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Thais de Paula - Med 105 Região axilar e do braço Resumo da aula - prof. Josemberg Introdução: A região de transição entre pescoço e tórax (regiões axiais) para o membro superior acontece pela região piramidal chamada de axila. Com isso, a axila fica entre tórax, úmero (braço), escápula, região deltóidea e região peitoral. Apesar de ser chamada de piramidal, quando o braço é aduzido, a axila se apresenta como uma região sulcar, em fenda. Porém, quando o braço é levemente abduzido, ela já mostra sua característica através da fossa axilar. Essa região é guarnecida e protegida por fáscias, ligamentos e gorduras, que envolvem as estruturas neurovasculares que passam no canal cervicoaxilar. Esse canal permite passagem para a região deltóidea, escapular, do braço e para as demais regiões do membro superior. O membro superior, tanto em braço, antebraço e mão é dividido apenas em dois compartimentos, o que vai facilitar o entendimento das estruturas neurovasculares. Axila: é uma região de transição, então possui paredes: - anterior: m. peitoral maior e sua fáscia. - posterior: m. latíssimo do dorso, m. redondo maior e m. subescapular. Sendo a parede mais alongada. - lateral: úmero, na região entre a cabeça e o início da diáfise, aproximadamente na região do colo cirúrgico ou metáfase do úmero. - medial: parede torácica, nas 6 primeiras costelas e m. serrátil anterior. 1 - base: é vazada, onde seria a fáscia axilar. - ápice: também é vazado por ser uma região de transição que permite passagem das estruturas que vem da base do pescoço e do tórax em direção as demais regiões. Em uma total abdução a fossa axilar se torna plana e muito desprotegida. Plexo braquial: feixe nervoso no pescoço passando entre o m. escaleno anterior e o m. escaleno médio, abaixo do m. esternocleidomastóideo. Possui raízes nervosas de C5, C6, C7, C8 e T1. Obs: O m. omo-hióideo vem do osso hióide, atravessa a região anterior e base do pescoço e vai na escápula (possui esse nome pois antigamente a escápula era chamada de omoplata). Ele precisa ser retirado para ver o plexo. Obs 2: o n. frênico passa anteriormente ao m. escaleno anterior e é formado pelas raízes C3, C4 e C5 e é um importante nervo do plexo cervical. Obs 3: tronco tireocervical é uma artéria que emite vasos para irrigar os músculos da região escapular. 2 O plexo braquial possui uma parte supraclavicular e uma parte infraclavicular, existindo uma passagem da região cervical (da base do pescoço) para a axila. As raízes do plexo braquial são de C5 a T1. As raízes de C5 e C6 se juntam, assim como C8 e T1, enquanto C7 continua solitária. Isso constitui os troncos superior, médio e inferior. Os troncos formam os fascículos, pois cada tronco dá uma divisão anterior e uma divisão posterior. O tronco superior dá uma divisão posterior para formar o fascículo lateral e se continua com a divisão anterior, o tronco médio dá uma divisão anterior para formar o fascículo posterior e se continua com a divisão posterior e o tronco inferior dá uma divisão posterior para formar o fascículo medial e se continua com a divisão anterior. 3 Os fascículos são lateral, medial e posterior pois se trata da parte infraclavicular então a disposição é laterolateral. Essas relações de lateral, medial e posterior são tomando como base a a. axilar. Os troncos dividem-se funcionalmente, ou seja, as divisões anterior e posterior vão inervar os compartimentos anterior e posterior do membro respectivamente. Com isso o fascículo lateral que é composto por divisões anteriores do tronco superior e do tronco médio, então os nervos que saem dele vão para compartimentos anteriores do braço e do antebraço e mão. Não somente motores, mas também cutâneos. Já do fascículo posterior saem os membro que vão para a região posterior do membro. Outra coisa importante é que os nervos cutâneos são laterais, mediais ou posteriores. Não existem nervos cutâneos anteriores pois não possuímos um fascículo anterior. Nervos supraclaviculares: possuem algumas especialidades. 