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Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 1 Capitulo I: OS MEIOS FINANCEIROS. Meios Financeiros é o conjunto de meios monetários em caixa e os que se encontram depositados em instituições bancárias. São contas de Meios Financeiros, as seguintes: 1.1 CAIXA 1.2 BANCOS A Conta 1.1 CAIXA A Conta CAIXA compreende os valores em numerário e os cheques de terceiros que se encontram no cofre da empresa. Movimentação da Conta CAIXA Debita-se pelo valor inicial e pelos aumentos (recebimentos ou seja, entrada de meios monetários) Credita-se pelas diminuições (pagamentos ou seja, saída de meios monetários} N.B: Por natureza o Saldo da Conta CAIXA é sempre Devedor e representa o dinheiro em cofre. O saldo da conta CAIXA também pode ser Nulo e nesta situação significa que não existe nenhum valor monetário no cofre. Contas Divisionárias ou Subcontas Embora não esteja prevista no PGC a conta CAIXA pode subdividir-se em subcontas destinadas a controlar mais eficazmente os meios monetários existentes. Assim, por exemplo, se a empresa possui uma sede e várias sucursais ou filiais, a conta Caixa pode ter a seguinte subdivisão: 1.1 CAIXA 1.1.1 Caixa A 1.1.2 Caixa B 1.1.3 Caixa C ... 1.1.8 Caixa Pequena Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 2 Caixa Pequena (Fundo de Maneio ou Fundo de Caixa Fixo) Actualmente, a maioria das empresas efectuam os seus pagamentos por meio de cheque ou ordem de transferência, só as pequenas despesas é que são pagas por Caixa. Para se efectuar o pagamento dessas pequenas despesas, as empresas criam a chamada Caixa Pequena ou Fundo de Maneio. Caixa Pequena (Fundo de Maneio ou Fundo de Caixa Fixo) representa os meios monetários atribuídos á uma secção ou uma pessoa com a finalidade de efectuar pagamentos de pequenas despesas. A pessoa que manuseia e guarda os valores em Caixa chama-se Tesoureiro ou o Caixa. O movimento da caixa pequena resume-se em duas fases: 1 a Entrega de Fundos á secções ou pessoas Contabilização 1.1 CAIXA 1.1.8 Caixa Pequena a 1.1CAIXA 1.1.1 Caixa A P/ fundos atribuídos a caixa pequena 2 a Apresentação dos documentos comprovativos das despesas efectuadas Contabilização Conta de Custos Subconta a 1.1 CAIXA 1.1.8 Caixa Pequena P/ despesas efectuadas, conforme os documentos em anexo N.B: Tratando-se de um valor entregue a uma pessoa para efectuar pagamento de despesas, se no final de um determinado período o Saldo da conta caixa for igual a (Zero), então, o somatório do valor de todos documentos comprovativos deve ser igual Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 3 ao valor entregue. Se sobrar algum valor, então, o somatório do valor que sobrou e do valor de todos os documentos comprovativos deve ser igual ao valor entregue. Para um controlo eficaz da Conta Caixa, cada responsável dos fundos em caixa deve preencher diariamente a respectiva Folha de Caixa onde deve registar as entradas (recebimentos) e as saídas (pagamentos) de acordo com os respectivos documentos comprovativos. Empresas há, que para além do preenchimento da Folha de Caixa, exigem o preenchimento de um outro documento, o Diário de Caixa. Conferência do Saldo Na conferência do saldo de Caixa pode-se verificar um dos três casos: 1. Saldo registado igual ao valor em caixa Neste caso, não se efectua nenhuma regularização 2. Saldo registado inferior ao valor em Caixa, ou seja, o valor em Caixa superior ao saldo registado. Regularização: 1.1 CAIXA a 7.8 RENDIMENTOS E GANHOS FINANCEIROS 7.8.9 Outros rendimentos e ganhos financeiros P/ diferença a mais em Caixa 3. Saldo registado superior ao valor em Caixa, ou seja, o valor em Caixa inferior ao saldo registado. Regularização: 6.9 GASTOS E PERDAS FINANCEIROS 6.9.8 Outros gastos e perdas financeiros a 1.1 CAIXA P/ diferença amenos em caixa Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 4 Se esta diferença for responsabilizada ao tesoureiro, efectua-se a seguinte regularização: 4.5 OUTROS DEVEDORES 4.5.1 Pessoal Nome do tesoureiro a 1.1 CAIXA P/ diferença a menos em Caixa responsabilizada ao tesoureiro. N.B: No final do exercício económico o saldo da conta Caixa Pequena é geralmente transferido para a conta principal, através do seguinte lançamento: 1.1 CAIXA 1.1.1 Caixa A a 1.1 CAIXA 1.1.8 Caixa Pequena P/ devolução dos fundos não usados A Folha de Caixa Folha de Caixa é um documento contabilístico onde se regista diariamente as entradas (recebimentos) e as saídas (pagamentos) de valores em caixa com a indicação dos respectivos documentos comprovativos. A folha de Caixa é geralmente preenchida pelo tesoureiro ou o Caixa. Modelos ou Tipos de Folhas de Caixa. Folha de Caixa em dispositivo Bilateral Folha de Caixa com disposição ou modelo em escada Folha de Caixa em dispositivo vertical Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 5 Folha de Caixa em dispositivo Bilateral Data_____ /____ / _____ Folha de Caixa n o _______ ENTRADAS SAÍDAS Total Total Executou Saldo do dia anterior................... O Caixa Recebido .................................... __________________ RESUMO Soma............................................ Conferiu Pago........................................... A gerência Saldo para o dia seguinte……… ____________________ Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 6 Folha de Caixa com disposição ou modelo em escada. Neste tipo de folha todos os movimentos são registados na mesma coluna e o saldo de Caixa calcula-se após cada operação. Este tipo de folha é mais usada para o registo de operações efectuadas com caixa Pequena ou Fundo de Maneio. Folha de Caixa com disposição ou modelo em escada FOLHA DE CAIXA Data Movimentos Valor Saldo para o dia seguinte Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 7 Folha de Caixa em dispositivo Vertical Este tipo de folha apresenta a coluna de saldo e o mesmo é calculado após cada operação. Para além da coluna de saldo, apresenta a coluna de entrada e saída. Folha de Caixa em dispositivo Vertical FOLHA DE CAIXA Data Movimentos Entrada Saída Saldo Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 8 O Diário de Caixa Como já nos referimos anteriormente, para um controlo eficaz dos valores em Caixa, usa-se a Folha de Caixa. Entretanto, empresas há, que para além do preenchimento da Folha de Caixa, exigem o preenchimento de um outro documento, o Diário de Caixa. Tal como a Folha de Caixa, o Diário de Caixa é também um documento importante no controlo de valores em Caixa, e é geralmente preenchido pelo Tesoureiro ou o Caixa. Diáriode Caixa é um documento contabilístico onde se registam diariamente os recebimentos e os pagamentos de valores em caixa, com a indicação dos documentos comprovativos das operações realizadas e as contas contrapartidas. Diário de Caixa RECEBIMENTOS PAGAMENTOS Data Operações Importância Contrapartida Data Operações Importância Contrapartida Total Total Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 9 Exercício de aplicação n o 1. A conta Caixa da empresa Nova Geração, Lda, que se dedica a venda de material de construção, em 20 de Novembro de 2011 apresentava um Saldo de 30.000,00. Durante o dia 21 do mesmo mês, efectuaram-se os seguintes movimentos com a conta Caixa: V.D no 024 referente a venda de 10 kg de Pregos a 20,00 cada. Cheque no 0422 S M relativo ao levantamento de 10.000,00. Recibo no 1044 da EMOSE, relativo ao pagamento de seguro de acidente de trabalho………… 1.000,00. V.D no 402, referente a venda de 2 Sacos de cimento a 300,00 cada. Recibo no 407 da Sociedade Transmontana relativo a aquisição de material de escritório………….. 1.500,00. V.D no 704 da EDM, relativo ao pagamento do consumo de energia…… 500,00. Recibo no 208 das ombas Total referente a aquisição de gasolina para viatura… …… 6.000,00. Despesas de ajuda de custos…………………. 1.000,00. Recibo no 9020 referente ao recebimento de 5.000,00 de Mário Santana, valor referente a mercadoria que havia sido vendida a prazo pela empresa. Recibo no 725 da Sociedade Manuel & Jordão, S.A, referente ao pagamento da mercadoria que havia sido adquirida a prazo pela empresa………….. 3.000,00. Recibo no 00225 do Departamento de Finanças, relativo ao pagamento do VA……… 800,00. Recibo no 822 da PRM relativo ao pagamento de 500,00, valor referente a transgressão do código de estrada. Pretende-se: a) Preenchimento da Folha de Caixa n o 20 em dispositivo Bilateral, relativa ao dia 21 de Novembro de 2011 e o respectivo resumo. b) Preenchimento da Folha de Caixa em disposição ou modelo em escada. c) Preenchimento da Folha de Caixa em dispositivo vertical. d) Preenchimento do Diário de caixa e determinação do Saldo para o dia seguinte. e) Lançamento resumo dos movimentos no Diário Geral. