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DESCRIÇÃO Estudo da rotina de calibração de sistemas de medição, atividades de ajuste e regulagem. Critérios para definição de calibração dos instrumentos e a forma adequada de avaliação dos resultados no certificado de calibração. PROPÓSITO Estudar a Metrologia básica, as atividades de calibração dos sistemas de medição para a adequada rastreabilidade, os conceitos que influenciam na rotina de uso dos instrumentos e como executar a avaliação de um certificado de calibração é de extrema relevância para todos que atuam tanto em laboratórios de calibração como em outros campos, como engenharia, indústria, saúde, fármacos etc. PREPARAÇÃO É recomendável ter acesso a alguns documentos complementares e de referência na íntegra, incluindo o Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM), Sistema Internacional de Unidades (SI) e a norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017. OBJETIVOS MÓDULO 1 Definir as atividades de verificação, ajuste e regulagem MÓDULO 2 Definir calibração e seus principais métodos, como a calibração de medidores de vazão MÓDULO 3 Definir critérios para avaliação de certificados de calibração CALIBRAÇÃO DOS SISTEMAS DE MEDIÇÃO MÓDULO 1 Definir as atividades de verificação, ajuste e regulagem VERIFICAÇÃO, AJUSTE E REGULAGEM VERIFICAÇÃO A VERIFICAÇÃO É UMA OPERAÇÃO METROLÓGICA E, SEGUNDO O ITEM 2.44 DO VOCABULÁRIO INTERNACIONAL DE METROLOGIA (VIM), VERSÃO 2012, É CONCEITUADA COMO “FORNECIMENTO DE EVIDÊNCIA OBJETIVA DE QUE UM DADO ITEM SATISFAZ REQUISITOS ESPECIFICADOS”. Nesse sentido, é importante contar com um documento que sirva de referência para sua realização, como uma norma, um regulamento ou um documento. A verificação não deve alterar as características metrológicas do sistema de medição, sendo seu principal objetivo a confirmação da manutenção de características metrológicas do sistema verificado (VIM, 2012). Imagem:Shutterstock.com Pode-se observar que o conceito de verificação é bastante abrangente. As verificações podem ser feitas, inclusive, todas as vezes que o sistema de medição for utilizado ou em qualquer outra periodicidade preestabelecida, porém, a periodicidade deve considerar as características específicas de cada sistema. VOCÊ SABIA Um tipo de verificação de grande importância é a verificação intermediária. A verificação intermediária dos instrumentos de medição assemelha-se à calibração, com a principal diferença de poder ser executada pelo agente usuário dos instrumentos de medição, nas condições de trabalho, não necessitando o envio do item para laboratórios de ensaio ou calibração acreditados para tal finalidade e escopo. Imagem:Shutterstock.com Os padrões envolvidos em uma verificação intermediária não necessariamente possuem rastreabilidade assegurada e o processo não tem a exigência da emissão de um certificado de calibração e estimativa da incerteza de medição. Trata-se do monitoramento contínuo de um item em que são medidas suas propriedades metrológicas, a fim de detectar modificações ao longo do tempo. Nem todo equipamento de um laboratório necessita ser verificado periodicamente, mas devemos ficar atentos àqueles instrumentos em que existem exigências legais, contratuais e que estão sob estudo do intervalo de calibração. Orientações específicas sobre verificação intermediária de instrumentos de medição também podem ser verificadas no documento orientativo DOQ-CGCRE-036. Porém, se não existem restrições à realização dessa avaliação, convém que ela seja realizada em todos os equipamentos disponíveis, considerando o aumento da confiabilidade das medições, diminuição de riscos relacionados à entrega de trabalho não conforme que impactem na reputação e credibilidade da organização e minimização de retrabalhos relacionados com ações corretivas em trabalhos não conformes. DOQ-CGCRE-036 Pesquisar no site do INMETRO em: Documentos Necessários para Acreditação de Laboratórios de Calibração e de Ensaios segundo requisitos da NBR ISO/IEC 17025. NOS CASOS EM QUE A VERIFICAÇÃO INTERMEDIÁRIA DOS ITENS NÃO FOR REALIZADA NA SUA TOTALIDADE, CONVÉM QUE A ORGANIZAÇÃO CLASSIFIQUE E PRIORIZE O RISCO E OS IMPACTOS A FIM DE IDENTIFICAR QUAIS INSTRUMENTOS PODEM SER DISPENSADOS DESSA ETAPA (LEMBRANDO QUE OS RISCOS DA NÃO REALIZAÇÃO, NESSE CASO, DEVEM ESTAR CLARAMENTE ENTENDIDOS COMO ACEITOS PELA ORGANIZAÇÃO – BEM COMO SUAS CONSEQUÊNCIAS). ESSA INFORMAÇÃO DEVE SER CLARAMENTE DOCUMENTADA NOS PROCEDIMENTOS INTERNOS DA ORGANIZAÇÃO, INCLUINDO SUA PERIODICIDADE. A verificação eventual, não planejada, também pode ocorrer por diversos motivos, por exemplo, verificar se um instrumento transferido de um local para outro manteve suas características, em caso de queda do instrumento ou outros eventos que possam afetar seu adequado funcionamento etc. O mais importante é manter registros adequados de todas as verificações executadas, garantindo o monitoramento de todos os possíveis fatores que influenciam na manutenção das condições de calibração dos sistemas de medição. As cartas de controle são uma das sete ferramentas da qualidade e são úteis para monitoramento de quaisquer processos. Se corretamente aplicadas, podem facilmente detectar tendências ou desvios da qualidade, considerando os limites definidos. javascript:void(0) Imagem:Shutterstock.com O OBJETIVO DAS CARTAS DE CONTROLE É RESSALTAR ANOMALIAS EM UM PROCESSO BASEADO EM LIMITES PREVIAMENTE ESTABELECIDOS. Sua estrutura é simples. Trata-se de um gráfico de dispersão em que são ressaltadas três linhas: a linha central (que é definida pelo valor esperado do processo – considerando a média como o valor mais provável ou um valor de referência) e duas linhas de controle (superior e inferior), que distam da linha média exatamente a tolerância definida para o processo. Nessa estrutura, todas as medições realizadas devem ser plotadas nesse gráfico e a cada ponto é verificada se a nova indicação se encontra dentro dos limites definidos e, ainda, se está se aproximando lentamente de um dos limites de controle. A condição ideal a ser buscada é a manutenção dos valores com dispersões controladas pelos limites definidos e o mais próximo possível da linha média. SE ALGUM RESULTADO VERIFICADO ULTRAPASSAR OS LIMITES DO PROCESSO, IMEDIATAMENTE DEVEM SER VERIFICADAS AS CAUSAS DAS VARIAÇÕES E INTERVENÇÕES DEVEM SER REALIZADAS. Existem dois tipos de cartas de controle, a saber: Carta de controle por variáveis Carta de controle por atributos A carta de controle por variáveis apresenta maior completeza de informações, portanto, torna-se mais complexa na comparação, mas permite que sejam identificadas falhas com maior celeridade, possibilitando que sejam aplicadas ações preventivas. Seu contraponto, a carta de controle por atributos, apenas indica o estado de conformidade do processo, o que implica em, quando uma não conformidade for evidenciada, apenas