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São células altamente especializadas em transmitir informações através dos seus potenciais de ação e da liberação de neurotransmissores, fundamentais nas interpretações. Como características comuns, tem-se a excitabilidade e a condutividade. A excitação gera uma condução em cadeia, até que essa sensação seja traduzida. Sua função básica é receber, captar, processar, armazenar, decodificar e enviar essas mensagens, gerando ou não resposta. Falando em neurônios, existe um espaço entre cada ocupado por células., unindo cada um deles entra si. Essas células se chamam neuroglia. Sua função consiste em sustentar, revestir/isolar, modular uma atividade neuronal, defender e nutrir. • Os neurônios são altamente sensíveis, tanto que temos a barreira hematoencefálica e a produzida pela célula de defesa atuando em defesa dos neurônios contar substâncias e agentes potencialmente neurotóxicos. As células da glia são compostas por astrócitos, que podem ser protoplasmáticos ou fibrosos, dependendo das suas funções básicas. *Há muitos estudos recentes sobre os astrócitos. Eles apresentam pseudópodes, usados para conectar-se a microvasos sanguíneos para captar seus nutrientes e levá-los para os neurônios. • Oligodendrócitos: produzem a bainha de mielina nos neurônios do SNC • Células ependimárias: contribuem na circulação de líquor com o auxílio de cílios. Os neurônios podem ser motores, interneurônios/associativos ou sensitivos, e, como já vimos, podem, também, ser somáticos ou autonômicos. Os associativos estão em maior quantidade. Entre a medula espinhal até o órgão sensitivo, dependendo da sensação, passa-se por vários interneurônios. Os sensitivos podem ser: fotorreceptores; quimiorreceptores; mecanorreceptores; termorreceptores ou nociceptores. Unidade morfofuncional básica do sistema nervoso, representam apenas 10% das células do sistema; o resto são células da glia. *Dimensionalmente, em geral, os neurônios motores são maiores que os sensitivos. COMPONENTES DO NEURÔNIO MOTOR • Corpo/soma: contém um núcleo central, um nucléolo e prolongamentos. Alguns dos seus prolongamentos são chamados dendritos, por onde recebem as sensações e as levam para o corpo analisar. Outra parte contém um achatamento triangular chamado cone de implantação, local de início da depolarização do axônio. • Axônio: parte que pode, ou não, conter bainha de mielina. Se for SNP, a bainha será produzida pelas células de Shwann; se for NSC, será produzida pelos oligodendrócitos. A diferença é que a célula de Schwann produz apenas um segmento de bainha. Já no espaço entre uma bainha e outra (nodo de Neuroanatomia: neurônios Neuróglia Células do tecido nervoso O neurônio Por Paulo Jackson Neri Ranvier), apenas um oligodendrócito produz várias bainhas de mielina para vários neurônios. Na extremidade, está o telodendro, onde encontram-se botões carregados de vesículas sinápticas, contendo grânulos chamados neurotransmissores, os quais são liberados nos espaços entre as membranas de um neurônio e outro, chamado fenda sináptica. Esses neurotransmissores são produzidos no corpo de cada neurônio. • Um axônio/neurônio contém um tecido envolvente chamado endoneuro. Quando se juntam vários axônios, tem-se um fascículo, e, então, nota-se um envoltório chamado perineuro (isolantes). Eles devem estar isolados devido à despolarização. *O nervo propriamente dito também contém um isolante, o epineuro. Além desses envoltórios, o neurônio também contar com a axolema como revestimento. *cada pontinho na imagem é um axônio. CORPO CELULAR (SOMA) Centro trófico/de trabalho, onde ocorre todo o metabolismo. Produz, por exemplo, neurotransmissores. O corpo celular é formado por um núcleo proeminente e pela substância de Nissl, que corresponde ao RE com ribossomos. Produz envelopes que servem de envoltório para os neurotransmissores. Seu citoplasma é denominado pericárdio. É sintetizador de proteínas, estando também envolvido na síntese de substâncias neurotransmissoras. • Citoplasma: golgi, REL, mitocôndrias, RER + polirribossomas (Corpúsculos de Nissl), filamentos intermediários e neurotúbulos. DENDRITOS São as áreas receptivas, que contêm gêmulas, os contatos sinápticos, por onde a informação é recebida. AXÔNIO É o prolongamento que se une a outro neurônio para fazer contato. Um tubo cilíndrico, coberto pela membrana plasmática axolema, especializado em conduzir os potenciais de ação – sinais elétricos – para as terminações sinápticas. A porção final do axônio, em geral muito ramificada, é denominada telodendro, e seu início é chamado cone de implantação, ou, também, zona de gatilho. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AOS PROLONGAMENTOS • Multipolares: apresentam vários prolongamentos (muito encontrados na região cortical; • Bipolares: possuem um dendrito e um axônio; • Pseudo-unipolares: parecem ser um só, mas, na realidade, apresentam uma ramificação dupla, dirigindo-se um ramo para a periferia, e outro ramo para o SNC. O circuito neural necessita de um órgão, do SNC e do neurônio efetor. Então, temos: Neurônio sensitivo → decodificação no SN → neurônio motor São receptores sensoriais que geram um potencial de ação para o SNC em resposta a um tipo particular de estímulo. Seus corpos celulares, desprovidos de dendritos e inputs pré-sinápticos estão adjacentes à medula espinhal. Responsáveis por levar a resposta para as estruturas corpóreas, seus corpos celulares têm origem no SNC. As fibras desses neurônios deixam o SNC para seguirem meu curso até os músculos e glândulas. Presentes apenas no SNC, correspondem a 99% dos neurônios. Encontram-se entre os aferentes e eferentes, tendo um papel Circuito neural Neurônios aferentes Neurônios eferentes Interneurônios importante na integração entre as informações e as respostas periféricas. É uma camada lipoproteica que pode ser produzida tanto pelos oligodendrócitos (SNC) como pelas células de Schwann (SNP). *entre uma bainha e outra, o espaço existente se chama nó/nodo de Ranvier. É preciso atentar-se que, nas células de Schwann, encontra-se uma substância chamada neurilema*, que já não se encontra nos oligodendrócitos (talvez isso se deva à dificuldade de regeneração celular). *camada de células de Schwann que envolve o axônio. O termo não inclui as camadas de mielina. Percebe-se na imagem o retículo rugoso e o aparelho de golgi. No RER, ocorre a produção de neurotransmissores, que são levados até a região do aparelho de golgi e postos dentro de um envelope proteico, que será conduzido através de proteínas específicas fixadas em tubos até o botão sináptico. Espera-se que um estímulo abra essas vesículas, para que liberem o neurotransmissor na fenda sináptica. Aqui, temos as proteínas cinesina e dineína. A cinesina capta uma vesícula contendo neurotransmissores e escorrega pelo túbulo em direção ao botão sináptico, onde entrega a vesícula e retorna ao seu local original. A vesícula libera um neurotransmissor. O pacote proteico é recapturado pela proteína chamada dineína, a qual leva esse pacote de volta para o corpo do neurônio, onde será reprocessado. Nada se perde no neurônio. A cinesina leva até um botão sináptico neurotransmissor. Esse neurotransmissor está protegido por uma membrana proteica, enquanto a dineina pega essa membrana que sobrou e leva de volta para o centro trófico do neurônio, indo nos túbulos. Como existem muitos microtúbulos e proteínas levando/trazendo, semelhante a um metrô, muitas vezes, não se sabe o que está sendo carregado, e isso pode trazer implicações. MOVIMENTOS ANTERÓGRADO E RETRÓGADO ➔ Anterógrado: vai do corpo até o botão sináptico; ➔ Retrógrado: parte do botãosináptico para o corpo. Nesses movimentos, toxinas e vírus podem ser transportados, com o risco de serem levados para dentro do corpo. Lá, essas substâncias podem causar um sério dano ao corpo do neurônio e destruí-lo. Exemplos disso são a toxina tetânica, o vírus da poliomielite, da herpes, o HIV, da raiva e da varíola. Bainha de mielina Existe uma proteína chamada proteína TAU que envolve os microtúbulos, unindo-os. Quando ocorre a digestão dessa proteína, esses microtúbulos se separam, e a cinosina não leva os