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 10 Exercício de aplicação n o 2. A empresa ABC tem a sua sede na cidade de Chimoio e dedica-se a venda de produtos alimentares. O Tesoureiro desta empresa forneceu a seguinte informação relativa aos movimentos efectuados com a conta Caixa no dia 07 de Março de 2012. Saldo do dia 06 de Março ……………………………. 350,00. Cheque no 324 S / BIM, relativo ao levantamento de 3.400,00. Recibo no 0420 referente ao pagamento da renda do escritório……. 1.100,00 Talão de depósito no 4758 do C …………………………………. 2.500,00 Recibo no 825 relativo a venda de 10 Sacos de trigo a 500,00 cada. Cheque no 0253 S / BCI, relativo ao levantamento de 1.500,00. Recibo no 754 da F PAG…………………. 1.000,00. Recibo no 0453 da TDM …………………… 500,00 Recibo no 0242 da Gama Lda, referente a aquisição de 2 Cadeiras a 1.500,00 cada. Recibo no 2538 da Solução Fácil Lda, relativo a aquisição de 6 Sacos de arroz Xirico a 200,00 cada. Recibo no 0255 das Bombas Amade, referente a aquisição de lubrificantes para viaturas ………….. 750,00. Pretende-se: a) Preenchimento da Folha de Caixa em disposição ou modelo em escada. b) Preenchimento da Folha de Caixa em dispositivo vertical. c) Preenchimento da Folha de Caixa n o 05 em dispositivo Bilateral, referente ao dia 07 de Março de 2012 e o respectivo resumo. d) Preenchimento do Diário de caixa referente ao mesmo dia e determinação do Saldo para o dia seguinte. e) Lançamento resumo dos movimentos no Diário Geral. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 11 A Conta 1.2 BANCOS A Conta 1.2 Bancos integra os meios monetários que se encontram depositados em instituições bancárias. Objectivos dos que fazem depósito de valores no Banco Geralmente, os que fazem depósito dos seus valores em instituições bancárias tem os seguintes objectivos: Evitar os riscos de furto ou perda de dinheiro Conseguir certa remuneração para os capitais que de contrário permaneceriam improdutivos Beneficiar das facilidades de cobrança e de pagamento que os bancos concedem aos depositantes. Movimentação da Conta 1.2.Bancos A Conta 1.2 Bancos; Debita-se pelo valor inicial e pelos aumentos (depósitos de moedas e cheques, transferências bancárias efectuadas por terceiros, juros de depósitos bancários, descontos de Letras, e empréstimos bancários obtidos). Credita-se pelas diminuições (Cheques emitidos, transferência para a conta de terceiros, comissões de cobrança de Letras, etc). O Saldo da Conta 1.2 Bancos é geralmente Devedor na contabilidade do depositante, e é Credor na contabilidade do Banco. Isto deve-se ao facto de a contabilidade da empresa (depositante) funcionar inversamente á contabilidade do Banco, isto é: Um Débito na empresa (Depositante) corresponde a um Crédito no Banco, e Um Crédito na empresa (Depositante) corresponde a Um Débito no Banco. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 12 Tipos de Depósitos Bancários Existem os seguintes tipos de depósitos: Depósito á Ordem Depósito Com Pré-Aviso Depósito a Prazo 1. Depósito á Ordem aquele em que o depositante tem o direito de levantar o valor depositado a qualquer momento. Este tipo de depósito permite pagamentos através de Cheques e consequentemente simplifica os serviços de tesouraria. 2. Depósito Com Pré-Aviso aquele em que o depositante só pode levantar o valor depositado após uma comunicação prévia ao Banco do valor a levantar. 3. Depósito a Prazo aquele em que o depositante só pode efectuar o levantamento do valor depositado após a data pré fixada. Este ultimo tipo de depósito permite ao depositante ter alguma remuneração do valor depositado, ou seja, permite ao depositante beneficiar se de juros. Contas Divisionárias ou Contas Correntes. Se a empresa estabelece relações comerciais com vários Bancos, ou seja, tem dinheiro depositado em vários Bancos, deve-se criar Contas Divisionárias de acordo com o número de Bancos. Cada Banco deve ser representado por um Razão Auxiliar denominado Conta Corrente, onde são registados os Débitos (Depósitos) e os Créditos (Levantamentos). A divisão da conta Bancos em Contas Divisionárias ou Contas Correntes permite-nos saber a cada momento qual o montante depositado em cada Banco. Nesta divisão, o Saldo da Conta 1.2 Bancos é dado pelo somatório dos Saldos das contas correntes. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 13 Ex: 1.2 BANCOS 1.2.1 Depósitos á ordem 1.2.1.1 BIM 1.2.1.2 BCI 1.2.1.3 Standard Bank 1.2.1.4 Barclays 1.2.1.5 ....... 1.2.2 Depósitos Com Pré - Aviso 1.2.2.1 BIM 1.2.2.2 BCI 1.2.2.3 ….. 1.2.3 Depósitos a Prazo 1.2.3.1 BIM 1.2.3.2 BCI 1.2.3.3 …… Razão auxiliar ou Conta Corrente de Bancos Banco: Conta n o : Data Operações Débito Crédito Saldo Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos AntónioChangaue Página 14 A Reconciliação Bancária Periodicamente deverão ser conferidos os Saldos existentes em cada uma das Contas Correntes e comparados com os Saldos indicados no Extracto Bancário fornecido pelo Banco. Esta conferência de valores designa-se Reconciliação Bancária. Entende-se por Reconciliação Bancária a conferência e comparação dos Saldos evidenciados nas contas correntes de Bancos existentes na empresa com os dos extractos Bancários emitidos pelos Bancos, corrigindo-se eventuais erros ou omissões de registo. A Reconciliação Bancária é um excelente instrumento de controlo interno para uma empresa, e é feita normalmente em cada mês. A reconciliação Bancária geralmente efectua-se partindo do Saldo do Razão e do extracto Bancário, para chegar a um Saldo comum. Procedimentos para Preparação e Realização de uma Reconciliação Bancária. 1 o Obter do Banco o extracto Bancário correspondente ao período a reconciliar (geralmente um período mensal) 2 o Fazer comparação entre os lançamentos efectuados pela empresa com os efectuados pelo Banco no extracto durante o mesmo período, sem se esquecer que a Contabilidade da empresa funciona inversamente á contabilidade do Banco, isto é, Um Débito na empresa corresponde a um Crédito no Banco, e um Crédito na empresa corresponde a um Débito no Banco. 3 o Verificar as divergências tendo em conta o seguinte: Débitos no Razão não correspondidos no extracto Bancário Créditos no Razão não correspondidos no extracto Bancário Débitos no extracto Bancário não correspondidos no Razão Créditos no extracto Bancário não correspondidos no Razão. 4 o Reconciliar os Saldos e obter um Saldo comum. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 15 Durante o processo de Reconciliação Bancária elabora-se Mapa de Reconciliação Bancária. Mapa de Reconciliação Bancária Descrição ESCRITA DA EMPRESA ESCRITA DO BANCO Data Débito Crédito Débito Crédito Exercício de aplicação n o 01 O valor inicial da Conta de Depósitos á ordem da empresa Nova Visão, Lda, em 02 de Novembro de 2011, era de 200.000,00, repartido da seguinte forma: C ………………. 150.000,00. (Conta no.324356) M……………….....50.000,00. (Conta no.2545690) Durante o mês de Novembro a empresa realizou as seguintes operações: Dia 04 – Cheque n o 0042 sobre C para reforço de caixa……………. 20.000,00 Dia 05 – Talão de depósito n o 1012 do BIM, relativo ao depósito de Cheque n o 00321 do arclays………. 100.000,00. Dia 06 – Cheque n o 01540 sobre BIM para pagamento da renda do escritório..……….40.000,00 Dia 13 - Talão de depósito n o 6420 do C ……………………. 80.000,00. Dia 14 – Aviso de lançamento n o 2012 do BIM, referente a transferência efectuada pelo cliente Costa Armando………………. 110.000,00. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 16 Dia 20 – Cheque n o 0043 sobre C para pagamento a um fornecedor……… 55.000,00 Dia 22 – Cheque n o 01541 sobre M……………………………. 70.000,00 Dia 24 – Aviso de lançamento n o 422 do BIM, referente aos juros do empréstimo bancário………. 50.000,00. Dia 28 – Transferência do C para a conta de um fornecedor……………….30.000,00. Pretende-se: a) Registo das operações verificadas durante o mês de Novembro nos Razoes Auxiliares ou contas correntes de Bancos. b) O Saldo da Conta 1.2 Bancos no final do mês de Novembro e a sua respectiva distribuição. Exercício de aplicação n o 02 Em 03 de Janeiro de 2012, o Saldo da Conta de Depósitos á ordem da empresa Solução Fácil, Lda, era de 500.000,00, assim repartido: arclays……………… 100.000,00. (Conta no 04474232) Standard ank………...375.000.00. (Conta no 2345678) anco Oportunidade……25.000,00. (Conta no 112233445) Durante o mês de Janeiro verificaram-se os seguintes movimentos: Dia 08 – Aviso do lançamento n o 212 do Standard Bank, relativo aos juros do empréstimo ancário………. 25.000,00 Dia 10 – Aviso do lançamento n o 472 do Banco Oportunidade, referente a cobrança de uma Letra, valor líquido lançado na conta……………. 