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PENÍNSULA DE ITAPAGIPE EVOLUÇÃO URBANA ENTRE 1500 E 2021, UMA ANÁLISE HISTÓRICO-GEOGRÁFICA - FILIPI URBANO

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PENÍNSULA DE ITAPAGIPE: EVOLUÇÃO URBANA ENTRE 1500 E 2021, UMA
ANÁLISE HISTÓRICO-GEOGRÁFICA.
Filipi da Rocha S. Urbano¹
Arquiteto e Urbanista
Resumo: Itapagipe é uma área localizada na capital da Bahia, Salvador.
Posicionada na costa brasileira, guarda uma memória única e uma paisagem
incomparável. Foi utilizada inicialmente por questões estratégicas, como proteção
militar, com a construção do Forte de São Felipe. A Península de Itapagipe é um
território de grande valor cultural, tanto de Salvador quanto da Bahia. A presença de
monumentos tombados no local, revela sua importância para a compreensão do
processo de evolução urbana da cidade de Salvador, o qual, se deseja como
objetivo deste artigo.
Palavras Chave: Itapagipe. Evolução Urbana. Salvador.
f.arq.urbano@gmail.com¹
1 INTRODUÇÃO
A curiosidade em compreender os processos em cidades que fracionam o
moderno e o antigo e que principalmente delimitam seu espaço urbano por conta
disso motivaram a construção deste artigo. Salvador tenta, poucas vezes, com
sucesso, garantir uma “máxima civilização” junto a tentativa de preservação da sua
maturidade.
Itapagipe é uma área de Salvador, na Bahia, onde o processo de ocupação foi o
agente responsável pelo vigoroso senso de identidade de seus residentes. A área
em análise compreende a Região Administrativa III, com cerca de 175 mil
habitantes, onde estão localizados os bairros: Monte Serrat, Bonfim, Boa Viagem,
Ribeira, Caminho de Areia, Roma, Mares, Vila Rui Barbosa,Massaranduba, Uruguai,
Alagados, Calçada, Jardim Cruzeiro, Dendezeiros e Baixa do Fiscal.
Para uma análise mais profunda foram escolhidos quatro bairros, sendo eles:
Monte Serrat, Boa Viagem, Bonfim e parte da Ribeira pela localização dos bens
tombados, não eliminando o restante dos bairros das análises generalistas , a
poligonal aqui abordada alcança uma região que vai desde Monte Serrat ( Ponta de
Humaitá) até a Avenida Boa Viagem, como demonstra o mapa 01 e mapa
02(dispostos no corpo deste texto), de modo que, o espaço a ser compreendido,
ressalta parte do nascimento da cidade de Salvador até a atualidade. Os edifícios
que serão citados aqui neste texto, tiveram voz ativa no desenho urbano daquela
área, moldando seus usos, aspectos e dinâmicas, e enfim, planejando o traçado e o
modificando ao longo desses mais de 400 anos.
A partir desta pesquisa, iniciada em 2018, ainda na Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo, foi possível reconhecer os elementos que caracterizam a estrutura
urbana da região, a identificação de seus aspectos paisagísticos e urbanísticos, o
que inclui: seus problemas, suas potencialidades e seus aspectos legais.
Portanto, o objetivo deste artigo é observar a evolução urbana e a ocupação da
Península de Itapagipe desde sua gênese até os dias atuais. Além disso, mostrar
como temas relativos à preservação do patrimônio e da memória foram se tornando
cada vez mais relevantes para seu desenvolvimento urbano, compreendendo sua
evolução urbana entre o século XVI ao século XXI .
Para isso, foi importante demarcar e definir a poligonal a ser analisada,
recolhendo informações relevantes, executando tanto pesquisa de campo(
entrevistas e análises documentais), quanto bibliográfica (analítica e crítica),
buscando, lendo e ouvindo: arquitetos, urbanistas, geógrafos, juristas, jornalistas e
historiadores, além dos moradores e frequentadores, relacionando tais fatos a
pesquisa iconográfica nos acervos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (IPHAN), do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultura do Estado da Bahia
(IPAC) e da Fundação Gregório de Matos (FGM).
