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RESUMO - fases do desenvolvimento Piaget (até juventude)

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Fases do Desenvolvimento (Jean Piaget)
Período sensório-motor (do recém-nascido ao lactante – 0 a 2 anos)
Recém-nascido. A vida mental do recém-nascido se reduz a aparelhos reflexos de fundo hereditário, por exemplo, a sucção.
5 meses. Em torno dos 5 meses, o bebê consegue coordenar os movimentos das mãos e dos olhinhos para pegar objetos. Essa nova capacidade de coordenação, aumenta a capacidade do bebê de adquirir hábitos novos. Posteriormente, a criança é capaz de usar um instrumento para atingir um objeto. Se utiliza da inteligência prática, que envolve as percepções e os movimentos. 
Nesta fase, o desenvolvimento físico acelerado é o que propiciará o aparecimento de novas habilidades/comportamentos, o que levará a um maior domínio do ambiente. 
Também ocorre gradualmente a diferenciação entre o eu da criança e o mundo exterior, passa a não ver mais o mundo como continuação do próprio corpo. 
1 ano. Por volta de 1 ano, é possível que a criança admita que um objeto continua a existir mesmo quando ela não percebe. Sendo que, no aspecto afetivo, nesta fase o bebê passa das emoções primárias (ex.: se enrijecer ao ouvir um barulho muito alto) para uma escolha afetiva de objetos (manifesta suas preferências. 
2 anos. No final desta fase, a criança deixa de ter uma atitude passiva em relação ao ambiente e as pessoas, para uma atitude ativa e participativa. Integra e interage com o ambiente principalmente pela imitação das regras e a fala é imitativa também. 
Período pré-operatório (1ª infância – 2 a 7 anos) 
No início desta fase. A linguagem ainda é imitativa e a criança encontra dificuldade em reconhecer a ordem em que mais de um evento acontece e também ainda não possui conceito numérico. A criança ainda encontra-se centrada em si mesma, o que dificulta o trabalho em grupo (primazia do eu), não consegue se colocar sob o ponto de vista do outro. 
Aquisição de linguagem. O mais importante nesse período é o aparecimento da LINGUAGEM. A linguagem proporcionará uma melhor interação e comunicação com os outros indivíduos. Através da linguagem (da palavra), há possibilidade de exteriorização da vida interior se torna mais efetiva. Além disso, com o desenvolvimento da linguagem, o pensamento se aperfeiçoa e acelera (No início, a criança transforma o realidade em função de seus desejos e fantasias – jogo simbólico -, depois, utiliza o pensamento como referencial para explicar o mundo. Ao final do período, destaca-se a procura do “porquê” de todas as coisas).
Aspecto afetivo. Passam a surgir os sentimentos interindividuais. Principalmente, o sentimento de respeito dirigido as pessoas que a criança considera superiores a ela, como pais e professores (amor e temor). Dessa forma, o que vai moldar o que a considera bem ou mal, certo ou errado, é a vontade dos adultos significativos para ela (moral da obediência). 
Final do período (domínio ampliado do mundo e maturação neurofisiológica). Interesses por atividades mais múltiplos e diferenciados, sendo que, posteriormente, se regulariza. Constrói-se uma escala de valores da própria criança, em que esta avalia suas próprias ações com base nessa escala. A maturação neurofisiológica desenvolve-se completamente, permitindo aquisição de novas habilidades, como a coordenação motora fina. 
Período das operações concretas (infância propriamente dita – 7 a 11/12 anos)
Início da fase. Egocentrismo intelectual e social é substituído pelo início da CONSTRUÇÃO LÓGICA – estabelecer relações que permitam a criança considerar/coordenar pontos de vistas diferentes. Passa a ver certas coisas no mundo com aspectos diferentes e muitas vezes conflitantes. Aos poucos, a criança consegue coordenar esses pontos de vista e integrá-los de modo lógico e coerente. Noção de número vinculada a correspondência de um objeto concreto. 
Afetivo. Maior capacidade de cooperação e atividade grupal e ao mesmo tempo, conquista de autonomia pessoal. Vontade como qualidade superior, atuando quando há conflito de dever ou prazer. Além disso, a criança adquire uma autonomia crescente em relação ao adulto, construindo seus próprios valores morais. O grupo de colegas vai satisfazendo progressivamente a necessidade de segurança e afeto. Esse fortalecimento de grupo, direciona a criança a não considerar mais tanto a opinião dos adultos. Passa a elaborar suas próprias formas de organização grupal. 
