Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
< DESCRIÇÃO Análise do comportamento dos consumidores. Apresentação das estratégias e das táticas utilizadas pelas empresas para o aumento da integração com o cliente. PROPÓSITO Compreender as exigências do consumidor e as ações do mercado é parte relevante da atuação do profissional de diversas áreas. OBJETIVOS MÓDULO 1 Reconhecer o novo comportamento e as exigências dos clientes, bem como as estratégias de adaptação das organizações para a garantia de maior integração com esse público MÓDULO 2 Identificar as novas maneiras de utilização de ferramentas digitais para a interação com o cliente e a transmissão de informações MÓDULO 3 Descrever as ferramentas digitais para a relação com o cliente e o mercado online INTRODUÇÃO Neste texto, entenderemos como as relações de poder dentro do mercado vêm mudando. O consumidor está mais consciente de como suas necessidades devem ser atendidas. Nesse contexto, as marcas aumentam sua integração ao mostrarem personalidade, diferenciando-se no mercado. A estratégia para entender o cliente passa pelo desenvolvimento da escuta e da empatia sobre as necessidades e os desejos dos consumidores, bem como pelo entendimento dos processos vivenciados por eles em sua jornada como clientes. Também analisaremos neste trabalho os desafios para atrair e reter a atenção do consumidor. O público, afinal, não tem confiança total nas informações recebidas. Além de sua atenção estar reduzida, ele, na maior parte das vezes, não acha a linguagem publicitária atraente. O consumidor agora ainda tem a opção de receber as informações de forma voluntária e sob demanda. Mas quais são os novos fatores que o marketing deve avaliar para gerar maior interação com o público? Uma possível resposta é que o foco dele precisa estar na transmissão ao consumidor de conhecimento e boas histórias – e não apenas de informações relacionadas à venda. Por conta disso, conheceremos as diferentes ferramentas digitais que utilizam a tecnologia com o intuito de melhorar a experiência do consumidor, aumentando, assim, seu engajamento. Por fim, analisaremos como ele está reagindo frente ao surgimento de diversos canais de comunicação e pontos de integração. Nosso objetivo, afinal, é entender como ocorre a integração entre as esferas online e offline. Por exemplo, o marketing onicanal tem como objetivo criar uma experiência de compra uniforme, permitindo que o consumidor navegue livremente entre diferentes canais. Para isso, as organizações não devem individualizar a gestão dos diferentes canais de integração com o cliente, e sim unificar suas metas e estratégias. MÓDULO 1 Reconhecer o novo comportamento e as exigências dos clientes, bem como as estratégias de adaptação das organizações para a garantia de maior integração com esse público FOCO NO HUMANO Ao longo das últimas décadas, o consumidor vem assumindo um poder maior nas relações de mercado. Observaremos a seguir a evolução desse relacionamento entre cliente e mercado: A Foto: Shutterstock.com INÍCIO DO SÉCULO XX: A produção industrial já era bastante relevante no mundo, mas as opções de compra ainda eram restritas, assim como o poder aquisitivo do consumidor. DÉCADA DE 1950: O poder de compra da população cresceu. Nesse contexto, a televisão surgiu como um grande incentivador do consumismo, com seus anúncios e suas propagandas. Foto: Shutterstock.com B C Foto: Shutterstock.com ANOS 2000, 2010 E 2020: A internet e as demais tecnologias de informação mudaram as formas de comunicação, que também passaram a ocorrer de modo on-line. Os novos canais têm grande influência na forma como consumidores e marcas interagem, assim como na quantidade elevada de informações que atinge as pessoas. As novas mudanças no mercado foram impulsionadas pelo consumidor. As pessoas passaram a ter maior consciência sobre suas opções de consumo, suas origens e o impacto que seu comportamento causa na sociedade. As marcas, por sua vez, precisaram ficar mais conectadas com o consumidor e se mostrar abertas a mudanças e adaptações. Diante de um cliente com maior poder dentro dos processos de mercado, tornou-se necessário entendê-lo mais profundamente. Para isso, três perguntas são fundamentais: Vetor: Shutterstock.com Quais são suas necessidades? Vetor: Shutterstock.com Quais fatores influenciam suas escolhas? Vetor: Shutterstock.com Quais serviços podem melhorar suas rotinas diárias? ESTUDOS PARA A MELHORIA DAS ESTRATÉGIAS DE MARKETING Com o objetivo de melhorar e adaptar as estratégias de marketing, diversas áreas de estudos passaram a ser desenvolvidas, como o neuromarketing. Esses estudos permitem que as empresas desenvolvam maneiras mais assertivas de interagir e oferecer ao público o que ele deseja. Além disso, tais estudos são considerados ferramentas de suporte para a inovação, auxiliando no entendimento das necessidades de consumo e na geração de novos produtos e serviços. O neuromarketing ainda é uma área muito nova e em desenvolvimento. Seu objetivo é analisar como os consumidores são influenciados em suas decisões de compra. Mas você sabe quais são os fatores que os levam a escolher produtos ou marcas específicas? Tais estudos se concentram em nosso cérebro e na forma com que reagimos a certos estímulos, como ações publicitárias e outros tipos de informações recebidos constantemente. Afinal, por meio de estímulos, o cérebro comanda determinados comportamentos. Portanto, o objetivo desses estudos é: Entender melhor como nosso inconsciente trabalha. Analisar quais fatores neurológicos influenciam nossa decisão de compra. Estamos presenciando grandes evoluções na forma com que o mercado entende o consumidor e atende a seus desejos. Como veremos adiante, a maneira de as empresas demonstrarem interesse e gerarem maior integração com os consumidores se dava, até o momento, graças à observação e aos questionamentos. Grande parte de nosso comportamento de consumo, porém, é inconsciente. Utilizar estudos psicológicos como base para impulsionar o mercado deve-se ao fato de que a Psicologia consegue acessar os sentimentos do consumidor de maneira eficiente. Por meio dessas ações, pode-se confirmar o total interesse das organizações em se concentrar no ser humano. EXEMPLO Já é possível comprovar que estimular memórias, emoções e experiências positivas faz o cliente se lembrar de determinada marca e se afeiçoar a ela. Por isso, muitas pessoas se tornam defensoras de marcas. Estimular os sentimentos e as lembranças facilita a tomada de decisão dos consumidores. EXEMPLO Um consumidor recebe um excelente tratamento durante certo atendimento. Todas as vezes que ele pensar em adquirir um produto, instintivamente se lembrará desse bom serviço prestado. Isso significa que os consumidores ainda se mostram influenciáveis, mesmo que a nível inconsciente. DIFERENTES ASPECTOS DO CONSUMIDOR NOVAS NECESSIDADES Como vimos, é cada vez maior a importância que as marcas dão ao fator humano. Com isso, as empresas se dedicam a atender às necessidades funcionais do consumidor de maneira muito mais profunda. Desse modo, o marketing passa a estabelecer uma integração ainda maior e mais pessoal com seu cliente. Em um mundo cada vez mais tecnológico, com robôs e comunicações por meio digital, as pessoas passam a sentir falta do fator humano e de uma interação com semelhantes. As marcas que mostram uma personalidade própria conseguem, assim, se diferenciar no mercado. ATENÇÃO Esse processo de centrar as propostas das marcas no fator humano começa pelo desenvolvimento de uma escuta sobre as necessidades e os desejos dos consumidores dentro de um processo de empatia. Eles exigem cada vez mais experiências humanas, enriquecedoras, inteligentes, responsivas e pessoais, além de rejeitarem constantemente aquelas consideradas invasivas, impessoais ou simplesmente desinteressantes. Para Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017, p. 157), as organizações “precisam se adaptar aessa nova realidade e criar marcas que se comportem como pessoas”, sendo, para isso, menos intimidadoras. No marketing centrado no ser humano, é necessário preencher não apenas as necessidades funcionais e emocionais dos consumidores, mas também abordar suas necessidades e seus desejos latentes. Infelizmente, nem todos os clientes conseguem dizer, de forma explícita, o que desejam. Isso se trata de um grande desafio para as marcas: cabe a elas surpreendê-los e desvendar a necessidade oculta deles. Como um meio de entender seus consumidores, as marcas precisam trabalhar com criatividade e inovação. Nesse processo, concentrar-se na superioridade dos produtos simplesmente gerará a satisfação dos clientes, que já esperam por esse tipo de serviço. A palavra de ordem, portanto, é esta: surpreender. Foto: Shutterstock.com FERRAMENTAS PARA A GARANTIA DO ATENDIMENTO No atual momento, os consumidores têm o mindset (mentalidade) de se associar a marcas e empresas com as quais se identificam. Nesse ponto, obter satisfação e qualidade no serviço já não constitui um diferencial na experiência do cliente. Agora o consumidor espera que suas expectativas sejam superadas. As organizações que vão além e lhe fornecem uma experiência fascinante já melhoram a interação com ele. Por exemplo, isso pode acontecer por meio de um plano de serviço e design diferenciado ou pela melhoria da integração entre as experiências na loja física e