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Capacidade de ajustamento funcional ao ambiente

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Os eixos que formam o conceito de personalidade:
7. Capacidade de ajustamento funcional ao ambiente
O “eu” é uma peça fundamental do psiquismo para melhor garantir um ajustamento do à realidade. Quando se fala “ajustamento”, não é submissão, passividade: isso seria negar a si mesmo e realizar só o que é pedido pelo ambiente - estaria se submetendo, e não se adaptando, ajustando. Espera-se uma adaptação criativa do sujeito no mundo (resignar, abrindo mão de algumas coisas e lutar par abrir condições no mundo afim de realizar algum dos meus ideais – adaptação dinâmica: requer resignação e criatividade). Podemos falhar no processo adaptativa na via/caminho da submissão por medo do enfrentamento; podemos falhar na via da adaptação através da normose (vontade de sucesso, performance - não é um ajustamento passivo, nem submissão porque não estar negando a si próprio para ficar de bem com o que o ambiente pede). Normótico quer ter uma adaptação plena em tudo, colando seus ideais aos ideais da sociedade.
Na adaptação dinâmica aceita o que o mundo é e respeita o que o sujeito é, buscando resolver a dissintonia entre o que se é e o que o mundo quer que seja. No ajustamento submisso eu quero ser X, mas o ambiente me pede para ser Y e eu vou ser Y. Eu fui construído para ser Y, o mundo manda eu ser X e então, me submeto a ser X. Eu sinto que estou passando por cima de mim e o sentimento é de covardia, afim de ganhar a aprovação social. 
No ajustamento normótico, o ambiente me pede para ser Y e eu vou querer ser Y, não porque tenho todas as vocações para ser mas porque vou negar qualquer outra possibilidade interna e vou construir minha vida em prol de ser Y. O mundo me pede para eu ser Y e eu me construo para ser Y. Nem sei mais qual era meu X, simplesmente vou em busca do Y. Afim de estar de acordo com o que o mundo espera de mim. O rebelde sem causa é uma figura típica de um ajustamento negativo/crítico pela via do enfrentamento constante. 
O ajustamento funcional está próximo da aprendizagem emocional e social.
*Se diz que a personalidade possui caráter, temperamento e aprendizagem sociais e emocionais (condutas, atitudes, crenças).
Temperamento: é um dado inato, são nossas tendências, nossas predisposições herdadas. Esboço de personalidade que o bebê expõe por volta dos 2 ou 3 meses (calmo, agitado, mais ou menos humorado, mais explorador ou mais quieto).
Caráter: parte do sujeito que se relaciona com as regras. É a face da nossa moralidade. Todo psiquismo individual, por sermos sociais, precisa ter uma dimensão normativa. 
Dimensão normativa: capacidade de conduzir o sujeito, segundo uma regra, que nem é seu desejo e nem é o desejo do outro. Respeita a regra e não o desejo que há em si ou no outro. Capacidade de enfrentar o desejo próprio, do outro ou da massa. Introduz um novo móvel da ação (o que impulsiona ao ato). Os nossos móveis naturais da ação são o desejo e a necessidade. O caráter é introduzir nos repertórios da ação, a regra. 
A regra se transformar num móvel da ação mais forte que o desejo e a necessidade. A regra é um mediador das interações humanas. E o caráter é formado per reunião de regras.

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