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MEDICINA DA CONSERVAÇÃO

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MEDICINA DA CONVERVAÇÃO
Proteger o meio ambiente, animais e seres humanos. Conservação, biodiversidade, saúde única, ecossistema, zoonoses/agravos, etc. 
- 75% das doenças humanas vêm de animais. Isso ocorre por causa de um desequilíbrio entre meio ambiente, animais e seres humanos.
Definição: interface da saúde pública, saúde animal e saúde ambiental. 
Objetivo de trabalhar a medicina da conservação: o equilíbrio das três esferas.
 
“Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença” (OMS).
Saúde ecológica: “Estado sustentável e estável de sistemas ecológicos capaz de manter a organização, autonomia e resistência ao stress.” (Constanza et al., 1992)
A medicina da conservação é formada por uma equipe multidisciplinar: médicos veterinários, biólogos, zootecnista, enfermeiro, médico, etc (todos da área da saúde). 
Disciplinas: 
· Ecologia;
· Epidemiologia;
· Zoologia;
· Microbiologia;
· Parasitologia;
· Patologia humana, animal e vegetal. 
Histórico: 1827 – Charles Darwin → faculdade de medicina, religião e história natural. O primeiro a ter uma visão interligada de disciplinas. 
1996: Koch → introdução do termo para descrever o contexto ecológico da saúde.
· União das disciplinas saúde e ecologia;
· Examinar o mundo numa via inclusiva. 
Fundada para conectar disciplinas separadas ao longo dos tempos.
Atualmente: problemas ambientais causados em grande parte pelo homem; perda da biodiversidade; degradação do habitat natural; poluentes químicos no ar, água e solo; mudanças climáticas e depleção do ozônio. 
Estuda as múltiplas interações entre patógenos e doenças; e entre espécies e ecossistemas.
Foco: contexto ecológico da saúde e remediação dos problemas de saúde ecológica.
Campo de atuação:
· Mudanças na estrutura do habitat e uso da terra;
· Emergência e reemergência de agentes infecciosos, parasitas;
· Contaminantes ambientais;
· Manutenção da biodiversidade e ecossistemas a fim de sustentar as comunidades de fauna e flora, inclusiva inclusive o homem.
Perda da biodiversidade – distúrbio na composição das espécies e na ecologia – sérias implicações na saúde.
DOENÇAS x CONSERVAÇÃO
- Doenças contribuem para o risco de extinção;
- Matam mais rapidamente que os hospedeiros podem se reproduzir;
- Suprimem o tamanho ou taxa de crescimento da população. 
Resumindo...
A medicina veterinária da conservação trata-se de uma ciência que se preocupa com a saúde ambiental. Envolve transdisciplinaridade, tanto na pesquisa, nas ações de manejo e na proposição de políticas públicas voltadas à manutenção da saúde de todas as comunidades biológicas e seus ecossistemas. 
Atuar em Medicina Veterinária da Conservação é trabalhar para manter a diversidade biológica, e consequentemente, a qualidade de vida para pessoas, espécies domésticas e selvagens, com objetivos de manter um ambiente saudável.
A promoção da saúde dos ecossistemas e de seus componentes pode ser denominada Saúde Ambiental. Contudo, considerando as inter-relações e as complexidades dos processos que ordenam os ambientes na terra, pode-se conceituar que a Saúde Ambiental é dependente da conjunção da Saúde humana, Saúde Animal e Saúde Vegetal, garantindo a Saúde de todo o Ecossistema. 
QUESTÕES
1 – O que é Medicina da Conservação?
É a ciência para crise da saúde ambiental e a consequente perda da diversidade biológica, desenvolvida por meio de transdisciplinaridade na execução de pesquisas, ações de manejo e políticas públicas ambientais voltadas à manutenção da saúde de todas as comunidades biológicas e seus ecossistemas.
2 – Defina transdisciplinaridade?
É a integração e transposição de conhecimentos de diferentes disciplinas que atuam juntos na Medicina da Conservação.
3 – Quais são os 3 pilares que compõe a Medicina da Conservação?
Saúde Ambiental, Saúde Humana e Saúde Animal.
4 – Qual a finalidade da Medicina da Conservação?
O equilíbrio das três esferas (saúde humana, animal e ambiental). Evitar a perda da biodiversidade, evitar novas doenças e o agravo de doenças já existentes, etc. 
5 – Quais áreas de conhecimento participam da Medicina da Conservação?