no universo digital. Segundo Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017, p. 241), as empresas “que se dedicam no mais alto nível engajam os clientes pessoalmente e permitem que [eles] se autorrealizem”. Nesse caso, o processo de integração é profundo: a experiência proporcionada ao cliente consegue ser certeira ao atingir suas necessidades e seus desejos. DICA Para construir marcas autênticas, é necessário desenvolver uma escuta empática e uma pesquisa imersiva. Assim como “o lado humano dos consumidores foi revelado”, as marcas também precisam se expor. De acordo com Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017, p. 159), elas devem “demonstrar atributos humanos capazes de atrair consumidores e desenvolver conexões de pessoa a pessoa”. A antropologia digital se dedica a analisar como ocorre a conexão entre o humano e a tecnologia digital. O marketing pode utilizar diferentes métodos para promovê-la. Listaremos três deles a seguir: ESCUTA SOCIAL Seu objetivo é monitorar as conversas dentro do ambiente das mídias sociais e das comunidades on-line relativas às marcas. Esse método é eficaz para desenvolver dois quesitos: Inteligência competitiva Pesquisas de mercado As pessoas sentem dificuldades em expressar seus desejos ou suas insatisfações quando questionadas de maneira muito objetiva. Entretanto, dentro de ambientes no qual se sentem mais confortáveis e em conversas naturais com seus pares, os consumidores ficam mais abertos para contar o que pensam e desejam. NETNOGRAFIA Esse método propõe uma análise do comportamento humano dentro de suas tribos – ou, nesse caso, das comunidades on-line. O objetivo é envolver-se dentro dessas comunidades de forma discreta. Com permissão, os netnógrafos realizam seus estudos a partir dessa inserção na comunidade, desenvolvendo uma empatia pelos membros daquele meio. Essa é a principal diferença desse método em relação à escuta social. A netnografia, portanto, exige um grau mais elevado de observação e análise, demandando um alto nível de empatia, além de outras habilidades sociais. PESQUISA EMPÁTICA Esse método implica a perspectiva humana no processo de pesquisa, exigindo uma colaboração maior entre os pesquisadores e os membros da comunidade. Isso requer o envolvimento de vários profissionais de diferentes áreas como psicólogos, antropólogos, engenheiros e profissionais de marketing. Considerando suas diferentes perspectivas, os profissionais e demais membros da comunidade desenvolvem uma colaboração por meio de diálogo, brainstorming e observações. PROCESSO DE INTERAÇÃO COM O CONSUMIDOR Até agora vimos que novos processos buscam se concentrar no lado humano do consumidor e permitem que as organizações se esforcem para se aproximar de seu público ao se mostrarem, da mesma forma, mais humanas. No entanto, atingir altos níveis de interação com ele requer disciplina e ações estratégicas. Imagem: Shutterstock.com Devido ao alto volume de informação em circulação, as marcas devem desenvolver traços que as diferenciem das outras e que criem laços de conexão significativos com o consumidor. Elas não precisam estar presentes na vida dele de maneira invasiva, mas precisam estabelecer pontos de contato cruciais. PONTOS DE CONTATO Para Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017, p. 207), trata-se de “toda interação direta e indireta do consumidor com a marca ou outros consumidores”. Gerar um único momento de prazer ou surpreender o cliente uma única vez pode já ser o suficiente para criar uma fidelização. Dentro desse processo de interação, os consumidores passam por um processo de afunilamento no qual avaliam e aprovam as marcas. Primeiramente, o cliente toma conhecimento de uma delas para, em seguida, definir sua opinião. Nessas duas etapas, diversos clientes já conseguem determinar se existe uma conexão com a marca ou não. Tal conexão já é suficiente para eles decidirem se um processo de compra ocorrerá. Além disso, mesmo que esse processo aconteça, as marcas precisam trabalhar para que ele volte a se repetir. Na análise do funil de consumo, verifica-se que, em cada etapa do processo, o número de consumidores ainda envolvido com a marca vai sendo reduzido. Esse processo pode ser resumido da seguinte forma: Um grande número de pessoas conhece determinada marca. Muitos componentes desse grupo gostam dela. Alguns compram o produto ou serviço oferecido por ela. Poucos se tornam seus clientes fiéis. A análise do caminho do consumidor já vem sendo usada no mercado, embora a evolução nas interações entre as organizações e os consumidores, assim como as novas demandas do consumidor, mude a própria maneira como esse processo decorre. EXEMPLO Antes do surgimento das mídias sociais, o consumidor determinava individualmente sua atitude em relação às marcas (ou no máximo conversava com algumas poucas pessoas próximas). Contudo, na área digital, a opinião coletiva se tornou muito mais relevante. A comunidade, desse modo, tem grande influência sobre a atratividade de uma marca para o público. Muitas decisões até então individuais passam a ser essencialmente sociais. “A fidelidade costumava ser definida como retenção e recompra”, explicam Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017, p. 90). Hoje em dia, contudo, ela não significa uma garantia de compra, tornando-se apenas uma disposição para defender uma marca. Diversos motivos podem gerar tal fator ― por exemplo, ciclos de compra mais longos ou indisponibilidade do produto em certos canais. Contudo, consumidores satisfeitos com a marca estão dispostos a recomendá-la, mesmo que não sejam usuários contínuos dela. Dessa maneira, na análise dos fatores mais relevantes dentro do caminho do consumidor, deve-se levar essas novas perspectivas. Mais conectados, os consumidores repassam informações que podem gerar o fortalecimento ou o enfraquecimento da atração inicial de uma marca. Com base nessas exigências e no surgimento da influência social, o caminho deles passou a ser reconsiderado. Atualmente, esse caminho passa por cinco fases diferentes. 1ª ASSIMILAÇÃO: Nessa fase, o consumidor já tem em sua mente um grande número de marcas devido a experiências passadas, propagandas ou indicações e defesas oriundas de amigos ou conhecidos por meio da propaganda boca a boca. Ter o conhecimento de uma marca é o portão de entrada do caminho do consumidor. 2ª ATRAÇÃO: Após tomarem conhecimento sobre diversas marcas, os consumidores precisam processar as informações que resultarão em uma lista curta delas. Nessa fase, aquelas consideradas memoráveistêm muito mais chances de serem lembradas. 3ª ARGUIÇÃO: Curiosos, os consumidores seguem pesquisando em seus círculos sociais ou nas mídias quais marcas são atraentes. Nessa fase, o caminho deles muda do individual para social. Afinal, a atração pela marca precisa do aval de terceiros para que tal caminho possa prosseguir. 4ª AÇÃO: A fase de ação não se refere somente ao ato de compra, mas também à interação com todos os processos que envolvem a experiência do consumidor, como o serviço pós-venda. No longo prazo, os clientes podem desenvolver uma sensação de forte fidelidade com a marca. 5ª APOLOGIA: Na fase de apologia, os defensores (ou ‘advogados’) ativos da marca fazem recomendações espontâneas, melhorando o conhecimento dela no mercado. No entanto, boa parte deles pode ser passiva e inerte; eles, portanto, precisam ser estimulados a dar suas opiniões. PALAVRAS FINAIS Para algumas marcas ou certos tipos de produto, as fases e as ações que refletem o caminho do cliente nem sempre funcionam de maneira linear e ordenada. TESLA Empresa americana de veículos elétricos e energia limpa EXEMPLO No caso da Tesla, diversas pessoas são defensoras da marca, e não compradores. Já nas categorias de bens de consumo, os clientes decidem quais marcas devem comprar ao percorrerem o corredor de um supermercado. Os consumidores observam as marcas disponíveis na loja e costumam realizar a compra sem fazer pesquisas adicionais. Entretanto, o mesmo processo decisório não ocorre com produtos de alto valor agregado. QUANDO AS MARCAS SE TORNAM HUMANAS No vídeo a seguir, vamos falar sobre a tendência que o consumidor tem de procurar cada vez mais por experiências humanas nas marcas e como o marketing trabalha esse aspecto. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. O ESTUDO QUE ENVOLVE O NEUROMARKETING NÃO SIGNIFICA IMPLANTAR IDEIAS NO CÉREBRO DAS PESSOAS OU FORÇÁ-LAS A COMPRAR ALGO, E SIM REVELAR O QUE JÁ ESTÁ DENTRO DA MENTE DELAS: A LÓGICA DE CONSUMO. A ESSE RESPEITO, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA. A) A psicologia do consumo tenta entender como é possível manipular as emoções do ser humano, aumentando sua satisfação e sua vontade de consumir. B) No futuro, as marcas investirão mais no entendimento da mente de seus clientes, fazendo disso um fator muito mais importante do que a entrega de um produto, um serviço de qualidade ou uma ótima experiência de compra. C) O neuromarketing é a ciência que estuda o comportamento do consumidor, avaliando que nosso cérebro não tem capacidade de responder às nossas emoções. D) O neuromarketing é a nova maneira de fazer o marketing, cujo conhecimento é exclusivamente aplicado no processo de aumento do número de vendas . E) O neuromarketing mostra que os clientes se conectam a marcas que estimulam suas emoções e suas memórias, remetendo-os a experiências positivas. 