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PROCESSO_ 0025619-58 2016 5 24 0007 - AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO

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Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região - 1º Grau
PJe - Processo Judicial Eletrônico
Consulta Processual
04/04/2017
Número: 0025619-58.2016.5.24.0007
Data Autuação: 06/10/2016
Classe: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO
Valor da causa: R$ 102.000,00
Partes
Tipo Nome
AUTOR JONATHAS RODRIGUES DOS SANTOS - CPF: 875.889.861-15
ADVOGADO JEFFERSON MACILIO GARCIA MACHADO - OAB: MS15950
RÉU FACCHINI S/A - CNPJ: 03.509.978/0001-71
ADVOGADO GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA ESQUIVE - OAB: SP291550
Documentos
Id. Data de Juntada Documento Tipo
e47ce
36
06/10/2016 17:50 Petição Inicial Petição Inicial
17b0f
27
13/10/2016 14:30 Intimação Intimação
0c1e2
7d
07/11/2016 15:22 Contestação Contestação
d92a3
ee
07/11/2016 15:22 00 - Contestação Jonathas Rodrigues dos Santos x
Facchini
Documento Diverso
363d1
6b
24/11/2016 16:32 Intimação Notificação
c4061
c3
09/12/2016 09:31 Impugnação à Contestação Manifestação
68471
55
07/02/2017 16:23 Intimação Notificação
e4d42
97
20/02/2017 15:02 Petição em PDF Petição em PDF
8cfeff
7
20/02/2017 15:02 Manifestação sobre a réplica - Jonathas Rodrigues x
Facchini
Documento Diverso
b6040
b0
29/03/2017 18:41 Ata da Audiência Ata da Audiência
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ____ª VARA DO
TRABALHO DE CAMPO GRANDE-MS. 
 
 
 
 
 
