Buscar

Seminário_Aspectos Psicológicos e Comportamentais da Alimentação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Carolina Rabelo Vilela Pereira, Uanderson Rodrigues LisboaCOMO A TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL PODE AJUDAR NO TRATAMENTO DA OBESIDADE
Fernanda
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC
Caixa Postal 191- Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br
RESUMOA terapia cognitivo-comportamental é um importante recurso que pode ser útil no tratamento da obesidade. Este estudo teve o objetivo de revisar a literatura acerca da terapia cognitivo-comportamental (TCC) para a obesidade. Assim, efetuou-se análise teórica, por intermédio de revisão assistemática junto às bases de dados Scielo, Google Acadêmico e PubMed. No Brasil, atualmente, a maior parte da população está com sobrepeso, sendo esse um indicador para o desenvolvimento da obesidade em caso de manutenção dos hábitos alimentares. Junto à obesidade, transtornos emocionais e comportamentais vêm surgindo, como depressão, ansiedade e inabilidade social. O papel da TCC é atuar numa intervenção curta, semiestruturada e orientada para que o indivíduo ou grupo, consiga atingir suas metas, com isso tem sido muito utilizadas no tratamento de transtornos alimentares. Ela proporciona um atendimento humanizado, aumentando a autoconfiança e a qualidade de vida.
PALAVRAS-CHAVE Nutrição – Terapia Cognitivo Comportamental – Obesidade
1.INTRODUÇÃOÉ preocupante o aumento da obesidade e sobrepeso da população mundial neste século. O excessivo e anormal acúmulo de gordura é considerado atualmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) um problema de saúde pública, medidos pelo índice de massa corporal (IMC) de 30 kg/m2 ou mais para obeso e igual ou superior a 25 kg/m2 para sobrepeso. Essas doenças ocasionam grande risco à saúde da população para enfermidades como diabetes, doenças cardiovasculares, câncer (ABESO, 1998; OMS, 2008) e manifestações dermatológicas (Boza, Rech, Sachett, Menegon, & Cestari, 2010).
2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICAHábito é definido como maneira permanente ou frequente de se comportar, mania. Comportamento é o procedimento de alguém perante a estímulos sociais ou a sentimentos e necessidades. Na nutrição, quando se fala em hábitos alimentares há relação de consumo de alimentos, ou ingestão de calorias e nutrientes, em contra partida o comportamento alimentar se relaciona com as questões psicológicas ou ligadas a sentimentos culturais na ingestão de alimentos.
Segundo Viana (2002), no que tange os campos da Psicologia, Alimentação e Nutrição, os assuntos que se destacam são os transtornos alimentares e a obesidade, deixando fortemente em foco para prevenir doenças é muito importante que se observe os comportamentos alimentares dos indivíduos. Freitas et al. (2012) defende que comportamentos e hábitos estão relacionados em relação às doenças. Sendo que o comportamento está ligado à ação individual, relacionada com a estrutura social e fortemente condicionada a ela, já o hábito está ligado com a vivência que é reproduzida frequentemente pelo sujeito em seu meio de convivência, “faz parte de uma trama de significados do cotidiano em que o ser humano vive e no qual se encontra quase sempre cativo” (FREITAS et al., 2012, p. 36).
Os autores estudados apontam que os hábitos alimentares de um indivíduo são formados desde a infância, conforme o processo de vivência e experiências sociais vividos por ele. Quando o indivíduo chega à adolescência, os hábitos alimentares sofrem alterações devido a busca de pertencimento à grupos, e ao longo da vida suas vivências e experiências socias vão contribuindo para influenciar e modificar seus hábitos alimentares. 
A criança cresce em um ambiente familiar que tem um comportamento alimentar definido, que se repete dia após dia e ao qual ela se adapta. [...] Ao sair do convívio basicamente familiar e penetrar no contexto escolar, o indivíduo experimentará outros alimentos e preparações e terá oportunidade de promover alterações nos seus hábitos alimentares... (PACHECO, 2008, p. 221).
Quando se olha para a relação da Alimentação e Nutrição, deve-se tratar do comportamento relacionando com o hábito, sem simplicidade, como diz Morin, de “alguma coisa mais” (2010, p. 193), precisa se considerar os aspectos individuais.
