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MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

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1 Camila Carminate – 6 FASE 
Métodos Contraceptivos 
Obrigação em toda consulta: resolver o problema, 
planejamento familiar e rastreio. 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
Planejamento familiar pode ser para ter ou não filhos. 
Devemos lembrar que os direitos sexuais reprodutivos 
existem também para jovens de 11, 12 anos que já estão 
começando a vida sexual e tem o direito de exigir que a 
vida sexual dela não seja dita aos seus pais. 
O importante é limitar a gestação. 
Devemos levar em consideração as motivações da pessoa 
ao indicar um método contraceptivo: 
Base cultural: cada um tem seu modo de pensar 
Religiosidade 
Condição social: devemos considerar o preço do método 
contraceptivo e a capacidade aquisitiva da paciente 
Preconceito 
Saúde do indivíduo: existem métodos contraceptivos que 
não podem ser utilizados por determinadas pessoas 
Preferência pessoal: Qual o tipo de método ela prefere, se 
é vaginal, oral, injetável 
Menorreia lactacional: A menstruação só protege se a mãe 
estiver amamentando exclusivamente no seio, e não tiver 
menstruado ainda. Só pode ser feita até os 6 primeiros 
meses. 
Idade 
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS 
É definido pelo comportamento da pessoa. São mais 
utilizados em casos do planejamento ser para engravidar e 
não para prevenir a gravidez. 
É feito através da observação dos sinais e sintomas naturais 
do período fértil. 
É feito através de mudanças comportamentais do casal 
exigindo grande motivação. 
Vantagem: baixo custo, todos podem usar, não 
apresentam efeitos colaterais e é aceita pela igreja católica 
(porque você vai ficar sem relações sexuais no período 
fértil). 
Desvantagens: baixa eficácia e não protegem contra DSTs 
(se o casal não usar camisinha); altera comportamento 
sexual, exige orientações inviáveis para os extremos da 
vida reprodutiva (como fazer essa orientação se o ciclo é 
super irregular?!). 
COITO INTERROMPIDO OU EJACULAÇÃO 
EXTRAVAGINAL 
Retira-se o pênis da vagina antes de ejacular. No entanto, 
antes de ejacular, o homem tem liberação de líquido da 
vesícula seminal e do líquido prostático. 
TABELINHA OU ABSTINÊNCIA PERIÓDICA OU 
MÉTODO DE OGINO-KNAUS 
Parte do princípio de conhecer o próprio ciclo menstrual e 
suas alterações, pois o problema é que o ciclo menstrual 
não é fixo sempre, sendo que pode variar desde 7 até 21 
dias. 
O espermatozoide fica viável para fecundação por 24-48 
horas, e o óvulo por 12-24 horas. Por isso não se pode ter 
relações dois dias antes a um dia depois da ovulação. 
Do menor ciclo, subtrai-se 18. 
Do maior ciclo, subtrai-se 11. 
Entre um dia e outro, não pode ter relação. 
Ex.: Nos últimos 12 meses o menor ciclo foi de 25 dias e o 
maior de 30. 25 – 18 = 7 30 – 11 = 19 Entre o 7º e o 19º dia 
do ciclo não pode haver relação. 
MÉTODO DE BILLINGS OU MUCO CERVICAL 
Na segunda fase do ciclo o muco fica mais opaco, denso, 
leitoso, sem canalículos, não auxiliando no transporte dos 
espermatozoides. 
TEMPERATURA BASAL 
Baseia-se no conhecimento de que a progesterona é 
termogênica (aumenta em 0,3-0,5ºC a temperatura). 
A temperatura basal deve ser mensurada (não pode ser 
axilar, tem que ser oral, retal ou vaginal) todos os dia ao 
acordar. Paciente pode ser liberada 3-4 dias após o 
aumento de temperatura (pode na segunda fase). 
 
 
2 Camila Carminate – 6 FASE 
MÉTODO SINTOTÉRMICO 
Associa o método da temperatura com qualquer outro 
comportamental. Ao associar um método de temperatura 
basal com outro, teoricamente só poderia ter relação na 
interseção dos dois. 
