Buscar

Tecido conjuntivo e seus tipos - Histologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Nathália Ferreira Carneiro | GRADUANDA DE MEDICINA VETERINÁRIA 
Tecido conjuntivo 
• São responsáveis pelo estabelecimento e 
manutenção da forma do corpo; 
• O principal componente é a matriz 
extracelular; 
• Matriz extracelular: combinação de 
proteínas fibrosas e um conjunto de 
macromoléculas hidrofílicas e adesivas; 
• As fibras constituem tendões, 
aponeuroses, cápsulas de órgãos, 
membranas que envolvem o SNC 
(meninges), trabéculas e paredes que 
existem dentro dos órgãos; 
• Possui abundante matriz extracelular; 
• Vascularizado; 
• Inervado – vasos linfáticos e nervos; 
• Presente em todos os órgãos; 
• Funções: 
o Preenche todos os espaços entre 
os tecidos restantes; 
o Estabelece ligação entre os 
órgãos; 
o Permite o transporte de 
metabólitos; 
o Participa na defesa do organismo; 
o Sustentação; 
o Preenchimento; 
o Armazenamento; 
o Transporte; 
o Reparo e cicatrização; 
o Resistência. 
Células do tecido conjuntivo 
⋙ Células mesenquimais 
• Os tecidos conjuntivos se originam do 
mesênquima, um tecido embrionário 
formado pelas células mesenquimais; 
• O mesênquima se origina principalmente 
do mesoderma; 
• Possuem núcleo oval, cromatina fina e 
nucléolo proeminente (saliente); 
• A célula contém muitos prolongamentos 
citoplasmáticos; 
• Difícil identificação; 
• Menor número de células; 
• Encontradas na polpa dentária e ao redor 
de vasos. 
 
 
 
⋙ Fibroblastos 
• Células mais comuns do tecido conjuntivo; 
• Sintetizam a proteína colágeno e a 
elastina, os glicosaminoglicanos, 
proteoglicanos e glicoproteínas 
multiadesivas (matriz extracelular); 
• Produzem os fatores de crescimento – 
controlam a proliferação e a diferenciação 
celular; 
• Capacidade regenerativa dos tecidos 
após lesões – fibroblastos raramente se 
dividem em adultos; 
• Fibroblastos: imensa atividade de síntese; 
• Contém citoplasma abundante, com 
muitos prolongamentos, basófilo e rico em 
RER e complexo de Golgi desenvolvido; 
• Núcleo ovoide, grande, fracamente 
corado, cromatina fina e nucléolo 
proeminente; 
 
Nathália Ferreira Carneiro | GRADUANDA DE MEDICINA VETERINÁRIA 
 
• Fibrócitos: metabolicamente quiescentes 
(em repouso); 
• Menores, mais delgados e tem um 
aspecto fusiforme; 
• Apresentam poucos prolongamentos 
citoplasmáticos e pouco RER; 
• Núcleo menor, mais escuro e mais 
alongado. 
 
 
⋙ Macrófagos (migratória) 
• Capacidade de fagocitose; 
• Sua morfologia varia de acordo com a 
atividade e do tecido que habita; 
• Fagocitam e acumulam corantes em 
grânulos ou vacúolos citoplasmáticos; 
• Superfície irregular com protusões e 
reentrâncias, por conta da atividade de 
pinocitose e fagocitose; 
• Complexo de Golgi bem desenvolvido, 
muitos lisossomos e um RER 
proeminente; 
• Derivam de células precursoras da 
medula óssea que se dividem e formam 
os monócitos, que irão circular no 
sangue até penetrar o tecido conjuntivo e 
sofrer transformações para virar um 
macrófago; 
• Durante a transformação, a célula 
aumenta de tamanho, aumenta a síntese 
de proteínas, o complexo de Golgi, 
lisossomos, microtúbulos e 
microfilamentos; 
• Macrófagos e monócitos: as mesmas 
células em diferentes estágios; 
• Constituem o sistema fagocitário 
mononuclear; 
• Elementos de defesa; 
• Fagocitam restos celulares, fibras da 
matriz extracelular, células cancerosas, 
bactérias e elementos inertes; 
• Também secretam substâncias que 
participam da defesa e reparo. 
Tipo celular Localização 
Monócito Sangue 
Macrófago Tecido conjuntivo, 
órgãos linfoides 
Células de Kupffer Fígado 
Micróglia SNC e SNP 
Célula de Langerhans Pele 
Célula dendrítica Linfonodo 
Osteoclastos Osso (fusão de vários 
macrófagos) 
Célula gigante 
multinucleada 
Tecido conjuntivo 
(fusão de vários 
macrófagos) 
 
 
⋙ Mastócitos (migratório) 
• Abundantes na derme e nos tratos 
digestivo e respiratório; 
• Célula globosa, grande e com citoplasma 
repleto de grânulos que se coram 
intensamente; 
• Núcleo pequeno, esférico e central – difícil 
observação por estar encoberto pelos 
grânulos citoplasmáticos; 
• Estocam mediadores químicos da 
resposta inflamatória nos grânulos; 
• Histamina: promove aumento da 
permeabilidade vascular, contração do 
músculo liso (principalmente nos 
bronquíolos - bronquioloconstrição), 
 