2. O MUNDO ATUAL ESTÁ MAIS TECNOLÓGICO; ALÉM DISSO, A COMUNICAÇÃO POR MEIO DIGITAL É CADA VEZ MAIS FREQUENTE. NESSE PROCESSO, AS PESSOAS ACABAM SENTINDO FALTA DA INTERAÇÃO COM SEUS SEMELHANTES. SOBRE AS INTERAÇÕES DOS CONSUMIDORES COM AS MARCAS, APONTE A ALTERNATIVA CORRETA. A) As marcas que mostram uma personalidade própria não possuem espaço no mercado. O consumidor gosta de consumir tendências e de ter o comportamento e a aparência iguais aos outros de seu meio. B) O oferecimento de produtos e serviços de qualidade já não é mais um diferencial no qual a marca deve se sustentar. O maior desejo do consumidor é ser surpreendido. C) No marketing centrado no ser humano, é preciso abordar as necessidades e os desejos latentes do consumidor. Isso gera um alto consumismo, principalmente de produtos que não são funcionais. D) O grau de interação é tão alto no meio on-line que os consumidores deixaram de se comunicar pessoalmente. Interagir com vendedores em uma loja física se tornou raro. E) O processo de fidelidade é reconhecido pelo cliente que consome a marca de maneira constante. Sua confiança na marca é elevada, e ele não sente a necessidade de pesquisar outras opções de compra. GABARITO 1. O estudo que envolve o neuromarketing não significa implantar ideias no cérebro das pessoas ou forçá-las a comprar algo, e sim revelar o que já está dentro da mente delas: a lógica de consumo. A esse respeito, assinale a alternativa correta. A alternativa "E " está correta. Os estudos apresentados pelas pesquisas dentro do campo de neuromarketing mostram que o estímulo aos sentimentos e às lembranças do consumidor facilita sua tomada de decisão. O cliente, por exemplo, consegue guardar as lembranças e as boas experiências que aconteceram com ele anteriormente. Portanto, seu instinto será o de confiar e consumir determinada marca ou certo produto. 2. O mundo atual está mais tecnológico; além disso, a comunicação por meio digital é cada vez mais frequente. Nesse processo, as pessoas acabam sentindo falta da interação com seus semelhantes. Sobre as interações dos consumidores com as marcas, aponte a alternativa correta. A alternativa "B " está correta. As organizações precisam fornecer a seus clientes uma experiência atraente a fim de gerar laços de interação muito mais fortes. Portanto, é necessário ir além do trivial, permitindo que eles tenham uma autorrealização e consigam satisfazer as próprias necessidades e os próprios desejos. MÓDULO 2 Identificar as novas maneiras de utilização de ferramentas digitais para a interação com o cliente e a transmissão de informações O NOVO PERFIL DO CONSUMIDOR Quais são os maiores desafios do marketing? Prender a atenção dos consumidores e lhes passar informações constituem alguns dos maiores desafios do marketing. Sua interação mais intensa e a troca de informações entre eles geraram a exigência por uma maior transparência das marcas. Nesse contexto, a publicidade tradicional perdeu sua força. O público nem sempre confia nas mensagens passadas, pois está com sua atenção reduzida; em muitos casos, ele sequer acha as mensagens publicitárias atraentes. No passado, o monopólio de certos canais quanto à difusão de informações fez com que os consumidores não tivessem muita escolha e ouvissem atentamente a mídia tradicional. O surgimento da mídia social trouxe diversas mudanças no acesso à informação, como a disponibilidade de um alto volume de conteúdo. Devido à maneira como é produzido, esse conteúdo pode ser mais atraente e ter um nível maior de confiabilidade em comparação com aquele veiculado pela mídia tradicional. A mídia social trouxe uma grande vantagem que o consumidor aprendeu a apreciar: receber uma informação se tornou algo voluntário, podendo ser acessado sob demanda. Agora tal conteúdo surge apenas quando e onde ele quer. No entanto, um lado negativo desse processo é que sua capacidade de concentração diminuiu. As marcas, portanto, precisam se adaptar ao novo perfil desse consumidor conectado, mas distraído. Seu esforço se concentra em prender a atenção dele por tempo suficiente para que a informação possa ser passada sem que ele se distraia ou se concentre em outro assunto. Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017, p. 176) se referem a essa situação como o “desafio de cinco segundos do mundo descartável”. EXEMPLO O YouTube é uma representação dessa situação, pois é permitido ao usuário pular o vídeo de propaganda após cinco segundos. MARKETING DE CONTEÚDO CONCEITOS E APLICAÇÕES Apesar da coexistência de diversos canais de comunicação, o marketing de conteúdo pode ser considerado um dos mais relevantes canais de interação. Esse modelo permite que as informações cheguem de modo mais rápido e eficiente ao consumidor. A produção de conteúdo aproxima o cliente da marca e estabelece uma relação de troca. O consumidor recebe informação relevante e, em troca, busca adquirir um produto ou uma marca. Dentro desse contexto, a importância da mídia social é ressaltada, assim como os desafios para a promoção de um marketing de conteúdo de alta qualidade. Além disso, a comunicação com os clientespor meio desse tipo de marketing é feita de forma direta, sem passar por intermediários, como acontece na mídia tradicional. As conversas se tornam mais interativas: os frequentes diálogos, graças a isso, são mais eficazes e econômicos. Entretanto, os diferentes tipos de canais se complementam, garantindo que não ocorra uma quebra na comunicação. O consumidor, desse modo, tem a opção de escolher a fonte de comunicação mais eficiente para ele. QUAL É UM PROBLEMA ENFRENTADO NO DESENVOLVIMENTO DO MARKETING DE CONTEÚDO? RESPOSTA RESPOSTA É que, muitas vezes, profissionais da área veem esse modelo apenas como outro tipo de propaganda. Além disso, eles consideram a mídia social como apenas mais um meio de difundir determinada informação. Dentro desse contexto, o conteúdo e o anúncio possuem características diferentes: Um anúncio transmite informações sobre produtos e serviços. Já um conteúdo, para Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017, p. 177), “contém informações que os consumidores possam usar para alcançar seus objetivos pessoais e profissionais”, não necessariamente informando sobre um produto ou serviço. As marcas se empenham, assim, em disponibilizar ao público um conteúdo original, aproveitando-se desse processo para contar histórias interessantes sobre si e para atrair o público por meio da identificação. A alta qualidade das produções também é um fator celebrado no marketing de conteúdo. Os tópicos abordados procuram criar, distribuir e ampliar conteúdos interessantes, relevantes e úteis para um público claramente definido. Táticas de storytelling (Narrativa) são muito bem- vindas no marketing de conteúdo. EXEMPLO Um storytelling bem construído pode mudar a cara de uma apresentação comercial, criar engajamento em redes sociais e principalmente aproximar a marca de seu público-alvo, seja qual for o objetivo dela. Obter sucesso em contar uma história simples e de forma criativa gera emoção e inspira as pessoas ao redor. VEJA O QUE KOTLER, KARTAJAYA E SETIAWAN (2017, P. 184, 186-187), DIZEM SOBRE MARKETING DE CONTEÚDO “Para encontrar o tema certo [na promoção de conteúdos], os profissionais devem levar em conta dois fatores. [Em] primeiro [lugar], um ótimo conteúdo tem relevância clara para a vida dos consumidores. Diante da atual sobrecarga de informações, o conteúdo tem de significar algo para o público para não ser desprezado. [Ele] deve [atender às necessidades] e ajudar a satisfazer os desejos de seu público. O segundo fator é que um conteúdo eficaz apresenta histórias que refletem a personalidade e os códigos da marca. A combinação de temas pertinentes, formatos adequados e narrativas genuínas assegura uma campanha de marketing de conteúdo bem-sucedida. Embora sua eficácia seja maior no início do caminho do consumidor, sobretudo para gerar interesse e curiosidade nos estágios de atração [de clientes], o conteúdo deve ser distribuído ao longo de todo [esse] caminho. A criação do conteúdo não tem datas de início e fim: é um processo contínuo.” (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017, p. 184, 186-187, grifos nossos) Além disso, o marketing de conteúdo não é realizado exclusivamente por canais de mídia digital. Por exemplo, a Comic-con é uma convenção vinculada à cultura pop e ao entretenimento. O evento tem como objetivo oferecer uma experiência inesquecível para seu público, apresentando informações em primeira mão que acabam sendo repassadas pelas mídias de maneira rápida, gerando diversas viralizações de conteúdo. Há uma grande repercussão nas mídias sociais, fazendo com que ele seja acessado e conhecido por muitas pessoas. O objetivo ao gerar esse tipo de conteúdo é criar uma experiência única para o público e escutar o que ele tem a dizer e como se sente. Isso faz com que ele se sinta acolhido pelas marcas. A partir disso, o consumo e a fidelização às marcas, aos produtos ou aos serviços acabam sendo gerados naturalmente. Eventos presenciais proporcionam uma alta eficácia dentro do marketing de conteúdo. No mundo digital, não ocorrem as interações pessoais significativas que os eventos presenciais são capazes de proporcionar. OPERACIONALIDADE (PASSO A PASSO) Tão importante quanto o desenvolvimento da identidade da marca, o marketing de conteúdo