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TREINAMENTO DE LÍDERES Definindo Liderança Ser líder não é um título ou cargo, ser líder é ter seguidores. “V ocê não será um líder até que o grupo que você estiver liderando afi rme isso. Você obtém a posição de líder pelo caráter e pelos relacionamentos autênticos”. (Gene Wilkes) “Estar no poder é como ser uma dama. Se você tiver que lembrar as pessoas que você é, você não é.” (Margareth Tatcher) “Meu trabalho é levar as pessoas a fazerem o que elas não querem fazer, para al- cançar aquilo que elas sempre sonharam em alcançar.” (Treinador de futebol ameri- cano) Líderes diferentes se comportam de modos diferentes, não há um estilo único de liderança. O estilo de liderar varia de acordo com as circunstâncias e o que funciona numa situação pode não funcionar numa outra. • Definindo Liderança Cristã O líder cristão define sua liderança pelo exemplo de Cristo. O líder cristão tem sua identidade fundamentada no amor de Deus. “Se existe uma área onde o líder cristão do futuro precisará dar atenção, é a disciplina de habitar na presença daquele que está sempre nos perguntando: “Você me ama? Você me ama? Você me ama? Ele fará isto através da disciplina da oração. Através dela evi- tamos ser dominados por uma questão urgente após a outra e deixamos de ser es- tranhos para o nosso próprio coração e o coração de Deus. Os líderes cristãos de- vem ter sua liderança fundamentada no relacionamento permanente e íntimo com o Verbo encarnado, Jesus. É aí que devem encontrar a fonte para a suas palavras, conselhos e direções.” (Henri J.M. Nowen) • Liderança Relacional É permanecer em sintonia com Jesus Desenvolver um relacionamento de permanecer em Jesus (João 15) é ver sua vida se misturar com a história e a visão de Jesus. É conhecer Jesus e não sobre Jesus. Reconhecer que há uma guerra espiritual (Ef 6:12) Protege da amargura. Faça tudo por Jesus, nunca pela Igreja, outras pessoas, ministério, etc. Pessoas e instituições irão machucar você. É exercer autoridade e não poder. Poder – é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não o fazer. (James Hunter) Autoridade – é a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa da sua influência pessoal. (James Hunter) Quando amamos os outros, e nos doamos a eles, servimos e nos sacrificamos. Quando servimos e nos sacrificamos, construímos autoridade. E, quando tiver- mos construído autoridade, então ganharemos o direito de sermos chamados de líderes. É mostrar um modelo a ser seguido. A real capacidade de liderança não está na personalidade do líder, suas posses ou carisma. A essência da liderança é o caráter. “Pensamentos tornam-se ações, ações tornam-se hábitos, hábitos tornam-se caráter, e nosso caráter torna-se nos- so destino.” (James Hunter) A Regra de Ouro diz que devemos nos comportar em relação aos nossos lidera- dos exatamente como gostaríamos de ser tratados. As pessoas aderem ao líder antes de aderirem a uma declaração de missão. Se elas aderirem ao líder, elas irão aderir a qualquer declaração de missão que o líder tiver. É edificar as pessoas e não usá-las. É olhar para as pessoas como Deus as vê, e não para suprir suas necessidades. Estar perto de pessoas que pensam diferente. “Se em uma reunião com dez pessoas, os dez concordarem com tudo, provavelmente nove são desnecessári- os.” (James Hunter) É executar tarefas enquanto se constroem relacionamentos. Se nos concentramos em tarefas e não em relacionamentos, podemos ter má qualidade de trabalho, baixo compromisso, baixa confiança, pessoas deixando de se envolver, etc. O líder que não estiver cumprindo as tarefas e só se preocupar com o relacio- namento não terá sua liderança assegurada. As pessoas desejam