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PATOLOGIAS NAS ESTRUTURAS 
EM MADEIRA
UNIDADE I
DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS 
ESTRUTURAS DE MADEIRA
Elaboração
Vinícius Sandovani da Silva Alves
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE I
DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA ......................................................................................5
CAPÍTULO 1 
DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA .............................................................................. 6
CAPÍTULO 2 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO ......................................................................................................... 14
CAPÍTULO 3 
SINTOMATOLOGIA NAS ESTRUTURAS DE MADEIRA................................................................................................... 22
REFERÊNCIAS ...............................................................................................................................................28
4
5
UNIDADE I
DEFINIÇÕES E 
PROPRIEDADES DAS 
ESTRUTURAS DE MADEIRA
A madeira foi um dos primeiros materiais utilizados pela humanidade, servindo 
para diversas funções, dentre elas, defesa, aquecimento, embarcações e abrigos. A 
disponibilidade e a facilidade de manuseio, não necessitando de ferramentas complexas 
para moldá-la, tornaram-na um dos principais elementos construtivos na Antiguidade. 
Como exemplo de construções temporárias usadas na antiguidade, podem-se citar as 
cabanas, formadas por uma estrutura de ramos ou canas e vedada com peles de animais, 
argila ou colmo (LOURENÇO; BRANCO, 2012).
Figura 1. Construções pré-históricas.
Fonte: Lourenço; Branco, 2012.
A madeira é um material de boa resistência (à tração e à compressão), leve, com bom 
isolamento térmico e que pode ser facilmente trabalhado. Apesar de a madeira ser 
utilizado como material de construção desde tempos remotos, somente na primeira 
metade do século XX foram estabelecidas as primeiras teorias e técnicas relacionadas a 
estruturas de madeira (PFEIL; PFEIL, 2003). Desde então, as pesquisas desse elemento 
têm se intensificado, demonstrando cada vez mais as características que o tornam um 
ótimo elemento construtivo. 
6
CAPÍTULO 1 
DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS ESTRUTURAS 
DE MADEIRA
A madeira é um material, natural ou industrializado, derivado do lenho das árvores, que 
é utilizado de diferentes formas na construção civil tanto com funções temporárias (como 
fôrmas para concreto, escoras e andaimes) quanto de forma definitiva em estruturas e 
elementos de vedação (PFEIL; PFEIL, 2003). Para cada função, são exigidas diferentes 
propriedades do material a ser utilizado, os quais variam conforme diversos fatores, 
como as características do vegetal e forma de desdobro.
1.1. Fisiologia da árvore 
Fisiologia vegetal é o ramo que estuda os elementos e as funções realizadas pelos vegetais 
necessários para seu desenvolvimento e crescimento (NISGOSKI, 2016). A árvore é um 
organismo vivo autótrofo, ou seja, produz seu alimento por meio da fotossíntese. Para 
que possam realizar suas atividades fisiológicas, necessárias durante toda sua vida, as 
árvores apresentam uma série de tecidos vegetais, de diferentes tipos e com diferentes 
funcionalidades. 
Tecido celular pode ser definido como um conjunto de células, iguais ou distintas, 
responsáveis por realizar alguma atividade fisiológica da árvore. As principais funções 
fisiológicas dos vegetais podem ser divididas em: crescimento, sustentação, proteção 
e nutrição (que pode ser segmentada em duas fases: produção e armazenamento dos 
nutrientes e condução dos produtos gerados).
1.2. Crescimento 
A célula responsável pelo crescimento da árvore desde sua fase de semente até que 
atinja a idade suficiente para que possa ser cortada é chamada de meristema. Essa célula 
realiza sucessivas divisões e/ou diferenciações, de modo a permitir que a árvore ganhe 
largura e altura (SANTOS, 20--a; NISGOSKI, 2016). O meristema pode ser dividido de 
diversas maneiras, sendo classificados segundo a origem em: 
 » meristema primário: relacionados ao crescimento primário do vegetal, sendo 
responsáveis pela formação das células embrionárias, que formarão diferentes células 
na árvore (SANTOS, 20--a). Para Nisgoski (2016), essas células estão presentes 
em grandes quantidades no vegetal jovem, sendo responsáveis, principalmente, 
pela altura, pelo ápice do tronco e pelos ramos;
7
DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA | UNIDADE I
 » meristema secundário: formam tecidos secundários, ou seja, tecidos derivados de 
células que já sofreram alguma diferenciação (SANTOS, 20--a). São responsáveis 
pelo alargamento da árvore (ganho de espessura) e se localizam nas laterais dos 
troncos (NISGOSKI, 2016). 
1.3. Sustentação
Sustentação é a propriedade da árvore de se manter estável, enquanto cresce, não 
quebrando quando solicitada por alguma ação. Nas coníferas, os responsáveis pela 
sustentação são os traqueoides axiais e nas folhosas, as fibras (NISGOSKI, 2016). Essa 
sustentação é garantida, principalmente, por dois tecidos:
 » esclerênquima: tecido que na maturidade é formado, em regra, por células mortas. 
Pela etimologia da palavra, derivada do grego skleros, significa duro, sendo a rigidez 
uma característica marcante desse tecido (SANTOS, 20--b). Pode estar presente 
em vários órgãos da árvore tanto em regiões periféricas quanto nas camadas 
internas. Dividindo-se, basicamente, em dois tipos de células: fibras e esclereides 
(NISGOSKI, 2016); 
 » colênquima: tecido formado por células vivas na maturidade (capazes de retomar 
as atividades meristemáticas). Pela etimologia da palavra, derivada do grego colla, 
significa substância glutinosa, em que a justificativa para tal nome é devido a sua 
espessura fina e aspecto brilhante (SANTOS, 20--b). Localiza-se na epiderme e sua 
função principal é a sustentação dos órgãos e das regiões em crescimento primário, 
que ficam sujeitas a movimentos constantes (NISGOSKI, 2016).