10.000,00 Dia 15 – Talão de depósito n o 2072 do arclays……………… 12.000,00 Dia 20 – Transferência do cliente Mário Santana para a conta do Standard ank……….. 15.000,00 Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 17 Dia 25- Transferência da conta do Standard Bank para a conta de um fornecedor Armando Carlos……………… 40.000,00 Dia 28 – Cheque n o 0072 sobre arclays……………………. 15.000,00 Dia 29 – Depósito do Cheque n o 0072 do BIM no Barclays, Talão de depósito n o 0422 do arclays………………. 20.000,00 Pretende-se: a) Lançamento das operações nos Razoes Auxiliares ou Contas Correntes b) O valor que se encontrava depositado em cada um dos Bancos. c) O Saldo da Conta 1.2 Bancos Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 18 Exercício de aplicação n o 01 Sobre Reconciliação Bancária. O Extracto Bancário abaixo foi emitido pelo BIM e o Razão é da empresa Bom Gosto, Lda, referente ao mês de Maio de 2012. Bom Gosto, Lda Conta n o 2234569 Data Operações Débito Crédito Saldo 2012 Maio 02 15 18 26 27 28 29 Saldo inicial Cheque n o 0025 Depósito n o 0728 Transferência para um fornecedor Transferência de um cliente Cheque n o 0026 Transferência para BCI ----------- 5.000,00 ----------- ----------- ----------- 2.000,00 4.000,00 10.000,00 ---------- 4.000,00 2.000,00 1.000,00 ----------- ----------- 10.000,00 5.000,00 9.000,00 11.000,00 12.000,00 10.000,00 6.000,00 Banco: BIM Conta n o 2234569 Data Operações Débito Crédito Saldo 2012 Maio 02 14 18 27 28 29 29 Saldo inicial Cheque n o 0025 Talão de depósito n o 0728 Transferência de um cliente Cheque n o 0026 Transferência para BCI Cheque n o 0027 10.000,00 ---------- 4.000,00 1.000,00 ----------- ---------- ----------- ---------- 3.000,00 ----------- ----------- 2.000,00 4.000,00 3.000,00 10.000,00 5.000,00 11.000,00 12.000,00 10.000,00 6.000,00 3.000,00 N.B: O valor correcto do Cheque n o 0025 é 3.000,00. Pretende-se: Elaborar o Mapa de Reconciliação Bancária referente ao mês de Maio de 2012. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 19 Exercício de aplicação n o 02 Sobre Reconciliação Bancária. O contabilista da empresa Luís & Carlos, Lda, pretendendo fazer Reconciliação Bancária, dirigiu-se ao BCI onde foi fornecido o Extracto Bancário abaixo, o qual juntou ao Razão da empresa referente ao mês de Abril de 2010. Luís & Carlos, Lda Conta n o 245325 Data Operações Débito Crédito Saldo 2010 Abril 01 02 05 06 13 22 29 Saldo inicial Cheque n o 01538 Depósito n o 1012 Cheque n o 01540 Transferência de Costa Armando Cheque n o 01541 Pagamento do juro do empréstimo Ban. ----------- 8.000,00 ----------- 40.000,00 ----------- ----------- 50.000,00 58.000,00 ---------- 100.000,00 ---------- 110.000,00 60.000,00 ----------- 58.000,00 50.000,00 150.000,00 110.000,00 220.000,00 280.000,00 230.000,00 Banco: BCI Conta n o 245325 Data Operações Débito Crédito Saldo 2010 Abril 01 05 05 13 22 30 Saldo inicial Talãode depósito n o 1012 Cheque n o 01540 Transferência de Costa Armando Cheque n o 01541 Cheque n o 01542 50.000,00 100.000,0 40.000,00 110.000,00 ----------- ----------- ---------- ---------- --------- ---------- 70.000,00 30.000,00 50.000,00 150.000,00 190.000,00 300.000,00 230.000,00 200.000,00 N.B: O valor correcto do Cheque n o 01541 é 70.000,00. Pretende-se: Ajudar o contabilista da empresa Luís & Carlos, Lda, a elaborar o Mapa de Reconciliação Bancária referente ao mês de Abril de 2010. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 20 Exercício de aplicação n o 03 Sobre Reconciliação Bancária. A informação abaixo mostra o Razão da empresa Novidades Comercial e o Extracto Bancário fornecido pelo Standard Bank relativo ao mês de Novembro de 2011. Banco: Standard Bank Conta n o : 194528 Data Operações Débito Crédito Saldo 2011 Nov. 01 10 24 26 27 Saldo inicial Talão de depósito n o 0072 Juros vencidos Cheque n o 423 Transferência do cliente Armando 15.000,00 9.000,00 2.000,00 ----------- 5.000,00 ---------- ---------- ---------- 6.000,00 ---------- 15.000,00 24.000,00 26.000,00 20.000,00 25.000,00 Novidades Comercial Conta n o : 194528 Data Operações Débito Crédito Saldo 2011 Nov. 01 10 20 24 27 28 Saldo inicial Depósito n o 0072 Transferência para Forneced. João Juros vencidos Transferência do cliente Armando Cheque n o 424 --------- --------- ---------- --------- 6.000,00 1.000,00 15.000,00 10.000,00 4.000,00 2.000,00 --------- ---------- 15.000,00 25.000,00 29.000,00 31.000,00 25.000,00 24.000,00 N.B: O valor real do talão de depósito n o 0072 é 10.000,00. O valor transferido pelo cliente Armando é referente a sua divida no valor de 5.000,00 Pretende-se: Elaborar o Mapa de reconciliação Bancária referente ao mês de Novembro. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 21 Capitulo II: AS CONTAS A RECEBER E CONTAS A PAGAR. Designam-se Contas a receber aquelas em que se registam direitos, ou seja, dividas a receber. Ex: 4.1 Clientes; e 4.5 Outros devedores Designam-se Contas a Pagar aquelas em que se registam obrigações, ou seja, dividas a pagar. Ex: 4.2 Fornecedores; 4.3 Empréstimos Obtidos; 4.4 Estado; 4.6 Outros Credores. Relativamente a estas Contas (a receber e a pagar), o nosso estudo centrar-se-á nas Contas 4.1 Clientes e 4.2 Fornecedores. A conta 4.1 CLIENTES. A conta 4.1 Clientes é utilizada para registar os movimentos relacionados com a venda de produtos (mercadorias) ou serviços, que não seja efectuada a pronto pagamento. Movimentação. A Conta 4.1 Clientes sendo do activo, Debita-se pelo valor inicial e pelos aumentos; e Credita-se pelas diminuições. Controlo das dívidas de Clientes Para o controlo das dívidas das entidades que adquirem produtos ou serviços sem que tenham efectuado o seu pagamento imediato (Clientes), cria-se um ficheiro para cada cliente o qual designa-se Ficha de Clientes ou Conta Corrente de Clientes ou Razão Auxiliar de Clientes. O n o de fichas a serem cridas deve ser igual ao número de Clientes que a empresa possui. Se por exemplo a empresa possui cinco clientes, então, devem ser criadas cinco fichas de clientes. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 22 Cada cliente deve ser representado na contabilidade por uma ficha, onde apenas se registam as operações realizadas com o referido Cliente. O título da ficha é o nome do Cliente. As referidas fichas tem a estrutura de Razão Auxiliar e é por esta razão que também são designadas Razão Auxiliar de Clientes. Para o controlo das Letras a receber, cria-se igualmente fichas onde se registam as Letras emitidas e aceites pelo Cliente. A utilização das fichas é importante porque permite a qualquer momento conhecer o valor que cada cliente deveu, pagou, e deve numa determinada data, por simples consulta da respectiva ficha. N.B: O Saldo da conta 4.1 CLIENTES é dado pelo Somatório dos Saldos das Contas Correntes de Clientes e das dividas a receber representadas por Letras a receber. Razão Auxiliar de Clientes Nome do Cliente: Data Operações Débito Crédito Saldos Devedor Credor Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 23 Contas Divisionárias ou Subcontas. Relativamente a Conta 4.1 Clientes, há que destacar as seguintes Subcontas: 4.1.1 Clientes c/c 4.1.2 Clientes-Titulos a receber A Conta Divisionária ou Subconta 4.1.1 Clientes c/c Ela integra dívidas de Clientes que se encontram representadas por facturas. Movimentação. Esta conta sendo do Activo, Debita-se pelo valor inicial e pelos aumentos; e Credita-se pelas diminuições, ou seja: Debita-se pelas facturas emitidas, Notas de débito dos encargos não incluídos na factura, e anulação de Letras anteriormente emitidas. Credita-se pelos recebimentos dos valores de Clientes, Saques de Letras, Notas de Crédito dos descontos não incluídos na factura, Devolução de produtos vendidos a prazo, e anulação da divida incobrável. Registo Contabilístico no Diário Geral. Pela venda de mercadorias a prazo (sem IVA), efectua-se o seguinte lançamento: 4.1 CLIENTES 4.1.1 Clientes c/c Nome do Cliente a 7.1 VENDAS 7.1.1 Mercadorias P/ nossa factura n o ….. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 24 Exercício de aplicação n o 01 Da consulta efectuada nos registos contabilísticos da Sociedade Duarte Lima, Lda, obteve-se os seguintes dados relativos a Clientes em Novembro de 2011. Clientes c/c…………………………………. 