Nathália Ferreira Carneiro | GRADUANDA DE MEDICINA VETERINÁRIA 
dilatação e aumento de permeabilidade 
capilar (edema); 
• Colaboram com as reações imunes e são 
importantes na inflamação, reações 
alérgicas e infestações parasitárias; 
• Seus grânulos são metacromáticos - ↑ 
concentração de radicais ácidos 
presentes nos glicosaminoglicanos 
(heparina); 
• Metacromasia: propriedade de algumas 
moléculas de mudar a cor de alguns 
corantes básicos; 
• Mastócito do tecido conjuntivo – 
encontrado na pele e na cavidade 
peritoneal, grânulos com heparina; 
• Mastócito da mucosa – encontrado na 
mucosa intestinal e nos pulmões, grânulos 
com sulfato de condroitina; 
• Se originam de células precursoras 
hematopoiéticas; 
• Sua superfície contém receptores 
específicos para imunoglobulina E (IgE). 
→ Reações de hipersensibilidade imediata 
• Reação alérgica promovida pela liberação 
de mediadores químicos armazenados 
nos mastócitos; 
• Ocorrem após a penetração do antígeno 
em indivíduos previamente sensibilizados 
pelo mesmo antígeno; 
• Processo de anafilaxia: 
1. Primeira exposição ao antígeno 
(alergênico); 
2. Produção de IgE pelos 
plasmócitos; 
3. A IgE liga-se a superfície dos 
mastócitos; 
4. A segunda exposição ao mesmo 
antígeno; 
5. Ligação do antígeno ao IgE que 
está presa na superfície do 
mastócito; 
6. Dispara a secreção dos grânulos 
dos mastócitos, liberando 
histamina e heparina; 
7. Após a liberação para o espaço 
extracelular, a histamina é 
inativada por histaminases 
(produzidas por eosinófilos). 
 
 
 
 
⋙ Plasmócitos (migratórias) 
• Células grandes e ovoides; 
• Citoplasma basófilo – rico em RER; 
• Núcleo esférico e excêntrico com grumos 
de cromatina que se alternam 
regularmente; 
 
Nathália Ferreira Carneiro | GRADUANDA DE MEDICINA VETERINÁRIA 
• São abundantes em locais sujeitos a 
penetração de bactérias e proteínas 
estranhas e nas inflamações crônicas; 
• Derivadas dos linfócitos B; 
• Responsáveis pela síntese de anticorpos - 
imunoglobulinas; 
• Cada anticorpo é específico para o 
antígeno que provocou a sua formação. 
 
⋙ Leucócitos (migratórios) 
• Migram através da parede de capilares e 
vênulas pós-capilares do sangue para o 
tecido conjuntivo – diapedese; 
• São células especializadas na defesa 
contra microrganismos agressores; 
• Estão sempre presentes no tecido 
conjuntivo, mas aumentam seu número 
quando há invasão de microrganismos; 
• São incolores e de forma esférica; 
• A inflamação é uma reação celular e 
vascular contra substâncias estranhas; 
• Sinais clássicos da inflamação: 
vermelhidão, edema (inchaço local), calor, 
dor e alteração da função; 
• A inflamação se inicia com a liberação 
local de mediadores químicos da 
inflamação que induzem eventos da 
inflamação (aumento do fluxo sanguíneo, 
permeabilidade vascular, quimiotaxia e 
fagocitose); 
• Aumento da permeabilidade vascular: 
ação de substâncias vasoativas, como a 
histamina; 
• Aumento do fluxo de sangue e 
permeabilidade vascular causam edema, 
vermelhidão e calor; 
• A dor é devida a ação de mediadores 
químicos nas terminações nervosas. 
 
→ Quimiotaxia 
• Fenômeno em que tipos específicos de 
células são atraídos por algumas 
moléculas; 
• Responsável pela migração de células 
específicas para a inflamação; 
• Como consequência, leucócitos cruzam 
as paredes de capilares pelo processo de 
diapedese. 
 
Fibras do tecido conjuntivo 
• Formas por proteínas que se polimerizam 
formando estruturas alongadas; 
• As características morfológicas e 
funcionaisdos tecidos são dadas pelo tipo 
predominante de fibra presente. 
⋙ Fibras colágenas 
• São encontrados na pele, no osso, na 
cartilagem, no músculo liso e na lâmina 
basal; 
• Colágenos que formam longas fibrilas: 
tipos 1, 2, 3, 5 ou 6. Colágeno do tipo 1 é 
o mais abundante, ocorre como estruturas 
denominadas de fibrilas de colágeno e 
que formam ossos, dentina, tendões, 
cápsulas de órgãos, derme, etc.; 
• Colágenos associados a fibrilas: tipos 
9, 12 ou 14. Estruturas curtas que ligam 
as fibrilas umas às outras e a outros 
componentes da MEC; 
• Colágeno que forma rede: tipo 4. Um 
dos principais componentes estruturais 
das lâminas basais; 
• Colágeno de ancoragem: tipo 7. 
Encontrado nas fibrilas que ancoram as 
fibras de colágeno tipo 1 à lâmina basal; 
• As fibras de colágeno são formadas pela 
polimerização de unidades moleculares 
alongadas, o tropocolágeno; 
• Nos colágenos tipos 1, 2 e 3 as moléculas 
de tropocolágeno se agregam em 
subunidades (microfibrilas) que se juntam 
para formar fibrilas; 
 
