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Módulo IV - Aula 16

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Prévia do material em texto

MÓDULO IV
APERFEIÇOAMENTO 
FORTALECIMENTO 
DAS AÇÕES DE IMUNIZAÇÃO 
NOS TERRITÓRIOS 
MUNICIPAIS
//Curso de
Aula 
16
// BOAS PRÁTICAS EM IMUNIZAÇÃO: 
HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO E 
COMPETÊNCIAS CULTURAIS.
C
r
é
d
i
t
o
s
 
/
/ Todos os direitos reservados. É permitida a 
reprodução parcial ou total desta obra, desde 
que citada a fonte e que não seja para venda 
ou qualquer fim comercial. O conteúdo desta 
publicação foi desenvolvido e aperfeiçoado pela 
equipe MaisCONASEMS e Faculdade São 
Leopoldo Mandic.
Material de Referência. Mais CONASEMS. Curso de 
Aperfeiçoamento Fortalecimento das Ações de Imunização nos 
Territórios Municipais. Módulo IV: A Imunização Segura nos 
Ciclos de Vida - Aula 16 – Boas Práticas em Imunização: 
Habilidades de Comunicação e Competências Culturais.
F ic ha 
C at al ogr áf ic a 
Ficha 
Técnica
Curadoria e Produção de Conteúdos 
Mandic 
André Ricardo Ribas Freitas
Fabiana Medeiros Lopes de Oliveira 
Giuliano Dimarzio
Laura Andrade Lagoa Nóbrega 
Márcia Fonseca
Regina Célia de Menezes Succi
Gestor Educacional
Rubensmidt Ramos Riani
Coordenação Técnica e Pedagógica
Cristina Crespo
Valdívia Marçal
Coordenação Pedagógica – Faculdade 
São Leopoldo Mandic
Fabiana Succi
Patricia Zen Tempski
Especialista em Educação a Distância
Kelly Santana
Priscila Rondas
Designer instrucional 
Alexandra Gusmão
Juliana de Almeida Fortunato
Pollyanna Micheline Lucarelli
Web Desenvolvedor 
Aidan Bruno
Alexandre Itabayana
Cristina Perrone
Paloma Eveir
Este material foi 
elaborado e desenvolvido 
pela equipe técnica e 
pedagógica do Mais 
CONASEMS em parceria 
com a Faculdade São 
Leopoldo Mandic.
Coordenação Geral 
Conexões Consultoria em 
Saúde Ltda.
Revisão textual 
Gehilde Reis Paula de Moura
Olá!
Este é o seu Material de 
Referência da Aula 16 do 
Módulo 4. Ele apresenta de 
forma mais aprofundada o 
conteúdo referente ao tema 
Boas Práticas em Imunização: 
Habilidades de Comunicação e 
Competências Culturais. A 
proposta é agregar mais 
conhecimento à sua 
aprendizagem, por isso, leia-o 
com atenção e consulte-o 
sempre que necessário!
Objetivos de 
aprendizagem
Entender como os cuidados e procedimentos 
adequados são importantes. 
Compreender a importância das “Certezas” na 
administração dos imunobiológicos visando a 
segurança do paciente, redução de eventos adversos e 
causar impacto na transmissão das doenças 
imunopreveníveis.
Compreender como os cuidados e procedimentos 
interferem no seu principal papel que é imunizar.
Refletir sobre as ações que podem minimizar o 
medo do vacinado, reforçando a necessidade do 
ambiente acolhedor com comunicação clara e 
objetiva.
Reconhecer algumas ferramentas de habilidades de 
comunicação e sua relevância para o encontro no 
processo de vacinação.
Aprimorar o “olhar” dos profissionais de saúde às 
crenças culturais dos usuários e comunidade.
Compreender que cada indivíduo tem sua própria 
concepção de saúde e doença.
01
02
03
04
05
06
07
intro
dução
Na aula 16, você irá aprimorar seus 
conhecimentos, habilidades e atitudes para 
as competências de profissional e cuidador 
no sentido de melhor direcionar sua 
prática, a partir da compreensão das boas 
práticas em imunização e dos conceitos de 
segurança do paciente, reforçando a 
importância da comunicação e 
sensibilidade.
B oa lei tur a!
// Importância dos 
Programas de 
Segurança de 
Vacinas
/ / I m p o r t â n c i a d o s P r o g r a m a s d e 
S e g u r a n ç a d e V a c i n a s
Um dos grandes avanços 
tecnológicos em saúde nas 
últimas décadas foi a 
introdução de vacinas como 
importante estratégia na 
prevenção de doenças. O valor 
de imunizações extremamente 
eficazes no contexto da saúde 
pública está claramente 
confirmado por múltiplos 
resultados obtidos com 
respaldo científico e sobretudo 
pela cooperação 
epidemiológica.
A administração de imunobiológico confere 
imunização ativa ou passiva ao indivíduo.
A prática de vacinação envolve diversos aspectos 
científicos e técnico-operacionais que dizem respeito 
aos agentes imunizantes e à pessoa a ser imunizada. 
Para tanto, é necessário que a equipe de vacinação 
esteja ciente desses aspectos, para que possa 
assumir decisões em situações diferentes.
No entanto, como qualquer produto médico, 
nenhuma vacina é totalmente isenta de riscos. 
Embora a maioria das reações adversas às vacinas 
sejam pouco intensas e autolimitadas, algumas 
vacinas foram associadas a efeitos extremamente 
raros, mas graves para a saúde. As seguintes 
considerações ressaltam a necessidade de um 
programa de segurança de vacinas ativo e contínuo 
para manter a qualidade e credibilidade dos 
imunobiológicos como importante estratégia de 
saúde pública.
/ / I m p o r t â n c i a d o s P r o g r a m a s d e 
S e g u r a n ç a d e V a c i n a s
// Reduções 
nos riscos de 
doenças
/ / R e d u ç õ e s n o s r i s c o s d e d o e n ç a s
As vacinas são consideradas hoje como um dos 
principais fatores contribuintes para a redução na 
morbidade e mortalidade da população mundial, 
levando a um aumento na expectativa e 
qualidade de vida.
Na prevenção de doenças infecciosas, as vacinas 
propiciam, reconhecidamente, amplos benefícios, 
sendo sua utilização bastante custo-efetivo. 
Representam exemplos destas conquistas a 
erradicação da varíola no mundo e o controle da 
poliomielite.
A eliminação, erradicação e diminuição da incidência 
de doenças imunopreveníveis levam as pessoas a não 
perceberem mais a gravidade e as complicações 
potencialmente fatais dessas doenças.