MÉTODOS DE BARREIRA 
“Barreiras mecânicas ou químicas que impedem o 
encontro dos gametas e, além disso, podem impedir DSTs.” 
O nome já diz tudo: é uma barreira. Esse método vai 
interferir no caminho do espermatozoide, para que ele não 
chegue nas tubas e fecunde o óvulo. Essa barreira pode ser 
mecânica ou química, sendo que a química são os 
espermicidas. 
Proteção contra DSTs: 
- camisinha feminina: tem uma proteção contra DST muito 
boa 
- diafragma só cobre o colo e a vagina fica toda descoberta 
CAMISINHA (CONDOM) MASCULINA 
A mais usada. 
 Precisa ser colocada com o pênis ereto e, ao ejacular, se 
retirar e interromper penetração. 
Contraindicada a associação com espermaticida (pode 
levar a ruptura). O uso inadequado pode levar a ruptura. 
Protege contra DST, mas o látex é poroso, permitindo a 
passagem de vírus (como o HIV). Porém o HIV é pouco 
virulento, precisa de muitos vírus para causar a doença. 
CAMISINHA (CONDOM) FEMININA 
Protege mais que masculina. 
Pode ser reutilizável após lavagem e impede o contato com 
a parede vaginal/vulvar. 
Também impede a ascensão do espermatozoide. 
ESPERMATICIDA (NONOXINOL -9) 
Era muito usado com associação (com o diafragma), mas 
hoje está deixando de ser usado. 
DIAFRAGMA 
Tem vários diâmetros, de 55 a 105mm (aumento de 5 em 
5mm). 
Colocado atrás da sínfise púbica, e vai até o fundo de saco. 
Impede a ascensão do espermatozoide. Coloca-se no 
consultório e se pede para paciente se movimentar. 
Se sair do lugar será preciso de um maior. Se está 
incomodando, coloque um menor. 
Obs.: sempre, antes de introduzir, ver se não há furos. Deve 
ser introduzido antes da relação, e ser mantido na vagina 
até 6h após ejaculação (espermatozoide vive até 6h na 
vagina e 24-48h no útero). 
Se ficar com o diafragma por mais de 24h contínuas há 
risco de Síndrome do choque tóxico. 
MÉTODOS DE ANTICONCEPÇÃO HORMONAL 
Não existem pílulas de estrógenos, sempre são associadas 
aos progestogênio ou somente progestogênio. 
Sabendo que os de baixa dosagem são melhores, uma dica 
importante fica: 
Via: oral, injetável (mensal/trimestral), vaginal 
(pílula/anel), transdérmico ou implante subcutâneo. 
Obs.: a via selecionada deve ser conforme a posologia que 
eu quero usar, ou algum efeito colateral que eu quero 
evitar. 
Por exemplo uma paciente com muita náusea: peça para 
suportar um mês, se não diminuir, peça para tomar pela 
noite. Se não sessar, diminua a dosagem. Se continuar dê 
somente progestogênio ou indique um Ac por via não oral. 
FUNCIONAMENTO GERAL 
Inibem a ovulação (principal mecanismo de ação) pois o 
progestogênio, em dosagem elevada, inibem o pico de LH 
(não tem ovulação). Estrogênios em alta dosagem inibem 
FSH, não tem pico de estrogênio (não tendo ovulação). 
No entanto, nem sempre os Ac, principalmente os de baixa 
dosagem, inibem a ovulação como descrito acima. 
Mas isso não reduz a sua eficácia, pois ele age de outras 
formas, como por exemplo: engrossando o muco cervical, 
atrofiando o endométrio e reversão da motilidade 
peristáltica tubária, fazendo com que os movimentos que 
antes eram centrípetos (direção ao útero), se tornarem 
centrífugos (direção à cavidade peritoneal) através do 
progestogênio. 
 
3 Camila Carminate – 6 FASE 
PROGESTOGÊNIO 
Existem duas opções para pacientes com spotting: 
Opção 1: Aguardar 3 meses para ver se os spots sessam; 
Opção 2: Aumente a dosagem do Ac. 
Obs.: Não é progesterona, é progestogênio. 
Androgênio: Clormadinona (aumenta libido). 