 
JONATHAS RODRIGUES DOS SANTOS, brasileiro, casado, desempregado, inscrito no CPF
nº 875.889.861-15, RG nº 000982277 SSP/MS, residente e domiciliado à Rua Vicente João Interlando, nº
130; Bairro: Nova Lima; CEP: 79.017-530; nesta capital, por intermédio de seus procuradores abaixo
assinados, com procuração anexada a esta inicial, e-mail: jeffersongarciamachado.adv@hotmail.com, vem
mui respeitosamente propor
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA contra
FACCHINI S/A , inscrita no CNPJ/MF nº 03.509.978/0013-05, com endereço na Rua Doutor
Carlos Henrique Spengler, S/N, Lote 08, BR 163, Polo Empresarial Norte, Cidade de Campo Grande-MS
para reclamar direitos trabalhistas que entende lhe sejam devidos, pelos fundamentos fáticos e jurídicos a
seguir articulados.
PRELIMINARMENTE - DA JUSTIÇA GRATUITA
Do pedido da Justiça Gratuita, com fulcro no artigo 5º LXXIV da Constituição Federal, combinado com o artigo 98 e
seguintes do Código de Processo Civil Brasileiro, requer respeitosamente a Vossa Excelência, digne-se de conceder-lhe os
benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, isentando-a do pagamento e/ou despesas processuais.
1- DOS FATOS
Foi admitido pela Reclamada em 17.05.2010 como auxiliar administrativo, à época recebendo o
salário de R$ 975,00 (novecentos e setenta e cinco reais) e no dia 01/08/2012 fora promovido para o cargo
de vendedor externo e passou a ganhar um salário de R$ 1.850,00 (hum mil e oitocentos e cinquenta
reais) mais comissões.
Fora demitido da empresa em 23/03/2015 sendo seu último salário o valor de R$ 2.120,00 (dois
mil, cento e vinte reais) mais comissões.
Como dito de 01/08/2012 à 23/03/2015 o Reclamante trabalhou na empresa como vendedor
externo, vendia os produtos da reclamada na cidade de Campo Grande. Visitava os clientes com seu
próprio carro, um Chevrolet Celta, 2011, RENAVAM: 003.239.582-65, placa HFE-6957.
Salienta-se Excelência que o Reclamante não recebia nenhum valor ou aluguel para a manutenção
do seu veículo para troca de pneus, troca de óleo e desgaste do veículo em geral.
ID. e47ce36 - Pág. 1Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: JEFFERSON MACILIO GARCIA MACHADO
https://pje.trt24.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16100617260750200000006500016
Número do documento: 16100617260750200000006500016
O Reclamante executava serviço essencial da Reclamada, cumprindo roteiros semanais de visita
de clientes. Trabalhava com exclusividade para a Reclamada, em condições de dependência econômica
pois as comissões dela percebidas eram sua única fonte de ganhos. Trabalhava com pessoalidade e
subordinação às ordens da Ré. Não era representante comercial autônomo. Era, sim, vendedor externo
empregado, regido pela CLT.
Ademais, por conta da pressão psicológica feita para que o Reclamante cumprisse suas metas, o
mesmo adquiriu problemas psicológicos e tem que tomar remédio controlado conforme receita em anexo.
2- DO DIREITO
2.1- SALÁRIO UTILIDADE AUTOMÓVEL. ALUGUEL DO VEÍCULO.
Para execução de seu trabalho, o reclamante utilizava veículo particular Chevrolet Celta, 2011,
RENAVAM: 003.239.582-65, placa HFE-6957. Trabalhava de segunda a sábado com seu veículo
efetuando as vendas para a Reclamada e como já falado não recebia nenhum tipo de indenização mensal
pelo deterioramento de seu véiculo.
A Reclamada não lhe pagava pelos quilômetros rodados, nem indenização pelo uso de seu veículo
particular a serviço da Ré e nem sequer aluguel pelo uso do veículo.
A propósito, cita a seguinte ementa jurisprudencial:
COMPOSIÇÃO SALARIAL - ALUGUEL DE VEÍCULO. Atribui-se
natureza salarial ao valor do aluguel de veículo do empregado quando, dos
elementos de convicção existentes nos autos, constata-se que a locação do
automóvel foi utilizada para figurar como verdadeira contraprestação pelo trabalho
realizado, evidenciando a patente intenção de burlar encargos trabalhistas e
previdenciários. Aplicação do art. 9º do Diploma Consolidado. (TRT-3 - RO:
01572200901603001 0157200-04.2009.5.03.0016, Relator: Convocada Maria
Cristina Diniz Caixeta, Segunda Turma, Data de Publicação: 27/07/2011
26/07/2011. DEJT. Página 93. Boletim: Não.)
ALUGUEL DE VEÍCULO DO EMPREGADO AO EMPREGADOR.
INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO DOS VALORES CORRESPONDENTES. I - O
Regional adotou dupla fundamentação para confirmar a sentença que determinara a
integração salarial postulada pelo autor: (i) o fato de que todas as despesas de
manutenção e combustível da motocicleta eram de responsabilidade do trabalhador,
o que afirmou o Colegiado ser incomum em contratos de locação, nos quais aduziu
ocorrer a transferência da posse e uso do bem objeto do negócio jurídico; (ii) bem
como a evidência de que, na espécie, a contratação do autor esteve diretamente
atrelada ao fato de ser ele possuidor do veículo objeto da locação, tanto que afirmou
o Colegiado que -se ele, empregado, não possuísse o veículo, não seria contratado-
(fls. 204).II- Nenhum dos paradigmas válidos colacionados na revista enfrenta os
mesmos fundamentos fáticos delineados no acórdão recorrido, o que os torna
inespecíficos ao cotejo de teses, consoante diretriz traçada na Súmula nº
296/TST.III- A indicação de contrariedade à Súmula nº 367 do TST é impertinente,
pois o precedente jurisprudencial versa hipótese de veículo fornecido -pelo
empregador ao empregado-, ao passo que na espécie trata-se de aluguel de veículo
de propriedade do empregado ao empregador.IV- Da mesma forma, não se divisa
ofensa à literalidade das normas preconizadas nos arts. 457,capute § 2º e 458, § 2º, I
e III, da CLT, haja vista não discorrerem especificamente sobre a matéria em
discussão - repita-se, aluguel de veículo de propriedade do empregado ao
ID. e47ce36 - Pág. 2Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: JEFFERSON MACILIO GARCIA MACHADO
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Número do documento: 16100617260750200000006500016
empregador.V- Recurso não conhecido. (TST - RR: 2312007320025020201
231200-73.2002.5.02.0201, Relator: Antônio José de Barros Levenhagen, Data de
Julgamento: 01/11/2006, 4ª Turma,, Data de Publicação: DJ 17/11/2006.) 
 Neste sentido Excelência, o Reclamante junta duas matérias tiradas de site da internet sobre 
aluguéis de carro as quais nos trazem um valor médio mensal do aluguel de um carro de pequeno porte
como era o do Reclamante à base de R$ 2.000,00 (dois mil reais por mês).
 Sendo assim, o Reclamante requer que tal verba que lhe foi suprimida lhe seja paga desde 
01/08/2012 que foi quando começou a trabalhar pela empresa como vendedor externo até 23/03/2015 que
foi quando fora demitido da empresa.
 Com isso, o valordevido aproximadamente pela aluguel de seu veículo à empresa no tempo em 
que trabalhou como vendedor externo será de R$ 62.000,00 (sessenta e dois mil reais).
2.2- REPOUSOS SEMANAIS REMUNERADOS E FERIADOS.
O reclamante não recebeu a remuneração dos repousos semanais e feriados, incidentes sobre o
aluguel ou ajuda de custo referente ao uso do seu carro. Reclama o pagamento da remuneração desses
repousos, mais os respectivos reflexos sobre férias acrescidas de 1/3, sobre os 13º salários, sobre o aviso
prévio proporcional ao tempo de serviço e sobre o FGTS, acrescido de multa rescisória de 40%, valores a
apurar em liquidação de sentença.
2.3- DA RESCISÃO.
O reclamante pleiteia o pagamento das verbas rescisórias trabalhistas, ou seja, aviso prévio
proporcional ao tempo de serviço, conforme previsão normativa, e depósito do FGTS sobre as verbas
remuneratórias que deixaram de ser pagas em virtude da supressão do valor do aluguel ou ajuda de custo
do carro, com o acréscimo da multa de 40%.
2.4- INSS E IRRF.
O autor reclama a efetivação dos recolhimentos devidos ao INSS, a cargo exclusivo da ré, como é
de lei. Entende o reclamante que também o IR é de conta exclusiva da ré, porque não deve lograr proveito
de sua fraude e dos ilícitos que praticou. Em não sendo este o entendimento do MM' Julgador, o autor
pede que a retenção de eventual imposto de renda seja feita mês a mês, pela alíquota cabível, observadas
as deduções, isenções e não incidências legais.
 