conta com a seguinte estratégia: dar um suporte a seus possíveis clientes durante o caminho até a tomada de decisão. Investir na produção de conteúdo, por conta disso, se revela essencial para conquistar mais clientes e se tornar uma referência no mercado. Entender a necessidade deles e atender às suas expectativas geram um alto valor para a marca. Cada consumidor, afinal, pode estar em um momento diferente da jornada de compra. Apontaremos a seguir quatro momentos distintos: Aprendizado Descoberta Reconhecimento de um problema Fechamento do negócio Deve-se manter a organização e a estratégia sobre as etapas a serem seguidas. Por isso, conheceremos agora os seis passos que precisam ser cumpridos para se garantir a operacionalidade do marketing de conteúdo: 1º Fixação de metas É preciso ter metas claras sobre os objetivos da marca em relação ao conteúdo gerado e ao que se deseja transmitir. Normalmente, o foco está em dois diferentes fatores: Geração de vendas; Associação das pessoas à marca. Fonte: Autor/Shutterstock Oferecer novos conteúdos ao público de forma constante é importante, porém é necessário medir a dose correta daqueles que visam à venda. Concentrar-se na diversidade de ações e de informações também mostra ser algo relevante. O consumidor enjoa rapidamente de um produto ou de um serviço, não querendo simplesmente mais do mesmo. O público, portanto, precisa ter a oportunidade de buscar outras opções. 2º Entendendo seu público É necessário definir o público-alvo. Afinal, estabelecer um subconjunto mais específico ajuda na criação de um conteúdo relevante e assertivo, permitindo que a informação passada seja mais eficaz. EXEMPLO Isso não significa preestabelecer que os consumidores têm de ficar dentro de segmentos fechados, descartando, com isso, a opinião do cliente sobre onde ele deseja estar e o colocando em meras caixas. AIRBNB Empresa que faz a intermediação entre os proprietários que querem alugar seus imóveis por temporada – em geral, de curta duração – e os inquilinos potenciais. Entretanto, é necessário saber em qual público se deseja concentrar, já que entender e interagir com todos não é uma estratégia eficiente. Normalmente, o parâmetro usado para definir o público é o comportamental. A partir desse ponto, o conteúdo desenvolvido se ocupa de interessar e atender às necessidades dessa subcultura em particular. Por exemplo, o Airbnb se concentra em viajantes que desejam sentir o cotidiano das cidades como moradores, e não como turistas. Além disso, deve-se considerar que o público de um mesmo nicho pode estar passando por diferentes momentos de interação com a marca e o conteúdo proposto por ela: alguns estão conhecendo a marca e sua identidade, enquanto outros já podem ser considerados embaixadores delas. É preciso criar conteúdos que visam conduzir o público por seus diferentes momentos. Conhecê-lo é fundamental para direcionar o assunto correto e fazer com que o desejo de comprar determinado produto ou serviço seja despertado. No marketing de conteúdo, o processo de entendimento do consumidor pode ser dividido, conforme os diferentes momentos pelos quais ele passa, em três fases: ATRAIR E EDUCAR POTENCIAIS CLIENTES Essa é a principal função do conteúdo. Os clientes ou os visitantes que se interessam pelos assuntos abordados são novos e precisam ter seu interesse despertado: causar uma boa primeira impressão é fundamental. Esses usuários têm de ser atraídos de alguma forma. Abordar temas mais amplos, com uma linguagem fácil de ser entendida, e tratar de problemas enfrentados por esses usuários são boas maneiras de estabelecer conexões iniciais. Com isso, é possível captar o interesse deles pela marcae educá-los sobre o valor do produto para solucionar seus problemas. Portanto, no primeiro momento, não é estritamente necessário falar especificamente sobre a marca, o produto ou o serviço. Em vez disso, a empresa deve oferecer a esses visitantes um conteúdo voltado para sua área de atuação. Essas conexões precisam ser criadas com calma e qualidade. AJUDAR O PÚBLICO A RECONHECER SEUS PROBLEMAS E A ENCONTRAR A MELHOR SOLUÇÃO De forma geral, os conteúdos criados nesse momento servem como um processo de nutrição, devendo sanar todas as dúvidas dos potenciais consumidores. É necessário colocar esforços na produção de conteúdo para que o usuário consiga identificar seu valor. MOSTRAR QUE DETERMINADO PRODUTO OU SERVIÇO É A MELHOR OPÇÃO Os usuários que interagem com a marca são aqueles que já se sentem conectados a ela e sabem do que trata o negócio. Por isso, é necessário se concentrar em estratégias capazes de mostrar que os produtos ou os serviços oferecidos constituem as melhores opções para eles. 3º Criação de conteúdo A criação do conteúdo não acontece de forma simples nem barata, exigindo comprometimento e orçamento justamente para atender às altas exigências de qualidade e originalidade. Em alguns casos, as marcas decidem produzir o próprio conteúdo, embora ele também possa ser um serviço terceirizado. Independentemente da circunstância, o conteúdo produzido não deve ser tendencioso, e sim construir histórias divertidas e instigantes. Outra opção é patrocinar o realizado por terceiros ou incentivar uma interação com o público de maneira que ele mesmo possa geri-lo para as marcas. Foto: Shutterstock.com EXEMPLO: A Heineken criou uma campanha que convida os consumidores a criarem e compartilharem vídeos e imagens com o propósito de pensar como a cerveja deverá ser servida e bebida no futuro. 4º Distribuição de conteúdo A propagação de informações emprega diversos formatos de conteúdo. Canais de distribuição físicos são utilizados com frequência. Existem três grandes categorias de canais de mídia: MÍDIA PRÓPRIA MÍDIA PAGA MÍDIA CONQUISTADA Embora fique altamente direcionado para o público da marca já existente, o conteúdo pode ser distribuído por diversos meios: mídias da própria marca, publicações e eventos corporativos, blogs, sites e mídia social. Esse tipo de mídia é baseado nos canais que a marca contrata para fazer a distribuição do conteúdo. Os canais podem ser relacionados às mídias tradicionais ou eletrônicas. Nesse modelo, o pagamento pelo serviço costuma fundamentar-se na quantidade de vezes que o conteúdo é exibido e chega ao público ou nas oportunidades em que este interage com aquele, por meio de cliques ou compras. A mídia paga possui a vantagem de atingir novos públicos potenciais, desenvolvendo uma consciência sobre a marca e direcionando-os para os canais próprios dela. Essa mídia é obtida por meio de propaganda boca a boca, caso em que o público atua como defensor da marca. Conteúdos de alta qualidade tendem a ser compartilhados com mais frequência, gerando uma difusão orgânica da informação. Geralmente, promover a distribuição deles a partir da mídia conquistada requer o suporte das mídias própria e paga. 5º Ampliação de conteúdo A grande quantidade de informações presente nos meios digitais facilita a possibilidade de um conteúdo específico se perder na transmissão, mesmo quando se investe em estratégias voltadas para um público-alvo ou em diversos canais de distribuição. É preciso assegurar que o conteúdo seja descoberto pelo público desejado. Uma maneira de garantir isso é usar o serviço dos chamados influenciadores. Desse modo, os profissionais de marketing precisam identificar quem são os influenciadores cujo perfil é compatível ao de sua marca. Além disso, também é preciso mostrar a essas figuras que elas poderão se beneficiar com essa parceria e melhorar sua reputação dentro das redes, configurando um importante fator a ser considerado ao se negociar com influenciadores. INFLUENCIADORES De acordo com Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017, p. 190), eles são “figuras respeitadas em suas comunidades que contam com um número considerável de seguidores e público engajado. [Por meio deles], o conteúdo tem mais chance de viralizar”. 6º Avaliação do impacto A avaliação do sucesso e do impacto que a geração de conteúdo causa constitui um fator essencial. Como já sabemos, a definição de metas é fundamental para a geração de um conteúdo eficaz. Portanto, é preciso verificar se as metas estipuladas inicialmente foram alcançadas. Do ponto de vista tático, é necessário avaliar as métricas-chave, que dependem de fatores como formatos de conteúdo e canais de mídia. Os profissionais precisam rastrear o desempenho do conteúdo ao longo de todo o percurso – desde sua idealização até a assimilação das mensagens pelo consumidor. 1 Primeiramente, algumas das métricas a serem avaliadas indicam o grau de visibilidade do conteúdo, ou seja, quantas vezes ele é exibido e qual é a porcentagem da audiência capaz de se lembrar do nome da marca. Em seguida, deve-se identificar o quanto de interesse ele atraiu. Diversos indicadores conseguem mostrar a interação do consumidor com a marca. Exemplo: O número de visitantes no site da marca ou o tempo gasto navegando nele. Também é importante medir a descoberta da marca por um público novo, o qual, aliás, é um potencial cliente. Isso pode ser avaliado ao se identificar a relevância dela dentro da lista de resultados de mecanismos de busca como o do Google. Exemplo: É possível verificar se o conteúdo da marca aparece a partir de buscas por palavras- chave ou quantas pessoas chegam às mídias dela por meio da busca ou por intermédio de cliques advindos de outras indicações. 