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04/04/2018 1 04/04/2018 1 Título da apresentação AULA 6 DE PATOLOGIA FISSURAS 10º PERÍODO 2018 1 – UNP MOSSORÓ Data: 2018 1 Professor: FCO. Adalberto Pessoa de Carvalho 1 04/04/2018 2 Título: PATOLOGIA FISSURAS E TRINCAS EM EDIFÍCIOS 1. GENERALIDADES As fissuras são uma constante nas edificações. Sua existência tem o lado positivo, quando consideramos sua presença como um aviso. Assim, consideramos a fissura como: - O aviso de um eventual estado perigoso para a estrutura; - um comprometimento do desempenho do edifício, afetando sua durabilidade, a estanqueidade das águas, o isolamento térmico ou acústico, a estética, etc. - Constrangimento as fissuras provocam nos seus usuários; - desvalorização imobiliária. 2 04/04/2018 3 Título: PATOLOGIA 2. SURGIMENTO PRECOCE 2.1 - Fissuras e trincas podem surgir como a doença congênita, ainda no projeto arquitetônico ou projetos de engenharia. 2.2 - Grande parte de fissuras e trincas podem ocorrer por ausência de compatibilidade entre os diversos projetos. 2.3 – Outra causa são os descuidos ou inabilidades da mão de obra utilizada. 3 04/04/2018 4 Título: PATOLOGIA 3. DURABILIDADE 3.1 - As fissuras e trincas podem prejudica a VIDA ÚTIL das estruturas em todas as suas versões. 3.2 - As estruturas de concreto armado, são susceptíveis à presença de fissuras e trincas porque facilitam a penetração de agentes nocivos à própria argamassa de concreto utilizada, e às armaduras existentes. 3.3 – A dimensão de fissuras maiores que 0,5mm (microfissuras), normalmente não atingem a estabilidade de peças, principalmente as pré-fabricadas. Mas elas podem ser evolutivas, e aí é necessária sua monitoração para identificar se elas são ativas ou passivas. 4 04/04/2018 5 Título: PATOLOGIA 4. PROPRIEDADES TÉRMICAS DOS MATERIAIS 4.1 – Diante de uma variação de temperatura, pode ocorrer uma variação de pelo menos uma das dimensões do corpo. 4.2 – A variação dimensional pode ser diferente entre componentes agregados ou adjacentes, provocando movimentações diferentes entre os componentes. 4.3 – A diferença de temperatura e de interferem diretamente nas propriedades diferentes que ocorrem num corpo sólido ou nos que compõem o corpo. 5 04/04/2018 6 Título: PATOLOGIAMATERIAIS EMPREGADOS COEF. DILATAÇÃO TÉRMICA LINEAR em °C x 1E+06 Rochas Naturais tipo Granito 8 A 10 “ “ “ Calcário 3 A 4 “ “ “ Arenito 7 A 12 Compostos a base de Cimento Argamassas 0 A 13 Concreto Brita 10 A 13 Concreto Seixo 12 A 14 Concreto Celular 8 Cimento Amianto 8 A 12 Cimento c/Fibra de Vidro 7 A 12 Compostos com Gêsso Gêsso Revestimento 16 A 18 Gêsso em Placas 18 A 21 Blocos Vazados Blocos Cerâmicos (tijolos) 5 A 8 Blocos Concreto 6 A 12 Blocos Concreto Celular 8 Blocos Sílico Calcário 8 A 14 Vidros Planos 9 A 11 Alveolados 8 A 5 6 04/04/2018 2 04/04/2018 7 Título: PATOLOGIA A maior fonte de calor é o Sol. Temperatura de lajes e paredes no Sol é função da temperatura do ar (ta) e do coeficiente de absorção solar (a). Tabela 1 - estimativa da temperatura superficial de lajes e paredes com valores sugeridos para o coeficiente de absorção solar. 7 04/04/2018 8 Título: PATOLOGIA 8 04/04/2018 9 Título: PATOLOGIA TRINCAS E FISSURAS POR MOVIMENTAÇÃO TÉRMICA 1. COMO OCORREM A construção é sujeita a variações de temperatura transmissoras de variações dimensionais dos seus componentes. A variação se apresenta como dilatações e contrações que geram tensões variadas internas ao corpo, e provocam o surgimento de fissuras e trincas. São muitas as movimentações, e com valores diferenciados 9 04/04/2018 10 Título: PATOLOGIA 2. MOVIMENTAÇÕES DIFERENCIADAS As movimentações são função de: 2.1 – União de materiais com diferentes coeficientes de dilatação térmica, como concretos e argamassas. 