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MÓDULO V //Curso de APERFEIÇOAMENTO FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DE IMUNIZAÇÃO NOS TERRITÓRIOS MUNICIPAIS Aula 27 // DIA A DIA NA SALA DE VACINA Cr éd it os / / Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. O conteúdo desta publicação foi desenvolvido e aperfeiçoado pela equipe MaisCONASEMS e Faculdade São Leopoldo Mandic. Ficha Catalográfica Material de Referência. Mais CONASEMS. Curso de Aperfeiçoamento Fortalecimento das Ações de Imunização nos Territórios Municipais. Módulo V: Dia a dia na sala de vacina e planejamento e avaliação dos resultados das ações de imunização - Aula 27 – Dia a dia na sala de vacina. Ficha Técnica Curadoria e Produção de Conteúdos Mandic André Ricardo Ribas Freitas Fabiana Medeiros Lopes de Oliveira Giuliano Dimarzio Laura Andrade Lagoa Nóbrega Márcia Fonseca Regina Célia de Menezes Succi Gestor Educacional Rubensmidt Ramos Riani Coordenação Técnica e Pedagógica Cristina Crespo Valdívia Marçal Coordenação Pedagógica – Faculdade São Leopoldo Mandic Fabiana Succi Patrícia Zen Tempski Professoras Conteudistas – Faculdade São Leopoldo Mandic Daniela Aparecida Alves dos Santos Sônia Massako Nomura Babá Especialista em Educação a Distância Kelly Santana Priscila Rondas Designer Instrucional Alexandra Gusmão Juliana de Almeida Fortunato Pollyanna Micheline Lucarelli Web Desenvolvedor Aidan Bruno Alexandre Itabayana Barbara Napoleao Cristina Perrone Paloma Eveir Este material foi elaborado e desenvolvido pela equipe técnica e pedagógica do Mais CONASEMS em parceria com a Faculdade São Leopoldo Mandic. Coordenação Geral Conexões Consultoria em Saúde Ltda. Revisão Textual Gehilde Reis Paula de Moura Olá! Este é o seu Material de Referência da Aula 27 do Módulo 5. Ele apresenta de forma mais aprofundada o conteúdo referente ao dia a dia na sala de vacina e o planejamento e avaliação dos resultados das ações de imunização. A proposta é agregar mais conhecimento à sua aprendizagem, por isso, leia-o com atenção e consulte-o sempre que necessário! Objetivos de aprendizagem Compreender a necessidade de ter conhecimento atualizado, segundo as normas do PNI, além de dispor dos manuais técnicos. Conhecer os indicadores de desempenho na área de imunizações para o planejamento das ações. Estabelecer as funções do profissional que atua na sala de vacina, envolvendo a organização e funcionamento, destacando questões de acesso, triagem e acolhimento do usuário. Entender a importância dos registros de vacinação. Compreender a necessidade da ordem e limpeza do ambiente e dos equipamentos, bem como a maneira e a frequência para execução. Manter as condições ideais de conservação dos imunobiológicos e fazer o controle adequado de validade. 01 02 03 04 05 06 intro dução Boa leitura! Na Aula 27, você irá aprimorar seus conhecimentos para desenvolver habilidades e atitudes essenciais para que as ações envolvidas no processo de vacinação ocorram em sua plenitude e com segurança. Identificará com clareza as funções do profissional que atua na sala de vacina; compreenderá sobre o acesso, a triagem e o acolhimento do usuário, a administração de imunobiológicos, o registro das informações, a limpeza do ambiente e dos equipamentos da sala de vacina e sobre a conservação e o controle de validade dos imunobiológicos. // ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA SALA DE VACINAÇÃO // Organização e funcionamento da sala de vacinação No serviço de saúde, em função da sua finalidade e das atividades ali desenvolvidas, encontram-se os hospedeiros mais suscetíveis (crianças, idosos, pacientes imunodeprimidos e outros), bem como os microrganismos mais resistentes (bactérias, vírus, fungos e outros). Esses agentes podem contaminar o ambiente, materiais e artigos usados no atendimento e provocar infecções, o que exige condições e procedimentos que reduzam esse risco. Na sala de vacinação, local destinado à administração dos imunobiológicos, é importante que todos os procedimentos desenvolvidos garantam a máxima segurança, prevenindo infecções nas crianças, adolescentes e adultos atendidos. Para isso, as instalações devem levar em conta um mínimo de condições, quais sejam: • área específica e exclusiva para a vacinação em seu período de funcionamento; • paredes e piso laváveis; • pia com torneira; • interruptor exclusivo para cada equipamento elétrico; • área arejada e iluminação adequada, evitando a incidência de luz solar direta; • ter entrada e saída independentes, se possível. Além disso, a sala de vacinação deve ser mantida em condições de higiene e limpeza para a administração dos imunobiológicos. // Organização e funcionamento da sala de vacinação // EQUIPE E FUNÇÕES BÁSICAS // Equipe e funções básicas As vacinas permitem a prevenção, o controle, a eliminação e a erradicação das doenças imunopreveníveis, assim como a redução da morbimortalidade por certos agravos, sendo a sua utilização bastante efetiva. No Brasil, desde o início do século XIX, as vacinas são utilizadas como medida de controle de doenças. No entanto, somente a partir do ano de 1973 é que se formulou o Programa Nacional de Imunizações (PNI), regulamentado pela Lei Federal n.º 6.259, de 30 de outubro de 1975, e pelo Decreto n.