Intelectual. Surgimento da capacidade de realizar uma ação física ou mental com um fim (objetivo) e revertê-la para o seu início (Operações). As habilidades e capacidades exercidas pelas crianças, são baseadas a partir de situações presentes ou passadas, que foram vivenciadas pelas crianças, ou seja, exercem suas habilidades a partir de referências concretas. 
Pensamento. A criança passa a estabelecer corretamente relação entre causa e efeito e de meio e fim; consegue sequenciar ideias e eventos; consegue trabalhar com ideias sob dois pontos de vista; consegue formar o conceito de número sem precisar de um objeto concreto; surgimento da noção de conservação de substância (comprimento e quantidade), por volta de 9 anos até o final de período surge a noção de conservação de peso e volume. 
Período das operações formais (a adolescência – 11 ou 12 anos em diante)
Pensamento. Ocorre a passagem do pensamento concreto para o pensamento formal/abstrato (o adolescente realiza operações no plano das ideias, sem necessitar de referências concretas). Cria progressivamente a capacidade de abstrair e generalizar. Cria teorias sobre o mundo. Desenvolve-se a capacidade de reflexão espontânea, que se torna cada vez mais afastada do real e é capaz de tirar conclusões por pura hipótese. Essa capacidade de reflexão faz com que inicialmente o adolescente submeta o mundo real as teorias que seu pensamento é capaz de criar (ideologias). Essa submissão vai se atenuando progressivamente até que o pensamento se “reconcilia” com a realidade. Após isso, torna-se mais claro que a função do pensamento não é simplesmente contradizer, mas sim, se adiantar e interpretar as experiências, criar soluções mais adaptadas as dificuldades encontradas no meio. 
Relações sociais (afetivo). A fase da adolescência se destaca muito pela interiorização, criando o estigma de que os adolescentes são antissociais. Todavia, o alvo de suas reflexões não são ele ou a família, mas sim, a sociedade como um todo. A sociedade passa a ser vista principalmente como alvo de passível de transformação. Gradualmente, o adolescente passa a perceber a importância da reflexão mais para a sua ação no mundo real do que para teorizações, atingindo o equilíbrio entre pensamento e realidade. 
O adolescente vive muitos conflitos. Ao mesmo tempo em que deseja libertar-se dos adultos, ainda depende deles, pois não é independente. Deseja ser aceito pelos amigos e pelos adultos, sendo que, o grupo de amizade se torna um referencial muito relevante para o indivíduo, influenciando o vocabulário, vestimentas, etc. A partir disso, o adolescente passa a “confeccionar” sua moral individual, tendo como referência a moral do grupo a que pertence. Possui interesses diversos e mutáveis, devido à instabilidade emocional, muito comum neste período de desenvolvimento que é rodeado de tantas mudanças. 
Juventude: projeto de vida
Durante o período da adolescência até a juventude, consolida-se em grande parte a personalidade. O sujeito organiza de forma autônoma as regras, valores e a afirmação da vontade. Todos esses aspectos serão exteriorizados na construção de um projeto de vida, que vai nortear o sujeito em sua adaptação a realidade. Em nossa cultura atual, em determinadas classes sociais, ocorre a prorrogação do período da adolescência, caracterizando-se pela dependência em relação aos pais e postergação do indivíduo se inserir no mercado de trabalho. Tornando assim mais tardia a entrada na vida adulta, que em nossa sociedade caracteriza-se pelo ingresso no mundo do trabalho e constituição de uma nova família. Entretanto, devido as grandes restrições e exigências de qualificação do mercado de trabalho,mudanças de constituição familiar e novos padrões de relações amorosas, essa caraterística que anteriormente marcava a entrada do jovem a vida adulta, torna-se problemática e discutível. 
Além disso, durante a juventude, não surge nenhuma nova estrutura mental. O desenvolvimento cognitivo é produzindo em grau de profundidade, tornando possível uma maior compreensão dos problemas e das realidades significativas que atingem o sujeito, influenciando os conteúdos afetivo-emocionais e sua forma de estar no mundo.

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