Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROBLEMA 1 – QUE VIDA É ESSA? OBJETIVO 1 – DEFINIR HOMEOSTASE E OS FATORES AMBIENTAIS QUE PODEM INTERFERIR NA SUA MANUTENÇÃO O termo homeostasia define a manutenção de condições quase constantes no meio interno. Todos os órgãos e tecidos do corpo humano executam funções que contribuem para manter essas condições relativamente constantes. Por exemplo, os pulmões proveem oxigênio ao líquido extracelular para repor o oxigênio utilizado pelas células, os rins mantêm constantes as concentrações de íons e o sistema gastrointestinal fornece os nutrientes. Sistema de Transporte e de Mistura do Líquido Extracelular — O Sistema Circulatório do Sangue O líquido extracelular é transportado para todas as partes do corpo em dois estágios. Quando o sangue passa pelos capilares sanguíneos, também ocorre troca contínua do líquido extracelular entre a parte plasmática do sangue e o líquido intersticial. Assim, o líquido extracelular, em todas as partes do corpo — tanto no plasma quanto no fluido intersticial — está continuamente sendo misturado, mantendo homogeneidade quase completa do líquido extracelular no corpo. Sistema Respiratório. Cada vez que o sangue passa pelo corpo, ele flui também pelos pulmões. O sangue capta, nos alvéolos, o oxigênio necessário para as células. Trato Gastrointestinal. Grande parte do sangue bombeado pelo coração também flui através das paredes do trato gastrointestinal. Aí, diferentes nutrientes dissolvidos, incluindo carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos, são absorvidos, do alimento ingerido para o líquido extracelular no sangue. Fígado e Outros Órgãos que Realizam Funções Primordialmente Metabólicas. Nem todas as substâncias absorvidas pelo trato gastrointestinal podem ser usadas na forma absorvida pelas células. O fígado altera, quimicamente, muitas dessas substâncias para formas mais utilizáveis. Sistema Musculoesquelético. O sistema musculoesquelético também proporciona mobilidade para proteção contra ambientes adversos, sem a qual todo o organismo com seus mecanismos homeostáticos poderia ser instantaneamente destruído. Remoção dos Produtos Finais do Metabolismo Remoção do Dióxido de Carbono pelos Pulmões. O movimento respiratório do ar para dentro e para fora dos pulmões carrega o dióxido de carbono para a atmosfera. O dióxido de carbono é o mais abundante de todos os produtos finais do metabolismo. Rins. A passagem do sangue pelos rins remove do plasma a maior parte das outras substâncias, além do dióxido de carbono, que não são necessárias para as células. Essas substâncias incluem diferentes produtos finais do metabolismo celular, tais como a ureia e o ácido úrico; Os rins realizam sua função primeiramente por filtrar grandes quantidades de plasma através dos glomérulos para os túbulos e depois reabsorve para o sangue aquelas substâncias necessárias ao corpo. Fígado. Entra as funções do fígado está a desintoxicação ou a remoção de muitas drogas e químicas que são ingeridas. O fígado secreta várias dessas perdas em bile para ser, por fim, eliminadas nas fezes Regulação das Funções Corporais Sistema Nervoso. O sistema nervoso é composto de três partes principais: a parte de aferência sensorial, o sistema nervoso central (ou parte integrativa) e a parte de eferência motora. Um importante segmento do sistema nervoso é chamado de sistema autônomo. Ele opera em um nível subconsciente e controla muitas funções dos órgãos internos, incluindo o nível de atividade de bombeamento pelo coração, movimentos do trato gastrointestinal e secreção de muitas das glândulas do corpo. Sistema Hormonal. Existem no corpo oito principais glândulas endócrinas que secretam substâncias químicas chamadas hormônios. Assim, os hormônios formam um sistema para a regulação que complementa o sistema nervoso. O sistema nervoso regula muitas atividades musculares e secretórias do organismo, enquanto o sistema hormonal regula muitas funções metabólicas. O sistema integumentar é também importante na regulação da temperatura corporal e na excreção das escórias, criando a interface sensorial entre o corpo e seu ambiente externo. Exemplos de Mecanismos de Controle Regulação das Concentrações de Oxigênio e Dióxido de Carbono no Líquido Extracelular O organismo dispõe de mecanismo especial de controle para manter a concentração de oxigênio quase constante no líquido extracelular. Esse mecanismo depende, principalmente, das características químicas da hemoglobina. Quando o sangue passa pelos capilares dos tecidos, a hemoglobina, devido à sua alta afinidade química pelo oxigênio, não o libera para o líquido tecidual se já houver oxigênio