2 3 Além disso, como vimos, a criação de conteúdo também tem como um dos principais objetivos a geração de vendas. Portanto, é fundamental medir a taxa de convergência do conteúdo, isto é, até que ponto ele induz uma compra efetivamente. Exemplo: As métricas analisadas se referem à taxa de cliques que se transformam em compras. Por fim, é preciso avaliar o sucesso na disseminação do conhecimento sobre a marca entre a população e como a defesa dela é feita por seus clientes. Exemplo: Os profissionais de marketing podem rastrear essas atividades de compartilhamento via Twitter, já que é possível medir nele fatores como retweets , favoritos, respostas e menções. 4 PRODUÇÃO DE CONTEÚDO: CONVERSANDO COM OS CONSUMIDORES Neste vídeo, vamos falar sobre produção de conteúdo, visto que prender a atenção do consumidor se tornou um dos maiores desafios do marketing. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. DE ACORDO COM KOTLER, KARTAJAYA E SETIAWAN (2017, P. 43), “UMA PESQUISA DO NATIONAL CENTER FOR BIOTECHNOLOGICAL INFORMATION MOSTRA QUE O INTERVALO DE ATENÇÃO HUMANA MÉDIO CAIU DE 12 SEGUNDOS, EM 2000, PARA 8 SEGUNDOS, EM 2013”. A CAPACIDADE DE CONCENTRAÇÃO DO CONSUMIDOR É UM FATOR QUE PRECISA SER CONSIDERADO DURANTE A PRODUÇÃO DO CONTEÚDO. SOBRE O ASSUNTO, MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA. A) O grande desafio de desenvolver um conteúdo é prender a atenção do consumidor dentro de curtos segundos de modo que ele não se distraia e imediatamente clique em outros conteúdos. B) A atenção reduzida dos consumidores traz grandes benefícios às marcas, que usam isso para omitir informações importantes sobre o produto sem que o cliente perceba. C) A atenção reduzida do consumidor dificulta sua tomada de decisão. Por isso, os consumidores pararam de confiar na opinião de terceiros, preferindo tomar as próprias conclusões de forma independente. D) A impaciência do consumidor e sua falta de atenção fizeram com que o marketing de conteúdo perdesse seu poder. Devido a isso, o mercado já está inventando novos meios de se comunicar e interagir com o consumidor. E) As marcas lidam com a falta de atenção do consumidor bombardeando-o com informações rápidas. Dessa maneira, os usuários conseguem assimilá-las pormeio da repetição. 2. O MARKETING DE CONTEÚDO TEM COMO OBJETIVO DAR SUPORTE AO CLIENTE EM TODO O SEU PERCURSO, DESDE A DESCOBERTA DA MARCA ATÉ SUA DECISÃO DE COMPRA. SOBRE ESSE TEMA, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA. A) Normalmente, o foco do marketing de conteúdo está no aumento da geração de vendas. A essa altura, o cliente já tem conhecimento sobre a marca e se identifica com ela. B) O marketing de conteúdo tem a vantagem de conseguir atingir os mais diferentes públicos, poupando as marcas da definição sobre o tipo de público em que se deseja concentrar. C) A criação de conteúdo exige enorme compromisso com alta qualidade e originalidade. Por isso, as marcas são exclusivamente responsáveis pela criação do próprio conteúdo. D) Os influenciadores são ótimos em ajudar a difundir o conteúdo das marcas pelas redes, garantindo que mais pessoas tenham acesso a elas. E) O marketing de conteúdo surgiu na era digital, sendo exclusivamente propagado por canais de mídia sociais. GABARITO 1. De acordo com Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017, p. 43), “uma pesquisa do National Center for Biotechnological Information mostra que o intervalo de atenção humana médio caiu de 12 segundos, em 2000, para 8 segundos, em 2013”. A capacidade de concentração do consumidor é um fator que precisa ser considerado durante a produção do conteúdo. Sobre o assunto, marque a alternativa correta. A alternativa "A " está correta. O consumidor que interage por meio das mídias sociais tem a vantagem de escolher a hora e o lugar em que deseja receber a informação, mas isso acabou gerando uma grande falta de atenção. O extenso volume de informações deu a ele muitos fatores que disputam sua atenção; por isso, o consumidor não sabe em que ponto deve se concentrar. 2. O marketing de conteúdo tem como objetivo dar suporte ao cliente em todo o seu percurso, desde a descoberta da marca até sua decisão de compra. Sobre esse tema, assinale a alternativa correta. A alternativa "D " está correta. Uma maneira de garantir que determinado conteúdo chegue ao público desejado é pelo trabalho dos influenciadores, que são figuras respeitadas em suas comunidades. Muitas pessoas prestam atenção tanto ao que eles dizem quanto aos produtos e aos serviços que anunciam – ou até mesmo àqueles que tais figuras usam. MÓDULO 3 Descrever as ferramentas digitais para a relação com o cliente e o mercado on-line FERRAMENTAS DIGITAIS PARA O ENGAJAMENTO ON-LINE No processo de integração, a economia digital oferece ferramentas para as marcas poderem aumentar seu engajamento com o consumidor. Falaremos nesta seção sobre três ferramentas digitais muito usadas pelas empresas para promover um maior engajamento com ele: Imagem: Shutterstock.com APLICATIVOS. Imagem: Shutterstock.com CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT (CRM) Ou, em português, gestão de relacionamento com o cliente. Imagem: Shutterstock.com GAMIFICAÇÃO. Em seguida, abordaremos a chamada Search Engine Optimization (SEO). O SEO – que, em português, pode ser traduzido como otimização para ferramentas de busca – se concentra em aumentar a visibilidade das marcas dentro do mundo digital. Essas ferramentas possuem objetivos estratégicos diferentes e podem ser combinadas entre si. Quais os principais propósitos delas? Aprimorar a experiência do cliente; Desenvolver uma ótima gestão de relacionamento; Melhorar o engajamento por meio das observações do comportamento do cliente. Descreveremos a seguir as quatro ferramentas mencionadas acima: APLICATIVOS De acordo com o relatório de mobilidade da Ericsson, 70% da população mundial é portadora de um smartphone , pontuam Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017). A dependência das pessoas em relação a seus aparelhos é cada vez maior. Graças a seus telefones, elas conseguem realizar as mais diversas tarefas, sejam aquelas voltadas para o lazer ou para as questões de ordem prática, como controle de informações e de experiência direta com produtos e serviços. As estratégias de marketing utilizam a proximidade e o apego que as pessoas possuem por seus smartphones como um canal para promover melhores serviços ao consumidor e aumentar seu engajamento. As principais empresas globais já perceberam essa tendência e desenvolveram aplicativos para suas marcas. O uso de aplicativos traz vantagens para: Os consumidores Que conseguem estabelecer uma interação mais livre e no próprio tempo deles com as marcas. e As marcas Que podem reduzir seus custos operacionais graças ao uso de uma interface eficaz. Entretanto, as empresas precisam ter em mente quais serviços e benefícios os aplicativos podem gerar para seus clientes. Afinal, eles não são somente um canal de venda. A tecnologia precisa ser empregada para satisfazer o cliente ao máximo e ajudar em sua experiência de compra. Em primeiro lugar, é necessário entender quais são os desejos, as necessidades e as frustações do cliente. Os aplicativos podem ser usados justamente para solucionar tais problemas. Foto: Shutterstock.com Por exemplo, conectada aos aplicativos, a ferramenta de realidade aumentada ajuda na interação do cliente com o produto. Lojas de móveis utilizam esse fator para melhorar o processo de escolha dos clientes, que podem testar os diferentes móveis no espaço de sua casa. Desse modo, eles conseguem fazer escolhas mais assertivas, já que as empresas lhes fornecem uma experiência de valor elevado. Após entender o tipo de uso do aplicativo, é necessário definir quais serão suas funcionalidades-chave e como ele será uma ferramenta de interação social. EXEMPLO O aplicativo Nike+ Run Club permite que o usuário rastreie seu tempo e seu percurso de corrida, além de permitir que essas informações sejam compartilhadas. É fundamental para o sucesso do aplicativo que ele tenha uma interface de manejo amigável e intuitiva. Afinal, nem todo usuário está acostumado ou possui facilidade com o mundo digital. Gerar inclusão, portanto, é necessário! Por fim, deve-se garantir que os aplicativos estejam integrados a outros canais a fim de oferecer ao cliente uma experiência completa e fluida. CRM SOCIAL O que é o CRM? É uma ferramenta que auxilia na gestão e no monitoramento da satisfação dos consumidores. Esse monitoramento ajuda as empresas a entenderem melhor os desejos e as necessidades dos clientes, superando suas expectativas e gerando fidelização. As ferramentas de CRM fornecem diversas funções que também as ajudam a compreender a individualidade de seus consumidores. Mostraremos cinco delas a seguir: Relatórios e insights sobre o negócio. Bancos de dados que armazenam ações e comportamentos dos clientes. Backup de informações na nuvem. Automatização das tarefas. Integração com outros aplicativos, como o e-mail marketing. Por meio de uma base de dados central, as informações de compra dos clientes ficam disponíveis. A digitalização dessas informações permite que os processos de comunicação com eles e a integração entre as áreas internas sejam mais eficientes. Uma melhor gestão das informações do cliente destaca suas individualidades e dá suporte ao desenvolvimento