1.4. Proteção
Para que a árvore possa crescer e se desenvolver, é importante que ela resista aos ataques 
dos diversos agentes externos a que está sujeita. Os tecidos responsáveis por essa função 
são, principalmente:
 » epiderme: camada com função principal de revestimento do vegetal no estágio 
primário, protegendo contra ataques de agentes, choques mecânicos e radiação 
solar. Além da função de proteção, restringe a perda de água, realiza trocas gasosas 
e absorve água e sais (NISGOSKI, 2016);
 » periderme: quando raízes e caules apresentam crescimento secundário, em regra, 
esse tecido substitui a epiderme (NISGOSKI, 2016). Divide-se nos seguintes tecidos:
 › súber ou felema: tecido mais externo da periderme, com células compactas e, 
quando maturas, formam paredes suberizadas, que têm função de proteção e 
impermeabilização (SANTOS, 20--c);
8
UNIDADE I | DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA
 › câmbio do súber ou felogênio: ocorre próximo à superfície dos órgãos e apresenta 
crescimento secundário. Em regra, fica ativo apenas uma vez durante a vida do 
vegetal (SANTOS, 20--c);
 › feloderme: em algumas árvores, pode estar em pequena quantidade ou mesmo 
ausente (NISGOSKI, 2016). Tecido interno da periderme, formado por células 
parenquimáticas (SANTOS, 20--c).
1.4.1. Condução de água e nutrientes
A água e demais substâncias são retiradas do solo pelas raízes. Essas substâncias ascendem 
até as demais partes da planta na forma de seiva bruta pelas regiões externas do alburno 
(xilema). Quando essa seiva atinge regiões que possuem clorofila, é transformada em 
produtos nutritivos (seiva elaborada) pelo processo de fotossíntese. Posteriormente, a 
seiva elaborada formada desce para as regiões inferiores da árvore, pela parte interna 
(floema), principalmente por tubos crivados nas angiospermas ou células crivadas nas 
gimnospermas (NISGOSKI, 2016).
1.4.2. Produção e armazenamento dos nutrientes
A seiva elabora é formadapor água, açúcares e reguladores, sendo produzida pelos 
órgãos do vegetal que possuem clorofila, em especial as folhas, por meio do processo de 
fotossíntese. Apesar de, em casos excepcionais, as fibras, que possuem função primordial 
de sustentação, principalmente quando septadas, armazenarem seiva elaborada, os 
produtos nutritivos produzidos são (em regra) armazenados nos tecidos parenquimáticos 
(NISGOSKI, 2016).
Os tecidos parenquimáticos são tecidos vivos, com capacidade de ainda se dividir, 
mesmo que as células estejam completamente diferenciadas. O parênquima é de suma 
importância para o vegetal, sendo essencial para diversas atividades fisiológicas, como 
reserva, fotossíntese, transporte e secreção (NISGOSKI, 2016). Segundo Cardoso (20--), 
o tecido parenquimático se divide em: 
 » de preenchimento: preenche diversas regiões da árvore, principalmente, caule e raiz;
 » clorofiliano: realiza a fotossíntese;
 » de reserva: armazena os produtos gerados pelos tecidos clorofilianos;
 » aquífero: responsável pelo armazenamento de água;
 » amilífero: responsável pelo armazenamento de amido;
 » aerífero: responsável pelo armazenamento de ar.
9
DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA | UNIDADE I
1.4.3. Anatomia da madeira
Para Paula e Valeri (2016), a árvore pode ser dividida em três partes:
 » raiz: além da função de fixação da planta ao solo, retira os nutrientes necessários 
ao crescimento e desenvolvimento do vegetal;
 » caule: parte de maior importância econômica, de onde é retirada a madeira. Tem 
importantes funções na árvore, dentre elas: sustentação, condução da seiva e 
reserva de nutrientes; 
 » copa: região da árvore onde se encontram folhas, flores, ramos e frutos. Acontecem 
principalmente na copa a respiração (nas folhas), a fotossíntese (nas folhas) e a 
reprodução (frutos e flores).
A análise da madeira pode ser dividida em três visões: macroestrutura, microestrutura 
e estrutura molecular. 
1.4.4. Macroestrutura 
A macroestrutura está relacionada às diferentes camadas e aos elementos que formam 
a árvore. Essa caracterização é de suma importância, visto que as camadas apresentam 
propriedades diversas que, conforme o modo de extração, influenciarão na qualidade 
da madeira.
Figura 2. Principais elementos formadores da macroestrutura da madeira.
 
 
Medula 
Radial 
Transversal 
Tangencial 
Cerne 
Alburno 
Casca 
interna 
Casca 
externa 
Anéis de 
crescimento 
Fonte: Nisgoski, 2016.
10
UNIDADE I | DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA
O caule da árvore pode ser dividido, sob o aspecto da macroestrutura, nas seguintes 
camadas:
 » casca: divide-se em duas camadas:
 › camada interna: composta pelo floema, responsável pelo transporte da seiva 
elaborada (NISGOSKI, 2016) e pela proteção do xilema (PAULA; VALERI, 2016);
 › camada externa: composta pelos tecidos que revestem o tronco (córtex, periderme 
e ritidoma) (NISGOSKI, 2016). É uma parte morta da árvore, responsável 
principalmente pela proteção da árvore contra ataques externos (PFEIL; PFEIL, 
2003). 
 » lenho: localizado entre a casca e a medula. Parte mais importante da árvore, de 
onde se retira a madeira, em regra. Além de ser responsável pela sustentação, 
também conduz e armazena a seiva bruta (PAULA; VALERI, 2016). No lenho 
estão presentes:
 › alburno ou branco: segundo Pfeil e Pfeil (2003), é a camada formada por células 
vivas que conduzem a seiva bruta das raízes para as folhas;
 › cerne ou durâmen: é a parte do lenho mais densa, que, devido principalmente 
à deposição ou inclusão de substâncias nos seus vazios, não exerce mais suas 
funções fisiológicas, resultando também em uma madeira mais escura que o 
alburno (NISGOSKI, 2016).
A madeira deve ser extraída preferencialmente do cerne, que é mais denso e durável. 
Mas, para que se possa aproveitar o máximo da árvore e dependendo do tipo de 
desdobramento do tronco utilizado (falaremos mais a frente), serão retiradas peças 
do alburno. Como este é mais poroso, apresenta maior facilidade de penetração dos 
preservativos, contudo absorve maior quantidade de água e é mais suscetível ao 
ataque de microrganismo (PFEIL; PFEIL, 2003).
 » Anéis de crescimento: as árvores são organismos exogênicos, ou seja, o mecanismo 
de crescimento é por meio da adição de camadas externas sob a casca.
Em climas frios e temperados, os troncos crescem, conforme a estação, de maneira 
diferenciada (intenso na primavera e no início do verão e lento no final do verão 
e do outono), gerando anéis anuais com duas camadas (clara: primavera e escura: 
outono) que permitem a possibilidade de determinar a idade das plantas. Esse 
fenômeno é observado principalmente nas coníferas. No clima equatorial, em regra, 
a diferença entre as duas camadas nas árvores não é perceptível (PFEIL; PFEIL, 2003). 