300,00, assim distribuído: João Malfez……………250,00 Mário Santana…………50,00 Durante o mês de Novembro, verificaram-se as seguintes operações: Dia 04 – Recibo n o 258, relativo ao recebimento de 25% da divida de João Malfez. Dia 08 – Factura n o 753 S/ Mário Santa, referente a venda de 10 Caixas de Sardinha a 120,00 cada. Dia 10 – Nota de Débito n o 082 S/ Mário Santana relativa as despesas de transporte não incluídas na Factura do dia 08……………… 100,00 Dia 11 - Recibo n o 295, relativo ao recebimento de um Cheque de João Malfez em relação ao valor da sua divida. Dia 13 – Nota de Crédito n o 032 S/ Mário Santana, relativa a devolução de 2 Caixas de sardinha vendidas no dia 08. Dia 14 – Factura n o 853 S/ João Malfez, relativa a venda de 15 Sacos de arroz Mariana a 500,00 cada. Dia 28 – Factura n o 860 S/ Mário Santana, relativa a venda a um prazo de 60 dias, de 20 Caixas de leite a 400,00 cada. Dia 30 – Recibo n o 308, referente ao recebimento em 100% da dívida de João Malfez. Pretende-se: a) Registar as operações nas Contas Correntes ou Razoes Auxiliares de Clientes. b) O valor que cada um dos clientes deve no final do mês de Novembro. c) O Saldo da Conta 4.1 Clientes no final do mês de Novembro. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 25 Exercício de aplicação n o 02 Em 02 de Maio de 2012, a Conta Clientes c/c da empresa Longa Vida, S.A, que se dedica a venda de calçados estava assim distribuído: Sociedade do Sul, Lda……………………. 40.000,00 Tavares & dias, Lda………………………...10.000,00 Durante o mês de Maio a empresa realizou as seguintesoperações: Dia 03 – Factura n o 253 S/ Tavares & Dias, Lda, relativa a venda de 20 pares de Sapatos a 100,00 cada e 15 pares de Botas a 120,00 cada. Dia 07 – Factura n o 244 S/ Mário Amiel, relativa a venda de 30 pares de Sapatos a 100,00 cada. Dia 12 – Recepção do Cheque n o 0034 da Sociedade do Sul, Lda, relativo ao pagamento de 75% da sua divida (Recibo n o 256). Dia 15 – Devolução de 5 pares de sapatos vendidos ao Mário Amiel no dia 07 (Nota de Crédito n o 00825). Dia 17 – Recepção do Cheque de Mário Amiel, para pagamento antecipado de 1/4 da sua divida. (Recibo n o 260). Dia 20 – Venda a 30 dias a Tavares & Dias, Lda, de 50 pares de Botas a 125,00 cada. (Factura n o 245). Dia 22 - Nota de Debito n o 087 S/ Mário Amiel referente a despesas de transporte não incluídas na factura n o 244 ………………100,00. Dia 29 – Recibo n o 265 relativo ao recebimento em 100% da divida da Sociedade do Sul, Lda. Pretende-se: a) O Saldo da Conta 4.1 Clientes no dia 02 de Maio b) Registar as operações nas Contas Correntes de clientes. c) O valor que cada um dos Clientes deve no final do mês de Maio. d) O Saldo da Conta 4.1 Clientes no final do mês de Maio e o Valor que a empresa Longa Vida, S.A, tem a receber no final do mês em referência. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 26 A Conta Divisionária ou Subconta 4.1.2 Clientes-Títulos a receber As transacções relativas às vendas de mercadorias a prazo são documentadas fundamentalmente pelas facturas que servem de base aos lançamentos a débito nas contas de clientes. Em muitas situações quando se torna importante uma garantia adicional que poderá, igualmente, servir de base para obtenção do crédito através do desconto bancário é usual titular as transacções através de um título de crédito denominado letra. Letra é um título de crédito pelo qual a pessoa que emite (sacador) ordena a outra (sacado) para lhe pagar a si, ou a sua ordem, uma determinada importância em divida numa determinada data. Portanto, no momento de emissão da Letra há dois intervenientes: O Sacador, que é a pessoa que emite a Letra. O Sacado, que é a pessoa que fica com a obrigação de pagar a Letra, na data do seu vencimento. Geralmente o Sacador da Letra é o Credor (Fornecedor) e o Sacado é o Devedor (Cliente). Portanto, a conta divisionária ou subconta 4.1.2 Clientes-Títulos a receber integra as dívidas de Clientes que se encontram representadas por Letras a receber. Movimentação Debita-se pelo Saque ou emissão de Letras. Credita-se pelo recebimento do valor nominal da Letra, anulação da Letra, e pelo desconto da mesma. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 27 Pelo Saque de uma Letra. Na emissão de uma Letra, transfere-se a divida registada na subconta 4.1.1 Clientes c/c para a subconta 4.1.2 Clientes-Titulos a receber. Nesta operação efectua-se o seguinte lançamento: 4.1 CLIENTES 4.1.1 Clientes-Titulos a receber Nome do Cliente a 4.1 CLIENTES 4.1.1 Clientes c/c Nome do Cliente P/ nosso Saque n o … N.B: A emissão de uma Letra não altera o Saldo da Conta Colectiva 4.1 CLIENTES, mas sim, altera o Saldo da Conta Divisionária ou Subconta 4.1.1 Clientes c/c. A Conta 4.2 FORNECEDORES. A Conta 4.2 Fornecedores é utilizada para registar os movimentos relacionados com a compra de produtos que não seja efectuada a pronto pagamento. Movimentação Esta conta sendo do passivo, Debita-se pelas diminuições, e Credita-se pelo valor inicial e pelos aumentos. Controlo das dívidas á Fornecedores Para o controlo das dívidas com os fornecedores, cria-se um ficheiro para cada fornecedor, o qual designa-se Ficha de Fornecedores ou Conta Corrente de Fornecedores ou Razão Auxiliar de fornecedores. Cada fornecedor é representado na contabilidade por uma ficha, onde apenas se registam as operações realizadas com o referido fornecedor. O título da ficha é o nome do fornecedor. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 28 Para o controlo das Letras a pagar, criam-se fichas onde são registados os aceites. N.B: O Saldo da Conta Colectiva 4.2 Fornecedores é dado pelo somatório dos Saldos das contas correntes de fornecedores e das dividas a pagar representadas por Letras a pagar. Razão Auxiliar de Fornecedores Nome do Fornecedor: Data Operações Débito Crédito Saldos Devedor Credor Contas Divisionárias ou Subcontas. Relativamente a Conta 4.2 Fornecedores, há que destacar as seguintes Contas Divisionárias ou Subcontas: 4.2.1 Fornecedores c/c 4.2.2 Fornecedores-Títulos a Pagar A Conta Divisionária ou Subconta 4.2.1 Fornecedores c/c Ela integra as dividas á Fornecedores que se encontram representadas por facturas. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 29 Movimentação. Esta Conta sendo do passivo, Debita-se pelas diminuições e Credita-se pelo valor inicial e pelos aumentos, ou seja: Debita-se pelos Pagamentos á Fornecedores, Devolução de produtos comprados, Aceites de Letra, e Notas de Crédito. Credita-se pelas Compras a prazo, Anulação de aceites, e Notas de Débito. Registo Contabilístico no Diário Geral. Pela aquisição de mercadorias a prazo (sem IVA) , efectua-se o seguinte lançamento: 2.1 COMPRAS 2.1.1 Mercadorias a 4.2 FORNECEDORES 4.2.1 Fornecedores c/c Nome do fornecedor P/ sua factura n o Exercício de aplicação n o 01 Da Consulta efectuada na contabilidade da empresa Cristóvão & Luís, Lda, com sede na cidade de Nampula, obteve-se a seguinte informação referente á Fornecedores, em 02 de Agosto de 2010: Sociedade do Sul S.A …………………… 120.000,00 Monteiro & Molvi Lda……………..……...180.000,00 Durante o mês de Agosto registaram-se as seguintes operações: Dia 05 – Recibo n o 1015 da Sociedade do Sul S.A, referente ao pagamento de 50% do valor em divida. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 30 Dia 08 - Factura n o 453 de Monteiro & Molvi Lda, relativa a aquisição de mercadorias……… 40.000,00 Dia 20 – Aquisição de mercadorias a um prazo de 30 dias no estabelecimento comercial da Sociedade do Sul S.A………. 35.000,00. (Factura n o 10417). Dia 27 – Pagamento de 25% da divida da Factura n o 453. (Recibo n o 2345). Pretende-se: a) O Saldo da Conta Colectiva 4.2 Fornecedores em 02 de Agosto de 2010. b) Registar as operações nas contas correntes de fornecedores. c) O valor que a empresa Cristóvão & Luís Lda, deve a cada um dos fornecedores no final do mês de Agosto. d) O Saldo da Conta Colectiva 4.2 Fornecedores no final do mês de Agosto Exercício de aplicação n o 02 Da consulta efectuada no dia 03 de Janeiro de 2009 nas fichas de fornecedores da Sociedade Ganha Pouco, S.A, com sede na cidade de Mocuba, constatou-se a divida ao fornecedor Carlos & Martins, Lda, no valor de 45.500,00. Durante o mês em referência, verificaram-se os seguintes movimentos com fornecedores: Dia 06 – Factura n o 532 da Solução Fácil, S.A, referente a 50 Sacos de Trigo a 200,00 cada e 40 Caixas de massa tomate a 100,00 cada. Dia 10 – Recibo n o 954, relativo ao pagamento de 1/4 da divida do fornecedor Carlos & Martins, Lda, por meio de Cheque n o 00345 S/ BIM. Dia 10 – Compra de 30 Sacos de Farinha de milho a 80,00 cada no estabelecimento comercial da Sociedade Comercial Longa Vida, Lda. (Factura n o 7853). Dia 12 – Devolução de 10 Sacos de Farinha de Trigo adquiridos no dia 06. (Nota de Crédito n o 352 da Solução Fácil, S.A). Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 31 Dia 15 – Factura n o 835 deCarlos & Martins, Lda, relativa a 10 Caixas de Panelas a 1200,00 cada, 15 Caixas de Copos de vidro a 240,00 cada, 60 Baldes Plásticos a 30,00 cada e 80 Bacias Plásticas a 25,00 cada. Dia 18 – Nota de Débito n o 626 de Carlos & Martins, Lda, relativa a despesas de transporte não incluídas na Factura n o 835………………… 2.000,00. Dia 26 – Recibo n o 775 da Solução Fácil, S.A, relativo ao pagamento em 100% da sua divida. Pretende-se: a) Registo das operações nas contas correntes de fornecedores. b) O valor que a Sociedade Ganha Pouco, S.A, deve a empresa Solução Fácil, S.A, no final do mês de Janeiro. A Conta Divisionária ou Subconta 4.2.2 Fornecedores-Títulos a Pagar Esta integra as dividas á fornecedores que se encontram representadas por títulos de Crédito a pagar (Letras). Movimentação. Debita-se pelo pagamento de Letras e anulação de aceites. Credita-se pelo aceite de Letras. Registo contabilístico de Letras a pagar Aceite de uma Letra O Sacado depois de aceitar em pagar a Letra passa a designar-se Aceitante. Pelo aceite, o aceitante fica com a obrigação de pagar a Letra na data de vencimento. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 32 O aceite de uma Letra não diminui a divida a pagar aos fornecedores, apenas faz-se transferência da divida registada na Conta 4.2.1 Fornecedores c/c para a Conta 4.2.2 Fornecedores-Títulos a pagar. Com esta transferência, o Saldo da Conta Colectiva 4.2 Fornecedores mantêm-se inalterável. Para efeitos de registo contabilístico, o Sacado (Aceitante) deve efectuar o seguinte lançamento: 4.2 FORNECEDORES 4.2.1 Fornecedores c/c Nome do fornecedor a 4.2 FORNECEDORES 4.2.2 Fornecedores-Títulos a pagar Nome do fornecedor P/ aceite n o ….. Pagamento de uma Letra. Registo contabilístico. 4.2 FORNECEDORES 4.2.2 Fornecedores-Títulos a pagar Nome do fornecedor a 1.1 CAIXA / 1.2 BANCOS 1.2.1 Depósitos á ordem P / …, referente ao pagamento do aceite n o … Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 33 Capitulo III: AS CONTAS DE INVENTÁRIOS E ACTIVOS BIOLÓGICOS. Inventários são activos detidos para venda, ou em processo de produção para venda ou ainda na forma de materiais para serem consumidos no processo de produção ou na prestação de serviços. Ex: mercadorias, produtos acabados, subprodutos, produtos em vias de fabrico, matérias-primas. Activos Biológicos é o conjunto de animais ou plantas vivos. Objectivos do registo da movimentação de inventários Conhecer o valor dos inventários que a empresa possui Determinar o custo dos inventários vendidos ou consumidos em um determinado período Apurar o resultado obtido com a transacção dos inventários A Conta 2.1 COMPRAS. Esta é a conta que regista o custo de aquisição de inventários destinados a venda ou consumo. N.B: o custo de aquisição inclui as despesas adicionais suportadas desde o local de compra até ao de armazenamento. Ca = Valor da mercadoria + Despesas de compra Ca = custo de aquisição Despesas de compra são todas aquelas suportadas desde o local de aquisição até ao de armazenamento da mercadoria. Ex: Gastos com transporte, direitos aduaneiros, etc. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 34 Movimentação da conta 2.1 Compras A conta 2.1 Compras Debita-se por contrapartida das contas 1.1 Caixa ou 1.2 Bancos (se a compra for a pronto pagamento) e por contrapartida da conta 4.2 Fornecedores (se a compra for a prazo). Credita-se pelas devoluções de compra, por contrapartida das contas 4.2 Fornecedores ou 1.1 Caixa ou 1.2 Bancos. Credita-se ainda, no final do exercício económico por contrapartida das contas 2.2 Mercadorias ou 2.6 Matérias primas, auxiliares ou materiais, N.B: Se a empresa usa o Sistema de Inventário Permanente ou Contínuo a conta 2.1 Compras mantêm-se permanentemente saldada, ou seja, mantêm-se sempre com saldo nulo. A conta 2.2 MERCADORIAS Mercadorias são bens adquiridos e destinados a venda sem que recaiam sobre eles alguma transformação industrial. Movimentação da Conta 2.2 Mercadorias. A conta 2.2 Mercadorias pode ser movimentada segundo um dos seguintes sistemas de inventário: Sistema de Inventário Periódico ou Intermitente Sistema de Inventário Permanente ou Contínuo. Se a empresa usa o Sistema de Inventário Periódico ou Intermitente a conta 2.2 Mercadorias só é movimentada no início e no fim do exercício económico. Ela Debita-se no início do exercício económico pelo valor das existências iniciais e no fim do exercício pelo valor das compras efectuadas durante o ano registadas na conta 2.1 Compras e ainda por contrapartida da conta 2.8.2 Regularização de Inventários ( se o saldo desta última conta for devedor). Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 35 Credita-se no fim do ano por contrapartida da conta 6.1 Custo dos Inventários com a subconta 6.1.1 Custo dos Inventários Vendidos ou Consumidos e da conta 2.8.2 Regularização de Inventários ( se o saldo desta última conta for Credor). Se a empresa usa o Sistema de Inventário Permanente ou Contínuo a conta 2.2 Mercadorias Debita-se ao longo do ano por contrapartida da conta 2.1 Compras, e Credita-se também no decurso do ano, por contrapartida da conta 6.1 Custo dos Inventários com a subconta 6.1.1 Custo dos Inventários Vendidos ou Consumidos. Sistema de Inventário Periódico ou Intermitente Este é um sistema que tem as seguintes características: A movimentação da conta 2.2 Mercadorias só é feita no início e no fim de cada exercício económico O valor das mercadorias em armazém só é conhecido por meio de inventário físico, e só depois é que se determina o custo global das mercadorias vendidas durante o exercício económico, transferindo-se o saldo da conta 2.1 Compras para a conta 2.2 Mercadorias e recorrendo a fórmula seguinte para determinar o custo das mercadorias vendidas durante o exercício económico: CMV= Ei + Compras – Ef N.B: Para efeitos de registo contabilístico neste sistema de inventário cada operação de compra e/ou venda de mercadorias efectua-se um lançamento. Este é o Sistema de Inventário mais utilizado pelas empresas. Ex1: Compra a p.p de mercadorias sem IVA. (Recibo n o 207)…….. 4.500,00 Contabilização 2.1 COMPRAS 2.1.1 Mercadorias…………….. 4.500,00 a 1.1 CA XA ………………………………………4.500,00 P/ Recibo n o 207 Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 36 Ex2: Venda a prazo de mercadorias sem IVA. (Factura n o 754)………….. 5.000,00 Contabilização 4.1 CLIENTES 4.1.1 Clientes c/c Nome do cliente………………5.000,00 a 7.1 VENDAS 7.1.1 Mercadorias……………………………..5.000,00 P/ Factura n o 754 Sistema de Inventário Permanente ou Contínuo. Este é um sistema que tem as seguintes características: Permite conhecer a todo momento o valor das existências em armazém Permite conhecer a todo momento o custo das mercadorias vendidas A conta 2.1 Compras mantêm-se permanentemente saldada, ou seja, encontra-se sempre com saldo nulo N.B: Para efeitos de registo contabilístico neste sistema de inventário cada operação de compra e/ou venda de mercadorias efectuam-se dois lançamentos: Na operação de compra, primeiro efectua-se lançamento referente a compra, e segundo efectua-se lançamento referente a entrada das mercadorias no armazém, ambos lançamentos com o mesmo valor. Na operação de venda de mercadorias, primeiro efectua-se lançamento referente a venda das mesmas com o valor da venda, e segundo efectua-se lançamento referente a saída das mercadorias no armazém com o valordo custo das mesmas. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 37 Ex1: Compra a p.p de mercadorias sem IVA. (Recibo n o 207)…….. 4.500,00 Contabilização 1 o . Lançamento referente a compra das mercadorias. 2.1 COMPRAS 2.1.1 Mercadorias…………………4.500,00 a 1.1 CA XA……………………………………… 4.500,00 P/ Recibo n o 207 2 o . Lançamento referente a entrada das mercadorias no armazém. 2.2 MERCADOR AS……………………… 4.500,00 a 2.1 COMPRAS 2.1.1 Mercadorias…………………………………….. 4.500,00 P/ entrada das mercadorias no armazém Ex2: Venda a prazo de mercadorias sem IVA no valor de 5.000,00 as quais haviam custado 4,500,00. (Factura n o 754). Contabilização 1 o . Lançamento referente a venda das mercadorias. 4.1 CLIENTES 4.1.1 Clientes c/c Nome do cliente…………………….. 5.000,00 a 7.1 VENDAS 7.1.1 Mercadorias ……………………………………5.000,00 P/ Factura n o 754 Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 38 2 o . Lançamento referente a saída das mercadorias no armazém. 