Existem fatores muito importantes na escolha dos alimentos, que são uma parte do comportamento do indivíduo que também envolve os seus hábitos e vivências sociais. Na infância os alimentos são escolhidos e ofertados pelos pais, práticas culturais e costumes de
seu grupo de convivência. As experiências ao longo da vida vão moldando suas preferências alimentares, mas também suas escolhas estão relacionadas com o valor, prestígio, religião, localização geográfica, preparação de alimentos, tempo para se alimentar ou preparar o alimento e também suas preferências pessoais. Os hábitos alimentares também sofrem influências de experiências afetivas, aparências e características sensoriais. Os aspectos fisiológicos, neurofisiológicos e os neurotransmissores cerebrais também estão diretamente ligados nos mecanismos de regulação da ingestão de macronutrientes e influência na escolha dos alimentos e tipos de refeições (Anderson, 1994).
O nutricionista tem o compromisso de orientar as pessoas a alterarem seus hábitos alimentares ruins, informando o indivíduo e grupos sociais sobre a nutrição para fornecer este suporte de melhor escolha (Baldwin & Falciglia, 1995).
A psicologia cognitiva utiliza métodos que buscam alterar os sentimentos e ações dos indivíduos, com o objetivo de influenciar um novo padrão de pensamento social, busca agir de forma direcionada para que o indivíduo obtenha novos padrões individuais, crenças e altere seus hábitos e comportamentos alimentares.
Um estudo que comparou as abordagens de tratamentos cognitivos, comportamental e cognitivo-comportamental, de Collins citado por Sternberg (1993), junto com programa que objetivava a perda de peso durante oito semanas. O grupo que trabalhou questões de terapia cognitiva, através de técnicas de reestruturação cognitiva, treinamento autoinstrucional e terapia racional emotiva, foram treinados a identificar e alterar os pensamentos negativos em relação a comida, seu próprio peso e de atitudes para perder peso. O grupo que teve treinamento cognitivo-comportamental se diferiu dos demais grupos com a maior média de perda de peso.
 Segundo Marlatt & Gordon (1993), o ponto forte do modelo de autocontrole é que o indivíduo muda sua percepção de ser o "cliente", sob a orientação de um terapeuta, para uma atitude onde ele se vê no controle, e passa a assumir se torna mais capaz e passa a ter uma postura de ser o responsável pelo processo de mudança.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC), trata-se de uma intervenção curta, semiestruturada e orientada para que o indivíduo ou grupo, consiga atingir suas metas, com isso tem sido muito utilizada no tratamento de transtornos alimentares (TA). A TCC parte do princípio de que as crenças e experiências sociais do indivíduo exercem um papel fundamental no que tange seus sentimentos e comportamentos, o que traz para os pacientes com TA distorção acerca de peso, alimentação, sobre a figura corporal e o valor pessoal.
Fonte: https://www.scielo.br/j/rprs/a/jdpgVvZG7F6v8YVKsZcR6jL/?lang=pt#ModalTablen01a15tab01
A relação de TCC com as orientações nutricionais e atividades físicas, vêm demonstrando em diversos estudos, que se alcançam resultados benéficos no curto e longo prazo na redução de frequência e gravidade de episódios de compulsão alimentar, redução e manutenção de peso no médio e longo prazo.
3.METODOLOGIAO método utilizado para o desenvolvimento deste trabalho foi de pesquisa documental, a partir da consulta de artigos científicos e livros, disponibilizados na internet em sites de produção acadêmica. O método de pesquisa foi definido devido ao momento de pandemia do Covid-19 em que nos encontramos, o que impossibilitou a execução de pesquisas de campo. Os textos escolhidos e examinadostratam de estudos a respeito dos aspectos psicológicos e comportamentais da alimentação.
Os estudos foram realizados com o levantamento de informações existentes em periódicos científicos e teses sobre o assunto abordado.
4.RESULTADOS E DISCUSSÕESNo Brasil, grande parte das mortes coronarianas, diabetes, hipertensão entre outros que ocorrem devido a obesidade. Em 2019 8,58% dos óbitos foram de AVC, 8,43% de Infarto e 6,07% em decorrência de doenças cardiovasculares inespecíficas (dados retirados do https://transparencia.registrocivil.org.br/especial-covid). Os números poderiam ser bem menores, visto que programas de atividades físicas, orientações para se construir novos hábitos alimentares e acompanhamento psicológico, ajudam a diminuir a obesidade e que consequentemente ajudaria a reduzir as mortes provenientes de doenças causadas em consequência da obesidade no Brasil.