O número e a espessura dos anéis influenciarão a qualidade da madeira derivada 
dessa árvore, sendo que uma maior quantidade de anéis gerará um produto mais 
denso e de qualidade superior (NISGOSKI, 2016).
11
DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA | UNIDADE I
 » Medula: tecido macio, em torno do qual ocorre o primeiro crescimento da madeira 
(PFEIL; PFEIL, 2003). A medula tem a função de armazenamento da seiva elaborada. 
Nas plantas jovens, a medula também realiza o transporte da seiva bruta. Como 
possui tecido parenquimático, que armazena seiva elaborada, é uma região altamente 
suscetível ao ataque de agentes biológicos (NISGOSKI, 2016).
 » Câmbio: composto por uma camada de células meristemáticas (capazes de gerar 
células novas) entre o floema e xilema, que são invisíveis ao olho nu. Fica ativo 
durante toda a vida da árvore e vai ser responsável pela formação dos tecidos 
secundários que formam o xilema e o floema (NISGOSKI, 2016).
1.4.5. Microestrutura 
O estudo sob o ponto de vista da microestrutura da madeira analisa as diversas células e 
tecidos que formam a madeira. Segundo Brito (2014), em regra, as coníferas apresentam 
prioritariamente raios medulares e traqueoides, enquanto as folhosas possuem fibras, 
parênquima, vasos e raios medulares. Os principais elementos da madeira, sob o ponto 
de vista da microestrutura, são:
 » fibras: presentes nas árvores frondosas, são as principais células formadoras 
do lenho, tendo forma alongada e vazios internos (BRITO, 2014). Distribuem-
se em anéis, formando os ciclos anuais de crescimento. Como são fechadas nas 
extremidades, realizam apenas a função de sustentação (PFEIL; PFEIL, 2003);
 » vasos ou canais: são células de grande diâmetro, com extremidades abertas e 
justapostas, responsáveis pela condução de seiva em árvores frondosas (PFEIL; 
PFEIL, 2003);
 » traqueoides: é uma célula longa, presente nas gimnospermas, com comprimento 
de 3 a 4mm e diâmetro entre 20 e 40 µm (NISGOSKI, 2016). Responsável por duas 
funções fisiológicas vitais: elemento portante do vegetal (sustentação) e condução 
da seiva bruta (BRITO, 2014);
 » raios medulares: dispostos em faixas horizontais, sendo seu eixo longitudinal 
perpendicular ao eixo da árvore. Formados por células parenquimáticas, que têm 
a função de armazenar os produtos nutritivos gerados pela planta (NISGOSKI, 
2016). Além de armazenar o material nutritivo não usado na formação da célula, 
é responsável por transportá-lo para o interior do lenho (BRITO, 2014).
12
UNIDADE I | DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA
1.4.6. Estrutura molecular 
Do ponto de vista molecular, são analisados os compostos formadores dos elementos 
constituintes da madeira. Independentemente da espécie analisada, para Pfeil e Pfeil 
(2003), os compostos que formam a madeira são em sua maioria substâncias orgânicas. 
Os principais compostos orgânicos presentes na madeira são: 
 » celulose: componente estrutural da parede celular. Composto químico de cadeia 
longa e delgada, com características cristalinas, formado por repetidas ligações de 
moléculas de glicose pelas extremidades (NISGOSKI, 2016). Presente em diversasregiões da madeira, principalmente nas paredes dos vasos, fibras e traqueoides 
(BRITO, 2014). Representa cerca de 50% da madeira (PFEIL; PFEIL, 2003);
 » componentes subestruturais:
 › hemiceluloses ou policeluloses: compõem de 20 a 25% da madeira (PFEIL; PFEIL, 
2003). São diferentes polímeros amorfos com propriedades diversas. Quando 
a molécula destes é associada a cadeias de policeluloses são denominados de 
microfibrila (BRITO, 2014);
 › lignina: compõe de 20 a 30% da madeira (PFEIL; PFEIL, 2003). É um polímero 
complexo, amorfo e rígido, que tem a função de reforço e suporte mecânico às 
paredes das células (NISGOSKI, 2016).
Além dos componentes citados, estão presentes outros, como resinas, óleos e ceras, que 
são depositados nos vazios das células e produzem características singulares para cada 
espécie, como cor e cheiro (PFEIL; PFEIL, 2003).
1.4.7. Classificação das árvores 
Para Pfeil e Pfeil (2003), as madeiras podem ser classificadas, conforme a estrutura celular 
dos troncos, em madeira dura ou macia. Essa classificação considera principalmente a 
densidade celular da madeira e não a resistência em si. Logo, mesmo que, em regra, as 
duras tenham resistência superior, é possível que uma madeira macia (Pinus Taeda: 
fc0= 44,4 MPa) tenha resistência superior a uma dura (Cedro doce: fc0= 31,5 MPa).
 » Duras: originadas principalmente das árvores denominadas de 
frondosas/dicotiledôneas, da classe Angiosperma. Essas madeiras são 
popularmente classificadas como “madeira de lei” (PFEIL; PFEIL, 2003). As 
angiospermas são árvores em que a semente é protegida por um fruto. Também 
chamadas de folhosas ou frondosas, em que, de acordo com Nisgoski (2016), a 
13
DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA | UNIDADE I
denominação como madeira dura é derivada do seu nome em inglês hardwood 
(tradução literal = madeira dura). 
“Madeira de lei”: essa expressão surgiu ainda quando o Brasil era Colônia de Portugal, 
no século XVIII, e não se refere a uma definição técnica. Na época, para proteger as 
árvores de interesse do império, a legislação imperial determinava quais as árvores 
não poderiam ser retiradas, como o Pau-Brasil. Como a maioria das árvores era do tipo 
dura, a expressão virou, popularmente, sinônimo de árvores oriundas de madeiras 
frondosas e de boa qualidade (COLIN, 2011).
 » Macias: originadas, em geral, de árvores coníferas, da classe Gimnosperma. As 
gimnospermas são árvores de crescimento rápido e folhas em forma de agulha 
(PFEIL; PFEIL, 2003). Essas árvores não apresentam frutos verdadeiros e a 
denominação como macias vem de seu nome em inglês softwood (tradução literal 
= madeira macia). Apresentam poucas espécies nativas no Brasil; apenas duas 
espécies arbóreas produzem madeira utilizável (Araucária e Podocarpus). Mesmo 
com limitado número de espécies no país, são de suma importância, principalmente 
devido às espécies introduzidas para fins ornamentais (Cupressus) e madeireiros 
(Pinus) (NISGOSKI, 2016).