2.2 - Exposição de elementos a diferentes solicitações térmicas como no caso de lajes expostas e paredes. 2.3 Variação de temperatura ao longo de um mesmo componente como faces internas e externas de uma laje exposta ou uma parede de alvenaria. 10 04/04/2018 11 Título: PATOLOGIA PROJETOS INADEQUADOS: As observações feitas deveriam ser consideradas nos projetos arquitetônicos e de engenharia da obra. Caracterizam negligência, a ausência de limites e de indicações em projeto, sobre a exposição de peças e componentes do edifício diante de grande variação de temperatura. 11 04/04/2018 12 Título: PATOLOGIA 3. CONFIGURAÇÕES TÍPICAS Mesmo em laje com cobertura, os efeitos da dilatação atuam sobre a mesma. Parte do calor absorvido pelas telhas irradia para a laje. Essas movimentações térmicas ocorrem em função de vários fatores, como o material das telhas; a altura do colchão de ar entre telhado e laje; e a intensidade de ventilação circulante no ático. 12 04/04/2018 3 04/04/2018 13 Título: PATOLOGIA 13 04/04/2018 14 Título: PATOLOGIA FISSURAS PELA ATUAÇÃO DE SOBRECARGA 1. GENERALIDADES As sobrecargas, previstas ou não, nos projetos podem fissurar componentes estruturais da edificação. A sobrecarga pode ser do uso inadequado do edifício, principalmente quando se muda o OBJETO projetado. Outra causa está no ERRO de cálculo estrutural, ou ainda, na execução da peça. 14 04/04/2018 15 Título: PATOLOGIA 2. VEDAÇÕES VERTICAIS Compõem o subsistema formado por elementos que dividem ambientes internos, e controlam a ação de agentes externos indesejáveis. Atuam também como suporte/proteção de instalações do edifício. As vedações verticais são alvenarias, painéis, vidros, esquadrias, etc. As alvenarias podem ser de vedação ou estruturais. 15 04/04/2018 16 Título: PATOLOGIA 3. VANTAGENS DAS ALVENARIAS Facilidade executiva, baixo custo dos componentes e disponibilidade de matérias primas. São pouco poluentes, e facilmente recicláveis quando descartadas. 4. DESVANTAGENS DAS ALVENARIAS Baixa produtividade. Necessita de revestimentos para obtenção de textura lisa e duradoura. 16 04/04/2018 17 Título: PATOLOGIA 5. CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E REQUISITOS DE DESEMPENHO DAS ALVENARIAS 5.1 - Resistência mecânica (Segurança estrutural). 5.2 - Deformabilidade (Estética). 5.3 - Propriedades térmicas (Isolação térmica). 5.4 - Resistência a agentes agressivos (Durabilidade). 5.5 - Resistência a penetração de água (Estanqueidade). 5.6 - Resistência a transmissão sonora (Isolação acústica). 5.7 - Custo adequado de produção (Economia). 17 04/04/2018 18 Título: PATOLOGIA 6. PAREDES DE ALVENARIA Inúmeros fatores intervém na resistência final de uma alvenaria a esforços de compressão, como: 6.1 Resistencia mecânica dos componentes de alvenaria e argamassas. 6.2 Módulos de deformação diferenciados dos componentes de alvenaria. 6.3 Poder de aderência da argamassa utilizada. 6.4 Componentes assentes com junta de amarração geram alvenarias com resistências superiores às assentadas com juntas a prumo. 