A Salvador do século XXI, com sua complexa nucleação urbana e com mais de
três milhões de habitantes, convive com as marcas e heranças dos séculos
passados, que podem, ou não, atender as demandas e necessidades da sociedade
atual. Sabemos que historicamente o ser humano modifica o meio em que vive
conforme suas necessidades e técnicas construtivas disponíveis no momento, em
síntese, o espaço urbano nada mais é que um conjunto de ações humanas
acumuladas . Logo, pensar no futuro de uma metrópole segmentada relacionando-o
às ações do passado ainda que envolvam procedimentos e estudos densos e
complicados é algo absolutamente preciso e necessário.
Analisar a “rede urbana” de uma região cujo processo de ocupação remonta aos
seus tempos iniciais, desafia não só as ciências urbanas , mas também as ciências
políticas e sociais. Aqui, se tenta compreender como a população, junto a
instituições- políticas e religiosas- demarcou e definiu práticas comuns ao cotidiano
daquele espaço. De todo modo, entender este espaço através da investigação de
suas características e práticas urbanas é de extrema importância não só para
preservar os pilares que norteiam o espectro urbano mas também aqueles que
norteiam o restauro crítico e a preservação da memória .
Com este artigo, portanto, não há pretensão de esgotar todas as hipóteses
urbanas relacionadas à Península de Itapagipe, tampouco reservá-las a
especialistas, pois conhecer a cidade é necessário para que todos possam intervir.
Esta é a ideia para que possamos ter uma cidade mais justa e melhor, preservando
aspectos da sua maturidade sem esquecer da atualidade e da necessidade do
progresso. O processo pode parecer simples, mas a caminhada para a “dosagem”
perfeita de cidade é longa e dura, e esse, talvez, seja só mais um passo dela.
2 CARACTERIZAÇÃO URBANÍSTICA E PAISAGÍSTICA DA PENÍNSULA DE
ITAPAGIPE- ANÁLISE DOS PROCESSOS
Compreender uma região, cujo os processos urbanos são inicialmente delimitados
por parâmetros de proteção é um desafio. Sua ocupação e a relação dela com a
tipologia, o gabarito de altura, a implantação de normas de acessibilidade e as
legislações de proteção de bens materiais e imateriais faz com que, administradores
e planejadores urbanos encontrem obstáculos ao gerir e propor planos a este
modelo de cidade, sobretudo em regiões onde perduram os efeitos do fenômeno
tempo.
Segundo Aline de Carvalho Luther, 2012, essa região antes da chegada dos
portugueses, era uma área de ocupação indígena e devido a colonização a mesma
acabou servindo como área de fazendas de cana de açúcar e para criação dos
gados vindos da Europa, onde abrigou também: currais, olarias, estaleiros,
engenhos e alambiques.
Analisado os fatos e seguindo a lógica colonizadora, Salvador surge com duas
funções: ocupar e proteger, obedecendo o método defensivo na escolha do sítio
para sua instalação, como era de praxe no urbanismo portugues da época,sendo
então edificada sobre uma falha geográfica, o que a caracteriza como uma grande
cidadela.
Por estes motivos, num primeiro momento, o de implantação,a cidade fica restrita
apenas a costa - o que hoje chamamos de cidade baixa, na extensão que vai, do
comércio até a península itapagipana- dando início então à construção de edifícios
que vieram a ter imensa relevância no processo de ocupação e urbanização da
cidade.
Registros da FGM em seu Acervo Histórico Municipal, coletados entre 2018 e
2019, indicam que o início do processo de urbanização da região, começa com o
Forte de São Felipe, construído em 1583 e ampliado entre 1591 e 1602, este fazia
parte do primeiro plano de fortificações de Salvador, logo depois, entre 1593 e 1598
a Igreja e Mosteiro de Nossa Senhora de Monte Serrat foram construídos, este
conjunto só veio a ficar completo em 1919 quando fora construído um casarão o
qual teria sido residência do Padre Antônio Vieira. Tais terras pertenciam a Garcia
D' Ávila, que as doou no séc. XVII aos Beneditinos. A presença dos Monges é de
extrema importância para o início do processo de urbanização e desenvolvimento
da região, visto que, a área teria sido paulatinamente ocupada por fiéis que a
definiam como território sagrado.
Dados do IPHAN revelam que a Igreja do Bonfim teria sido construída entre 1740
e 1754, na única colina da península, a praça em sua frente, é rodeada por
conjuntosde casas de romeiros, construídas pela Irmandade no século XIX.