º 78.321, de 12 de agosto de 1976, que instituiu o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE). O PNI organiza toda a política nacional de vacinação da população brasileira e tem como missão o controle, a erradicação e a eliminação de doenças imunopreveníveis. Essa política é considerada uma das principais e mais relevantes intervenções em saúde pública no Brasil, em especial pelo importante impacto obtido na redução de doenças nas últimas décadas. As diretrizes e responsabilidades para a execução das ações de vigilância em saúde, entre as quais se incluem as ações de vacinação, estão definidas em legislação nacional a qual aponta que a gestão das ações é compartilhada pela União, pelos estados, pelo Distrito Federal e pelos municípios. Todas as ações que envolvem o processo de vacinação estão regulamentadas pelo Ministério da Saúde (MS) por meio de portarias específicas, no âmbito do PNI, em todo o território nacional, sendo atualizado sistematicamente pela Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI) em seus informes e notas técnicas. Para que este processo se dê em sua plenitude e com segurança, as atividades de imunização devem ser cercadas de cuidados, com equipe treinada, adotando-se procedimentos adequados antes, durante e após a administração dos imunobiológicos. As atividades da sala de vacinação são desenvolvidas por equipe de Enfermagem treinada e capacitada para o manuseio, conservação, administração, registro e descarte dos resíduos resultantes das ações de vacinação. // Equipe e funções básicas Enfermeiro (a) Técnico de enfermagem Auxiliar de enfermagem A equipe de vacinação é formada pelo enfermeiro e por técnico ou auxiliar de Enfermagem, sendo ideal contar com dois técnicos ou auxiliares para cada turno de trabalho. O tamanho da equipe depende do porte do serviço, bem como do tamanho da população do território sob sua responsabilidade e deverá ser planejado com base na Resolução do COFEN n.º 543/2017, que trata dos parâmetros para o dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem nos serviços/locais em que são realizadas as atividades de enfermagem. O enfermeiro é responsável pela coordenação e supervisão do trabalho desenvolvido na sala de vacinação e pelo processo de educação continuada da equipe. Essa responsabilidade técnica (RT) do enfermeiro está estabelecida em resolução do Conselho Federal de Enfermagem (n.º 302/2005). // Equipe e funções básicas A importância desse papelé reforçada pelo texto da Organização Pan-Americana da Saúde, transcrita em artigo de Nunes (1986): A supervisão é algo inerente a qualquer processo de trabalho que se realize em bases coletivas, por meio da divisão e integração de tarefas, entre diversos trabalhadores. Onde as funções de mando (ou gerência) estejam separadas das funções de execução e atribuídas a distintos indivíduos, ela se constitui, inevitavelmente, numa tarefa adicional assumida por quem detém o poder de mando, visando, segundo objetivos mais ou menos explícitos, a imprimir uma dada orientação ao próprio processo de trabalho. “ “ // Equipe e funções básicas Na coordenação e na supervisão deste trabalho, o enfermeiro lidera vários processos, a exemplo do planejamento da vacinação, mediante definição de metas de população a vacinar no seu território de forma integrada ao conjunto das demais ações do serviço. Lidera, do mesmo modo, os processos de monitoramento e avaliação, dando especial atenção ao acompanhamento do alcance das metas de vacinação, identificando estratégias de busca de faltosos e/ou de não vacinados. A provisão periódica de insumos e imunobiológicos é responsabilidade precípua do enfermeiro, atentando para que não haja falta e também desperdício ou perda. É também função do enfermeiro o treinamento em serviço. “Ele precisa ter capacidade de gerenciar a equipe e fazer com que o grupo trabalhe dentro de um objetivo em comum”, ressalta Ricardo Siqueira, membro da Câmara Técnica de Atenção Básica do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). A equipe de vacinação deve sempre estar completa e presente. O enfermeiro coordenador deve prever um substituto na necessidade da ausência de algum dos integrantes. No caso da troca de todos os profissionais da equipe, o ideal é que a população seja informada, garantindo-se a apresentação dos novos integrantes aos usuários. // Equipe e funções básicas A equipe de vacinação ainda é responsável por reconhecer a situação epidemiológica da área de abrangência em que o serviço de imunização está inserido. O objetivo é estabelecer prioridades, atribuir recursos e orientar a programação. São funções da equipe responsável pelo trabalho na sala de vacinação, segundo o MS/ SVS de 2014: • O planejamento das atividades de vacinação, monitoramento e a avaliação do trabalho desenvolvido de forma integrada ao conjunto das demais ações da unidade de saúde; • A provisão periódica das necessidades de material e de imunobiológicos; • A manutenção das condições preconizadas de conservação dos imunobiológicos (rede de frio); • A utilização dos equipamentos de forma a preservá-los em condições de funcionamento; • A destinação adequada dos resíduos da sala de vacinação em conformidade com as definições estabelecidas na Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n.º 222, de 28 de março de 2018, que dispõe sobre o regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, e na Resolução Conama n.º 358, de 29 de abril de 2005, que dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde (RSS); // Equipe e funções básicas • O atendimento e a orientação aos usuários com responsabilidade e respeito; • O registro de todos os dados referentes às atividades de vacinação nos impressos adequados para a manutenção, o histórico vacinal do indivíduo e a alimentação dos sistemas de informação do PNI; • A manutenção do arquivo da sala de vacinação em ordem; • A realização da limpeza concorrente (caixa térmica, bancadas, e utensílios utilizados diretamente na aplicação das vacinas) da sala de vacinação, além da programação e do monitoramento da limpeza terminal da sala de vacinação (realizada pela equipe de higienização). // Equipe e funções básicas As atribuições da equipe de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem) em sala de vacinação devem ser desenvolvidas conforme disposto na legislação, considerando as Diretrizes Assistenciais dos Protocolos do MS no âmbito do PNI, e as diretrizes legais descritas na Lei n. º 7.498 de 25 de junho de 1986 e o Decreto n.