Nathália Ferreira Carneiro | GRADUANDA DE MEDICINA VETERINÁRIA 
• As fibrilas de colágeno são estruturas 
finas e alongadas; 
o Colágeno tipo 1 e 3: fibrilas se 
associam para formar fibras; 
o Colágeno tipo 2: forma fibrilas; 
o Colágeno tipo 4: não forma fibrilas 
nem fibras; 
• A renovação do colágeno é lenta e sua 
degradação é iniciada por enzimas 
chamadas colagenases. 
→ Biossíntese do colágeno 
1. Codificação do RNAm; 
2. Polirribossomos ligados à membrana do 
RER sintetizam cadeias polipeptídicas 
(preprocolágeno) que crescem para o 
interior das cisternas; 
3. Após a liberação da cadeira na cisterna 
do RER, o sinal peptídeo é quebrado, 
formando o procolágeno; 
4. À medida que estas cadeias se formam, 
ocorre a hidroxilação de prolinas e de 
lisinas (enzimas envolvidas: prolina 
hidroxilase e lisina hidroxilase); 
5. Após a formação da hidroxilisina se forma, 
começa a sua glicosilação; 
6. Cada cadeia é sintetizada com dois 
peptídeos de registro (alinham as cadeias 
peptídicas) que resulta na formação da 
molécula de procolágeno; 
7. O procolágeno é transportado em 
vesículas desde o golgi até a membrana 
plasmática, sendo exocitado para a matriz 
extracelular; 
8. No meio extracelular, os peptídeos de 
registro são removidos por enzimas, e 
então a molécula é chama de 
tropocolágeno; 
9. O tropocolágeno é capaz de se 
polimerizar e formar as fibrilas de 
colágeno. 
→ Condições patológicas devido a síntese 
ineficiente ou anormal do colágeno 
• Osteogenesis imperfecta: 
o Mutação nos genes da cadeia α1 
ou α2 ou deleção total ou parcial 
do gene 1; 
o Troca de um único aminoácido, a 
glicina; 
• Esclerose sistêmica progressiva: 
o Excessivo acúmulo de colágeno 
(fibrose) nos órgãos; 
• Queloides: 
o Espessamento localizado na pele 
devido a um depósito excessivo de 
colágeno que se formam em 
cicatrizes; 
• Escorbuto: 
o Deficiência em vitamina C; 
o Degeneração do tecido conjuntivo; 
o Sem a vitamina, os fibroblastos 
produzem um colágeno defeituoso. 
→ Fibras de colágeno tipo 1 
• Fibras mais numerosas no tecido 
conjuntivo; 
• Estado fresco tem cor branca; 
• Estruturas longas com percurso sinuoso; 
• São constituídas por moléculas alongadas 
arranjadas paralelamente umas às outras; 
• Em alguns locais do organismo, as fibras 
se organizam paralelamente umas às 
outras, formando feixes de colágeno; 
• São acidófilas e se coram em rosa pela 
eosina. 
→ Fibras reticulares 
• Formadas por colágeno tipo 3 associados 
a elevado teor de glicoproteínas e 
proteoglicanos; 
• Extremamente finas e formam uma rede 
extensa em determinados órgãos; 
• Não são visíveis em HE, mas sim em 
impregnação com sais de prata (argirofilas 
– afinidade por sais de prata); 
• São formadas por finas fibrilas 
frouxamente arranjadas; 
• Abundantes em músculo liso, endoneuro 
(camada de tecido conjuntivo que envolve 
as fibras nervosas), e em órgãos 
hematopoiéticos (baço, nódulos linfáticos 
e medula óssea vermelha); 
• O pequeno diâmetro e a disposição frouxa 
criam uma rede flexível em órgãos que 
são sujeitos a mudanças fisiológicas de 
forma ou volume. 
⋙ Sistema elástico 
• Composto por três tipos de fibras: 
oxitalânica, elaunínica e elástica; 
• Família de fibras com características 
funcionais variáveis capazes de adaptar 
às necessidades locais dos tecidos; 
• Fibras oxitalânicas não tem elasticidade, 
mas são resistentes a força de tração; 
• Fibras elásticas distendem-se facilmente 
quando tracionadas (proteína elastina); 
 
Nathália Ferreira Carneiro | GRADUANDA DE MEDICINA VETERINÁRIA 
• Os fibroblastos são as principais células 
produtoras de elastina. 
Substância fundamental (matriz extracelular – 
MEC) 
• Mistura complexa altamente hidratada de 
moléculas aniônicas (glicosaminoglicanos 
e proteoglicanos) e glicoproteínas 
multiadesivas; 
• Fluido tecidual: semelhante ao plasma; 
• Incolor e transparente; 
• Preenche espaços entre as células e 
fibras do tecido conjuntivo; 
• Atua como lubrificante e como barreira à 
penetração de microrganismos invasores. 
⋙ Glicosaminoglicanos 
• Polímeros lineares formados por 
unidades repetidas dissacarídicas em 
geral compostas de ácido urônico (ácido 
glicurônico ou idurônico) e de uma 
hexosamina (glicosamina ou 
galactosamina); 
• Essas cadeias lineares são ligadas 
covalentemente a um eixo proteico, 
formando a molécula de proteoglicano – 
menos o ácido hialurônico; 
• São hidrofílicas; 
• São estruturas altamente hidratadas por 
uma espessa camada de água de 
solvatação – são viscosos e preenchem 
grandes espaços nos tecidos; 
• Proteoglicanos são compostos de um 
eixo proteico associado a um ou mais 
quatro tipos de glicosaminoglicanos; 
• Atuam como componentes estruturais da 
MEC e ancoram células à matriz; 
• Ligam-se a fatores de crescimento. 
⋙ Glicoproteínas multiadesivas 
• Compostos de proteínas ligadas a cadeias 
de glicídios; 
• Desempenham um importante papel na 
interação entre células adjacentes e 
ajudam as células a aderirem sobre os 
seus substratos; 
• Fibronectina: 
o Glicoproteína sintetizada pelos 
fibroblastos; 
o Apresenta sítios de ligação para 
células, colágeno e 
glicosaminoglicanos; 
• Laminina: 
o Glicoproteína que participa na 
adesão de células epiteliais à sua 
lâmina basal. 
→ Edema 
• O sangue leva até o tecido conjuntivo os 
vários nutrientes necessários para suas 
células e leva de volta para órgãos de 
desintoxicação e excreção; 
• Duas forças atuam na água contida nos 
capilares; 
• Pressão hidrostática do sangue: 
o Ação de bombeamento do 
coração, que força água através 
da parede dos vasos; 
• Pressão osmótica do plasma sanguíneo 
(coloidosmótica): 
o Sentido contrário, atrai a água de 
volta para os capilares; 
o Deve-se principalmente as 
proteínas do plasma; 
• Condições normais: 
1. Água passa pela parede dos 
capilares para os tecidos 
adjacentes, através da sua porção 
arterial; 
2. ↑ pressão hidrostática, ↓ pressão 
osmótica; 
3. A pressão hidrostática diminui ao 
longo do capilar, sendo mínima na 
extremidade venosa; 
4. Pressão osmótica aumenta, como 
consequência da saída de água, o 
que acarreta uma concentração 
das proteínas do plasma 
sanguíneo; 
5. ↑ concentração de proteínas e 
pressão osmótica, ↓ pressão 
hidrostática = atrai água para o 
interior do capilar; 
• Edema: acúmulo de água nos 
compartimentos extracelulares (espaço 
intersticial) devido ao desequilíbrio entre a 
pressão hidrostática e osmótica; 
• Causas: 
o Obstrução de ramos venosos ou 
linfáticos; 
o Diminuição do fluxo sanguíneo 
(por uma insuficiência cardíaca 
congestiva); 
o Obstrução dos vasos linfáticos; 
o Metástases dos tumores malignos; 
o Desnutrição crônica – deficiência 
proteica; 
 