Informações do Sistema de Informação do Patrimônio Cultural da Bahia (SIPAC), no
ano de 1864 foi iniciada a construção do antigo Hospital Portugês e Jardins,
finalizada em 1866, sendo adquirido pelas Franciscanas e servindo como convento
em meados do século XX.
Ana Carolina Araújo em sua dissertação de mestrado: O lugar de Itapagipe
(2002), lembra que: foi assim que Itapagipe começou a desenvolver-se. Então, a
partir deste momento, há uma intensificação na ocupação, e da Boa Viagem são
dispostas três vias que chegam a: Monte Serrat, Bonfim e Ribeira .
Em 1712 foi fundada pelos franciscanos a Igreja de Nossa Senhora da Boa
Viagem, logo depois surgiu um abrigo para os doentes e uma praça que levava o
mesmo nome da igreja. Mas é após o surgimento da Freguesia da Penha em 1760
que a área de itapagipe começa a se desenvolver como urbano, definido por Kátia
Mattoso em Bahia do século XIX (1986) , como:
O sítio, nos primeiros séculos de colonização, foi ocupado por
pescadores, romeiros e procurado pela existência de festas
religiosas, como a de Bom Jesus dos Navegantes, Senhor do Bonfim
e de Nossa Senhora de Monte Serrat. Mais tarde, no século XIX, as
ruas da Península passam a ser frequentadas pela elite, que
transforma o local em ponto de veraneio; ao mesmo tempo serve de
refúgio à população pobre da cidade (MATTOSO, 1986).
Ainda com base nas informações do IPHAN : O Hospital de Monte Serrat foi
fundado em 1853 para acolher portadores de doenças infectocontagiosas. Logo
então chamado de Hospital Couto Maia. Além do Hospital, o Instituto Bacteriológico,
o Posto de Saúde número 2 e a Hospedaria de Imigrantes classificavam a área
como zona impura. Em meados do século seguinte começa a receber, na região do
porto, famílias mais abastadas, o que a fez, área de veraneio. Nesse mesmo
momento inúmeros aterros aconteceram nos manguezais, sendo Alagados o nome
da invasão mais famosa.
Com esses aspectos, o cenário industrial foi sendo inserido de forma mais
intensa, passando a modificar a estrutura e a vida da população que ali habitava,
trocando a característica de uma área de veraneio e salubre, para assumir o papel
de sítio industrial, como versa Celia Rosana Cardoso em As fábricas na península
itapagipana como sítio industrial da Salvador moderna (2004):
“O bairro do tempo livre, lugar de pesca e veraneio, da produção em
pequena escala e dos estaleiros, teria se metamorfoseado em lugar
do trabalho, da ocupação industrial.” (CARDOSO, 2004, p. 84).
Itapagipe tornou-se o lugar com uma das maiores concentrações de indústrias da
cidade de Salvador, com registro no ano de 1955, de mais de cem empresas
relacionadas à atividade industrial.
No final do século XIX, a região sofreu uma expansão industrial com a construção
de fábricas por Luiz Tarquínio, na região da Boa Viagem .Também no início do
século seguinte, as ruas da Península passaram a ser pavimentadas, foi criada uma
vila operária, surgem as linhas de bondes e a estação de hidroaviões, o que
favorece o surgimento das primeiras indústrias, gerando também consequências,
como afirma Eliana Dumêt em Luís Tarquínio: O semeador de idéias (1998):
“O conjunto fábrica da Boa Viagem e a vila operária definiram a
implantação desde o século XIX, no antigo núcleo de pescadores da
Boa Viagem”. Essa migração para perto de Monte Serrat, acabou
aterrando os manguezais que ali existiam fazendo com que novos
bairros surgissem (Uruguai, Massaranduba e Jardim Cruzeiro,
Alagados etc.). (DUMÊT, 1998)
Posteriormente, na década de 1920, é planejado e construído o bairro de Monte
Serrat e para isto, são alargadas e pavimentadas as avenidas Bonfim e Mém de Sá,
além de redesenhar a praça do Coronel General Osório e a balaustrada de todo o
percurso beira-mar na avenida Porto dos Mastros e Ribeira, o porto de Salvador foi
modernizado e projetos de melhorias urbanas foram executados. Além da extensão
dos serviços de iluminação e transporte públicos, foram realizados também aterros
nas áreas do Comércio e do Pilar. Com isto, novas ruas foram abertas e a malha
urbana se estendeu e condensou. Essas novas ruas agora, eram planejadas para
atender a demanda dos automóveis e um melhor acesso às fábricas.