º 94.406, de 08 de junho de 1987 que Regulamentam o Exercício Profissional da Enfermagem e nas Resoluções e Decisões do Sistema COFEN / COREN, que estabelecem princípios para o controle das condutas técnica, ética e legal para cada categoria de Enfermagem. É recomendada a adoção de protocolos assistenciais de boas práticas, especificando as atribuições de cada membro da equipe, assim como a descrição passo a passo para a execução e o registro dos procedimentos a serem realizados, com posterior validação pelos respectivos responsáveis técnicos e imediata capacitação de todos os envolvidos no processo assistencial. // Equipe e funções básicas // CAPACITAÇÃO PESSOAL - EQUIPE SALA DE VACINA A equipe da sala de vacina executa a atividade de vacinação, bem como o acompanhamento e a supervisão, mediante treinamento específico e atualizações. A qualidade do trabalho e a consecução das metas propostas não dependem somente do quantitativo de profissionais, mas da realização de capacitações que favoreçam a aquisição de habilidades técnicas e o desenvolvimento de atitudes. // Capacitação pessoal - Equipe sala de vacina O ideal é realizar os treinamentos no próprio local de trabalho, no entanto a participação de profissionais de outros municípios, da instância regional ou estadual, possibilita o intercâmbio e a atualização de conhecimentos. A metodologia utilizada deve enfocar a prática e a experiência dos treinandos, evitando formas tradicionais, baseadas na simples transferência de conhecimentos, habilidades e destrezas. O MS dispõe de alguns instrumentos de capacitação para os profissionais envolvidos diretamente com atividades de vacinação, tais como o treinamento em sala de vacina, de gerenciamento em rede de frio, em sistema de informação e vigilância de eventos adversos. O processo de capacitação é continuado por meio da supervisão técnica sistemática, que permite, também, a avaliação da equipe e a identificação de problemas e soluções mais práticas e eficazes. // Capacitação pessoal - Equipe sala de vacina É importante, além disso, prever a capacitação do pessoal não envolvido diretamente com a atividade de vacinação, bem como de pessoas de instituições e organizações da comunidade. // Vacinas dTpa e/ou dT // Capacitação pessoal - Equipe sala de vacina // PESSOAL NECESSÁRIO // Pessoal necessário A falta de pessoal compromete a continuidade de qualquer serviço. Por isso, o planejamento dos recursos humanos necessários ao trabalho de vacinação é feito considerando o diagnóstico da situação quanto a este recurso estratégico. É importante considerar o pessoal disponível e a necessidade de novas contratações ou de remanejamentos, bem como as estratégias de capacitação e de educação continuada. No que se refere aos recursos humanos, a manutenção das atividades de vacinação leva em conta o seguinte: • Em cada local de vacinação é importante garantir, pelo menos, um profissional para triagem e registro e outro para o preparo e a administração das vacinas; essas atividades podem ser feitas por uma única pessoa, mas num ritmo mais lento; • É importante garantir pessoal capacitado para substituir os profissionais da sala de vacinação no caso de férias, licença médica, dispensa ou transferência, a fim de evitar a paralisação das atividades; • É importante garantir a presença, sistemática e contínua, de um supervisor técnico (enfermeiro, médico ou outro profissional capacitado) para acompanhar e avaliar o desenvolvimento do trabalho. Para a realização de atividades extramuros, é preciso evitar a interrupção das ações da rotina, prevendo-se pessoal extra para compor as equipes fixas ou móveis, ou para fazer a vacinação casa a casa. // Pessoal necessário Uma alternativa é engajar nestas atividadestodos os profissionais atuantes no município, inclusive servidores administrativos, serventes e motoristas. O número de pessoas envolvidas na vacinação depende da extensão da atividade programada e da quantidade de postos ou de equipes. É preciso também contar com supervisores para a preparação, a execução, o monitoramento e a avaliação das ações. As equipes, em geral, são compostas de, no mínimo, um motorista e um vacinador, sendo aconselhável a inclusão de mais uma pessoa para a triagem e o registro. // Pessoal necessário O funcionamento da sala de vacinação Além da equipe e suas funções básicas, o funcionamento da sala de vacinação envolve as seguintes atividades: • o início do trabalho diário; • a triagem; • a orientação específica; • a administração dos imunobiológicos; e • o encerramento do trabalho diário e do trabalho mensal. // Pessoal necessário Início do trabalho diário Antes de dar início às atividades diárias, a equipe deve executar os seguintes procedimentos: • Verificar se a sala está limpa e em ordem; • Verificar e anotar as temperaturas do equipamento ou dos equipamentos de refrigeração, no mapa de controle diário de temperatura; • Higienizar as mãos antes e depois de qualquer procedimento na sala de vacina; • Verificar os indivíduos com vacinação aprazada para o dia de trabalho; • Verificar o prazo de validade dos imunobiológicos, usando com prioridade aqueles que