alcançar algo maior do que elas mesmas. É fornecer um ambiente favorável. Ninguém muda ninguém. O melhor que podemos fazer é fornecer o ambiente certo e provocar um questionamento que leve a pessoa a se analisar para fazer suas escolhas, mudar e crescer. Devemos elogiar as pessoas em público e exortá-las no particular. É serviço, sacrifício e amor No modelo de liderança relacional o papel do líder é servir O líder identifica e satisfaz as necessidades legítimas de seus liderados e re- move as barreiras para que possam servir aos outros. (Necessidades, não von- tades) O que é amor? Amor é o que você faz (Madre Teresa). Todas as boas inten- ções do mundo não significam nada se não forem acompanhadas de ações. Nem sempre é possível controlar o que se sente a respeito de uma outra pessoa, mas pode-se controlar como se comportar em relação a ela. Requisitos Para Liderança na IBC Eu mesmo, irmãos, quando estive entre vocês, não fui com discurso eloqüente nem com muita sabedoria para lhes proclamar o mistério de Deus. Pois decidi nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado. E foi com fraqueza, temor e com muito tremor que estive entre vocês. Minha mensagem e minha pregação não con- sistiram de palavras persuasivas de sabedoria, mas consistiram de demonstração do poder do Espírito,para que a fé que vocês têm não se baseasse na sabedoria humana, mas no poder de Deus. 1 Coríntios 2:1-5 Confessar Jesus como Salvador e Senhor. (I João 5:1-3) Cultivar na vida pessoal um relacionamento crescente com o Pai, através das disciplinas espirituais. (Mt 6:33, Cl 1:9-11) Viver um estilo de vida que reflete o caráter de Cristo e que não enfrenta atual- mente problemas morais (I Tm 3:1-13, 4:12) Concordar com a estrutura de liderança de pequenos grupos e seguir a orien- tação de um líder. (Hb 13:7) Ser membro ativo da Igreja Batista Central e concordar com a missão e a de- claração de fé da IBC. (I Co 4:2) Participar do Treinamento Básico de Líderes de Pequenos Grupos. (II Tm 2:2) “Liderança bíblica flui de uma vida devocional rica, onde você transmite a outros aquilo que lhe tem sido transmitido, sendo este o motivo pelo qual liderança bíblica requer um alto padrão de caráter e competência, tendo as pessoas capacidade para discernir as evidências de ambos. Seja um líder de caráter enquanto você se torna um líder compe- tente. A competência virá à medida que você desenvolve suas habilidades; caráter diz respeito ao seu coração. No fim Deus recompensará aqueles que se saíram bem por causa do alto padrão de seu caráter, não simplesmente pelo tamanho de seus grupos.” (Bill Donahue) Estrutura da IBC A ilustração abaixo busca representar as duas dimensões da igreja, espiritual e es- trutural. A dimensão espiritual está relacionada com a igreja enquanto organismo, enquanto Corpo de Cristo (Atos 2:42-47); já a dimensão estrutural diz respeito a igre- ja enquanto organização,sua estrutura física, ministérios, recursos, etc (Atos 6:1-7). Rede de Pastoreio Com o objetivo de ser mais específico nos assuntos e experiências para o desen- volvimento social e espiritual das pessoas, a Igreja está segmentada em Redes. O público de todas as Redes é bastante heterogêneo, formado por perfis bastante di- versificados social, financeira e geograficamente. Cada Rede focaliza em um público específico. Rede de Crianças (Geração Futuro) – para crianças de 0 a 11 anos Oferece dominicalmente, nos horários de culto, uma programação onde o pas- toreio e o ensino bíblico são divertidos e relevantes. Contatos: 3444-3633 / gf@ibc.org.br / ibc.org.br/gf Rede de Adolescentes (Radical) – para adolescentes de 12 a 17 anos Oferece uma nova cultura para uma nova geração de discípulos. Realiza pro- gramação mensal