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CGA CONHECIMENTOS GERAIS DE AERONAVECONHECIMENTOS GERAIS DE AERONAVECONHECIMENTOS GERAIS DE AERONAVE Conceito e tipos de aeronaves Estrutura da aeronave Fuselagem Empenagem ou cauda Grupo Moto-Propulsor Trem de pouso Asas Superficies de de Comando Superficies Hipersustentadoras Freios Aerodinamicos Assuntos Conceitos CBA Art. 106. Considera-se aeronave todo aparelho manobrável em vôo, que possa sustentar-se e circular no espaço aéreo, mediante reações aerodinâmicas, apto a transportar pessoas ou coisas. Aeróstatos: equipamentos mais leves que o ar; baseado no princípio de Arquimedes (empuxo); exemplos: balões e dirigíveis Aeródinos: equipamentos mais pesados que o ar; baseado na terceira lei de Newton (ação e reação); exemplos: aeronaves, helicópteros e planadores Tipos de AeronaveAERONAVE Estrutura da Aeronave É dividida em 5 partes principais Fuselagem Empenagem Grupo Moto-Propulsor Trem de Pouso Asas Fuselagem Longarinas, armação ou tubular Tem formato cilíndrico e as demais partes se ligam a ela, podem ser: Formada por tubos de aço soldados e revestimento de tecido, podendo conter cabos de aço esticados para suportar esforços de tração, empregado em aviões leves Monocoque O formato aerodinâmico é dado pelas cavernas. Os esforços são suportados por essas cavernas e pelo revestimento de chapa metálica, plástico ou madeira, é empregado em aviões de fuselagem curta. semimonocoque Modelo mais utilizado nos aviões atuais, formado por cavernas, revestimento metálico e longarinas e todos resistem a esforços aplicados ao avião Posicionada na parte traseira da fuselagem tem a função de estabilizar o avião, evitando que ele se desvie da direção de voo. É formada por duas partes fixas e duas móveis (leme de direção e de profundidade) tem a função de estabilizar a aeronave horizontalmente, nele está fixado o profundor ou leme de profundidade, e ontrola o movimento do avião para cima ou para baixo, ou a sua subida ou descida (Cabrar ou Picar). Quanto ao tipo ou classificação de empenagens são: Convencional- o estabilizador horizontal encontra-se abaixo do estabilizador vertical em “T”. – em cruz, o estabilizador horizontal encontra-se acima do estabilizador vertical Butterfly: Os estabilizadores estão dispostos em forma de V O estabilizador vertical tem a função de estabilizar a aeronave verticalmente, nela esta fixada o leme de direção que é uma estrutura móvel que controla o movimento da aeronave para a esquerda ou direita. Empenagem Estabilizador Horizontal1. 2. Estabilizador Vertical Chama-se de grupo motopropulsor o conjunto de motor e hélice em aeronaves com motores convencionais, e turbina e hélice em turboélices e turbina em turbojatos em aeronaves com motores a reação. Grupo Moto-Propulsor Conjunto dos componentes que produz a força de tração que empurra a aeronave para frente classificam-se quanto ao número de motores (monomotor, bimotor, trimotor, quadrimotor e multimotor.) e quanto ao tipos de motor: Motor a reação Assemelha-se aos dos automóveis apresentando uma maior potência, É econômico e eficiente em baixas velocidades e altitudes, e é de baixo custo, muito utilizado em aviões de pequeno porte, usa gasolina de aviação como combustivel Utilizam querosene de aviação, com combustão espontânea, seus componentes principais são compressores, câmaras de combustão e turbinas Tipos de motores Tratora: Hélice posicionada na frente do motor Propulsora: hélice posicionada atrás do motor Tandem: hélice posicionada na frente e atrás do motor Motor cuja força de tração é gerada pelos gases de escapamento. Baseado na 3º lei de Newton É um turbo jato modificado, onde a energia do jato é aproveitada para girar uma turbina, a qual aciona uma hélice através de uma caixa de engrenagens de redução Motor Convencional A pistão e Hélice Classificação das hélices Turbo Jato Turbofan Constituido por um turbo jato acrescido de um ventilador(fan). O Fan funciona como uma hélice. Suas vantagens são a elevada tração, baixo ruído e grande economia de combustivel Turboélice Trem de Pouso conjunto de partes destinadas a apoiar o avião no solo Amortece os impactos no solo Freia o avião Controla a direção no taxiamento ou manobras no solo Tipo de superfície de operação ( Pouso e decolagem Fixação ou mobilidade Posição da roda direcional (bequilha) Classificam-se quanto ao: 1. 