Anti-androgênio: Drospirenona (melhora a pele pois inibe 
a 5AR). 
Anti-mineralocorticoide: Drospirenona (diminui inchaço). 
COMBINADOS TRIFÁSICOS 
Comprimidos com 3 dosagens diferentes. Os primeiros tem 
mais E, os próximos têm menos E e P, os últimos têm mais 
P (mimetizam um ciclo natural). 
Não funcionam bem como Ac na prática. 
COMBINADOS BIFÁSICOS 
Os 7 primeiros com mais E e menos P (maior proliferação 
do endométrio, havendo redução do spotting). 
Aumenta os sintomas E dependentes: mastalgia, cefaleia e 
náuseas, por exemplo. 
COMBINADOS MONOFÁSICOS 
São os mais comuns e usados. 
Têm a mesma dosagem de E e P em toda cartela. 
Modo de uso: inicia-se no 1º dia da menstruação e pausa 
no final (de 7 dias entre cartelas). 
Nesse intervalo ocorre o sangramento de privação do sexo. 
É eficaza partir do 1º dia de uso. 
Esqueceu de tomar em até 12h: não há problema. Tome 
na hora em que lembrar e, o próximo, tome no horário 
previsto. 
Esqueceu o do dia anterior e lembrou ao tomar o do dia 
atual: Tome os 2 ao mesmo tempo. 
Esqueceu de tomar duas pílulas: não é sinônimo de 
gravidez, mas reduz muito sua eficácia. Outro método 
contraceptivo é recomendado. 
Obs.: continua com o anticoncepcional, mas associa-se 
outro método. 
Paciente não quer sangrar: receitar o P exclusivo em uso 
contínuo para se ter efeitos colaterais mínimos. Ao se 
tomar um combinado continuamente para não sangrar, 
haverá efeitos colaterais do E. 
Obs.: Não tomar anticoncepcional com E no pós-parto pois 
leva à redução de GnRH, diminuindo prolactina além de 
poder transferir esse hormônio ao feto através do leite. 
MINIPÍLULA 
Progestogênio exclusivo em baixa dose (35mcg de 
Noretisterona). 
Indicado para mulheres lactantes, auxiliando a própria 
contracepção fisiológica da amamentação. 
Modo de uso: 4 a 5 meses de uso. Depois disso use outros 
progestogênios exclusivos (de dosagem mais alta), não se 
recomendando mais a minipílula após o tempo prescrito. 
Obs.: a caixa vem com 35 pílulas e devem ser ingeridas sem 
intervalo. 
Após os 4 meses de uso: o mais indicado é o Cerazette (P 
exclusivo) no lugar das minipílulas. 
CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA 
Hoje a maioria é de levonogestrel (P) dose única (1500mcg) 
ou 2 doses (750mcg cada) com 12h de intervalo entre elas. 
Quanto antes ser ingerido, mais eficaz será. 
“Pílula-do-dia-seguinte!” 
Progestínicos: melhor opção. 
Yuzpe: por ter muitos efeitos colaterais (E + P), é indicado, 
somente, quando não houver acesso aos P. 
Os progestínicos (dose única ou duas doses) são oferecidos 
pelo SUS. Por ser progestínico, pode tomar como dose 
única mesmo o de duas doses, pois existe menos efeito 
colateral que o Yuzpe. 
Obs.: a contracepção de emergência é direito do paciente 
(independente da idade). O médico é obrigado a oferecer. 
Anticoncepção de emergência com Ac de 20mcg: tomar 
cinco pós ejaculação, e mais cinco 12h depois. Só serve até 
72h. 
Além disso é uma dosagem altíssima de estrogênio (efeito 
colateral mais intensos, como vomitar. Se ocorrer, a 
eficácia diminui ainda mais. Seu uso atrapalha o ciclo 
menstrual e pode dar trombose, embora não exista estudo 
comprovando essa afirmação). 
 
4 Camila Carminate – 6 FASE 
Após 72h: o DIU pode garantir após 72h (ele funciona entre 
72h e 120h). O zigoto demorará cerca de 4 a 5 dias para 
chegar ao útero e mais 3 dias para nidar (7 dias pós 
ovulação). Se o acidente ocorrer no 4º dia, introduza o DIU 
no 4º e retire-o 6º. Se for no 5º introduza-o e retire no 6º. 