Ecologia, zoologia, etologia, botânica, fisiologia, genética, imunologia, microbiologia, patologia animal, fitopatologia, patologia humana, epidemiologia, parasitologia, toxicologia, saúde pública, geografia, antropologia e sociologia. 
6 – Quais desafios que a Medicina da Conservação enfrenta?
Carência de profissionais, falta de conscientização da população, variações climáticas, poluição, expansão das cidades, crescimento populacional, reemergência de doenças, falta de fiscalização, etc.
ZOOLOGIA DE INTERESSE EM SAÚDE PÚBLICA
O que é zoologia?
Zoo = animais CIÊNCIA QUE ESTUDA OS ANIMAIS
Logia = estudo
Esta ciência aborda todos os grupos animais, e engloba todos os aspectos de sua biologia, anatomia, ecologia, biogeografia e evolução. 
Como são classificados os seres vivos?
→ Aristóteles, século IV a.C.: tipo de reprodução e por terem ou não sangue vermelho.
→ Discípulo Teofrasto: classificação das plantas com base no uso e cultivo.
→ Karl von linée – séc. XVIII: sistema de Lineu
→ Robert Whittaker , 1960:
1. Vida;
2. Domínio;
3. Reino;Reinos:
· Plantae;
· Fungi;
· Animalia;
· Protista;
· Monera.
4. Filo ou divisão;
5. Classe;
6. Ordem;
7. Família;
8. Gênero;
9. Espécie.
Maior semelhança 
entre os representas
por categoria
Maior diversidade
biológica entre os 
representantes por
categoria
Por que estudar os animais?
Os animais estão na nossa vida cotidiana! Além de servirem como alimento, transporte, medicamentos e entretenimento.
As interações são sempre benéficas?
Não. Zoonoses, doenças emergentes, humanização dos animais, problemas comportamentais dos animais, mudança de habitat, choque elétrico/atropelamento, mordeduras, financeiro, conflito sanitário, brigas, envenenamento, pragas em culturas, tráficos, etc.
A MUDANÇA
“Nos últimos séculos adquirimos o poder de influenciar decisivamente na constituição e equilíbrio de ecossistemas, alterando padrões de distribuição biogeográfica de macro e microrganismos e do ritmo de processos de evolução da crosta terrestre e da biosfera” (Ávila Pires, 2000).
CONCEITOS
Doenças emergentes: afecções em que a incidência tem aumentado em seres humanos na última década.
Doenças reemergentes: são aquelas que aparecem após um período de declínio significativo ou que sofreram modificações de doenças já existentes. 
Incidência: casos novos.
FATORES DESENCADEANTES:
· Atividades humanas que modificam o meio ambiente;
· Pressão demográfica;
· Transmissão vetorial facilitada em países de clima tropical;
· Mecanismo de mutação e recombinação genética (vírus RNA);
· Decadência dos sistemas de saúde: elevada demanda e custos da assistência médica;
· Transporte aéreo;
· Importação de animais;
· Atração de animais sinantrópicos próximo ao homem;
· Surgimento de um novo vírus, pela evolução de uma variante viral;
· Introdução no hospedeiro de um vírus existente em outra espécie;
· Disseminação de um vírus a partir de uma pequena população humana ou animal, onde este vírus surgiu ou onde foi originalmente introduzido.
Exemplos:
· Hantavirose;
· Gripe (Influenzavírus);
· Febre maculosa;
· Dengue;
· Febre amarela;
· Cólera;
· Leptospirose;
· Tuberculose;
· Doença de Chagas;
· Criptococose, etc.
MEDIDAS DE CONTROLE
· Vigilância: descobrir, investigar rapidamente e acompanhar patógenos emergentes, as doenças que causam e os fatores envolvidos no surgimento do quadro;
· Pesquisa aplicada: integrar os laboratórios e a epidemiologia para apoio à saúde pública;
· Prevenção e controle: estimular a comunicação e a circulação de informações sobre as doenças emergentes e assegurar a implementação de estratégias de prevenção;
· Infra-estrutura: fortificar a infra-estrutura de saúde pública e rede hospitalar nos níveis local, estadual e federal, para permitir o estabelecimento da Vigilância e a implementação dos programas de Prevenção e Controle.
O objetivo fundamental é estabelecersistemas ágeis de reconhecimento de problemas, capazes de divulgá-los em nível internacional a curto prazo, bem como investigar episódios onde doenças emergentes/reemergentes sejam suspeitadas. Quem faz isso é a OMS e a OIE. 
	DOENÇAS EMERGENTES
	DOENÇAS REEMERGENTES
	Ebola
	Tuberculose
	Hepatite C
	Febre amarela
	AIDS
	Histoplasmose
	Hantavirose
	Criptococose
	Encefalite espongiforme 
	Raiva
	Influenza aviária
	Mormo
	Zika
	Leishmanose Tegumentar Americana
	Chico Cunha
	Leishmaniose Visceral
	
