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Titulos de Credito

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Capítulo II
2. Títulos de Crédito
Segundo Pires Cardoso, títulos de crédito são documentos representativos de um crédito que uma pessoa (credor) tem sobre a outra (devedor), e pode se transmitir facilmente, passando a qualidade do credor de uma para a outra pessoa. 
Nestes termos, os títulos de crédito representam e consubstanciam se, não podendo estes serem exercidos sem a posse de um documento. Portanto a posse do título em si é uma condição indispensável para exigir o crédito, é atendendo a essa característica fundamental do título de crédito, além das outras que ele se tem definido: o documento necessário para exercer o direito literal que nele se menciona.
2.1. Princípios dos Títulos de Crédito
2.1.1. Princípio da Incorporação ou legitimação
A detenção do título é indispensável para o exercício e a transmissão dele mencionado (quem for titular de um título é titular de um direito).
Tal característica consiste em que a posse do título legitima o portador para exercer ou transmitir o direito. É mais preciso, designar essa característica por legitimação activa visto que ela se refere a posição jurídica do sujeito activo do direito do crédito, a sua aptidão para exerce˗lo ou transmiti˗lo. 
A posse, ou melhor a detenção material do título segundo as regras de circulação que para eles estão defendidas, confere ao seu possuidor a legitimação formal para exercer ou transmitir o direito que o título refere.
2.1.2. Princípio da Circulabilidade
Os títulos de crédito destinam se a circular, o que significa que, a sua própria destinação jurídico-económico implica a potencialidade de serem transmitidos da titularidade de uma pessoa para a outra sucessivamente, acarretando cada transmissão do direito sobre o título a transmissão do direito por ele representado, do direito cartolar.
Porque assim e, os documentos que não comportem a possibilidade de circulação, não podem ser considerados como títulos de crédito.
2.1.3. Princípio da literalidade
O direito que estiver incorporado no título é um direito literal, porque o documento vale nos precisos termos que constam no próprio documento.
O direito cartolar é aquele que esta no documento independentemente da forma como foi constituída da relação subjacente do mesmo.
2.1.4. Princípio da Autonomia
 O direito cartolar (incorporado no documento) é um direito autónomo, porque as relações cambiárias têm vida própria, não esta dependente de qualquer relação subjacente a essa letra de câmbio. Importa distinguir dois sentidos:
a) Autonomia face ao direito subjacente: o direito cartolar tem a sua origem numa relação jurídica logicamente anterior ao surgimento do Título de Crédito a relação subjacente ou fundamental e que ele e novo do direito subjacente ou fundamental, tendo um regime próprio;
Assim, o direito cartolar é autónomo do direito subjacente, e por isso não pode ser oposto ao portador do título, em princípio, meios de defesa (excepções emergentes da relação fundamental).
b) Autonomia face aos portadores anteriores: o direito cartolar é autónomo, segundo este sentido, porque cada possuidor do título ao adquiri˗lo segundo a sua lei de circulação, adquire o direito nele referido de um modo original, isto é, independentemente da titularidade.
2.1.5. Princípio da Abstracção
O negócio cambiário é abstracto porque, esse negócio permite preencher um conjunto de funções económicos jurídicos (exemplo a compra e venda).
 A obrigação cambiaria pressupõe sempre a existência de uma relação jurídica subjacente, a relação pode preencher uma diversidade de funções económicos jurídicos, a obrigação cambiaria só tem um fim o pagamento ou garantia de pagamento. 
Não é por esse fim que determina se o negócio cambiário, pois este negócio é determinado por outro negócio celebrado entre as partes a convenção executivas ˗ a causa próxima do negócio cambiário, as partes determinam (através de convenção executiva).
2.2. Classificação dos Títulos de Crédito 
2.2.1. Títulos de Crédito quanto ao conteúdo do direito representado
Segundo o critério do conteúdo do direito representado temos:
a) Títulos de Representação (ou corporativos)
incorporam direitos sobre determinadas coisas, em geral mercadorias, ou seja, atribuem ao seu possuidor, não só um direito de crédito, mas um direito real sobre mercadorias;
b) Títulos de participação social
Assim designados porque atribuem ao seu titular uma situação jurídica de participação social, ou seja, o complexo de direitos e obrigações que integra a qualidade de socio de uma sociedade. (ex: acções das sociedades anonimas e em comandita por acções); 
c) Títulos que incorporam o direito a uma prestação em dinheiro (letra, livrança, cheque).
2.2.2. Quanto ao Critério da causa função ou do nexo com a relação subjacente
Consideram se duas espécies de títulos: Títulos causais e abstractos.
a) Títulos causais
São aqueles que se destinam a realizar uma típica e única causa função jurídico económico, inerente a um determinado tipo de negócio jurídico subjacente, do qual resultam direitos cuja transmissão e exercício o título de crédito se destina a viabilizar ou facilitar. 
b) Títulos abstractos
São aqueles que não tem uma causa função típica, pois são aptos a representam direitos emergentes de uma pluralidade indefinida, podendo invocar contra o portador do título, excepções fundadas na relação subjacente, que é a causa (mediata) da sua obrigação e do correlativo direito do portador.