aos sábados e outras atividades. Contatos: 3444-3633 / pgdeadolescentes@ibc.org.br / ibc.org.br/radical Rede de Jovens (Atos) – para jovens a partir de 18 anos Oferece pastoreio mútuo, desafia jocens a serem exemplo na palavra, procedi- mento, fé, amor e pureza. Realiza programações quinzenais (aos sábados), semanais às segundas e outras iniciativas. Contatos: 3444-3627 / pgdejovens@ibc.org.br / ibc.org.br/atos Rede de mulheres (Mulheres Notáveis) – paramulheres adultas solteiras, casadas, divorciadas e viúvas Oferece encontros para comunhão e edificação. Contatos: 3444-3614 / pgdemulheres@ibc.org.br / ibc.org.br/mulheres Rede de homens – para homens adultos solteiros, casados, divorciados e viúvos Oferece encontros para compartilhar e desenvolver a liderança cristã. Contatos: 3444-3633 / pgdecasais@ibc.org.br Rede de Casais (A2) – para casais com e sem filhos Oferece através do pastoreio mútuo uma rede de apoio para a família. Realiza Curso de Noivos, apresentação de recém-nascidos e outras atividades foca- das na família. Contatos: 3444-3633 / pgdecasais@ibc.org.br / ibc.org.br/casais Cada Rede organiza-se da seguinte forma: v Funções na Rede E qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos. Marcos 10:44-45 A principal função dos líderes é SERVIR aos Pequenos Grupos. É ajudar a Rede a ser um lugar saudável de crescimento para todos, onde a missão de AMAR, RELACIONAR E PROCLAMAR é vivenciada. Todo líder precisa estar focado em três aspectos essen- ciais do seu papel: Pastoreio, Gerenciamento e Capacitação – PGC. PASTOREIO Pastorear é guiar, dirigir, cuidar, nutrir. Cada Pequeno Grupo é um Pequeno Rebanho que está sob os cuidados de uma rede de liderança – onde cada um pastoreia e é pastoreado. Os líderes não pos- suem o título de pastor, mas exercem funções pastorais. Deus espera que seja dado o mesmo tipo de cuidado que Ele daria a suas ovelhas. Para estabelecer uma relação de pastoreio é necessário investir tempo na con- strução de relacionamentos e no encorajamento. Este cuidado precisa ir além dos momentos das reuniões. Manter contato regular ajuda as pessoas a se sen- tirem pastoreadas, prestar contas de forma amigável, e perceber de forma clara que estão sendo cuidadas. (Telefone, e-mail, visitas) Não se frustre ao descobrir que nem todos desejam receber ajuda. Nem todos necessitam do mesmo tipo e quantidade de cuidado. O ideal é contatar as pessoas semanalmente, porém em alguns momentos é imprescindível: São participantes ou líderes novos; Estiveram ausentes em alguma reunião/programa (mostrar que sua aus- ência foi sentida); Estão passando por momentos de provação; Houver conflitos. GERENCIAMENTO Gerenciar é ser capaz de medir a vitalidade da Rede. É preciso avaliar continuamente os sinais de vitalidade da Rede de Pequenos Grupos, o quanto todos estão sendo eficientes em cumprir a missão de amar a Deus, amar uns aos outros e proclamar Jesus. O gerenciamento começa na inclusão e vai até a multiplicação. Uma ferramenta deste processo é o banco de dados da Rede, que precisa ser continuamente atualizado, para que o pastoreio aconteça em todos os níveis de forma intencional e eficaz. Faz parte do gerenciamento acompanhar a: participação no Sábado da Liderança e no Treinamento de Líderes aplicação dos estudos indicados pela liderança pastoral participação no Batismo, Retiro Espiritual e Atitude 434 CAPACITAÇÃO Capacitar é conduzir os discípulos à maturidade espiritual. O resultado final do processo de capacitação deve ser a transfomação de vidas, levando cada discípulo a ser mais parecido com Jesus. O alvo é levar cada dis- cípulo a viver a missão: amar a Deus, amar uns aos outros e proclamar Jesus. O foco está em quem aprende e não em quem ensina. Por