O sucesso da vacinação aumentou a atenção do 
público sobre os riscos potenciais à saúde associados 
às vacinas.
Manter a confiança do público nas vacinas é 
fundamental para evitar um declínio na cobertura de 
vacinação que pode resultar em surtos de doenças.
Um padrão mais alto de segurança é geralmente 
esperado das vacinas em relação às outras 
intervenções médicas porque, ao contrário da 
maioria dos produtos farmacêuticos que são 
administrados a pessoas doentes para fins de 
tratamento, as vacinas são geralmente 
administradas a pessoas saudáveis ​​para prevenir 
doenças. 
A tolerância pública para reações adversas 
relacionadas a produtos administrados a pessoas 
saudáveis ​​- especialmente bebês, crianças e 
gestantes- é substancialmente menor do que para 
reações a produtos administrados a pessoas que já 
estão doentes.
Os profissionais da sala de vacinas desempenham 
um papel fundamental para ajudar a garantir a 
segurança e eficácia das vacinas. 
/ / R e d u ç õ e s n o s r i s c o s d e d o e n ç a s
Eles são responsáveis ​​pelo armazenamento e 
conservação, manuseio e administração adequados da 
vacina; calendário e intervalo das doses da vacina; 
observação de contraindicações e precauções; manejo 
de reações adversas à vacina; notificação de eventos 
adversos após a vacinação e comunicar com os usuários 
e pais sobre os benefícios e riscos da vacina. Cada uma 
dessas etapas será descrita brevemente aqui.
O conceito de boas práticas vem sendo instituído por 
meio dos requisitos de boas práticas de funcionamento 
para os serviços de saúde descritos pela Diretoria 
Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(Anvisa), por meio da Resolução da Diretoria Colegiada 
(RDC) nº 63, de 25 de novembro de 2011.
Entende-se o termo boas práticas como diretrizes que 
norteiam ações seguras e de qualidade em nossa 
prática laboral, com o objetivo de que a vacina alcance 
o máximo de imunidade com o mínimo de dano 
possível à pessoa que está sendo vacinada e, também, à 
sua família.
Para que estes objetivos sejam 
alcançados, é essencial que o 
profissional de saúde tenha 
conhecimento atualizado, uma 
vez que este conhecimento 
impacta diretamente no 
processo de imunização.
/ / R e d u ç õ e s n o s r i s c o s d e d o e n ç a s
Alguns aspectos aqui destacados são essenciais:
Ter conhecimento dos conceitos e princípios básicos 
de refrigeração, procedimentospara conservação de 
imunobiológicos e estar apto a realizar intervenções 
necessárias, a qualquer momento do trabalho, com o 
objetivo de evitar o comprometimento da qualidade 
dos imunobiológicos, fornecendo assim segurança e 
proteção aos usuários. 
▪ O controle da cadeia de frio deve ser efetivo para 
manter a qualidade e eficácia das vacinas.
▪ Treinamento e atualização em relação aos 
procedimentos da sala de vacinas e sobre os 
imunobiológicos.
▪ Avaliação cuidadosa da carteira de vacinação 
verificando as vacinas que precisam ser administradas 
e quantas doses serão necessárias.
/ / R e d u ç õ e s n o s r i s c o s d e d o e n ç a s
O funcionamento da sala de vacinação envolve um 
conjunto de atividades desenvolvidas por uma equipe, 
na qual cada um dos componentes assume funções 
específicas. É importante que todos os 
procedimentos desenvolvidos promovam a 
máxima segurança, reduzindo o risco de 
contaminação para os indivíduos vacinados e 
também para a equipe de vacinação. São rotinas 
que devem ser de conhecimento da equipe da 
unidade de saúde e que devem ser cumpridas de 
modo a reduzir erros.
Observa-se, com frequência, a ocorrência de 
contraindicações desnecessárias, baseadas em 
conjecturas teóricas ou em conceitos desatualizados, 
com perda da oportunidade do encontro do indivíduo 
com o serviço de saúde e consequente 
comprometimento da cobertura vacinal. Por isso, é 
necessário ter conhecimento das contraindicações 
gerais, das situações de adiamento e das falsas 
contraindicações na aplicação das vacinas. Já vimos 
essas situações nas semanas anteriores. 
/ / R e d u ç õ e s n o s r i s c o s d e d o e n ç a s
//Funcionamento 
da Sala de 
Vacina
A - INÍCIO DAS 
ATIVIDADES DO DIA
/ / F u n c i o n a m e n t o d a S a l a d e V a c i n a
Antes de dar início à atividade de vacinação 
propriamente dita, a equipe deve adotar os 
seguintes procedimentos:
▪ Verificar a limpeza e organização da sala de 
vacinas.
▪ Verificar a temperatura do(s) 
equipamento(s) de refrigeração, registrando-
a no mapa de registro diário de temperatura.
▪ Comunicar qualquer alteração de 
temperatura ao enfermeiro responsável.
▪ Higienizar as mãos.
▪ Organizar as vacinas e diluentes no 
equipamento específico ou na caixa térmica 
específica para uso diário, já com a 
temperatura recomendada.
▪ Atentar para o prazo de utilização após a 
abertura do frasco para as apresentações em 
multidose.
▪ Organizar sobre a mesa de trabalho os 
impressos e material de trabalho.
/ / F u n c i o n a m e n t o d a S a l a d e V a c i n a
B - ACOLHIMENTO
O acolhimento se configura como uma 
atitude de inclusão, caracterizada por 
ações que favorecem a construção de 
uma relação de confiança e 
compromisso dos usuários com as 
equipes e os serviços.
Na sala de vacinação, a equipe deve 
garantir um ambiente tranquilo e 
confortável, assegurar a privacidade e 
estabelecer uma relação de confiança 
com o usuário, conversando com ele 
e/ou com o responsável sobre os 
benefícios da vacina.
/ / F u n c i o n a m e n t o d a S a l a d e V a c i n a
C - PROCEDIMENTOS 
ANTERIORES À 
ADMINISTRAÇÃO DE 
IMUNOBIOLÓGICOS
Antes da administração do imunobiológico, os 
seguintes procedimentos devem ser adotados:
▪ Se o usuário está comparecendo à sala de 
vacinação pela primeira vez, abra os 
documentos padronizados do registro pessoal 
de vacinação (cartão ou caderneta de 
vacinação ou mesmo cartão-controle).
▪ No caso de retorno, avalie o histórico de 
vacinação do usuário, identificando quais 
vacinas devem ser administradas.