18 04/04/2018 4 04/04/2018 19 Título: PATOLOGIA A resistência da parede de alvenaria não varia linearmente com a resistência do componente de alvenaria e nem com a resistência da argamassa de assentamento. Em geral, as fissuras em alvenarias carregadas axialmente surgem bem antes de ser atingida a carga limite de ruptura. Fissura em alvenaria decorrente de cargas, geralmente são verticais geradas na deformação transversal da argamassa de assentamento e dos próprios componentes. Em alguns casos surgem fissuras horizontais decorrentes do esmagamento da argamassa, ou ruptura de componentes de alvenaria de baixa resistência a compressão. 19 04/04/2018 20 Título: PATOLOGIA Fato comum na fissuração da alvenaria é presença de aberturas de portas e janelas, em cujos vértices se concentram fortes tensões. O combate se dá pela aplicação de vergas ou sob as aberturas como contra vergas. A aplicação de cargas concentradas em alvenaria sem emprego de dispositivos adequados para redistribuição de tensões geram trincas inclinadas a partir do ponto de aplicaçãoda carga (terça ou tesouras apoiadas ou embutidas diretamente nas alvenarias). Trincas por cargas concentradas nas alvenarias 20 04/04/2018 21 Título: PATOLOGIA Alvenaria sob fortes cargas de esmagamento 21 04/04/2018 22 Título: PATOLOGIA Fissuras causadas por cargas excessivas atuantes nas paredes 22 04/04/2018 23 Título: PATOLOGIA FISSURAS CAUSADAS PELA UMIDADE 1. GENERALIDADES As mudanças higroscópicas provocam variações dimensionais nos materiais de construção; o aumento de umidade expande o material e a diminuição da umidade provoca a contração. No caso da existência de vínculos, poderão ocorrer fissuras nos elementos e componentes do sistema construtivo. 23 04/04/2018 24 Título: PATOLOGIA 7. COMPONENTES DO CONCRETO ARMADO A atuação de cargas, previstas ou não em projeto, podem fissurar o concreto armado, sem significar necessariamente a ruptura ou instabilidade dos componentes. A ocorrência de fissuras no concreto armado redistribui as tensões ao longo do componente fissurado e componentes vizinhos, de modo que a solicitação acaba sendo absorvida de forma globalizada pela estrutura ou parte dela. Fissuras em laje de marquise por carga excessiva 24 04/04/2018 5 04/04/2018 25 Título: PATOLOGIA 25 04/04/2018 26 Título: PATOLOGIA FISSURAS CAUSADAS POR DEFORMAÇÃO EXCESSIVA DA ESTRUTURA (DEFORMAÇÃO LENTA) O desenvolvimento de métodos mais refinados de calculo, fabricação melhorada de aços e cimentos, aliados às preocupações com cuidados de cura e tratamento do concreto, tornam as estruturas cada vez mais flexíveis. Isso exige a análise mais cuidadosa das deformações das estruturas e suas consequências. Vigas e lajes deformam-se naturalmente sob ação do peso próprio, das demais cargas permanentes e acidentais, e mesmo sob efeito da retração e da deformação lenta do concreto. 26 04/04/2018 27 Título: PATOLOGIA Flechas originadas podem ser incompatíveis com a capacidade de deformação de paredes e outros componentes do edifícios. NBR 6118: As flechas medidas à partir do plano que contém os apoios, quando atuarem todas as ações, não ultrapassarão 1/300 do vão teórico, exceto para o caso de balanços, para os quais não ultrapassarão 1/250 do comprimento teórico dos balanços. A recomendação é esquecida por calculistas, sendo frequente, fissura em alvenaria pelas flechas dos componentes estruturais. As deformações da estrutura introduzem nas esforços de tração e cisalhamento nas alvenarias, provocando fissuras diversas. Trincas em paredes devido deformações das vitas de apoio 27 04/04/2018 28 Título: PATOLOGIA 28 04/04/2018 29 Obrigado! Prof. Fco Adalbeto Pessoa de Carvalho! 29
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