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SINAIS REQUISITOS ESPECÍFICOS DA APLICAÇÃO ECG Frequências de corte: inferior 0.05 Hz, superior 100Hz, corrente de fuga abaixo de 10 mA, isolamento elétrico relativamente à linha de alimentação e à terra. Proteção contra tensões de desfibrilhação elevadas. EEG O ganho deve lidar com sinais de microvolts, baixo ruído térmico e eletrônico . As características sestantes são similares a do ECG. EMG Amplificador com maior largura de banda. Deve-se utilizar circuitos de pós-processamento (exemplo: rectificador + integrador) EOG Avaliação de amplificadores de instrumentação para sistemas de aquisição de sinais bioelétricos Andrei Ferreira Garcia Patricia T. da Silva Yvo Marcelo Chiaradia Masselli Inst. Nac. de Telecomunicações – Inatel Inst. Nac. de Telecomunicações – Inatel Inst. Nac. de Telecomunicações - Inatel andreifgarcia@yahoo.com.br paty_tamires@yahoo.com.br yvo@inatel.br Resumo – Este artigo apresenta um estudo dos principais modelos de amplificadores de instrumentação no mercado e tem por objetivo definir um modelo final de configuração para futuro desenvolvimento de um equipamento de aquisição de sinais bioelétricos de baixo custo. Palavras chave — amplificadores de instrumentação, sinais bioelétricos, Matlab®. Abstract - This article presents a study of the major models of instrumentation amplifiers on the market and aims to define a final model configuration for future development of an acquisition equipment bioelectrical signals with a low cost. Keywords - instrumentation amplifiers, bioelectrical signals, Matlab®. instrumentação para área médica foram analisados os seguintes amplificadores de instrumentação: INA 103, INA 114, INA 118, INA 122, INA 128 e 129. Foram levados em conta os seguintes critérios para a escolha do amplificador: TABELA I REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA APLICAÇÃO DE SINAIS BIOELÉTRICOS. I. INTRODUÇÃO Qualquer tipo de sinal elétrico gerado por um ser vivo é chamado de sinal bioelétrico e através da análise destes é possível avaliar o comportamento de inúmeras variáveis de interesse de especialistas nas áreas de saúde. [1] Equipamentos como eletrocardiógrafos, eletromiógrafos e eletroencefalógrafos são fundamentais ao auxílio na geração de diagnósticos precisos. Ganho elevado com resposta de baixa frequência e DC muito boa. O custo elevado destes equipamentos faz com que os mesmos sejam de uso restrito a uma pequena parcela de profissionais, tanto em suas áreas de exercício quanto na área acadêmica como recurso didático. [1] Um dos principais dispositivos de aquisição de sinais bioelétricos é o amplificador de instrumentação. Tal fato se justifica em função da evolução das técnicas de processamento de sinais digitais. Este trabalho apresenta uma análise dos principais tipos de amplificadores de instrumentação, utilizados em aplicações de aquisição e análise de sinais bioelétricos. II. AMPLIFICADORES DE INSTRUMENTAÇÃO Um amplificador de instrumentação é um elemento essencial em qualquer sistema de aquisição de sinais de pequena amplitude, são estruturas intrinsecamente realimentadas [3]. Existem diversos tipos no mercado, cada qual com sua finalidade especificada de acordo com a tabela abaixo: Os amplificadores de instrumentação são circuitos que amplificam a diferença entre duas tensões, mantendo elevada impedância de entrada, elevada rejeição a sinais de modo comum e ganho diferencial ajustável. [2] O amplificador diferencial pode amplificar uma pequena diferença de tensão entre sinais colocados em suas entradas. O esquema base consiste na montagem de um circuito subtrator para se comparar os sinais bioelétricos gerados. A primeira etapa do estudo foi feita uma análise dos principais modelos de amplificadores de instrumentação disponíveis no mercado, e definido um modelo para futuro desenvolvimento de um equipamento de sinais bioelétricos de baixo custo. A família de componentes eletrônicos da National