Nathália Ferreira Carneiro | GRADUANDA DE MEDICINA VETERINÁRIA 
o Aumento dapermeabilidade 
vascular. 
• Edema generalizado: líquido se acumula 
no corpo inteiro; 
o Edema renal; 
o Edema cardíaco; 
o Edema da gravidez; 
o Edema das cirroses hepáticas; 
o Ascite (edema dentro do 
abdômen); 
o Edema pulmonar; 
• Edema causados por drogas: 
o Antidepressivos; 
o Antihipertensivos; 
o Hormônios; 
• Diminui a velocidade da circulação do 
sangue, prejudicando a nutrição e 
eficiência dos tecidos; 
Tipos de tecidos conjuntivos 
⋙ Tecido conjuntivo propriamente dito 
→ Tecido conjuntivo frouxo 
• Suporta estruturas sujeitas a pressão e 
atritos pequenos; 
• Preenche espaços entre grupos de 
células musculares, suporta células 
epiteliais e forma camada em torno dos 
vasos sanguíneos; 
• É encontrado nas papilas da derme, na 
hipoderme e membranas serosas; 
• Tem uma consistência delicada, flexível, 
bem vascularizado e não muito resistente 
a trações; 
• Sustenta e nutre o tecido epitelial; 
• Próximo ao epitélio, abaixo da membrana 
basal (lâmina própria); 
• Desempenha papel importante no 
isolamento de infecções localizadas e nos 
processos de cicatrização. 
→ Tecido conjuntivo denso 
• Oferece resistência e proteção aos 
tecidos; 
• Existem menos células e predominância 
de fibras colágenas; 
• Menos flexível e mais resistente à tensão; 
• Predomínio de fibras colágenas do tipo 1; 
• Tecido conjuntivo denso não 
modelado: 
o Fibras colágenas são organizadas 
em feixes sem uma orientação 
definida; 
o As fibras formam uma trama 
tridimensional, que confere uma 
certa resistência às trações 
exercidas em qualquer direção; 
o Encontrado na derme profunda da 
pele (derme reticular); 
• Tecido conjuntivo denso modelado: 
o Apresenta feixes de colágeno 
paralelos uns aos outros e 
alinhados com os fibroblastos; 
o Suas fibras foram formadas em 
resposta às forças de tração 
exercidas em um determinado 
sentido; 
o Encontrado nos tendões; 
⋙ Tecido elástico 
• Composto por feixes espessos e paralelos 
de fibras elásticos; 
• O espaço entre as fibras é ocupado por 
fibras delgadas de colágeno e fibrócitos; 
• Possui cor amarela e grande elasticidade 
- ↑ fibras elásticas; 
• Presente nos ligamentos amarelos da 
coluna vertebral e no ligamento suspensor 
do pênis. 
⋙ Tecido reticular 
• Delicado e forma uma rede tridimensional 
que suporta as células de alguns órgãos; 
• Constituído por fibras reticulares 
associadas a fibroblastos especializados 
(células reticulares); 
• As células estão dispersas ao longo da 
matriz e cobrem parcialmente, com seus 
prolongamentos citoplasmáticos, as fibras 
reticulares e a MEC; 
• Forma estruturas trabeculadas. 
⋙ Tecido mucoso 
• Consistência gelatinosa - ↑ MEC; 
• Os fibroblastos são as células principais; 
• Principal tecido do cordão umbilical – 
geleia de Wharton; 
• Encontra-se também na polpa jovem dos 
dentes. 
→ Estrias 
• Rompimento das fibras elásticas e 
colágenas que sustentam a camada 
intermediária da pele; 
• Afetam homens e mulheres em idade 
adulta ou durante a adolescência, 
 
Nathália Ferreira Carneiro | GRADUANDA DE MEDICINA VETERINÁRIA 
mulheres no transcorrer da gestação e até 
mesmo crianças; 
• São mais comuns nas mamas, quadris, 
culotes, coxas e nádegas; 
• Cerca de 90% das mulheres desenvolvem 
estrias durante a gravidez. 
→ Queloide 
• “Uma cicatriz que não para de crescer”; 
• Cicatriz endurecida que se eleva acima do 
nível normal da pele; 
• Formato irregular; 
• Lesão tem a tendência de aumentar 
progressivamente com o passar do 
tempo; 
• Não diminui de espessura; 
• Equinos são bastante sujeitos; 
• Para contornar, pode ser usado moléculas 
específicas que neutralizem o excesso de 
atividade da serotonina S2 e/ou sua 
ligação aos receptores nos fibroblastos 
(ketanserina – antagonista da serotonina 
S2). 
Tecido adiposo 
• Tipo especial de tecido conjuntivo com 
predominância de células adiposas 
(adipócitos); 
• As células podem ser encontradas 
isoladas ou em pequenos grupos, mas a 
maioria forma grandes agregados; 
• Cerca de 20-25% do peso corporal da 
mulher e 15-20% no homem; 
• Maior depósito corporal de energia, sob a 
forma de triglicerídeos; 
• Funções: 
o Modela a superfície – sob a pele; 
o Forma coxins absorventes de 
choques – plantas dos pés e 
palma das mãos; 
o Isolamento térmico – gordura má 
condutora de calor; 
o Preenche espaços entre outros 
tecidos; 
o Auxilia a manter determinados 
órgãos em suas posições normais; 
o Atividade secretora. 
 
