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Estudo da Aplicação de Baffles na Redução de Ruídos para Adequação às Normas de Segurança

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL, ACÚSTICA BÁSICA — 2016/1 
 
 
Estudo da Aplicação de Baffles na Redução de 
Ruídos para Adequação às Normas de Segurança 
Anderson de Oliveira, Cassiano Henrique Pereira, Régis Menin e Renato Pegorini Rafagnin 
Resumo 
Os ambientes internos devem satisfazer às condições acústicas adequadas à sua utilização específica. Em 
certos locais como instalações industriais, quadras-esportivas, shoppings, entre outros onde a 
disponibilidade da área livre é restrita, materiais acústicos em determinadas composições conhecidos 
como baffles podem ser empregados com sucesso para a retenção acústica causada devido a reverberação 
dos sons. O estudo de matérias para a normalização de ruídos nesses ambientes é importante para o 
atendimento das normas. Norma Regulamentadora NR15 Anexo 1 que estabelece níveis de ruídos e o 
tempo máximo de exposição permissível diário. Norma Regulamentadora NR15 Anexo 2 que trata de 
ruído causado por impacto, onde este é definido pela norma sendo o um ruído com picos de energia 
acústica de duração inferior a 1 segundo e intervalos superiores a 1 segundo. Norma NHO 01, norma de 
higiene ocupacional, a qual é específica para os cuidados com o ruído, tendo com o principal objetivo 
estabelecer critérios e procedimentos para a avaliação da exposição ocupacional ao ruído, sendo que ela 
abrange tanto ruídos contínuo ou intermitente, como de impacto, não sendo voltada para o conforto 
acústico e sim com risco potencial de surdez ocupacional. Norma. Regulamentadora ABNT 10151 
definida para a avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o conforto da comunidade deve ser acatada 
no território brasileiro, essa norma dentro de outras coisas, apresenta tabelas e definições com diferentes 
tipos de variáveis que exista em uma cidade, com seus respectivos níveis sonoros permitidos. 
Ressaltando-se que todas essas normas devem estar de acordo com o ambiente de trabalho através da 
utilização de diferentes técnicas para a retenção de ruídos, os quais serão abordados no presente artigo 
com a utilização de baffles. 
Palavras-chave 
Acústica, Ruídos, Reverberação, Baffles, Normas Regulamentadoras. 
 
I. INTRODUÇÃO 
 
O ruído é o agente nocivo mais encontrado 
nos ambientes fabris de modo geral e em grandes 
locais onde há um grande número de circulação de 
pessoas, seus impactos na saúde dos trabalhadores 
muitas vezes são reversíveis, mas a exposição por 
longo tempo torna os danos irreversíveis, estudos 
comprovam que cerca de 20% dos trabalhadores 
brasileiros possuem algum dano causado pelo 
ruído. 
É comum a ocorrência de processos 
trabalhistas causando inúmeras indenizações aos 
trabalhadores afetados por problemas decorrente 
dos ruídos fabris, além da visível diminuição dos 
serviços prestados pelo funcionário. 
No mundo a preocupação com os acidentes e 
problemas de saúde devido ao trabalho em 
condições inadequadas começou por volta de 1802, 
porém no Brasil este assunto só passou a ser tratado 
pelas autoridades por volta de 1934. Muitas normas 
e leis trabalhistas foram criadas sendo revistas e 
atualizadas frequentemente, visando melhorar o 
ambiente de trabalho e saúde dos trabalhadores. 
A engenharia focada na segurança, tem 
desenvolvido através de muitos estudos diversas 
formas de diminuição dos ruídos causados nos 
processos industriais ou ambiente que geram ruídos 
de forma excessiva, uma alternativa encontrada foi 
a utilização de baffles traduzidos para nossa 
linguagem de uma maneira mais compreensível 
como defletores acústico, absorvendo os ruídos 
gerados principalmente a reverberação, com o 
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL, ACÚSTICA BÁSICA — 2016/1 
 
intuito de obedecer as normas e leis proporcionando 
um ambiente de trabalho menos agressivo a saúde. 
O presente estudo tem por objetivo fazer uma 
pesquisa bibliográfica utilização dos baffles, tipos 
utilizados e normas regulamentadoras para 
adequação dos mesmos a cada tipo de ambiente. 
 