Instruments® possui uma linha de amplificadores de TABELA II COMPARAÇÃO ENTRE AMPLIFICADORES DE INSTRUMENTAÇÃO - INA. CARACTERISTICAS INA114 INA122 INA128 LOW OFFSET VOLTAGE 50 uV 50 uV 50 uV LOW DRIFT 0,25 uV/°C 0,5 uV°/C 0,5 uV°C LOW INPUT B AS I CURRENT 2 nA 5 nA 5 nA WIDE SUPP LY RANGE 2,25 – 18 V 1,35 V 2,25 – 18 V Dentre os vários tipos de Amplificadores INA optou-se pelo INA114 por ser um amplificador de baixo custo e pelas características de ganho, rejeição em modo comum e outras citadas anteriormente. mailto:andreifgarcia@yahoo.com.br mailto:paty_tamires@yahoo.com.br mailto:yvo@inatel.br Figura 1- INA 114 usado na aplicação de pré-amplificador [4] III. APLICAÇÃO A. Desenvolvimento de um protótipo para aquisição de sinais bioelétricos de baixo custo. Para validar a escolha do componente ideal de amplificação, foi desenvolvido um circuito capaz de medir um sinal de ECG. O ECG registra as atividades elétricas do coração e fornece informações sobre a função cardíaca sendo possível fazer um prognóstico de certas cardiopatias os potenciais gerados pelo coração durante o ciclo sístole-diástole (contração/relaxamento) podem ser registrados aplicando-se eletrodos na superfície cutânea em diferentes posições do corpo [5]. Assim, inicialmente é realizada a pré-amplificação do sinal bioelétrico utilizando o amplificador de instrumentação INA114 e o circuito integrado OPA2604 para minimizar o ruído dos cabos. A configuração do pré-amplificador desenvolvido pode ser verificada na figura 1. No pré-amplificador os resistores (RG/2 ) são de 2,8kΩ. O ganho de tensão pode ser calculado pela equação (1). Figura 3 – Configuração final do circuito amplificador de ECG Para se evitar ruídos conduzidos via fonte de alimentação externaé recomendável a alimentação do circuito por meio de baterias (9V) conectadas em série, resultando em uma alimentação simétrica. A figura 4 apresenta o amplificador desenvolvido. G 1 50 k RG (1) Após a pré-amplificação utilizou-se o circuito integrado LM 741 para se amplificar o sinal. A configuração adotada foi a seguinte: Figura 2 - Configuração do circuito amplificador. Os cálculos são realizados da seguinte forma: Av=(R2/R1) +1 100=(1M/R1)+1 R1=10kΩ A integração dos circuitos de pré-amplificação e amplificação é apresentada na figura 3. Figura 4 – Amplificador de ECG Para simular o ECG utilizou-se o simulador portátil de Paciente, modelo Handy Sim fabricado pela R&D MEDIQ [6]: Figura 5 - Simulador de paciente Handy Sim R&D MEDIQ [6] B. Primeiros testes Nos primeiros testes utilizou-se apenas o amplificador, o simulador de Paciente e o Osciloscópio, para se visualizar as derivações ou o ECG típico, mostrando as ondas P, T e o complexo QRS figura 6. Figura 6 - ciclo PQRST [7] Para um ajuste de 30 bpm (figura 7) obteve-se um resultado satisfatório já que é possível verificar a semelhança ao ciclo PQRST apresentado na figura 6. A frequência visualizada no osciloscópio (valor circulado no campo superior direito) corresponde exatamente ao valor calculado: 30bpm/60=0.5Hz. Figura 9 – Arduino Mega 2560 e Matlab® [09] A escolha foi feita com base na quantidade de recursos disponíveis para as operações necessárias sobre o sinal bioelétrico. Estas operações compreendem basicamente processos de filtragem e extração de características fundamentais do ECG. Para que essa interação fosse possível necessitou-se a utilização de um firmware específico desenvolvido por usuários do Matlab® e disponível no repositório da MathWorks® [09]. Este tem o papel de informar os status e as ações do Arduino via USB. No outro extremo, o software, oferece umconjunto de funções capaz de enviar e receber comandos diretamente do Arduino. C.2- Aquisição de dados em Matlab® Para que a avaliação da interface de baixo custo, Arduino, fosse validada, foi desenvolvido um pequeno script em MATLAB® capaz de coletar 1000 amostras por segundo e plotá-las em gráfico, como apresentado a seguir. Figura 7 - Resultado obtido com o simulador de paciente