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Resumo 2 - Climatologia do nordeste brasileiro

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Resumo – CLIMATOLOGIA DO NORDESTE BRASILEIRO: ANÁLISE DO 
COMPORTAMENTO DA PRECIPITAÇÃO PLUVIAL 
O professor Jório inicia a apresentação falando sobre o que o levou a estudar climatologia 
a partir de fenômenos da seca observados em sua infância nos quais a resposta metafísica 
não foi suficiente. 
Então vemos que o clima semiárido tem como característica principal um baixo regime 
de chuvas e o professor nos fala sobre a variabilidade climática, onde o fenômeno da seca 
meteorológica é provocado por fatores como déficit de precipitação, por consequência 
tendo infiltração reduzida, e a alta demanda energética tendo como consequência o 
aumento da evapotranspiração. Esses eventos que levam à deficiência de água no solo 
provocam outro fenômeno: a seca agrícola. Esse fenômeno é denominado assim porque 
a maioria dos pequenos e médios produtores rurais não possuem disponível um sistema 
de irrigação do plantio, ficando dependentes da chuva, que pelo fenômeno da seca 
meteorológica têm sua produção agrícola prejudicada. 
A partir destes dois primeiros fenômenos tem-se então a seca hidrológica, que parte do 
pressuposto que, uma vez que há déficit de água no solo, então praticamente não existe 
escoamento superficial. Todos esses fenômenos geram impactos econômicos, sociais e 
ambientais. 
Em seguida vemos a climatologia pluvial do nordeste brasileiro, identificando uma 
grande variabilidade no regime de chuvas nessa região, mostrando que tanto a quantidade 
como a distribuição são bastantes irregulares. 
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e os Vórtices Ciclônicos de Ar Superior 
(VCAS) são considerados os dois principais mecanismos responsáveis pela ocorrência de 
chuvas nesta região. 
A precipitação anual dessa região varia de 300 a 2000 mm (KAYANO E ANDREOLI, 
2009), contrasta com a vizinha região Amazônica, com 1500 mm a 5000 mm 
(MARENGO E NOBRE, 2009). 
A classificação climática do Nordeste Brasileiro a partir dos critérios de Koppen é 
possível perceber que é a região de maior diversidade de clima entre as regiões do brasil, 
com no mínimo 3 tipos de climas (Clima A, B e C). 
O Nordeste Brasileiro (1º a 18ºS e 35º a 48ºW) se caracteriza como uma região tropical 
inserida no nordeste da América do Sul, onde 65,6% está inserido na região semiárida 
(BRASIL, 2017) com balanço de água negativo e alto Índice de Aridez (Giulett Et. Al, 
2004). 
Cerca de 53% da área do Nordeste Brasileiro (aprox. 825 mil km²) está ocupada pelo 
bioma Caatinga (BRASIL, 2016), ocupado ainda em 10,2% pela Mata Atlântica, 28,7% 
pelo Cerrado e 7,1% pela Amazônia. 92,8% dos municípios da região semiárida estão 
inseridos dentro do Nordeste do Brasil. 
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) corresponde ao encontro dos ventos alísios 
do SE e NE onde ocorre o encontro e elevação do ar quente e úmido. A Alta Subtropical 
ocorre na latitude de 30º, também conhecida como altitudes dos cavalos, onde estão 
localizados a maioria dos desertos. 
Vimos a questão da alta e baixa troposfera como a diferença do tamanho vertical da 
atmosfera nas proximidades da linha do Equador e nas proximidades dos polos bem como 
suas dinâmicas. 
O vórtice ciclônico de altos níveis é uma área onde os ventos nos níveis mais altos da 
atmosfera giram no sentido horário, fazendo com que o ar seco desses níveis mais altos 
desça para a superfície. 
Distúrbios de Onda de Leste (DOL) também chamados de Ondas de Leste – são 
perturbações no campo de vento e pressão que atuam na faixa tropical do globo terrestre, 
em área de influência dos ventos alísios, que se deslocam desde a costa da África até o 
litoral leste do Brasil. 
Outro detalhe é a relação entre os oceanos e o movimento atmosférico onde durante o dia 
os oceanos vão guardar a energia recebida e vão liberar aos poucos à noite na forma de 
calor latente. Ex.: El Niño e La Niña. 
A ODP é um fenômeno muito semelhante aos eventos do El Niño e La Niña (ENSO), 
pois se trata de uma variação das temperaturas do Oceano Pacífico. No entanto, 
diferentemente dos dois fenômenos citados, a PDO (sigla para Oscilação Decadal do 
Pacífico em inglês) tem uma variação climática um pouco mais longa, com cerca de 20 
anos de duração, enquanto o ENSO costuma durar entre 6 e 18 meses. 
Existem duas fases bem definidas da ODP: uma positiva – quando há um aumento das 
temperaturas do Pacífico – e uma negativa – quando há uma diminuição das temperaturas. 
Tais variações estão relacionadas a fatores como correntes marinhas, vulcanismos no 
fundo do oceano e, principalmente, a atividade solar. Dessa forma, em virtude do fato de 
o Oceano Pacífico ocupar cerca de um terço da superfície terrestre, as variações da ODP 
influenciam diretamente o clima dos continentes. 
Efeitos da ODP positiva: aumento do número de ocorrências e da intensidade do El Niño 
e uma consequente diminuição do La Niña. Dessa forma, observa-se nas regiões afetadas 
– dentre elas o território brasileiro – um maior número de anos secos do que anos 
chuvosos (o que ajuda a explicar, por exemplo, alguns períodos de longas secas no 
Nordeste e a diminuição da intensidade do inverno na região Sul). 
Efeitos da ODP negativa: diminuição das temperaturas, elevação da umidade do ar e uma 
maior incidência e intensidade do La Niña em detrimento da diminuição e 
enfraquecimento do El Niño. As regiões antes atingidas por longas secas passam a ter 
uma maior quantidade de períodos chuvosos, além de invernos mais frios. 
As consequências do El niño no nordeste brasileiro são a intensificação da seca pelo 
bloqueio atmosférico. Já no caso da La Niña traz chuvas acima da média no nordeste 
brasileiro. 
Em seguida o professor vai falar sobre a Oscilação Madden-Julian (OMJ) que é um 
sistema acoplado entre oceano e atmosfera, como fenômeno de macro escala originado 
no Oceano Índico. Sobre a América do Sul, a OMJ tem sido relacionada às variações na 
posição e intensidade da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). 
O dipolo de TSM do Atlântico Tropical apresenta correlações fortemente negativas com 
as precipitações da região norte do Nordeste. O dipolo de TSM do Atlântico tropical 
constitui então um bom indicador da qualidade da estação chuvosa nessa região, 
especialmente em anos de condições neutras sobre o Pacífico.

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