de estratégias de fidelização. Por meio dessas informações, as empresas conseguem estabelecer uma comunicação mais eficaz e usar os canais de sua preferência, como e-mail e centrais de atendimento, para enviar suas mensagens. Desse modo, o CRM gerencia a jornada do cliente desde sua atração até o pós-venda. Esse modelo, porém, se concentra em promover mecanismos que facilitam as análises das empresas, faltando, portanto, um mecanismo que dê maior atenção ao público. Para se concentrar mais no público, o CRM Social funciona como uma evolução do CRM tradicional: Vetor: Shutterstock.com Seu foco está nas interações que ocorrem dentro das redes sociais, porque as empresas já reconhecem a importância de se interagir com o público em qualquer canal no qual ele esteja presente. Vetor: Shutterstock.com Contudo, a interação dentro das redes ainda ocorrede maneira muito ampla. As marcas, por conta disso, não possuem um total domínio sobre as maneiras de se interagir e atender a seu público-alvo de modo eficiente. Assim, no CRM Social, são os clientes que iniciam a comunicação por intermédio de consultas feitas pela mídia social. Vetor: Shutterstock.com Mesmo as empresas tendo se concentrado em estratégias para entender seu público e sua posição dentro do processo de interação com a marca, como vimos no módulo 2, existe uma grande quantidade de usuários que, a despeito da alta interação com as marcas, não converte isso em ações de compra. Vetor: Shutterstock.com Outro fator importante é que as redes sociais estabelecem um ótimo ambiente para a geração de conversas e o compartilhamento de informações de forma coletiva. Entretanto, essa realidade não caracteriza propriamente um relacionamento direto ou uma conversa particular. Vetor: Shutterstock.com Por fim, as redes permitem a abordagem de assuntos e promovem diferentes tipos de conversas, mas nem sempre todas essas informações facilitam o estabelecimento de uma jornada de compra clara. Tendo em vista as questões apontadas, destacaremos as três principais características do CRM Social: 1ª É necessário ouvir o que o cliente tem a dizer As marcas devem observar o que os clientes falam sobre elas nas mídias sociais a fim de, com isso, adquirir ideias. Essa estratégia consegue captar informações dentro desse meio, mantendo, assim, os clientes atualizados sobre os fatos que lhes agradam ou não. Foto: Shutterstock.com Muitas vezes, o consumidor tem uma dificuldade de expressar suas opiniões quando é confrontado diretamente. Ele tem mais facilidade de fazer isso em um ambiente no qual se sinta confortável e entre seus pares. 2ª Deve-se envolver as marcas nas conversas gerais Com isso, é possível acompanhar o público e seus interesses dentro das redes. “As empresas podem escalar uma equipe para comentar e influenciar as conversas a fim de obter resultados mais favoráveis”, apontam Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017, p. 224). 3ª É preciso agir de forma imediata diante de reclamações que podem levar a uma crise da marca Os clientes esperam que as marcas forneçam soluções para seus problemas. Uma ação delas, portanto, é necessária antes que esses problemas se tornem de conhecimento do público geral e causem uma influência negativa em suas tomadas de decisão de compra. A estratégia é promover relacionamentos personalizados (como os de call-center ou lojas físicas) dentro das redes. Esses processos exigem equipes especializadas com autonomia e ágeis na tomada de decisão. A agilidade é importante quando se considera o meio de contato aberto estabelecido com o cliente. EXEMPLO Um comentário é visto por qualquer usuário que visite a página da rede social da marca. Isso permite que a resposta da empresa seja avaliada por milhares de pessoas. Oferecer uma resposta, mesmo que para uma crítica simples, demonstra eficiência e atenção por parte da empresa. Além disso, a linguagem utilizada dentro do ambiente virtual deve ser seguida nesses processos de contato. No entanto, o fato de os clientes interagirem nas mídias de modo constante, sem uma hora específica para iniciar qualquer consulta, faz com que horários comerciais sejam ignorados. Por isso, tal processo não pode ser automatizado Qual é um dos benefícios do CRM Social? Visto que os clientes querem respostas instantâneas e direcionadas a seus problemas específicos, o CRM Social permite estabelecer esses diálogos de modo permanente. Devido à dinâmica social das redes, as questões tratadas dentro da comunicação entre marca e consumidor dificilmente podem ser contidas ou isoladas. Clientes potenciais, afinal, podem ver as respostas das marcas e se juntarem à conversa. GAMIFICAÇÃO Quando se fala em aumentar o engajamento com o público, é preciso definir o equilíbrio entre as conexões feitas por meio de pontos de contato off-line e outras por conta da tecnologia da informação. Diversas possibilidades de interação são possíveis. Por isso, é importante conhecer o público e oferecer múltiplos mecanismos para promover seu engajamento. POR QUE A GAMIFICAÇÃO É UMA DAS ABORDAGENS QUE SE MOSTRA AGRADÁVEL NA INTERAÇÃO COM OS CLIENTES? RESPOSTA RESPOSTA Pois ela utiliza um mecanismo de jogos. O uso dessa perspectiva é interessante, pois, além de divertidos e viciantes, jogos geram competitividade e podem estimular diversas ações do público que se propõe a usá-los como entretenimento. Práticas de gamificação são geralmente relacionadas à recompensa de clientes por certas ações. Os métodos mais comuns são os programas de fidelidade e as comunidades de clientes. VEJA UM EXEMPLO DE GAMIFICAÇÃO: Nos programas de milhagem, a ideia é incentivar os viajantes a escolherem sempre a mesma empresa aérea, acumulando, com isso, pontos. Quanto mais pontos são adquiridos, maior é o nível dentro do programa e mais vantagens o cliente recebe. O TripAdvisor, por sua vez, utiliza a comunidade de consumidores on-line para aumentar o engajamento, pois seu conteúdo depende dos usuários para ser gerado. A fim de garantir que os consumidores publiquem suas opiniões de maneira constante e se comprometam com a qualidade das informações, o site oferece um programa de pontos àqueles que cumprirem essas ações. A gamificação tem como maior benefício garantir o engajamento contínuo. Trata-se de uma das melhores ferramentas para isso, já que seu sistema utiliza o desejo que as pessoas têm de alcançar altas metas e obter reconhecimento por isso. Os sentimentos e as emoções relacionados a jogos são ativados. Enquanto alguns consumidores são motivados pelo recebimento de recompensas, outros o são pela autorrealização. O indivíduo, afinal, é ambicioso e deseja sempre alcançar níveis mais altos. Esses motivos levam os clientes a interagirem de forma contínua com as marcas e a criarem vínculos com elas. Para haver um engajamento promovido pela gamificação, três fatores precisam ser considerados: 1 2 3 1. ESTABELECER QUAIS SÃO AS METAS A SEREM ATINGIDAS E COMO OS CLIENTES SERÃO ESTIMULADOS Suas ações mais comuns se referem a estimular o cliente a realizar suas compras sempre com a mesma empresa, gerando uma fidelidade. Mas também são apresentadas motivações para ele colaborar em avaliações ou para fornecer informações pessoais. 2. DEFINIR COMO ESSE PROCESSO SERÁ EFETUADO Algumas perguntas podem ser feitas nesse caso: Quais são as formas de o cliente aderir ao programa? Como funciona o sistema de pontuação? Quais níveis o cliente pode atingir? Também é interessante pensar em ações adicionais às quais o cliente pode aderir para ganhar mais pontos, pois se sabe que o nivelamento do consumidor permite às empresas se concentrarem em seus clientes mais valiosos e rastrearem os processos de compra deles. 3. RECONHECER SEMPRE O ESFORÇO DO CLIENTE E OFERECER RECOMPENSAS POR SEU BOM DESEMPENHO Dessa maneira, ele se sente motivado a continuar seguindo no programa oferecido. Por exemplo, há privilégios como produtos premium, descontos ou atendimentos diferenciados, como as salas de embarque e o lounge premium dentro de aeroportos. Como uma ferramenta digital, a gamificação possibilita a criação de um alto grau de interação e conhecimento com o consumidor. Tal método permite o recolhimento de dados valiosos sobre cada um deles que podem ser utilizados para gerar ações mais personalizadas. Além disso, o empenho dos clientes e os níveis que estão dentro desse processo ajudam as empresas a se concentrarem naqueles mais importantes. SEO Os sites são importantes mecanismos de porta de entrada para que as pessoas possam efetuar as mais diversas atividades, como: Imagem: Shutterstock.com BUSCAR NOTÍCIAS. Imagem: Shutterstock.com REALIZAR COMPRAS. Imagem: Shutterstock.com PESQUISAR SERVIÇOS. Em alguns casos, o público já tem conhecimento sobre os sites que deseja acessar; por isso, o contatoé feito de modo direto. Em outros, as pessoas usam páginas de busca como o ponto de partida para encontrar o que desejam. EXEMPLO Por meio de buscadores como o Google, elas conseguem uma lista de sites que oferecem algo relacionado à sua procura. Porém, em muitos casos, os resultados das buscas são bem extensos. O SEO permite a otimização dos sites e alavanca sua relevância nos mecanismos de busca. Como essa ferramenta trabalha? Com processos de mudanças internas e ações externas, fazendo com que os sites sejam mais bem ranqueados dentro das páginas de pesquisa e visitados por possíveis clientes. Em outras palavras, a ferramenta permite que o site não apareça na 5ª ou 20ª página dentro da lista do Google. Imagine que você pesquisou sobre cestas de café da manhã no Rio de Janeiro e quer que seu site seja um dos primeiros a aparecer como opção de serviço oferecido, pois o consumidor acredita que as primeiras opções em destaque são as que oferecerem o melhor serviço do mercado. O processo do SEO envolve: Análise do site; Busca por links de direcionamento; Arquitetura e desenvolvimento do site; Análise de concorrência; Uso de palavras-chave; Indicação e criação de conteúdo. Ao relacionarmos a importância do SEO para a experiência do cliente, verificamos que: 1. Conteúdos sem atrativos e difíceis de ler não geram o engajamento dos usuários, influenciando negativamente seus resultados de busca. Sites lentos, textos com parágrafos muito longos e um conteúdo sem atrativos não engajarão os usuários e poderão diminuir seu tempo de navegação dentro do site, bem como aumentar sua taxa de rejeição. 