demais no local. Mas, se a concentração de oxigênio estiver baixa demais, a quantidade suficiente é liberada para restabelecer a concentração adequada. Essa regulação é chamada de função de tamponamento do oxigênio pela hemoglobina. Se todo o dióxido de carbono, formado nas células, se acumulasse continuamente nos líquidos teciduais, todas as reações que fornecem energia às células cessariam. Porém, concentração mais alta que o normal de dióxido de carbono no sangue excita o centro respiratório, fazendo com que a pessoa respire rápida e profundamente Regulação da Pressão Sanguínea Arterial Um deles, o sistema barorreceptor, é simples e excelente exemplo de mecanismo de controle de ação rápida. Nas paredes da região de bifurcação das artérias carótidas, no pescoço e também no arco da aorta, no tórax, encontram-se vários receptores nervosos, chamados barorreceptores, estimulados pelo estiramento da parede arterial. Quando a pressão arterial sobe demais os barorreceptores enviam salvas de impulsos nervosos para o tronco cerebral. Aí, esses impulsos inibem o centro vasomotor que, por sua vez, diminui o número de impulsos transmitidos por esse centro, por meio do sistema nervoso simpático, para o coração e vasos sanguíneos. A redução desses impulsos ocasiona a diminuição da atividade de bombeamento do coração. Natureza de Feedback Negativo da Maioria dos Sistemas de Controle A maioria dos sistemas de controle do organismo age por feedback negativo. Em outras palavras, a alta concentração de dióxido de carbono desencadeia eventos que diminuem a concentração até a normal, o que é negativo para o estímulo inicial. Inversamente, a queda na concentração de dióxido de carbono produz feedback para aumentar a concentração. Essa resposta também é negativa em relação ao estímulo inicial. Portanto, em geral, se algum fator se torna excessivo ou deficiente, um sistema de controle inicia um feedback negativo que consiste em série de alterações que restabelecem o valor médio do fator, mantendo, assim, a homeostasia. O Feedback Positivo Pode, Às Vezes, Causar Círculos Viciosos e Morte. O feedback positivo não leva à estabilidade mas sim à instabilidade e, em alguns casos, à morte. OBJETIVO 2 - COMPONENTES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL, PERIFÉRICO, VISCERAL E SOMÁTICO. Sistema nervoso central O sistema nervoso central (SNC) é composto pelo encéfalo e pela medula espinhal. O encéfalo é a parte do SNC que está localizada no crânio e contém cerca de 85 bilhões de neurônios. A medula espinal conecta-se com o encéfalo por meio do forame magno do occipital e está envolvida pelos ossos da coluna vertebral. A medula espinal possui cerca de 100 milhões de neurônios. Sistema nervoso periférico O sistema nervoso periférico (SNP). Os componentes do SNP incluem os nervos, os gânglios, os plexos entéricos e os receptores sensitivos. Nervo é um feixe composto por centenas de milhares de axônios, associados a seu tecido conjuntivo e seus vasos sanguíneos, que se situa fora do encéfalo e da medula espinal. Doze pares de nervos cranianos emergemdo encéfalo e 31 pares de nervos espinais emergem da medula espinal. Os gânglios são pequenas massas de tecido nervoso compostas primariamente por corpos celulares que se localizam fora do encéfalo e da medula espinal. Os plexos entéricos são extensas redes neuronais localizadas nas paredes de órgãos do sistema digestório. O SNP é dividido em sistema nervoso somático (SNS), sistema nervoso autônomo (SNA). O SNS é composto por (1) neurônios sensitivos que transmitem informações para o SNC a partir de receptores somáticos na cabeça, no tronco e nos membros e de receptores para os sentidos especiais da visão, da audição, da gustação e do olfato, e por (2) neurônios motores que conduzem impulsos nervosos do SNC exclusivamente para os músculos esqueléticos. A divisão autônoma do sistema nervoso ou SNA é formado por (1) neurônios sensitivos que levam informações de receptores sensitivos autônomos – localizados especialmente em órgãos viscerais como o estômago e os pulmões – para o SNC, e por (2) neurônios motores que conduzem os impulsos nervosos do SNC para o músculo liso, o músculo cardíaco e as glândulas. A atuação do SNA é involuntária. A parte motora do SNA é composta por dois ramos, a divisão simpática e a divisão parassimpática. De modo geral, a divisão simpática está relacionada com o exercício ou ações de emergência – as respostas de “luta ou fuga” – e a divisão parassimpática se concentra nas ações de “repouso e digestão”. Funções do sistema nervoso Função sensitiva. Os receptores sensitivos detectam estímulos internos, como elevação da pressão arterial, ou estímulos