neurotransmissores. Nos casos de Alzheimer, esse neurotransmissor é a acetilcolina, o principal para a memória. A proteína TAU é destruída pelos beta-amilóides. São as transmissões entre um neurônio e outro. pode ser do axônio para o dendrito (axodendrítica), do axônio para o corpo do neurônio (axossomática), de dendrito para dendrito (dendodendríticas), ou, ainda, de axônio para axônio (axoaxônica). São também conhecidas po junções sinápticas. Se há um prolongamento de axônio para levar e um dendrito para receber, um botão sináptico, uma vesícula sináptica e um neurotransmissor, pode ocorrer a despolarização do neurônio subsequente. SINAPSE QUÍMICA Predominante em nosso corpo, se dá pela liberação de neurotransmissores na fenda sináptica. O neurônio subsequente tem pequenos canais que permitem o influxo de sódio e potássio. Então, o neurotransmissor assume a função de abrir esses canais, para que a despolarização vá adiante. Ele pode excitar, inibir ou modificar a sensibilidade de algum outro modo. SINAPSE ELÉTRICA A sinapse elétrica ocorre onde a rapidez (sacrificando a exatidão) na transmissão de informação entre células excitáveis constituiu uma vantagem adaptativa no desempenho de determinadas funções fisiológicas. Exemplos: • SNC de vertebrados; • Retina de vertebrados; • Entre fibras de músculo liso; • Entre fibras de músculo cardíaco; • Entre neurônios essenciais; • Entre axônios. SINAPSE NEUROMUSCULAR A sinapse neuromuscular libera acetilcolina, no caso do músculo estriado, e, abrindo-se o canal de sódio-potássio, é desencadeada a despolarização e uma série de eventos ocorridos dentro dessa fibra, em que o cálcio tem papel fundamental no processo de contração muscular. Podem ser excitatórios ou inibitórios, variando a partir dos diâmetros das membranas pré e pós sinápticas. Em casos excitatórios, nota-se a assimetria nas membranas, enquanto neurônios inibitórios são percebidos pela simetria das membranas. Há também interneurônios que inibem o impulso. Se localizam no corpo dorsal da medula espinhal (substância cinzenta), chamados células de Renshawn. Canais iônicos, que estão na membrana do neurônio, podem ser sem comportas e com comportas. • Sem comportas: há influxo e efluxo de íons livremente; • Com comportas, há a presença de proteínas que regulam a entrada e a saída de íons. Pode ser: regulado por voltagem, regulado por ligante e mecanicamente regulado. Sinapses Neurotransmissores Canais iônicos Astrócitos →Existem várias teorias sobre os astrócitos; alguns dizem que são eles são os grandes formadores de sistema nervoso central, os que realmente mandam... São uma matriz de suporte não rígida que ajudam a regular a composição do líqudido extracelular em torno dos neurônios. • Tiram o excesso de k+ do fluido cerebral extracelular quando a atividade do potencial de ação ultrapassa a capacidade da bomba Na+ - K+ não consegue fazer retornar o fluxo de K+ aos neurônios; • Retiram glutamato aos neurotransmissores excitatórios e GABA aos inibitórios; • Servem de armazenamento de glicogênio para o metabolismo energético dos neurônios que são incapazes de utilizar outras fontes. Os oligodendrócitos produzem a bainha de mielina a partir de suas extensões em torno dos axônios do SNC. • A velocidade de propagação dos potenciais de ação ao longo dos neurônios depende da bainha de mielina. A micróglia atua na defesa, atacando nocivos aos neurônios e destrói os elementos atacados. Permanecem es estado de estacionário até serem ativados por agentes agressores. • Em estado estacionário, são espessas com longos prolongamentos; quando ativadas, retraem seus prolongamentos e movem-se para a área afetada. Entre suas funções, além de auxiliar na circulação do líquor, contribuem para a formação do líquido cérebroespinhal (LCE). Seus cílios fazem com que este líquido passe através do ventrículo encefálico. Têm o potencial de formar outras células da glia. Oligodendrócitos Micróglia Células ependimárias Referências: MACHADO, Angelo B. M.. Neuroanatomia funcional. 2 ed. São Paulo: Atheneu Editora, 2007.
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