Se for no 6º, introduza-o no 6º e retire no mesmo dia. Ao 
retirar, trema a mão com o DIU para raspar o endométrio 
(para não permitir a nidação do zigoto ou, até mesmo, 
removê-lo do endométrio enquanto está em processo de 
penetração). 
INJETÁVEL MENSAL 
Injeção IM no primeiro dia da menstruação e, a partir daí, 
fazer aplicações mensais. 
São combinados de Estrógeno (natural) + Progestogênio. 
Ex.: Mesigyna e Noregyna. 
Ele não altera metabolismo de carboidratos, de lipídeos e 
o sistema hemostático. 
Vantagens em relação ao oral: não tem passagem 
gástrica/degradação hepática, é só uma vez por mês o que, 
teoricamente, reduz os fatores de coagulação e não 
aumentam o substrato RAA (por não passar no fígado) 
Paciente hipertensa: não CI uso de anticoncepcionais, mas 
tem que controlar a hipertensão. 
CI: lactação. 
Efeitos colaterais: irregularidade do ciclo, sangramento 
prolongado, spotting e amenorreia. 
INJETÁVEL TRIMESTRAL 
Alta dose de progestogênio. 
Ex.: Depo-provera. 
Após seu uso, retarda 9 meses ou mais para ter fertilidade 
novamente. 
Efeitos colaterais: alteração do padrão menstrual 
(sangramento irregular), aumenta o peso (aumenta em até 
8kg. Os outros Ac causam só um pouco de retenção 
hídrica), cefaleia, depressão, reduz libido e perda óssea se 
uso prolongado. 
IMPLANTES SUBCUTÂNEOS 
Contêm progestágeno. 
Ex.: Implanon. 
É colocado no subcutâneo. 
Validade de 3 anos. 
80% das mulheres entram em amenorreia de 3-6 meses 
depois. 
Faz-se um botão anestésico e o insere entre o bíceps e o 
tríceps, superficialmente, para facilitar sua retirada. 
PÍLULAS VAGINAIS 
Combinados de Estrógeno (etinilestradiol 0,5mcg) + 
Progestogênio (levonorgestrel 2,5mcg). 
Ex.: Lovelle. 
Uso 21/7 e não pode haver intervalos maiores que 7 dias. 
Eficácia semelhante ao anticoncepcional oral. 
Vantagens em relação ao oral: não há náusea e passagem 
hepática (menos os fatores de coagulação). 
ANEL VAGINAL 
Um combinado de Estrógeno (etinilestradiol 25mcg) + 
Progestogênio (etonogestrel 117mcg). 
Ex.: Nuvaring. 
Entre o 1º e o 5º dia do ciclo é colocado, devendo 
permanecer por 3 semanas e retirar por 1 semana. 
Se não quer sangrar, tira com 21 dias e aí já coloca outro. 
TRANSDÉRMICO 
Um adesivo combinado de E + P. 
Ex.: Evra. 
Deve ser trocado a cada semana e usado por 3 semanas 
consecutivas, seguidas por 1 semana de pausa. 
Cuidado para não aplicar sempre no mesmo local, pois 
pode dar dermatite. Não usar em locais expostos ao sol 
(melasma por estrogênio). 
DISPOSITIVO INTRAUTERINO (DIU) 
Causam reação inflamatória, atraindo macrófagos 
(fagocitam espermatozoides) causando casuais 
sangramentos e cólicas. 
Os DIUs eliminam gradualmente cobre ou hormônio 
(progestogênio). São eficazes e causam menos efeitos 
colaterais (não há TPM). 
Os efeitos do medicado têm prazo de duração, pois as 
substâncias acabam. A partir do momento que acabar eles 
 
5 Camila Carminate – 6 FASE 
passam a funcionar como um DIU inerte (eficácia é menor), 
sendo recomendada a troca. 
TIPOS DE DIU 
“Os DIU tipo T de cobre e Multiload são os mais comuns.” 