1. n. dorsal da escápula: vai para mm. da região dorsal. As vezes é discutido como um nervo que não faz parte do plexo braquial, pois é um nervo que sai de C5, quando o tronco ainda não se formou. 2. n. supraescapular: sai do tronco superior, então possui raízes de C5 e C6. 3. n. subclávio: inerva o m. subclávio. Possui raízes de C5 e C6 também. 4. n. torácico longo: ele é diferente, pois possui várias raízes nervosas: C4, C5, C6 e C7, mas ele não participa de nenhum tronco. É o nervo do m. serrátil anterior. Nervos infraclaviculares: Todos os nervos agora, vem dos fascículos. Fascículo lateral: 1. n. peitoral lateral 2. n. musculocutâneo: é o ramo terminal do fascículo lateral e perfura o m. coracobraquial. 4 3. contribui para formar o n. mediano Fascículo posterior: 1. n. subescapular superior: inerva o m. subescapular 2. n. subescapular inferior: inerva o m. redondo maior 3. n. toracodorsal: inerva o m. latíssimo do dorso (fica entre os nn. subescapulares) 4. n. axilar: um ramo terminal do fascículo, margeia o colo cirúrgico do úmero e vai inervar o m. deltóide, ele passa no espaço quadrangular. 5. n. radial: é o maior ramo terminal do plexo braquial. Possui todas as raízes nervosas do plexo, de C5 a T1. Fascículo medial: 1. n. peitoral medial 2. n. cutâneo medial do braço: mais proximal. 3. n. cutâneo medial do antebraço: mais distal. 4. n. ulnar: ramo terminal do fascículo, passa no sulco do nervo ulnar. Passa pela axila, pelo braço, mas só terá ação no punho e especialmente na mão. 5. contribui para formar o n. mediano O n. mediano é formado pelos fascículos lateral e medial. Além de estar no meio do plexo braquial, o seu trajeto também é no meio do antebraço. Passagem dos nervos e relações anatômicas com os músculos: - n. acessório, descende no pescoço para posterior e fica profundo ao m.trapézio, para inervar esse músculo. Nesse caminho, ele lança inervação também para o m. esternocleidomastóideo. 5- n. dorsal da escápula se flexiona para posterior e passa profundamente ao m. levantador da escápula e mm. rombóides maior e menor, inervando-os. - n. supraescapular possui um trajeto semelhante ao do n. dorsal da escápula mas em direção lateral, passando na incisura da escápula, profundamente ao ligamento transverso superior da escápula e inerva o m. supraespinal e m. infraespinal. - n. axilar atravessa o espaço quadrangular formado pelos mm. redondos maior e menor, cabeça longa do tríceps e colo cirúrgico do úmero, para inervar o m. redondo menor e m. deltóide. - n. subescapular inferior inerva o m. redondo maior. Obs: lesão do n. axilar = pode ocorrer em casos onde o indivíduo recebe uma injeção intramuscular muito profunda no m. deltóide, mal aplicada ou quando a pessoa tem atrofia do m. deltóide. A principal sintomatologia dessa lesão do n. axilar é a diminuição da amplitude de movimento de abdução, pois o m. deltóide é o principal m. da abdução. Com isso, o indivíduo tenta compensar essa abdução, usando o m. supraespinal e as fibras descendentes do m. trapézio, fazendo com que o úmero fique elevado. Algo importante na clínica é a comparação de um membro com o outro. - n. torácico longo inerva o m. serrátil anterior. - n. subescapular superior inerva o m. subescapular. Obs: lesões no n. torácico longo são comuns quando o indivíduo recebe uma facada na região lateral do tórax e quando esse nervo é seccionado, dependendo da altura que isso ocorre, o m. serrátil anterior perde sua ação. Quando isso ocorre, a margem medial da escápula fica afastada do tórax, mostrando o sinal da escápula alada. O teste feito com o paciente é pedir para que ele empurre a parede, e ao colocar a força contra a parede o m. serrátil anterior tende a abduzir as escápulas e elas se afastam (ele faz a rotação da escápula sobre o tórax e é muito importante em projetar a escápula adiante, 6 sendo muito relacionado com o movimento de socar, sendo considerado por alguns autores como m. do pugilista). Caso o nervo esteja lesado a margem medial da escápula vai se sobressair no dorso do paciente. - n. radial passa entre a cabeça medial e cabeça lateral do m. tríceps braquial para a região posterior do braço, e ele vai prosseguir até a região posterior do antebraço e da mão. A maior parte da região posterior