Na demarcação Itapagipana no Escritório do Plano de Urbanismo da Cidade de
Salvador (EPUCS), a área é caracterizada como zona de uso misto, entre
residencial, satélite e industrial. Desta forma era mantida como área mais propícia a
Localização de Indústrias. Após o fechamento das fábricas a vila operária não foi
desfeita. Hoje, muitas casas perderam o traçado original , suas estruturas internas e
suas fachadas. Desse modo, com o desaparecimento das indústrias, sua arquitetura
acabou tornando-se ruínas e espaços vazios no centro da cidade. Surgiu então a
preocupação de tombar e conservar a maioria desses edifícios, transformando-os
em patrimônio Industrial. Possuindo um novo uso com a ideia de “manter o edifício
vivo”.
A ocupação da região foi marcada por diferentes processos históricos que
colaboraram e sobrepuseram a formação de sua paisagem atual.Neste momento
vamos fazer um apanhado geral sobre a situação atual da estrutura urbana da
península. Entendendo-o como resultado do objetivo proposto no início desta
pesquisa. Compreendendo o patrimônio como o “pontapé” inicial para a cidade ser o
que é hoje.
Mapa 01 - Mapa síntese- tombos, marcos e fluxos
FONTE: Autoral
Pode ser observado no mapa 01 a disposição da Área de Proteção Cultural e
Paisagística de Monte Serrat ( APCP ne nº 14) e a Área de Proteção Cultural e
Paisagística da Colina Baixa do bonfim (APCP de n°15), os bens tombados com
suas respectivas datas de fundação, os marcos ou bens importantes.
O sistema viário, cuja análise relata a relação entre o fluxo das vias com os tipos
de uso presentes na região, a Via Arterial II, a Avenida Caminho de Areia, que
apresenta o uso predominante comercial representado pela cor laranja( mapa 01).
Em seguida, as Vias Coletoras II, representadas pela cor roxo, apresentam
predominância de uso Institucional, em ambas há a presença de semáforos, pontos
de ônibus e faixas de pedestre e muita movimentação. As Vias Coletoras I,
representadas pela cor verde , têm uma grande presença na distribuição de fluxos
entre os demais usos, inclusive o Residencial. As Vias Locais encontram-se nas
áreas predominantemente residenciais mais adensadas e de menor fluxo e
velocidade .
Anexo 02 - Mapa síntese- Uso do solo e habitação.
FONTE: Autoral
Nos Bairros que compõem a península, analisando a poligonal do mapa acima
(Mapa 02), há predominância no uso Residencial, e de instituições voltadas à:
saúde, educação, cultura, lazer, esporte, etc. Grande parte das edificações são
consideradas ‘’no alinhamento’’, quando não apresentam recuos em nenhum dos
lados. Essa classificação remete ao traçado colonial, onde a edificação ocupa todo
o lote do terreno, gerando casas geminadas,implicando na falta de ventilação e
iluminação adequada. Já a legislação, diz que o índice de permeabilidade aceitável
do lote tem de ser de 30% da sua área total, o que não acontece na prática.
A relação do gabarito de altura e a ocupação desta área estão ligadas
diretamente. Primeiro, pelas técnicas construtivas que não alcançaram grandes
alturas e segundo por conta do solo gordo que dificulta o estabelecimento de
fundações. No Uruguai e Massaranduba há uma verticalização em pequenos e
estreitos terrenos, compreendida como necessidade de moradia e tentativa de
barateamento do custo da construção. Contudo, essa verticalização imprópria se
deve ao seu adensamento, que vem ocorrendo desde a formação da estrutura
espacial da península.
Quanto à acessibilidade,é irrisória a quantidade de elementos identificados
nesta poligonal, as calçadas em sua grande maioria tem níveis próximos ao da
pista. Foi possível observar que em alguns locais nos arredores do Forte e da Igreja
de Monte Serrat foramencontradas barreiras arquitetônicas, dificultando a
circulação no espaço, mobilidade urbana e interação com a paisagem.