ações corretivas e correções podem ser realizadas. AJUSTE E REGULAGEM O ajuste é um conceito que deve ser bastante lembrado, pois há muita confusão em relação ao seu conceito. SEGUNDO O SUBITEM 3.11 DO VIM (2012), O AJUSTE DE UM SISTEMA DE MEDIÇÃO É DEFINIDO COMO “CONJUNTO DE OPERAÇÕES EFETUADAS NUM SISTEMA DE MEDIÇÃO, DE MODO QUE ELE FORNEÇA INDICAÇÕES PRESCRITAS CORRESPONDENTES A DETERMINADOS VALORES DE UMA GRANDEZA A SER MEDIDA.” Há diversos tipos de ajuste de um sistema de medição, incluindo o ajuste de zero, o ajuste de desvio (às vezes chamado ajuste de offset) e o ajuste de amplitude (às vezes chamado ajuste de ganho). ATENÇÃO Ajustar não é calibrar, portanto, após o ajuste do sistema de medição, tal sistema deve ser recalibrado. É de extrema importância conhecer a relação entre as operações de calibração, verificação, ajuste ou regulagem. A verificação, conforme citado, pretende avaliar a continuidade das características apresentadas em uma calibração, seu objetivo não é modificar características. Já o ajuste ou regulagem ocorre quando, após uma calibração ou verificação, o sistema de mediçãoapresenta características inadequadas ao que se pretende medir, caso ele permita, para que suas indicações sejam aproximadas aos valores pretendidos e apontados na calibração como sendo aquelas indicações mais próximas das condições ideais. Imagem:Shutterstock.com IMPORTANTE COMPREENDER QUE, CASO SEJA EXECUTADO UM AJUSTE OU REGULAGEM, A ALTERAÇÃO DOS PARÂMETROS DE UM INSTRUMENTO PODE AFETAR MAIS COISAS DO QUE SE PRETENDE REGULAR. EXEMPLO No passado, era comum ouvir histórias de pessoas que abriam “relógios de corda” para eliminar algumas folgas de seu interior e ao final do processo de desmonte e montagem do relógio sobrarem uma ou duas peças do lado de fora que “não faziam falta” para o seu funcionamento (isso pode ser considerado como nossos primeiros passos na ciência!). A situação ilustrada, por mais exagerada que pareça, mostra que modificar parâmetros internos de um item exige que seja feita nova calibração para apontar qual é a nova relação entre as indicações e seus valores de referência. É um processo interativo e dinâmico e, por essa razão, muitas vezes se encerra quando se atinge um limiar de aceitabilidade. Comum é aplicar as correções ao resultado de medição puramente, visto que reiterar o processo de calibração tantas vezes, exige que sejam gastos recursos da organização. PODEMOS DEFINIR A OPERAÇÃO DE AJUSTE COMO SENDO UMA OPERAÇÃO CORRETIVA, QUE SE PROPÕE A FAZER COM QUE O INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO OBTENHA DESEMPENHO COMPATÍVEL COM O SEU USO. Imagem:Shutterstock.com Lembramos novamente que calibrações e ajustes não são sinônimos e, como tais, não devem ser aplicados. Calibração está relacionada a uma comparação com uma referência e tem o objetivo de avaliar o desempenho do instrumento e registrar as informações em um certificado de calibração, enquanto ajuste está relacionado a uma regulagem e deve ser realizado apenas após um procedimento de calibração, quando são conhecidos os desvios à referência proposta. IMPACTOS DOS AJUSTES E REGULAGENS O AJUSTE OU REGULAGEM SÃO OPERAÇÕES CORRETIVAS QUE PRETENDEM RETOMAR CARACTERÍSTICAS DE UM INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO AO MAIS ADEQUADO AO QUE SE PRETENDE MEDIR. É importante compreender que, ao proceder tais intervenções, as características dos instrumentos podem ser definitivamente alteradas. As alterações pretendem, como vimos, corrigir uma característica indesejada, porém, pode afetar negativamente o resultado do sistema de medição. MAS COMO CORRIGIR PODE OCASIONAR IMPACTOS NEGATIVOS? VAMOS COMPREENDER ESSA QUESTÃO POR MEIO DE UM EXEMPLO. Imagine que a universidade possua uma balança há 10 anos no laboratório de materiais. O laboratório solicita anualmente a calibração da balança a um laboratório acreditado, pertencente à Rede Brasileira de Calibração (RBC) e, a cada três meses, o responsável pelo laboratório executa a verificação utilizando um conjunto de pesos padrão também calibrado por um laboratório pertencente à RBC. Em 2020, a universidade não conseguiu realizar a calibração da balança por impossibilidade de agenda causada pela pandemia de Covid-19. Mas o conjunto de pesos padrão foi enviado para a calibração dentro da periodicidade estabelecida no procedimento interno do laboratório: um ano. O laboratório, impossibilitado de proceder à calibração anual de sua balança, avaliou as tendências e a estabilidade da balança com base nas calibrações anteriores, procedeu às verificações dentro do prazo preestabelecido e optou por manter a balança em uso até a próxima calibração, prorrogando seu prazo. Essa decisão é muito comum, principalmente, quando os instrumentos apresentam um longo histórico de calibrações e boas características de estabilidade. Em janeiro de 2021, um pouco antes do envio do conjunto de pesos padrão para a calibração, ao executar a primeira verificação periódica, o resultado da balança apresentou-se fora dos limites preestabelecidos na carta controle e muito fora do histórico. E agora? A verificação foi repetida e a balança foi retirada de uso. Até aqui não há nada de errado em relação ao procedimento, correto? Então, por que a balança perdeu suas características históricas? Na busca de explicação técnica para o ocorrido, o responsável pelo laboratório verificou os registros de condições ambientais, os acessos ao laboratório e tudo mais que julgava ter relação com o ocorrido. Nada que pudesse afetar o adequado funcionamento da balança foi localizado. Assim, a balança permaneceu fora de uso até que pudessem agendar uma nova calibração. Em fevereiro de 2021, o laboratório conseguiu finalmente agendar visita de um técnico para execução da calibração da balança para o mês seguinte: março. Em março de 2021, o técnico do laboratório da RBC foi até o laboratório da universidade e executou a calibração. O certificado foi emitido no mesmo dia e, ao inserir os dados da calibração na carta controle, o responsável do laboratório verificou que a balança se encontrava dentro do histórico. Como assim? Mas como é possível? Não havia ficado reprovada na verificação? Após refletir bastante a respeito de todos os fatores de influência, as dúvidas do responsável recaíram sobre o conjunto de pesos padrão utilizado na verificação. Ao analisar o histórico do conjunto de pesos, verificou que havia uma diferença considerável entre a última calibração e o histórico dos anos anteriores. Mas como o conjunto de pesos estava em uso? Por que colocaram esses padrões em uso mesmo com a diferença em relação ao histórico? Após muito refletir, o responsável lembrou-se de que ficou em casa no período de recesso de fim de ano e, logo em seguida, tirou 30 dias de férias. Quem ficou responsável por solicitar a calibração do conjunto de pesos padrão foi seu substituto. Mas por que aprovou a calibração do conjunto de pesos? Será que não sabia avaliar? Precisava de treinamento? Ao interrogar o seu substituto, ele informou que havia solicitado o serviço de ajuste antes porque iria encaminhar para a calibração. O substituto teve uma decisão proativa e não estava exatamente errado, mas acabou descaracterizando o conjunto de pesos e, consequentemente, perdendo todo o histórico de calibração. Para entender melhor, o laboratório tinha agora pesos “novos”, dentro da classe adequada, mais exatos e sem calibração. Assim, não servia para executar a verificação da balança. Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal CONSEGUE PERCEBER O TRANSTORNO CAUSADO POR UM AJUSTE? O OBJETIVO DO AJUSTE OU DA REGULAGEM PODE SER BOM, MAS FAZ COM QUE A CALIBRAÇÃO PERCA A VALIDADE E, ACIMA DE TUDO, TODO O HISTÓRICO DO INSTRUMENTO SE PERCA. A PERDA DO HISTÓRICO POR SI SÓ JÁ É ALGO BASTANTE INDESEJADO PORQUE VÁRIAS CARACTERÍSTICAS PODEM SER DETERMINADAS COM BASE NELE (POR EXEMPLO, DERIVA TEMPORAL, ESTABILIDADE, TENDÊNCIA ETC.). ASSIM, AJUSTE E REGULAGENS SÃO VIÁVEIS APENAS EM CASOS DE EXTREMA NECESSIDADE FUNCIONAL. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. A RESPEITO DAS VERIFICAÇÕES INTERMEDIÁRIAS, É CORRETO AFIRMAR QUE A) substituem as calibrações. B) são requeridas por regulamentos de metrologia legal. C) não alteram as características dos instrumentos. D) devem ocorrer a cada seis meses. E) são obrigatoriamente realizadas todo ano. 2. QUANTO AO AJUSTE, É CORRETO AFIRMAR QUE A) deve ser realizado periodicamente. B) não invalida o certificado de calibração anterior. C) é recomendado para casos de baixa precisão. D) invalida o histórico de calibração do instrumento. E) tem a mesma função da verificação. GABARITO 1. A respeito das verificações intermediárias, é correto afirmar que A alternativa "C " está correta. O principal objetivo da verificação é a confirmação da manutenção de características metrológicas do sistema verificado. Diferentemente do ajuste, a verificação não deve alterar as características metrológicas do sistema de medição. 2. Quanto ao ajuste, é correto afirmar que A alternativa "D " está correta. Ajustar um sistema de medição é definir um conjunto de operaçõesa serem efetuadas em um sistema de medição, para que haja o fornecimento de indicações de valores correspondentes às grandezas medidas. Diversos são os tipos de ajustes em um sistema, como ajuste zero e o ajuste de desvio. Lembrando que, após ajustar um equipamento, é necessário calibrá-lo. MÓDULO 2 Definir calibração e seus principais métodos, como a calibração de medidores de vazão MÉTODOS DE CALIBRAÇÃO CONCEITUAÇÃO DE CALIBRAÇÃO Não podemos falar de Metrologia sem passar pelo conceito de calibração. Depois da criação de um sistema coerente de grandezas e unidades, aplicado e aceito por todos os países do mundo, a ideia da calibração de um sistema de medição é o mais importante conceito metrológico outrora desenvolvido. Na calibração é que se fazem conhecidos os desvios dos instrumentos de medição e aperfeiçoamos todos os processos facultando os ajustes. Todas as organizações, independentemente de tamanho, receita e número de funcionários deveriam compreender os benefícios e a importância da calibração. Imagem:Shutterstock.com EM VIRTUDE DA CALIBRAÇÃO É QUE SÃO FACULTADAS OPORTUNIDADES DE APERFEIÇOAMENTO DA LINHA DE PRODUÇÃO POR MEIO DA MEDIÇÃO AJUSTADA AOS PROCESSOS, ACARRETANDO MELHOR APROVEITAMENTO DOS RECURSOS E MENOR VARIABILIDADE DOS RESULTADOS, ALÉM DA CONDIÇÃO DE RASTREABILIDADE METROLÓGICA DOS RESULTADOS, QUE RESULTA EM INCREMENTOS NA CONFIANÇA DE UMA MARCA E SEU PRODUTO – QUE É UM BENEFÍCIO INDIRETO DA RASTREABILIDADE METROLÓGICA. Se antes a calibração de instrumentos de medição era uma exigência burocrática, como visto por muitas empresas, o pensamento atual é que sem evidência de calibração fica impossível comprar e vender no mundo globalizado. VAMOS COMPREENDER UM POUCO MELHOR SOBRE O CONCEITO DE CALIBRAÇÃO, SUAS ETAPAS E COMPONENTES? RESPOSTA Para conhecer o procedimento de calibração de um item, em termos gerais, a resposta está na definição oficial do termo calibração. Segundo o subitem 2.39 do VIM (2012), calibração é definida como “Operação que estabelece, sob condições especificadas, numa primeira etapa, uma relação entre os valores e as incertezas de medição fornecidos por padrões e as indicações correspondentes com as incertezas associadas; numa segunda etapa, utiliza esta informação para estabelecer uma relação visando a obtenção de um resultado de medição a partir de uma indicação”. A primeira coisa que aprendemos é que podemos separar o processo de calibração em duas etapas e é frequente a interpretação errônea que a calibração se encerra na primeira etapa. NA PRIMEIRA ETAPA SÃO COMPARADOS OS VALORES DE INDICAÇÃO DE UM INSTRUMENTO COM UMA REFERÊNCIA. Método da Medição Direta Quando depositamos ou colocamos um artefato físico para ser medida alguma propriedade inerente dele. Método Comparativo Quando utilizamos um padrão para buscar similitudes e dissimilaridades entre propriedades de ambos. O elemento que tomamos por referência na medição direta ou comparativa é denominado padrão. Ainda veremos aqui as diversas tipologias de padrões, variando apenas em sua exatidão de medição e convenções ratificadas. A exatidão de medição é outro conceito importantíssimo para o entendimento da calibração e é conceituada como “Grau de concordância entre um valor medido e um valor verdadeiro de um mensurando” (VIM, 2012). A exatidão de medição é algumas vezes entendida como o grau de concordância entre valores medidos que são atribuídos ao mensurando, mas não é uma grandeza, portanto, não lhe é atribuído um valor numérico. Assim, uma medição é dita mais exata quando fornece um erro de medição menor. ATENÇÃO O termo “exatidão de medição” não deve ser utilizado no lugar de veracidade de medição, assim como o termo “precisão de medição” não deve ser utilizado para expressar exatidão de medição, o qual, contudo, está relacionado a ambos os conceitos. PADRÕES DE CALIBRAÇÃO Os padrões utilizados nas calibrações também passam por processos de calibração referenciados a padrões de maior classe de exatidão e, assim, sucessivamente, todos os instrumentos de medição calibrados são referenciados ao padrão existente com a maior classe de exatidão, que representa a realização de uma unidade do Sistema Internacional. Imagem:Shutterstock.com Com a evolução da Física Quântica, a realização das unidades não depende mais de artefatos físicos restritos a um local do planeta. Atualmente, algumas experiências foram ratificadas para que, utilizando constantes fundamentais da natureza, seja possível reproduzir a realização das unidades em qualquer local do planeta. VOCÊ SABIA Nem todas as unidades podem ser reproduzidas por esses experimentos, mas todas as unidades básicas de nosso