Os estudos dos artigos e livros examinados, conforme descrito na bibliografia, sugerem que após a TCC o indivíduo com TCAP, alcança uma melhoria do seu estado psicológico o que ajuda a obter uma redução significativa nos sintomas que são característicos do transtorno alimentar e outros sintomas associados. Foi também observado que a redução de peso somente com TCC não se alcançou um resultado tão expressivo.
Quando as terapias psicoterápicas tratam questões interpessoais mostraram que as compulsões alimentares tiveram melhoria significativa. 
5.CONCLUSÃOA partir do momento em que se compreende que a psicologia e a nutrição, ambas ciências, podem ajudar o indivíduo a melhorar a sua qualidade de vida, entende-se que a Terapia Cognitiva Comportamental pode ser uma grande aliada no combate a transtornos alimentares, incluindo a obesidade.
Tendo em vista que a obesidade pode comprometer a vida das pessoas de tal modo, podendo acarretar outras doenças crônicas, destas que podem levar a óbito se não tratadas ou intervencionadas em tempo oportuno, deve-se considerar a utilização de meios que possam auxiliar os indivíduos que sofrem de obesidade a controlar e sanar o problema. Aliada as orientações devidamente realizadas pelo profissional de nutrição, a Terapia Cognitiva Comportamental pode auxiliar diretamente na mudança de hábitos alimentares.
O indivíduo é influenciado pelo meio em que vive, desde mudanças de comportamento até hábitos de vida, que inclui a alimentação. Entender como o meio pode influenciar na vida das pessoas em sociedade torna-se primordial para ajudar as pessoas que sofrem de transtornos relacionados a alimentação.
REFERÊNCIASALVARENGA, M. et al. Nutrição Comportamental. Editora Manole Ltda. São Paulo: Barueri, 2015.
ASSIS, M.A.A, NAHAS, M.V. Aspectos motivacionais em programas de mudança de comportamento alimentar. Artigo de Revisão. Revista de Nutrição. Abr 1999. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S1415-52731999000100003. Acesso em: 3 jun. 2021.
DUARTE, A.N., QUEIROZ, E. Programa cognitivo-comportamental de educação nutricional para mulheres com excesso de peso. Revista Psicologia e Saúde, v. 12, n. 3, Jul. 2020, p. 95-108. Disponível em: http://dx.doi.org/10.20435/pssa.vi.1058. Acesso em: 3 jun. 2021.
DUCHESNE, M., ALMEIDA, P.E.M. Terapia cognitivo-comportamental dos transtornos alimentares. Brazilian Journal of Psychiatry. Dez 2002 Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1516-44462002000700011. Acesso em: 3 jun. 2021.
DUCHESNE, M. et al. Evidências sobre a terapia cognitivo-comportamental no tratamento de obesos com transtorno da compulsão alimentar periódica. Artigo de Revisão. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sil. Abri 2007. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0101-81082007000100015. Acesso em: 3 jun. 2021.
EINECKE, M.B. et al. Tratamento nutricional de adultos com sobrepeso e obesidade pela terapia cognitiva. Nutrição Brasil. Maio 2012. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/283510072. Acesso em: 3 jun. 2021.
FRANÇA, C.L.F. et al. Contribuições da psicologia e da nutrição para a mudança do comportamento alimentar. Estudos de Psicologia (Natal). Ago 2012. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-294X2012000200019. Acesso em: 3 jun. 2021.
NEUFELD, C.B., MOREIRA, C.A.M., XAVIER, G.S. Terapia cognitivo-comportamental em grupos de emagrecimento: o relato de uma experiência. Psico, Porto Alegre, PUCRS, v. 43, n. 1, pp. 93-100, Jan. 2012. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/view/11103. Acesso em: 3 jun. 2021.
SARRACENI, A. V. Percepção de nutricionistas a respeito da prática clínica embasada na nutrição comportamental. Araçatuba, 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (Nutrição) – Centro Universitário Toledo.

Outros materiais