▪ Obter informações sobre o estado de saúde 
do usuário, avaliando as indicações e as 
possíveis contraindicações à administração dos 
imunobiológicos, evitando as falsas 
contraindicações.
/ / F u n c i o n a m e n t o d a S a l a d e V a c i n a
▪ Orientar o usuário sobre a importância da 
vacinação e da conclusão do esquema básico de 
acordo com o grupo-alvo ao qual o usuário 
pertence e conforme o calendário de vacinação 
vigente. A maior parte da clientela na sala de 
vacinas é constituída por crianças, assim o 
profissional deve encorajar, confortar e orientar os 
pais sobre a importância da vacina, doenças 
prevenidas por meio do produto a ser usado e 
possíveis eventos adversos, encorajar as crianças 
para uma vacinação segura e tranquila.
▪ Fazer o registro do imunobiológico a ser 
administrado no espaço reservado nos respectivos 
documentos destinados à coleta de informações de 
doses aplicadas e no Sistema de Informação de 
imunobiológicos oficial utilizado na unidade.
▪ Na caderneta de vacinação, date e anote no 
espaço indicado: a dose, o lote, a unidade de saúde 
onde a vacina foi administrada e o nome legível do 
vacinador.
▪ O aprazamento deve ser calculado, e a data deve 
ser registrada com lápis na caderneta de saúde, no 
cartão de vacinação e no cartão-controle do 
indivíduo.
▪ Reforçar a orientação, informando o usuário sobre 
a importância da vacinação, os próximos retornos e 
os procedimentos na possível ocorrência de eventos 
adversos.
/ / F u n c i o n a m e n t o d a S a l a d e V a c i n a
EPI obrigatório durante a vacinação:
Máscara cirúrgica: obrigatória para os 
profissionais de saúde durante todo o período 
de vacinação em decorrência da pandemia de 
covid-19. A troca deve ser feita sempre que 
estiver suja ou úmida. A permanência da 
orientação do uso deste EPI será reavaliada 
conforme a situação epidemiológica.
Higiene das mãos: É um dos procedimentos 
mais importantes que antecedem a atividade 
de vacinação. Quando tal procedimento é 
rigorosamente obedecido, previne-se a 
contaminação no manuseio, no preparo e na 
administração dos imunobiológicos.
/ / F u n c i o n a m e n t o d a S a l a d e V a c i n a
Para fazer a higienização das mãos, adote os 
procedimentos detalhados passo a passo na 
sequência:
▪ Abra a torneira e molhe as mãos, evitando 
encostá-las na pia.
▪ Aplique na palma da mão uma quantidade 
suficiente de sabão líquido para cobrir toda a 
superfície das mãos.
▪ Ensaboe as palmas das mãos, friccionando uma 
na outra.
▪ Esfregue a palma da mão direita contra o dorso 
da mão esquerda, entrelaçando os dedos. Repita 
o procedimento com a mão esquerda contra o 
dorso da mão direita.
▪ Entrelace os dedos e friccione os espaços 
interdigitais.
▪ Esfregue o dorso dos dedos de uma mão com a 
palma da mão oposta, segurando os dedos, 
fazendo um movimento de “vai e vem”. Repita o 
procedimento com a outra mão.
▪ Esfregue o polegar direito com o auxílio da 
palma da mão esquerda, fazendo um movimento 
circular. Repita o procedimento com a outra mão.
▪ Friccione as polpas digitais e as unhas da mão 
esquerda, fazendo um movimento circular. Repita 
o procedimento com a outra mão.
/ / F u n c i o n a m e n t o d a S a l a d e V a c i n a
▪ Esfregue o punho esquerdo com o auxílio da 
palma da mão direita, utilizando um movimento 
circular e vice-versa.
▪ Enxágue as mãos retirando os resíduos de 
sabão (no sentido dos dedos para os punhos) e 
evitando o contato direto das mãos ensaboadas 
com a torneira.
▪ Seque as mãos utilizando papel-toalha 
descartável, iniciando pelas mãos e seguindo 
pelos punhos. Utilize o mesmo papel-toalha para 
o fechamento das torneiras com contato manual.
▪ Despreze o papel-toalha no cesto de lixo 
comum.
Figura 1- Instruções para lavagem das mãos
/ / F u n c i o n a m e n t o d a S a l a d e V a c i n a
D - ADMINISTRAÇÃO DE 
IMUNOBIOLÓGICOS
Na administração dos imunobiológicos, adote 
os seguintes procedimentos:
▪ Higienizar as mãos antes e após o 
procedimento.
▪ Verificar qual imunobiológico deve ser 
administrado, conforme indicado no 
documento pessoal de registro da vacinação 
(cartão ou caderneta) ou conforme indicação 
médica.
▪ Examinar o produto, observando o rótulo, a 
aparência da solução, o estado da 
embalagem, o número do lote e o prazo de 
validade.
▪ Observar a via de administração e a 
dosagem.▪ Preparar o imunobiológico, observando os 
procedimentos específicos para cada 
imunobiológico.
▪ Administrar o imunobiológico segundo a 
técnica específica relativa ao imunobiológico.
▪ Observar a ocorrência de eventos adversos.
/ / F u n c i o n a m e n t o d a S a l a d e V a c i n a
E - EVENTOS ADVERSOS
Evento adverso pós-vacinação (EAPV) é 
qualquer ocorrência clínica indesejável, em 
indivíduo que tenha recebido um 
imunobiológico. 
O profissional de saúde sempre deve 
informar o usuário sobre a possibilidade de 
ocorrer algum evento adverso e orientar as 
práticas para amenizar os sintomas, por 
exemplo, aplicar compressa fria no local da 
aplicação da injeção, bem como, orientar o 
usuário a relatar ao serviço de saúde a 
ocorrência de EAPV para que possam 
notificá-lo.
Figura 2- Eventos adversos pós-vacinação
/ / F u n c i o n a m e n t o d a S a l a d e V a c i n a
F - FARMACOVIGILÂNCIA
De acordo com a Organização Mundial da Saúde 
(OMS), farmacovigilância é a ciência relativa à 
detecção, avaliação, compreensão e prevenção 
dos eventos adversos ou quaisquer problemas 
relacionados a medicamentos, vacinas e outros 
imunobiológicos.
Também conhecida como vigilância pós-
comercialização (post-marketing), é composta 
pelo mesmo processo de detecção, 
acompanhamento e controle de problemas 
decorrentes do uso de medicamentos já 
legalmente autorizados e/ou utilizados nos 
estudos de fase IV.
Um dos fatores preponderantes para o sucesso 
das práticas de imunização é o uso de 
imunobiológicos de qualidade comprovada.