2. A usabilidade dos sites também é um fator importante. Diversos dispositivos com características diferentes podem ser usados para a navegação on-line. Por isso, é necessário garantir que o usuário tenha uma experiência satisfatória de interação por intermédio de dispositivos distintos As redes sociais têm um relevante papel dentro da análise do SEO, mesmo que de forma indireta. O benefício gerado por elas está relacionado ao aumento da visibilidade de conteúdo do site. Quanto mais links da página forem gerados, melhor será seu ranqueamento no Google ou em outros mecanismos de busca. Desse modo, o compartilhamento de conteúdo constitui uma ótima maneira de divulgar sites e links. Isso pode ser feito compartilhando informações nas próprias redes a fim de que seus frequentadores – que possuem uma interação direta com você – tenham acesso àquela marca ou àquele produto. Foto: Shutterstock.com Além disso, por meio das comunidades sociais, é possível compartilhar informações entre as pessoas que já possuem interesses similares. Influenciadores também são grandes disseminadores de informação e possuem uma grande capacidade de gerar engajamento. Dessa forma, é necessário incentivar os defensores das marcas a ajudarem no compartilhamento e na divulgação de conteúdos e links. Para gerar maior incentivo, deve-se promover mecanismos que facilitem esse compartilhamento. O mecanismo mais comum e útil é a presença de botões que permitem o compartilhamento das informações dentro de páginas como Facebook, Twitter, Instagram e Pinterest. INTERAÇÃO ON-LINE E OFF-LINE Como já sabemos, criar a máxima integração com o cliente é muito importante para as marcas. Além disso, surpreendê-lo configura um meio de criar laços de relacionamento em longo prazo. VOCÊ ACHA QUE O DESENVOLVIMENTO DA INTERAÇÃO COM OS CLIENTES POR MEIO DOS CANAIS ON-LINE VEIO PARA SUBSTITUIR OS CANAIS TRADICIONAIS OFF-LINE? SIM NÃO OPA! ALGO NÃO DEU CERTO! A resposta correta é não. A interação com os clientes por meio dos canais on-line não veio substituir os canais tradicionais off-line, e sim agregar. PARABÉNS, VOCÊ ACERTOU! A interação com os clientes por meio dos canais on-line não veio substituir os canais tradicionais off-line, e sim agregar Tudo indica que os mundos on-line e off-line vão coexistir e convergir cada vez mais. Afinal, a tecnologia afeta tanto o mundo digital quanto o físico. Entre as mudanças trazidas pelos novos processos digitais, destaca-se a grande vantagem do desenvolvimento da fidelização do cliente. A era digital trouxe novos canais e meios de comunicação para o mercado, mas a interação on- line não substitui os meios de contato que as marcas já tinham com seus clientes. Um grande desafio para elas é justamente este: estar presente na vida do cliente por meio de diversos canais conforme a maneira como ele mesmo decide interagir. Exemplo: 1. Um cliente vê o anúncio de um produto na televisão. 2. Para ter mais informações sobre ele, recorre à internet e verifica a opinião de outros usuários. 3. Em seguida, com o intuito de ter uma melhor visão dele, encaminha-se até a loja física. 4. Por fim, resolve comprar o produto pela internet e ter a opção da entrega em casa. No exemplo apresentado, verificamos que a marca tem um compromisso com o consumidor de proporcionar uma experiência integrada por diferentes canais. Disponibilizar distintos canais focais gera a vantagem competitiva de entregar uma experiência superior ao cliente. IMPORTANTE Para garantir esse tipo de experiência, é necessário que a integração entre os canais ocorra de maneira contínua. Para manter uma alta qualidade no atendimento ao cliente, devem ser considerados os pontos positivos e os negativos de cada canal e de que forma é possível integrá-los. As ferramentas digitais ajudam na integração com o cliente por serem rápidas, interessantes e intuitivas. Elas permitem que os mecanismos de compra e as recomendações de produtos dentro do caminho digital sejam muito mais simples. Entretanto, os esforços para proporcionar novos mecanismos de melhorias e inovações precisam considerar os diferentes canais e as pessoas envolvidas em cada um dos pontos com os quais o cliente se relaciona. Caso contrário, o processo não lhe proporcionará uma experiência completa. EXEMPLO Já sabemos que o cliente está se tornando cada vez mais exigente. Isso pode fazer com que ele se sinta insatisfeito nos seguintes casos: no atendimento ruim dos vendedores nas lojas físicas, já que eles não seriam treinados adequadamente ou teriam pouca autonomia de decisão; na ausência de ferramentas informacionais sobre os produtos e os clientes; ou, por fim, nos casos em que seus incentivos estejam voltados apenas para a realização de metas financeiras. Qual é um dos maiores desafios para a integração entre canais? Um dos maiores desafios para a integração entre canais é que as estruturas organizacionais de mercado ainda refletem a separação entre os mundos físico e virtual. A busca dos consumidores está em fazer suas compras e interagir com as marcas no momento desejado. Para estabelecer esse fluxo contínuo, os profissionais precisam mapear os diversos caminhos que o consumidor pode seguir, formando um cenário completo de opções. Além disso, um diferente modo de gestão é aplicado em cada canal – e é necessário sincronizar tais ações para não haver conflitos. As empresas precisam se especializar não no produto ou na venda final especificamente, e sim em otimizar e integrar seus processos para entregar ao cliente uma experiência contínua e superior dentro da ação de compra. MARKETING ONICANAL CONCEITOS As mudanças apresentadas pelo marketing 4.0 mostram principalmente que as marcas precisam lidar com a coexistência e a integração dos meios on-line e off-line. O onicanal lida justamente com este fator: integrar os diferentes canais, que podem estar relacionados ao meio on-line ou off-line, com o objetivo de proporcionar ao consumidor uma experiência contínua e uniforme dentro de seu processo de compra. Isso possibilita que as organizações não individualizem os diferentes canais de integração com o cliente, unificando, em vez disso, suas metas e estratégias. O processo permite que as vantagens dos meios sejam aproveitadas, considerando o imediatismo promovido pelos canais on-line e a intimidadeproporcionada pelos off-line. Para garantir a eficácia, as marcas devem priorizar os pontos de contato e os canais mais relevantes para seu público. Além disso, precisam informar e incentivar os funcionários a colaborarem com a aplicação do marketing onicanal. A colaboração de todos em razão de um objetivo comum é fundamental para: Foto: Shutterstock.com Surpreender os consumidores. Foto: Shutterstock.com Promover o aumento de vendas. Os consumidores querem ser livres em suas escolhas e utilizar o canal que desejam. Desse modo, o que é necessário por parte das marcas? Permitir que os consumidores tenham uma experiência satisfatória e surpreendente por todo o caminho percorrido – o qual, por sua vez, envolve os mais diversos pontos de integração e canais – até o momento da compra. O desenvolvimento de uma boa estratégia de marketing onicanal considera, em primeiro lugar, o mapeamento do caminho do consumidor, como vimos no módulo 1, entendendo os diferentes pontos de contato que o cliente tem com o mercado. É possível desenvolver esses pontos dentro dos mais diversos canais. PONTOS DE CONTATO X CANAIS DA MARCA Entender a relevância dos pontos de contato é crucial para melhorar a experiência do cliente dentro de sua jornada. Ao conhecer uma marca, o consumidor começa a formar opiniões e sentimentos sobre ela que influenciarão sua decisão de compra. Esse processo de conexão com a marca ocorre por meio de diversas interações. Cada uma delas é feita a partir um ponto de contato entre o público e ela. EXEMPLO Um consumidor visita uma loja física ou acessa um e-commerce , mas algo o atraiu para isso, como uma propaganda ou a fachada da loja. Um usuário que gosta do conteúdo produzido por um blog decide assinar a newsletter dele, cujo sucesso pode atrair diversas parcerias. As mais diversas ações são classificadas como pontos de contato entre a marca e o cliente, como a experiência da loja (física e virtual), a qualidade de atendimento, os anúncios, as ações promocionais, a navegação em sites de conteúdo e o envio de e-mails. Além dos pontos de contato, também devemos considerar os