6.1 CUSTO DOS INVENTÁRIOS 6.1.1 Custo dos inventários vendidos ou consumidos 6.1.1.2 De mercadorias ……………………………………..4.500,00 a 2.2 MERCADOR AS ……………………………………………………..4.500,00 P/ custo das mercadorias vendidas Registo de compra e venda de mercadorias com IVA A movimentação de mercadorias geralmente envolve o IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado). Noções Gerais do IVA (Imposto sobre Valor Acrescentado). Grande parte das transacções comerciais que são realizadas pelas empresas são sujeitas ao IVA, dai que é de extrema relevância fazer um estudo sobre este imposto. A introdução do Imposto sobre Valor acrescentado (IVA) na legislação moçambicana, tem o seu enquadramento na reforma geral tributária que se vem operando no país. IVA é um imposto sobre o valor acrescentado, porque cada um dos agentes económicos, desde o fornecedor de matérias ou/ e produtor ao retalhista, entregam ao Estado o montante resultante da aplicação da taxa do imposto ao valor que acrescentaram ao produto. Com a entrada em vigor do IVA a partir de 01 de Abril de 1999, ficaram revogados o Imposto de Circulação e o de Consumo. Taxa do IVA De acordo com a legislação fiscal moçambicana a taxa do IVA é de 17%. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 39 Incidência do IVA A Lei n o 03 / 98 estabelece que o IVA incide sobre o valor de transmissões de bens e prestações de serviços realizados no território nacional, bem como as importações de bens. O IVA é basicamente suportado pelo consumidor final, sendo os agentes económicos entidades encarregues de proceder a liquidação (registo), cobrança e entrega do Imposto ao Estado. Funcionamento O IVA é basicamente suportado pelo consumidor final porque funciona através do mecanismo das deduções ou do crédito do imposto, que se processa da seguinte forma. Suponhamos que foram realizadas, relativamente a determinado produto, as transacções seguintes: Intervenientes no circuito Compra Venda IVA liquidado IVA dedutível Valor do IVA a pagar ao Estado Produtor 1.000,00 1.000,00x17%= 170,00 170,00 Armazenista 1.000,00 2.000,00 2 000,00x17%= 340,00 1 000,00x17% =170,00 340-170=170 Retalhista 2.000,00 3.000,00 3 000,00x17%= 510,00 2 000,00x17% =340,00 510-340=170 TOTAL 510,00 Consumidor: Compra ao retalhista por 3 000,00 Pagamento de IVA ao retalhista 3 000,00 x 17% = 510,00 Cada agente económico entrega ao Estado 170,00mt de IVA que corresponde à taxa de imposto sobre o valor de 1 000,00mt que cada um acrescentou ao produto. Cada agente económico entrega ao Estado a diferença entre o montante de IVA recebido do cliente e pago ao fornecedor. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 40 Valor tributável Valor tributável é o valor dos bens e/ou serviços sobre o qual incide a taxa de imposto. Assim, a taxa de IVA vai incidir sobre o valor líquido da factura. Valor líquido da Factura = Preço do bem - Desconto + Despesas. IVA = Valor líquido da factura Taxa do imposto Exemplo: Factura enviada a um cliente da qual constam: 1000 Unidades do produto A a 2,00mt / cada = 2.000,00 Desconto de revenda de 5% = (100,00) 1.900,00 Despesas de transporte = 200,00 2.100,00 (Valor tributável) IVA 17% = 357,00 (IVA liquidado) TOTAL 2.457,00 Assim, o comprador terá que pagar ao vendedor 2.457,00. Apuramento do IVA. O apuramento do IVA faz-se através da diferença do IVA liquidado, ou seja, o IVA de todas as vendas que a empresa efectuou durante o mês com o IVA dedutível, ou seja, o IVA de todas as compras e despesas que a empresa suportou durante o mês. O IVA liquidado obtê-se através da aplicação da taxa do IVA (17%) sobre o valor total das vendas, enquanto que, o IVA dedutível obtê-se através da aplicação da mesma taxa sobre o valor total das compras e despesas. O IVA liquidado também pode-se obter através do somatório do IVA que consta em todos documentos referentes a vendas efectuadas durante o mês. O IVA dedutível também pode-se obter através do somatório do IVA que consta em todos documentos referentes a compras e despesas efectuadas durante o mês. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 41 Se o IVA liquidado, ou seja o IVA das vendas for maior que o IVA dedutível (IVA das compras e despesas), a Empresa tem IVA a pagar ao Estado, mas se o IVA das vendas for menor que o IVA das compras e despesas, a empresa tem IVA a recuperar, ou seja, tem um valor a receber do Estado. Se o valor do IVA das vendas for igual ao valor do IVA das compras e despesas, a empresa não tem IVA a pagar nem a recuperar. Esquema- Síntese do apuramento do IVA IVA liquidado – IVA dedutível = IVA apurado. IVA liquidado é o IVA aplicado aos clientes nas vendas que a empresa efectua. IVA dedutível é o IVA suportado nas compras e despesas que a empresa efectua aos fornecedores. IVA apurado é o IVA que a empresa poderá pagar ou receber. Assim, quando: O Valor do IVA liquidado for superior que o Valor do IVA dedutível, a empresa tem IVA a pagar ao Estado; O Valor do IVA liquidado for inferior que o Valor do IVA dedutível, a empresa tem IVA a receber do Estado; O Valor do IVA liquidado for igual ao Valor do IVA dedutível, a empresa não paga nem recebe do Estado. Contabilisticamente o valor do IVA regista-se através da movimentação da conta 4.4 Estado. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 42 A Conta 4.4 ESTADO Esta é a conta que regista as dívidas a pagar ao Estado resultantes de impostos e contribuições obrigatórias para a Segurança Social. Movimentação da Conta 4.4 Estado Esta conta é movimentada quando se compra e/ou vende-se mercadorias ou outros bens e serviços sujeitos a IVA. É também movimentada nas situações relacionadas ao pagamento de outros tipos de imposto e o pagamento de valores ao INSS ( Instituto Nacional de Segurança Social ). Quando se efectua aquisições, Debita-se a Conta 4.4 Estado com as Subcontas 4.4.3.2 IVA dedutível, 4.4.3.2.1 Inventários ( se for aquisição de Inventários ); ou 4.4.3.2.2 Activos Tangíveis e Intangíveis (se for aquisição de activos tangíveis e intangíveis ); ou 4.4.3.2.3 Outrosbens e serviços ( se tratar-se de aquisição de outros bens ou serviços ) Quando se efectua venda, Credita-se a Conta 4.4 Estado com as Subcontas 4.4.3.3 IVA liquidado e a 4.4.3.3.1 Operações gerais. Quando se verifica devoluções ou descontos, movimenta-se para além da Conta 4.4 Estado, a Subconta 4.4.3.4 IVA Regularizações. Registo Contabilístico do Apuramento do IVA Na fase de apuramento do IVA, primeiro transfere-se o valor do IVA registado na Subconta 4.4.3.3 IVA liquidado para a Subconta 4.4.3.5 IVA apuramento. Para o efeito debita-se a Subconta 4.4.3.3 IVA liquidado e Credita-se a Subconta 4.4.3.5 IVA apuramento. Segundo transfere-se o valor do IVA registado na Subconta 4.4.3.2 IVA dedutível para a Subconta 4.4.3.5 IVA apuramento. Para o efeito debita-se a Subconta 4.4.3.5 IVA apuramento e credita-se a Subconta 4.4.3.2 IVA dedutível. Transfere-se também o valor do IVA registado na Subconta 4.4.3.4 IVA Regularizações para a Subconta 4.4.3.5 IVA apuramento. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 43 N.B: Se o Saldo da Subconta 4.4.3.5 IVA apuramento for Credor, a empresa tem IVA a pagar, e debita-se esta Subconta por contrapartida da 4.4.3.7 IVA a pagar. Se o Saldo da Subconta 4.4.3.5 IVA apuramento for Devedor, a empresa tem IVA a recuperar, e credita-se esta Subconta por contrapartida da 4.4.3.8 IVA a recuperar. Durante o processo de apuramento do IVA, as Subcontas 4.4.3.2 IVA dedutível; 4.4.3.3 IVA liquidado; e 4.4.3.4 IVA regularizações, apresentam saldo nulo. Contabilização do apuramento do IVA no Razão esquemático Tomemos como exemplo o valor do IVA dedutível e do IVA liquidado registado no diário geral. Nesta situação quando se pretende efectuar o apuramento do IVA, primeiro transfere-se o IVA dedutível e o IVA liquidado do diário geral para razões esquemáticos e depois desta transferência, abre-se um razão esquemático de IVA apuramento para onde serão transferidos os valores do IVA dedutível e do IVA liquidado, assim como do IVA regularizações. 4.4 ESTADO 4.4 ESTADO 4.4 ESTADO D 4.4.3.2 IVA dedutível H D4.4.3.5 IVA apuramento HD 4.4.3.3 IVA liquidado H (1) 10,00 (3) 30,00 (2) 15,00 25,00 25,00 110,00 110,00 (4) 80,00 O Saldo da Subconta 4.4.3.5 IVA apuramento é Credor. Nesta situação a empresa tem IVA a pagar no valor de 85,00. Após esta conclusão, ou seja, depois de concluir-se que a empresa tem IVA a pagar ou a recuperar efectuam-se os seguintes lançamentos no diário geral Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 44 Contabilização no diário geral do pagamento do IVA Neste caso, efectuam-se dois lançamentos. O segundo lançamento efectua-se após o pagamento do IVA. 1 o 4.4 ESTADO 4.4.3.5 IVA apuramento ……………… 85,00 a 4.4 ESTADO 4.4.3.7 IVA a pagar……………………………… 85,00 P/ transferência do valor do IVA. _____________________ / / ____________________ 2 o 4.4 ESTADO 4.4.3.7 VA a pagar………….……… 85,00 a 1.1 CA XA ou 1.2 ANCOS……………….…… 85,00 P/ pagamento do IVA Contabilização no diário geral do pedido de reembolso do IVA a recuperar Neste caso, efectuam-se três lançamentos. O terceiro lançamento efectua-se após o recebimento do valor do IVA a recuperar. 