimento sem causa. 
 Quanto à Responsabilidade 
Liberatória: Ocorre a substituição do devedor, 
de modo que apenas o assuntor permanece na 
obrigação. 
Cumulativa: Ocorre um acréscimo (reforço) no 
polo passivo, de modo que o devedor e o 
assuntor ficam obrigados ao credor, assim o 
devedor originário não sai da obrigação 
 
 Características da Assunção 
a) Consentimento do credor: trata-se de 
elemento de validade para a assunção, o qual 
deve ser expresso, sendo o silêncio 
interpretado como recusa (art. 299), exceto no 
caso de assunção por meio de aquisição de 
imóvel hipotecado, hipótese em que o silêncio 
 
significará anuência (art. 303) e eventual recusa 
deverá ser justificada, visto que se oporá ao 
direito de moradia. 
Liberatória/Cumulativa 
Art. 299. É facultado a terceiro assumir a 
obrigação do devedor, com o consentimento 
expresso do credor (assunção por delegação), 
ficando exonerado o devedor primitivo 
(assunção liberatória), salvo se aquele, ao tempo 
da assunção, era insolvente e o credor o 
ignorava. 
Parágrafo único. Qualquer das partes (devedor 
ou assuntor) pode assinar (fixar) prazo ao 
credor para que consinta na assunção da dívida, 
interpretando-se o seu silêncio como recusa. 
Art. 303. O adquirente de imóvel hipotecado 
(assuntor) pode tomar a seu cargo o 
pagamento do crédito garantido; se o credor, 
notificado, não impugnar em trinta dias a 
transferência do débito, entender-se-á dado o 
assentimento. 
b) Validade do Negócio Jurídico: eventual 
invalidade da assunção de dívida resulta no 
ressurgimento dos antigos devedores e todos 
os acessórios da obrigação, exceto as garantias 
(reais e pessoais) prestadas por terceiros, salvo 
se estes tinham conhecimento da causa de 
invalidade (ex. coação) 
Art. 301. Se a substituição do devedor 
(assunção) vier a ser anulada (invalidada), 
restaura-se o débito (status quo ante), com 
todas as suas garantias, salvo as garantias 
prestadas por terceiros (tendo em vista que 
pensavam já estar exonerados), exceto se este 
conhecia o vício que inquinava a obrigação 
(hipótese em que as garantias de terceiros 
retornam à obrigação). 
c) Solvência do Assuntor: Na assunção 
liberatória o assuntor substitui o antigo devedor 
que fica exonerado. Contudo, na hipótese de o 
assuntor ser insolvente no momento em que é 
realizada a assunção e tal fato seja de 
desconhecimento do credor, o antigo devedor 
continuará responsabilizado pelo cumprimento 
da obrigação. 
Art. 299. É facultado a terceiro assumir a 
obrigação do devedor, com o consentimento 
expresso do credor (assunção por delegação), 
ficando exonerado o devedor primitivo 
(assunção liberatória), salvo se aquele, ao tempo 
da assunção, era insolvente e o credor o 
ignorava (não tinha conhecimento). 
 
 Efeitos da Assunção 
I) Transmissão subjetiva do débito em que um 
novo devedor (assuntor) integra o polo passivo. 
II) Extinção das garantias originárias: as garantias 
prestadas pelo devedor (bem empenhado ou 
hipotecado) e por terceiros (fiadores e garantias 
reais) serão extintas a partir da assunção, salvo 
na hipótese de anuência dos garantidores para 
a permanência das garantias. (Art. 300) 
III) Exceções Pessoais: o assuntor não pode se 
valer de eventuais exceções pessoais que o 
antigo devedor tinha contra o credor. (Art.302) 
 
Cessão da Posição Contratual 
→ Não se encontra no Código Civil e significa 
que o terceiro assume a posição contratual da 
antiga parte. Isto é, aquele que adentra 
(cessionário) à obrigação ocupará a posição 
daquele que sai (cedente) e assumirá todos os 
débitos e créditos com a outra parte (cedido). O 
cessionário é considerado parte do negócio 
jurídico desde o início, tendo a cessão, em 
regra, efeitos retroativos, podendo serem 
exigidas obrigações pretéritas descumpridas. 
Ex.: Marcelo deve R$1.000,00 mensais para 
Cláudia e recebe 200 Kg de soja mensalmente. 
Assim, ambos são credores e devedores um 
do outro (Início da obrigação: janeiro de 2021 e 
término da obrigação: janeiro de 2022) 
 
 Características 
I) Consentimentodo cedido: para ocorrer a 
cessão da posição do contrato é requisito o 
consentimento do cedido e deve haver um 
negócio entabulado entre cedente e 
cessionário, de modo que não se pode impor a 
cessão caso o cedente não queira. As três 
 
partes (cedente, cessionário e cedido) precisam 
concordar com a cessão. 
II) Ocorre em contratos bilaterais, em que todas 
as partes possuem direitos e obrigações 
recíprocas. 
III) Pode ser gratuita ou onerosa. 
IV) O cedente é responsável pela existência e 
validade da obrigação ao tempo da cessão. E 
pode ser responsabilizado pela solvência do 
cedido ao tempo da cessão caso assim se 
combine. 
V) É negócio jurídico de forma livre, mas para 
ter efeitos contra terceiros é preciso respeitar 
as hipóteses da cessão de crédito. 
VI) O cessionário assume e tem direito às 
obrigações anteriores à cessão que não 
tiverem sido cumpridas (efeito ex tunc). 
VII) Em regra será liberatória, mas pode ser 
cumulativa. 
VIII) O cessionário não pode opor as exceções 
pessoais que tinha o cedente contra o cedido. 
IX) No caso de invalidade da cessão, retorna a 
obrigação original, com todos os seus 
acessórios, exceto as garantias de terceiros, 
salvo conhecimento destes pelos vícios da 
cessão = aplicação da assunção de dívidas. 
X) As garantias prestadas pelo Cedente não 
acompanham a cessão, salvo expressamente 
combinado.

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