sistema coerente de unidades podem ser reproduzidas desse modo. Assim, por meio da realização das unidades de base do nosso sistema de unidades é possível relacionar e promover valores com baixíssimas incertezas para todas as unidades de nosso sistema. Esse padrão de medição é comparado com o mensurando da medição segundo uma descrição detalhada, de acordo com um ou mais princípios de medição e com um dado método de medição, baseada em um modelo de medição e incluindo todo cálculo destinado à obtenção de um resultado de medição, e aí chegamos à segunda etapa. A SEGUNDA ETAPA DE UMA CALIBRAÇÃO VISA RELACIONAR OS DESVIOS COM RELAÇÃO AO PADRÃO UTILIZADO E SUAS RESPECTIVAS INCERTEZAS PARA CRIAR UMA LEI GERAL QUE PERMITA GENERALIZAR A RELAÇÃO DESCOBERTA ENTRE OS VALORES APROPRIADOS, GERADOS PELO PADRÃO, COM OS VALORES INDICADOS PELO INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO. Uma calibração pode ser expressa por meio de: DECLARAÇÃO FUNÇÃO DE CALIBRAÇÃO DIAGRAMA DE CALIBRAÇÃO CURVA DE CALIBRAÇÃO TABELA DE CALIBRAÇÃO Em alguns casos, pode ser uma correção aditiva ou multiplicativa da indicação com uma incerteza de medição associada. Esses valores dessas correções são tomados com referência aos valores dos padrões utilizados. Agora que já definimos que toda calibração é uma espécie de comparação com uma referência, é importante também conhecer os diversos tipos, classes e espécies de padrões existentes. NO GERAL, UM PADRÃO É UMA MEDIDA MATERIALIZADA, INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO, MATERIAL DE REFERÊNCIA OU SISTEMA DE MEDIÇÃO DESTINADO A DEFINIR, REALIZAR, CONSERVAR OU REPRODUZIR UMA UNIDADE OU UM OU MAIS VALORES DE UMA GRANDEZA PARA SERVIR COMO REFERÊNCIA. MAS POR SUA GAMA MUITO EXTENSA DE EQUIPAMENTOS, INCERTEZAS E TOLERÂNCIAS, CABE ANTECIPAR ALGUMAS CLASSES ESPECIAIS DE PADRÕES APRESENTADAS NO VIM (2012). SAIBA MAIS O calibrador (5.12, VIM, 2012) é o termo utilizado para definir o “Padrão de medição utilizado em calibrações”. O termo “calibrador” é utilizado apenas em certos domínios (por exemplo, nos laboratórios de calibração em metrologia elétrica do Inmetro). O material de referência (MR) (5.13, VIM, 2012) se refere ao “material, suficientemente homogêneo e estável em relação a propriedades específicas, preparado para se adequar a uma utilização pretendida numa medição ou num exame de propriedades qualitativas”. O exame de uma propriedade qualitativa de um material fornece um valor a essa propriedade e uma incerteza associada. Esta incerteza não é uma incerteza de medição. Os materiais de referência compreendem os materiais que dão suporte a grandezas e a propriedades qualitativas e podem ser utilizados apenas para calibração ou para garantia da qualidade. Por esta razão, convém incluir nas especificações dum material de referência a sua rastreabilidade, a qual indique a sua origem e o seu processamento. Os materiais de referência com ou sem valores OS MATERIAIS DE REFERÊNCIA COM OU SEM VALORES ATRIBUÍDOS PODEM SER UTILIZADOS PARA CONTROLAR A PRECISÃO DE MEDIÇÃO, ENQUANTO APENAS OS MATERIAIS DE REFERÊNCIA COM VALORES ATRIBUÍDOS PODEM SER UTILIZADOS PARA A CALIBRAÇÃO OU PARA O CONTROLE DA VERACIDADE DE MEDIÇÃO. O material de referência certificado (MRC) (5.14, VIM, 2012) é o “material de referência acompanhado de uma documentação (um certificado)emitida por uma entidade reconhecida, a qual fornece um ou mais valores de propriedades especificadas com as incertezas e as rastreabilidades associadas, utilizando procedimentos válidos”. Nessa definição, o termo “incerteza” pode designar a “incerteza de medição” ou a “incerteza associada ao valor de uma propriedade qualitativa”, tal como a identidade ou a sequência. O termo “rastreabilidade” pode designar tanto a “rastreabilidade metrológica do valor de uma grandeza”, como a “rastreabilidade do valor de uma propriedade qualitativa”. ANTERIORMENTE, DESCOBRIMOS QUE A CALIBRAÇÃO E O AJUSTE DE UM INSTRUMENTO SÃO ETAPAS INTERDEPENDENTES QUANDO SE DESEJA REGULAR UM ITEM, PROJETANDO AS DEVIDAS CORREÇÕES NAS LEITURAS DE SEUS INSTRUMENTOS. POR ESSA RAZÃO, ELENCAREMOS ESSA COMO SENDO A PRIMEIRA VANTAGEM DE CALIBRAR UM INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO. Imagem:Shutterstock.com O principal benefício que obtemos na calibração é a possibilidade de assegurar que nossos resultados de medição estão relacionados a uma referência local, compartilhando a responsabilidade sobre a confiabilidade metrológica das informações e garantindo a manutenção da continuidade da cadeia de rastreabilidade metrológica, e assim é possível corrigir indicações e relacionar incertezas. Uma vez que relacionamos as incertezas de medição, expandimos a zona de confiabilidade das medições, ampliando os graus de liberdade do nosso resultado – essa é a segunda vantagem de relacionarmos incertezas de processos da cadeia de rastreabilidade. ATENÇÃO Como todo processo de calibração se encerra na estimativa da incerteza de medição adequada com emissão de certificado de calibração, relacionamos como uma terceira vantagem a organização e relacionamento da condição do instrumento de medição nos certificados de medição emitidos, permitindo a possibilidade de realizar avaliação do histórico do item, conhecendo suas tendências e limites de operação. Além dessas condições, os certificados de calibração trazem informações sobre os procedimentos utilizados para calibração, bem como a norma de referência utilizada, as condições ambientais locais do ambiente em que foram desenvolvidas as calibrações, quais foram os padrões e equipamentos que garantiram a rastreabilidade do item, a data de calibração e emissão do certificado, os nomes e rubricas dos signatários responsáveis pela calibração e os resultados da medição alcançados, com sua respectiva incerteza de medição expressa na mesma unidade do resultado. Muito se ouve falar que o intervalo de calibração deve ser a cada ano ou um múltiplo dessa quantidade. Será que a rotação que a Terra faz ao redor do Sol afeta de algum modo nossos instrumentos? Se você suspeita que a resposta é não, para a maioria dos instrumentos de medição, você está correto. Pequenas anomalias gravitacionais podem interferir nas medições devido ao ato de translação terrestre e mesmo tendo pequenas contribuições, certamente elas não serão a principal causa da recalibração de nossos instrumentos de medição. Imagem:Shutterstock.com Não há problemas em, na primeira recalibração, utilizarmos o período de um ano para efetuar a operação, mas, certamente depois desse ciclo, você já terá argumentos técnicos suficientes para aumentar ou diminuir esse intervalo. Diversos métodos para selecionar esse aumento ou redução do intervalo de calibração de um instrumento podem ser encontrados. Em geral, a tomada de decisão para essa definição depende de diversos fatores, desde a frequência de utilização do instrumento, os