externos (p. ex., uma gota de água caindo no seu braço). Essas informações sensitivas são então levadas para o encéfalo e para a medula espinal por meio dos nervos cranianos e espinais Função integradora. O sistema nervoso processa as informações sensitivas, analisandoas e tomando as decisões adequadas para cada resposta – uma atividade conhecida como integração. Função motora. Após o processamento das informações sensitivas, o sistema nervoso pode desencadear uma resposta motora específica por meio da ativação de efetores (músculos e glândulas) por intermédio dos nervos cranianos e espinais. A estimulação dos efetores causa a contração dos músculos e a secreção de hormônios pelas glândulas. Encéfalo O encéfalo é formado pelo cérebro, cerebelo e tronco encefálico. Ele possui em torno de 35 bilhões de neurônios e pesa aproximadamente 1,4 kg. Cérebro O cérebro é a porção mais maciça e o principal órgão do Sistema Nervoso. Ele é responsável por comandar ações motoras, estímulos sensoriais e atividades neurológicas como a memória, a aprendizagem, o pensamento e a fala. Ele é formado por duas metades, os hemisférios direito e esquerdo, separados por uma fissura longitudinal. Os dois hemisférios compreendem o telencéfalo. Eles trabalham em conjunto, porém, existem algumas funções específicas para cada um dos hemisférios. O hemisfério direito controla o lado esquerdo do corpo e o hemisfério esquerdo controla o lado direito. O fluxo sanguíneo no cérebro é bastante elevado, superado apenas pelos rins e coração. Cerebelo O cerebelo ou metencéfalo representa 10% do volume do encéfalo. Ele é relacionado com a manutenção do equilíbrio corporal, controle do tônus muscular e aprendizagem motora. Assim, como ocorre no cérebro, o cerebelo possui dois hemisférios separados por uma faixa estreita, o vérmis. Tronco Encefálico O tronco encefálico é constituído pelo mesencéfalo, ponte e bulbo. O mesencéfalo é a menor parte do tronco encefálico, localiza-se entre a ponte e o cérebro. A ponte localiza-se entre o mesencéfalo e o bulbo. No bulbo, a parte inferior liga-se a medula espinhal e a superior com a ponte. TRANSMISSÃO SINAPTICA A sinapse é uma região onde ocorre a comunicação entre dois neurônios ou entre um neurônio e uma célula efetora (célula muscular ou glandular). A maioria das sinapses entre neurônios é axodendrítica (entre o axônio e um dendrito), enquanto outras são axossomáticas (entre um axônio e uma célula) ou axoaxônicas (entre dois axônios). Sinapses elétricas Em uma sinapse elétrica, os potenciais de ação (impulsos) são conduzidos diretamente entre as membranas plasmáticas de neurônios adjacentes por meio de estruturas chamadas junções comunicantes. À medida que os íons fluem de uma célula para a outra por estas conexões, o potencial de ação também se propaga de uma célula para outra. As sinapses elétricas apresentam duas vantagens importantes: Comunicação mais rápida. Como os potenciais de ação são conduzidos diretamente por meio das junções comunicantes, as sinapses elétricas são mais rápidas do que as químicas. Em uma sinapse elétrica, o potencial de ação passa diretamente da célula présináptica para a póssináptica. Os eventos que ocorrem em uma sinapse química demoram algum tempo e atrasam um pouco a comunicação. Sincronização. As sinapses elétricas podem sincronizar (coordenar) a atividade de um grupo de neurônios ou fibras musculares. Em outras palavras, um grande número de neurônios ou fibras musculares pode produzir potenciais de ação em uníssono, caso eles estejam conectados por junções comunicantes. A consequência dos potenciais de ação sincronizados no coração ou no músculo liso visceral é a contração coordenada destas fibras, o que possibilita a geração de um batimento cardíaco ou a passagem de alimentos pelo trato gastrintestinal. Sinapses químicas Apesar das membranas plasmáticas dos neurônios pré e póssinápticos em uma sinapse química estarem próximas entre si, elas não se tocam. Elas são separadas pela fenda sináptica, um espaço de 20 a 50 nm* que é preenchido com líquido intersticial. https://www.todamateria.com.br/encefalo/ https://www.todamateria.com.br/cerebro/ https://www.todamateria.com.br/cerebelo/ Os impulsos nervosos não podem ser conduzidos pela fenda sináptica; assim, ocorre uma forma alternativa e indireta de comunicação. Em resposta a um impulso nervoso, o neurônio présináptico libera um neurotransmissor que se difunde pelo líquido da fenda sináptica e se liga a receptores na membrana plasmática do neurônio póssináptico. Uma sinapse química comum transmite um sinal da seguinte maneira: Um impulso nervoso chega a um botão (varicosidade) sináptico de um neurônio