 › As gimnospermas dividem-se em quatro grupos: cicadáceas, ginkgos, gnetófitas 
e coníferas: as coníferas são o grupo mais importante tanto em número quanto 
em distribuição, sendo sua maior representante o Pinus, árvore que ocupa 
grandes extensões e de madeira muito utilizada em diversas partes do mundo.
Um erro comum é utilizar a classificação de gimnospermas como sinônimo de 
coníferas, quando coníferas são apenas um dos grupos da classe de gimnospermas.
14
CAPÍTULO 2 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
A madeira é utilizada em diversos setores da construção civil há muitos séculos. Sua 
elevada resistência, associada ao seu reduzido peso específico e facilidade de modelagem, 
torna esse material ideal para o uso em estruturas. Além de elemento estrutural, a 
madeira é muito utilizada em estruturas temporárias, como fôrmas para concreto armado, 
vigamento de apoio de fôrmas e em escoramentos (PFEIL; PFEIL, 2003).
Ao longo do tempo, vários sistemas estruturais foram criados para que se pudesse utilizar 
o máximo potencial da madeira na construção civil. Essa evolução levou à criação de 
diversos produtos industrializados, que permitiram minimizar seus defeitos, maximizar 
suas qualidades, padronizar suas propriedades, permitindo a diversificação ainda maior 
no uso da madeira.
Sobre o momento do abate, quanto mais velha a árvore, maior a formação de cerne, 
material mais rígido e de melhor qualidade que o alburno. Assim, o ideal é sempre 
esperar que a árvore atinja a maturidade, situação em que seu tronco será ocupado em 
maior percentual pelo cerne (PFEIL; PFEIL, 2003). 
A madeira utilizada na construção civil pode ser derivada da madeira maciça retirada do 
caule da árvore e divide-se em: madeira bruta ou roliça, madeira falquejada e madeira 
serrada. Já o material que passou por algum processo industrial divide-se em: madeira 
compensada, madeira laminada colada e madeira recomposta.
2.1. Madeira maciça
Madeiras maciças são todas as peças derivadas do tronco de árvores que não sofreram 
nenhum processo industrial, variando entre seus tipos somente pelo modo de retirada 
ou corte.
2.1.1. Madeira bruta ou roliça
A madeira bruta é utilizada principalmente em construções provisórias como escoramento. 
No Brasil, são derivadas, sobretudo, das árvores pinho-do-paraná e eucalipto. A madeira 
roliça ou bruta é aquela que não passa por muitos processos após sua extração, geralmente 
só é retirada a casca e deixado o tronco secar em local arejado e protegido contra o sol 
(PFEIL; PFEIL, 2003).
Devido à presença de fibras longitudinais expostas nas seções de corte da peça, a secagem 
nestas regiões pode ser mais rápida do que no resto do material. Isto levará a variações 
15
DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA | UNIDADE I
volumétricas diferenciadas na peça, com uma retração mais rápida nas extremidades, 
favorecendo a formação de fendas (fendilhamento) no tronco. Pfeil e Pfeil (2003) 
recomendam, para evitar este fendilhamento, a utilização de algum material que retarde 
esta evaporação nas extremidades, como alcatrão ou outro impermeabilizante.
2.1.2. Madeira falquejada
Falquejamento é o “ato de lapidar, retirar o grosso, com o machado para esquadrar” 
(FALQUEJAMENTO, 2020). Logo, nesse tipo de elemento, além da retirada dos troncos 
da árvore, o acabamento é realizado usando um machado. É um trabalho mais rústico e 
as seções maciças falquejadas dependerão do diâmetro do tronco do qual são oriundas. 
Nessa peça, a qualidade da madeira dependerá da qualidade do operador. 
2.1.3. Madeira serrada
A madeira serrada é aquela que, após o corte da árvore, passa por um processo de 
desdobramento por meio de uma serra. O desdobramento é o corte longitudinal do 
tronco com serras especiais, dividindo-o em peças de diferentes seções (como vigas, 
vigotas e caibros). Esse desdobramento pode ocorrer de diversas maneiras. Os principais 
tipos são: paralelo, tangencial, radial e misto. O mais utilizado é o paralelo, devido à 
maior produtividade, contudo o que produz peças mais homogêneas é o desdobro radial 
(PFEIL; PFEIL, 2003).
Figura 3. Tipos de desdobro.
Corte paralelo Corte tangencial Corte radial Corte misto 
 
 
Fonte: Meu espaço móveis, 20--.
Com o avanço tecnológico e as pesquisas com a madeira, surgiram diversos tipos de 
desdobro. Cada um apresenta suas vantagens e desvantagens, sendo indicado para 
diferentes tipos de madeira ou produtos a serem construídos. Para saber mais sobre 
os tipos de desdobro, acesse: https://www.archdaily.com.br/br/894421/distintas-
utilidades-e-aparencias-conforme-o-corte-do-tronco-de-madeira. 
 Franco (2018).
https://www.archdaily.com.br/br/894421/distintas-utilidades-e-aparencias-conforme-o-corte-do-tronco-de-madeira
https://www.archdaily.com.br/br/894421/distintas-utilidades-e-aparencias-conforme-o-corte-do-tronco-de-madeira
16
UNIDADE I | DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA
Geralmente, as serras especiais utilizadas são de fita, pois possuemcomandos mecânicos 
que garantem a espessura homogênea da peça. Por questões operacionais (transporte 
e manejo), as toras têm seu comprimento limitado entre 4 e 6 metros (PFEIL; PFEIL, 
2003).
Para que se evite a influencia da secagem, o ideal é que o desdobro ocorra tão logo a 
árvore seja cortada. Mas, como o desdobro do tronco pode gerar peças com diferentes 
propriedades, podem-se ter, durante a secagem, deformações transversais diferentes. 
Para evitar tais problemas, Pfeil e Pfeil (2003) sugerem que, após o desdobro, a peça 
seja posta para secagem antes que seja utilizada na construção.
Na utilização de peças de madeira em sistemas estruturais, o ideal, caso seja usada 
madeira maciça, é que se utilizem madeiras serradas, principalmente devido à sua 
padronização de seção no corte. Já a madeira roliça depende das características do 
tronco, e a madeira falquejada é retirada por um processo manual que não permite 
garantir confiavelmente uma seção uniforme em toda a peça. Contudo, podem-se ter 
estruturas usando os dois tipos de madeira, porém deve ser considerada essa variação 
de seção no dimensionamento.