2. 3. Os trens de pouso também podem ser usados como freios aerodinâmicos, pois quando baixados, aumentam o arrasto. Tipo de Supercifíe de Operação1. Litoplano: Trem de pouso opera em terra, gelo ou neve Hidroplano: Pouso somente na água, possui flutuadores Anfíbio: Pouso na terra, água, gelo e neve, possui trem de pouso e flutuadores 2. Fixação ou mobilidade Trem de pouso fixo: Não recolhe. Trem de pouso retratil: Recolhe parcialmente, as rodas ficam aparentes Trem de pouso escamoteável: Recolhe totalmente 3. Posição da Roda Direcional Trem de pouso convencional: possui bequilha localizada na cauda Trem de pouso triciclo: roda direcional(bequilha) localizada á frente do trem de pouso ASAS Tem função de gerar a força de sustentação necessária ao voo. É geralmente onde aloja-se tanques de combustível, trem de pouso e berço dos motores. Componentes: EXTRADORSO – Superior da asa INTRADORSO – Inferior da asa BORDO DE ATAQUE – Parte da frente da asa BORDO DE FUGA – Parte traseira da asa RAIZ DA ASA – É a parte entre a asa e a fuselagem, maior área da asa PONTA DA ASA – Parte mais distante da fuselagem, a menor área da asa. ENVERGADURA– distância entre as pontas das asas, ou seja, é a distancia entre a ponta da asa esquerda ate a ponta da asa direita. AILERONS: Superfícies móveis localizadas no bordo de fuga, proximo as pontas das asas FLAPS: superfícies móveis localizadas no bordode fuga, proximo as raízes das asas. Longarinas: vigas que atravessam a asa de ponta a outra e recebem, grandes esforços Falsas longarinas: vigas que não atravessam a asa na sua totalidade, servindo apenas de apoio para determinadas superfícies, como os ailerons. Nervuras: dão formato aerodinâmico as asas e transmitem os esforços do revestimento para as longarinas 2. Posição ou localização ASA BAIXA – Montada perto, entre o final ou inferior da fuselagem. ASA MÉDIA – Montada no meio, ou central da fuselagem. ASA ALTA – Montada acima, ou superior da fuselagem. ASA PARASSOL – Montada sob a fuselagem, com montantes ou suportes que são presos à sob fuselagem. Elementos internos de uma asa Classificam-se em: Número de planos1. MONOPLANO – Possuí somente uma asa ou 1 plano de asa. BIPLANO – Possui 2 planos de asas. TRIPLANO – Possui 3 planos de asas. 3. Fixação (somente asas altas) CANTILEVER – A asa é fixa na fuselagem sem nenhum auxíliar SEMI-CANTILEVER – A asa é fixa na fuselagem com o auxílio de estais e montantes (com Suportes) Tem a função de movimentar a aeronave em torno dos seus três eixos imaginários. Superfícies de comando primárias Movimentam a aeronave em torno do eixo longitudinal, Estão localizadas no bordo de fuga, próximo a ponta das asas. Virando o manche para a direita e para a esquerda o avião se inclinará na mesma direção Ailerons Movimentam a aeronave em torno do eixo transversal. Estão ligados ao estabilizador horizontal. Puxando o manche para trás o avião levanta e o nariz sobe, puxando para frente o avião abaixa e o nariz desce Profundores Movimenta a aeronave em torno do eixo vertical. Está ligado ao estabilizador vertical da empenagem. É comandado pelos pedais, quando o piloto pisa no pedal esquerdo, o avião guina para a esquerda, quando pisa no pedal direito o avião guina para a direita Leme de direção Tem função de aliviar os esforços da pilotagem reduzindo a pressão no manche o nos pedais, manter a aeronave na atitude desejada e corrigir pequenas tendências de voo São representadas pelos compensadores, que podem aparecer nas três superfícies primárias , principalmente nos profundores.Superfícies de comando secundárias Seu movimento será sempre contrário ao da superfície de comando primária Função exemplo Superfícies Hipersustentadoras São superfícies que aumentam a sustentação da aeronave Aumentar o ângulo de ataque e consequentemente o ângulo critico (de estol). Reduzir o comprimento de pista necessário descolagem. Reduzir a velocidade de pouso sem perder a sustentação. Existem três tipos de superfícies hipersustentadoras Slots São superfícies hipersustentadoras representas por fendas fixas localizadas