II. REVERBERAÇÃO 
 
A reverberação pode ser definida pelo tempo 
de permanência do som no ambiente. O som direto 
chega primeiro no ouvinte. A seguir chegam os sons 
refletidos das superfícies mais próximas e, 
finalmente, as reflexões das superfícies mais 
afastadas. 
Em acústica, define-se a reverberação como a 
persistência do som no ambiente. Ela é 
parametrizada pelo tempo de reverberação. Por 
definição, este tempo corresponde ao decaimento 
em 60 dB na intensidade do som reverberante. O 
Gráfico 1 mostra o crescimento e decaimento 
sonoro em recintos com indicação do tempo de 
reverberação. 
 
 
 
 
 
As pesquisas de W.A. Sabine levaram a uma 
relação empírica para o tempo de reverberação, 
proporcional ao volume da sala e inversamente 
proporcional a absorção da superfície chegando a 
equação: 
 
𝑇60 = 0,161 ∗
𝑉
𝐴𝑠𝑢𝑝,𝑅
 
 
Onde: 
T60 = tempo de reverberação (s); 
V = volume da sala (m3); 
Asup,R = absorção da superfície (m
2); 
 
Os tempos de reverberação podem ser 
calculados a partir da absorção da superfície de 
área, a qual podem ser encontrada pela equação: 
 
𝐴 = 𝛼 ∗ 𝑆 
 
Onde: 
A = absorção da superfície (m2); 
α = coeficiente de absorção do material 
(tabelado); 
S = superfície da área (m). 
 
Materiais que absorvem o som reduzem o 
tempo de reverberação amortecendo-o. 
Considerando o ruído de fundo e a reverberação 
sonora, os valores do RASTI (Índice Rápido de 
Transmissão da Fala) variam de 0 (ruim) a 1 
(perfeito). O eco é causado pela reflexão sonora. O 
som que percorre um caminho diferente chega ao 
receptor depois do som diretamente emitido e esse 
retardo pode ser suficiente para que o cérebro 
“ouça” os dois sons separadamente. 
Controlar os tempos de reverberação 
adequados a cada tipo de sala com o uso de um 
forro suspenso como baffles pode ser muito 
importante. 
Esses materiais devem possuir o melhor 
coeficiente de absorção possível pois para um 
coeficiente de absorção igual à 0, há 100% de 
reflexão sonora e para um coeficiente de absorção 
igual à 1, há 100% de absorção sonora. 
Para o cálculo da redução média no campo 
reverberado a ser verificado após a escolha do 
material adequado a cada situação utiliza-se a 
seguinte equação: 
 
△ 𝐿𝑝 = 10 ∗ log (
𝐴𝑑
𝐴𝑎
) = 10 ∗ log (
𝑇𝑎
𝑇𝑑
) 
 
Onde: 
Aa = absorção do local antes do tratamento 
com materiais absorventes (m2); 
Ad = absorção do local depois do tratamento 
com materiais absorventes (m2); 
Ta = tempo de reverberação antes do 
tratamento (s); 
Td = tempo de reverberação depois do 
tratamento (s). 
 
III. BAFFLES 
 
Os baffles são painéis que servem para a 
Gráfico 1 – Tempo de reverberação. 
Fonte: Slides controle de ruído (2016) 
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL, ACÚSTICA BÁSICA — 2016/1 
 
absorção de ruídos e foram desenvolvidos 
especialmente para ambientes industriais, ginásios, 
superlojas, salas de máquina, dentre outas áreas que 
possuam elevada altura de teto e que necessitem de 
um tratamento acústico para o enquadramento do 
local às normas de segurança. A Figura 1 
exemplifica a geometria normalmente utilizada 
para a fabricação dos baffles e o sistema de fixação 
utilizado para posicioná-los no teto dos locais 
definidos para a sua utilização. 
 