T de cobre 200: dura 5 anos; 
 T de cobre 380: dura 10 anos, sendo esse disponibilizado 
pelo SUS; 
Multiload 250 ou 375: Devido às hastes, teoricamente ele 
teria menor chance de expulsão; 
Mirena: liberador de levonorgestrel (progestogênio); 
Lippes: DIU inerte (um dos primeiros). 
AÇÃO, APLICAÇÃO E ACOMPANHAMENTO 
Por ser coberto por membrana biorreguladora, ele libera 
20mcg de levonogestrel a cada 24h. 
Além de ser baixa dosagem de P, ele é fracamente 
absorvido, pois há pouco débito cardíaco chegando no 
útero não gravídico. 
Ele impede a fertilização do óvulo por alteração no 
transporte e/ou distribuição de espermatozoide. 
Os de progesterona espessam o muco cervical, invertem a 
motilidade tubária e atrofiam endométrio. 
Os de prata/cobre ou com levonorgestrel, vão agir de 
forma mecânica e hormonal que (atrofiando o 
endométrio). 
Pode ser colocado em qualquer fase do ciclo, mas o ideal é 
colocar durante a menstruação (garantia de não estar 
grávida, além do estar mais dilatado). 
Em outras fases do ciclo deve ser feito beta-hCG. 
Se tiver DSTs, tratalas primeiro. Se houver DIP, retire o DIU. 
No entanto, para endocérvice por Gonococco e Clamídia, a 
maioria das mulheres é assintomática e, ao introduzir o 
DIU, serão levadas para dentro da cavidade uterina e 
causará DIP. O risco aumenta é necessário tomar AINES 3h 
antes (Ponstan), para facilita a inserção do DIU. 
Para evitar DIP, use azitromicina (1g) profilática na 
colocação do DIU. 
EFEITOS COLATERAIS DO DIU 
EC do E: náuseas, vômito, aumenta sensibilidade mamária, 
retenção hídrica, cefaleia (paciente relatou cefaleia focal 
associado ao uso do Ac, deve suspende-lo imediatamente), 
nervosismo, ectropio cervical, aumento mamário, 
melasma (usar protetor solar). 
EC da P: fadiga, depressão, aumento de apetite, varizes, 
aumento mamário. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
Anticonvulsivantes: diminuem a ação contraceptiva. 
Recomenda-se DIU no lugar de orais. 
Antibióticos: diminuem a flora bacteriana do TGI se uso 
desses antibióticosfor prolongado. 
Substâncias de via hepática: anticonvulsivantes e outras 
substâncias de via hepática irão acelerar o efeito do Ac ou 
da outra substância, eliminando o efeito desejado delas. 
Cuidado com o álcool. 
Potencialização da ação: o diazepam, clordiazepóxido, 
antidepressivos tricíclicos e teofilina processados no 
fígado, pode haver potencialização dos mesmos. 
Aumenta a velocidade de eliminação: acetaminofeno e 
aspirina. 
BENEFÍCIOS NÃO CONTRACEPTIVOS DOS 
CONTRACEPTIVOS HORMONAIS 
Reduzem câncer de endométrio e ovário (não sendo 
hormônio-dependente). 
Reduzem a gestações ectópicas e DIP (espessa o muco e 
isso dificulta a ascensão de microrganismos). 
Menstruações mais regulares (combinado de via oral). 
Aumenta a densidade óssea (contraceptivo com 
estrógenos). 
Tratamento de acne e hirsutismo (qualquer 
anticoncepcional melhora esses quadros. Porém os de 
progesterona anti-androgênicos atuam mais rápido). 
Menor incidência de endometriose. 
Controle da síndrome pré-menstrual (cólicas e TPM). 
Tratamento de sangramento uterino disfuncional 
(progesterona exclusiva evita a menstruação). 
OBSERVAÇÕES 
Fumo não combina com estrogênio: nas fumantes classe 3 
não devem, nas fumantes classe 4 não podem. 
 
6 Camila Carminate – 6 FASE 
Paciente hipertensa: pode tomar anticoncepcional, mas 
deve controlar bem a HAS. Pior seria se não passasse o Ac, 
pois pode haver gestação hipertensiva que pode matar a 
paciente e o bebê. 
