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Atividade 5 - Capítulo 12 - Integração Econômica

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Universidade Regional do Cariri – URCA 
Centro de Estudos Sociais Aplicados – CESA 
Unidade Descentralizada de Iguatu – UDI 
Curso de Ciências Econômicas – 2021.1 
Jadiele Viana de Lima 
Andréa Ferreira da Silva 
Economia Internacional I 
Atividade 5 - Integração Econômica 
Questão 1 – Discuta as razões que levam os países a formar blocos econômicos. 
Muitos países, com o intuito de se fortalecerem economicamente, unem-se para alcançar 
mercados e verticalizar a sua participação e influência comercial no mundo, isto é, 
visam aumentar as trocas comerciais regionais, expandindo seus dados econômicos, como PIB, 
empregos, multinacionais no respectivo país, poder de compra da população, aumento da 
prosperidade geral, como a isenção das tarifas de importação de produtos entre os países 
membros, etc. 
 
Questão 2 – Por que o processo de integração econômica pode resultar em menor bem-
estar do que a adoção de políticas comerciais independentes? 
Como a integração econômica envolve livre comércio entre os signatários do acordo e 
protecionismo em relação aos demais países, o resultado em termos de bem-estar é incerto, e 
os ganhos podem ser, eventualmente, superados pelas perdas. É possível que a integração 
provoque desvio de comércio e leve à redução do bem-estar porque o produto socialmente mais 
barato, do resto do mundo, é preterido em favor daquele produzido pelo país-sócio. No caso de 
desvio de comércio, o produtor externo à união é substituído pelo parceiro. Isso provoca 
redução do bem-estar do país porque, embora o consumidor pague menor preço, o país como 
um todo paga mais do que antes pelo produto. 
 
Questão 3 – Suponha que um automóvel custasse US$ 16.000 no Brasil, US$ 14.000 na 
Argentina e US$ 13.000 nos Estados Unidos. Suponha também tarifa de 32% sobre a 
importação e que, após a formação do Mercosul, fosse estabelecida a TEC de 20%. Com 
base nessas informações, discuta os conceitos de criação e desvio de comércio. 
Pode ser justificado que no caso de desvio de comércio, o produtor externo à união (mais 
eficiente) é substituído pelo parceiro (menos eficiente). Isso provoca redução do bem-estar do 
país porque, embora o consumidor pague menor preço, o país como um todo paga mais do que 
antes pelo produto. As perdas de receita tributária excedem os ganhos dos consumidores. No 
caso de criação de comércio, o produtor doméstico (menos eficiente) é substituído pelo parceiro 
(mais eficiente). Quem perde é o produtor doméstico porque deixa de vender. No entanto, o 
país é beneficiado nos casos em que tem vantagem comparativa em relação ao sócio na 
integração, porque tem acesso ao produto por um custo menor do que antes da integração. 
 
Questão 4 – Discuta as principais críticas à teoria ortodoxa sobre uniões aduaneiras. 
A crítica da união aduaneira alega que a formação de blocos ocorre por nativos políticos e não 
econômicos. Desse modo, todos os benefícios de união aduaneira podem ser alcançados por 
redução unilateral das tarifas chegando a conclusão de que não há razões econômicas para a 
integração. Embora este raciocínio esteja correto, a conclusão está equivocada. A união pode 
não ser a alternativa ideal do ponto de vista econômico, mas é provavelmente a melhor possível. 
Dificilmente um governante consegue aprovar redução unilateral de barreiras ao comércio com 
outro país, porque os agentes econômicos cobram reciprocidade nos acordos internacionais. A 
integração é uma forma de reciprocidade, pois implica abertura do mercado interno para o 
parceiro, tendo como contrapartida a expansão do mercado para exportação dos produtos 
locais. Além disso, mesmo que a formação de determinado bloco tenha motivação 
exclusivamente política, e não econômica, a teoria ortodoxa pode ser empregada para avaliar 
seus impactos econômicos. 
 
Questão 5 – Explique em que condições à integração é proposta com propósitos 
protecionistas. Qual a importância disso para a história econômica do Brasil? 
A justificativa para a formação de blocos era propiciar maior liberdade de comércio com o 
objetivo de aproveitar as vantagens comparativas recíprocas No entanto, a integração já foi 
defendida também com propósitos protecionistas, tendo como meta o desenvolvimento. Esse 
foi o caso da criação do Zollverein, em 1834. Nos EUA, sob o argumento da indústria nascente, 
o Congresso adotou a política protecionista, responsável por grande parte do surto de 
desenvolvimento industrial que o país viveu no século passado. Esse modelo pressupunha que 
os consumidores de um determinado país estivessem dispostos a aceitar certa quantidade de 
produção ineficiente em troca do desenvolvimento de sua indústria e dos empregos nela 
gerados. Na década de 1950 essa também era a motivação da proposta da CEPAL para a 
integração econômica da América Latina, cujo objetivo final era o desenvolvimento econômico 
da região. 
 
Questão 6 – Explique as justificativas para a integração com vistas à proteção industrial. 
As vantagens e justificadas dessa estratégia podem ser sintetizadas em quatro argumentos: 
1. Maior aproveitamento das vantagens comparativas regionais, podendo ser obtida pela 
especialização de cada país naqueles produtos cuja produção tenha menor custo 
unitário; a integração possibilita ainda a complementariedade industrial, com ganhos 
para o conjunto. 
2. Criação de economias de escala, a união aduaneira, em contexto de 
complementariedade industrial, resulta na formação de um mercado maior, que pode 
reduzir o custo unitário de produção. 
3. Possibilidade de oferta de maior variedade de produtos, é possível explorar a escala 
proporcionada pelo mercado ampliado, resultando em maior variedade, preços menores 
e aumento do bem-estar dos consumidores. 
4. Maior concorrência intrarregional, a integração amplia o mercado e, quanto maior é o 
mercado, maior a concorrência entre produtos, melhor alocação de recursos, menor 
grau de concentração industrial e menores preços para o consumidor final. 
Disso se conclui que a integração pode resultar em grandes benefícios para o conjunto de países 
que se propõem a promover o desenvolvimento industrial. No entanto, não garante que haja 
harmonia na sua distribuição. 
 
Questão 7 – Discuta a seguinte afirmação: um mercado ampliado pode contribuir para 
aumentar a eficiência econômica. 
A integração é uma forma de reciprocidade, pois implica abertura do mercado interno para o 
parceiro, tendo como contrapartida a expansão do mercado para exportação dos produtos 
locais. Além disso, mesmo que a formação de determinado bloco tenha motivação 
exclusivamente política, e não econômica, a teoria ortodoxa pode ser empregada para avaliar 
seus impactos econômicos. No caso de criação de comércio, o produtor doméstico (menos 
eficiente) é substituído pelo parceiro (mais eficiente). Quem perde é o produtor doméstico 
porque deixa de vender. No entanto, o país é beneficiado nos casos em que tem vantagens 
comparativas em relação ao sócio na integração, porque tem acesso ao produto por um custo 
menor do que antes da integração. Ou seja, um mercado ampliado pode contribuir para 
aumentar a eficiência econômica, pois gera a possibilidade de substituir um produto menos 
eficiente por um mais eficiente. 
 
Questão 8 – Por que, nos modelos de substituição de importações, a meta é o desvio de 
comércio? 
Os modelos de substituição de importações visam desenvolver a produção regional dos bens 
antes importados. Isso significa que o processo de integração será tanto mais bem-sucedido 
quanto maior for o desvio de comércio.

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