 
 
 
 
Os baffles são dispositivos constituídos por 
materiais absorventes, na sua maioria porosos ou 
fibrosos (sendo o mecanismo de absorção inerente 
ao material absorvente utilizado). Normalmente os 
baffles são fabricados a partir de lãs de vidro de alta 
densidade, por placas de poliuretano ou fabricados 
pela combinação entre metal e lã acústica. O 
material e a dimensão poderão variar conforme o 
tipo de projeto e o resultado que é esperado para 
determinado ambiente. Na figura 2 é possível ver 
um exemplo de baffles fabricado a partir de 
poliuretano em formato de ondas 
 
 
 
 
 
Uma placa acústica SONEX illtec, 
semirrígida, de estruturamicro celular, densidade 
11 kg/m3, alta resistência ao fogo possui 
coeficientes de absorção do material conforme 
Tabela 1. 
 
 
 
 
 
Com isso pode ser visto que a utilização de 
um material com um coeficiente de absorção alto 
pode trazer um resultado satisfatório para 
adequação de um ambiente. Com os coeficientes de 
absorção fornecidos e as dimensões do local a ser 
adequado é possível, a partir das equações vistas 
anteriormente, realizar o cálculo da redução média 
no campo reverberado podendo assim comparar 
com o valor estabelecido conforme norma. 
A sua disposição dos baffles deve permitir 
que a área exposta ao ruído seja maximizada, sendo 
normalmente o somatório de todas as faces do 
elemento. 
De fácil instalação, é a melhor relação custo-
benefício no tratamento acústico de ambientes 
desta categoria além de não interferir no layout do 
ambiente. Na Figura 3 pode ser visto um exemplo 
de baffles utilizados em uma piscina coberta com o 
objetivo da redução de ruídos sonoros gerados 
durante aulas de natação. 
 
 
 
 
 
No mercado existe uma vasta gama de 
fabricantes e modelos de baffles a disposição, cada 
um mais adequado a diferentes tipos de aplicação. 
A sua melhor aplicação se dá quando 
utilizados no tratamento acústico de espaços, 
normalmente de grande volume melhorando muito 
Figura 3 – Utilização de Baffles em área de piscina. 
Fonte: Slides controle de ruído (2016) 
Figura 1 – Baffle com o modelo Classic. 
Fonte: Vibrasom – tecnologia acústica. (2016) 
Figura 2 – Baffle com o modelo Wave. 
Fonte: Vibrasom – tecnologia acústica. (2016) 
Fonte: OWA Sonex (2016) 
Tabela 1 – Coeficientes de absorção da placa 
acústica SONEX. 
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL, ACÚSTICA BÁSICA — 2016/1 
 
os tempos de reverberação destes locais. Em 
empresas em que equipamentos emitem um alto 
nível de ruído a utilização de baffles pode ser feita, 
se necessário, somente ao redor do equipamento. A 
Figura 4 mostra um exemplo no qual a utilização de 
baffles foi feita de forma a reduzir a propagação do 
som posicionando os mesmos em uma área de 
melhor absorção dos ruídos para isso foram 
utilizados baffles com comprimentos maiores sem 
que fosse prejudicado o espaço físico pois somente 
foram posicionados em cima de um linha de 
máquinas. 
 
 
 
 
 
Além de terem como função primordial no 
melhoramento dos tempos de reverberação dos 
locais, podem também ser utilizados como 
elementos decorativos em ambientes onde exista a 
necessidade de um tratamento acústico discreto 
mantendo um ar de elegância na decoração 
conforme pode ser visto na Figura 5 a utilização de 
baffles em um restaurante, o qual a concentração 
sonora pode-se tornar um incomodo quando muitas 
pessoas estiverem conversando em alto tom todas 
ao mesmo tempo. 
 