no bordo de ataque da asa. Funcionam permitindo a passagem de alguns filetes de ar do intradorso para o extradorso o que retarda o turbilhonamento no bordo de fuga em grandes ângulos de ataque Slats São representadas por fendas moveis também localizadas no bordo de ataque da asa, geralmente são utilizadas no pouso, tem vantagem de funcionar automaticamente em deerminados ângulos de ataque, ou sob comando do piloto. Flapes: São as superfícies mais comuns. Consistem num pequeno aerofólio localizado no bordo de figa, proximo a raiz. Além de aumentar a sustentação, atua como freio aerodinâmico porque aumentam o arrasto. Flap Simples é o mais comum, aumenta a sustentação e o arrasto na mesma proporção Flap com fenda quando abaixado, permite a passagem de alguns filetes de ar do intradorso para o extradorso retardando o turbilhonamento no bordo de fuga Flape ventral é baixado no intradorso da asa e produz um pouco mais de sustentação que o flap simples Flap tipo "fowler', se desloca baixo e para trás, é considerado o mais eficiente porque além de apresentar a mesma vantagem do flap fenda, ao se deslocar para trás aumenta também a área da sua asa. Freios aerodinâmicos São usados para diminuir a velocidade em solo e em voo, servindo também para diminuir a sustentação. Aumentam a vida útil do freio convencional. Existem 3 tipos: Spoilers: Superfícies móveis localizadas no extradorso da asa que aumentam, o arrasto ao se abrirem. Equipam aeronaves de grande porte, utilizado principalmente no pouso quando se abrem completamente produzindo o máximo de arrasto e pressionando a aeronave contra o solo. Alguns podem ser usados para fazer curvas e para aumentar a razão de descida sem aumentar a velocidade Reverso do motor: São conchas ao redor do motor que quando acionadas desviam o vento relativo para cima e para baixo, destruindo a força de sustentação, só pode ser acionado no solo Passo reverso: Aviões com motores turboélice podem mudar a inclinação das hélices jogando parte do vento relativo para frente e reduzindo assim sua velocidade na pista Pressão É a força aplicada a uma superficie, subdividida em: Pressão estática: Não depende do movimento do fluido. É a pressão exercida pelo ar em um corpo na atmosfera. Pressão Dinâmica: Provocada pelo movimento do fluido. A pressão aumenta com o aumento da velocidade e deixa de existir quando o fluido para de se movimentar. Sempre que um fluido estiver em movimento, além da pressão estática ele terá pressão dinâmica. Pressão Total: É a soma das pressões estáticas e dinâmica. Laminar: Turbulento: Quando ocorre em uma direção especifica e de forma regular, é o tipo que mantém uma aeronave em voo Quando seu movimento é irregular Fluidos Grupo formado pelos liquidos e gases Escoamento É o movimento dos fluídos, que pode ser laminar ( regular) ou turbilhonado(irregular) Equação da continuidade Lei para o escoamento que afirma que "Quanto mais estrito for o tubo de escoamento, maior será a velocidade do fluído, e vice-versa". Tubo de Pitot Aparelho para medir a velocidade dos fluidos. Teorema de Bernouilli O aumento da velocidade de escoamento aumenta a pressão dinâmica e diminui a pressão estática exercida pelo fluido. É a base da sustentação dos aeródinos. No meio do tubo há um estreitamento feito para que a velocidade do fluido aumente ao passar por ali. Ao entrar no tubo, o fluido tem velocidade normal de escoamento. No meio, o fluido acelera devido ao estreitamento, o que faz a pressão estática contra as paredes do tubo diminuir e a pressão dinâmica aumentar. Depois de passar pelo estreitamento o ar volta á mesma velocidade da entrada. Tubo de Venturi Aproveitando o teorema de bernouilli, o físico venturi construiu um tubo que explica como uma asa é capaz de levar uma aeronave para cima. Propriedades do tubo: Princípio de Arquimedes (Lei do empuxo) " Todo corpo mergulhado em um fluído recebe, de baixo para cima, uma força igual ao peso do volume deslocado". É o princípio da sustentação nos aeróstatos. Aerodinâmica O estudo da teoria divide-se em baixa velocidade, quando as aeronaves voam abaixo da velocidade do som (1,235km/h) a alta velocidade, quando as aeronaves voam acima dessa velocidade. Aerodinâmica é o