Além dos bens tombados já citados( O Forte de São Felipe, a Igreja e Mosteiro de
Monte Serrat, a Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem e, a Igreja do Bonfim e o
antigo Hospital Portugês e Jardins e o Hospital Couto Maia), temos os
equipamentos públicos de lazer o Centro de Recuperação Ambiental e a Secretaria
da Agricultura, os colégios: São José, Luíz Tarquínio, o Sesi, o Senai; os Hospitais:
Santo Antônio, Sagrada Família, Fernando Luz e o Hospital Geral. Além das áreas
significativas para o lazer, como: as praças; do Senhor do Bonfim, da Vila Operária,
Teodósio R. Faria, Dendezeiros, Largo do Papagaio, dentre outras.
Antes da criação do IPHAN, em 1937, duas cartas internacionais já indicavam
alguns princípios para os cuidados no tratamento da vizinhança, proximidades e
ambiência dos monumentos antigos ou históricos – as duas Cartas de Atenas, uma
de 1931 e outra de 1933. Na Carta de Atenas de 1931, resultante da Conferência do
Escritório Internacional de Museus, da Sociedade das Nações, são apresentados os
princípios gerais concernentes à proteção de monumentos. Em suas Conclusões
Gerais, no item III sobre a valorização dos monumentos, é recomendado: Respeitar,
na construção dos edifícios, o caráter e a fisionomia das cidades, sobretudo na
vizinhança dos monumentos antigos, cuja proximidade deve ser objeto de cuidados
especiais. (CP: 14).
Depois de alguns anos, surgiram novas referências internacionais que abordavam
os entornos dos monumentos. Na década de 1960, o tema voltou em algumas
recomendações, tais como: as Recomendações da UNESCO (Organização das
Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura) de 1962 e 1968; a Carta de
Veneza, de 1964, do ICOMOS( Conselho internacional de Monumentos e Sítios); as
Normas de Quito, de 1967, da OEA( Organização dos Estados Americanos).
Quanto à legislação e proteção, tentaremos compreender seus aspectos e como
eles refletem na parcela urbana analisada. Portanto, começaremos pelas áreas que
teoricamente precisam de mais atenção da ação pública, com a aplicação de
políticas e planos urbanos de habitação básica, as Zonas Especiais de Interesse
Social(ZEIS) . Boa parte das edificações foram construídas num momento anterior à
legislação, ou fazem parte das ZEIS e por isso foram construídas sem a devida
precaução e autorização, provocando desequilíbrios na dinâmica da região.
Na poligonal, existem duas áreas enquadradas na ZEIS 1, Pedra Furada e
Bonfim . Há também três áreas enquadradas como Zonas Centralidade Linear
Municipal (ZCLMu) e de forma mais distanciada, uma Zona Centralidade Municipal 2
(ZCMu 2). No caso das ZCLMu, as mesmas estão listadas como: Avenida
Dendezeiros do Bonfim, Praça Irmã Dulce e Avenida Caminho de Areia / Avenida
Porto dos Mastros. Já a área classificada como ZCMu 2 está listada apenas como
Calçada.
Falando em bens tombados a poligonal abriga duas regiões de áreas de
proteção cultural e paisagística (APCP), que são as APCPs 14 e 15 (APCP de
Monte Serrat e APCP da Colina e baixa do Bonfim), e são áreas que têm seus
patrimônios protegidos tanto culturalmente (possuem edificações tombadas e
paisagem peculiares que fizeram parte da história da cidade de Salvador), a fim de
conservá-los para suas gerações futuras.
Posteriormente, em novembro de 1973, foi sancionado o Decreto Nº 4524 / 73,
no qual declarou não edificáveis e incorporadas ao sistema de áreas verdes do
município, áreas de propriedade particular, com o intuito de resguardar as condições
ambientais e paisagísticas do município. Dentre as áreas verdes tombadas em toda
cidade, foi incluído no decreto, o Coqueiral e a arborização em Monte Serrat.
Analisando este decreto, é possível perceber que no início da década de 1970, já
havia a preocupação com a preservação ambiental e climática na cidade de
Salvador, sendo este fato muito anterior a LOUOS( Legislação de Ordenamento do
Uso e Ocupação do Solo) de 2016.