1 o 4.4 ESTADO 4.4.3.8 IVA a recuperar ………………(Valor do IVA a recuperar) a 4.4 ESTADO 4.4.3.5 IVA apuramento ……………………………(Valor do IVA a recuperar) P/ transferência do valor do IVA _____________________ / / ____________________ 2 o 4.4 ESTADO 4.4.3.9 IVA reembolsos pedidos ………………(Valor do IVA a recuperar) a 4.4 ESTADO 4.4.3.8 IVA a recuperar ……………………………(Valor do IVA a recuperar) P/ transferência do valor do IVA _____________________ / / ____________________ Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 45 3 o 1.1 CAIXA ou 1.2 BANCOS a 4.4 ESTADO 4.4.3.9 IVA reembolsos pedidos P/ recebimento do valor do IVA Exercício de aplicação n o 01 Da consulta efectuada no diário geral da empresa Nova Visão, Lda com sede na cidade de Lichinga, constatou-se a seguinte informação relativa a sua situação sobre IVA no mês de Junho de 2012. 4.4.3.2 IVA dedutível 4.4.3.3 IVA liquidado D 4.4.3.2.1 Inventários H D 4.4.3.3.1 Operações gerais H (2) 85.000,00 (5) 10.000,00 (7) 15.000,00 (9) 60.000,00 (8) 6.000,00 (11) 90.000,00 (10) 4.000,00 Pretende-se: a) Efectuar o apuramento do IVA b) A empresa tem IVA a pagar ou a recuperar. Justifique a tua resposta. Qual é o Valor? c) Se a empresa tem IVA a pagar, efectuar a contabilização do pagamento no diário geral desta empresa tendo em conta que este foi feito por meio de Cheque n o 00253 S/BIM. Se tem IVA a recuperar, efectue os lançamentos no diário geral referentes ao pedido de reembolso. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 46 Exercício de aplicação n o 02 O contabilista da Sociedade Segredo da Beleza, Lda, com sede na cidade da Beira, pretendendo apurar o IVA relativo ao mês de Maio de 2011, extraiu do diário geral da empresa a seguinte informação: 4.4.3.2 IVA dedutível 4.4.3.3 IVA liquidado D 4.4.3.2.1 Inventários H D 4.4.3.3.1 Operações gerais H (4) 8.500,00 (1) 3.500,00 (6) 3.300,00 (3) 1.000,00 (14) 800,00 (5) 4.500,00 (7) 1.200,00 (8) 800,00 (15)1.700,00 4.4.3.2 IVA dedutível D 4.4.3.2.3 Outros bens e serviços H D 4.4.3.4 IVA regularizações H (13) 700,00 (16) 100,00 (20) 300,00 a) Com base nesta informação ajude o contabilista da Sociedade Segredo da Beleza a fazer o apuramento do IVA relativo ao mês de Maio de 2011. b) A Sociedade tem IVA a pagar ou a recuperar? Justifique a tua resposta. c) Qual é o valor do IVA a pagar ou a recuperar? d) Efectue a contabilização no diário geral o IVA a pagar ou a recuperar ( de acordo com a conclusão que tiver no processo de apuramento), e considere que foram movimentados valores em numerário. Se a Sociedade tem IVA a recuperar, considere que recebeu o valor e numerário. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 47 Registo Contabilístico de Compra de mercadorias com IVA. Na compra de mercadorias com IVA, Debitam-se as Contas 2.1 Compras e 4.4 Estado com as suas respectivas Subcontas, e Credita-se a Conta 1.1 Caixa ou 1.2 Bancos ( se a compra for a pronto pagamento em numerário ou em Cheque). Se a compra for a prazo Credita-se a Conta 4.2 Fornecedores com a sua respectiva Subconta. Compra a pronto pagamento de mercadorias. Contabilização 2.1 COMPRAS 2.1.1 Mercadorias ……………………..(valor da mercadoria sem IVA) 4.4 ESTADO 4.4.3.2 IVA dedutível 4.4.3.2.1 Inventários ………………….(valor do IVA) a 1.1 CAIXA / 1.2 BANCOS…………………..……( valor da mercadoria + do IVA) P/ Recibo n o ……. Compra a prazo de mercadorias. Contabilização 2.1 COMPRAS2.1.1 Mercadorias ……………………..(valor da mercadoria sem IVA) 4.4 ESTADO 4.4.3.2 IVA dedutível 4.4.3.2.1 Inventários ………………….(valor do IVA) a 4.2 FORNECEDORES 4.2.1 Fornecedores c/c Nome do fornecedor………………………………(valor da mercadoria + do IVA) P/ Factura n o …. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 48 Ex: A empresa Nova Visão adquiriu mercadorias a pronto pagamento no valor de 48.000,00. +IVA a taxa de 17%. ( Recibo n o 232 da Construa, Lda). Contabilização 2.1 COMPRAS 2.1.1 Mercadorias …………………….48.000,00 4.4 ESTADO 4.4.3.2 IVA dedutível 4.4.3.2.1 nventários……………….... 8.160,00 a 1.1 CA XA………………………………………………56.160,00 P/ Recibo n o 232 Durante o processo de aquisição de mercadorias geralmente ocorrem despesas de compra e em alguns casos Descontos obtidos e Devoluções. As despesas de compra e os descontos obtidos normalmente constam na factura emitida pelo fornecedor. Registo de Despesas de Compra Quando as despesas de compra são assumidas pelo comprador e não serem incluídas na factura, o fornecedor emite e envia uma Nota de Débito com a valor das despesas. Se as despesas de compra constarem numa Nota de Débito enviada pelo fornecedor, efectua-se o seguinte lançamento: 2.1 COMPRAS 2.1.1 Mercadorias ……………………..(valor da despesa de compra sem IVA). 4.4 ESTADO 4.4.3.2 IVA dedutível 4.4.3.2.3 Outros bens e serviços …….(valor do IVA da despesa de compra). a 4.2 FORNECEDORES 4.2.1 Fornecedores c/c Nome do fornecedor……………(valor da despesa de compra + do IVA). P/ Nota de débito n o …. Referente a despesas de compra. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 49 Descontos Obtidos. Com intuito de atrair os clientes e consequentemente aumentar as suas vendas, durante o processo de compra e venda de mercadorias os vendedores tem nalgumas vezes efectuado desconto de natureza comercial e ou financeiro. Contabilização de Descontos Comerciais Obtidos constantes numa Nota de Crédito. 4.2 FORNECEDORES 4.2.1 Fornecedores c/c Nome do fornecedor………… (valor do desconto + do IVA). a 2.1 COMPRAS 2.1.8 Descontos e abatimentos em compras……… (valor do desconto sem IVA). a 4.4 ESTADO 4.4.3.4 VA regularizações……………….……. (valor do IVA do desconto). P/ Nota de Crédito n o …. Referente ao desconto obtido. Contabilização de Descontos Financeiros Obtidos 4.2 FORNECEDORES 4.2.1 Fornecedores c/c Nome do fornecedor………… (valor do desconto + do IVA). a 7.8 RENDIMENTOS E GANHOS FINANCEIROS 7.8.5 Descontos de pronto pagamento obtidos…….(valor do desconto sem IVA). a 4.4 ESTADO 4.4.3.4 IVA regularizações………………..…….(valor do IVA do desconto). P/ descontos de pronto pagamento ou por antecipação de pagamento obtidos Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 50 Devolução de Mercadorias Compradas a Prazo. Quando as mercadorias chagam ao armazém e não estão em conformidade com a encomenda efectuada, tem-se desencadeado a devolução. A devolução da mercadoria pode ser total ou parcial. Para efeitos de contabilização da devolução de mercadorias, efectua-se um lançamento inverso ao de compra. Contabilização. 4.2 FORNECEDORES 4.2.1 Fornecedores c/c Nome do fornecedor……………… (valor da mercadoria devolvida + do IVA) a 2.1 COMPRAS 2.1.7 Devoluções de compras……… ( valor da mercadoria devolvida sem IVA) a 4.4 ESTADO 4.4.3.4 IVA regularizações……………….( valor do IVA) P/ devolução de mercadorias Registo de Venda de Mercadorias com IVA. Na venda de mercadorias com IVA Debita-se a Conta 1.1 Caixa / ou 1.2 Bancos ( se a venda for em numerário ou por transferência bancária), e Creditam-se as Contas 7.1 Vendas e 4.4 Estado, com as suas respectivas Subcontas. Se a Venda for a prazo Debita-se a Conta 4.1 Clientes com a sua respectiva Subconta. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 51 Contabilização da Venda a pronto pagamento de mercadorias. 1.1 CA XA / 1.2 ANCOS……………….. ( valor da mercadoria + do IVA ) a 7.1 VENDAS 7.1.1 Mercadorias……………………………( valor da mercadoria sem IVA) a 4.4 ESTADO 4.4.3.3 IVA liquidado 4.4.3.3.1 Operações gerais……………………………. ( valor do IVA ) P/ Recibo n o ….. Contabilização da Venda a Prazo de Mercadorias. 4.1 CLIETES. 4.1.1 Clientes c/c Nome do cliente…………………………….(valor da mercadoria + do IVA ) a 7.1 VENDAS 7.1.1 Mercadorias………………………….……(valor da mercadoria sem IVA) a 4.4 ESTADO 4.4.3.3 IVA liquidado 4.4.3.3.1 Operações gerais……………………………. (valor do IVA ) P/ Factura n o ….. Ex: A Sociedade do Sul, S.A vendeu a prazo de 30 dias mercadorias no valor de 17.550,00 com IVA incluído a taxa de 17%, ao comerciante Mustafa Gafar. ( Factura n o 789 ). Contabilização 4.1 CLIETES 4.1.1 Clientes c/c Mustafa Gafar 17.550,00 a 7.1 VENDAS 7.1.1 Mercadorias 15.000,00 a 4.4 ESTADO 4.4.3.3 IVA liquidado 4.4.3.3.1 Operações gerais 2.550,00 P/ Factura n o 789 Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 52 Contabilização de Despesas não Incluídas na Factura da Mercadoria Vendida. Quando se verificam despesas pagas pelo fornecedor (vendedor) e as mesmas não constarem na factura, o fornecedor emite uma Nota de Débito com o valor da despesa por ele paga. Contabilização 4.1 CLIETES. 4.1.1 Clientes c/c Nome do cliente…………………( valor da despesa + do IVA ) a 7.1 VENDAS 7.1.1 Mercadorias………………………………………(valor da despesa sem IVA) a 4.4 ESTADO 4.4.3.3 IVA liquidado 4.4.3.3.1 Operações gerais…………………… ( valor do IVA da despesa ) P/ nossa Nota de débito n o ….., relativa as despesas não incluídas na Factura n o ….. Contabilização de Descontos Comerciais Concedidos. 