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PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS E SEU ARCABOUÇO LEGAL

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o O que é SUS? 
 
 É composto por um conjunto multifatorial, pois apresenta organizações públicas de vários 
setores (UPA, hospitais...). As pessoas não adoecem só pela fisiopatologia da doença o 
saneamento básico por exemplo ajuda no adoecer, a infraestrutura entre outros pontos; 
 O SUS pode usar o privado de forma complementar, ou seja, se eu não tenho determinado 
serviço eu posso comprar do privado; 
 Médicos, nutricionista, fisioterapeuta... 
 O modelo público de ações e serviços de saúde que sequem as mesmas doutrinas e 
princípios em todo o território nacional brasileiro; 
 Estado de vida, um valor/problema, um campo de pratica e da ciência setor da 
economia onde se produz bens e serviços de saúde; 
 O SUS não foi criação do Brasil, o pioneiro foi o Canadá; 
 
o Qual o arcabouço legal? 
 Título VIII – da ordem social (bem-estar e justiça social) 
 Capitulo II - Da Seguridade Social: 
 ... ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a asseguras os 
direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social; 
 Seção II – Da Saúde: 
 Artigo 196: a saúde é direito de todos e dever do Estado (universalidade), garantindo 
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e 
de outros agravos e ao acesso universal e igualitário as ações e serviços para sua 
promoção, proteção e recuperação; 
 Artigo 197: são de relevância publica as ações e serviços de saúde, cabendo ao 
poder público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e 
controle... 
 Artigo 198: as ações e serviços públicos de saúde interagem uma rede regionalizada 
e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as 
seguintes diretrizes: 
 I: descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
 II: atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem 
prejuízo dos serviços assistenciais; 
 III: participação da comunidade; 
 Artigo 199: a assistência à saúde é livre à iniciativa privada: 
 As instituições privadas poderão participar de forma complementar... mediante 
contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades 
filantrópicas e as sem fins lucrativos; 
 A constituição federal trouxe apenas 4 artigos; 
 A lei 8080 trouxe diretrizes e normas para o SUS; 
 Arcabouço legal do SUS: leis, normas, portarias, resoluções; 
 
 Leis orgânicas do SUS: 
 Lei 8080/90: 
 Estabelece sua condição de Único; 
 Apresenta os direitos e deveres em relação à saúde; 
 Estabelece um conceito ampliado de saúde; 
 Constitui seus princípios doutrinários e organizativos; 
 
 Lei 8142/90: 
 Estabelece as instâncias colegiadas do SUS 
 Conselhos e Conferências de Saúde; 
 Constitui os condicionantes para a transferência de dinheiro: fundo de saúde, 
contrapartida de dinheiro, conselho, plano de saúde, relatórios de gestão; 
o SUS: 
 Surge de uma concepção ampla do direito à saúde e de dever do Estado na garantia do 
direito; 
 Foi criado na Constituição Federal de 1988 e teve sua implantação efetiva a partir de 1990 
com as Leis 8080 e 8142/1990 (Arcabouço Legal); 
 Está orientado por um conjunto de princípios e diretrizes; 
 
o Quais são seus princípios e diretrizes? 
 Princípios doutrinários: 
 Universalidade; 
 Ex: um paraguaio adoeceu no Brasil e procura o SUS, e o atendente disse que não 
podia. O princípio negado ao paciente foi a universalidade; 
 “Todos têm o mesmo direito a ações e serviços de saúde, independentemente de 
sua complexidade, custo ou natureza” 
 Condições socioeconômicas e inserção no mercado de trabalho NÃO implicam no 
acesso aos serviços do SUS; 
 Substituição do modelo de seguro social que condicionava o acesso a ações e 
serviços de saúde aos contribuintes da Previdência Social – trabalhadores inseridos 
formalmente no mercado de trabalho; 
 