estiverem com prazo mais próximo do vencimento; • Retirar do equipamento de refrigeração de estoque a quantidade de vacinas e diluentes estimada para consumo na jornada de trabalho; • Organizar as vacinas e os diluentes da jornada de trabalho no equipamento específico para uso diário ou, na ausência deste, na caixa térmica devidamente ambientada e preparada (com gelo reciclável e com termômetro). // Pessoal necessário Sala de espera A informação à população fortalece o relacionamento entre a equipe e os usuários, estabelecendo solidariedade e confiança, e por isso deve ser uma postura adotada pelos profissionais desde a entrada do estabelecimento, na recepção, até a entrada em qualquer um dos setores do serviço, como a sala de vacinação. A recepção é estratégica para o acolhimento, pois é quando se dá, muitas vezes, o primeiro contato com o Sistema Único de Saúde (SUS). É a partir daí que se estabelece uma relação de confiança, quando se define o encaminhamento e a possível solução das necessidades e demandas do usuário. Momento, também, em que este é informado sobre os limites e as ofertas e possibilidades daquele serviço específico e do sistema. // Pessoal necessário É importante que a equipe efetive uma permanente articulação com outras equipes ou serviços tendo em vista maior resolutividade e a continuidade no atendimento e, quando for o caso, encaminhar o usuário para outra unidade, como por exemplo, para receber soro ou vacina contra a raiva ou vacinas especiais disponíveis no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). Na recepção, também se pode ampliar as oportunidades de orientação para vacinação, encaminhando para sala de vacinação as pessoas não vacinadas ou com esquemas incompletos, mesmo que estas tenham vindo ao serviço para outra finalidade (consultas, curativos, exames, atendimento odontológico, farmácia etc.) não perdendo a oportunidade de vacinar. Isto só poderá acontecer se toda equipe da unidade estiver envolvida com a atividade de vacinação. A verificação do comprovante e o encaminhamento para a vacinação por outros setores ou outros integrantes da equipe, contribuirão também para fortalecer uma cultura da valorização do comprovante de vacinação (cartão ou caderneta) como documento pessoal. Recomendar ao usuário que sempre esteja de posse do cartão de vacinação, seja criança, adolescente, adulto ou idoso, para o atendimento na unidade (em qualquer circunstância), também reforça essa valorização. // Pessoal necessário As atitudes de gentileza, solidariedade, dedicação e receptividade devem ser dispensadas a todo e qualquer usuário, objetivando o seu bem-estar e a efetividade do cuidado prestado. Na sala de vacinação que, de modo geral, é demandada por um usuário sadio, o critério a ser adotado é, de modo geral, a ordem de chegada, mas é importante dar uma atenção especial a pessoas que merecem atendimento diferenciado, como a gestante, pessoas com necessidades especiais, criança agitada e o idoso, obedecendo a legislação vigente, como por exemplo estatuto do idoso etc. // Pessoal necessário Triagem A triagem engloba as seguintes condutas: • Verificar se a pessoa está comparecendo à sala de vacinação pela primeira vez ou se é retorno: a. Para os que comparecem pela primeira vez, abrir o documento de registro da vacinação; b. No caso de retorno, verificar quais vacinas devem ser administradas, consultando o documento de registro da vacinação. • Obter informações sobre o estado de saúde da pessoa a ser vacinada, a fim de observar as indicações, situações de adiamento e possíveis contraindicações à administração dos imunobiológicos, evitando as falsas contraindicações, praticando o acolhimento de forma a conhecer as experiências anteriores sobre imunização (identificando se houve intercorrências anteriores, motivos de possíveis atrasos em doses aprazadas), além de dúvidas e preferências quando possível; • Orientar sobre a importância da vacinação e da conclusão do esquema básico de vacinação de acordo com o grupo-alvo ao qual o usuário pertence e conforme o calendário de vacinação vigente; // Pessoal necessário • Fazer o registro do imunobiológico a ser administrado no espaço reservado na caderneta de vacinação e no Sistema de Informação, datando e anotando no espaço indicado da vacina: a dose, o lote, via de administração, nome legível do vacinador e o conselho profissional; • Fazer o aprazamento, ou seja, verificar e registrar a data de retorno do usuário para receber nova dose de vacina, quando necessário; • Reforçar a orientação sobre a importância da vacinação, dos próximos retornos, se for o caso, e os procedimentos na possível ocorrência de eventos adversos; • Encaminhar a pessoa para receber o imunobiológico indicado. // Pessoal necessário Registro individual de doses de vacinas administradas Os documentos são de fundamental importância para o controle da situação individual, a exemplo da Caderneta de Saúde da Criança (menino e menina), da Caderneta de Saúde do Adolescente e da Caderneta de Saúde do Idoso, nas quais há sempre um espaço para o registro individual da dose de vacina recebida. O importante é que nenhuma vacina seja administrada sem que haja o registro em documento pessoal. Os instrumentos de coleta dos dados que alimentam os sistemas de informação devem estar disponibilizados nas salas de vacina, que são os locais onde os dados são gerados. Seguem o fluxo em ordem ascendente desde a sala de vacina ao nível nacional, permitindo conhecer, monitorar e avaliar a situação em todas as instâncias gestoras. Por tal razão, é de fundamental importância o nível local para a captação e o registro correto do