Buscar

Pimenta e milho

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA – UNAMA
CAMPUS ALCINDO CACELA
 CURSO DE GASTRONOMIA
EDIRANEI SILVEIRA DE SOUZA
  VANILDA FONSECA PANTOJA
WANDA MARIA PARAENSE ELERES
COZINHA DAS AMÉRICAS
BELÉM – PA 
2021
1. HISTÓRIA DA PIMENTA E DO MILHO
As origens da culinária Mexicana remontam do período pré-colombiano, a partir da fusão da riquíssima cultura Maia e Asteca com a civilização espanhola. As pimentas são originarias das Américas e parecem ter surgido a 7.000 anos a.C. na região do México Central. O primeiro europeu a descobrir foi Cristóvão Colombo em uma das suas viagens para a América em 1493. Após um século, as pimentas vermelhas tinham se espalhado por todos os continentes.
As primeiras pimentas consumidas foram coletadas provavelmente de plantas selvagens. Aparentemente os índios já cultivavam pimentas entre 5.200 e 3.400 a.C., o que coloca as pimentas entre as plantas cultivadas mais antigas das Américas. Não é exatamente conhecido quando foram introduzidas as pimentas no Novo México. Elas podem ter sido usadas pelos nativos indígenas como um medicamento, uma prática comum entre os Maias.
Consumido pelos povos americanos desde o ano 5 mil a.C., o milho foi a alimentação básica de várias civilizações importantes ao longo dos séculos. Os Maias, Astecas e Incas reverenciavam o cereal na arte e religião e grande parte de suas atividades diárias eram ligadas ao seu cultivo. 	Os vestígios mais antigos do milho, encontrados na região do México e América Central, datam de cerca de sete mil anos. Desta mesma região provém a palavra milho, que significa “sustento da vida”.
Por volta de 5 mil a.C., os mexicanos primitivos começaram a cultivar os produtos que costumavam coletar, dentre eles o milho, de múltiplos usos. Quando seco, esse cereal se conservava indefinidamente, o que era de vital importância numa terra em que o solo e o clima tornavam a agricultura muito irregular. Do milho macerado e moído obtinham uma massa que servia para fazer pequenos bolos (tortilla, que em espanhol significa pequeno bolo). À medida que o desenvolvimento das técnicas de cultivo e o aprimoramento das espécies ampliaram a produção do milho.
2. Espécies E Utilização
Atualmente, o México continua sendo um dos países com maior consumo e diversidade de pimenta a nível mundial, sendo produzida em cada canto do país. Dos mais de 50 tipos de pimentas mexicanas, cerca de um terço não pode ser “domesticado”, ou seja, não puderam cultivá-la e é obtida apenas de forma natural e silvestre. Mirasol, jalapenho, chipotle, serrano, poblano, pimenta de árvore, chilaca, güero, copi, cora, chawa, olho de caranguejo, galo-galina, bolita e Miaguateco, são alguns tipos de pimentas encontradas no México.
São mais de 50 variedades de pimenta com diferentes intensidades de sabor e teor picante. Além disso, a mesma pimenta pode ser consumida fresca, como base em um prato; picada; ou também seca, como ingrediente fundamental de molhos, marinados, temperos e adereços.
A pimenta mexicana mais consumida no México e mais popular afora é o jalapenho. De cor verde, encorpado, alargado, de sabor bem definido e picante. À medida que amadurece, altera sua cor vermelha. Jalapenho é o nome da pimenta fresca, já que quando se consome seca, se conhece como Chipotle, de cor marrom escuro, textura rugosa, sabor defumado e bem picante.
Para algumas civilizações o milho é muito além do que apenas uma alimentação. Os maias, por exemplo, acreditavam que o homem veio do milho. O Popol Vuh, livro mais importante da mitologia maia, diz: “De milho amarelo e milho branco se fez sua carne”. Existe, também, o mito de que o milho teria sido criado a partir das unhas do deus Cintéotl. Até hoje, muitos povos indígenas mexicanos consideram o milho uma divindade e dão a ele um caráter sagrado. Afinal, é dele que depende, em grande parte, a subsistência dessas comunidades. O grão é considerado precioso, por assegurar a continuidade do ciclo da vida.
O catolicismo também não escapa dessa relação. Festas como a Semana Santa, Corpus Christi, Dia de Mortos e Natal coincidem com as etapas do ciclo de cultivo do cereal. Em muitos lugares, essas cerimônias são associadas ao ciclo do milho e usadas para pedir chuva em épocas de semeadura ou agradecer a colheita.
	O maior número de variedades de milho no mundo se encontra no México: são 64 tipos (sendo 59 nativos do país) dentre as 220 variedades existentes na América Latina inteira. A variedade de preparações é enorme, como mencionei lá no primeiro parágrafo. Além de muitos tipos de massas envolvendo recheios, como gorditas e tacos, se encontra facilmente elotes e esquites (espigas e grãos em copinho, vendidos em carrinhos de rua), tamales (primos das nossas pamonhas), pozole (uma espécie de sopa), atole e tejate (bebidas pré-hispânicas ainda consumidas em muitos lugares).
	