 
 
 
O tratamento acústico com baffles pode ser 
aplicado em instituições de ensino para evitar a 
propagação de sons de uma sala para outra. Na 
Figura 6 é vista a aplicação de baffles em uma 
pequena sala de apresentações em uma instituição 
de ensino. 
 
 
 
 
 
É importante observar que as decisões sobre 
materiais, dimensões e demais atributos técnicos 
dos atenuadores de ruídos devem ser determinadas 
pelos estudos de um projeto acústico, pois o 
resultado final poderá ficar prejudicado por falhas 
ou ineficácia do sistema. 
 
IV. NORMAS REGULAMENTADORAS 
 
As normas regulamentadoras (NR) são 
normas criadas pelo Ministério do Trabalho e 
Emprego (MTE) a partir da lei N°6.514 de 1977, 
sendo aprovadas no ano de 1978, alterando o 
capítulo V do Título II, da Consolidação das Leis 
Trabalhistas (CLT) de 1943, com o objetivo de 
fiscalizar e promover a saúde e segurança do 
trabalho na empresa, sendo modificadas por meio 
de portarias expedidas pelo MTE numa tripartite 
composta por representantes do governo, 
empregadores e empregados. 
As NRs são bastante amplas quanto a 
segurança e saúde no trabalho, referente a ruído 
possui a NR15, onde no anexo 1 contempla os 
ruídos contínuos ou intermitentes e no anexo 2 
abrange o ruído causado por impacto. 
Figura 4 – Baffles utilizados em uma empresa. 
Fonte: OWA Sonex (2016) 
Fonte: Archiproducts (2016) 
Figura 5 – Baffles utilizados em um restaurante. 
Figura 6 – Baffles utilizados em sala de apresentações. 
Fonte: Archiproducts (2016) 
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL, ACÚSTICA BÁSICA — 2016/1 
 
Norma Regulamentadora NR15 Anexo 1 
 
Neste anexo a norma NR15 estabelece níveis 
de ruídos e o tempo máximo de exposição 
permissível diário, sendo que as medidas devem ser 
feitas em decibéis (dB) com compensação “A” e o 
circuito deve ser de resposta lenta (SLOW). Não 
sendo permitido a exposição a um nível de ruído 
maior que 115 dB(A) sem a utilização de proteção 
adequada. É importante salientar que para esta 
norma o incremento de duplicação é de 5 dB (A). A 
Tabela 2 mostra qual o tempo de máxima exposição 
diária permissível em consideração ao nível de 
ruído. 
 
 
Nível de Ruído 
dB(A) 
Máxima Exposição Diária 
Permissível 
85 8 horas 
86 7 horas 
87 6 horas 
88 5 horas 
89 4 horas e 30 minutos 
90 4 horas 
91 3 horas e 30 minutos 
92 3 horas 
93 2 horas e 40 minutos 
94 2 horas e 15 minutos 
95 2 horas 
96 1 hora e 45 minutos 
98 1 hora e 15 minutos 
100 1 hora 
102 45 minutos 
104 35 minutos 
105 30 minutos 
106 25 minutos 
108 20 minutos 
110 15 minutos 
112 10 minutos 
114 8 minutos 
115 7 minutos 
 
 
 
Se durante a jornada de trabalho ocorrer dois 
ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes 
níveis, devem ser considerados os seus efeitos 
combinados, segundo o cálculo abaixo: 
 
𝐶1
𝑇𝐼
+
𝐶2
𝑇2
+
𝐶3
𝑇3
… … … . +
𝐶𝑛
𝑇𝑛
 
 
𝐶𝑛 = tempo total que o trabalhador fica 
exposto a um nível de ruído específico; 
 
𝑇𝑛 = máxima exposição diária permissível a 
este nível segundo o quadro anterior. 
 
