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BRENDHA EVELLINGH – MEDICINA FUNORTE XXXI ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA ESPINAL GENERALIDADES A medula espinal está localizada dentro do canal vertebral, sem contudo ocupá-lo totalmente. No homem adulto tem 45 cm, e é um pouco menor na mulher. Consiste em uma massa cilindroide de tecido nervoso, que cranialmente limita-se ao bubo, e caudalmente se afunila, formando o cone meduLar, que continua com um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal. A medula espinal termina a nível da vértebra L2. ESTRUTURA E FORMA A medula apresenta forma cilindroide, porém é ligeiramente achatada no sentido ântero - posterior e possui 2 INTUMESCENCIAS, que são dilatações formadas por ‘’acúmulo de neurônios’’ e são regiões que recebem as grossas raízes nervosas dos plexos braquial e lombosacral. São chamadas de intumescência cervical e lombar. Apresenta ainda sulcos longitudinais que percorrem toda a sua extensão. -POSTERIOR: sulco mediano, sulco lateral, sulco intermédio (só na cervical) -ANTERIOR:fissura anterior, sulco lateral * Nos sulcos laterais anterior e posterior, fazem conexão respectivamente, as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais. A substância cinza fica dentro da branca e possui formato de um H, ou de um borboleta. É formada pelas colunas anterior, lateral e posterior, e na sua região mediana, possui o canal central da medula que é um resquício da luz do tubo neural. A coluna lateral só aparece na medula torácica e lombar. A substância branca é formada por fibras mielínicas que sobem e descem na medula e se agrupam em 3 funículos ou cordões, de cado lado. A)Funículo anterior: Entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior B) Funículo lateral: entre o sulco lateral anterior e o sulco lateral posterior C) Funículo posterior; Entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior. Este último é ligado a subst. cinzenta por meio do septo mediano posterior. Como na medula cervical, temos o sulco intermédio posterior, nessa porção, o funículo posterior é dividido em fascículo cuneiforme e fascículo grácil( mais medial) NERVOS ESPINHAIS Como dito, dos sulcos laterais anterior e posterior estão conectados as raízes ventrais e dorsais dos nervos, respectivamente, por meio da união de pequenos filamentos radiculares. As raízes ventrais e dorsais se unem formando o nervo espinhal, distalmente ao gânglio espinhal que existe na raiz dorsal. A porção da medula em que os filamentos que formam um nervo se ligam, é considerado um segmento medular (ex: cervical, torácico, lombar, sacral, coccígeo) Ao todo são 31 pares de nervos espinhais, e portanto, 31 segmentos medulares. Sendo 8 cervicais, porque o 1º par está acima da C1, entre o osso ociptal e ela, e o 8º par emerge abaixo da C8, sendo que o mesmo acontece com os 12 pares torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccigeo, emergem sempre abaixo da vértebra correspondentes e nas laterais. BRENDHA EVELLINGH – MEDICINA FUNORTE XXXI TOPOGRAFIA VERTEBROMEDULAR Como dito, medula e canal no adulto não tem o mesmo tamanho. Pois após o 4º mês de vida intrauterina o canal vertebral cresce em sua porção caudal, mas a medula só vai até L2. Abaixo desse nível, o restante do espaço do canal é ocupado pelas meninges, e raízes nervosas dos últimos nervos, dispostos em torno do cone medular e filamento terminal, os quais constituem a cauda esquina. Como consequência na diferença dos ritmos de crescimento da medula e das vértebras, há um afastamento dos seguimentos medulares das vértebras correspondentes. ASSIM, NO ADULTO, AS VÉRTEBRAS T11 E T12 NÃO ESTÃO RELACIONADOS COM SEGMENTOS TORACICOS, MAS SIM COM SEGMENTOS LOMBARES. Isso tem importância clínica, pois uma lesão em T11, prejudicaria segmentos medulares lombares, e logo raízes nervosas lombares, o que tem diferença clínica e de prognóstico de uma lesão em vértebras lombares, os quais comprometeriam ‘’apenas’’ as raízes cauda da esquina. Assim, há uma regra prática: de C2 a T10 adiciona-se 2 ao processo espinhoso de uma vértebra, para saber qual o segmento medular subjacente. Por exemplo; no processo espinhoso de C6, tem-se os segmentos medulares de C8, e na vértebra T4, tem-se o segmento medular T6. Aos processos espinhosos de T11 e T12 correspondem os 5 segmentos medulares lombares. Enquanto o processo espinhoso de L1 corresponde os 5 segmentos sacrais. BRENDHA EVELLINGH – MEDICINA FUNORTE XXXI MENINGES As meninges são membranas fibrosas que envolvem o sistema nervoso central Dura mater: mais externa e espessa, com abundantes fibras colágenas. Envolve toda a medula e é chamada de SACO DURAL. Cranialmente, é contínua com a dura máter do crânio, e caudalmente, termina próximo da vértebra S2; Lateralmente, a dura máter se prolonga e ‘’banha’’ os nervos espinhais, se tornando contínuo com o tec. Conj. Dos nervos (o epineuro) Aracnoide: intermediária, folheto justaposto a dura máter e composto de trabéculas que a unem a pia mater Pia mater: interna,fina e delicada, adentra a fissura mediana anterior, adere firmemente ao tecido nervoso da medula. Quando a medula termina no cone medular, essa meninge se prolonga formando um filamento esbranquiçado: o filamento terminal, assim a pia mater perfura e ultrapassa o saco dural e continua até o hiato sacral. A pia mater também forma uma prega em cada lado da medula, formando o o ligamento denticulado, os quais se localizam próximo as raízes nervosas. São importantes pontos de fixação da medula e importantes pontos de referência em cirurgias. REFERÊNCIA: Neuroanatomia Funcional. Ângelo Machado. 3º edição
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