A ocorrência significativa de notificações de 
eventos adversos pós vacinação (EAPV) é 
esperada durante a introdução de novas vacinas 
– em especial no contexto da atual pandemia, 
em que a produção de vacinas foi acelerada, 
alguns se valendo de novas tecnologias, e um 
número massivo de pessoas será vacinado.
/ / F u n c i o n a m e n t o d a S a l a d e V a c i n a
Desde 2005 , os eventos adversos pós-
vacinação são considerados agravos de 
notificação compulsória (Portaria nº 33, de 15 
de julho de 2005, da Secretaria de Vigilância 
em Saúde). Atualmente,a Portaria nº 246, de 
17 de fevereiro de 2020, dispõe sobre a Lista 
Nacional de Notificação Compulsória de 
doenças, agravos e eventos de saúde pública 
nos serviços de saúde públicos e privados em 
todo o território nacional.
Como a grande maioria dos eventos é local e 
sistêmica leve, a vigilância é voltada para os 
eventos moderados e graves. Raramente, o 
óbito pode ser decorrente da vacinação, por 
isso, o objetivo da Vigilância Epidemiológica 
de óbitos é, primordialmente, afastar causas 
coincidentes indevidamente atribuídas às 
vacinas; ou confirmar.
Para o manejo apropriado dos 
EAPV de uma vacina, o sistema de 
vigilância é essencial. É ele que 
permitirá analisar a segurança do 
produto e responder prontamente 
as preocupações da população 
relacionadas à vacina. Todo evento 
adverso deve ser notificado às 
autoridades competentes.
/ / F u n c i o n a m e n t o d a S a l a d e V a c i n a
G - ENCERRAMENTO DAS 
ATIVIDADES DO DIA
Ao final das atividades do dia, adote os seguintes 
procedimentos:
▪Retire as vacinas do equipamento de uso diário 
ou da caixa térmica, identificando nos frascos 
multidose a quantidade de doses que podem ser 
utilizadas no dia seguinte, observando o prazo de 
validade após a abertura e guardando-os no 
refrigerador no equipamento específico para 
estoque das vacinas.
▪Despreze os frascos de vacinas multidose que 
ultrapassaram o prazo de validade após a sua 
abertura, bem como, os frascos com rótulo 
danificado.
▪Registre o número de doses desprezadas no 
formulário padronizado de registro (físico ou 
informatizado) para subsidiar a avaliação do 
movimento e das perdas de imunobiológicos.
▪Verificar e registrar as temperaturas da 
geladeira nos respectivos mapas de temperatura.
▪Desmontar e proceder a limpeza das caixas 
térmicas, deixando-as secas.
/ / F u n c i o n a m e n t o d a S a l a d e V a c i n a
▪ lave as bobinas, enxugue-as e retorne-as para 
congelamento no freezer.
▪ Verifique e anote a temperatura do equipamento de 
refrigeração no(s) respectivo(s) mapa(s) de controle 
diário de temperatura e, em seguida, reinicie o 
termômetro, pressionando a tecla reset.
▪ Verifique a lista de faltosos, ou seja, de pessoas 
agendadas para vacinação que não compareceram à 
unidade de saúde.
▪ Consolidar as doses de vacinas aplicadas.
▪ Repor material de uso diário para garantir o início dos 
trabalhos na manhã seguinte.
▪ Guardar todo o material que possa ser utilizado no dia 
seguinte em armário próprio.
▪ Certificar que os equipamentos de refrigeração estão 
funcionando devidamente.
▪ Verificar se a tomada do equipamento está conectada 
e/ou porta da geladeira fechada, antes de se retirar da 
sala.
/ / F u n c i o n a m e n t o d a S a l a d e V a c i n a
H - ATIVIDADES 
MINIMAMENTE QUINZENAIS 
E MENSAIS
▪ Solicitar ao funcionário de serviços gerais 
que realize quinzenalmente a limpeza 
terminal da sala (sempre sob supervisão do 
responsável pela sala).
▪ Prover a limpeza da geladeira conforme 
orientação do fabricante.
▪ Fazer a revisão do arquivo de Cartão do 
Registro do Vacinado para possível 
convocação e busca de faltosos.
▪ Avaliar e calcular o percentual de 
utilização e perda dos imunobiológicos.
▪ Monitorar as atividades de vacinação 
(taxa de abandono, cobertura vacinal, 
eventos adversos, inconsistência e/ou 
erros de registros no sistema, entre outras 
atividades) da área de abrangência do 
serviço de saúde.
/ / F u n c i o n a m e n t o d a S a l a d e V a c i n a
/ / F u n c i o n a m e n t o d a S a l a d e V a c i n a
// Rede de 
Frio
/ / R e d e d e F r i o
A credibilidade de um programa de 
imunização é dependente da segurança, 
potência e qualidade das vacinas. 
A incorreta conservação, o armazenamento e 
manuseio inadequados das vacinas podem resultar 
em uma perda de potência, ou aumentar os eventos 
adversos de algumas vacinas. Como consequência, a 
confiança do público nos programas de imunização 
pode ser prejudicada, colocando ainda mais vidas em 
risco.
Os imunobiológicos são sensíveis a agentes físicos, 
como a luz e o calor, especialmente por ter em sua 
formulação antígenos e adjuvantes. O calor acelera 
a inativação das substâncias que entram na 
composição dos produtos, daí a necessidade de 
mantê-los sob refrigeração.
O manuseio inadequado, algum equipamento com 
defeito ou a falta de energia elétrica interrompem o 
processo de refrigeração, comprometendo a 
potência dos imunobiológicos, ou seja, a sua 
capacidade de desenvolver a proteção específica 
(formação de anticorpos).
Na instância local (nos centros e unidades básicas 
de Saúde, nos hospitais e nos ambulatórios) todos 
os produtos são conservados entre +2ºC e +8ºC em 
câmaras refrigeradas.
/ / R e d e d e F r i o
O transporte dos imunobiológicos é um elo 
importante para uma adequada cadeia de frio. 
Deve-se assegurar que em todo o itinerário as 
normas de armazenamento sejam 
rigorosamente seguidas, desde o 
acondicionamento até o destino final.
Quando houver falhas e/ou dúvidas em relação 
à rede de frio, o responsável pela rede de frio do 
município deve ser contatado. As exposições 
das vacinas em temperaturas diferentes do 
recomendado (entre +2ºC e +8ºC) devem ser 
notificadas conforme fluxo estabelecido.