 
 
2.5- HONORÁRIOS ASSISTENCIAIS OU SUCUMBENCIAIS.
Cabe a condenação da ré ao pagamento de honorários sucumbenciais, ou de assistência judiciária. Em
apoio à pretensão de honorários, transcreve a Súmula 219 do TST:
Súmula nº 219 do TST
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO (alterada a redação do item I e acrescidos os
itens IV a VI em decorrência do CPC de 2015) - Res. 204/2016, DEJT divulgado em 17, 18 e 21.03.2016 
I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não
decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a) estar
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assistida por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior
ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita
demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. (art.14,§1º, da Lei nº
5 . 5 8 4 / 1 9 7 0 ) . ( e x - O J n º 3 0 5 d a S B D I - I ) . 
II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no
p r o c e s s o t r a b a l h i s t a . 
III - São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como
substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego. 
IV - Na ação rescisória e nas lides que não derivem de relação de emprego, a responsabilidade
pelo pagamento dos honorários advocatícios da sucumbência submete-se à disciplina do
Código de Processo Civil (arts . 85, 86, 87 e 90). 
V - Em caso de assistência judiciária sindical ou de substituição processual sindical,
excetuados os processos em que a Fazenda Pública for parte, os honorários advocatícios são
devidos entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do
proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da
c a u s a ( C P C d e 2 0 1 5 , a r t . 8 5 , § 2 º ) .
VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os percentuais específicos
de honorários advocatícios contemplados no Código de Processo Civil.
 