cuidados com limpeza, armazenamento, transporte e utilização, o treinamento das pessoas que utilizam o equipamento e a quantidade de vezes que são realizadas verificações intermediárias no item. E esses são apenas alguns exemplos de influências a esse tempo! Muitas outras mais existem e precisam ser avaliadas, mas note que isso não significa ter um controle extremo que exige que sejam realizadas calibrações semanais. Há casos em que alguns padrões têm intervalo mínimo de calibração de uma década e isso não traz prejuízo ao sistema e organização, mas obriga alto grau de organização na documentação das verificações intermediárias do item para que isso não seja um problema nas avaliações técnicas ou auditorias que porventura possam acontecer para verificar a qualidade dos resultados apresentados. É FUNDAMENTAL MANTER CONTROLES E UM ARQUIVO COM O HISTÓRICO DE TODOS OS INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO. ACOMPANHAR A DERIVA INSTRUMENTAL OU AS TENDÊNCIAS PODE AUXILIÁ-LO A COMPREENDER O COMPORTAMENTO DO ITEM E DEFINIR O TEMPO ADEQUADO, MAS TENHA EM MENTE QUE DOIS INSTRUMENTOS DE MESMA MARCA E MESMO MODELO PODEM TER PRAZOS AJUSTADOS EM TEMPOS DIFERENTES POR CAUSA DE CONDIÇÃO/TEMPO DE USO OU EXPOSIÇÃO A AGENTES DEGRADANTES. Não existe a regra de ouro que vai determinar qual o prazo ideal de calibração de um termômetro ou multímetro. Apenas controle, tempo e verificação poderão fornecer insumos para essa tarefa. A literatura poderá informar algumas técnicas estatísticas que lhe atribuirão maior confiança à sua decisão. RELEMBRANDO O prazo definido para o intervalo de calibração deve ser dinâmico, então, não se preocupe se o tempo dilatou ou reduziu em certa avaliação baseada em métodos estatísticos. A reavaliação desses períodos reforça a ideia de um setor comprometido com a qualidade dos resultados e engajado em alcançar a excelência metrológica. Por fim, caso não se tenha segurança para a tomada de decisão e, considerando que essa é uma importante decisão estratégica de uma organização, convém que a decisão seja tomada de modo compartilhado por uma equipe que tenha conhecimento tácito do produto, de sua utilização e do ambiente em que o item se encontra, além de considerar o conhecimento técnico dos envolvidos e as informações de outros usuários do item. CALIBRAÇÃO DE MEDIDORES DE VAZÃO Imagem: domínio público Exemplo de medidor de vazão. O medidor de vazão ou totalizador de volume de fluido é o instrumento que totaliza o volume de um fluido (gás ou líquido) que passa através de uma seção transversal de um conduto durante um determinado intervalo de tempo. Na indústria e no comércio há diversas aplicações para tais instrumentos, como medição de vazão de água, medição de vazão de combustíveis, entre outros. Além das diversas aplicações, há também diversos métodos de totalização de vazão, sendo 3 os principais: TOTALIZADOR DE MASSA DE FLUIDO Instrumento que totaliza a massa de um fluido (gás ou líquido) que passa através de uma seção transversal de um conduto durante um determinado intervalo de tempo. MEDIDOR DE VAZÃO MÁSSICA DE FLUIDO Instrumento que mede a taxa de deslocamento de uma massa de um fluido (gás ou líquido) que passa através de uma seção transversal de um conduto em função do tempo. MEDIDOR DE VAZÃO VOLUMÉTRICA DE FLUIDO Instrumento que mede a taxa de deslocamento de um volume de um fluido (gás ou líquido) que passa através de uma seção transversal de um conduto em função do tempo. O processo de calibração de um medidor de vazão de fluido ou de um totalizador de volume ou de massa de fluido consiste basicamente na determinação de um ou mais parâmetros de desempenho metrológico (erro de indicação, fator do medidor (meter factor), fator K ou outro parâmetro) do medidor sob calibração, por meio da comparação entre o valor da grandeza medida (vazão volumétrica, vazão mássica, volume totalizado, massa totalizada ou outra grandeza de saída fornecida pelo medidor sob calibração) indicado pelo mesmo e o respectivo valor dessa grandeza, determinado por meio do uso de um padrão de medição. Considerando que o desempenho metrológico dos medidores de vazão e dos totalizadores de volume ou de massa de fluidos são dependentes da vazão de operação do medidor, recomenda-se que os mesmos sejam calibrados nas vazões usuais de operação definidas pelo usuário ou nas vazões nominais de operação constantes das normas técnicas aplicáveis à tecnologia de medição específica. Casoos pontos de vazão de operação do medidor não sejam definidos inicialmente e tampouco constem de norma ou regulamento técnico aplicável, convém que os medidores sejam calibrados nas vazões: Vazão mínima ( ); 3 vezes a vazão mínima (3 ); 10% da vazão máxima (0,1 ); 20% da vazão máxima (0,2 ); 40% da vazão máxima (0,4 ); 70% da vazão máxima (0,7 ); Vazão máxima (Qmax). Em que e são, respectivamente, as vazões mínima e máxima de operação do medidor. A CALIBRAÇÃO DE UM MEDIDOR DE VAZÃO DE FLUIDO OU DE UM TOTALIZADOR DE VOLUME OU DE MASSA DE FLUIDO NÃO INCLUI A CALIBRAÇÃO DE DISPOSITIVOS ADICIONAIS, TAIS COMO SENSORES E INDICADORES DE PRESSÃO E DE TEMPERATURA ASSOCIADOS AO MEDIDOR OU MÓDULO DE MEDIÇÃO. ESSES INSTRUMENTOS, APESAR DE INFLUENCIAREM NA TOTALIZAÇÃO DO VOLUME, SÃO CONSIDERADOS COMPLEMENTARES. Convém que a apresentação dos resultados de calibração de um medidor de vazão ou de um totalizador de fluidos seja na forma de uma tabela de resultados, conforme modelo apresentado na tabela 1. Qmin Qmin Qmax Qmax Qmax Qmax Qmin Qmax Vazão de calibração (m³/h) Valor indicado pelo medidor (m³/h) Valor de referência (m³/h) Parâmetro de desempenho metrológico (%) Desvio Padrão do parâmetro de desempenho metrológico (%) Incerteza expandida U(%) Fator de abrangência k Graus de liberdade efetivos 5 4,90 4,985 -1,71 0,25 0,58 1,97 13 10 9,84 9,985 -1,45 0,20 0,45 1,97 100 20 19,9 20,15 -1,24 0,18 0,37 1,98 100 40 39,8 40,22 -1,04 0,18 0,35 1,98 500 60 59,2 59,75 -0,92 0,17 0,34 2,00 1000 80 79,4 79,87 -0,59 0,18 0,34 2,00 2000 100 99,9 99,98 -0,08 0,18 0,34 2,00 3000 Tabela 1 - Resultados obtidos na calibração do medidor. Elaborada por Raimundo Alves de Rezende. Vamos a uma explicação rápida dos componentes da tabela. Na coluna Vazão de calibração, convém que seja utilizada uma unidade de medida da grandeza vazão volumétrica (m³/h, dm³/min etc.) ou vazão mássica (kg/h, t/h, g/min etc.) do fluido utilizado na calibração do medidor. Nas colunas Valor indicado pelo medidor e Valor de referência, convém que sejam utilizadas as unidades de medida que representem o mensurando, que pode ser a vazão volumétrica (m³/h, dm³/min etc.), a vazão mássica (kg/h, t/h etc.), o volume totalizado (m³, dm³ etc.) ou a massa totalizada (kg, t etc.) do fluido utilizado na calibração do medidor. ATENÇÃO Ambos os valores indicados pelo medidor sob calibração como o valor de referência devem estar referidos às mesmas condições de