Norma Regulamentadora NR15 Anexo 2 
 
O anexo 2 da norma NR15 trata de ruído 
causado por impacto, onde este é definido pela 
norma sendo o um ruído com picos de energia 
acústica de duração inferior a 1 segundo e 
intervalos superiores a 1 segundo. 
Deverão ser avaliados em decibéis (dB), com 
medidor de pressão sonora operando em circuito 
linear e circuito de resposta a impacto, o limite de 
tolerância para este tipo de ruído é de 130 dB 
(linear). Na falta de um equipamento capaz de 
medir com resposta ao impacto a norma permite 
que a medida seja feita com um equipamento que 
possua leitura feita com circuito de resposta rápida 
(FAST) e circuito de compensação em “C”, neste 
caso o limite tolerável será de 120 dB (C). 
 
Norma NHO 01 
 
As Normas de Higiene Ocupacional (NHO) 
publicadas pela Fundacentro no ano de 1980, onde 
no início possuía o nome de Normas de Higiene do 
Trabalho (NHT), a NHO 01 é específica para os 
cuidados com o ruído, tendo com o principal 
objetivo estabelecer critérios e procedimentos para 
a avaliação da exposição ocupacional ao ruído, 
sendo que ela abrange tanto ruídos contínuo ou 
intermitente, como de impacto, não sendo voltada 
para o conforto acústico e sim com risco potencial 
de surdez ocupacional. 
A norma defini risco de Impacto ou 
Impulsivo, “ruído que apresenta picos de energia 
acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a 
intervalos superiores a 1 (um)”, o ruído contínuo ou 
intermitente é considerado todo tipo de ruído que 
não pode ser classificado com ruído de impacto ou 
impulsivo. 
Para ruído contínuo ou intermitente a norma 
estabelece limite máximo para uma dose de 100% 
para 8 horas de exposição o nível sonoro de 85 
dB(A), sendo que o incremento de duplicação é de 
3 dB(A) e o nível limiar de integração é igual a 80 
dB(A). O ruído máximo de exposição para este tipo 
Fonte: Norma Regulamentadora NR15 Anexo 1 (2010) 
Tabela 2 – Tempos de máxima exposição permissível. 
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL, ACÚSTICA BÁSICA— 2016/1 
 
de ruído é de 115 dB(A) independentemente do 
tempo de exposição. 
A avaliação do nível de ruído que o 
trabalhador está exposto à norma propõe que se 
utilizado medidores integradores de uso pessoal 
fixado no trabalhador, mas permite que na 
indisponibilidade do equipamento, que poderão ser 
utilizados medidores integradores ou medidores de 
leitura instantânea, não fixados no trabalhador, 
onde deverão seguir os procedimentos descritos na 
própria norma, neste caso os resultados devem ser 
colocados na seguinte expressão: 
 
𝐷𝑜𝑠𝑒 𝐷𝑖á𝑟𝑖𝑎 =
𝐶1
𝑇𝐼
+
𝐶2
𝑇2
+
𝐶3
𝑇3
… +
𝐶𝑛
𝑇𝑛
∗ 100% 
 
𝐶𝑛 = tempo total que o trabalhador fica 
exposto a um nível de ruído específico; 
 
𝑇𝑛 = máxima exposição diária permissível a 
este nível segundo a Tabela 3. 
 
 
Nível de 
Ruído dB(A) 
Tempo máximo diário 
permissível (Tn) Minutos 
80 1523,90 
81 1209,52 
82 960,00 
83 761,95 
84 604,76 
85 480,00 
86 380,97 
87 302,38 
88 240,00 
89 190,48 
90 151,19 
91 120,00 
92 95,24 
93 75,59 
94 60,00 
95 47,62 
96 37,79 
97 30,00 
98 23,81 
99 18,89 
100 15,00 
101 11,90 
102 9,44 
103 7,50 
104 5,95 
105 4,72 
106 3,75 
107 2,97 
108 2,36 
109 1,87 
110 1,48 
111 1,18 
112 0,93 
113 0,74 
114 0,59 
115 0,46 
 
 
Para ruído de imapcto ou impulsivo a norma 
trada de forma diferente, sendo que a medição seja 
feita por meio de um medidor de nível de pressão 
sonora operando em “linear” e com o recurso de 
resposta de medição de nível de pico, sendo que o 
limite máximo aceitável para exposição é de 140 
Db (Linear). Onde o limite de exposição ao ruído 
deve ser avaliado de acordo com a seguinte 
expressão: 
 
𝑁𝑝 = 160 − 10 log 𝑛 [𝑑𝐵] 
 
𝑁𝑝 = nível de pico, em dB (Linear), máximo 
admissível 
 
𝑛 = número de impactos ou impulsos 
ocorrido durante a jornada de trabalho. 
 