3. CHILLI
	Ficha Técnica: Tortilha de Milho
	
	Ingredientes
	Quantidade
	Unidade
	Farinha fina de Milho
	250
	Gramas
	Farinha de trigo
	250
	Gramas
	Sal
	15
	Gramas
	Água
	250
	Mililitros
	Óleo
	20
	Mililitros
	Utensílios 
Balança
Bowls ou tigelas
Faca
Frigideira
Espátulas e talheres 
Panela com cabo 
Pratos
	Modo de Preparo
	0. Em uma tigela, junte todos os ingredientes secos.
1. Vá acrescentando a água aos poucos até formar uma massa compacta.
2. Junte o óleo e misture bem até ela ficar homogênea.
3. Deixe a massa repousando por aproximadamente dez minutos.
4. Divida-a em oito bolinhas do tamanho de um limão.
5. Agora abra a massa: polvilhe um pouco de farinha na mesa e abra com um rolo, deixando-as redondas e finas.
6. Numa frigideira quente e sem óleo, a fogo alto, ponha a tortilha e deixe até dourar.
7. Fique virando a tortilha a cada quatro a cinco minutos para dourar dos dois lados.
8. Para a tortilha ficar curvada, molde a massa já cozida e ainda quente em torno do cabo de uma panela.
9. Deixe secando por uns 5 minutos, retire e recheie.
10. Só tome cuidado para não cozinhar demais a tortilha de milho, senão na hora de moldar e montar, ela quebra e vira um nacho.
REFERÊNCIAS
CULINÁRIA Mexicana: Pimenta na Comida Mexicana é Forte na Gastronomia do México. Pimenta na Comida Mexicana é Forte na Gastronomia do México. 2021. Portal São Francisco. Disponível em: https://www.portalsaofrancisco.com.br/culinaria/culinaria-mexicana. Acesso em: 26 ago. 2021.
DEBORA. CURIOSIDADES SOBRE A PIMENTA. 2018. Disponível em: http://www.deboranutricionista.com/temperos/curiosidades-sobre-a-pimenta/. Acesso em: 26 ago. 2021.
GUIA definitivo: Conheça todos os tipos de milho para pipoca. 2017. Disponível em: https://gourmetpopcorn.com.br/blog/tipos-de-milho-para-pipoca/. Acesso em: 26 ago. 2021.
MÉXICO e milho: mais que gastronomia, uma questão de identidade. mais que gastronomia, uma questão de identidade. 2020. Janela Aberta. Disponível em: https://janelasabertas.com/2019/01/27/mexico-e-milho/. Acesso em: 26 ago. 2021.
PEÑAFIEL, Paola. PIMENTAS: sabor e identidade do méxico. SABOR E IDENTIDADE DO MÉXICO. 2018. Disponível em: https://conchaytoro.com/pt-pt/blog/pimentas-sabor-e-identidade-do-mexico/. Acesso em: 28 ago. 2021.
TORTILHA de Milho para Tacos – Receitinhas de Verão. 2019. Disponível em: https://mangacompimenta.com/2017/01/11/tortilha-de-milho-para-tacos/. Acesso em: 26 ago. 2021.

Continue navegando