 
 
2.6- DOS DANOS MORAIS
 Conforme dito acima, o Reclamante hoje toma remédio de uso controlado ´por conta da pressão
que sofria em seu trabalho. Neste sentido, fica claro o dano moral sofrido, visto que a causa de hoje o
Reclamante estar tomando remédio psiquiátrico de uso controlado fora o emprego em que o mesmo
trabalhava aonde estava à disposição da Reclamada.
 Neste sentido, vejamos o que nos diz a Jurisprudência: 
EMENTA :DANO MORAL - PROVA . Não se exige a prova 
efetiva do dano produzido ao psiquismo da vítima ou à sua honra 
subjetiva, dada a dificuldade de se 
constatar abalos dessa ordem. Todavia, os fatos potencialmente lesivos à 
esfera moral do indivíduo, ou seja, aqueles invocados como suporte do 
dano e da indenização conseqüente, de cuja mera 
ocorrência possibilitam, com grande segurança, 
concluir pela existência de dano moral (como a 
morte, o assédio moral, a lesão incapacitante, a ofensa 
 grave etc.), estes devem ser provados 
robustamente. ACÓRDÃO Nº: 20070131567 Nº de 
Pauta:294 PROCESSO TRT/SP Nº: 02220200406502004 RECURSO 
ORDINÁRIO - 65 VT de São Paulo RECORRENTE: GIVALDO 
PEREIRA DA SILVA RECORRIDO: 1. SUPORTE EMPREITEIRA DE 
MÃO DE OBRA SC LT 2. GAFISA.
Já na doutrina podemos destacar a lição do Desembargador do TRT da 3ª Região, Mestre e
Professor Sebastião Geraldo de Oliveira, na obra "Indenizações por acidente do trabalho ou doença
ocupacional", editora LTr, 3ª edição, agosto 2007, pág. 210/211:
ID. e47ce36 - Pág. 4Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: JEFFERSON MACILIO GARCIA MACHADO
https://pje.trt24.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16100617260750200000006500016
Número do documento: 16100617260750200000006500016
"Para a condenação compensatória do dano moral não é imprescindível a produção de prova das
repercussões que o acidente do trabalho causou; basta o mero implemento do dano injusto para criar a
presunção dos efeitos negativos na órbita subjetiva do acidentado. Enfatiza Carlos Alberto Bittar que "não
se cogita, em verdade, pela melhor técnica, em prova de dor, ou de aflição, ou de constrangimento, porque
são fenômenos ínsitos na alma humana como reações naturais a agressões do meio social. Dispensam,
pois, comprovação, bastando, no caso concreto, a demonstração do resultado lesivo e a conexão com o
fato causador, para responsabilização do agente.
Entendemos equivocada a postura de alguns magistrados que colocam como pressuposto da
indenização a prova de que o lesado passou por um período de sofrimento, dor, humilhação, depressão
etc. Ora, é desnecessário demonstrar o que ordinariamente acontece (art. 334, I, do CPC) e que decorre da
própria natureza humana. Nesse sentido também a posição doutrinária de Sérgio Cavalieri Filho:
O dano moral está ínsito na própria ofensa, decorre da gravidade do ilícito em si. Se a ofensa é
grave e de repercussão, por si só justifica a concessão de uma satisfação de ordem pecuniária ao lesado.
Em outras palavras, o dano moral existe in re ipsa; deriva inexoravelmente do próprio fato ofensivo, de tal
modo que, provada a ofensa, ipso facto está demonstrado o dano moral à guisa de uma presunção natural,
uma presunção hominis ou facti, que decorre das regras da experiência comum.
Ainda que a vítima, por razões pessoais, tenha suportado bem o acidente ou a doença ocupacional,
permanece a necessidade da condenação, pois a indenização pelo dano moral tem por objetivo também
uma finalidade pedagógica, já que demonstra para o infrator e a sociedade a punição exemplar decorrente
do desrespeito às regras da segurança e da saúde no local de trabalho."
Vejamos o entendimento do TST sobre tal assunto:
"Como se trata de algo imaterial ou ideal, a prova do dano moral não pode serfeita através dos
mesmos meios utilizados para a comprovação do dano material. Por outras palavras, o dano moral está
ínsito na ilicitude do ato praticado, decorre da gravidade do ilícito em si, sendo desnecessária sua efetiva
demonstração, ou seja, como já sublinhado: o dano moral existe in re ipsa. Afirma Ruggiero: "Para o dano
ser indenizável, 'basta a perturbação feita pelo ato ilícito nas relações psíquicas, na tranqüilidade, nos
sentimentos, nos afetos de uma pessoa, para produzir uma diminuição no gozo do respectivo direito."
STJ. 1ª Turma.Resp n. 608.918, Rel.: Ministro José Delgado, DJ 21.06.2004.
"Para a indenização por dano moral motivada por doença profissional, bastante a prova do fato, do
qual decorre, no caso, a óbvia repercussão psicológica sobre a trabalhadora que se vê atingida e frustrada
em face da sua incapacidade para continuar exercendo a atividade laboral para a qual se preparou e
concretamente desempenhava, integrada à classe produtiva de seu país." STJ 4ª Turma. Resp n.
329.094/MG, Rel.: Ministro Aldir Passarinho Junior, RSTJ, v. 15, n.163, p.388, DJ 17.06.2002.
Deste modo, fica claro que houve o dano moral configurado pela Reclamada em face do
Reclamante. Neste sentido Excelência, pelos danos morais sofridos pelo Reclamante o mesmo requer o
valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) a título de indenização, visto ter que tomar remédios
controlados até hoje por conta do abalo moral que sofrera enquanto trabalhava na empresa. 
 