É essencial que exista um Procedimento 
Operacional Padrão (POP) com as orientações 
sobre a conduta a ser tomada no caso de uma 
excursão de temperatura de conhecimento de 
toda a equipe de saúde da unidade.
/ / R e d e d e F r i o
// Segurança 
do Paciente
Desde o relatório “Errar é humano”, publicado em 
1998, a questão da segurança do paciente, ou melhor, 
da insegurança ganhou destaque no mundo em que 
os danos aconteciam rotineiramente nos serviços de 
saúde.
2002
Diante deste cenário, em 2002, durante a 
55ª Assembleia Mundial de Saúde, a OMSpublicou a Resolução WHA 55. 
“Qualidade da atenção: segurança do 
paciente”, como um alerta sobre a 
importância do tema nos serviços de 
saúde.
A partir daí, seguiu-se a implantação de instituições 
voltadas para o tema em vários países, tais como a 
National Pacient Safety (NPS), no Reino Unido, a Danish
Society for Pacient Safety, na Dinamarca, a Australian
Patient Safety Agency, na Austrália e a Agency for 
Healthcare Research and Quality (AHRQ), nos EUA.
Em 2004, durante a 57ª Assembleia 
Mundial da Saúde, a OMS lançou a Aliança 
Mundial para a Segurança do Paciente, com 
o objetivo principal de coordenar os 
programas de segurança do paciente nos 
países membros, fomentando ações para 
promover a segurança do paciente nos 
países signatários.
2004
/ / S e g u r a n ç a d o P a c i e n t e .
/ / S e g u r a n ç a d o P a c i e n t e
No Brasil, o Ministério da Saúde 
publicou em 1º de abril de 2013 a 
Portaria nº 529, que institui o 
Programa Nacional de Segurança do 
Paciente e tem por objetivo geral 
contribuir para a qualificação do 
cuidado em saúde em todos os 
estabelecimentos de saúde do 
território nacional. A ANVISA, em 25 
de julho do mesmo ano, publicou a 
Resolução - RDC Nº 36, que institui 
ações para a segurança do paciente 
em serviços de saúde e tem por 
objetivo instituir ações para a 
promoção da segurança do paciente e 
a melhoria da qualidade nos serviços 
de saúde sejam eles públicos, 
privados, filantrópicos, civis ou 
militares, incluindo aqueles que 
exercem ações de ensino e pesquisa.
É de fundamental importância que o quadro 
profissional da sala de vacinação esteja 
atento para prática de vacinação segura 
estabelecendo metas seguras para garantir 
as melhores práticas durante todo o 
atendimento.
Essas são as práticas de padrão global que 
garantem a segurança dos pacientes que 
eliminam ou reduzem sua exposição a 
riscos. 
/ / S e g u r a n ç a d o P a c i e n t e.
Existem metas 
estabelecidas pela OMS sobre 
segurança do paciente que 
foram adaptadas para 
vacinação. Veja a seguir:
Higienizar as mãos para 
evitar infecções
A higiene das mãos deve ser realizada antes e depois 
de:
▪ Administração de cada vacina ou soro;
▪ Manuseio dos materiais, das vacinas e dos soros;
▪ Qualquer atividade executada na sala de 
vacinação.
Identificação correta
O primeiro passo para a segurança do usuário é
sua identificação. Todos os usuários devem ser 
identificados com, no mínimo, nome completo e 
nome da mãe.
A identificação correta visa evitar aplicação 
indevida de medicação ou de procedimentos 
médicos. 
A prescrição ou a administração de 
medicamentos de forma equivocada pode gerar 
complicações graves.
/ / S e g u r a n ç a d o P a c i e n t e .
/ / S e g u r a n ç a d o P a c i e n t e .
Comunicação efetiva
A comunicação é um dos pilares importantes. 
Garante que as informações sejam transmitidas 
de forma objetiva, completa e clara.
Além disso, deve-se certificar que nenhum dado 
será perdido. Sempre, após explicar a vacina que 
será realizada, pergunte se seu interlocutor 
entendeu.
Mostre-se disposto a responder perguntas e 
explicar novamente, se necessário. Assim,usuário 
e equipe estarão em harmonia, em um cenário 
de atendimento humanizado.
Conservação da vacina 
corretamente
A maioria das vacinas requer temperaturas de 
armazenamento entre +2°C a +8°C para manter a 
qualidade e eficácia do produto. O manuseio 
inadequado, um equipamento com defeito ou a 
falta de energia elétrica, interrompem o processo 
de refrigeração, comprometendo a potência 
inicial dos imunobiológicos.
Segurança de medicamentos 
(vacina)
• Além de garantir a identificação correta dos 
usuários e buscar uma comunicação 
efetiva, deve-se prevenir erros na 
administração das vacinas.
Garantir segurança na 
administração do 
Imunobiológicos (vacina) 
A vacina, de acordo com sua apresentação, deve 
ser preparada e administrada na forma correta, 
deixando o usuário seguro do procedimento que 
será realizado.
/ / S e g u r a n ç a d o P a c i e n t e.
As 14 certezas para uma 
prática segura de 
vacinação
/ / S e g u r a n ç a d o P a c i e n t e .
Para execução de uma de vacinação segura, com 
boas práticas e prevenção de danos, deve-se seguir 
os passos seguintes com o objetivo de conferir e 
validar o processo de preparo e administração de 
imunobiológicos. Deve-se conferir e/ou perguntar:
01 Profissional certo 
Equipe treinada e capacitada para os 
procedimentos de manuseio,conservação, 
preparo e administração, registro e descarte 
dos resíduos resultantes das ações de 
vacinação.
/ / S e g u r a n ç a d o P a c i e n t e .
02 Pessoa certa 
Confirmar os dados de identificação 
com o objetivo de se evitar a 
administração da vacina na pessoa 
errada e indicar a vacina de acordo 
com os calendários de vacinação para 
cada grupo populacional, ou seja, para 
a criança, adolescente, adulto, idoso e 
gestante.
03 Triagem certa 
É o processo de escolha, seleção ou 
classificação ao qual os usuários são 
submetidos a fim de determinar 
aqueles que possuem prioridade no 
atendimento e verificar se existe 
alguma contraindicação ou precaução 
para proceder a vacinação. A triagem 
contribui com a organização do fluxo e 
a otimização do tempo e dos recursos 
utilizados.
/ / S e g u r a n ç a d o P a c i e n t e .
04 Momento certo
Analisar cuidadosamente a carteira de 
vacinação para ter certeza de que é o 
momento correto para administrar 
determinada vacina.