Existem quatro áreas remanescentes do bioma Mata Atlântica, sendo as quatro
em estágio inicial de regeneração da Mata Atlântica. Elas estão localizadas na Rua
da Boa Viagem, próximo ao Forte de Monte Serrat, na Rua Rio Negro e na Rua
Plínio de Lima, próximos ao Hospital da Sagrada Família.
A Igreja e o Forte de Monte Serrat estão localizados no trecho 2 da borda
marítima, este trecho encontra-se numa região onde o gabarito máximo permitido é
de até 6 metros de altura já em suas adjacências pode chegar de 12 a 24 metros.
(Referente à altura das edificações existem novas regulamentações impostas pela
LEI Nº 8165/2012)(Regulamenta as áreas de proteção cultural e paisagística,
integrantes do sistema de áreas de valor ambiental e cultural – SAVAM da lei
7.400/2008 que indica e dá outras providências).
Segundo Lia Motta e Ana Lúcia Thompson (2010), os bens tombados geralmente
estão situados em áreas urbanas, de maneira que a proteção de seus entornos
envolvem procedimentos complicados, com a participação de múltiplos agentes
sociais; legislações, projetos urbanísticos, interesses econômicos; e ainda a
limitação ao direito de propriedade em nome do coletivo. A área do entorno é
importante para contextualizar e proteger o patrimônio histórico material e imaterial.
A Constituição Federal de 1988, ( artigos 215 e 216), reconhece a existência de
bens culturais de natureza material e imaterial. O Patrimônio Imaterial, segundo o
IPHAN, diz respeito às práticas e os domínios da vida que se manifesta com
saberes, modos de fazer, celebrações, ofícios, formas de expressão cênicas,
plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários
que abrigam práticas culturais coletivas.
A lavagem das Escadarias do Bonfim, por exemplo, é considerada a segunda
maior festa popular da Bahia, perdendo apenas para o Carnaval. O ritual, que se
repete todos os anos desde 1754, reúne milhares de pessoas e acontece sempre na
segunda quinta-feira do mês de janeiro, como relata o IPHAN. Além da festa do
Bonfim, outros festejos religiosos e procissões ocorrem na região, como é exemplo
a Procissão de Bom Jesus dos Navegantes que acontece de forma marítima, e a
singela, mas não menos importante, procissão em graças a Nossa Senhora de
Monte Serrat, que acontece todo dia 08 de setembro.
E foi ouvindo moradores, comerciantes locais e transeuntes entre 2018 e 2019, a
fim de compreender como esses eventos afetam a vida dessa população, em todas
suas vertentes, visto que, é a partir de quem vivencia esses locais que podemos
perceber os seus impactos, no cotidiano.
Em 2018, Alejandro, o então proprietário do restaurante “La boca”, na Ponta do
Humaitá, disse sentir um certo abandono da região, falta de incentivo e de
investimentos públicos na área para a melhoria do seu uso e para atrair outras
pessoas, afirmou ter conhecimento sobre o tombamento da Igreja Nossa Senhora
do Monte Serrat e da Ponta do Humaitá pelo IPHAN, questionado sobre a eficácia
do órgão para a manutenção de um bem histórico tombado e por ser argentino,
comparou com a situação de Buenos Aires e afirmou que Salvador preza muito
pelos seus bens. Por fim comentou sobre a lavagem das escadarias do Bonfim, a
procissão dos navegantes e afirmou participar dos eventos e que os mesmos são de
grande relevância para a região.
Neste mesmo ano, ao questionar dois moradores, Edvaldo Souza e Pedro Silva,
que estavam conversando no pier da Ponta de Humaitá, sobre os tombamentos dos
monumentos, eles afirmaram não saber o que seria um bem tombado e que não
frequentavam a missa nas Igrejas da região. Eles ressaltaram a importância
econômica que os festejos religiosos têm para a população, pois propicia o
comércio ambulante. Porém, um deles, em desabafo, disse que existe a falta de
respeito, muitas vezes, com o espaço público, o descuido com o lixo e com dejetos.
Sentada na porta de casa, Dona Maria Silva, de 77 anos, sediz católica e conta
que sempre participa das missas na Igreja de Monte Serrat, frisa sobre a
importância da Igreja para ela e sua família, e que morar perto sempre foi uma
referência e é de grande valor histórico, era sentada de frente para Igreja, por
exemplo, que conversava com seus amigos. Sua participação na lavagem das
escadarias do Bonfim é, desde sempre, percorrendo os oito quilômetros do cortejo.