2.7- DAS PROVAS.
Juntam-se com a presente os anexos documentos, que comprovam a atividade laborativa do
reclamante. Os documentos, em seu conjunto, comprovam a relação de emprego, grande parte das
alegações fáticas ora formuladas. Todavia, será necessária a realização de prova pericial em relação aos
danos morais sofridos e uso de medicamentos por conta disso. A prova documental e pericial médica será
complementada com prova testemunhal.
3. DOS PEDIDOS
ID. e47ce36 - Pág. 5Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: JEFFERSON MACILIO GARCIA MACHADO
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Número do documento: 16100617260750200000006500016
ANTE O EXPOSTO, o autor postula a declaração de direitos e a condenação da reclamada nos seguintes
pedidos e pagamentos:
a) Declaração da existência de um vínculo contratual empregatício desde 01/08/2012 que foi quando
começou a trabalhar pela empresa como vendedor externo até 23/03/2015, computada a concessão do
aviso prévio normativo proporcional ao tempo de serviço; e condenação da reclamada à anotação de todos
os registros legais na Ficha de Registro de Empregados assim como na CTPS do autor, em relação aos
valores do aluguel do carro ou ajuda de custo, conforme este douto juízo decidir;
b) pagamento de indenização pelo aluguel do carro do Reclamante ou ajuda de custo pago mensalmente
no valor de R$ 62.000,00 (sessenta e dois mil reais);
c) pagamento da remuneração dos repousos semanais e feriados, pela incidência sobre o montante da
ajuda de custo ou aluguel do carro do Reclamante; e, pelo reflexo da diferença salarial pela remuneração
dos repousos e feriados, a complementar os pagamentos de 13º salários, férias mais 1/3, multa do art. 477,
aviso prévio e complementação do FGTS com multa de 40%;
d) Pagamento de honorários assistenciais, no percentual de 15% da condenação ou 10% do acordo; OU,
COMO PLEITO SUCESSIVO, pagamento de honorários advocatícios, no percentual de 20% da
condenação, ou do acordo.
e) Pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais).
f) Tudo a apurar em liquidação de sentença, com correção monetária e juros legais.
3.1- REQUERIMENTOS.
O reclamante REQUER:
1) a citação judicial da empresa ré para que, em dia e hora determinados por V. Exa., compareça à
audiência de conciliação, instrução e julgamento e que, não havendo acordo, conteste, querendo, a
presente reclamatória, sob as penas legais de revelia e confissão ficta.
2) o depoimento pessoal do preposto da ré, sob pena de confissão, bem como a produção de todo o gênero
de provas em direito permitidas, em especial perícia médica, além de prova testemunhal e documental,
para demonstração dos fatos articulados nesta inicial, que lhe caiba provar.
3) a juntada pela ré de todos os RECIBOS de pagamento de comissões do reclamante na contratualidade,
mais o RECIBO DE RESCISÃO, sob pena de confissão dos valores alegados na fundamentação da
inicial.
4) REQUER, por derradeiro, o recebimento da presente, com o anexo instrumento de procuração e os
documentos que instruem a reclamatória, e a CONDENAÇÃO da empresa ré em todos os itens
formulados no petitório supra.
5) Por fim, requer que as intimações sejam feitas em nome dos patronos Jefferson Macilio Garcia 
Machado, OAB/MS 15.950, Rafael Moraes Correa, OAB/MS 15.655 e Rodrigo Mendonça Duarte,
OAB/MS 20.802.
O autor dá à causa, para efeitos processuais e fiscais, o valor provisório de R$ 102.000,00 (cento e dois
mil reais).
Nestes termos.
Pede deferimento.
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Número do documento: 16100617260750200000006500016
Campo Grande-MS, 06 de outubro de 2016.
 
