da obrigação: o vínculo existente entre credor e devedor. Nesse caso, passará o devedor a responder pelas perdas e danos, que conforme artigos. 402 a 404 do novo Código Civil englobam: A) Danos emergentes ou danos positivos: valores já desembolsados por alguém. B) Lucros cessantes ou danos negativos: valores que a pessoa deixa de receber. Havendo inadimplemento obrigacional e, portanto, responsabilidade civil contratual, a parte prejudicada pode pleitear ainda os danos morais, conforme art. 5º, V e X, da Constituição Federal de 1.988. Vale lembrar que, em regra, os danos devem ser provados pelo autor da ação, conforme prevê o art. 403 do próprio Código Civil em vigor. 5. A CLÁUSULA PENAL A cláusula penal é a penalidade imposta pela inexecução parcial ou total da obrigação (infração contratual) ou pela mora no cumprimento da obrigação. É pactuada pelas partes no caso de violação do contrato, motivo pelo qual é também chamada de multa contratual (ou pena convencional), tendo NATUREZA ACESSÓRIA. São funções da cláusula penal: A) coerção - intimida o devedor a saldar a obrigação principal para não ter que pagar a acessória. B) ressarcimento - pré-fixação das perdas e danos no caso de inadimplemento da obrigação. "Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).” www.r2direito.com.br 04 A cláusula penal pode se classificada em: A) multa compensatória - no caso de inadimplemento (inexecução) total da obrigação. B) multa moratória - mora ou atraso no cumprimento da obrigação. O limite da cláusula penal compensatória é o valor da obrigação principal (art. 412 do nCC). Tal valor não pode ser excedido, cabendo eventual redução da multa pelo magistrado. No entanto, algumas normas limitam o valor da cláusula penal moratória: A) 10% (dez por cento) para os casos dos contratos civis, conforme prevê o art. 9º da Lei de Usura (Lei n. 22.626/1933); B) 2% (dois por cento) da dívida em contratos sob a égide do Código de Defesa do Consumidor (Lei n. 8.078/90); C) 2% (dois por cento) da dívida devidas em condomínio edilício ou horizontal. Em total sintonia com o princípio da função social do Contrato, o artigo 413 do novo Código Civil prevê que se houver cumprimento parcial da obrigação ou sendo a multa onerosamente excessiva deverá o magistrado reduzir proporcionalmente a pena prevista no contrato. Entendemos que tal decisão poderá ser declarada "ex officio" pelo Magistrado, por envolver questão de ordem pública e porque o art. 413 do nCC utiliza a expressão "deverá". Para exigir cláusula penal, a parte não precisa provar o prejuízo (art. 416, "caput", do nCC). Regra geral, ainda que o prejuízo exceda a cláusula penal, o prejudicado não pode exigir indenização suplementar se tal regra não constar do contrato. Mas se no contrato estiver prevista a possibilidade de cumulação, funciona a multa como taxa mínima de indenização, cabendo ao credor provar o prejuízo excedente. Essa regra não constava do Código anterior e foi inserida no artigo Parágrafo Único do artigo 416 do novo Código Civil. "Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a inclusão em qualquer sistema de processamento de dados. A violação do direito autoral é crime punido com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. 101 a 110 da lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais).” www.r2direito.com.br