2.2. Madeira industrializada
Madeira industrializada é toda aquela que passa por processos adicionais ao de abate e 
desdobro, ou seja, a madeira não será utiliza in natura. Todos os processos envolvem, 
pelo menos, uma fase de colagem. A colagem é realizada sob pressão, sendo que pode 
ser realizada por prensas a frio ou a quente, utilizando adesivos sintéticos ou naturais.
2.2.1. Madeira compensada
A madeira compensada é um material formado pela colagem de lâminas de madeiras, 
de modo que as fibras de cada lâmina sejam perpendicularmente orientadas em relação 
às das placas adjacentes. As lâminas são, comumente, usadas em número ímpar (3 ou 
mais), podendo ser derivadas de toras ou peças serradas. A espessura das lâminas varia 
conforme o método de retirada, em que as principais são as faqueadas (0,6 a 1mm) e 
desenroladas (1,2 a 5mm). Na faqueada, a lâmina de madeira é retirada continuamente 
de uma prancha ou peça, já na desenrolada (ou torneada), a tora é fixada em garras e 
gira em direção a uma faca industrial (SANTOS; PINTO JÚNIOR., 20--).
Como as fibras são coladas alternadamente, formando um ângulo reto, o material 
formado tem características menos anisotrópicas do que a madeira maciça. Logo, uma 
17
DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA | UNIDADE I
das principais vantagens em relação à madeira maciça é a diminuição dos efeitos da 
anisotropia, resistindo melhor aos esforços em duas direções (biaxiais).
Apesar do preço mais elevado, a madeira compensada apresenta uma série de vantagens 
em relação à maciça, dentre elas, Pfeil e Pfeil (2003) citam: possibilidade de padronizar 
o material, limitando os defeitos; redução do inchamento e retrações; maior resistência 
na direção normal às fibras; maior resistência à cravação de pregos, reduzindo número de 
trincas; e possibilidade de trabalhar com materiais com diferentes resistências, usando 
a madeira mais resistente (e mais cara) somente onde necessário.
Figura 4. Métodos de extração de lâminas de madeira.
Faqueadas Desenroladas ou torneadas 
 
 
Fonte: Madeireira Bernauer, 2017.
2.2.2. Madeira laminada colada
A Madeira Laminada Colada (MLC) é um material engenheirado, utilizado em estruturas, 
resultante da colagem de lâminas selecionadas de madeira, com a direção das fibras 
das lâminas paralelas entre si. Essas lâminas são coladas com adesivos sintéticos 
(principalmente, poliuretano ou à base de resorcinol). Apesar de utilizarem algumas 
classes de folhosas, são usadas principalmente lamelas oriundas de árvores coníferas, 
que apresentam, em regra, maior facilidade de colagem (CALIL NETO, 2011). Como 
essa madeira é utilizada essencialmente para estruturas, sua fabricação é regida por 
rígidos padrões de qualidade, para que lhe possam garantir resistência e durabilidade 
necessárias (PFEIL; PFEIL, 2003).
Apesar do seu preço superior ao da madeira serrada, a MLC apresenta uma série de 
vantagens sobre a madeira roliça, entre elas, Pfeil e Pfeil (2003) citam: possibilidade 
de fabricação de peças de grandes dimensões; como a secagem das lâminas é prévia a 
colagem, e é utilizada madeira selecionada, a peça fica menos sujeita a defeitos causados 
por secagem irregular; podem-se utilizar lâminas de melhor qualidade nas regiões da 
peça mais solicitadas, permitindo adequar a madeira à situação que será usada e reduzir 
18
UNIDADE I | DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA
seu custo; e permite formar peças de eixos curvos, muito utilizadas em estruturas em 
arco, tribunas, cascas etc.
A principal diferença entre a madeira laminada e a madeira compensada está na direção 
das fibras na colagem. Enquanto na laminada as lâminas são coladas com a direção 
das fibras paralelas entre elas, na compensada essas fibras são dispostas de modo que 
formem um ângulo reto com a direção das fibras subsequentes. 
Figura 5. Perfis da madeira serrada e laminada.
Serrada Laminada 
 
 
Fonte: Pfeil; Pfeil (2003).
2.2.3. Madeira recomposta na forma de placas
A madeira recomposta é uma material resultante da colagem sob pressão de resíduos 
de outros tipos de madeira, que são convertidos em partículas, flocos ou lamelas. Esse 
material, em regra, não apresenta resistência e durabilidade considerável, não sendo 
utilizado como elemento estrutural, mas é usado principalmente na indústria de móveis. 
Contudo, uma variação da madeira recomposta, denominada OSB (Oriented Strand 
Board), é utilizada como material estrutural, especialmente em painéis diafragma, 
almas de vigas I compostas, assim como em revestimentos de piso e cobertura (PFEIL; 
PFEIL, 2003).
O OSB é um painel de partículas orientadas, formadas pela aglutinação, sob pressão, 
de lascas ou lamelas de madeira (em regra, de árvores de reflorestamento), utilizando 
resinas fenólicas. São formados por 3 a 5 camadas, com a direção das lascas formando 
um ângulo reto (90 graus) entre cada camada e as adjacentes. Esses painéis conseguem 
ter uma resistência considerável, próxima ao dos materiais compensados, porém com 
custo e peso inferiores a estes (principalmente por usar lascas de madeiras menos 
nobres) (REMADE, 2007).
19
DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA | UNIDADE I
2.3. Propriedades físicas e mecânicas das peças de 
madeira
Para utilizar a madeira na construção civil de maneira eficiente, é importante que se 
conheça as suas principais propriedades físicas e mecânicas, pois essas características 
serão determinantes para o comportamento do material na estrutura. Dentre as grandes 
vantagens na utilização da madeira em estruturas, está sua relação resistência/peso, 
que é consideravelmente superior ao aço e ao concreto (principais materiais utilizados 
como estrutura).
Tabela 1. Propriedades físicas dos principais materiais.
Material Massa específica - ρ (t/m³)
Resistência - f 
(MPa) f/ρ
Madeira a tração 0,5 – 1,2 30 – 110 60 – 90
Madeira a compressão 0,5 – 1,2 30 – 60 50 – 60
Aço a tração 7,85 250 32
Concreto a compressão 2,5 40 16
Fonte: Pfeil; Pfeil, 2003.