pré- sináptico. A fase de despolarização do impulso nervoso abre canais de Ca2+ dependentes de voltagem, que estão presentes na membrana dos botões sinápticos. Como os íons cálcio estão mais concentrados no líquido extracelular, o Ca2+ entra no botão sináptico pelos canais abertos. O aumento na concentração de Ca2+ dentro do neurônio présináptico serve como um sinal que dispara a exocitose das vesículas sinápticas. À medida que as membranas vesiculares se fundem com a membrana plasmática, as moléculas de neurotransmissores que estão dentro das vesículas são liberadas na fenda sináptica. Cada vesícula sináptica contém milhares de moléculas de neurotransmissores. OBS: Em uma sinapse química, o neurônio pré- sináptico converte um sinal elétrico (impulso nervoso) em um sinal químico (liberação de neurotransmissor). O neurônio póssináptico então converte o sinal químico novamente em sinal elétrico (potencial pós- sináptico). Remoção de um neurotransmissor A remoção de um neurotransmissor da fenda sináptica é essencial para o funcionamento normal da sinapse. Se um neurotransmissor permanece na fenda sináptica, ele pode influenciar um neurônio pós- sináptico, uma fibra muscular ou uma célula glandular indefinidamente. Um neurotransmissor é removido de três maneiras: Difusão. Alguns dos neurotransmissores liberados se difundem para longe da fenda sináptica. Uma vez que a molécula do neurotransmissoresteja fora do alcance de seus receptores, ela não poderá exercer suas funções. Degradação enzimática. Certos neurotransmissores são inativados por degradação enzimática. Por exemplo, a enzima acetilcolinesterase cliva a acetilcolina na fenda sináptica. Captação celular. Muitos neurotransmissores são transportados ativamente de volta ao neurônio que os liberou (recaptação). Outros são transportados para a neuróglia adjacente (captação). Os neurônios que liberam norepinefrina, por exemplo, rapidamente a captam e a reciclam para ser utilizada em novas vesículas sinápticas. As proteínas de membrana que desempenham tal tarefa são chamadas transportadores de neurotransmissores. Neurotransmissores Os neurotransmissores são importantes moléculas produzidas e liberadas por neurônios. Quando o impulso nervoso chega até os locais onde estão os neurotransmissores, essas moléculas são liberadas por exocitose e caem na fenda sináptica. Essa fenda é um espaço situado entre a membrana pré- sináptica (membrana que libera os neurotransmissores) e a membrana pós- sináptica (membrana da célula vizinha). Podemos classificar os neurotransmissores em dois tipos: aqueles que promovem respostas excitatórias e aqueles que produzem respostas inibitórias. Excitatórios: esses neurônios provocam a despolarização da membrana pós-sinápticas. Inibitórios: esses neurônios promovem a hiperpolarização da membrana pós-sinápticas. Muitos neurotransmissores também são hormônios liberados para a corrente sanguínea por células endócrinas de órgãos do corpo inteiro. No encéfalo, alguns neurônios, conhecidos como células neurossecretoras, também liberam hormônios. Os https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/impulso-nervoso.htm neurotransmissores podem ser divididos em duas classes, de acordo com seu tamanho: neurotransmissores de moléculas pequenas e neuropeptídios. ACETILCOLINA - é um neurotransmissor excitatório em algumas sinapses. AMINOÁCIDOS - O glutamato e o aspartato têm potentes efeitos excitatórios. O ácido gama- aminobutírico (GABA) e a glicina são importantes neurotransmissores inibitórios. POTENCIAL DE AÇÃO O potencial de ação que se estabelece na área da membrana estimulada perturba a área vizinha, levando à sua despolarização. O estímulo provoca, assim, uma onda de despolarizações e repolarizações que se propaga ao longo da membrana plasmática do neurônio. Essa onda de propagação é o impulso nervoso. Cada potencial de ação começa por alteração súbita do potencial de membrana normal negativo para um potencial positivo, terminando então com retorno quase tão rápido para o potencial negativo. Estágio de Repouso. É o potencial de repouso da membrana, antes do início do potencial de ação. Diz-se que a membrana está “polarizada” durante esse estágio. Estágio de Despolarização. A esse tempo, a membrana fica subitamente muito permeável aos íons sódio, permitindo que grande número de íons sódio positivamente carregados se difunda para o interior do axônio. O estado normal de “polarização” de -90 milivolts é, de imediato, neutralizado pelo influxo dos íons sódio com carga positiva, com o potencial aumentando rapidamente para valor positivo. Isso é referido como despolarização. Estágio de Repolarização. Em alguns décimos de