Ac e câncer de mama: não se sabe, ainda, a relação. Mas 
deve se ter prudência. 
Reatividade vascular: fenômeno tromboembólico está 
associado a qualquer contraceptivo hormonal, tanto os 
combinados, quanto os de P (independe da via). 
CONTRACEPÇÃO CIRURGICA 
STB (SALPINGOTRIPSIA BILATERAL) 
Salpingotripsia bilateral é a mesma coisa que laqueadura 
tubária, sendo chamada de esterilização, que é definitivo. 
A taxa de recalização e a mulher voltar a engravidar é baixa, 
por isso é considerada permanente. 
É uma microcirurgia complicada, por isso deve-se pensar 
cuidadosamente antes de fazê-la. 
A cirurgia pode ser feita por laparoscopia ou 
minilaparotomia. 
Na laparoscopia queimam-se as tubas através de pinças, já 
a minilaparotomia é uma cirurgia aberta, corte parecido 
com o da cesárea, em que se retiram as tubas para fora e 
dá um nó nelas. 
Existem várias técnicas de laqueadura tubária (técnica 
Pomeroy (mais usada), coagulação elétrica bipolar/ anel 
Yoon/ clipe Hulka). 
Riscos da STB: O histórico de doença inflamatória pélvica 
(DIP) também pode desencadear me um maior número de 
aderências. A síndrome pós laqueadura tubária é 
justamente quando corta muito e diminui a irrigação, 
podendo resultar em ciclo menstrual irregular. 
VASECTOMIA 
Taxa de falha: 0,1 a 0,2%, sendo mais eficaz que a 
salpingotripsia. 
As chances de recanalização são muito grandes nos 
primeiros 10 anos. No homem é mais fácil recanalizar. 
A recanalização pode ser espontânea ou por cirurgia (faz 
anastomoses no local cortado). 
Após a cirurgia deve-se fazer o espermograma para 
confirmar a efetividade da cirurgia. 
MÉTODO CIRÚRGICO 
Lei 9263: para a pessoa ser submetida a cirurgia ela deve 
ter capacidade civil plena (pelo menos 18 anos ou 16 anos 
emancipada e não ser interditada). 
Pelo menos 25 anos ou 2 filhos vivos. 
Manifestar o desejo por escrito, pelo menos, 60 dias antes 
do procedimento. 
Deve ter passado por um programa de planejamento 
familiar para ver outros métodos reversíveis. 
Obs.: as pílulas são mais eficazes que vasectomia e ligadura 
tubária. 
Quando você poderá fazer ligadura na hora do parto sem 
com que acha punição? 
Quando existe risco de vida ou à saúde da mulher ou do 
futuro concepto, testemunhado em relatório escrito com 
assinatura de dois médicos. Ex.: quando na última gestação 
a mulher apresentou pré-eclâmpsia grave, presença de 
doença autoimune grave, cardiopatia grau IV. 
CRITERIOS DE ELEGIBILIDADE 
Quando o método for classificado como 1 isso significa que 
ele é o ideal para aquela pessoa, ou seja, pode-se usar em 
qualquer circunstância. 
O 2 de modo geral, pode usar o método, mas com certa 
cautela. 
Os números 3 são as contraindicações relativas e o número 
4 as contraindicações absolutas. 
No número 3 os malefícios superam os benefícios, não 
recomenda o uso do método, a menos que outros métodos 
mais adequados não estejam disponíveis ou sejam 
aceitáveis. Se não tiver método ideal para a paciente 
 
7 Camila Carminate – 6 FASE 
durante um período, pode usar, e logo depois muda-se o 
método. 
O 4 não se usa de forma nenhuma. Caso o paciente chegue 
a consulta utilizando o 4, você troca imediatamente, não 
deixa usar mais. 
GRAVIDEZ 
O DIU de cobre e o que libera levanogestrel são 
contraindicados, pois pode desencadear um aborto. 
AMAMENTAÇÃO 
Nas primeiras 21 dias/6 semanas após parto não pode usar 
etinilestradiol de jeito nenhum, pelo risco de trombose, é 
categoria 4. 
Depois de 6 semanas, é categoria 3, ou seja os riscos 
superam os benefícios, mas não é contraindicação 
absoluta. Não usamos porque diminui a quantidade de 
leite. 