dado. É importante ressaltar que a qualidade e a fidedignidade de um indicador estão diretamente relacionadas com a qualidade dos dados coletados. // Pessoal necessário Portanto, a análise da real situação vacinal de uma dada população depende do registro correto e é condição essencial para a construção de indicadores fidedignos e a tomada de decisões baseadas em evidências. Informações incorretas podem gerar um mau planejamento e uma equivocada programação. Os procedimentos necessários ao registro da vacina administrada no cartão de saúde ou caderneta de vacinação e na ficha espelho são os seguintes: • Fazer o registro dos dados pessoais e residenciais da pessoa a ser vacinada. a. Os dados pessoais de identificação devem ser obtidos a partir da Certidãode Nascimento ou de outro documento de identidade do usuário. b. O nome, a data de nascimento e os nomes dos pais devem ser anotados com caneta. c. No caso da obtenção de dados por meio de informação verbal, solicite que um documento de identidade seja trazido no próximo retorno. d. Na ausência da Certidão de Nascimento ou de outros documentos de identidade, anote os dados com lápis e aguarde a apresentação do documento para confirmação e registro definitivo com caneta. // Pessoal necessário e. O endereço é anotado a lápis para permitir mudanças posteriores. f. Esses dados são transferidos para o arquivo permanente da unidade de saúde. • Anotar a data (dia, mês e ano), a vacina, a dose, o lote, o nome do vacinador, e a unidade de saúde onde a vacina foi administrada, com caneta, no espaço reservado do documento de registro individual. // Pessoal necessário • Registrar o número do conselho de classe, assinar e carimbar no espaço indicado. OBS.: A assinatura deve ser legível, de modo a permitir a identificação do vacinador. Não rubrique. • Para o controle por parte da equipe de vacinação, a unidade de saúde deve manter registro permanente da vacina administrada, utilizando cartão-espelho ou cartão-controle ou outro mecanismo de identificação da situação vacinal individual. • O registro permanente deve conter os mesmos dados, ou seja, data, dose administrada, lote e validade da vacina administrada, assinatura e registro profissional do vacinador. // Pessoal necessário Administração dos imunobiológicos Na administração dos imunobiológicos deve-se adotar os seguintes procedimentos: • Verificar qual o imunobiológico a ser administrado, conforme indicado no Cartão da Criança ou em outro documento para registro, ou conforme a indicação médica; • Lavar as mãos com água e sabão; • Examinar o produto, observando a aparência da solução, o estado da embalagem, o prazo de validade, a via de administração, o número do lote e a dosagem; // Pessoal necessário • Confirmar a via de administração e a dosagem; • Preparar e administrar o imunobiológico segundo a técnica específica, já discutida na semana 17 do curso; • Apresentar sempre à pessoa que irá receber a vacina ou ao seu responsável a integridade da embalagem e validade da esterilidade da seringa e agulha que serão utilizadas, abrindo a embalagem do insumo na presença da pessoa a ser vacinada; • Manter o usuário sentado por 15 minutos após a administração da vacina, especialmente adolescentes, devido à possibilidade de reação psicogênica; • Observar reações imediatas; • Assinar no documento de registro, no espaço reservado para tal, e conferir o aprazamento, se for o caso; • Reforçar as orientações, especialmente a data aprazada para o retorno; • Desprezar o material utilizado em recipiente adequado; e • Lavar as mãos. // Pessoal necessário LEMBRE-SE SEMPRE O ato de lavar as mãos na sala de vacinação, quando rigorosamente obedecido, previne a contaminação no manuseio, no preparo e na administração dos imunobiológicos. Na sala de vacinação, a higiene das mãos deve ser realizada antes e depois da administração de cada vacina, soro e imunoglobulina; antes do manuseio dos materiais, das vacinas, dos soros e das imunoglobulinas; e antes de qualquer atividade executada na sala de vacinação. // Pessoal necessário OBSERVAÇÕES As orientações, além de considerar as especificidades de cada um dos imunobiológicos, incluem: • A indicação do imunobiológico e, quando for o caso, a necessidade do retorno na data agendada para receber as demais doses, ou para receber outros imunobiológicos; • Os cuidados a serem observados após a administração do imunobiológico; • A possível ocorrência de eventos adversos associados à vacinação e quando retornar para notificação do EAPV; • Os cuidados com a guarda do Cartão da Criança ou de outro documento, bem como a sua importância como registro do imunobiológico recebido. // Pessoal necessário Encerramento do trabalho diário Ao final das atividades do dia, adotar os seguintes procedimentos: • Retirar as vacinas do equipamento de uso diário ou caixa térmica, identificando nos frascos multidose a quantidade de doses que pode ser utilizada no dia seguinte, observando o prazo de validade após a abertura e guardando-os no equipamento específico para estoque das vacinas. • Desprezar os frascos de vacinas multidose que ultrapassaram o prazo de validade após a sua abertura, bem como os frascos com rótulo danificado. • Registrar, se for o caso, o número de doses desprezadas no formulário padronizado de registro (físico ou informatizado) para subsidiar a avaliação do movimento e das perdas de imunobiológicos. • Verificar e anotar a temperatura do equipamento de refrigeração nos respectivos mapas de controle diário de temperatura. • No caso de utilização de caixa térmica, proceder à limpeza desta, deixando-a seca. // Pessoal necessário • Realizar