7.1 VENDAS 7.1.7 Descontos e abatimentos…………. ( valor do desconto sem IVA) 4.4 ESTADO 4.4.3.4 VA regularizações…………… ( valor do IVA do desconto ) a 4.1 CLIETES. 4.1.1 Clientes c/c Nome do cliente……………………………….(valor do desconto + do IVA ) P/ descontos comerciais concedidos Contabilização de Descontos Financeiros Concedidos. 6.9 GASTOS E PERDAS FINANCEIRAS 6.9.5 Descontos de pronto pagamento concedidos…( valor do desconto sem IVA ) 4.4 ESTADO 4.4.3.4 IVA regularizações…………………………(valor do IVA do desconto) a 4.1 CLIENTES 4.1.1 Clientes c/c Nome do cliente…………………………………(valor do desconto + do IVA ) P/ descontos de pronto pagamento ou por antecipação de pagamento concedidos Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 53 Devolução de Mercadorias vendidas a Prazo. Na devolução de mercadorias vendidas efectua-se um lançamento inverso ao de venda. Contabilização 7.1 VENDAS 7.1.6 Devolução de vendas…………………( valor da mercadoria recebida sem IVA) 4.4 ESTADO 4.4.3.4 IVA regularizações ………………..( valor do IVA da mercadoria recebida ) a 4.1 CLIETES. 4.1.1 Clientes c/c Nome do cliente…………………………….( valor da mercadoria + do IVA ) P/ mercadorias devolvidas Exercício de aplicação n o 01 A empresa Longa Vida, Lda, tem a sua sede na cidade de Mocuba e dedica-se a venda Computadores e Impressoras.Durante o mês de Maio de 2010, a empresa realizou as seguintes operações relativas a compra e venda de Computadores e Impressoras: Dia 05 – Aquisição de 5 Computadores a 6.000,00 e 6 Impressoras a 3.000,00 cada no estabelecimento comercial de Amir & Arcanjo, Lda, a um prazo de 30 dias. ( Factura n o 2005). IVA a taxa de 17%. Dia 07 – Recibo n o 254, relativo a venda a p.p de 4 Computadores a 8.500,00 cada. IVA a taxa de 17%. Dia 08 – Factura n o 0752, relativa a venda das Impressoras adquiridas no dia 05 ao comerciante António Nunes: Preço de venda: 5.000,00 cada IVA a taxa de 17% Dia 09 – Recibo n o 999 da Sociedade Solução Fácil, S.A, referente a 10 Impressoras no valor de 33.930,00. IVA incluído. (Pagamento feito por meio de Cheque n o 0024 S/ BIM). Dia 09 – Devolução de 1 Computador adquirido no dia 05 por não se encontrar em bom estado. IVA a taxa de 17%. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 54 Dia 12 – Nota de débito n o 0023 da Sociedade Solução Fácil, S.A, relativa a despesas de transporte da mercadoria adquirida no dia 09………….. 1.000,00. VA a taxa de 17%. Dia 14 – Devolução de 2 Impressoras vendidas no dia 08 ao comerciante António Nunes. IVA a taxa de 17%. Dia 20 – Factura n o 755 da Bem Viver, Lda, relativa a 8 Computadores no valor de 58.032,00. IVA incluído. Dia 26 – Factura n o 258 relativa a venda dos computadores adquiridos no dia 20 ao comerciante Lino Armando: Valor da venda: 88.920,00. IVA incluído. Pretende-se: a) Lançamento das operações no diário geral da empresa Longa Vida, Lda, tendo em conta que ela usa o Sistema de Inventário Periódico ou Intermitente na movimentação das mercadorias. b) Fazer apuramento do IVA referente ao mês de Maio de 2010. c) A empresa tem IVA a pagar ou a recuperar? Justifique a tua resposta. d) Qual é o valor do IVA a pagar ou a recuperar? e) De acordo com a conclusão que tiver na alínea c) ( IVA a pagar ou a recuperar), efectue os lançamentos referentes ao pagamento do IVA ou recepção do mesmo, tendo em conta que movimentaram-se Cheques S/ BCI. Exercício de aplicação n o 02. A Sociedade Castro & Melo, Lda, tem a sua sede na cidade da Beira e dedica-se a comercialização de trigo e arroz. Durante o mês de Agosto de 2011, realizou as seguintes operações relativas a compra e venda de trigo e arroz: Dia 05 – Factura n o 705 da Trigol, Lda, relativa a aquisição de 2.000 sacos de trigo: Preço unitário…………… 250.00 IVA a taxa de 17% Dia 08 – Nota de Crédito n o 317 da Trigol, Lda, relativa ao desconto de revenda……… 10.000,00. IVA a taxa de 17%. Dia 10 – Recibo n o 205 da Trigol, Lda, relativo a aquisição de 92 sacos de trigo no valor de 26.910,00, pago por meio de cheque n o 252 S/ BIM. IVA incluído. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 55 Dia 12 – Nota de débito n o 402 da Trigol, Lda, referentes a despesas de compra não incluídas na factura n o 705……………… 1.000,00. VA a taxa de 17%. Dia 15 – Factura n o 802 de Arcad, Lda, relativa a aquisição de 600 sacos de Arroz Xirico no valor de 161.460,00. IVA incluído. Dia 20 – Nota de crédito n o 905 de Arcad, Lda, relativa ao desconto de pronto pagamento……….. 800,00. VA a taxa de 17%. Dia 21 – Devolução de 10 sacos de trigo adquiridos no dia 05 por não ser do tipo e qualidade encomendada. IVA a taxa de 17%. Dia 22 – V.D n o 202, relativo a venda ao comerciante José João, de 1.000 sacos de trigo no valor de 351.000,00. IVA incluído. Dia 23 – Factura n o 308 relativa a venda ao comerciante Gulamo Amir: 80 Sacos de Arroz Xirico a 310,00 cada. IVA a taxa de 17%. Dia 24 –Nota de Crédito n o 03 referente ao desconto de quantidade e revenda concedido ao comerciante Gulamo Amir …………. 100,00. VA a taxa de 17%. Dia 26 – Factura n o 405 relativa a venda ao comerciante Mustafa Mário: 750 Sacos de trigo a 350,00 cada IVA a taxa de 17% Dia 28 – Nota de crédito n o 08 relativa ao desconto de p.p concedido ao comerciante Mustafa Mário no valor de 200,00. IVA a taxa de 17%. Dia 29 – Devolução de 20 sacos de Arroz Xirico efectuada pelo comerciante Gulamo Amir. Arroz vendido no dia 23. IVA a taxa de 17%. Pretende-se: a) Lançamento das operações no diário geral da Sociedade Castro & Melo, Lda, tendo em conta que ela usa o Sistema de Inventário Periódico ou Intermitente na movimentação das mercadorias. b) Fazer apuramento do IVA referente ao mês de Agosto de 2011. c) A Sociedade tem IVA a pagar ou a recuperar? Justifique a tua resposta. d) Qual é o valor do IVA a pagar ou a recuperar? e) Se a Sociedade tem IVA a pagar ou a recuperar, registe no diário geral o pagamento / ou o recebimento do valor em numerário. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 56 Métodos de Custeio de Saídas de Existências em Armazém ou Critérios Valorimétricos Geralmente as empresas compram mercadorias com preços diferentes e colocam no armazém. Para permitir a atribuição do custo com que as mercadorias devem estar e sair do armazém, elas adoptam métodos ou critérios. Portanto, métodos de custeio ou critérios valorimétricos são aqueles utilizados para permitir a atribuição do valor com que as mercadorias devem estar e sair do armazém. Os métodos de custeio de saídas de existências em armazém são: Custo Médio Ponderado FIFO LIFO Para o uso destes métodos, geralmente organiza-se Fichas de Armazém para cada Artigo. Nestas fichas registam-se as entradas das mercadorias em função do custo de aquisição e as saídas das mesmas em função do método que se utiliza no armazém para a valorização das existências. Custo Médio Ponderado. Este é o método caracterizado pela determinação de um custo médio sempre que entram no armazém novas mercadorias de valores diferentes. O Custo médio determina-se através da Soma do valor da mercadoria que existia no armazém e o valor que entra divido pela Soma da quantidade que existia e a quantidade entrada. Valor Existente + Valor Entrado Custo Médio = Quantidade Existente + Quantidade Entrada Ou seja: Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 57 VT Onde: VT = Valor Total Custo Médio = QT = Quantidade Total QT O Custo Médio Ponderado é o método ou critério mais utilizado pelas empresas. FIFO (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) FIFO é uma abreviatura da palavra inglesa (First In First Out) que em língua Portuguesa significa “Primeiro a entrar, Primeiro a Sair”. Por este método, as primeiras mercadorias a entrarem no armazém são as primeiras a saírem. Assim, as existências em armazém são constituídas pelas mercadorias mais recentes. LIFO (Ultimo a Entrar, Primeiro a Sair). LIFO é uma abreviatura da palavra inglesa (Last In First Out) que em língua portuguesa significa “Ultimo a Entrar Primeiro a Sair”. Por este método, as Ultimas mercadorias a entrarem no armazém são as primeiras a saírem. Assim, as existências em armazém são constituídas pelas mercadorias mais antigas. Cada um dos métodos (Custo Médio Ponderado, FIFO e LIFO) origina um valor diferente para o custo das mercadorias a saída do armazém. Contabilidade Geral Elaborado por: dr. Carlos António Changaue Página 58 Ficha de armazém Artigo: Unidade: Critério: Data Descrição Entradas Saídas Existências Q. P.U Valor Q. P.U Valor Q. P.U Valor Exercício de aplicação n o 01 Em 01 de Março de 2011, nos armazéns da empresa
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