⋙ Tecido adiposo unilocular 
(comum/amarelo) 
• Células apresentam apenas uma gotícula 
de gordura que ocupa quase todo o 
citoplasma; 
• Encontrado principalmente em adultos; 
• Encontrada por quase todo o corpo; 
• Células grandes e esféricas; 
• A gotícula lipídica é removida pelos 
solventes orgânicos – técnica histológica; 
• Secreta leptina – hormônio proteico que 
regula a quantidade de tecido adiposo no 
corpo e da ingestão de alimentos. 
 
→ Histogênese 
• Se originam no embrião a partir de células 
derivadas do mesênquima – lipoblastos. 
⋙ Tecido adiposo multilocular (pardo) 
• Formado por células que contêm 
numerosas gotículas lipídicas e muitas 
mitocôndrias; 
• Cor parda = vascularização abundante e 
numerosas mitocôndrias; 
• Distribuição limitada; 
• Abundante em animais que hibernam; 
 
Nathália Ferreira Carneiro | GRADUANDA DE MEDICINA VETERINÁRIA 
• No feto humano e no recém-nascido, o 
tecido adiposo multilocular apresenta 
localização determinada – protege o 
recém-nascido contra o frio; 
• Quantidade reduzida no adulto – tecido 
não cresce; 
• Células menores e forma poligonal; 
• Citoplasma carregado de gotículas 
lipídicas de vários tamanhos e numerosas 
mitocôndrias; 
• Especializado na produção de calor. 
 
→ Histogênese 
• As células mesenquimais que formam o 
tecido multilocular tornam-se epitelioides 
antes de acumularem gordura. 
→ Celulite (Lipodistrofia genóide) 
• Alteração do tecido adiposo caracterizado 
por nódulos e depressões subcutâneas 
provocando uma compressão dos vasos 
sanguíneos e linfáticos; 
• Dificulta a nutrição celular e favorece o 
acúmulo de toxinas celulares – que 
deveria ser eliminado através dos vasos 
linfáticos; 
• “Causada pela falta de oxigênio nas 
células de gordura”. 
→ Dente 
• Dentina: 
o Tecido calcificado mais duro que o 
osso; 
o Matriz: glicoproteínas, colágeno 1, 
cristais de hidroxiapatita; 
o Sintetizada pelos odontoblastos. 
• Esmalte: 
o Estrutura mais rica em cálcio do 
organismo – 97%; 
o Derivado epitelial calcificado; 
o Sintetizado pelos ameloblastos. 
• Polpa: 
o Ocupa a cavidade pulpar; 
o Tecido conjuntivo mucoso – no 
jovem; 
o Tecido conjuntivo frouxo. 
• Periodonto: estruturas responsáveis pela 
fixação dos dentes no osso maxilar e 
mandibular; 
o Cemento: 
▪ Cobre a dentina da raiz; 
▪ Estrutura semelhante à do 
osso; 
▪ Não apresenta sistema de 
Havers nem vasos 
sanguíneos; 
▪ Sintetizado pelos 
cementócitos; 
o Ligamento periodontal: 
▪ Tecido conjuntivo denso 
com características 
especiais; 
▪ Une o cemento ao osso 
alveolar; 
▪ Prende o dente à gengiva e 
aos dentes vizinhos; 
▪ As fibras colágenas do tipo 
1 transformam as pressões 
exercidas durante a 
mastigada em trações; 
▪ O colágeno tem 
características de tecido 
imaturo – elevado 
metabolismo de renovação; 
o Osso alveolar: 
▪ Porção do osso que está 
em contato imediato com o 
ligamento periodontal; 
▪ Formado por tecido ósseo 
imaturo; 
▪ Fibras colágenas 
desorganizadas; 
• Gengiva: 
o Mucosa: 
▪ Tecido epitelial estratificado 
pavimentoso; 
▪ Tecido conjuntivo frouxo; 
▪ Muitos vasos sanguíneos. 
Tecido cartilaginoso 
• Forma especializada do tecido conjuntivo 
de consistência rígida; 
• Funções: 
o Suporte de tecidos moles; 
 