isto, todos são desafia- dos a estudar a Palavra de Deus e confiar na ação do Espírito Santo em suas vida diariamente. Capacitação é mais do que participar de uma reunião ou seguir um currículo. Na IBC, a Rede de Pequenos Grupos é o principal agente de capacitação (Co- ordenador de Rede, Supervisor, Orientador, Líder de Pequeno Grupo, Aprendiz de Líder de Pequeno Grupo) e os encontros das Redes são os ambientes mais estratégicos e acessíveis para o desenvolvimento de cada discípulo. Estes são os principais encontros da Rede para os líderes: Encontros PGC (quinzenal) – coordenador com supervisores / supervisor com orientadores / orientador com líderes e aprendizes Sábados da Liderança (mensal) - Com momentos de envisionamento, en- corajamento, alinhamento, pastoreio e ministração da Palavra. Treinamento para Líderes (contínuo) Para novos líderes a aprendizes: Com ênfase em três aspectos práticos - condução do Grupo, Condução do Ensino e Liderança Relacional. Encontro de Líderes e Orientadores (anual) Aplicando de forma prática o PGC (Pastoreio, Gerenciamento e Capacitação) para cada função na Rede, visualizamos as seguintes ações para cada esfera de liderança: APRENDIZ É a pessoa/casal que está sendo desafiado e treinado para facilitar um Peque- no Grupo. PASTOREIO Ora com e pelo grupo. Coopera com o líder, ajudando-o em suas funções. GERENCIAMENTO Participa do planejamento e ajuda na condução das reuniões do Pequeno Grupo. Encontra-se regularmente com o líder do seu Pequeno Grupo. Participa dos Sábados da Liderança. CAPACITAÇÃO Compromete-se com a busca pessoal por capacitação, desenvol- vendo hábitos de oração e leitura da Palavra. Submete-se ao treinamento básico de Líderes de Pequeno Grupo Prepara-se paraamultiplicaçãoeparaassumir um pequeno grupocomo líder. LÍDER É a pessoa/casal que facilita um Pequeno Grupo. PASTOREIO Ora com e pelo grupo. Promove pastoreio mútuo no grupo, atendendo as necessidades das pessoas. Assegura a inclusão de novos membros no grupo, propiciando um ambiente de acolhimento. Assegura que os novos convertidos no grupo tenham acompanha- mento pessoal, que geralmente é feito pelos membros mais maduros do grupo, através do ‘CONHECER’. Discipula os novos membros para o Batismo e estimula a participa- ção no Retiro Espiritual e Atitude 434 Incentiva a participação no Grande Ajuntamento. Estimula as pessoas do grupo a proclamarem Jesus e convidarem novas pessoas para o grupo. Constrói relacionamentos e ajuda na resolução de conflitos Lança a visão e prepara o grupo para uma multiplicação saudável. Estimula o grupo a vivenciar Atos de Compaixão, servindo em co- munidade, através de ações sociais e evangelísticas. Estimula o serviço na Igreja, através do envolvimento em algum ministério. Utiliza os materiais sugeridos pela liderança da Igreja para os gru- pos em momentos de alinhamento. GERENCIAMENTO Planeja e conduz as reuniões do seu Pequeno Grupo, facilitando a participação de todos. Mantém os contatos do seu grupo atualizados no Banco de Dados. Encontra-se quinzenalmente com o seu orientador. Participa dos Sábados da Liderança Participa de momentos de Treinamento de Líderes. CAPACITAÇÃO Estimula, promove e avalia o crescimento espiritual das pessoas. Promove a capacitação intensional dos membros do grupo, en- tendendo que o PG é o principal ambiente de ensino/discipulado dos membros da IBC Identifica e desenvolve um ou mais aprendizes. ORIENTADOR É a pessoa que orienta, normalmente, um grupo de 2 a 6 Grupos Pequenos. PASTOREIO Ora regularmente por seu grupo de líderes e aprendizes, e pela sua Rede. Desenvolve e mantem uma relação comprometida e pessoal com os líderes e aprendizes. Ajuda os líderes na solução de dificuldades encontradas (inclusive problemas morais) no grupo e resolução de conflitos. Coloca a disposição dos líderes os materiais sugeridos pela lider- ança da Igreja para os grupos em momentos de alinhamento. Acom- panha e orienta o uso destes materiais. Visita os grupos que estão sob sua orientação, fazendo obser- vações sobre como o líder está conduzindo a reunião e oferecendo sugestões para ajudá-lo. Encontra-se quinzenalmente com seu supervisor. Encontra-se quinzenalmente com seus líderes e aprendizes. GERENCIAMENTO Apresenta ao supervisor um feedback sobre sua impressão dos grupos, inclusive indicação de novos líderes e afastamento de líderes quando necessário. Mantem as informações da sua Rede atualizada no Banco de Da- dos Acompanha a participação dos Líderes no Sábado da Liderança e Treinamento de Líderes. Acompanha a vitalidadeda inclusão de descrentes, novos mem- bros e a multiplicação dos grupos que orienta. CAPACITAÇÃO Reune-se com seus liderados no momento em Redes no Sábado da Liderança. Promove e apoia ações e programações da Rede. Promove momentos de formação continuada na esfera da vida pessoal e do desenvolvimento da liderança. SUPERVISOR (no caso das Redes onde esta função ainda não existe, o orientador acumula estas responsabilidades) É a pessoa que supervisiona, normalmente, um grupo de 2 a 6 orientadores PASTOREIO Ora regularmente por seu grupo de orientadores e pela sua Rede. Desenvolve e mantem uma relação comprometida e pessoal com os orientadores. Encontra-se quinzenalmente com o coordenador de Rede. Encontra-se quinzenalmente com os orientadores. Orienta e acompanha casos de disciplina e o processo de batismo dentro da sua área de supervisão. Lidera, apoia e encoraja os orientadores no pastoreio dos líderes e aprendizes de Pequenos Grupos. GERENCIAMENTO Indica e referenda orientadores para o Coordenador de Rede Mantem as informações da sua Rede atualizada no Banco de Da- dos Acompanha a participação dos Orientadores no Sábado da Lider- ança e Treinamento de Líderes. Acompanha a vitalidade da inclusão de descrentes, novos mem- bros e a multiplicação dos grupos que supervisiona CAPACITAÇÃO Reune-se com seus liderados no momento em Redes no Sábado da Lider ança. Promove e apoia ações e programações da Rede. Promove momentos de formação continuada na esfera da vida pessoal e do desenvolvimento da liderança. COORDENADOR É a pessoa que lidera e supervisiona toda uma Rede. PASTOREIO Ora regularmente pelo seu grupo de supervisores e pela sua Rede. Desenvolve e mantem uma relação comprometida e pessoal com os supervisores ou orientadores. Encontra-se quinzenalmente com os supervisores. Acompanha o processo de batismo. É responsável, juntamento com os pastores, pelo Passo 4 (Ex- clusão) em casos de Disciplina. GERENCIAMENTO Encontra-se regularmente com os outros coordenadores de Rede, pastores e diaconia para projetar o processo ministerial que facilita o crescimento espiritual das pessoas. Indica, referenda e afasta e supervisores, orientadores e líderes. Acompanha a participação dos supervisores / orientadores no Sábado da Liderança e Treinamento de Líderes. Acompanha a vitalidade da inclusão de descrentes, novos mem- bros e a multiplicação da sua Rede. CAPACITAÇÃO É responsável pelo momento em Rede no Sábado da Liderança. Promove e apoia ações e programações da Rede. Promove momentos de formação continuada na esfera da vida pessoal e do desenvolvimento da liderança. ESTRUTURA DE APOIO Montamos uma estrutura de apoio para a liderança de Pequenos Grupos, com o objetivo de disponibilizar momentos e ferramentas de capacitação e aper- feiçoamento espiritual e técnico. • • • • • • Site da IBC ( www.ibc.org.br): No site o líder tem acesso a diversas ferra- mentas para o seu