Acompanhou o desenvolvimento do evento ao passar dos anos, a atração de mais
pessoas de diversas regiões. O sincretismo religioso, é o que traz a beleza e a paz
da festa, além de tudo, afirma ela. Ainda, lembrou a procissão do Bom Jesus dos
Navegantes, e que também sempre que pode vai, já que é um evento muito bonito
e emocionante.
O recorte cronológico abordado aqui, abre margens para o detalhamento de
outros tópicos referente a região analisada, principalmente sobre o impacto da
Pandemia Global de Sars-Cov 2, nas dinâmicas urbanas da região e da cidade
como um todo , com a suspensão das tradicionais festas supracitadas, o
empobrecimento da população e o desemprego crescente, há, portanto, a certeza
de que as coisas não funcionam e também não voltarão a funcionar como antes.
A península de itapagipe é observada pela prefeitura como uma das áreas mais
propícias a aglomerações, fazendo a Secretaria Municipal de Saúde(SMS) instalar
pontos de testagem dispostas em toda a península, embora as medidas de
restrições severas, o índice de isolamento social na região beira os 50%, segundo
análises do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA),
através da In Loco, por nota técnica de pesquisadores do grupo GeoCombate.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sabe-se que a estrutura espacial da península foi definida ao longo do tempo e
que o espaço foi se modificando e estabilizando num processo lento de construções
nas proximidades dos três centros, formando caminhos estruturantes. A atividade
industrial e a pesca fizeram parte da dinâmica da península desde sua formação. No
século XIX, a população da península era pobre, constituída basicamente de
pescadores, carpinteiros, ferreiros e pedreiros. A maioria vivia do mar e de
profissões primárias extrativistas e que apesar da população que ali residia a antiga
freguesia da Penha era o lugar de veraneio e férias. A industrialização da região foi
iniciada por Luís Tarquínio em 1891, inserindo também uma vila operária. Este fato
juntamente com as vilas de pescadores e artesãos começaram a adensar a região.
Quanto à sua caracterização urbanística e paisagística atual da área estudada,
pela predominância de prédios antigos, grande parte dos seus lotes não respeitam
os recuos frontais e laterais, o que prejudica a impermeabilidade do solo, e é
frequente ocorrência de alagamento nos períodos de chuva pela falta de drenagem
nas áreas aterradas, tornando-se um local com elevado grau de insalubridade
associado ao escoamento do esgoto in natura, e à dispersão inadequada do lixo.
Além disso, a maioria dos seus edifícios são baixos, no máximo 4 pavimentos, o que
é favorável em relação a escala humana, sendo também um espaço
predominantemente residencial. É notório a presença de equipamentos urbanos,
espaços públicos, equipamentos de lazer e mobiliários urbanos no local, mas muitos
deles precisam de maior cuidado por parte dos órgãos responsáveis.
Em síntese, esta região é propícia a ter vasto manancial de equipamentos com
diversas finalidades e tipos de serviços, desde atividades financeiras, comerciais, de
saúde e educação; trazendo assim, toda uma rede estruturante de serviços à
população residente ou até mesmo aos transeuntes. Deste modo as áreas de
Proteção Cultural e Paisagística (APCP) Nº14 e N°15, abrangem a conjuntos
arquitetônicos cujas características representam a identidade cultural de um bairro,
localidade ou seu entorno.
De fato, as dinâmicas urbanas da região, assim como em toda cidade, englobam
situações complicadas de serem resolvidas, principalmente na questão da habitação
(no seu sentido amplo). Para além dos problemas, conseguimos “deixar de pé”
nosso patrimônio, não como desejado, mas conseguimos. Como diz a já citada no
corpo deste texto, Jane Jacobs: As cidades vivas tem uma estupenda capacidade
natural de compreender, comunicar, planejar e inventar o que for necessário para
enfrentar as dificuldades, são diversificadas, intensas e contém as sementes da sua
própria regeneração, com energia de sobra para os problemas e as necessidades
de fora delas.
5 REFERÊNCIAS
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e cultural. SAVAM da lei nº 7.400/2008, que indica e dá providências.
SALVADOR, Lei nº 9.148, de 08 de setembro de 2016, Dispõe sobre o
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SALVADOR, Decreto nº 4524 de 1 de novembro de 1973, declara não edificáveis
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