2.2.3. Quanto ao modo normal de circulação
Os títulos de crédito classificam-se em: nominativos, à ordem e ao portador.
a) Títulos de crédito nominativos
São endereçados pelo emitente a uma pessoa determinada e a sua circulação para outrem exige, sob pena de ineficácia em face de terceiros que do emitente do título, a intervenção deste, que averbara a transmissão em livro de registro próprio – art. 697 do Ccom.
b) Títulos à ordem 
São igualmente endereçados a pessoa determinada, mas esta, paras se fazer substituir transmitindo o título apenas deve declarar a transmissão por escrito sob a forma de uma ordem ao devedor – art. 673 Ccom.
c) Títulos ao portador
Não se faz menção do seu titular, e transmitem-se por simples tradição, circulam mediante a entrega real. O seu titular é o portador do documento.
2.2.4. Quanto ao critério da natureza da entidade emitente
Existem, títulos públicos e privado. Títulos públicos são aqueles que são emitidos pelo Estado e por outros entes públicos legalmente habilitados. 
Toos os demais títulos de crédito são títulos privados, por as pessoas ou entidades que os emitem não terem a natureza de entes públicos, ou porque, quando tenham essa natureza, actuam de forma indiferenciada em relação aos entes privados, colocando-se no mesmo plano de actuação destes, a título de exemplo é quando qualquer organismo ou serviço publico emite cheques para efectuar os seus pagamentos.
2.3. Transmissão dos títulos de Crédito
Segundo (Correia, 1994) Os títulos de crédito transmitem-se facilmente, passando a qualidade do credor de uma para a outra pessoa. Dos Títulos de Créditos transmissíveis interessa-nos sobretudo os títulos que se distingue consoante a forma da sua transmissão, por ser a mais importante do ponto de vista legal, nomeadamente:
a) Nominativos;
b) À ordem; e
c) Ao portador.
Títulos nominativos, efectuam˗se por meio de uma declaração e averbamento. Estes títulos são emitidos a favor de uma pessoa determinada, perante a qual o emitente se obriga e quando aquela quiser o transmitir, basta lhe fazer uma declaração escrita, da qual conste o nome do novo possuidor, onde esta devera ser averbada nos livros de registo da entidade que emitiu os títulos. (art. 635 no 3 do C.C).
Títulos à ordem, transferem se por meio de Endosso, que por sua vez não é mais do que uma simples ordem, geralmente escrita no verso do documento e expressa nos seguintes termos:" Pague˗ se ao Sr. Ferreira Manuel ou á sua ordem. (art. 635 no 2 do C.C).
Os títulos desta natureza, que o direito comercial tem mais generalizado, são: As letras, livranças, cheques, conhecimentos de depósitose cautelas de penhor, guias de transporte e conhecimentos de cargas (do transporte marítimo também quando passados á ordem).
Títulos ao portador, a transmissão opera˗se por simples tradição, isto e, pela sua entrega real (do documento), não é necessária pois, qualquer declaração ou outra formalidade, apenas a passagem do título da mão de uma pessoa para a mão de outra. Esta entrega e também necessária, não obstante as outras espécies mencionadas, porque a posse do documento é condição indispensável para exercer o direito que nele menciona. E estes podem ser: as notas de banco, os cheques, as acções, obrigações, os conhecimentos de carga e as guias de transporte.
2.5. Extinção dos títulos de crédito
O título de crédito também se extingue quando ocorre a extinção do direito nele incorporado, a qual pode ficar a dever se a generalidade das causas de extinção das obrigações.
O cumprimento constitui a forma natural e mais frequente de extinção do título de crédito. Deve porem notar se que só assim acontece com cumprimento efectuado pelo obrigado principal, quando exista outros co˗obrigados garantes: se forem estes a pagar o portador, ficam investidos nos títulos de crédito em via de regresso.
Além disso, o cumprimento deve ser acompanhado da cessação da circulação do título, pela sua entrega ao obrigado a efectuar o pagamento, para não que suceda, apesar de cumprida a obrigação, o título continue a circular, correndo o obrigado o risco.
3. Conclusão
Títulos de crédito são documentos representativos de um crédito que uma pessoa (credor) tem sobre a outra (devedor), e pode se transmitir facilmente, passando a qualidade do credor de uma para a outra pessoa. Nestes termos, os títulos de crédito representam e consubstanciam se, não podendo estes serem exercidos sem a posse de um documento. Portanto a posse do título em si é uma condição indispensável para exigir o crédito, é atendendo a essa característica fundamental do título de crédito, além das outras que ele se tem definido: o documento necessário para exercer o direito literal que nele se menciona. Os títulos de crédito são transmissíveis e de um modo fácil, passando a qualidade do credor de uma para a outra pessoa, pelo que dependendo do tipo de título exige-se uma certa formalidade.
4. Referências Bibliográficas
Cardoso, J. P. (1999). Noções de Direito Comercial (12 ed.). Lisboa: Rei dos Livros.
Correia, A. F. (1994). Lições de Direito Comercial. Lisboa: LEX.
Legislação:
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, decreto-lei n.º 2/2005, de 27 de Dezembro que aprova o Código Comercial.

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