e lateral do braço, antebraço e indo até a mão, é do n. radial. Obs: O úmero possui uma estrutura anatômica relacionada com o n. radial, em seu terço médio está o sulco do n. radial. Com isso, se ocorrer uma fratura do terço médio do úmero podemos ter a lesão do n. radial. Como esse nervo inerva a musculatura extensora do antebraço (compartimento posterior), essa lesão faz com que o indivíduo apresente uma “mão caída” pois ele perde a ação dos extensores do punho. No teste muscular o paciente é estimulado a fazer extensão nos dois membros e no membro lesado ele fica com a mão caída. - n. musculocutâneo é do compartimento anterior do braço, inervando o m. coracobraquial, o m. braquial e o m. bíceps braquial, e ele perfura o m. coracobraquial. Quando o nervo cruza o epicôndilo lateral do úmero, ele se torna cutâneo e recolhe a sensibilidade da pele da face lateral do antebraço. Ele inerva a região cutânea lateral do antebraço e isso indica que ele vem do fascículo lateral do plexo braquial. - n. mediano não possui função na região do ombro e do braço, mas inerva a maior parte dos mm. do antebraço e alguns da mão, possuindo também repercussão cutânea na mão. 7 - n. ulnar passa na região do ombro e braço também sem fazer inervação e inerva alguns poucos mm. no antebraço, mas sua principal função é nos mm. intrínsecos da mão. Artérias: A a. axilar tem origem na a. subclávia e posteriormente ela se continua como a. braquial. Algumas referências importantes são: clavícula (por conta do plexo braquial), m. peitoral menor e m. redondo menor e 1ª costela (que determina o início da a. axilar e o fim da a. subclávia). Além disso a transição entre a a. subclávia e a. axilar ocorre também entre o m. escaleno anterior e m. escaleno médio. Ou seja, na fenda entre esses dois músculos passa o plexo braquial e a a. subclávia que vai se tornar a. axilar. O m. peitoral menor se fixa na segunda, terceira e quarta costela e no processo coracóide e ele divide a a. axilar em três partes: a primeira é proximal ao m., a segunda fica sob o m. e a terceira é distal a ele. A. axilar: Primeira parte: possui 1 vaso 1. a. torácica superior: sofre muita variação anatômica, é pequena e irriga o primeiro espaço intercostal. Segunda parte: possui 2 vasos 1. a. toracoacromial: possui muita variação, mas normalmente se divide em 4 ramos: ramo acromial, ramo clavicular, ramo deltóide e ramo peitoral. 2. a. torácica lateral: irriga a face lateral do tórax, na parede medial da axila. Alí se encontra o m. serrátil anterior. Terceira parte: possui 3 vasos 8 1. a. subescapular: principal ramo da a. axilar, é bastante calibrosa, logo que sai da a. axilar ela se divide em duas partes: a. a. toracodorsal b. a. circunflexa da escápula 2. a. circunflexa anterior do úmero 3. a. circunflexa posterior do úmero As circunflexas também sofre muita variação e em alguns cadáveres nem existe a a.circunflexa anterior do úmero, quando isso ocorre a posterior é bem calibrosa. Após as aa. circunflexas, temos o m. redondo maior, que é o limite da a. axilar. A partir dele temos a a. braquial. Existem duas artérias especiais que vão para a região da escápula: a. dorsal da escápula e a. supraescapular. A artéria chamada tronco tireocervical, recebe esse nome por irrigar a glândula tireóide no pescoço e além disso dá vasos para a região muscular do pescoço. A a. supraescapular é ramo do tronco tireocervical e ela passa anteriormente sobre o n. frênico e o m. escaleno anterior. Já a. dorsal da escápula, por sua vez, é ramo da a. cervical transversal, que tem o ramo descendente (que é a a.dorsal da escápula) e o ramo ascendente (que vai irrigar o trapézio até a cabeça) e possui origem no tronco tireocervical. Importante se atentar que o netter desenha a a. dorsal da escápula saindo da a. axilar, passando entre o tronco superior e médio, porém ela vem da a. cervical transversa ramo do tronco tireocervical. Já a a. supraescapular vem diretamente do tronco tireocervical. Anastomose ao redor da escápula: vista quando observamos a escápula posteriormente. A a. dorsal da escápula (ramo da a. cervical transversa) descende profundamente ao m. levantador da