Nathália Ferreira Carneiro | GRADUANDA DE MEDICINA VETERINÁRIA 
o Reveste superfícies articulares – 
absorvechoques e facilita o 
deslizamento dos ossos nas 
articulações; 
o Formação e crescimento dos 
ossos longos; 
• Contém células – condrócitos – e 
abundante MEC; 
• Cavidades da matriz ocupadas pelos 
condrócitos – lacunas; 
• Matriz: constituída por colágeno ou 
colágeno + elastina em associação com 
proteoglicanos, ácido hialurônico e 
glicoproteínas; 
• Avascularizado – nutrido pelo pericôndrio 
(tecido conjuntivo) – e não é inervado; 
• Cartilagens articulares (revestem a 
superfície dos ossos nas articulações 
móveis) – não tem pericôndrio, recebem 
nutrientes do líquido sinovial; 
• Origem embrionária: células 
mesenquimais/tecido mesoderma. 
⋙ Cartilagem hialina 
• Tipo mais frequente; 
• Forma o primeiro esqueleto do embrião; 
• Disco epifisário – entre a diáfise e epífise 
dos ossos longos, responsável pelo 
crescimento do osso em extensão; 
• Encontrada na parede das fossas nasais, 
traqueia e brônquios, na extremidade 
ventral das costelas e superfície articular 
dos ossos longos. 
→ Matriz 
• Fibrilas de colágeno tipo 2 associadas a 
ácido hialurônico, proteoglicanos e 
glicoproteínas; 
• Condronectina – glicoproteína estrutural -, 
contém sítios de ligação para condrócitos, 
fibrilas colágenas tipo 2 e 
glicosaminoglicanos; 
• Basófila – devido a existência dos 
glicosaminoglicanos. 
→ Pericôndrio 
• Tecido conjuntivo denso – em sua 
maioria; 
o Rico em fibras do colágeno do tipo 
1; 
• Fonte de novos condrócitos para o 
crescimento; 
• Responsável pela nutrição, oxigenação e 
eliminação dos refugos metabólicos da 
cartilagem; 
• Vascularizado e inervado; 
• Condrócitos: 
o Periferia: forma alongada; 
o Profundo: arredondado e 
aparecem em grupos – grupos 
isógenos; 
o Secretam colágeno, 
principalmente do tipo 2, 
proteoglicanos e glicoproteínas. 
→ Crescimento 
• Intersticial: 
o Divisão mitótica dos condrócitos 
preexistentes; 
o Menos importante, ocorre nas 
primeiras fases da vida da 
cartilagem; 
• Aposicional: 
o Acontece a partir das células do 
pericôndrio – fibroblastos 
proliferam e se diferenciam em 
condroblastos para repor 
cartilagem; 
• À medida que a matriz se torna mais 
rígida, o crescimento intersticial deixa de 
ser viável e a cartilagem passa a crescer 
somente por aposição; 
• Os novos condrócitos formados produzem 
fibrilas colágenas, proteoglicanos e 
glicoproteínas. 
→ Alterações degenerativas 
• Sujeita a relativa frequência; 
• Calcificação da matriz: 
o Deposição de fosfato de cálcio sob 
a forma de cristais de 
hidroxiapatita; 
o Aumento de volume e morte das 
células. 
→ Regeneração 
• Recupera-se com dificuldade e de modo 
incompleto de lesões; 
• A regeneração ocorre pela atividade do 
pericôndrio – adultos; 
• Na lesão, células derivadas do pericôndrio 
invadem a área destruída e dão origem a 
tecido cartilaginoso; 
• Área destruída extensa o pericôndrio 
forma uma cicatriz de tecido conjuntivo 
denso. 
 
Nathália Ferreira Carneiro | GRADUANDA DE MEDICINA VETERINÁRIA 
⋙ Cartilagem elástica 
• Encontrada no pavilhão auditivo, conduto 
auditivo externo, tuba auditiva, epiglote e 
cartilagem cuneiforme da laringe; 
• Possui fibrilas de colágeno 
(principalmente do tipo 2) e rede de fibras 
elásticas; 
• Apresenta pericôndrio e cresce 
principalmente por aposição; 
• Sujeita a menos processos degenerativos; 
• Matriz basófila. 
⋙ Cartilagem fibrosa (fibrocartilagem) 
• Encontrada nos discos intervertebrais, 
pontos em que alguns tendões e 
ligamentos se inserem nos ossos e sínfise 
pubiana; 
• Associada a conjuntivo denso; 
• Matriz acidófila – contém grandes 
quantidades de fibras colágenas; 
• MEC escassa e limitada à proximidade 
das lacunas; 
• Não existe pericôndrio; 
• Condrócitos e matriz acidófila com muito 
colágeno tipo 1. 
⋙ Discos intervertebrais 
• Localizado entre os corpos das vértebras 
e unido a elas por ligamentos; 
• Formado por: 
o Anel fibroso: 
▪ Periferia – tecido conjuntivo 
denso; resto – 
fibrocartilagem; 
o Núcleo pulposo – parte central 
derivada da notocorda do embrião: 
▪ Tecido formado por células 
arredondadas, dispersas 
em líquido viscoso rico em 
ácido hialurônico e 
pequena quantidade de 
colágeno tipo 2; 
• Previnem o desgaste do osso das 
vértebras durante os movimentos da 
coluna espinhal; 
• O núcleo pulposo absorve as pressões, 
protegendo as vértebras contra impactos. 
→ Hérnia do disco intervertebral 
• Ruptura do anel fibroso; 
• Expulsão do núcleo pulposo e 
achatamento do disco; 
• Se desloca da sua posição normal; 
• Disco se movimenta em direção da 
medula espinhal – comprime nervos, 
provocando fortes dores e distúrbios 
neurológicos. 
Tecido ósseo 
• Funções: 
o Serve de suporte para tecidos 
moles; 
o Protege órgãos vitais – caixa 
craniana e torácica; 
o Aloja e protege a medula óssea; 
o Apoia os músculos esqueléticos; 
o Constitui um sistema de alavancas 
– contração muscular; 
o Depósito de cálcio, fosfato e íons; 
o Capazes de absorver toxinas e 
metais pesados; 
• Tipo especializado de tecido conjuntivo 
formado por células e material extracelular 
calcificado – matriz óssea; 
• Técnicas utilizadas para observação: 
o Desgaste: obtenção de fatias finas 
de tecido ósseo – não preserva as 
células, mas possibilita ver a 
matriz com as lacunas e 
canalículos; 
o Descalcificação: remoção da parte 
mineral da matriz – possibilita o 
estudo das células. 
Células do tecido ósseo 
⋙ Osteócitos 
• Se situam em cavidades ou lacunas no 
interior da matriz; 
• Células achatadas, pouca quantidade de 
RER, complexo de Golgi pouco 
desenvolvido e núcleo com cromatina 
condensada; 
• Essenciais para a manutenção da matriz 
óssea; 
• Morte seguida por reabsorção da matriz. 
 