canais da marca. Porém, antes disso, precisamos apresentar a diferença entre esses dois termos: Ponto de contato Constitui a conexão firmada com o cliente, e não com os meios de comunicação. Canais da marca São os meios utilizados pelos consumidores para interagir com a marca, ocasião em que a comunicação acontece. Já os dois tipos de canal mais comuns são: 1 Imagem: Shutterstock.com CANAIS DE COMUNICAÇÃO: Veículos utilizados para transmitir informações ao público. Nesse caso, elas podem chegar por intermédio de propagandas na televisão ou no rádio, jornais, revistas ou conteúdos postados nas mídias sociais. CANAIS DE VENDAS: Facilitam o fechamento de transações entre as marcas e o cliente. Os canais de vendas podem ser físicos, como as lojas, ou virtuais, como os sites ou as televendas. Imagem: Shutterstock.com 2 Entendemos que os pontos de contato são, portanto, mediados pelos canais de comunicação da marca, embora sejam mais abrangentes e abstratos que as plataformas utilizadas. A partir dos exemplos apresentados, é possível verificar que diversas combinações de pontos de contatos e canais são possíveis. Qualquer consumidor pode experimentar uma combinação diferente. PONTOS DE CONTATO E CANAIS MAIS CRÍTICOS A complexidade ao lidar com as diversas alternativas aumenta a complexidade da execução do marketing onicanal. Por isso, o segundo ponto a ser levado em consideração no desenvolvimento de estratégias baseadas no marketing onicanal é identificar os pontos de contato e os canais mais críticos. Nesse caso, o foco das organizações deve recair sobre os caminhos mais populares e prováveis de acontecer. Portanto, as empresas precisam criar os meios para que suas operações facilitem a colaboração entre as equipes de diversos canais, evitando competições ou privilegiando o desenvolvimento de um canal específico. Todos os canais devem ter uma meta unificada e comum: facilitar o caminho do consumidor e sua navegação pelos diferentes canais, entregando a melhor experiência possível e convertendo-a em vendas. Contudo, em alguns casos, a total integração entre os diferentes canais de venda não é possível. Por isso, é fundamental incentivar as equipes e informá-las, ainda que separadamente, sobre a importância do marketing onicanal. DICA O principal objetivo desse tipo de marketing é mostrar para as marcas que cercar os clientes de pontos de contato ou bombardeá-los com informações não é garantia de fornecimento de uma boa experiência. É necessário oferecer ao consumidor uma experiência contínua com a qual ele se sinta confortável, além de lhe oferecer a possibilidade de transitar, conforme sua preferência, entre diferentes canais. Investir em pontos de contato estratégicos é essencial para: Impressionar os clientes. Estreitar o relacionamento com eles. Promover a retenção deles. Quanto mais satisfatórias forem as interações, mais o consumidor confiará na marca, aumentando as chances de interação. No longo prazo, a familiarização com o cliente diminui atritos e permite o desenvolvimento de soluções altamente assertivas. De acordo com a Salesforce Brasil (2020), “em média, atrair clientes custa cinco vezes mais do que fidelizá-los”. VEJA UM EXEMPLO Em relação à integração dos canais de venda, a loja Macy’s vem desenvolvendo uma ótima estratégia, pois relaciona de maneira orgânica seus diferentes canais e pontos de atendimento, dando ao cliente a opção de escolher sua melhor experiência de compra. Foto: Shutterstock.com Ao combinar os orçamentos on-line e off-line em um único orçamento de marketing, a organização foi capaz de otimizar os gastos com o objetivo unificado de entregar a melhor experiência, o que culmina em um maior número de vendas. Desse modo, a marca exemplificada mostra que o investimento na experiência de compra do usuário, e não em canais específicos, traz ótimos resultados. Isso confirma que os consumidores desejam transitar livremente entre os diferentes canais e definir o canal de compra e comunicação de sua preferência. FERRAMENTAS DIGITAIS PARA ENGAJAMENTO Neste vídeo, veremos a importância das ferramentas digitais para melhorar o processo de integração das marcas com o consumidor. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. DIVERSOS ASPECTOS EXPLICAM POR QUE A GAMIFICAÇÃO É CONSIDERADA UMA DAS MELHORES FERRAMENTAS PARA A CRIAÇÃO DE UM MAIOR ENGAJAMENTO COM O PÚBLICO. CONSIDERANDO AS CARACTERÍSTICAS DA GAMIFICAÇÃO, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA. A) A gamificação utiliza o desejo que as pessoas têm de alcançar metas e de serem reconhecidas por suas ações para garantir um engajamento contínuo dos clientes. B) O principal objetivo da gamificação é oferecer ao cliente momentos de diversão e descontração, buscando associar as experiências divertidas e os momentos de felicidade às marcas que proporcionaram isso. C) A grande vantagem da gamificação é que esse método, diferentemente de outras ferramentas digitais, não requer altos níveis de estratégias de negócio. O engajamento com o cliente ocorre de maneira orgânica. D) Em um momento em que o cliente está cada vez mais desatento, a gamificação oferece uma maneira fácil de ele interagir com a marca. Esse é o principal motivo para o sucesso do método. E) A gamificação exige altos níveis de tecnologia, incentivando ainda mais o desenvolvimento do mercado digital. Conseguir o engajamento do público é cada vez mais difícil, pois é necessário apostar em ferramentas do futuro. 2. OS CANAIS ON-LINE E OFF-LINE SE COMPLEMENTAM NO PROCESSO DE GERAR INTEGRAÇÃO COM O CLIENTE. SOBRE OS DIFERENTES NÍVEIS DE INTERAÇÃO NESSES CANAIS, APONTE A RESPOSTA CORRETA. A) A tecnologia não afeta o mercado tradicional estabelecido no mundo físico, apenas o digital. B) A complexidade de lidar com as diversas alternativas dentro do caminho do consumidor diminui a utilizaçãodo marketing onicanal pelas organizações. C) O processo de integração com uma marca acontece por meio de diversos pontos de contato estabelecidos com o cliente. D) O marketing onicanal é a prática de escolher um único canal no qual a marca investe para se integrar com o cliente. E) Ao se concentrar em apenas um único canal de integração com o cliente, a empresa ganha com eficácia. GABARITO 1. Diversos aspectos explicam por que a gamificação é considerada uma das melhores ferramentas para a criação de um maior engajamento com o público. Considerando as características da gamificação, assinale a alternativa correta. A alternativa "A " está correta. Os princípios utilizados na gamificação são eficazes para se criar engajamento não apenas em um instante, mas também de forma contínua. Há vários motivos para isso: um dos mais importantes é o interesse natural das pessoas de atingir objetivos, se superarem e serem reconhecidas por isso pelos seus pares. 2. Os canais on-line e off-line se complementam no processo de gerar integração com o cliente. Sobre os diferentes níveis de interação nesses canais, aponte a resposta correta. A alternativa "C " está correta. O marketing onicanal se volta para o mapeamento dos diferentes caminhos que o consumidor pode seguir e os distintos pontos de contato estabelecidos com ele dentro desses caminhos. Vários canais permitem a criação de pontos de integração ou contato, incluindo as interações diretas e indiretas entre os consumidores e a marca ou entre eles próprios. . CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste conteúdo, conhecemos as estratégias e as táticas aplicadas dentro do universo do marketing 4.0, no qual o consumidor assume cada vez mais poder dentro das relações de mercado. Vimos que a internet muda as formas de comunicação, pois atualmente elas ocorrem de maneira híbrida dentro dos modos on-line e off-line. Observamos ainda que as marcas necessitam adaptar sua maneira de interagir com o cliente, tornando os relacionamentos mais pessoais. Dentro das novas dinâmicas de relacionamento, também pontuamos que a internet trouxe mudanças em ações relacionadas à tomada de decisão, que passou a ser uma ação coletiva. Frisamos, com isso, que a fidelidade dele não necessariamente gera uma garantia de compra. Em relação ao processo de gerar maior integração e engajamento, destacamos que seu desafio está em passar informações relevantes para um consumidor distraído. O marketing de conteúdo traz a vantagem de conseguir fazer isso de maneira eficiente para aquele voltado para conteúdos originais e de alta qualidade. Conforme vimos durante todo o estudo, as marcas precisam considerar os diferentes canais de integração que o cliente pode seguir. Nesse contexto, o marketing onicanal analisa as opções e se concentra nos principais pontos de contato e canais de comunicação. REFERÊNCIAS ELIAS, M. Fundamentos básicos e avançados de SEO. Rio de Janeiro: Brasport, 2013. KOTLER, P.; KARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. Marketing 4.0: do tradicional ao digital. Rio de Janeiro: Sextante, 2017. LINDSTROM, M. A lógica do consumo. Rio de Janeiro: Harper Collins Brasil, 2017. SALESFORCE BRASIL. Pontos de contato: como otimizar?. In: Blog Salesforce Brasil. Publicado em: 29 set. 2020. EXPLORE+ Pesquise e acesse o site Consumidor moderno, que apresenta reportagens, pesquisas e diversas informações sobre as atuais experiências do consumidor, os padrões de comportamento de consumo consciente e a defesa dele. CONTEUDISTA Tuani Gomes CURRÍCULO LATTES
Compartilhar