estudo das propriedades e características do ar e de outros gases em movimento. Vento relativo É o ar que se opõe ao deslocamento de um corpo na atmosfera, terá sempre a mesma velocidade, a mesma direção (em graus) e o sentido contrário ao deslocamento desse corpo. Resistência ao avanço Todo corpo em movimento em meio a um fluido sofre resistência ao avanço devido ao impacto e ao atrito do fluido. Aumenta com o aumento da densidade, do fluido e da velocidade. Perfil Aerodinâmico É o formato de um corpo que produz o mínimo de resistência ao avanço. Corpos fusiformes, como a fuselagem de um avião. Aerofólio ou superfície aerodinâmica Aerofólio é o perfil da asa, definido como uma superfície aerodinâmica que produz reações úteis ao voo. Já a superfície aerodinâmica, ao contrário do aerofólio, não produz reações úteis ao voo. É importante notar que toda a aeronave com exceção das asas é considerada uma superfície aerodinâmica. Por fim, tanto os aerofólios tanto as superfícies aerodinâmicas cortam o ar, produzindo o mínimo de arrasto. Aerofólio: asas (perfil da asa) Superfície aerodinâmica: fuselagem Elementos do aerofólio Bordo de ataque: Parte da frente do aerofólio Bordo de fuga: parte de trás Dorso ou extradorso: parte superior do aerofólio Intradorso: parte inferior Corda: Reta que une o bordo de ataque ao de fuga Linha de curvatura média(LCM): linha que mantém a mesma distância do extradorso e do intradorso em todos os pontos. Existem dois tipos de perfis de aerofólio: Assimétrico: Aquele que não pode ser dividido por uma linha reta em duas partes iguais, nesse tipo de perfil o extradorso é maior que o intradorso. ex: asa. Simétrico: Aquele que pode ser dividido em duas partes. Nesse tipo de perfil, a corda coincide com a linha de curvatura média e o extradorso é igual ao intradorso. Ex estabilizador vertical e horizontal. Resultante Aerodinâmica Na prática, é a força produzida pelo aerofólio, dirigida para cima e inclinada para trás, é aplicada(nasce) no centro de pressão(CP) e, para efeito de estudo, subdivide-se: Sustentação: É a componente vertical da RA que atua perpendicularmente (90°) a trajetória da aeronave e ao vento relativo. Arrasto: É a componente horizontal da RA causada pela resistência ao avanço(atrito) e que atua paralelamente á trajetória da aeronave e o vento relativo. Fatores que influenciam na resultante aerodinâmica Densidade do ar: quanto maior a densidade do ar, maior que a RA. Temperatura: quanto menor, maior a RA Velocidade: quanto maior a velocidade, maior a RA Área da asa: quanto maior, maior a RA Formato do aerofólio: quanto maior a curvatura e a espessura, maior a RA. Resistência útil Contribui para produzir sustentação. Ex: Aerofólio da asa Resistência Parasita Não contribui para produzir sustentação. Ex: Montantes, antenas e trem de pouso Arrasto Induzido Resistência ao avanço de ponta de asa, devido a diferença de pressão entre o extradorso e o intradorso. Para minimizá-la são instaladas wing lets Corda da Asa Linha reta que une o bordo de ataque ao bordo de fuga Linha de curvatura média Linha equidistante do intradorso e do extradorso da asa Ângulo de ataque ângulo formado entre a corda da asa e o vento relativoÂngulo de estol Ângulo no qual o escoamento no extradorso torna-se turbilhonado devido ao fluxo de ar não acompanhar o perfil. No momento do estol ocorre perda de sustentação e o aumento do arrasto 1.Sustentação uma reação aerodinâmica, perpendicular o vento relativo, produzida pelo movimento o ar em torno da asa. O ponto da ustentação é o centro de pressão (CP). 2. Tração ou Empuxo É a força propulsora, produzida pelo GMP Grupo Motopropulsor) que traciona o avião, rovocando o movimento para frente, oposta força de arrasto. Aumenta com a potência os motores. 3.Peso Devido a gravidade, a força do peso, aplicada no centro de gravidade, atua constantemente em direção ao centro da terra, quanto maior a massa, maior o peso. É uma força oposta sustentação que puxa a aeronave para baixo. 