05 Higienização das 
mãos 
É um dos procedimentos mais 
importantes que antecedem a 
atividade de vacinação. Quando tal 
procedimento é rigorosamente 
obedecido, previne-se a contaminação 
no manuseio, no preparo e na 
administração dos imunobiológicos. A 
higiene das mãos é realizada antes e 
depois de: manusear e administrar os 
materiais, as vacinas, os soros e as 
imunoglobulinas; e executar qualquer 
atividade na sala de vacinação.
/ / S e g u r a n ç a d o P a c i e n t e
06 Vacina certa
Conferir, ao menos em três momentos 
distintos do processo de vacinação, qual 
vacina deve ser preparada para 
administração (verificar o nome, 
laboratório e validade da vacina no 
rótulo). A vacina deverá estar armazenada 
e conservada adequadamente, conforme 
recomendação do fabricante, para que 
seja mantida a qualidade e eficácia do 
produto. Sempre mostrar o frasco da 
vacina de modo que o usuário e/ou 
responsável veja qual vacina será 
administrada. Observar também o 
aspecto da vacina.
/ / S e g u r a n ç a d o P a c i e n t e .
07 Validade certa da vacina 
que será administrada 
(conferir se a validade está no prazo para uso)
Validade é o período de tempo em que 
se tem plena segurança para o uso do 
produto. O prazo de validade, ou data 
do vencimento, do produto é 
fundamentado em estudo de 
estabilidade que estabelece o tempo 
de vida.
08 Insumo certo
Para a via e local da administração 
(utilizar agulha e seringa certas de 
acordo com o indicado para cada 
imunobiológico).
/ / S e g u r a n ç a d o P a c i e n t e.
09 Dose certa
Administrar a dose correta, conforme o 
volume recomendado para cada 
imunobiológico e indivíduo que será 
vacinado (0,25 mL ou 0,5 mL ou 1,0 
mL). O cuidado deve ser redobrado 
quando a apresentação da vacina for 
multidose.
10 Local de 
administração certo
Conforme vacina e via indicada (região 
deltóide, vasto lateral da coxa, etc).
11 Via de administração 
certa
Conforme indicação da vacina 
(intramuscular, subcutânea...), 
respeitando o ângulo certo, conforme 
via indicada e a agulha que será 
utilizada para a administração da 
vacina (15°, 45° ou 90°).
/ / S e g u r a n ç a d o P a c i e n t e.
12 Tempo certo
Atender o usuário de forma que se 
consiga realizar todos os procedimentos 
com segurança e dar todas as 
orientações a ele quanto à vacina, aos 
eventos esperados para cada vacina que 
será administrada e à data de retorno 
para as próximas doses.
13 Registro certoRegistrar adequadamente a vacina 
administrada na caderneta de vacinação 
do usuário, no cartão espelho e no 
sistema oficial para registro de doses. Os 
registros de doses aplicadas gerados nas 
salas de vacinas seguem o fluxo em 
ordem ascendente, ou seja, desde a sala 
de vacina (pública ou privada) ao nível 
nacional, permitindo conhecer, 
monitorar e avaliar a situação em todas 
as instâncias gestoras. É de fundamental 
importância que o nível local registre 
corretamente o dado. É de suma 
importância também anotar na 
caderneta de vacinação do usuário a 
data de retorno para as próximas doses.
/ / S e g u r a n ç a d o P a c i e n t e
14 Descarte correto
O descarte e a separação dos resíduos 
devem ser realizados no local de sua 
origem, ou seja, na própria sala de 
vacinação, esses 
procedimentos apresentam as 
seguintes vantagens: evitam acidentes 
na manipulação das seringas e agulhas 
utilizadas; permitem o tratamento 
específico e de acordo com as 
necessidades de cada categoria; 
impedem a contaminação do resíduo 
como um todo; permitem que as 
medidas de segurança sejam adotadas 
ainda na sala de vacinação; e facilitam 
a ação em caso de acidentes ou de 
emergência.
// Habilidades de 
Comunicação e 
Competências 
Culturais
O QUE É 
HABILIDADE DE 
COMUNICAÇÃO?
Você já pensou que, em nosso trabalho, 
empregamos de 85% a 90% de nosso tempo nos 
comunicando? A partir dessa reflexão, seguem 
alguns questionamentos:
•O que é uma boa comunicação?
•Do que precisamos para nos comunicar melhor?
•Quais aspectos da minha forma de me 
comunicar podem ser transformados para 
melhorar meu contato com o usuário?
/ / H a b i l i d a d e s d e C o m u n i c a ç ã o e 
C o m p e t ê n c i a s C u l t u r a i s
COMUNICAÇÃO
Comunicação é uma palavra derivada do termo latino 
communicare, que significa "partilhar, participar algo, 
tornar comum" .
Ação ou efeito de comunicar, de transmitir ou de 
receber ideias, conhecimento, mensagens, buscando 
compartilhar informações.
Habilidade ou capacidade de estabelecer um diálogo.
A comunicação pode ser verbal ou não verbal .
Comunicação verbal: 
Toda linguagem falada ou escrita, ou seja, toda 
mensagem transmitida através de palavras.
Comunicação não verbal: 
Mensagens através de gestos, expressões faciais e 
movimentos corporais.
O desafio no desenvolvimento de habilidades de 
comunicação consiste na capacidade de sermos mais 
assertivos em nossas intenções terapêuticas. Para isto, 
o primeiro passo é substituir a tradicional relação 
distanciada: profissional de saúde-usuário, pelo 
acolhimento deste, sua família e comunidade de forma 
menos hierárquica.
/ / H a b i l i d a d e s d e C o m u n i c a ç ã o e 
C o m p e t ê n c i a s C u l t u r a i s
Dessa forma, tornando a relação mais humanizada 
e horizontal por meio de falas, perguntas, posturas e 
gestos capazes de gerar empatia e acolhimento, 
minimizando possíveis relações de poder entre a 
equipe de saúde e o usuário. Deste modo, os 
usuários transformam-se em sujeitos de seu 
cuidado em saúde.
/ / H a b i l i d a d e s d e C o m u n i c a ç ã o e 
C o m p e t ê n c i a s C u l t u r a i s
A empatia é a capacidade do ser 
humano de se colocar no lugar do 
outro sem julgamentos e entrar em 
sintonia com os sentimentos, 
pensamentos, opiniões, atitudes, 
escolhas e as formas pelas quais este 
passa pelas circunstâncias da vida.
É um sentimento geralmente vivido 
em mão dupla. Não se trata de estar 
sempre sorrindo, com simpatia, mas, 
sobretudo, de estar junto com o 
outro, compartilhando o momento 
vivido. 