Nathália Ferreira Carneiro | GRADUANDA DE MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
⋙ Osteoblastos 
• Sintetizam a parte orgânica (colágeno tipo 
1, proteoglicanos e glicoproteínas) da 
matriz óssea; 
• Sintetizam osteonectina – facilita a 
disposição de cálcio - e osteocalcina – 
estimula a atividade dos osteoblastos; 
• Diferenciação das osteoprogenitoras; 
• Concentram fosfato de cálcio – participam 
da mineralização da matriz; 
• Dispõem-se nas superfícies ósseas; 
• ↑ atividade sintética – cuboides, 
citoplasma basófilo; 
• ↓ atividade sintética – achatados e diminui 
basofilia do citoplasma; 
• Osteoide – matriz óssea recém-formada, 
adjacente aos osteoblastos ativos e não 
calcificada; 
• Uma vez aprisionado pela matriz, passa a 
ser chamado de osteócito. 
 
 
⋙ Osteoclastos 
• Células móveis, gigantes, multinucleadas 
e ramificadas; 
• Citoplasma granuloso – fracamente 
basófilo nas células jovens e acidófilo nos 
maduros; 
• Secretam para dentro da matriz óssea 
íons de hidrogênio, colagenases e 
hidrolases, digerindo a matriz e 
dissolvendo os cristais de sais de cálcio; 
• Sua atividade é comandada pela 
calcitonina e paratormônio; 
• Se originam de precursores 
mononucleados provenientes da medula 
óssea. 
 
Nathália Ferreira Carneiro | GRADUANDA DE MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
Matriz óssea 
• Parte inorgânica: 
o Íons encontrados: fosfato e cálcio 
(maioria), bicabornato, magnésio, 
potássio, sódio e citrato; 
o Fosfato de cálcio: deposita na 
forma de cristais de hidroxiapatita; 
• Parte orgânica: 
o Fibras colágenas do tipo 1 e 
pequena quantidade de 
proteoglicanos e glicoproteínas; 
• Associação de hidroxiapatita a fibras 
colágenas é responsável pela rigidez e 
resistência do tecido ósseo. 
Periósteo e endósteo 
• Recobre as superfícies externas e 
internas dos ossos; 
• Compostos por células osteogênicas 
(osteoprogenitoras) e tecido conjuntivo; 
• Camada mais superficial do periósteo: 
fibras colágenas e fibroblastos; 
• Nutrição do tecido ósseo e fornecimento 
de novos osteoblastos para o crescimento 
e a recuperação do osso; 
• Periósteo: tecido conjuntivo denso não 
modeladoe frouxo; 
• Endósteo: membrana conjuntiva delgada 
com células osteogênicas e 
osteoprogenitoras). 
Tipos de tecido ósseo 
⋙ Classificação macroscópica 
• Mesma estrutura histológica; 
• Osso compacto (cortical): 
o Sem cavidades visíveis; 
o Forma a diáfise – corpo; 
• Osso esponjoso: 
o Muitas cavidades 
intercomunicantes; 
o Forma as extremidades – epífises; 
o Cavidades ocupadas pela medula 
óssea. 
⋙ Classificação histológica 
• Os dois contêm as mesmas células e os 
mesmos constituintes da matriz; 
• Tecido ósseo imaturo (primário) 
o Aparece primeiro – tanto no 
desenvolvimento embrionário 
como na reparação das fraturas; 
o Temporário; 
o Fibras colágenas se dispõem 
irregularmente, sem orientação 
definida; 
o No adulto, persiste próximo às 
suturas dos ossos do crânio, 
alvéolos dentários e em alguns 
pontos de inserção de tendões; 
o Menor quantidade de minerais; 
o Maior número de osteócitos; 
o Sem sistema de havers ou de 
Volkmann; 
o Matriz osteoide – não calcificada. 
• Tecido ósseo maduro 
(secundário/lamelar) 
o Fibras se organizam em lamelas 
que ficam paralelas; 
o Ou se dispõem em camadas 
concêntricas em torno de canais 
com vasos – sistemas de Havers; 
o Os sistemas de Havers se 
comunicam entre si, com a 
cavidade medular e com a 
superfície externa de osso por 
meio de canais transversais ou 
oblíquos – canais de Volkmann; 
o Matriz calcificada. 
 
Nathália Ferreira Carneiro | GRADUANDA DE MEDICINA VETERINÁRIA 
 
Histogênese 
• O tecido ósseo é formado por ossificação; 
• O primeiro tecido formado é primário e é 
substituído, pouco a pouco, por tecido 
secundário; 
• Ossificação intramembranosa: 
o Ocorre no interior de uma 
membrana conjuntiva; 
o Inicia com a diferenciação das 
células mesenquimatosas; 
o Elas se transformam em grupos de 
osteoblastos; 
o Sintetizam osteoide – matriz não 
calcificada; 
o Se mineraliza e engloba 
osteoblastos, que se transformam 
em osteócitos. 
• Ossificação endocondral: 
o Inicia sobre um molde de 
cartilagem hialina, que 
gradualmente é destruído e 
substituído por tecido ósseo 
formado a partir de células do 
conjuntivo adjacente; 
o A cartilagem hialina sofre 
modificações: 
▪ Hipertrofia dos condrócitos; 
▪ Redução da matriz 
cartilaginosa, sua 
mineralização e morte dos 
condrócitos; 
o As cavidades são invadidas por 
capilares e células osteogênicas; 
o As células se diferenciam em 
osteoblastos, que irão depositar 
matriz óssea. 
• Disco epifisário: 
o Zona de repouso: cartilagem 
hialina sem alteração; 
o Zona de proliferação: condrócitos 
dividem-se rapidamente e formam 
fileiras ou colunas paralelas de 
células achatadas e empilhadas; 
o Zona de hipertrofia: condrócitos 
volumosos e inicia a apoptose, 
matriz reduzida a tabiques 
delgados; 
o Zona de calcificação: 
mineralização da matriz 
cartilaginosa e termina apoptose 
dos condrócitos; 
o Zona de ossificação: aparece 
tecido ósseo, capilares sanguíneos 
e células osteoprogenitoras 
invadem as cavidades, se 
diferenciam em osteoblastos que 
depositam matriz óssea. 
• Canal medular: 
o À medida que se forma o canal 
medular, células sanguíneas, 
originadas de células-tronco 
trazidas pelo sangue dão origem a 
medula óssea. 
Articulações 
⋙ Diartrose 
• Articulações de grandes mobilidades; 
• Cavidade articular – cápsula que liga as 
extremidades ósseas; 
• Líquido sinovial – líquido incolor, 
transparente e viscoso contido na 
cavidade; 
o Serve como via transportadora de 
substâncias entre a cartilagem 
articular e o sangue dos capilares 
da membrana sinovial; 
• Cápsula das diartroses 
o Camada fibrosa – externa; 
o Camada ou membrana sinovial – 
interna. 
 