escápula e m. rombóide. Já a a.supraescapular (ramo da a. subclávia com o 9 tronco tireocervical) vem sobre a margem da escápula e irriga a fossa supraespinal e a infraespinal e seus músculos. E por fim temos a a. circunflexa da escápula que é ramo da terceira parte da a. axilar. A a. dorsal da escápula, junto com a. supraescapular e a. circunflexa da escápula formam a anastomose ao redor da escápula. Por conta dessa anastomose, em uma situação de hemorragia da a. axilar, o médico pode clampear a artéria, pois existe uma via colateral de irrigação para o restante do membro. Por outro lado, se existir uma hemorragia na transição entre a a. axilar e a. braquial e o médico precisar ligar essa região, o membro superior infarta, pois após a emissão da terceira parte da a. axilar e antes da emissão da a.braquial profunda da a. braquial, não existe nenhuma anastomose competente para irrigar o restante do membro, então esse é um ponto crítico do membro superior. A. braquial: vai se estender do final da a. axilar, passando por toda a extensão do braço, sendo palpável em toda extensão do braço, até a fossa cubital, onde ele vai se dividir em uma a. ulnar e uma a. radial. Em seu trajeto a a. braquial emite 3 vasos: - dois vasos colaterais ulnares (a. colateral ulnar superior e a. colateral ulnar inferior) na sua face medial - uma a. braquial profunda (que se destina para o compartimento posterior do braço). Drenagem venosa e linfática: A drenagem venosa do membro superior começa distalmente no arco venoso dorsal da mão (que podemos visualizar em nós mesmos, já que a tela subcutânea da mão é muito delgada). A veia cefálica se forma lateralmente no arco, segue no antebraço, passa na 10 face lateral do braço, atravessa o sulco deltopeitoral e desemboca na veia axilar. Junto da v. cefálica seguem os linfáticos que vão drenar para os linfonodos axilares apicais. Já a veia basílica se forma medialmente, passa pelo antebraço, segue no braço e em seu terço médio, ela fura a fáscia do braço para formar a veia axilar junto com as veias profundas (veias braquiais). Os vasos linfáticos que acompanham a v. basílica passam para os linfonodos cubitais e depois se direcionam para o primeiro grupo de linfonodos da axila, que são os linfonodos umerais. Toda a linfa profunda do membro superior vai para os linfonodos umerais (primeiro grupo de linfonodos da axila). Obs: grupos de linfonodos da axila = umerais, subescapular, peitorais, centrais e apicais. Após a linfa chegar nos linfonodos apicais, ela se destina para os linfonodos subclávios e vai formar posteriormente o tronco subclávio, que se junta com os troncos jugular (que traz a linfa de cabeça e pescoço) e broncomediastinal e formam o ducto linfático direito ou o ducto torácico (no lado esquerdo). Os ductos por fim desembocam no ângulo venoso (formado na junção da v. jugular interna e v. subclávia). Obs: As veias do membro superior possuem muitas válvulas para ajudar no retorno venoso. Anatomia topográfica ou cirúrgica da região axilar: observar as relações das estruturas - m. esternocleidomastoideo - clavícula 11 - m. subclávio - o ângulo venoso (formado pelas veias jugular interna e subclávia) fica na frente do m. escaleno anterior, assim como o n. frênico. - os vasos que saltam na região da escápula são: a. cervical transversa (cruza transversalmente o pescoço e vai para posterior, ela se bifurca e o seu ramo descendente é chamado de a. dorsal da escápula, junto dela vai o n. dorsal da escápula para inervar o m. levantador da escápula e os mm. rombóides maior e menor) e a.supraescapular que segue junto com o n.supraescapular (que sai do tronco superior). - entre o m. escaleno anterior e m. escaleno médio temos a formação do plexo braquial - n. torácico longo inerva o m. serrátil anterior na parede lateral do tórax. Ao chegar no tórax ele encontra com a a.torácica lateral, da segunda parte da a. axilar, e eles seguem juntos. Obs: ao falar artéria devemos subentender que junto dela existe uma veia também acompanhando. - após a 1º costela vemos a a. axilar, com seu primeiro ramo que é a a. torácica superior (que vai para os mm. intercostais do primeiro espaço) - para