pequeno grupo na área de RECURSOS (guias de estudo das séries, artigos, vídeos de mensagens, etc). Na área de CAPACITAÇÃO o líder encontra ajuda para promover seu crescimento e dos discípulos de Jesus que estão no seu Pequeno Grupo. Sistema de PGs – SIB: Na área de PEQUENOS GRUPOS no site, o líder tem acesso ao SISTEMA DE PGs (SIB), onde ele pode gerenciar seu pequeno grupo. Quando uma pessoa se torna líder recebe um login e uma senha para ter acesso ao sistema. A atualização de dados do PG é de extrema importância para gerar relatórios que contribuem na avaliação do andamento das Redes de Pastoreio, norteando ações estratégicas por parte da liderança da IBC. No SIB o lider poderá: incluir novos membros no seu PG; pesquisar e contatar pessoas que estão à procura de PG; atualizar informações sobre dia, horário e local de reuniões do seu PG, sempre que houver alterações; informar a disponibilidade da cadeira vazia; dar baixa de pessoas que deixam o PG, inclusive informando o motivo; atualizar e localizar informações sobre os membros do PG, como endereço, telefone, idade, membresia, tempo de conversão, profissão, etc.; emitir relatórios. Secretaria das Redes: Disponível para informações e apoio ao trabalho do líder. Pode-se entrar em contato durante a semana pelo telefone 3444-3633 ou pesso- almente na administração da IBC, no horário comercial (Rua Tiburcio Frota, 1530). Nos finais de semana você encontra a secretaria das Redes dando apoio aos stand das Redes após os cultos. Sábado da liderança: Encontro mensal de todas as Redes de Pastoreio, no pri- meiro sábado do mês, no Pedras, das 17:00 as 19:30 horas. Este é um momento onde a liderança pastoral promove alinhamento da visão e onde os coordenadores abordam temas específicos de cada Rede. Encontros nas Redes: Encontro quinzenal dentro da sua Rede de Pastoreio. Informe online: informativo quinzenal enviado ao e-mail do líder com os principais eventos da IBC, dicas para o pequeno grupo e capacitação. TREINAMENTO DE LÍDERES Treinamento de Líderes: Programa de treinamento e capacitação da liderança com aulas presenciais. É altamente recomendável que toda cadeia de liderança passe pelo treinamento, pois ele aborda assuntos relevantes para a vida do líder e seu papel na condução do grupo pequeno. DESENVOLVENDO O APRENDIZ “E as coisas que me ouviu dizer na presença de muitas testemunhas, confie a ho- mens fiéis que sejam também capazes de ensinar a outros.” (II Tm 2:2) “O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o co- ração.” (1 Sm 16:7b) Uma das armadilhas que ameaça os líderes é o vício de viver em função somente do próximo encontro. Desta forma, tendem a esquecer de pensar no futuro e desen- volver novos líderes em potencial. “O desenvolvimento de líderes não acontece aci- dentalmente.” (Bill Hybels) Ao olhar para os relatos das Escrituras, podemos ver como Jesus foi intencional em escolher seus líderes porque multiplicar liderança é um valor do Reino de Deus. Para identificar um aprendiz é preciso olhar além das qualidades técnicas e huma- nas. Por isto, orar é essencial na escolha do aprendiz. Jesus disse: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Portanto, peçam ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para a sua colheita.” Lucas 10:2 Os futuros líderes de Pequenos Grupos, preferencialmente, devem ser identificados dentro dos próprios PGs. Para reconhecer um Aprendiz de Pequeno Grupo: Identifique quem trata o grupo com seriedade; Considere aquelas pessoas que desafiam sua liderança, as quais podem ser lí- deres em potencial, e as traga para perto de você e invista nelas; Fique atento a pessoas que você pode reconhecer e confirmar como tendo caráter e habilidades (dons) que serão