pressão e de temperatura, normalmente nas condições do fluido de calibração no medidor sob calibração ou nas condições de base ou de referência. Na coluna Parâmetro de desempenho metrológico, pode ser declarada a tendência de medição, o fator do medidor (meter factor), o fator K ou outro parâmetro. Na coluna Desvio padrão do parâmetro de desempenho metrológico, deixar claro se o valor declarado representa o desvio padrão das medidas ou o desvio padrão da média , sendo importante também informar o número de medições realizadas em cada vazão calibrada. Para cada condição de vazão calibrada, a incerteza expandida seja declarada como uma porcentagem do valor de referência. Veff S(xi) S( − xi) = S(xi) √n VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA: A) Denomina-se “calibrador” o cargo do técnico que executa as operações de calibração. B) Um padrão internacional é aquele reconhecido em acordo internacional, pensado para ser utilizado por todos os países do mundo. C) Um material de referência pode ser considerado como um padrão de medição. D) Denomina-se padrão secundário o item que é calibrado por um procedimento de medição primário. E) Um padrão de trabalho é aquele que é utilizado rotineiramente para calibrar ou controlar instrumentos de medição ou sistemas de medição. 2. SÃO CONSIDERADAS VANTAGENS DO PROCESSO DE CALIBRAÇÃO, EXCETO: A) A possibilidade de relacionar os resultados de medição a um padrão. B) A possibilidade de relacionar incertezas de processos da cadeia de rastreabilidade. C) A possibilidade de organizar o histórico das calibrações realizadas no item, com base nas informações dos certificados de calibração. D) A possibilidade de relacionar o histórico das calibrações realizadas no item, com base nas informações dos certificados de calibração. E) A possibilidade de responsabilizar o laboratório que realizou a calibração por erros no processo da minha organização oriundos de medições incorretas. GABARITO 1. Assinale a alternativa incorreta: A alternativa "A " está correta. O padrão de funcionamento de um equipamento de medida é definido pelo padrão de calibração, por isso, é necessário realizar a calibração dos equipamentos, com objetos considerados padrões por normas técnicas. 2. São consideradas vantagens do processo de calibração, exceto: A alternativa "E " está correta. O laboratório que realizou a calibração é responsável exclusivamente pelo item de calibração enquanto está em sua guarda e pelos dados contidos no certificado de calibração emitido, não tendo relação com erros do processo da organização proprietária do instrumento. MÓDULO 3 Definir critérios para avaliação de certificados de calibração AVALIAÇÃO CRÍTICA DE CERTIFICADOS COMPONENTES DO CERTIFICADO DE CALIBRAÇÃO O certificado de calibração é uma poderosa ferramenta para todos os usuários de instrumentos de medição e, portanto, deve ser analisada criticamente quanto às suas informações. Quando um laboratório recebe um certificado de calibração, juntamente com um item calibrado, a primeira coisa que deve ser feita com esse certificado é uma avaliação se o item atende aos requisitos do processo em que ele trabalha. Para isso acontecer, é necessário que sejam estabelecidos critérios de aceitação dos resultados. OS CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO DEVEM SER DEFINIDOS PELOS (OU EM CONJUNTO) USUÁRIOS DOS INSTRUMENTOS E SERVEM PARA FUNDAMENTAR AS DECISÕES DE APROVAÇÃO, OU NÃO, DE UM INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO PARA UMA UTILIZAÇÃO ESPECÍFICA. Por ser uma análise pontual de um processo, os critérios devem ser definidos pelos agentes que estão envolvidos na realização desse processo, a fim de verificar se os requisitos de medição especificados pelo método são atendidos ou não. São fatores que influenciam a definição dos critérios a exatidão requerida, a tolerância do processo e a máxima incerteza alvo. Outros parâmetros específicos podem ser acrescentados a essa lista, a depender dos processos analisados. Para início do debate sobre critérios de aceitação, uma regra geral que pode ser aplicada é a que a soma dos módulos do erro de medição com a incerteza de medição do ponto medido não ultrapasse o valor do critério de aceitação desenvolvido. ERRO TOTAL ≤ CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO Todo ponto de calibração que não satisfizer essa condição deve ser considerado para realização de ajustes ou correções ou reprovado, a depender do processo. Vejamos: Em um processo de envase, o critério de aceitação requerido para uma envasadora semiautomática de líquidos de baixa densidade é de 0,010L/garrafa. Duas envasadoras dessa linha de produção passaram por um processo de calibração e os resultados foram: Envasadora #01 ‒ erro máximo na faixa: (0,011 ± 0,001)L Envasadora #02 ‒ erro máximo na faixa: (0,008 ± 0,002)L Diante do exposto, essas envasadoras atendem ao critério de aceitação estipulado pela organização? Vamos analisar! Para a envasadora #01, temos que o erro total é dado por 0,011 + 0,001 = 0,012. Isso significa que erro total > critério de aceitação (0,010L). Para a envasadora #02, temos que o erro total é dado por 0,008 + 0,002 = 0,010. Isso significa que erro total está no limite do critério de aceitação (0,010L). Isso significa que a envasadora #01 deve ser ajustada e passar por novo processo de calibração para verificar se atende ao requisito. Não é possível utilizar o item sem esse cuidado prévio. Por sua vez, a envasadora #02 pode ser utilizada sem prejuízos, mas necessita ser monitoradaperiodicamente. Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal CRITÉRIOS DE APROVAÇÃO DOS CERTIFICADOS DE CALIBRAÇÃO Todo laboratório de ensaio e calibração deve seguir os requisitos expressos na norma ABNT NBR ISO/IEC 17025. Essa norma especifica requisitos gerais para a competência, imparcialidade e operação consistente de laboratórios. Nesse documento, são especificados todos os itens obrigatórios a constar no certificado de calibração. Imagem:Shutterstock.com A saber: um título, o nome e endereço do laboratório que executou a calibração, o local de realização da calibração, um código de identificação unívoca para o certificado, com data de emissão, informações de razão social e contato do cliente, identificação do método utilizado e uma declaração de que os resultados são exclusivos aos itens calibrados, adições, desvios ou exclusões em relação ao método, as condições ambientais do local da medição que influenciam no resultado, uma clara descrição e identificação do item sob calibração, descrição do emitente e local de final do certificado, os resultados da calibração, na unidade de medida e com suas respectivas incertezas de medição, uma relação dos itens que sustentam a rastreabilidade e uma declaração da rastreabilidade metrológica da operação, e os valores obtidos de calibração realizada antes de quaisquer ajustes