2.3.1. Anisotropia
Um material anisotrópico (do grego aniso = desigual + tropos = direção) é aquele que 
apresenta propriedades físicas diferentes dependendo da direção analisada (longitudinal, 
radial e tangencial). Essa propriedade influenciará, consideravelmente, nas características 
da peça de madeira originada tanto na sua capacidade resistente quanto na formação 
de defeitos naturais.
2.3.2. Umidade
A água pode estar presente na madeira de duas formas: no interior das células ocas 
e/ou absorvida pelas paredes das células. Contudo, somente a água presente na 
parede celular é capaz de afetar, consideravelmente, as propriedades mecânicas da 
madeira (resistência e elasticidade). Logo, as variações de umidade importantes, do 
ponto de vista estrutural, são aquelas abaixo do valor em que a água na célula oca 
seca por completo, restandoágua apenas nas paredes. Esse valor de umidade, que 
apresenta água somente nas paredes das células, é denominado de ponto de saturação 
ao ar (ou ponto de saturação da fibra), que varia entre 28 e 30% (REMADE, 2010).
20
UNIDADE I | DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA
Devido à higroscopia da madeira (capacidade de absorver água), a umidade varia 
continuamente durante seu tempo em serviço. Para que se possa padronizar as propriedades 
e assim compará-las e/ou usá-las no dimensionamento, além do problema de instabilidade 
dimensional para variações entre 0 e 30% de umidade, é recomendado secar a madeira 
até uma umidade em que suas propriedades e dimensões não sofram mais variações 
consideráveis. Esse valor é denominado de umidade seca ao ar ou umidade de equilíbrio, 
em que a pressão de vapor da água na madeira equipara-se à pressão atmosférica, não 
sendo possível evaporar mais água naturalmente. Segundo Galvão (1975), esse valor 
varia entre 10 e 13%, e que para padronizar, Pfeil e Pfeil (2003) citam que é utilizado 
um valor padrão de 12% como regra.
2.3.3. Variação volumétrica da madeira devido à umidade
A variação volumétrica da madeira é uma propriedade diretamente relacionada à 
porosidade e à umidade. A madeira pode ter água absorvida nas paredes da fibra e no 
interior das fibras ocas. Quando se retira somente a água no interior da fibra, a madeira 
não sofre nenhuma variação, pois essa água encontrava-se livre no vazio. Logo a variação 
de umidade importante na análise das variações volumétricas é na faixa em que se 
começa a retirar a água das paredes da célula (entre 30 e 0%).
Como a madeira é um material anisotrópico, a variação da umidade gera variações 
dimensionais diferentes nas três direções (tangencial, radial e longitudinal). A retração 
volumétrica ou inchamento da peça será o somatório das retrações/inchamentos em 
todas as direções, em que, considerando a secagem completa (30 a 0%), as variações 
possíveis para cada direção são apresentadas na figura 6 (PFEIL; PFEIL, 2003).
Figura 6. Variação volumétrica da madeira devido à umidade.
Vista isométrica, com as três direções 
principais e as faixas de valores de variação 
Diagrama de retração ou inchamento linear 
em função do teor de umidade 
(em que (1) = carvalho brasileiro; (2) = 
eucalipto; (3) = pinho brasileiro). 
 
 
 
ξt= 7% a 14% 
 (tangencial) 
ξr= 3% a 6% 
 (radial) 
 
ξl= 0,1% a 0,4% 
 (longitudinal) 
ξt 
 
ξr 
 
ξl 
 
In
ch
am
en
to
 (%
) 
 
Fonte: Pfeil; Pfeil, 2003.
21
DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA | UNIDADE I
Dentre os diversos inconvenientes gerados pelas variações dimensionais nas peças de 
madeira, Galvão (1975) cita: destacamento ou danificação dos tacos (pisos de madeira); 
aparecimento de fissuras e trincas nas estruturas de suporte dos elementos de madeira; 
defeitos nas colagens, por variações dimensionais diferenciais entre as peças unidas; 
desprendimento de pregos ou danificação de parafusos por variações dimensionais ao 
longo do tempo; e travamento ou frestas maiores que previsto em portas e janelas.
2.3.4. Dilatação térmica
A dilatação excessiva do material causa uma série de problemas ao sistema construtivo. 
Caso a peça não tenha espaço suficiente para sofrer essas variações, pode ocorrer uma 
solicitação em excesso, causando danos aos elementos de ligação ou até na própria 
peça. Logo, a construção deve permitir que essas dilatações ocorram livremente, sem 
danificar o sistema construtivo.
O coeficiente de dilatação térmica representa a variação dimensional linear do elemento, 
caso ocorra a variação de 1 °C. De acordo com Pfeil e Pfeil (2003), a madeira apresenta 
coeficientes de dilatação diferentes conforme a direção da fibra analisada, em que os 
valores mais expressivos são encontrados na direção perpendicular às fibras (direção 
radial), atingindo valores da ordem de 8,0 x 10-5 por °C em madeiras moles (4 a 7 vezes 
maior que o aço) por °C.
22
CAPÍTULO 3 
SINTOMATOLOGIA NAS ESTRUTURAS DE MADEIRA
Sintomatologia é “parte da medicina que se dedica ao estudo e interpretação dos sinais 
e sintomas presentes em exames médicos” (SINTAMOLOGIA, 2020). Adequando 
a definição à construção civil, a sintomatologia nas estruturas de madeira é a área 
responsável por analisar os sintomas/patologias (características visuais, sonoras, dentre 
outras) presentes nas referidas estruturas, para, por meio disso, conseguir determinar 
os elementos causadores e as medidas corretivas a serem adotadas.
3.1. Gênese das patologias em madeira
Como um material biológico, a madeira está sujeita a diversos elementos degradantes. 
Sob o aspecto biológico e ambiental, a degradação da madeira é uma ação natural e 
com vários benefícios ao meio ambiente. Contudo, quando analisada sob a visão da 
construção civil, a deterioração da madeira é uma ação indesejável, que pode gerar 
desde um simples defeito visual até a completa degradação da estrutura (BRITO, 2014).
A madeira pode ser definida como um compósito, formado pela combinação de polímeros, 
que apresenta boa resistência e durabilidade, podendo ser utilizada como material 
estrutural, em substituição ao aço e concreto. Contudo, independentemente da qualidade 
da madeira, mesmo aquelas de boa qualidade, quando utilizadas em ambientes agressivos, 
naturais ou artificiais, esta deve se protegida para que se possa garantir seu desempenho 
e vida útil (RITTER; MORRELL, 1990).