a reposição dos materiais utilizados e necessários para a continuidade da vacinação no dia seguinte. • Verificar a lista de faltosos, ou seja, pessoas agendadas para vacinação que não compareceram à unidade de saúde. • Separar a lista de faltosos com a finalidade de buscá-los. • Certificar que os equipamentos de refrigeração estão funcionando devidamente. • Desligar o(s) condicionador(es) de ar, se houver na sala. • Deixar a sala limpa e em ordem. // Vacinas dTpa e/ou dT // Pessoal necessário Encerramento do trabalho mensal Ao final das atividades do mês, a equipe de vacinação deve adotar os seguintes procedimentos: • Emitir relatório de doses aplicadas para o planejamento e avaliação das estratégias de vacinação. • Fazer a revisão no arquivo de cartões de controle para convocação e busca de faltosos. • Avaliar e calcular o percentual de utilização e perda (física e técnica) de imunobiológicos. • Monitorar as atividades de vacinação (taxa de abandono, cobertura vacinal, eventos adversos, inconsistência e/ou erros de registros no sistema, entre outras atividades). // Pessoal necessário // LIMPEZA NA SALA DE VACINAÇÃO Os processos de limpeza de superfícies em serviços de saúde envolvem a limpeza concorrente (diária) e a limpeza terminal. A limpeza concorrente da sala de vacinação é feita diariamente, de preferência duas vezes ao dia, no início e no final do turno de trabalho, e sempre que necessário. A limpeza e sua manutenção têm como objetivos: • Prevenir infecções cruzadas; • Proporcionar conforto e segurança à clientela e à equipe de trabalho; • Manter um ambiente limpo e agradável. A limpeza terminal é mais completa e inclui todas as superfícies horizontais e verticais, internas e externas da sala e dos equipamentos. A limpeza terminal da sala de vacinas deve ser realizada a cada 15 dias, contemplando a limpeza de piso, teto, paredes, portas e janelas, mobiliário, luminárias, lâmpadas e filtros de condicionadores de ar. // Limpeza na sala de vacinação A limpeza da sala de vacinas deve ser realizada por profissionais devidamente treinados e, embora o funcionário da sala de vacinas não execute propriamente tal procedimento, é importante que ele saiba como a limpeza deve ser realizada. Para a limpeza concorrente da sala de vacinas, o funcionário deve: • Usar roupa apropriada e calçado fechado; • Organizar os materiais necessários; • Higienizar as mãos com água e sabão; • Calçar luvas antes de iniciar a limpeza; • Preparar a solução desinfetante para a limpeza, colocando para cada litro de água 10 ml de desinfetante ( quando for usar o hipoclorito a 1%); • Umedecer um pano na solução desinfetante e envolvê-lo em um rodo (pode-se também utilizar o esfregão) e proceder a limpeza da sala do fundo para a saída, em sentido único; • Recolher o lixo do chão com a pá, utilizando esfregão ou rodo envolvido em pano úmido; • Recolher o lixo do cesto, fechandoo saco corretamente. // Limpeza na sala de vacinação Para a limpeza terminal, o funcionário deve: • Usar roupa apropriada e calçado fechado; • Organizar os materiais necessários (balde, solução desinfetante, sabão líquido, esponja, rodo e pano de chão ou esfregão, luvas para limpeza, pá); • Higienizar as mãos com água e sabão; • Calçar luvas antes de iniciar a limpeza; • Preparar a solução desinfetante para a limpeza, de acordo com as orientações de uso do fabricante; • Lavar os cestos de lixo com solução desinfetante; • Iniciar a limpeza pelo teto, usando pano seco envolvido no rodo; • Retirar e limpar os bojos das luminárias, lavando-os com água e sabão e secando-os em seguida; • Limpar janelas, vidros e esquadrias com pano úmido em solução desinfetante, finalizando a limpeza com pano seco; • Lavar externamente janelas, vidros e esquadrias com escova e solução desinfetante, enxaguando-os em seguida; // Limpeza na sala de vacinação • Limpar as paredes com pano umedecido em solução desinfetante e completar a limpeza com pano seco; • Limpar os interruptores de luz com pano úmido; • Lavar a(s) pia(s) e a(s) torneira(s) com esponja, água e sabão; • Enxaguar a(s) pia(s) e passar um pano umedecido em solução desinfetante; • Limpar o chão com esfregão ou rodo envolvidos em pano umedecido em solução desinfetante e, em seguida, passar pano seco. Não se deve varrer o chão para evitar a dispersão do pó e a contaminação do ambiente. // Limpeza na sala de vacinação // O DIA A DIA DA REDE DE FRIO DA SALA DE VACINAS Conservação dos imunobiológicos Os imunobiológicos são sensíveis a agentes físicos, como a luz e o calor, especialmente por ter em sua formulação antígenos e adjuvantes. O calor acelera a inativação das substâncias que entram na composição dos produtos, daí a necessidade de mantê-los sob refrigeração. O manuseio inadequado, algum equipamento com defeito ou a falta de energia elétrica interrompem o processo de refrigeração, comprometendo a potência dos imunobiológicos, ou seja, a sua capacidade de desenvolver a proteção específica. Nas instâncias regional e municipal, os imunobiológicos são conservados em câmaras frigoríficas ou em freezers (-20ºC) e em câmaras refrigeradas (+2ºC e +8ºC), conforme a temperatura indicada para cada produto. Nessas instâncias, a instalação da câmara fria e a quantidade dos outros equipamentos dependem do volume a ser estocado e do tempo de armazenamento. // O dia a dia da rede de frio da sala de vacinas Dependendo do tamanho da unidade de saúde e da demanda da população a vacinar, podem ser necessárias duas câmaras refrigeradas: uma de estoque e outra para as vacinas do uso diário. Na falta da segunda câmara refrigerada, utilizar a caixa térmica para conservar as vacinas do