 Equidade; 
 O SUS é para todos, porém a população brasileira é diferenciada e isso faz com que 
alguns tenham mais acesso à saúde do que outras de condições econômicas 
menores; 
 Tratar os desiguais de forma desigual para que eles se nivelem; 
 Eu uso esse princípio quando estou falando de questões SOCIOEONÔMICAS; 
 Ex: tratar o índio de forma desigual a mim; 
 “Redução das disparidades sociais e regionais” 
 Busca maior equilíbrio entre pessoas e regiões levando-se em consideração as 
possibilidades de intervenção em problemas, necessidades e determinantes sociais 
em saúde; 
 Busca minimizar as desigualdades sistemáticas, injustas, evitáveis e desnecessárias – 
inequidade; 
 Ex: quem tem câncer tem preferência no tratamento do que quem tem pedra na 
vesícula, ou seja, aqui manda a condição socioencômica e a fisiopatologia da 
doença; 
 
 Integralidade; 
 Conjunto articulado e contínuo de ações e serviços, preventivos e curativos, 
individuais e coletivos, em todos os níveis de complexidade; 
 A pretensão é que as ações de promoção e de prevenção não sejam dissociadas da 
assistência ambulatorial e hospitalar; 
 Integralidade de serviços de saúde prevê articulação entre políticas de saúde e 
demais políticas de cunho econômico e social, e atuação sobre os determinantes 
sociais de saúde; 
 Ver o indivíduo como um todo, ou seja de prevenção até a reabilitação; 
 Tem que haver o acompanhamento do paciente. Ex: um geriatra mesmo que manda 
para outro especialista o paciente continuar acompanhado o caso; 
 Pensando em saúde temos que ter um atendimento integral para o indivíduo ou 
população, ou seja, na atenção básica eu consigo atender um diabético, um 
hipertenso, quando o quadro começa a piorar manda-os para média e alta 
complexidade. 
 Uma emergência não precisa de atenção básica, do pronto atendimento ele já é 
encaminhado para cirurgia; 
 
 Igualdade: 
 Não pode existir discriminação no acesso a serviços de saúde; 
 Renda, cor, gênero ou religião não discriminam as pessoas ao acesso a serviços e 
ações de saúde no SUS; 
 Somente razoes relacionadas às necessidades diferenciadas de saúde devem 
orientar o acesso ao SUS e a escolha de técnicas a serem empregadas no cuidado; 
 
 Princípios organizativos: 
 Regionalização e hierarquização; 
 A lógica não é trabalhar de forma restrita ao município e sim de forma regional, ou 
seja, a cidade de maior estrutura fica com a parte da regulação; 
 Quanto a hierarquização: “lógica de reis” – o que diz o que o paciente precisa é sal 
condição clínica; 
 Serviço de alta, média e baixa complexidade; 
 
 Participação da comunidade; 
 Se dá pelas conferencias e conselhos de saúde; 
 É a garantia à população, a partir de suas entidades representativas, participar do 
processo de formulação, controle e avaliação das políticas de saúde no SUS; 
 Garantia do diálogo e interação entre gestores profissionais e a população; 
 Constituição de Conselhos de Saúde e realização de Conferências de Saúde; 
 
 Descentralização com comando único; 
 Antes todas as decisões eram tomadas a níveis centrais, agora quem toma decisão é 
quem tem autonomia, ou seja, se há um problema na cidade X é na cidade X que se 
toma alguma providencia sem a necessidade de mandar o ocorrido à Brasília e 
esperar a resolução do problema; 
 
o O que faz o SUS? 
 Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substância de interesse para a saúde e 
participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, 
hemoderivados e outros insumos; 
 Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do 
trabalhador; 
 Ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; 
 Participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; 
 Incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento cientifico e tecnológico e 
inovação; 
 Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem 
como bebidas e aguas para consumohumano; 
 Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de 
substancia e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
 Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho; 
 