Apesar de ser um material orgânico, não degrada por si só, logo a idade não é um fator, 
quando analisado único e exclusivamente, determinante na sua resistência e demais 
propriedades (CRUZ, 2001). Assim, as propriedades da madeira só são reduzidas devido 
aos diversos agentes (químicos, físicos, mecânicos, biológicos) a que esta pode estar 
sujeita durante sua vida útil.
De acordo com Ritter e Morrel (1990), o processo de deterioração da madeira, na maioria 
dos casos, não é algo pontual, devendo ser considerado de maneira contínua, em que a 
junção de ataques de diferentes agentes reduz as propriedades da madeira, facilitando 
que outros agentes também ataquem.
3.2. Condições patológicas favoráveis
Para Calil Junior et al. (2006), para que se possa garantir a durabilidade desses elementos, 
é necessário que haja: detalhamento adequado dos elementos construtivos, buscando 
23
DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA | UNIDADE I
a eficiência construtiva e estrutural; tratamentos preservativos adequados; e correto 
controle, por meio das avaliações e manutenções tempestivas.
A fim de combater e prevenir a deterioração da madeira, é importante definir em quais 
condições/ambientes esse material fica mais suscetível ao desgaste. Segundo Ritter e 
Morrel (1990), os agentes, principalmente os bióticos, necessitam de diversos fatores 
(condições favoráveis) para seu desenvolvimento, em que, retirando-se um desses 
elementos, a madeira estará imune ao ataque.
3.2.1. Agentes abióticos
Os ataques por agentes abióticos são aqueles não causados por seres vivos, e estão 
relacionados a questões ambientais, meteorológicas ou erros de projeto, construtivos 
ou na manutenção. Nem todos os agentes ambientais podem ser evitados por completo, 
como raios ou incêndios. Nesse caso, a avaliação periódica tem um papel fundamental, 
avaliando a peça danificada, para, caso seja possível, repará-la ou mesmo substituí-la.
Os agentes abióticos físicos, químicos e atmosféricos não dependem de condições especiais 
para que ocorram, pois, em sua maioria, são questões ambientais ou situacionais, em 
que já era previsto que a madeira trabalharia sobre tal situação. Na maioria das vezes, 
não é possível alterar o ambiente, sendo necessário preparar a peça para que suporte 
a agressividade ambiental a que estará sujeita. Portanto, pode ser considerada como 
condição favorável para que ocorram esses ataques deteriorativos, nesses casos, a falta 
de proteção adequada.
A umidade da madeira, além de influenciar no ataquepor agentes bióticos, também 
influenciará no ataque por agentes abióticos. Como mostrado no Capítulo 2 – Unidade I, 
a umidade influencia as propriedades mecânicas da madeira, dentre elas sua resistência e 
elasticidade. Com a diminuição das propriedades mecânicas, podem ser geradas diversas 
patologias de origem estrutural.
A variação de umidade da madeira também pode gerar diversos defeitos naturais na 
peça de madeira, principalmente devido à sua característica anisotrópica, que resulta 
em variações dimensionais diferentes na mesma peça. Como resultado desse diferencial 
de variações, podem-se formar trincas, fendas e empenamentos. Segundo Cruz (2001), 
os defeitos causados pelo processo de secagem e umidificação, como empenamentos 
e trincas, não são definitivos, sendo reversíveis aos valores iniciais (de resistência e 
dimensões), assim que o material retorna para a umidade inicial. Contudo esses defeitos, 
mesmo que temporários, podem servir como facilitador para o ataque de outros agentes 
abióticos e até mesmo bióticos.
24
UNIDADE I | DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA
3.2.2. Agentes bióticos
Agentes bióticos são todos aqueles seres vivos que degradam a madeira, principalmente 
para utilizá-la como habitat ou fonte de alimento. Esses organismos dependem de uma 
ou algumas condições ambientais favoráveis para que consigam se desenvolver e assim 
degradar a madeira.
Dentre esses seres, vale destacar os fungos, que, apesar de ser um dos principais e mais 
agressivos biodeterioradores da madeira, dependem de um conjunto de condições 
ambientais favoráveis para que consigam se desenvolver no material. Caso retirado 
qualquer um dos elementos necessários ao seu desenvolvimento, seu ataque pode ser 
evitado. Dentre as condições favoráveis para que ocorra o ataque dos agentes bióticos, 
as principais são:
3.2.2.1. Umidade
A umidade, além de ser uma condição favorável para diversos agentes abióticos, facilita 
que diferentes organismos possam realizar seus processos metabólicos e assim degradem a 
madeira. Para Brito (2014), existem espécies, como os fungos ou as térmitas subterrâneas, 
que só atacarão a madeira caso a umidade esteja acima de determinados valores e esta 
condição permaneça por períodos de tempo consideráveis.
Para variações de umidade da madeira entre 0 e 30%, ocorre o fenômeno denominado 
de retração ou inchamento. A variação dimensional resultante pode gerar defeitos nas 
peças, que serão elementos facilitadores para a entrada de diversos agentes na madeira. 
De acordo com Ritter e Morrell (1990), a água também será um meio para difusão das 
enzimas liberadas pelos fungos que degradam a madeira e, além disso, a variação da 
água nas células (pela secagem e pelo umedecimento), por longos períodos, pode levar 
à lixiviação dos preservativos.
Contudo, apesar de a umidade, na maioria das vezes, ser um elemento necessário para 
o desenvolvimento de agentes deterioradores da madeira, há situações em que a água 
nas células ajudará a evitar a deterioração da peça. Isso ocorre quando a madeira está 
inteiramente saturada (vazios na microestrutura do material ocupados completamente 
por água), não existindo oxigênio em quantidade suficiente para o desenvolvimento de 
microrganismo (MACHADO et al., 2009 apud BRITO, 2014).
Nesse caso, Ritter e Morrell (1990) explicam que a situação crítica para o ataque por 
fungos será na região da madeira onde ocorre a variação de umidade, em que as células 
não ficam completamente cheias nem totalmente secas, resultando em poros com água 
e oxigênio livre em quantidades suficientes para os processos metabólicos dos fungos.
25
DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA | UNIDADE I
3.2.2.2. Temperatura
Para Ritter e Morrel (1990), os microrganismos, principalmente os fungos, que deterioram 
a madeira, precisam de uma temperatura ambiente na faixa entre 21 °C e 29 °C (70 a 85 
°F) para que possam sobreviver e realizar todas as suas atividades metabólicas necessárias. 
Contudo existem seres que conseguem sobreviver em outras faixas de temperatura.