A norma possui alguns valores da expessão 
acima tabelados conforme Tabela 4, sendo que para 
“n” maior que 10000, o ruido deverá ser 
considerado como contínuo ou intermitente sendo 
abordado de acordo com sua classificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 3 – Tempos de máxima exposição permissível (Tn). 
Fonte: Normas de Higiene Ocupacional 01 (2001) 
Tabela 4 – Tabela de Número de Impactos. 
Fonte: Normas de Higiene Ocupacional 01 (2001) 
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL, ACÚSTICA BÁSICA — 2016/1 
 
 
Comparação entre as normas NR15 e NHO 01 
 
As normas NR15 e NHO 01 são utilizadas e amparadas por lei, ambas possuindo vinculo com o 
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), porém possuem algumas divergências entre elas, acredita-se 
que haverá uma atualização na norma NR15, mas até o presente momento na prática empresas 
preocupadas com questões legais envolvendo a exposição ao ruido, comparam as duas normas e aplicam 
para a situação atual a norma que seja mais rigoraza quanto o controle do ruido, para melhorar o 
entendimento foram colocadas a baixo a Tabela 5 e Tabela 6 que comparam as normas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Norma Regulamentadora ABNT 10151 
 
A lei ABNT 10151 Acústica – Avaliação do 
ruído em áreas habitadas, visando o conforto da 
comunidade deve ser acatada no território 
brasileiro, essa norma dentro de outras coisas, 
apresenta tabelas e definições com diferentes tipos 
de variáveis que exista em uma cidade, com seus 
respectivos níveis sonoros permitidos, sendo eles 
determinados em dB (A). 
Para a compreensão da lei foi determinado 
algumas definições; 
Ruído com caráter impulsivo: Ruído que 
contém impulsos, que são picos de energia acústica 
com duração menor do que 1 s e que se repetem a 
intervalos maiores do que 1 s (por exemplo 
martelagens, bate-estacas, tiros e explosões) 
Como exemplo foi realizado uma medição 
sonora com batidas intermitentes, pode ser 
visualizado picos no Gráfico 2, mostrando a 
Fonte: Isegnet (2016) 
Fonte: Isegnet (2016) 
Tabela 5 – Comparação para ruído contínuo ou intermitente. 
Tabela 6 – Comparação para ruído de Impacto. 
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL, ACÚSTICA BÁSICA — 2016/1 
 
intensidade do som que corresponde a sua 
amplitude e o tamanho da banda que correspondeu 
o seu período. 
 
 
 
 
 
Ruído com componentes tonais: Ruído que 
contém tons puros, como o som de apitos ou 
zumbidos. 
Para exemplificar o tipo de ruído foi realizado 
medição de um assobio contínuo, é possível de 
visualizar as diferenças características da amplitude 
e período dos Gráficos 2 e 3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
V. EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO 
 
A lei 10151 mostra que o medidor de nível de 
pressão sonora atender às especificações da IEC 
60651 para tipo 0, tipo 1 ou tipo 2. No entanto a lei 
IEC 60651 entrou em sua obsolescência sendo 
substituída pela IEC61672. Na lei IEC61672 é 
citada a Tabela 6 de referência dos calibradores, que 
nos mostra a ponderação A, B e C e para 
calibradores do tipo 1 e tipo 2 para suas 
determinadas frequências conforme a sua 
necessidade na lei 10151. 
 