realizados no instrumento, caso estes tenham sido efetuados. É NESSA ETAPA DE ANÁLISE DO CERTIFICADO DE CALIBRAÇÃO QUE É POSSÍVEL EFETUAR OPERAÇÕES DE COMPARAÇÃO DOS ERROS ENCONTRADOS COM OS CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO DESENVOLVIDOS (PREVIAMENTE) PELO LABORATÓRIO E REALIZAR A TOMADA DE DECISÃO ACERCA DA APROVAÇÃO (COM OU SEM RESTRIÇÕES) DA UTILIZAÇÃO DO EQUIPAMENTO OU SISTEMA NA LINHA DE PRODUÇÃO. Quando uma decisão pela aprovação ou rejeição da utilização de um item em um processo organizacional acontece, a organização deve prover meios de evidenciar a realização da análise crítica do certificado de calibração do item, bem como o resultado dessa operação. Todos os itens rejeitados nessa etapa de avaliação devem ser retirados de suas funções, claramente identificados acerca do seu status de utilização e encaminhados para realização de reparos, ajustes ou substituição por equipamento adequado. ATENÇÃO Em nenhuma hipótese devem ser utilizados instrumentos de medição que não estejam aprovados para realizar medições na faixa e condições de contorno. Não seguir essa orientação pode acarretar produção de trabalho não conforme, onerando custos desnecessários ao processo organizacional e minimizando a confiança no processo produtivo. GRAUS DE LIBERDADE E FATOR DE ABRANGÊNCIA: O QUE SIGNIFICAM? Não que exijam análises adicionais, mas vale sempre prestar atenção a esses dois coeficientes. OS GRAUS DE LIBERDADE DA INCERTEZA COMBINADA REFLETEM A ABUNDÂNCIA DE RESULTADOS QUE GARANTIRAM AS MEDIÇÕES REALIZADAS. QUANTO MAIORES OS GRAUS DE LIBERDADE DA INCERTEZA COMBINADA, MAIOR É A SEGURANÇA QUE O OPERADOR TEVE NO PROCESSO DE MEDIÇÃO, QUER SEJA PELO FATO DE SUAS ESTIMATIVAS PARA AS CONTRIBUIÇÕES PARA A INCERTEZA DE ENTRADA SEREM MUITO BEM DETERMINADAS E CONHECIDAS, QUER SEJA PELO FATO DO RESULTADO PERMANECER CONSISTENTE MESMO APÓS UM NÚMERO ELEVADO DE REPETIÇÕES TEREM SIDO EFETUADAS. Cabe lembrar que a definição oficial de incerteza de medição diz que essa medida é parâmetro não negativo que caracteriza a dispersão dos valores atribuídos a um mensurando, com base nas informações utilizadas. Por ser um parâmetro, entendemos que é uma característica de uma população, o que nos leva a pensar no tamanho dessa população. Os graus de liberdade carregam a informação da quantidade de repetições realizadas, tal que quanto maiores forem os graus de liberdade da incerteza, podemos pensar que maior foi o número de repetições consistentes executadas, na faixa de confiança delimitada pela incerteza de medição. Imagine que você dispõe de 5 rotas para chegar até sua casa, partindo de um ponto específico ‒ por exemplo, seu trabalho ou faculdade ‒ e em cada dia útil você decidiu retornar por um caminho diferente. No primeiro dia, você possui liberdade para escolher entre cinco caminhos distintos (cinco graus de liberdade); no segundo dia, você possui liberdade para escolher entre quatro caminhos distintos (quatro graus de liberdade); no terceiro dia, você possui liberdade para escolher entre três caminhos distintos (três graus de liberdade); no quarto dia, você possui liberdade para escolher entre dois caminhos distintos (dois graus de liberdade); até que no quinto dia, você perde o direito de escolha (grau de liberdade único). Se a regra for mantida, ainda que haja acidentes conhecidos naquela rota ou perigos identificados, a rota do último dia deverá ser mantida e isso aumenta seu risco. De mesmo modo, podemos compreender a influência da medida dos graus de liberdade sobre a confiabilidade das medições. Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal Por sua vez, o fator de abrangência é uma espécie de coeficiente de segurança, na qual a incerteza de medição combinada calculada é ampliada para contabilizar um percentual de casos da população (normalmente, 95,45 % dos casos). Quanto maior a liberdade da confiança das medições, menor será o valor do fator de abrangência. Tomando uma distribuição normal, o dobro da medida de dispersão do desvio padrão acumula 95,45% dos casos de observações e, por isso, o correto é quando a confiança for máxima no processo de estimativa da incerteza de medição, para a já citada probabilidade de abrangência, o fator de abrangência ser igual a 2,00. Quaisquer desvios ou anomalias intensificam os valores desse fator de abrangência e incorporam uma zona maior de desconfiança sobre os resultados de medição declarados em um certificado de medição, portanto, fique atento a esses dois coeficientes. AVALIANDO OS CERTIFICADOS DE CALIBRAÇÃO Suponhamos que se dispõe de uma pequena balança que acabou de retornar de calibração. A balança opera na faixa de 0 a 100g, com resolução de 0,1g, e foi calibrada em seis pontos distintos. Os valores declarados no certificado de calibração foram os seguintes: Ponto calibrado Massa depositada (padrão) (g) Valor indicado (g) Erro (g) Incerteza de medição (± g) 0,1g 0,1 0,1 +0,0 0,1 20g 19,9 20,0 +0,1 0,1 40g 39,9 40,1 +0,2 0,1 60g 60,0 60,1 +0,1 0,2 80g 80,1 80,1 +0,0 0,2 100g 99,9 99,8 -0,1 0,3 Tabela 2 – Resultados de calibração de uma balança. Elaborada por Raimundo Alves de Rezende. Supondo um critério de aceitação de 0,3 g, vejamos o resultado da análise desse item: Para o ponto de calibração de 0,1g ‒ erro total na faixa: 0,0 + 0,1 = 0,1g Para o ponto de calibração de 20g ‒ erro total na faixa: 0,1 + 0,1 = 0,2g Para o ponto de calibração de 40g ‒ erro total na faixa: 0,2 + 0,1 = 0,3g Para o ponto de calibração de 60g ‒ erro total na faixa: 0,1 + 0,2 = 0,3g Para o ponto de calibração de 80g ‒ erro total na faixa: 0,0 + 0,2 = 0,2g Para o ponto de calibração de 100g ‒ erro total na faixa: 0,1 + 0,3 = 0,4g Comparando o erro total com o critério de aceitação, observamos que, nos pontos de calibração de 0,1g, 20g e 80g o erro total foi menor que o critério de aceitação. ERRO TOTAL (0,1/0,2/0,2) ≤ CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO (0,3) Isso significa dizer que o instrumento está apto para uso sem restrições nesses pontos de operação, pois atende ao critério de aceitação máximo estabelecido previamente. Nos pontos de calibração de 40g e 60g o erro total foi igual ao critério de aceitação. ERRO TOTAL (0,3) ≤ CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO (0,3) Isso significa dizer que o instrumento está apto para uso, embora não seja exagero verificar periodicamente se o erro continua, não foi aumentado por efeitos de deriva, tendência natural ou outras causas que façam o equipamento não atender às especificações prévias à calibração quanto ao critério de aceitação máximo estabelecido. No ponto de calibração de 100g, o erro totalfoi superior ao critério de aceitação. ERRO TOTAL (0,4) ≥ CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO (0,3) Isso significa que o item não pode ser utilizado nesse ponto sem que antes seja submetido a uma operação de regulagem ou ajuste interno, seguido