4. Arrasto É a força que dificulta o deslocamento da aeronave para a frente. É provocada pelo atrito do ar e é oposta a força de tração. Subdivide-se: Arrasto induzido: na ponta das asas Arrasto parasita: em todas as partes que não poduzem sustentação As quatro forças atuantes na aeronave em voo O avião se movimenta através das superfícies de comando primárias em torno de três eixos imaginários. Esses eixos se cruzam em um ponto chamado Centro de Gravidade(CG), que é o ponto de equilibrio da aeronave e varia com a distribuição de peso dentro da aeronave, se estiver muito á frente, atrás ou para um dos lados, a eficiência dos comandos e dos movimentos ficará reduzida aumentando os riscos do voo. Eixos do Avião Eixo longitudinal: corta a aeronave o nariz até a cauda. O movimento em torno desse eixo se chama rolamento, rolagem, bancagem ou inclinação lateral. É produzido pelos airelons quando se move o manche para a direita ou para a esquerda, auxilia na execução de uma curva 1. 2. Eixo transversal(lateral): Corta a aeronave de ponta a outra da asa, o movimento se chama arfagem ou tangagem. É produzido pelos profundores quando puxa o manche para o avião subir (cabragem) ou se empurra o manche(picagem) para o avião descer 3.Eixo vertical: O movimento chama guinada e é produzido pelo leme de direção quando se pisa no pedal da direita ou esquerda, assim o avião curva para a direita ou para a esquerda, junto com a rolagem permite que o avião faça curva. Os três eixos são os seguintes: Ângulo de fixação e Construção da asa 1.Ângulo de ataque É o ângulo formado entre a corda de um aerofólio e o vento relativo. É um ângulo variável. Quando ele aumenta, a sustentação e o arrasto também aumentam. Porém, acima de determinado ângulo (chamado de ângulo de estol), o fluxo de ar no extradorso deixa de se laminar e a aeronave perde a sustentação. 2. Ângulo de estol Também chamado de ângulo de sustentação máxima ou de ângulo critico ou de perda. Ultrapassando esse ângulo a aeronave entra em estol porque o fluxo de ar deixa de ser laminar e passa a ser turbulento, acabando com a força de sustentação. Pode acontecer acidentalmente em pouso ou decolagem, ser provocado em voo acrobático e é mais perigoso em baixas altitudes devido a altura necessária para que a aeronave se recupere. Quanto menor a velocidade de estol mais seguro será a aeronave. Quanto maior o peso da aeronave e a altitude voada, maior será a velocidade de estol. 3. Diedro Ângulo formado entre o plano da asa e o plano do eixo lateral. Pode ser classificado: Positivo: quando a inclinação das asas for para cima Negativo: quando a inclinação for para baixo Nulo: quando não houver inclinação. 4.Enflechamento: Ângulo formado entre o bordo de ataque e o eixo lateral Positivo: inclinação das asas para trás Negativo: inclinação das asas para frente Nulo: não há inclinação 5.Ângulo de incidência Ângulo formado entre a corda e o eixo longitudinal. É fixo e invariável. Estabilidade do avião em voo Estabilidade é a tendência que uma aeronave tem de retomar ou não a posição de equilíbrio depois de sofrer um desvio. Uma aeronave estável é fácil de pilotar e reduz a fadiga do piloto. Tipos de equilíbrio Quando um corpo é afastado da condição de equilíbrio ele pode se classifica de três formas diferentes de acordo com o seu comportamento. Estável: quando volta ao equilíbrio Indiferente: quando continua fora do equilíbrio Instável: quando tende a se afastar ainda mais do equilibrio Tipos de estabilidade A estabilidade pode ser estática ou dinâmica e acontece em torno dos eixos da aeronave. Estática é a tendência inicial que um corpo tem de retomar á posição de equilíbrio após a perturbação. Dinâmica é a forma como acontece o movimento após a perturbação. Estabilidade em torno dos três eixos Estabilidade lateral1. É descrita pela capacidade que uma aeronave tem de se recuperar de um rolamento inesperado em torno do eixo longitudinal 2. Estabilidade Direcional É descrita pela capacidade que uma aeronave tem de estabilizar-se depois de sofrer uma guinada, acontece em torno do eixo vertical. 