em 30 bpm. Logo após ajustou-se o simulador para 240 bpm obtendo-se a mesma precisão do resultado anterior. O valor calculado para a frequência é igual 4Hz (240bpm/60). Figura 8- resultado obtido ajustando-se o simulador em 240 bpm C. Testes Posteriores C.1- Descrição Nos testes seguintes foi utilizada plataforma livre de baixo custo Arduino ATMega 2560 [08] como interface entre o hardware de condicionamento de sinais (simulador de paciente) e o PC. Os valores provenientes da aquisição são tratados em ambiente de software. Para esta etapa utilizou-se o Matlab®. Figura 10 - Amostragem com o simulador de paciente em 30 bpm Figura 11- Amostragem com o simulador de paciente em 60 bpm Figura 12 – Amostragem com o simulador de paciente em 120 bpm Os resultados são satisfatórios e confirmam a possibilidade de se fazer um possível prognóstico usando tais ferramentas. Pode-se verificar também que o modelo de amplificador operacional utilizado nas etapas de amplificação e pré- amplificação apresentam excelente desempenho e não comprometem as características presentes nos sinais bioelétricos investigados. REFERÊNCIAS [1] http://www.hab2001.sld.cu/arrepdf/00358.pdf [2] http://www2.eletronica.org/apostilas-e-ebooks/componentes/AOP.pdf [3]http://ltodi.est.ips.pt/joseper/PTS%20I/Teoria_PTS%20I_Cap%203_200 3.PDF [4]http://www.datasheetcatalog.net/pt/datasheets_pdf/I/N/A/1/INA114.shtm [5] http://www.bc.furb.br/docs/MO/2004/279181_1_1.pdf [6] http://www.rdmediq.com.br [7] http://www.misodor.com/ELETROCARDIOGRAMA. php [8] http://arduino.cc/en/Main/ArduinoBoardMega2560 [9] http://www.mathworks.com/academia/arduino-software/arduino- matlab.html [10] http://algol.dcc.ufla.br/~giacomin/Com145/Amp_Op.pdf [11] http://www.ti.com/lit/ds/symlink/ina103.pdf [12] http://www.datasheetcatalog.org/datasheet/BurrBrown/mXrvsur.pdf [13] www.datasheetcatalog.com [14] http://www.peteletrica.eng.ufba.br/?p=991 Andrei Ferreira Garcia nasceu em 12 de Julho de1987,natural de Pouso Alegre-MG. Atualmente aluno do sétimo periodo do curso de Engenharia de Telecomunicações do Instituto Nacional de Telecomunicações, (INATEL). Patrícia Tamires da Silva, Nasceu em 12 de julho de 1989, natural de Careaçu-MG, cursando o oitavo período de engenharia Elétrica pelo INATEL. Técnica em Telecomunicações pela Escola Técnica de eletrônica ETE “FMC”. IV CONCLUSÃO É possível concluir, com base nos resultados obtidos, que os sinais bioelétricos com intensidade tão pequena, podem ser amplificados e disponibilizados para avaliação e manipulação em ambientes computacionais. Além disto, permite a criação de equipamentos biomédicos de baixo custo e considerável desempenho. Assim, o tipo de estudo realizado é essencial para a área de saúde em geral e abre caminho para novos estudos como os de identificação automática de patologias através de sinais bioelétricos. Yvo Marcelo Chiaradia Masselli nasceu em Itajubá, MG em 10 de outubro de 1975. Graduado em engenharia de telecomunicações pelo INATEL, mestre e doutor em engenharia elétrica pela UNIFEI (2009). Atualmente é professor adjunto do Instituto Nacional de Telecomunicações de Santa Rita do Sapucaí, MG (INATEL). http://www.hab2001.sld.cu/arrepdf/00358.pdf http://www2.eletronica.org/apostilas-e-ebooks/componentes/AOP.pdf http://ltodi.est.ips.pt/joseper/PTS%20I/Teoria_PTS%20I_Cap%203_200 http://www.datasheetcatalog.net/pt/datasheets_pdf/I/N/A/1/INA114.shtm http://www.datasheetcatalog.net/pt/datasheets_pdf/I/N/A/1/INA114.shtm http://www.bc.furb.br/docs/MO/2004/279181_1_1.pdf http://www.rdmediq.com.br/ http://www.misodor.com/ELETROCARDIOGRAMA http://arduino.cc/en/Main/ArduinoBoardMega2560 http://www.mathworks.com/academia/arduino-software/arduino- http://algol.dcc.ufla.br/%7Egiacomin/Com145/Amp_Op.pdf http://www.ti.com/lit/ds/symlink/ina103.pdf http://www.datasheetcatalog.org/datasheet/BurrBrown/mXrvsur.pdf http://www.datasheetcatalog.com/ http://www.peteletrica.eng.ufba.br/?p=991
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