milésimos de segundo após a membrana ter ficado muito permeável aos íons sódio, os canais de sódio começam a se fechar, e os canais de potássio se abrem mais que o normal. Então, a rápida difusão dos íons potássio para o exterior restabelece o potencial de repouso negativo da membrana. Isso é referido como repolarização da membrana. íons Cálcio. A membrana de quase todas as células do corpo contém a bomba de cálcio semelhante à bomba de sódio, e o cálcio, em algumas células, junto com (ou no lugar do) sódio, causa a maior parte do potencial de ação. A principal função dos canais de cálcio regulados pela voltagem é a de contribuir para a fase de despolarização do potencial de ação, em algumas células. Todavia, a regulação dos canais de cálcio é lenta. Por isso são chamados de canais lentos. OBJETIVO 3 - CONTROLE NEUROENDÓCRINO DA FISIOLOGIA RENAL ( EXO HIPOTÁLAMO- HIPOFISE-ADRENAL) Eixo Hipotálamo Hipófise-Adrenal As adrenais são glândulas localizadas sobre os rins, por isso também são chamadas suprarrenais. Estas glândulas têm duas funções muito distintas, uma relacionada com o córtex, que produz os glicocorticoides, e outra com a adrenal, que produz adrenalina e noradrenalina. Os hormônios da medula da adrenal, a adrenalina e a noradrenalina são liberados por estimulação de nervos simpáticos que saem da medula espinhal. Nosso interesse nesta aula está voltado para o córtex da adrenal, cujos hormônios são liberados por ação do ACTH liberado pela hipófise. Estimulação de neurônios hipotalâmicos induz a liberação de hormônio coticotrófico (CRH) na hipófise que libera na corrente sanguinea o hormônio ACTH. Estes agindo em receptores acoplados à proteína G estimula a síntese e liberação de cortisol e pequenas quantidades de andrógenos. O cortisol atuando sobre o hipotálamo e hipófise anterior inibe a liberação de ACTH. A este mecanismo de controle é dado o nome de retroalimentação negativa. O controle de síntese e liberação de cortisol é realizado pelo sistema nervoso central – quer por uma via neural direta, quer por uma via hormonal, ativando o Eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal. A ativação neural está ligada ao processo do despertar, enquanto a via hormonal está ligada ao controle do estresse. O pico de cortisol gerado pela ativação simpática é breve, enquanto o pico de cortisol gerado pelo eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal é mais longo. Finalmente, o cortisol, atuando sobre o sistema nervoso central, inibe a síntese de ACTH quando atua diretamente na hipófise. Portanto, a administração de altas concentrações de medicamentos que contêm cortisol leva a uma inibição da função adrenal. A este processo de controle. A este processo de controle dá- se o nome de retroalimentação negativa. O cortisol tem efeitos genômicos e não genômicos, controlando humor, resposta imunológica, metabolismo de carboidratos, lipídios e proteico. Altera de forma importante o metabolismo ósseo e concentrações altas estão associadas à osteoporose. Este é o hormônio do alerta, do estresse e da defesa, tendo, portanto, efeito sobre diferentes funções biológicas. A adrenal também é controlada pelo Sistema Nervoso Simpático. Todo o circuito é neural e a medula da adrenal, que produz o hormônio adrenalina, funciona como um grande gânglio autonômico. Substâncias da classe do cortisol – os glicocorticoides – são importantes componentes de remédios anti- inflamatórios. O cortisol atravessa as membranas celulares e atua num receptor glicocorticoide, presente no núcleo e citoplasma. O cortisol é um hormônio que age como neurotransmissor em nosso cérebro. Considerado pela comunidade científica o “hormônio do estresse”, nosso corpo o produz diante de situações de tensão para nos ajudar a enfrentá-las. OBJETIVO 5 – SINDROME DE BOURNOT A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico. Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônico provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso. O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional que se reflete em atitudes negativas, como: ausência de trabalho, agressividade, irritabilidade. O diagnóstico é basicamente clínico e leva em conta o levantamento da história do paciente e seu envolvimento e realização pessoal no trabalho. Otratamento da síndrome de burnout inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia. Atividade física regular e exercícios de relaxamento também são altamente recomendados para ajudar a controlar os sintomas. https://drauziovarella.uol.com.br/anestesiologia/estresse-e-acesso-a-drogas-aumentam-risco-de-suicidio-entre-anestesistas/ Encéfalo Cérebro Cerebelo Tronco Encefálico
Compartilhar