3. Estabilidade longitudinal É a que mais afeta o voo sendo por esse motivo a mais importante de todas. É descrita pela capacidade que uma aeronave tem de se recuperar de uma arfagem inesperada em torno do eixo lateral Fator carga ( Força G) Devido a força de inércia, ao mudar a trajetória de voo, surge a força G, pode ser positiva ou negativa. Fator carga G= (L) Sustentação (W)Peso Variação do fator carga Em voo reto e horizontal(L=W) o valor carga é igual a 1 Ao entrar em uma curva, ou cabrar, o peso aparente aumenta, o que ocasiona o fator carga positiva. Ao desfazer a curva, ou ao picar o fator carga e negativo. Tipos de manobras Decolagem(take-off) Manobra que coloca o avião em voo, fatores que diminuem a distância (maior potência, vento de proa, maior densidade do ar, maior ângulo de flap, menor arrasto, menor peso). Subida(Climb) Manobra para ganhar altura, fatores que aumentam a razão de subida(maior potência, menor peso, menor arrasto) Voo em linha reta horizontal Mantendo a altitude e velocidade constante, as forças de sustentação e peso, tração e arrasto, se anulam. Voo em curva Quando inclinado pelos ailerons o avião entre em curva devido ao componente horizontal da sustentação (L). Descida Manobra para perder altura. O vento relativo sobe com o mesmo ângulo que o avião desce, voo planado: descida com os motores reduzidos ("power off"). Pouso(landing) Manobra para retornar ao solo e desacelerar. Fatores que diminuem a distância de pouso(vento de proa, maior densidade do ar, menor peso, maior ângulo de flape, spoilers, reverso e freios. A atuação dos freios fica prejudicada com pista molhada. Peso e Balanceamento Equilíbrio estático do avião em função da distribuição de carga que determina a posição do CG. Efeitos da posição do CG no avião: CG dianteiro: tendência de baixar o nariz (nariz pesado em voo) CG traseiro: tendência de levantar o nariz (cauda pesada em voo) Balanceamento É a distribuição correta de passageiros e carga no interior do avião, de modo que não ultrapasse os limites estabelecidos pelo fabricante. Consiste na pesagem e distribuição correta dos pesos. Pesos Peso vazio(PV): peso do avião com seu equipamento fixo Peso básico operacional(PBO): peso vazio+tripulantes e suas bagagens Peso operacional(PO): peso do avião pronto para decolar faltando carregar Peso de decolagem(PD): peso do avião pronto para decolar Peso zero combustível(PZC): PD, faltando abastecer Carga útil: passageiros + carga(payload) Peso de pouso(PP): peso com que o avião deve pousar. Teoria de voo de alta velocidade O voo das aeronaves de alta velocidade é afetado pelo aparecimento de diversos fenômenos aerodinâmicos que não ocorrem em voos de baixa velocidade, como o som e a vibração das moléculas de ar. Quando o som se propaga, faz como ondas de um lado, só que em todas as direções, como se fossem esferas que vão aumentando de tamanho. A velocidade do som é variável e diminui com o aumento da altitude. A 15°C e ao nivel do mar é de 1.235km/h ou 340m/s. Numa altitude de cruzeiro (12.000m) e -45°C, ela baixa para 1.050km/h.Se o avião está voando em uma velocidade menor que a do som, ele tem sempre á frente ondas sonoras que são empurradas para frente e preparam o ar para sua passagem. Já numa velocidade superior á do som, a resistência ao avanço é bastante maior, pois não havendo o tempo para empurrar as ondas para frente, o ar atinge o avião de maneira desfavorável. Em velocidades mais baixa o voo é chamado de subsônico, em mais latas é chamado de supersônico. Número MACH Normalmente a velocidade da aeronave é medida pelo velocímetro. Em altas velocidades é medida com um instrumento chamado Machímetro, ele mede o número MACH, que relaciona a velocidade do avião com a do som MACH1=som Número MACH= Velocidade do avião Velocidade do som Número MACH crítico É a velocidade na qual um ponto da asa voa na velocidade do som mesmo que o avião tenha uma velocidade menor. Essa velocidade deve ser evitada porque provocará trepidação e desgaste nesse ponto da asa. As aeronaves devem ser construidas de forma que essas ondas de choque apareçam mais tardiamente possível de modo que o seu número MACH crítico seja maior possível. Classificação das aeronaves quanto ao seu número de MACH 1.Subsônicas: Aquelas que voam abaixo do número MACH crítico(avião e asa voam abaixo da velocidade do som) 2. Transônica: Voam acima do número MACH crítico, porém abaixo de MACH 1(aeronave abaixo do som e asa acima) 3.Supersônica: Voam acima de MACH 1(avião e asa acima da velocidade do som)
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