dia de trabalho. Com isso, evita-se a abertura contínua da câmara toda vez que for administrar uma vacina. A câmara refrigerada deve ser de uso exclusivo para conservar as vacinas. Não se deve guardar medicamentos ou outros produtos (como material para o teste do pezinho, de laboratório ou odontológico, alimentos e bebidas). É recomendável colocar adesivo na porta: “Atenção! Aqui há vacinas.” ou “Atenção! Câmara refrigerada exclusiva para conservação de vacinas.” // O dia a dia da rede de frio da sala de vacinas A guarda de outros produtos aumenta o risco de alteração de temperatura do equipamento, em razão do maior número de vezes em que a porta será aberta, podendo causar a perda de potência dos imunobiológicos. O estoque de imunobiológicos no serviço de saúde não deve ser maior do que a quantidade prevista para o consumo de um mês, a fim de reduzir os riscos de exposição dos produtos a situações que possam comprometer sua qualidade. Vale lembrar que cada município organiza a distribuição dos imunobiológicos com uma frequência definida; em alguns locais, essa distribuição ocorre semanalmente, para que o estoque nos serviços seja menor. Os imunobiológicos devem ser organizados em bandejas, sendo que os produtos com prazo de validade mais curto devem ser dispostos na frente dos demais frascos, facilitando o acesso e a otimização da sua utilização. // O dia a dia da rede de frio da sala de vacinas IMPORTANTE Com relação ao imunobiológico: PVPS - Primeiro que Vence Primeiro que Sai A leitura da temperatura é feita diariamente, por pelo menos duas vezes: no início da jornada de trabalho e no final do dia. A temperatura lida é registrada em formulário, fixado na porta ou na face lateral do equipamento. LEMBRAR SEMPRE Equipamento exclusivo para armazenamento dos imunobiológicos. Controle de temperatura pelo menos 2 vezes ao dia – ao iniciar e finalizar as atividades do dia e anotar em impresso próprio. Equipamento com temperatura diferente de +2 e +8°C: notificar alteração de temperatura à Vigilância Municipal e aguardar resposta do uso ou descarte dos imunobiológicos. // O dia a dia da rede de frio da sala de vacinas Limpeza do equipamento para conservação de vacinas na sala de vacinação Orientações gerais • Limpar o equipamento a cada 15 dias ou conforme orientações disponíveis no Manual do equipamento e/ou rotina de utilização. • Não fazer a limpeza no início ou no final da tarde, às sextas feiras ou antes de feriados prolongados, pois após religá-lo é preciso monitorar a temperatura até que esta chegue na indicada. Para fazer a limpeza, transferir os produtos para caixas térmicas, com bobinas reutilizáveis e o termômetro de cabo extensor. Antes, esperar o tempo necessário (mais ou menos 30 minutos) até que o ambiente interno da caixa esteja entre +2ºC e +8ºC (ideal: set point +5ºC). Após colocar os produtos, vedar a caixa com fita adesiva larga. // O dia a dia da rede de frio da sala de vacinas • Quando se dispõe de dois equipamentos (o de estoque e o de uso diário), em vez de usar a caixa térmica, transferir os produtos para um dos equipamentos, enquanto é feita a limpeza no outro. Alternar a limpeza dos dois equipamentos, dando prazo mínimo de 2 dias entre a limpeza de um e do outro. • Antes de começar a limpeza, registrar no formulário de controle de temperatura o horário de desligamento. Desconectar a tomada e abrir as portas do equipamento. Não usar objeto pontiagudo, prevenindo danos aos tubos de refrigeração. • Limpar as áreas externa e interna do equipamento, conforme orientações previstas no Manual do Usuário. Não jogar água no interior do equipamento. Enxugar tudo com pano limpo e seco. Religar a câmara refrigerada e fazer os ajustes e a organização apropriados. Manter as portas fechadas por, no mínimo, uma a duas horas, ou até que a temperatura interna se encontre entre +2°C e +8°C (ideal: set point +5°C), recolocar os produtos nos lugares indicados. // O dia a dia da rede de frio da sala de vacinas Câmara Refrigerada As superfícies internas da câmara refrigerada devem ser limpas mensalmente ou conforme o uso, segundo orientação do fabricante. Antes da realização deste procedimento, remanejar os imunobiológicos e acondicioná-los em caixas térmicas. Geladeira Doméstica Este tipo de equipamento não é indicado ao armazenamento de imunobiológicos, devendo-se gradualmente substituí-los, considerando a necessidade contínua do gerenciamento do risco e do aprimoramento da Rede de Frio. Os serviços que ainda o utilizam, devem realizar a limpeza a cada 15 dias ou quando a camada de gelo do congelador atingir 0,5 cm. // O dia a dia da rede de frio da sala de vacinas Antes de proceder à limpeza propriamente dita, deve-se adotar as seguintes providências: • Preparar as caixas térmicas para acondicionar os imunobiológicos que estão no refrigerador; • Esperar o tempo necessário (mais ou menos 30 minutos) até que o ambiente interno da caixa térmica esteja na temperatura recomendada, ou seja, entre +2°C a +8°C (o ideal é +5°C); • Transferir os imunobiológicos paraa caixa térmica após a ambientação, vedando-a com fita adesiva larga. // Gestantes e puérperas e a vacinação contra a Covid-19 // O dia a dia da rede de frio da sala de vacinas Depois de remanejar os imunobiológicos para a caixa térmica, proceder a limpeza do refrigerador, adotando os seguintes procedimentos: • Registrar no formulário de controle de temperatura o horário de desligamento do refrigerador. • Desligar a tomada e abrir as portas do refrigerador e do congelador. • Esperar até que todo o gelo aderido se desprenda das paredes do congelador sem utilizar faca ou outro objeto pontiagudo