A empatia é uma habilidade que se 
desenvolve ao longo da vida.
As habilidades de comunicação verbais e não verbais 
são também chamadas de tecnologias leves e estão 
em contraste com as tecnologias chamadas duras, tais 
como, os equipamentos especializados de última 
geração, presentes em hospitais e laboratórios. 
Essa tecnologia leve de cuidado é fundamental 
para os profissionais de saúde melhorando a 
qualidade do atendimento e sua resolutividade 
através do aumento da capacidade em: 
▪ realizar diagnóstico precoce visando à prevenção de 
agravos;
▪ reconhecer situações socioambientais que 
comprometam a saúde ;
▪ estabelecer vínculo visando à transformação;
▪ sensibilizar usuários e a comunidade;
▪ motivar para adesão aos cuidados à saúde;
▪ educar a comunidade fortalecendo o seu 
empoderamento, para a construção ativa e 
participativa do SUS.
/ / H a b i l i d a d e s d e C o m u n i c a ç ã o e 
C o m p e t ê n c i a s C u l t u r a i s
São ações importantes de habilidades de 
comunicação:
▪cumprimentar a pessoa pelo nome;
▪acolher o paciente com respeito e cordialidade; 
▪escutar atentamente em todas as dimensões 
(verbais e não verbais);
▪não interromper o paciente ;
▪fazer contato visual ;
▪detectar e responder às situações emocionais ;
▪considerar fatores psicossociais;
▪coletar dados ;
▪fornecer informações ;
▪evitar o “jargão técnico” ; 
▪utilizar corretamente o encorajamento e a 
motivação.
/ / H a b i l i d a d e s d e C o m u n i c a ç ã o e 
C o m p e t ê n c i a s C u l t u r a i s
São ações importantes a evitar: 
▪saudar friamente o paciente ou não o saudar ;
▪não escutar o paciente;
▪pressupor que já sabe o que o paciente dirá;
▪condutas de antagonismo, culpabilização, juízos 
de valor e asseguramentos prematuros;
▪introduzir conselhos e informações 
precocemente;
▪não respeitar as diferenças culturais.
/ / R e d e d e F r i o
// Competências 
Culturais
O QUE É 
COMPETÊNCIA 
CULTURAL?
Competência Cultural é a combinação de 
conhecimentos, atitudes e habilidades 
necessárias para realizar um cuidado 
efetivo, compreensivo e respeitoso, de 
maneira compatível com as crenças e 
práticas culturais de saúde do usuário e 
no idioma de sua preferência. 
/ / C o m p e t ê n c i a s C u l t u r a i s
Por estar intimamente ligada à comunidade, a 
competência cultural é uma das características da 
atenção básica (AB) e engloba outras 
competências como:
▪ Adscrição do território;
▪Descentralização de políticas públicas ;
▪Planejamento de saúde baseado em diagnósticos 
locais e regionais;
▪Conhecimento da diversidade humana existente no 
território: suas origens e a história local ; 
▪Dados demográficos ;
▪Identificação de padrões no comportamento das 
condições de saúde de subgrupos ;
▪Compreensão das heterogeneidades e características 
gerais dentro de um determinado grupo populacional.
Utilizando as técnicas de habilidades de comunicação, 
entendendo que a ação dos profissionais de saúde 
precisa basear-se nas crenças e práticas culturais de 
saúde de cada usuário, existem “Ferramentas” em 
competências culturais que nos auxiliam no cuidado. 
São elas:
▪Admitir que todo encontro terapêutico é intercultural 
e que não há ciência neutra culturalmente;
▪Identificar identidades étnicas sem estereotipar ; 
▪Ter uma postura respeitosa, interessada e empática ;
▪Tentar compreender como as pessoas se identificam 
culturalmente;
/ / C o m p e t ê n c i a s C u l t u r a i s
• Procurar conhecer os outros recursos terapêuticos 
comumente mobilizados por essa população;
• Reconstruir a narrativa da doença;
• Perceber a influência da cultura nas relações 
interpessoais; 
• Considerar estresses psicossociais que podem 
estar associados; 
• Revisar a literatura, se disponível, a respeito das 
pessoas envolvidas no cuidado; 
• Estudar a língua e dialetos locais;
• Identificar e criar alianças com pessoas 
importantes na comunidade.
/ / H a b i l i d a d e s d e C o m u n i c a ç ã o e 
C o m p e t ê n c i a s C u l t u r a i s
Os fenômenos relacionados à saúde e 
à doença só podem ser 
compreendidos dentro de um 
contexto histórico e social que 
extrapole a concepção biomédica de 
causa e efeito.
Quando compreendemos que o território é dinâmico em 
seus determinantes sociais e condições de saúde, 
percebemos que a Competência culturalé um processo 
continuado, multiprofissional e intersetorial.
Competência Cultural Continuada
Destrutividade Cultural
Incapacidade Cultural
Pré-Competência Cultural
Competência Cultural
Proficiência Cultural
Assimilação forçada, subjugação, direitos e privilégios apenas 
para grupos dominantes.
Cegueira Cultural
Racismo, estereótipos mantidos, práticas de contratação injustas.
Diferenças ignoradas, “tratar todos iguais”, atender apenas às 
necessidades dos grupos dominantes.
Explora as questões culturais, são comprometidos, avalia as 
necessidades de organização e indivíduos.
Reconhece as diferenças individuais e culturais, busca conselhos 
de diversos grupos, contrata pessoal culturalmente imparcial.
Implementa mudanças para melhorar os serviços com base nas 
necessidades culturais.
/ / H a b i l i d a d e s d e C o m u n i c a ç ã o e 
C o m p e t ê n c i a s C u l t u r a i s
// Considerações 
Finais
Chegamos ao final desta aula. É 
importante destacar os seguintes 
pontos abordados:
Uma ação de imunização capaz de abranger 
214.427.380 habitantes, 238 etnias indígenas, 750.000 
estrangeiros, necessita de ferramentas de habilidade 
de comunicação e competências culturais. De modo 
que:
▪ Utilize os conhecimentos das equipes de saúde da 
família no cuidado centrado na pessoa, sua família e 
comunidade;
▪ Valorize o conhecimento específico de cada 
profissional de saúde;
▪ Otimize as ações de saúde através da mobilização 
intersetorial e interdisciplinar;
▪ Não seja reduzida a uma discussão sobre crenças.