visualizar os vasos da segunda parte da a. axilar precisamos cortar o m. peitoral menor. Alí temos a. toracoacromial (com seus ramos deltóide, acromial, peitoral e clavicular). - ao redor da região temos uma alça entre o fascículo lateral e o fascículo medial do plexo braquial, onde emergem dois nervos: n. peitoral lateral (inerva o m. peitoral maior) e n. peitoral medial (que perfura o m. peitoral menor e também o m. peitoral maior) - n. musculocutâneo perfura o m. coracobraquial - na terceira parte da a. axilar temos: a. circunflexo anterior do úmero que não tem nervo acompanhando e a. circunflexo posterior do úmero que tem o n. axilar. 12 - a. subescapular fica entre os nervos subescapular superior (que entra no m. subescapular), subescapular inferior (vai em direção ao m. redondo maior) e toracodorsal (vai com a a. toracodorsal para o m. latíssimo do dorso). - a. circunflexa da escápula segue sozinha, faz a circunflexão na escápula e irriga fossa infraespinal da escápula - n. cutâneo do antebraço vai junto com a v. basílica para o antebraço - n. cutâneo medial do braço recebe uma contribuição do ramo lateral de T2 (o n. intercostobraquial). Então, a região mais superior e medial do braço tem umacontribuição pequena de T2. - n. ulnar é grande e passa profundo a esses nervos citados anteriores. Obs: a região medial do braço é comumente chamada de sulco bicipital, que fica entre o compartimento anterior e o posterior, na face medial do úmero, o que deixa a região protegida de agressões externas. - n. musculocutâneo passa no compartimento anterior entre o m. bíceps braquial e o m. braquial. - n. radial (é o nervo do compartimento posterior do membro superior) passa profundamente a cabeça lateral do m. tríceps braquial junto com os vasos braquiais profundos. - a. braquial forma a. colateral ulnar superior e inferior e a diferença entre elas é que a superior passa posterior ao epicôndilo medial do úmero junto com o n. ulnar (o sulco do n. ulnar fica posterior ao epicôndilo), enquanto a inferior passa anterior ao epicôndilo medial do úmero. Obs: o “choque” ao bater o cotovelo ocorre ao bater o n. ulnar, ele se estende do cotovelo, passa para face medial do antebraço e vai até o dedo mínimo, não se distribui para os outros dedos, pois é a distribuição nervosa do nervo ulnar. 13 Obs 2: dedos da mão = polegar, indicador, médio, anelar e mínimo. A. braquial profunda: fica no compartimento posterior do braço junto com o n. radial. Se divide em dois vasos: a. colateral radial (lateral) e a. colateral média (mediano). As artérias colaterais (radial e média, superior e inferior) vão fazer anastomoses periarticulares no cotovelo. Áreas cutâneas do ombro e do braço: - A maior parte da região superior do ombro, base do pescoço, região clavicular e parte superior da região deltóidea e escapular são inervadas por nervos do plexo cervical (nervos supraclaviculares). - Duas áreas laterais do braço: nervos cutâneos superior e inferior do braço. O n. cutâneo lateral superior do braço vem do n. axilar e o n. cutâneo lateral inferior do braço vem do n. radial. Existem dois nomes, por terem origens diferentes. - Na face medial do braço temos o n. cutâneo medial do braço, que recebe contribuição do n. intercostobraquial. - Já na região posterior temos os nn. cutâneos posteriores que vem do n. radial. Obs: em cirurgias de ressecção dos linfonodos axilares por conta de um câncer de mama, o médico pode lesar o n. intercostobraquial gerando uma perda cutânea na região mais alta e medial do braço. Obs2: Por conta dos dermátomos, a referência dolorosa do infarto pode ocorrer em membro, pois como tem um evento doloroso no tórax, a aferência dolorosa cruza com as 14 regiões medulares de T1, T2, T4, T5 e T6. Quando temos repercussão somática, gera dor no tórax principalmente, mas pode irradiar para o lado esquerdo (pois o coração está predominantemente no lado esquerdo) no ombro e braço, pois existem dermátomos de T1 e T2 no membro superior. Porém a dor do infarto pode ser irrisória ou então ir para a nuca ou base de pescoço anterior. Não existe uma regra. 15
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