cobradas no papel de liderança; Olhe para pessoas que abraçam a visão de Pequenos Grupos; Dê responsabilidades e oportunidades de ministração para ver se alguém apre- senta potencial de liderança. (Ex.: Peça que o anfitrião conduza a reunião. Com isso, você identificará quem tem condições de liderar um PG). Como responder às objeções do aprendiz em potencial “Eu realmente não tenho tempo.” Lembre: Têm-se tempo para aquelas coisas que consideram importantes. Compar- tilhe a importância do aprendizado de liderança no Corpo de Cristo. Fale sobre a oportunidade e o privilégio de ser instrumento nas mãos de Deus para a transfor- mação de vidas que pode acontecer à medida que se aceita o desafio de liderar um Pequeno Grupo. “Eu não tenho o dom de liderança.” Encoraje, relembrando que liderança é principalmente a capacidade de influenciar pessoas. Assegure que você fará com que o aprendiz receba treinamento apropria- do para sua eficácia como líder. “Eu não gosto de liderar.” Neste ponto você precisa apenas descobrir qual o significado pessoal de liderança, pois se corre o risco de ter uma definição de liderança que não seja bíblica. Talvez o aprendiz encare o líder como quem está na chefia e no controle, em vez de alguém que pode facilitar mudança de vida através do cuidado, pastoreio, discipu-lado e amor aos outros. TREINAMENTO DE LÍDERES Quatro passos claros no processo de treinamento: Primeiro: Eu faço – Você observa A melhor forma de desenvolver uma pessoa é convidando-a para caminhar com você.Por isso Jesus convocou os discípulos: “Siga-me!”. Caminhar junto possibilita observar,em tempo real, as intenções, planos e ações das pessoas. Seja intencio- nal em revelar-se e o que faz para que a tarefa de observar seja produtiva. Segundo: Eu faço – Você ajuda Na caminhada, dê oportunidade ao aprendiz para observar-lhe e envolver-se para contribuir com alguma ajuda. Faça com que perceba que pode contribuir. As pes- soas são motivadas por líderes que realizam e as envolvem no processo de real- ização. Desta forma, elas são estimuladas pelo senso de utilidade. Jesus ensinou e curou enquanto os discípulos apenas o ajudavam com as multidões e a logística das viagens. Terceiro: Você faz – Eu ajudo Durante o processo de ajuda o aprendiz perceberá que é capaz de fazer. Este é o momento para o desafio. Desafios são sempre recebidos com surpresa e mesmo com espanto. Diante de um desafio geralmente aparecem as desculpas e o senti- mento de “não consigo”. Depois de investir nos discípulos, Jesus acreditava neles, por isso Ele os enviou em missão de evangelismo para vários lugares. Esse passo do desenvolvimento é o mais crucial pois é o momento de conferir crédito e honra permitindo que a pes- soa faça do seu jeito. Quarto: Você faz – Eu observo Nesta fase o aprendiz já estará mais confiante (ainda que um pouco inseguro, pois a presença do líder ainda afeta) mas o lider continuará a dar-lhe crédito publica- mente. Permita ao aprendiz fazer e não intervenha. Apenas observe. Esteja pronto para dar feedback (retorno) por meio de uma avaliação amorosa e sincera. Jesus, ao cumprir sua missão e desenvolver os discípulos, saiu de cena (fisica- mente) afirmando que os discípulos fariam coisas maiores do que Ele. ORIENTAÇÕES SOBRE DISCIPLINA Como acontece em toda família, às vezes é preciso disciplinar um membro da igreja que, por insistente permanência no erro, depois de ter sido e acompanhado, não demonstra sinais de arrependimento diante de Deus. Na IBC seguimos os passos de Mateus 18:15-17, sendo que a abordagem preliminar ao(à) irmão(ã) em pecado compete a todo crente que tiver conhecimento do erro (Gálatas 6:1-3). Tratamos todo e qualquer pecado com amor e firmeza, conforme os critérios