Os progestáticos para as mulheres que estão no pós parto 
até os 6 meses, é o ideal, é 1. Passaram os 6 meses, ela 
pode usar qualquer um, mesmo os combinados. De 6 
semanas até os 6 meses é contraindicação relativa, numero 
3. 
Nos primeiros 6 meses não usar combinada, se possível. 
Amamentação pode usar Cerazzete, a vantagem é que 
pode usar direto, mesmo se não for aos primeiros 6 meses. 
PÓS-ABORTO 
Logo após aborto você pode usar o que quiser. 
Aborto é até 21/22 semanas, não teve ainda força para ter 
a trombose. 
Não pode usar etinilestradiol quando a gravidez for a 
termo, porque ela está pronta para trombose. Assim, após 
aborto é tudo 1. 
O 4 está no DIU quando o aborto é séptico, está infectado. 
FUMO 
O problema do cigarro é maior em mulher de 35 anos que 
usem a pílula combinada. 
Juntou etinilestradiol com fumo e maior de 35 anos, é uma 
bomba, é contraindicação absoluta. 
Quando ela fuma, mas tem menos que 35 anos ela pode 
usar qualquer uma. 
Mas independente do numero, se for categoria 3, já não 
passa. 
O risco é de trombose. 
Ela deve usar só o progestágico, o problema é o 
etilnilestradiol. 
Quem tem doença cardíaca, pressão alta, não deve usar 
nada com etilnilestradiol. Etinilestradiol também aumenta 
a pressão. 
DOENÇA CARDIOVASCULAR ARTERIAL 
Tem muito 3⁄4 D. 
D: quando existem múltiplos fatores importantes, sendo 
que qualquer um deles isoladamente aumentaria 
substancialmente o risco de doença cardiovascular, o uso 
de método poderá aumentar o risco da mulher a um nível 
inaceitável. 
Nas doenças cardiovasculares, se a pressão estiver 
descontrolada não usa de jeito nenhum etilnilestradiol, se 
estiver controlada, é categoria 3, ou seja, pode até trocar. 
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) 
Se a pressão esta alta, mas esta de 140-159 / 90-99 é 
categoria 3; se esta de 160 é categoria 4. 
DOENÇA VASCULAR 
O problema da trombose é histórico da pessoa, não é 
familiar não. Ver histórico atual e passado dela. 
O histórico da família é 2. 
Se tiver histórico TVP da própria pessoa não vai usar as 
combinadas; se TVP/ Embolia Pulmonar atual é 4 para as 
combinadas, e 3 para as progestaticas. 
Se ele tiver um parente de primeiro grau, melhor tomar só 
progesterona, é 1. 
Se quiser usar combinada, pode é 2. 
O Mirena que libera progesterona é 3 se for TVP é atual, e 
se já tiver tido pode usar. 
 
 
8 Camila Carminate – 6 FASE 
CIRURGIA DE GRANDE PORTE E IMOBILIZAÇÃO 
PROLONGADA 
Não pode usar combinadas, é 4. 
Se for sem imobilização prolongada, pode. 
O cirurgião em cirurgias grandes e com imobilização longa 
deve falar que não pode usar o anticoncepcional oral 
combinada. 
O ideal é que suspenda alguns meses, principalmente se 
for injetável. 
MUTAÇÃOTROMBOGÊNICA CONHECIDA (FATOR V 
LEIDEIN, MUTAÇÃO DE ROTROMBINA, PROTEINA 
S,C E DEFICIÊNCIA DE ANTITROMBINA) 
É tudo 4! Pode usar progestásticos. 
VARIZES 
É tudo 1, pode qualquer método. Não tem risco de 
trombose. 
TROMBOFLEBITE SUPERFICIAL 
1 ou 2. 
DOENÇA CARDÍACA ISQUÊMICA 
Tanto faz se atual ou historia, não pode é 4, não pode oral 
combinado. 
DERRAME (HISTÓRIA DE ACIDENTE VASCULAR 
CEREBRAL) 
Também não pode oral combinado, é 4. 