Quando a temperatura se aproxima de 0 °C, esses fungos entram em estado de inativação 
e, desse modo, mantêm-se vivos e inertes por longos períodos, retornando à atividade com 
a elevação de temperatura. Em contrapartida, em temperaturas elevadas, os organismos 
desaceleram seu crescimento e a degradação da madeira, para evitar o superaquecimento. 
Vários microrganismos conseguem sobreviver em temperaturas de até 40 °C, contudo os 
fungos apodrecedores podem ser quase completamente eliminados caso sejam expostos 
pelo período de 75 minutos a uma temperatura superior a 66 °C (150 °F) (RITTER; 
MORRELL, 1990).
3.2.2.3. Oxigênio
Quase todos os seres vivos precisam de oxigênio para a sobrevivência, salvo as bactérias 
anaeróbias. Segundo Ritter e Morrell (1990), alguns fungos causadores da biodeterioração 
por apodrecimento conseguem sobreviver com quantidades baixas de oxigênio, logo, 
estruturas em altitudes elevadas, como pontes, não estão livres do ataque. Para evitar o 
acesso do oxigênio ao elemento de madeira, segundo Brito (2014), podem ser utilizados 
diversos impermeabilizantes, com diversos materiais, tais como polímeros, derivados 
de petróleo ou concreto.
As madeiras submersas são um caso particular e devem ser divididas conforme o ambiente 
aquático em que se encontram. Em regra, se ela está completamente submersa em água 
doce, estará saturada e, portanto, não possuirá oxigênio livre para desenvolvimento de 
agentes biodeterioradores. Nessa situação, o risco de biodeterioração será na região da 
lâmina de água do rio, em que ocorre variação de umidade, devido variação no nível 
da água do corpo d’água. Na água salgada têm-se os perfuradores marinhos, logo, a 
saturação dos poros no mar não garantirá proteção contra o ataque de agentes bióticos.
3.2.2.4. Fonte de alimento
Os agentes bióticos podem usar a madeira para diversas funções, sendo, segundo Ritter 
e Morrel (1990), usada principalmente como fonte de alimento. Um método eficiente de 
evitar o ataque dos biodeterioradores é a utilização de impermeabilizantes que impeçam 
que os organismos tenham contato direto com a madeira e possam degradá-la, tornando-a 
26
UNIDADE I | DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA
sensível ao ataque somente se a camada protetora for insuficiente ou apresentar alguma 
abertura que permita a penetração de agentes (BRITO, 2014).
Madeiras de melhor qualidade (mais densas) apresentam, naturalmente, uma maior 
resistência ao ataque de agentes bióticos. Contudo, essa resistência não é definitiva, e o 
ataque contínuo, associado com o de outros agentes, como intemperismo e lixiviação, 
resultará na degradação da madeira (BRITO, 2014).
3.3. Causas de deterioração das estruturas
Para que se possa garantir a durabilidade e funcionalidade da estrutura de madeira, é 
fundamental que se conheça os principais elementos capazes de deteriorá-la. A partir 
dessa informação, é possível definir as diretrizes a serem adotadas na peça (como 
revestimentos, impermeabilizantes, tratamentos etc.), necessárias para que ela possa 
manter-se funcional por longos períodos.
As causas podem ser divididas de diversas maneiras, conforme suas singularidades ou 
similaridades. Segundo Brito (2014), adaptando a classificação proposta por Souza e 
Ripper (1998), as principais causas de deterioração das estruturas de madeira podem 
ser assim divididas:
 » causas intrínsecas: são todas as causas inerentes à própria estrutura, ou seja, 
derivadas dos materiais e peças estruturais utilizados. Podem ser oriundas de:
 › falhas humanas: podem ser divididas nas seguintes fases:
 ◦ durante a construção: comumente, são derivadas da falta de mão de obra 
qualificada, resultando na escolha inadequada de materiais e/ou falhas nas 
práticas construtivas utilizadas;
 ◦ durante a utilização: as falhas nessa fase se relacionam principalmente às 
manutenções tanto preventivas (ausentes ou insuficientes)quanto corretivas 
(também inadequadas ou insuficientes).
 » causas naturais: são aquelas inerentes às características da madeira e sua 
suscetibilidade ao ataque de diferentes agentes deteriorativos. Nesse caso, a estrutura 
de madeira está sujeita a:
 › ações de agentes bióticos: originadas pelas condições favoráveis presentes na 
madeira (umidade, temperatura, fonte de alimento disponível e oxigênio livre);
 › ações de agentes abióticos, que podem ser derivadas de:
 ◦ causas químicas: oriundas dos compostos químicos próprios da madeira;
27
DEFINIÇÕES E PROPRIEDADES DAS ESTRUTURAS DE MADEIRA | UNIDADE I
 ◦ causas físicas: são originadas devido às propriedades da madeira, tal como a 
variação dimensional diferenciada nas peças oriunda da anisotropia.
 » causas extrínsecas: são causas que independem do corpo estrutural em si, ou seja, 
são elementos externos à estrutura.
 › falhas humanas: em grande parte, relacionam-se à ausência de alguma atividade 
ou elemento, que poderia ser essencial para evitar uma patologia. Podem-se 
dividir as falhas humanas nas seguintes fases:
 ◦ durante o projeto: são falhas ou ausências relacionadas ao dimensionamento e 
detalhamento do projeto estrutural, tais como: ausência de projeto estrutura, 
ausência de sondagens do solo e avaliações inadequadas de carga;
 ◦ durante a utilização: são todas as modificações (estruturais, no terreno ou 
fundações, das cargas, do tipo de uso) que podem alterar a estrutura em uso 
e/ou as cargas a que esta estava sujeita. 
 » ações mecânicas: são as ações que vão solicitar mecanicamente a estrutura, 
geralmente relacionadas a choques e solicitações abruptas, que podem levar à 
fissuração ou ruptura da estrutura;
 » ações atmosféricas: diversas ações ambientais com capacidade de danificar a 
estrutura, tais como raios, vento, enchentes, raios ultravioletas;
 » ações químicas: elementos químicos, derivados dos preservativos ou de vazamentos, 
com capacidade de danificar a madeira ou seus elementos de ligação;
 » ações biológicas: presença ou desenvolvimento de agentes biológicos na nas regiões 
próximas e/ou edificações vizinhas.
28
REFERÊNCIAS
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	UNIDADE I
	Definições e Propriedades das Estruturas de Madeira
	Capítulo 1 
	Definições e propriedades das estruturas 
de madeira
	Capítulo 2 
	A madeira como material de construção
	Capítulo 3 
	Sintomatologia nas estruturas de madeira
	Referências

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