de nova calibração. Outra alternativa comumente utilizada é limitar a faixa de operação do item entre 0 e 80g, uma vez que todos os pontos dessa faixa foram aprovados, considerando o critério de aceitação estabelecido. O exemplo acima indica que ainda que haja reprovações em pontos específicos da faixa de calibração do item, é possível recomendar sua utilização em faixas de operação limitada, sem prejuízo à medição. Após realizadas todas as verificações do processo de análise crítica de certificados de calibração, os instrumentos de medição podem ter quatro destinos específicos, como vimos anteriormente, a saber: a aprovação de sua liberação para operação, sem restrições de uso; a aprovação de sua liberação para operação, com limitações de sua faixa de uso; a recomendação de envio para realização de ajustes e reparos, seguido de nova calibração (quando novamente se irá decidir o que fazer com o item); a restrição indeterminada de seu uso, nas operações avaliadas. ATENÇÃO Importante esclarecer que a restrição para uso em uma determinada operação não significa a inutilização do item. Outras operações com tolerâncias e critérios de aceitação mais permissivos podem utilizar o equipamento calibrado, desde que aprovado em seus critérios específicos. Uma vez decidida a terminação do item, para evidenciar a realização da análise crítica dos certificados de calibração dos instrumentos de medição, basta tomar uma das seguintes alternativas: REGISTRAR OU CARIMBAR UM SELO DE “APROVADO” NO CORPO DO CERTIFICADO. FIXAR NO CORPO DO INSTRUMENTO ETIQUETA QUE INDIQUE “APROVADO COM RESTRIÇÕES” OU TEXTO SIMILAR. COMUNICAR A TODAS AS PARTES INTERESSADAS POR MEIO DE FORMULÁRIO ESPECÍFICO. Ou qualquer outra configuração que evidencie de forma rápida, clara e inconfundível que o instrumento está apto para o uso em determinada operação. O modo de comunicação não é mais importante que a mensagem e, por essa razão, não existem restrições para realizar essa tarefa – a única condição é a clareza. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: A) Todas as vezes em que utilizamos um instrumento, retiramos um grau de liberdade e aumentamos na incerteza de medição até que os graus se findem, quando devemos recalibrar o item. B) Quanto menor o fator de abrangência, maiores são os graus de liberdade da incerteza combinada de uma medição. C) Quanto menores forem os graus de liberdade da incerteza, podemos pensar que maior foi o número de repetições consistentes executadas. D) Em uma medição ideal, recomenda-se que os graus de liberdade da incerteza de medição sejam baixos, para que se tenha controle e confiabilidade em variações. E) O fator de abrangência reduz a incerteza de medição para incorporar uma menor dúvida nos resultados de medição, aumentando a confiança agregada. 2. COMO DEVEMOS EVIDENCIAR QUE FOI REALIZADO O PROCESSO DE ANÁLISE CRÍTICA DE CERTIFICADOS DE CALIBRAÇÃO? A) Apenas por meio do uso de um carimbo indicando que o item foi aprovado/reprovado. B) Apenas por meio da colagem de uma etiqueta indicando que o item foi aprovado/reprovado. C) Apenas por meio de comunicação interna na organização, por comunicação interna ou formulário específico com o resultado da avaliação. D) De qualquer modo que evidencie de forma rápida, clara e inconfundível que o instrumento está apto para o uso em determinada operação. E) Não se deve evidenciar a realização do processo de análise crítica de certificados de calibração. GABARITO 1. Assinale a alternativa correta: A alternativa "B " está correta. Quanto maior os graus de liberdade da incerteza combinada, maior é a segurança que o operador teve no processo de medição, quer seja pelo fato de suas estimativas para as contribuições para a incerteza de entrada serem muito bem determinadas e conhecidas, quer seja pelo fato do resultado permanecer consistente mesmo após um número elevado de repetições terem sido efetuadas. Por sua vez, o fator de abrangência é uma espécie de coeficiente de segurança, na qual a incerteza de medição combinada calculada é ampliada para contabilizar um percentual de casos da população (normalmente, 95,45 % dos casos). Quanto maior a liberdade da confiança das medições, menor será o valor do fator de abrangência. 2. Como devemos evidenciar que foi realizado o processo de análise crítica de certificados de calibração? A alternativa "D " está correta. A evidência de que foi realizado o processo de análise crítica de certificados de calibração pode ser fornecida de diversos modos, desde que evidencie de forma rápida, clara e inconfundível que o instrumento está apto para o uso em determinada operação. O uso de carimbo no certificado, etiquetas nos instrumentos, registros internos, formulários adicionais, entre outros é bastante costumeiro, porém, não há regras quanto à forma de evidência. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS O conteúdo apresentou a importância do processo de calibração, iniciando pela compreensão do que é uma calibração e o seu produto (o certificado de calibração), qual a periodicidade adequada para realizar a recalibração dos instrumentos e como devemos analisar e aceitar os resultados expressos em um certificado de calibração. Também foi possível aprender a diferenciar uma calibração de um ajuste e compreender toda a grandeza do que é uma calibração e suas potencialidades. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS ABNT. NBR ISO/IEC 17025. Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração. Rio de Janeiro: ABNT, 2017. INMETRO. DOQ-CGCRE-036: orientações sobre verificação intermediária das balanças. Consultado em meio eletrônico em: 26 mar. 2021. INMETRO. Vocabulário Internacional de Metrologia - Conceitos fundamentais e gerais e termos associados (VIM 2012). 1. ed. luso-brasileira, autorizada pelo BIPM, da 3. ed. internacional do Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM). Rio de Janeiro: Inmetro, 2012. MENDONÇA, A. J.; SERENO, H. R. S. Metrologia em massa. Rio de Janeiro: Inmetro, 2009. MENDONÇA, A. J. Tópicos de Metrologia da grandeza massa, uma leitura do curso de pesagens industriais ministrado para o Curso Técnico em Metrologia. Rio de Janeiro: Inmetro, 2011. EXPLORE+ Para saber mais sobre os assuntos explorados neste conteúdo, leia: O Novo Sistema Internacional de Unidades, de Luciana e Sá Alves e Gelson Rocha, Sociedade Brasileira de Metrologia, 2019. 11p. Orientações Sobre Checagem Intermediária das Balanças (DOQ-CGCRE-036), na página de documentos para acreditação de laboratórios de calibração e de ensaios do Inmetro. ISO GUM (2008), Avaliação de dados de medição ‒ Guia para a expressão de incerteza de medição, 1ª edição brasileira, 141p. Rastreabilidade de padrões, de Iris Trindade Chacon, do Inmetro. CONTEUDISTA Raimundo Alves de Rezende CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);
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