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Aristóteles 2012

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ARISTÓTELES (384 - 322 a.C)
Aristóteles estudou diversas áreas do conhecimento, dentre as quais, biologia, medicina, botânica, ética, política, poética, estética, filosofia (metafísica), psicologia (estudo da alma) e matemática. Aristóteles foi discípulo de Platão, que estudou os conhecimentos de forma geral e abriu caminho para seu discípulo construir sua própria teoria de conhecimento. 
Aristóteles nasceu na Macedônia em 384 a.C. Seu pai era médico da Corte de Filipe II e Alexandre Magno “Alexandre o Grande”. Tendo em vista que a família de Aristóteles era abastada, ele pode estudar em Atenas, pois a Grécia da época era considerada um centro acadêmico de excelência. Aristóteles ingressou na Academia de Platão em 367 a.C, onde estudou por vinte anos. Nesse período, as cidades gregas eram Cidades - Estado (Polis), pois possuíam total autonomia para decidirem sobre seus aspectos políticos. Durante os vinte anos que Aristóteles esteve em Atenas, Filipe II invadiu e dominou a Grécia. Em 336 a.C Filipe II faleceu, deixando a Grécia conquistada. Durante pouco tempo (343 - 340 a.C) Aristóteles foi preceptor de Alexandre. Após a morte de Alexandre em (323 a.C), Aristóteles deixou Atenas devido ao sentimento antimacedônico que gravitava pela Grécia, vindo então a falecer em Cálcis na Macedônia, em 322 a. C. 
O Período Helênico foi marcado pela expansão do pensamento grego para todas as terras conquistadas por Alexandre e destacou-se pelo processo de difusão da cultura grega pelo Oriente Médio, que ocorreu desde o Império de Alexandre - séc. IV a.C até o séc. II a.C. Os exércitos de Alexandre alcançaram até a Índia e após sua morte, surgiram reinos gregos que foram fundados por seus sucessores: no Egito - Ptolomeu e na Síria -Seleuco e depois Antíoco - que receberam as tradições e o uso da língua grega. Antióquia, Pérgamo e Alexandria foram os principais núcleos culturais do Período Helênico.
Após a morte de Filipe II, Aristóteles fundou o Liceu (335 a.C), escola onde ministrava suas aulas caminhando, dando origem ao nome: Escola Peripatética de Peripatos, que significa caminho. Aristóteles desenvolveu seus estudos a partir da crítica que realizou ao pensamento pré-socrático e platônico. Como exemplo do pensamento pré-socrático é possível citar Parmênides (filósofo do período pré-socrático) que afirmava: “O homem é a medida de todas as coisas”, pois para entender o mundo era preciso entender o homem em relação à natureza. Já Platão, discípulo de Sócrates, estabeleceu o dualismo entre: O conhecimento do mundo sensível - captado pelos cinco sentidos e estabelecido como sombra ou ilusão da realidade e o conhecimento do mundo inteligível - captado pelo pensamento racional e lógico (filosofia) que oferecia a resposta verdadeira e última da origem (essência) de todas as coisas.
Aristóteles formulou sua teoria de conhecimento a partir da crítica realizada a Platão. Para ele, o conhecimento captado pelos cinco sentidos, no mundo sublunar, se conecta aos conhecimentos verdadeiros e últimos, do mundo transcendente, captados pela razão (Filosofia). Assim, Aristóteles conclamou a união entre o conhecimento produzido no mundo das ideias verdadeiras, captadas pela razão, ao conhecimento produzido no mundo da vida prática, captado pelos cinco sentidos. Contrariando Platão, Aristóteles não julgava o conhecimento produzido na vida cotidiana, como aparente ou ilusório, mas sim, como um conhecimento que acontecia na multiplicidade dos seres em permanente mudança. Dessa forma, a metafísica aristotélica (filosofia) não abandonou o mundo real e se estabeleceu pelo estudo do conhecimento da essência (princípios primeiros) de todas as coisas que existem no mundo. A metafísica aristotélica se fundamentou em três grandes pilares:
1o) Ser divino - realidade primeira e suprema, da qual, todo restante procura se aproximar, imitando sua perfeição imutável; 
2o) Primeiros princípios - substância primeira de todos os seres ou essências existentes e; 
3o) Propriedades e atributos gerais da essência - considerados como, substância segunda, gênero ou espécie, que só existem quando encarnados nos indivíduos. 
Como alternativa a crítica platônica, Aristóteles propôs sua metafísica (filosofia) como, concepção do real que explica a origem (essência) de todas as coisas, que parte da substância primeira (ser Individual) composto por matéria e forma. A forma se constitui por elementos da alma, humana ou animal, que se diferenciam em suas combinações e são classificadas em três categorias: 
1a) Vegetativa - com objetivo de nutrição, crescimento e reprodução; 
2a) Sensitiva - com objetivo de buscar os prazeres e os sentidos internos, como, por exemplo: a memória e; 
3a) Intelectiva - com objetivo de operar o pensamento, abstrações, juízo e raciocínio. 
Segundo Aristóteles, a metafísica é uma “suprema ciência”, que examina a natureza da realidade em seu sentido mais amplo, abstrato, puro e elevado. A metafísica tem como objeto de estudo as causas primeiras e universais da origem de todas as coisas. A metafísica aristotélica, extremamente sistemática, propôs a divisão dos saberes em áreas de conhecimento, levando em conta seus objetivos: 
1o) Conhecimento teórico - teologia, metafísica, ciências e matemática que devem estar no apetite do homem em querer saber e não na busca por recompensas; 
2o) Conhecimento prático - ética e política que servem para solucionar problemas da vida cotidiana e; 
3o) Conhecimento produtivo - artes, estética, poética e retórica que são úteis ao homem. 
A Lógica (analytika) não faz parte da divisão do saber elaborada por Aristóteles, pois é um saber instrumental e metodológico utilizado em todas as áreas de conhecimento, que na verdade, pressupõem algum tipo de lógica. Os tratados aristotélicos sobre a lógica receberam um título genérico - Órganon (instrumento) - são eles: Categorias, Da interpretação, Primeiros analíticos e Segundos analíticos.
Por fim, Aristóteles conceituou o homem virtuoso, como um ser racional capaz de pensar sobre suas escolhas, podendo realizá-las prudentemente, avaliando-as e julgando-as de acordo com as situações vividas e os objetivos éticos. Portanto, a medida certa para se tornar um homem virtuoso deveria acontecer através da razão, isto é, para se tornar virtuoso, o homem deveria realizar suas escolhas de forma equilibrada, tanto para si como para os outros. Na concepção aristotélica, o homem virtuoso não deveria cometer excessos (vício por excesso) nem pecar por falta (vício por falta), mas sim, conduzir sua vida de forma moderada e equilibrada. 
REFERÊNCIAS: 
CHAUÍ, Marilena de Souza. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2005. 
 
MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2008. 
 
 Cheila Szuchmacher

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