DOENÇA CARDÍACA VALVULAR NÃO COMPLICADA 
Não tem problema. Só não passamos o anticoncepcional 
combinado. 
DORES DE CABEÇA 
Se não apresenta enxaqueca pode qualquer uma, é 1 ou 2. 
Esta I e C, inicial e continua porque o etinilestradiol 
aumenta um pouco a dor de cabeça, por isso o ideal é o 
progesterona, mas pode usar qualquer coisa. 
Quem tem enxaqueca com aura/clássica, qualquer idade 
não pode as combinadas. É contraindicação absoluta por 
causa do etilnilestradiol. 
 Aura a pessoa sente algo antes, pode ser nas vistas, 
parestesias. Se for sem aura ou simples, idade maior ou 
igual a 35 anos, pode ser 3 ou 4, mas o ideal é não passar. 
Passa o Cerazette. 
SANGRAMENTO VAGINAL INEXPLICÁVEL ANTES 
DA AVALIAÇÃO 
Se não sabe o motivo do sangramento, não pode introduzir 
o DIU. Depois que resolver o sangramento, ai introduz o 
DIU. 
Esta 3 no injetáveis e no implante, porque são medicações 
prolongadas ou quase definitiva. Tem que pesquisar 
primeiro as causas do sangramento. 
CÓLICA, ENDOMETRIOSE, TUMORES BENIGNOS 
Podem qualquer um método. 
Quem tem endometriose o ideal é tomar um sem parar, 
porque tem muita cólica e evita novos focos. É tudo 1. OU 
combinadas como 2. 
A pílula combinada também é fator protetor de Câncer de 
Endométrio, porque esta usando progesterona junto é 
protetor. 
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO 
As pílulas não têm problema, o problema é só o DIU antes 
da mulheres ser tratada, depois pode. 
CÂNCER DE MAMA ATUAL 
Não pode nem progesterona, só resta o DIU de cobre. Se 
for CA de mama anterior a pelo menos 5 anos, não é 
contraindicação absoluta, mas é 3 não é ideal. 
CÂNCER DE ENDOMÉTRIO 
Ela não pode colocar o DIU, é possível ate tenha que tirar o 
útero. Qualquer método protege contra o CA de 
endométrio, porque nenhum tem o estrogênio sozinho. 
CÂNCER DE OVÁRIO 
Todos são protetores. Só não coloca o DIU, se tiver feito a 
cirurgia, pois é uma cirurgia grande, tira tudo, tira o útero, 
aí é 3. 
FIBROSE UTERINA COM DISTORÇÃO DA CAVIDADE 
UTERINA, MIOMA 
Sem distorção pode usar qualquer uma, se distorcer, não 
dá para colocar o DIU. Se tem mioma, pode usar estrogênio 
e progesterona, não irá estimular é tudo 1. 
 
9 Camila Carminate – 6 FASE 
Isso com pílula ou sem pílula. 
ANORMALIDADES ANATÔMICAS, CAV IDADE 
UTERINA DISTORCIDA 
Não da para introduzir DIU. 
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP) 
Paciente com gonorreia, clamídia ou outra infecção, pode 
usar qualquer método menos o DIU. Inicialmente, você não 
coloca, depois que tratar pode. 
HIV 
Tudo 2 e 1. 
DIABETES 
As progesteronas podem piorar a intolerância a glicose, 
nessas os métodos só com progesteronas são 2. 
Agora quem tem diabetes com doenças nos olhos, rins, 
nervos é 3⁄4 R. 
R: avalie de acordo coma gravidade do problema. 
3/A não passa. 
DOENÇA NA VESÍCULA BILIAR 
É tudo 2 e alguns 3. Quando atual não é contraindicação 
absoluta, mas os riscos superam os benefícios, daí não 
passa anticoncepcional combinada tratada clinicamente 
ou atual. Não é 4, cuidado com prova. 
HEPATITE VIRAL 
Se ativa, não deve usar combinada; se portadora, pode 
usar qualquer método. Olha a diferenças enormes da ativa 
para portadora. Se ativa, nem progestáticos deve usar. 
TUMORES HEPÁTICOS 
Não pode nem se for benigno. Benigno e maligno não 
pode.

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