o Ações previstas no SUS: 
 Atividades dirigidas às pessoas, individual ou coletivamente, voltadas para promoção da 
saúde, prevenção, diagnostico, tratamento e reabilitação de agravos e doenças; 
 Ações de distintas complexidades, tecnologias e custos (vacina – consultas médicas, 
cirurgias, transplantes etc); 
 Intervenções ambientais em sentido amplo: condições sanitárias, na produção e 
circulação de bens e serviços, no controle de vetores e hospedeiros e na operação de 
sistemas de saneamento básico; 
 
o Serviços previstos no SUS 
 Serviços prestados no âmbito ambulatorial, hospitalar, nas unidades de apoio diagnóstico 
e terapêutico, e no âmbito da “urgência e emergência” em ambientes institucionais, vias 
públicas e familiares; 
 Serviços prestados por instituições públicas voltadas para o controle da qualidade, 
pesquisa e produção de insumos, medicamentos, sangue e hemoderivados e 
equipamentos de saúde; 
 
o Avanços do SUS: 
 Garantia formal da universalidade e prática para alguns serviços; 
 Atingiu uma cobertura universal de vacinação 
 Garantia formal da participação social e avanços na sua prática; 
 Aumento da oferta pública de serviços; 
 Melhoria ampla do acesso a atenção básica e de emergência, 
 Aumento da responsabilidade da gestão em saúde; 
 Aumento da participação do financiamento dos municípios; 
 Investiu na expansão dos recursos humanos e de tecnologia, incluindo grandes esforços 
para fabricar os produtos farmacêuticos mais essenciais ao pais; 
 
o Quais são os desafios do SUS? 
 Acesso insuficiente; 
 Baixa efetividade; 
 Qualidade insatisfatória; 
 Instabilidade e insuficiência do financiamento público; 
 Distribuição desigual dos recursos e da infraestrutura; 
 
o Qual a nossa atuação? 
 Os médicos entram na gestão, política entre outros, ou seja, em todas as esferas para a 
melhoria e fiscalização do SUS; 
o Em 1988 na constituição federal que trouxe o que seria o SUS; 
o Antes do SUS a saúde existia uma segregação na área da saúde. Antes de 1988 a saúde 
pública era limitada, só tinha acesso a saúde quem tinha vinculo previdenciário, ou seja, só 
quem trabalhava; 
o Essa segregação começou a gerar transtorno, pois as pessoas que não tinham convenio não 
tinha como haver prevenção e promoção de doenças, ou seja só tratava quando aparecia; 
o Houve revoltada da população e houve uma cobraram da política para que todos tivessem 
acesso à saúde e houve a REFORMA SANITÁRIA (começou na década de 70), esse foi um 
movimento que exigia melhorias no sistema de saúde, que esse sistema fosse gratuito e para 
todos. Dessa reforma saiu um documento que foi a base para a criação do SUS; 
o Em 1986 ocorreu a 8° conferência de saúde, nessa conferencia que acontecem em Brasília 
saiu o documento que dizia o que seria o SUS; 
o A reforma sanitária começou na ditadura, o governo decidiu colocar dinheiro no privado 
para o privado ajudar o público, mas isso não aconteceu; 
o SUS surge de uma concepção ampla do direito à saúde e dever do Estado na garantia desse 
direito; 
o Foi criado na Constituição Federal de 1988 e teve sua implantação efetiva a partir de 1990 
com Leis 8080 e 8142/1990 (Arcabouço Legal); 
o Está orientado por um conjunto de princípios e diretrizes; 
o 48% do financiamento da saúde vem da saúde pública, 52% vem da saúde privada. Como o 
sistema é universal se gasta-se mais com a privada do que com a pública? 
 
o Como se dá a participação social do SUS? 
 Conferência de Saúde 
 Realizada a cada quatro anos com a representação dos vários segmentos sociais, 
para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política 
de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, 
extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de Saúde. 
 
 Conselho de Saúde 
 De caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes 
do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na 
formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na 
instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas 
decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada 
esfera do governo.

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