Os procedimentos básicos na sala de vacinas, incluindo 
o provimento de insumos, impressos, registros e 
cuidados com a ambiência são necessários para o 
efetivo trabalho de vacinação:
▪ Certos na administração de imunobiológicos;
/ / C o n s i d e r a ç õ e s F i n a i s
▪ A manutenção das condições ideais recomendadas 
da “Rede de Frio” para a conservação dos 
imunobiológicos e sua verificação, assim como os 
procedimentos de higiene das mãos são essenciais 
para a garantia da vacinação efetiva e da sua 
qualidade ;
▪ Quanto à efetiva segurança do profissional e do 
usuário, conhecer metas de segurança 
recomendadas, utilizar as habilidades de 
comunicação e competência cultural são recursos 
imprescindíveis para o cuidado;
▪ Conhecer as metas de segurança ;
▪ Orientar e prestar assistência aos usuários, com 
segurança, responsabilidade e respeito ;
▪ Identificar e dar assistência adequada na ocorrência 
de Eventos Adversos Pós- Vacinação ;
▪ Descarte adequado dos resíduos produzidos na sala 
de vacina.
Esperamos que o conhecimento adquirido o auxilie 
nas boas práticas de cuidado com o paciente no seu 
dia a dia.
/ / C o n s i d e r a ç õ e s F i n a i s
A t é a 
p r ó x i m a !
BAHIA. Secretaria de Estado da Saúde. 
Manual de normas de vacinação. Salvador: 
Secretaria de Estado da Saúde, 1999.
BAHIA. Secretaria de Estado da Saúde. 
Manual de normas e procedimentos técnicos 
para a vigilância epidemiológica. 4. ed. 
Salvador: Secretaria de Estado da Saúde, 
1991.
Berlin EA, Fowkes WC Jr. A teaching 
framework for cross-cultural health care. 
Application in family practice. West J Med. 
1983;139(6):934-8.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de 
Normas e Procedimentos para Vacinação. 
Secretaria de Vigilância em Saúde. 
Departamento de Vigilância em Doenças 
Transmissíveis, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Curso de 
atualização para o trabalhador da sala de 
vacinação. 3.ed. Secretaria de Vigilância em 
Saúde. Departamento de Vigilância em 
Doenças Transmissíveis. 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 529, 
de 1º de abril de 2013. Institui o Programa 
Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). 
Brasília, 2013a.
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/
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo para 
a prática de higiene das mãos em serviços de 
saúde. In: BRASIL. Ministério da Saúde. 
Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013. 
Brasília, 2013b. Anexo 1.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de 
Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política 
Nacional de Humanização. Acolhimento nas 
práticas de produção de saúde. 2. ed. Brasília, 
2006.
BRASIL. Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 
1975. Dispõe sobre a organização das ações 
de vigilância epidemiológica, sobre o 
Programa Nacional de Imunizações, 
estabelece normas relativas à notificação 
compulsória de doenças e dá outras 
providências [acesso em: 13 maio 
2021]. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l62
59.htm.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 
1.498, de 19 de julho de 2013. Redefine o 
Calendário Nacional de Vacinação, o 
Calendário Nacional de Vacinação dos Povos 
Indígenas e as Campanhas Nacionais de 
Vacinação, no âmbito do Programa Nacional 
de Imunizações (PNI), em todo o território 
nacional. [acesso em: 13 maio 2021]. 
Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/g
m/2013/prt1498_19_07_2013.html.
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/ / R e f e r ê n c i a s
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 
264, de 17 de fevereiro de 2020. que altera 
a Portaria de Consolidação nº 4/GM/MS, de 
28 de setembro de 2017, para incluir a 
doença de Chagas crônica, na Lista Nacional 
de Notificação Compulsória de doenças, 
agravos e eventos de saúde pública nos 
serviços de saúde públicos e privados em 
todo o território nacional. [acesso em: 25 
maio 2021].Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/
gm/2020/prt0264_19_02_2020.html#:~:tex
t=1%C2%BA%20Esta%20Portaria%20inclui
%2C%20na,esporotricose%20humana%20e
%20a%20paracoccidioidomicose. 
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/ / R e f e r ê n c i a s
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de 
Vigilância em Saúde. Departamento de 
Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual 
de Rede de Frio do Programa Nacional de 
Imunizações / Ministério da Saúde, Secretaria 
de Vigilância em Saúde, Departamento de 
Vigilância das Doenças Transmissíveis. – 5. ed. 
– Brasília : Ministério da Saúde, 2017. [acesso 
em: 25 maio 2021].Disponível em: 
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/
pdf/2017/dezembro/15/rede_frio_2017_web
_VF.pdf. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 
2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a 
Política Nacional de Atenção Básica, 
estabelecendo a revisão de diretrizes e 
normas para a organização da Atenção Básica, 
para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o 
Programa de Agentes Comunitários de Saúde 
(Pacs). [acesso em: 13 maio 2021]. Disponível 
em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/g
m/2011/prt2488_21_10_2011.html
BRASIL. Sociedade Brasileira de Imunizações. 
Guia de boas práticas de IMUNIZAÇÃO EM 
ÁREAS REMOTAS DE DIFÍCIL ACESSO. 
Sociedade Brasileira de Imunizações. 2017.
Ceron, M.Habilidades de comunicação: 
abordagem centrada na pessoa. 
Especialização em Saúde da Família, Unifesp. 
2010.
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/ / R e f e r ê n c i a s
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE). População do Brasil 2021 atualizada. 
[acesso em: 10 maio 2021].Disponível em: 
https://paginadoparticipante.com/populacao-
do-
brasil/#:~:text=Segundo%20o%20censo%202
021%20pelo%20IBGE%2C%20a%20popula%C
3%A7%C3%A3o,capitais%21%2010%20Quais
%20s%C3%A3o%20as%20cidades%20mais%2
0populosas%3F. 
Instituto Socioambiental. Quadro Geral dos 
Povos [Online]. 2018. [acesso em: 10 maio 
2021].Disponível em: Quadro Geral dos 
Povos - Povos Indígenas no Brasil 
(socioambiental.org). 
Rio de Janeiro. Secretaria de Estado da Saúde. 
Guia Prático de Normas e Procedimentos de 
Vacinação. Secretaria Municipal de Saúde. 
Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária 
e Vigilância em Saúde. Rio de Janeiro. 2016.
Starfield B. Atenção primária: equilíbrio entre 
necessidades de saúde, serviços e tecnologia. 
Brasília: UNESCO. 2002, Competência 
cultural na APS.
Targa LV. Mobilizando coletivos e construindo 
competências culturais no cuidado à saúde: 
estudo antropológico da política brasileira de 
Atenção Primária à Saúde [dissertação). PortoAlegre: UFRGS; 2010.
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