Nathália Ferreira Carneiro | GRADUANDA DE MEDICINA VETERINÁRIA 
 
→ Regeneração óssea 
• Na linha da fratura, originalmente 
preenchida por sangue e fibrina, forma-se 
o tecido de granulação; 
o Constituído por capilares 
neoformados, fibroblastos e 
células mesenquimais imaturas 
(osteogênicas); 
• Estas têm capacidade para se diferenciar 
em condroblastos ou osteoblastos; 
• Os condroblastos irão depositar matriz 
cartilaginosa e formar o calo cartilaginoso; 
• Ou os osteoblastos irão depositar matriz 
óssea, originando osso neoformado – 
ossificação intramembranosa; 
• O conjunto dos dois tecidos forma o calo 
provisório da fratura. 
→ Remodelação óssea (aparelhos 
ortodônticos) 
• Processo contínuo de destruição de osso 
velho e construção de osso novo; 
• Osso velho é destruído pelos osteoclastos 
– irão se formar “buracos”; 
• Os “buracos” irão ser reparados por 
osteoblastos; 
• O cálcio e outros minerais endurecem os 
ossos, aumentando sua densidade. 
→ Osteoporose 
• Perca de osso (matriz óssea calcificada) – 
os ossos tornam-se frágeis e podem se 
quebrar facilmente; 
• Desequilíbrio hormonal; 
• Na osteoporose, o osso compacto se 
afina gradualmente e os “buracos” do 
osso trabecular se tornam cada vez 
maiores e irregulares; 
• Osteoclastos; 
• Pequenas quedas ou o peso do corpo 
podem causar fraturas; 
• Nas mulheres é acentuada devido a 
menopausa – declínio do hormônio 
estrógeno; 
• Fatores de risco: 
o Baixa ingestão de cálcio e/ou 
vitamina D; 
o Inatividade física prolongada – 
reduz a densidade óssea e pode 
desencadear um excesso da 
atividade da glândula tireoide com 
consequente produção excessiva 
do paratormônio 
(hiperparatireoidismo primário). 
→ Paratormônio 
• Hormônio produzido pelas células 
principais da paratireóide; 
• Secreção regulada pelo nível plasmático 
de cálcio; 
• ↓ cálcio = ↑ paratormônio; 
• Estimula o osteoclasto – aumenta 
reabsorção óssea; 
• Ação ocorre em: 
o Ossos – ativação dos 
osteoclastos; 
o Intestino – aumenta a absorção de 
cálcio; 
o Rim – aumenta a absorção de 
cálcio no túbulo contorcido distal. 
→ Calcitonina 
• Antagonista do paratormônio; 
• Impede que o cálcio se eleve acima dos 
níveis fisiológicos; 
• Inibe o osteoclasto – diminui 
reabsorção óssea; 
• Atua no osso – diminuição da reabsorção 
óssea; 
• Secreção produzida pelas células 
principais da tireoide – estimulada pelos 
níveis plasmáticos de cálcio - ↑ cálcio = ↑ 
produção de calcitonina; 
• Os níveis de calcitonina caem com a 
idade, principalmente nas mulheres após 
a menopausa, pois a sua produção é 
estimulada pelos estrogênios. 
 
Nathália Ferreira Carneiro | GRADUANDA DE MEDICINA VETERINÁRIA 
→ Osteopetrose (doença mármorea) 
• Grupo de doenças hereditárias raras; 
• Se manifestam devido a uma disfunção 
nos osteoclastos – aumento da 
densidade óssea de forma difusa; 
• Os ossos são passíveis de fraturas como 
“pedaço de giz”; 
• Anemia leucoeritroblástica que decorre 
devido a obliteração da medula óssea; 
• Causa baixa imunidade, baixo hematócrito 
e hemoglobina e infecção recorrentes; 
• Tratamento: 
o Transplante de medula óssea 
vermelha; 
o Fornecer novos mastócitos, 
macrófagos e osteoclastos. 
→ Plasticidade do tecido ósseo alveolar 
• A posição dos dentes na arcada dentária 
pode ser modificada por pressões 
exercidas por aparelhos ortodônticos; 
• Ocorre reabsorção óssea no lado em que 
a pressão da raiz do dente atua sobre o 
osso alveolar e neoformação óssea no 
lado oposto; 
• Assim, o dente é deslocado conforme o 
osso alveolar é remodelado. 
Extras dos extras 
→ Medula óssea 
• Vermelha: 
o No recém-nascido, toda medula é 
vermelha; 
o Devido ao alto teor de hemácias; 
o Ativa produção de sangue; 
• Amarela: 
o Com a idade, a medula vai sendo 
infiltrada por tecido adiposo; 
o Diminuição da atividade 
hematógena.

Outros materiais