	Dengue
	
	Cólera
BIODIVERSIDADE E SUA IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA
Biodiversidade reflete o número, a variedade e a variabildade de organismos vivos.
	Compreende a diversidade dentro de espécis, entre espécies e de ecossistemas (ecossistema: unidade ecológica constituída pela reunião do meio abiótico com o meio biótico, no qual ocorre intercâmbio de matéria e energia).
Os serviços dos ecossitemas são os benefícios que as pessoas obtêm dos ecossistemas.
· Biodiversidade desempenha um importante papel no funcionamento dos ecossistemas e dos muitos serviços que prestam.
· Ciclo de nutrientes e o ciclo da água, a formação do solo e retenção, a resistência a espécies invasoras, a polinização das plantas, a regulação do clima, controle de pragas e poluição.
· Número de espécies presentes e quais espécies abundamentes.
· Fornecimento de matérias primas.
Porque a perda de biodiversidade é uma preocupação? 
	A perda da biodiversidade tem efeitos negativos sobre vários aspectos do bem-estar humano, como:
· Segurança alimentar: uso de agrotóxicos;
· Vulnerabilidade a desastres naturais: enchentes, etc;
· Segurança energética, acesso à água e matérias-primas;
· Afeta a saúde humana, relações sociais, liberdade de escolha.
Sociedade possui objetivos conflitantes, muitos deles dependentes da biodiversidade.
Quando os seres humanos modificam um ecossitema para melhorar os serviços que presta, isso geralmente resulta também em mudanças para outros serviços do ecossistema. 
A longo prazo, o valor dos serviços perdidos podem exceder em muito os benefícios obtidos no curto prazo, transformando ecossistemas. 
Os mercados financeiros não consideram (não demonstram) a importância da biodiversidade e de processos naturias no fornecimento de benefícios para o homem.
Quais são as tendências atuais da biodiversidade?
· Atividade humana acelerou a taxa de extinção;
· O Índice Planeta Vivo, elaborado pela WWdm mostra sinais de declínio da abundância global de vida selvagem.
Qual a causa da perda de biodiversidade?
Evolução da população humana, a atividade econômica, tecnologia e fatores sócio-político e cultural. 
· Ambiente terrestre – convenção de floresta para a agricultura;
· Ambiente marinho – pesca;
· Modificação do habitat (fragmentação da floresta);
· Introdução e disseminação de espécies exóticas invasoras fora de sua faixa normal;
· Exploração excessiva dos recursos naturais;
· Uso excessivo de fertilizantes.
Reino
Filo ou divisão
Classe
Ordem
Família
Gênero
Espécie
Saúde animal
Saúde ambiental
Saúde humana

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