 
 
 
 
Calibração e ajuste dos instrumentos. O 
calibrador acústico devem ter certificado de 
calibração da Rede Brasileira de Calibração (RBC) 
ou do Instituto Nacional de Metrologia, 
Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), 
renovado no mínimo a cada dois anos. 
Uma verificação cotidiana e eventual ajuste 
do medidor de nível depressão sonora deve ser 
realizada pelo operador do equipamento, com o 
calibrador acústico, imediatamente antes e após 
cada medição havendo a garantia do de uma 
medição com maior garantia. 
VI. MÉTODO DE MEDIÇÃO 
 
No momento da medição é necessário que 
tenha alguns cuidados para que fique conforme a 
norma, abaixo será citado em tópicos quais são 
esses cuidados e de que forma deve ser tratado. 
 
 Necessário que tenha um protetor no 
microfone contra o efeito de ventos, essa 
instrução é fornecida pelo fabricante; 
 
 As medições no exterior das edificações do 
reclamante, deve ser efetuadas em pontos 
aproximadamente 1,2m do piso e pelo menos 
2m do limite da propriedade e de quaisquer 
outras superfícies refletoras, como por 
exemplo muros e paredes. Na 
impossibilidade de efetuar essas medições, a 
descrição da situação deve constar no 
relatório; 
Gráfico 2 – Ruído de batidas intermitentes. 
Fonte: Os autores (2016) 
Gráfico 3 – Ruído de componentes tonais. 
Fonte: Os autores (2016) 
Tabela 7 – Tabela da lei IEC61672. 
Fonte: Chrompack (2008) 
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL, ACÚSTICA BÁSICA — 2016/1 
 
 
 As medições devem ser efetuadas nas 
condições de utilização normal; 
 
 As medições no interior das edificações do 
reclamante, deve ser efetuadas com uma 
distância de no mínimo de 1m de quaisquer 
superfície, como parede, teto, piso e moveis. 
O nível de pressão sonora deve ser o resultado 
da média aritmética entre três pontos de 
medição distintas, sempre que possível com o 
afastamento entre elas de 0,5m; 
 
 Para ruídos com características especiais, 
deve ser feito uma correção, seguir a correção 
conforme a Tabela 8. 
 
 
 
Carácter 
impulsivo 
Componentes 
Tonais 
O que 
fazer? 
Sem Sem 
Resultado 
pelo nível 
sonoro 
Com Sem 
Acrescimen
to de 5dB 
no nível 
sonoro 
Sem Com 
Acrescimen
to de 5dB 
no nível 
sonoro 
Com Com 
Acrescenta 
5dB em 
cada tipo 
sonoro e o 
resultado é 
determinad
o pelo 
maior valor 
 
 
VII. AVALIAÇÃO DO RUÍDO 
 
Método para avaliação do ruído, essa 
avaliação é feitar de acordo com a medição do ruído 
com sua correção comparando com a tabela 
estabelecida na norma, o qual está infra citada na 
Tabela 9. 
Conforme mencionado na tabela 8 os horários 
do diurno e noturno é determinado pelas 
autoridades de acordo com os hábitos da população, 
no entanto o noturno não pode começar após as 22 
h e não deve terminar antes das 7h do dia seguinte, 
exceto em exceções no caso de domingos e feriados 
o qual o noturno não deve ser antes das 9h. 
 
 
 
Tiposde áreas Diurno Noturno 
Áreas de sítios e fazendas 40 35 
Área estritamente residencial 
urbana ou de hospitais ou de 
escolas 50 45 
Área mista, predominantemente 
residencial 55 50 
Área mista, com vocação 
comercial e administrativa 60 55 
Área mista, com vocação 
reacional 65 55 
Área predominantemente 
industrial 70 60 
 