bíblicos (I Coríntios 5:1-13). À congregação cabe a exortação mútua, a obediência e o respeito aos líderes espirituais (Hebreus 13:17). Toda disciplina na Igreja tem como objetivo maior a restauração da pessoa e seu pronto retorno à comunhão, assim que houver sinais claros de arrependimento diante de Deus e dos irmãos, tudo para glória de Jesus Cristo. Na Igreja Batista Central, baseados em Mateus 18, adotamos os seguintes passos em relação à disciplina: TREINAMENTO DE LÍDERES Passo 1. Tratar individualmente Ao tomar conhecimento do pecado do(a) irmão(ã), trate pessoalmente e em particu- lar, confrontando em amor. Passo 2. Tratar com testemunhas Se ele(a) insistir no pecado ou não expressar arrependimento, confronte-o(a) nova- mente, agora com duas ou três pessoas espiritualmente maduras (confira Mateus 18:16; Deuteronômio19:15). Visando melhor acompanhamento e cobertura espiritu- al, recomenda-se que uma dessas pessoas seja o(a) próprio(a) líder de PG (Peque- no Grupo) do(a) confrontado(a). O prosseguimento ao passo seguinte deve resultar da unanimidade entre as pessoas que estão tratando o caso em questão. Passo 3. Tratar no Pequeno Grupo Após o passo 2, se a pessoa não expressar visível arrependimento, o caso será leva- do diante da Igreja, representada pelo Pequeno Grupo. Diante dessas testemunhas a pessoa tem mais uma chance de expressar seu arrependimento. Caso contrário e com o conhecimento do orientador, o caso prossegue para sacramentar a exclusão da Igreja (confira Mateus 18:17; 1 Timóteo 5:20). Passo 4. Exclusão Em estado de rebeldia a pessoa deverá ser afastada da comunhão e considerada como alguém que decidiu andar fora do Corpo de Cristo. A decisão de excluir com- pete à coordena¬ção da Rede juntamente com os pastores, o que será informado à congregação, no momento oportuno (Grande Congregação ou Sábado da liderança). A exclusão indica afastamento compulsório da comunhão do Corpo visível de Cristo no âmbito do grande e do pequeno ajuntamentos (confira Mateus 18:17; 1 Corín- tios 5:5; 1 Timóteo 1:20; 2 Tessalonicenses 3:14,15). Nenhuma pessoa dis¬ciplinada perde sua condição de salvo em Cristo Jesus, mas, como filho rebelde, é submetido à disciplina do Pai que usará seus meios para levá-lo ao arrependimento. Passo 5. Relacionamento após exclusão Se, mesmo após a exclusão, a pessoa continuar em pecado, embora tristes, podem- os ficar em paz sobre dois detalhes: foram seguidas as orientações bíblicas sobre a questão e foi exercido o amor que se preocupa a ponto de confrontar o erro e confiar que o Pai comple¬tará a disciplina dos filhos à Sua maneira. Com o desobediente não podemos manter comunhão ou aceitar no grande ou pequeno grupo como se nada tivesse acontecido, a não ser para manifestar arrependimento. Não há pressa para conduzir a disciplina de alguém até sua última etapa. Pelo con- trário, como a intenção é restaurar, esse processo é conduzido com paciência, amor e espírito manso. A advertência amorosa visa à restauração e não deve ser precipitada. Além disso, deve cumprir o papel de exortar e animar para a correção (2 Ts 3:14-15; Tt 3:10-11). Alguns cuidados especiais: Não agimos como polícia. O papel de revelar pecados e convencer o pecador de seu estado não é nosso, mas do Espírito Santo de Deus; Não somos “advogados de acusação”. O Senhor providenciou para seus filhos um Advogado de Defesa, Jesus Cristo. Quem acusa os filhos de Deus é o Diabo, que é o acusador desde o princípio; TREINAMENTO DE LÍDERES Não somos absolutamente melhores que qualquer irmão que tenha sido sur- preendido em pecado. Não devemos deixar que algum resquício de orgulho tome lugar em nossos corações; “Cuide-se, porém, cada um para que também não seja tentado.” (Gl 6:1-5).