para a sua remoção. • Não mexer no termostato para não alterar o padrão de temperatura. • Limpar as áreas externa e interna do refrigerador usando um pano umedecido em solução de água com sabão neutro ou sabão de coco. • Enxugar as áreas externa e interna com um pano limpo e seco. Depois de limpar o refrigerador, arrumar o equipamento procedendo da seguinte forma: • Ligar o refrigerador. • Recolocar o termômetro, as garrafas com água e corante e as bobinas reutilizáveis. // O dia a dia da rede de frio da sala de vacinas Imunobiológico exposto às situações de risco Quando um imunobiológico é exposto às situações que promovam risco à manutenção da potência imunogênica do produto, sua utilização deve ser suspensa de imediato, mas o produto deve ser mantido sob refrigeração, em quarentena. A quarentena é a retenção temporária do produto, isolado fisicamente ou por outros meios eficazes, enquanto se aguarda decisão sobre liberação para uso ou rejeição. Para isolamento, colocar em área reservada, ou com acesso restrito, identificando com aviso (alerta) para evitar que seja utilizado, até a decisão quanto ao destino (uso ou descarte). As informações sobre os imunobiológicos submetidos a situações de risco são registradas e repassadas ao nível hierarquicamente superior (chefia da unidade ou coordenação do Programa). O descarte de um imunobiológico exposto à situação de risco, ou mesmo a sua reutilização, são decisões que só podem ser adotadas a partir da articulação com a coordenação municipal ou estadual de imunizações com o PNI. Todos os dados sobre a ocorrência são registrados no formulário próprio. Quando a conduta indicada for o descarte, proceder conforme orientação específica. // O dia a dia da rede de frio da sala de vacinas // CONSIDERAÇÕES FINAIS Chegamos ao final desta aula. É importante destacar os seguintes pontos abordados: • Para que as ações que envolvem o processo de vacinação ocorram em sua plenitude e com segurança, devem ser cercadas de cuidados, com equipe treinada e capacitada para o manuseio, conservação, administração, registro e descarte dos resíduos resultantes das ações de vacinação. • O enfermeiro é responsável pela coordenação e supervisão do trabalho desenvolvido na sala de vacinação e pelo processo de educação continuada da equipe. Ele lidera vários processos, a exemplo do planejamento da vacinação, monitoramento e avaliação, mediante definição de metas de população a vacinar no seu território, de forma integrada ao conjunto das demais ações do serviço, dando especial atenção ao acompanhamento do alcance das metas de vacinação, identificando estratégias de busca de faltosos e/ou de não vacinados. • É recomendada a adoção de protocolos assistenciais de boas práticas, especificando as atribuições de cada membro da equipe, assim como a descrição passo a passo para a execução e o registro dos procedimentos a serem realizados, com posterior validação pelos respectivos responsáveis técnicos e imediata capacitação de todos os envolvidos no processo assistencial. // Considerações finais ● O equipamento de refrigeração deve ser de uso exclusivo para vacinas. Não se deve guardar medicamentos ou outros produtos. A guarda de outros produtos aumenta o risco de alteração de temperatura do equipamento, em razão do maior número de vezes em que a porta será aberta. ● O estoque de imunobiológicos no serviço de saúde não deve ser maior do que a quantidade estimada para o período até a próxima entrega de doses, a fim de reduzir os riscos de exposição a situações que possam comprometer sua qualidade. ● Os imunobiológicos devem ser organizados, de modo que aqueles com prazo de validade mais curto, devem ser dispostos na frente dos demais, facilitando o acesso e a otimização da sua utilização. ● A leitura da temperatura do equipamento de refrigeração deve ser feita diariamente, por pelo menos duas vezes: no início da jornada de trabalho e no final do dia. A temperatura lida é registrada em formulário, fixado na porta ou na face lateral do equipamento. // Considerações finais Até a próxima! BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância em Doenças Transmissíveis, 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Curso de atualização para o trabalhador da sala de vacinação. 3.ed. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância em Doenças Transmissíveis. 2014. Resolução COFEN – 302/2005. [acesso em: 23 jul. 2021]. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-3022 005_4337.html. Manual de capacitação para vacinadores contra a COVID-19- Campo Grande jan 2021. [acesso em: 22 jul. 2021]. Disponível em: http://ms.corens.portalcofen.gov.br/wp-cont ent/uploads/2021/01/manual-de-vacina-covi d-19.pdf. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Rede de Frio do Programa Nacional de Imunizações. 5.ed. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância em Doenças Transmissíveis. 2017. // referências re fe rê nc ia s // http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-3022005_4337.html http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-3022005_4337.html http://ms.corens.portalcofen.gov.br/wp-content/uploads/2021/01/manual-de-vacina-covid-19.pdf.%20Acesso%20em%2022/07/2021 http://ms.corens.portalcofen.gov.br/wp-content/uploads/2021/01/manual-de-vacina-covid-19.pdf.%20Acesso%20em%2022/07/2021 http://ms.corens.portalcofen.gov.br/wp-content/uploads/2021/01/manual-de-vacina-covid-19.pdf.%20Acesso%20em%2022/07/2021 // créditos Créditos das imagens Banco de imagens Freepik https://br.freepik.com Banco de imagens Flaticon https://br.flaticon.com
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