 
VIII. CONCLUSÕES 
 
Com o estudo realizado pode-se dizer que a 
redução dos níveis de ruído nas instalações 
industriais e demais ambientes com um grande 
nível de ruídos pode trazer benefícios aos 
empresários com a melhoria das condições de saúde 
dos funcionários tornando assim um ambiente mais 
produtivo e cômodo para todos os ocupantes do 
espaço. Um bom trabalho de acústica leva a 
indústria a atuar de acordo com as exigências dos 
órgãos fiscalizadores e também pode refletir em 
redução de custos e aumento na qualidade dos 
produtos, visto que o excesso de ruído dificulta a 
concentração e interfere diretamente na 
performance dos trabalhadores e em casos de 
instituições de ensino, na aprendizagem dos alunos. 
Neste sentido, torna-se imprescindível ter meios de 
identificar e controlar as principais fontes geradoras 
de ruídos no ambiente. 
A utilização de novas tecnologias e meios de 
redução de ruídos como os baffles podem adequar 
de forma simples e com um baixo custo ambientes 
sem ter que haver muitas alterações para o 
cumprimentos das normas regulamentadoras de 
ruídos. 
Por fim é importante ressaltar que os estudos 
aprendidos durante o semestre foram 
imprescindíveis para a realização da pesquisa com 
Tabela 8 – Correção do ruído com características especiais. 
Tabela 9 – Nível de critério de avaliação para ambientes 
externos em dB(A). 
Fonte: NBR 10151 (2000) 
Fonte: Os autores (2016) 
UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL, ACÚSTICA BÁSICA — 2016/1 
 
o intuito de aprender mais sobre as formas de 
controle de ruídos em meios ambientes com 
circulação de pessoas. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Os autores agradecem ao Professor Mestre 
em Engenharia Mecânica Gustavo Perini pela 
colaboração no desenvolvimento do trabalho pelo 
ensino em sala de aula e pela motivação da busca 
de novos conhecimentos relacionados ao estudo de 
acústica básica. 
 
IX. BIBLIOGRAFIA 
[1] Painéis acústicos suspensos - Archiproducts, 
disponível em: 
<http://www.archiproducts.com/pt/156/tectos-
falsos-paineis-acusticos-suspensos.html.> 
Acesso em 13 de fevereiro de 2016 
[2] Baffles Acústicos – Tratamento Acústico, 
disponível em: 
<http://www.tratamentoacustico.com.br/produt
os/13/baffles_acusticos#ad-image-0> Acesso 
em 06 de fevereiro de 2016 
[3] Placa Acústica Sonex illtec Baffle – OWA 
Sonex, disponível em: 
<http://www.owa.com.br/index.php?id=37> 
Acesso em 06 de fevereiro de 2016 
[4] Baffle Ceilings – Armstrong, disponível em: 
<http://www.armstrong.co.uk/commclgeu/en-
gb/ceilings/baffle/_/N-1z13zuu> Acesso em 13 
de fevereiro de 2016 
[5] Baffles – Vibrasom, disponível em: 
<http://www.vibrasom.ind.br/produtos-
acusticos/baffles.php> Acesso em 14 de 
fevereiro de 2016 
[6] Atenuar ruídos nas indústrias beneficia 
empresários e trabalhadores – CIMM, 
disponível em: 
<http://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir
_noticia/7820-atenuar-ruidos-nas-industrias-
beneficia-empresarios-e-trabalhadores> Acesso 
em 14 de fevereiro de 2016 
[7] Acústica – Avaliação do ruído em áreas 
habitadas, visando o conforto da comunidade - 
Procedimento, disponível em: 
<http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secreta
rias/upload/esportes/norma%20abnt%2010_151
.pdf > Acesso em 14 de fevereiro de 2016 
[8] Chrompack Instrumentos Científicos Ltda. – 
Medidores de Nível Sonoro, disponível em: 
<http://www.chrompack.net/index.php?page=m
edidores_des> Acesso em 14 de fevereiro de 
2016 
[9] SMF - Absorção sonora, disponível em: 
<http://www.knaufamf.com.br/profissional/area
-tecnica/conceitos-tecnicos/absorcao-sonora/> 
Acesso em 16 de fevereiro de 2016 
[10] BISTAFA, Sylvio Reynaldo. Acústica 
aplicada ao controle do ruído. 2. ed., rev. São 
Paulo: Blucher, 2011. 380 p. ISBN 
9788521205814.

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