JEFFERSON M. GARCIA MACHADO RODRIGO M. DUARTE 
 OAB/MS 15.950 OAB/MS 20.802 
 
 RAFAEL MORAES CORREA 
 OAB/MS 15.655 
 
ID. e47ce36 - Pág. 7Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: JEFFERSON MACILIO GARCIA MACHADO
https://pje.trt24.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=16100617260750200000006500016
Número do documento: 16100617260750200000006500016
 
 PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região
7ª VARA DO TRABALHO DE CAMPO GRANDE
Rua João Pedro de Souza, 991 - Monte Líbano
CEP. 79004-914 Telefone: (67) 3316-1917
 e-mail: cg_vt7@trt24.jus.br
Processo Judicial Eletrônico - PJe n. 0025619-58.2016.5.24.0007
Reclamante(s): JONATHAS RODRIGUES DOS SANTOS
Reclamada(o)(s): FACCHINI S/A
 CITAÇÃO
De ordem do MM. Juiz, fica Vossa Senhoria citada para apresentar resposta à presente ação, no prazo de 20 dias, a contar da
, sob pena de preclusão para a prática do ato, com as penalidades do artigo 844 da CLT;data da citação
Havendo efetivo interesse de qualquer delas na realização de audiência para fins específicos de conciliação (a qualquer tempo -
CLT, art. 764 e 765) poderão solicitar ao juízo a respectiva designação, que será objeto de inclusão em data próxima, mantido,
contudo, o prazo para defesa e demais atos como definidos nas alíneas antecedentes. "
Obs. No caso de processo judicial eletrônico - Pje, a resposta deverá ser enviada nos termos do art. 39 da Resolução CSJT nº 94/2012.
 
Documentos associados ao processo
Título Tipo Chave de acesso**
Comp. residência rotated Documento Diverso 16100617465385400000006500212
Aviso prévio do empregador Aviso Prévio 16100617464491000000006500211
Receita remédio psiquiátrico Documento Diverso 16100617463508800000006500210
Aluguel mensal de carros vale a
pena
Notícia de Jornal 16100617460348600000006500207
Matéria sobre aluguel de carros Notícia de Jornal 16100617454447300000006500206
Holerite 1.1 Contracheque / Hollerith 16100617452508900000006500202
Holerite 1 Contracheque / Hollerith 16100617451830800000006500201
Guia Recolhimento FGTS
Rescisório
Extrato de Conta do FGTS 16100617443789300000006500197
FGTS Rescisório Extrato de Conta do FGTS 16100617445264500000006500200
Termo de homologação rescisão
contrato de trabalho
Termo de Homologação de
Rescisão do Contrato de
Trabalho
16100617431594500000006500189
Termo de rescisão contrato de
trabalho
Boletim de ocorrência 16100617424122900000006500184
Notificação Facchini Sindicato Documento Diverso 16100617422703000000006500178Comunicação de dispensa Comunicação de Dispensa 16100617414221400000006500149
Carteira-de-trabalho-pag.-50 CTPS 16100617383630100000006500106
Carteira-de-trabalho-pag.-47-48 CTPS 16100617383212900000006500103
Carteira-de-trabalho-pag.-46-47 CTPS 16100617384175000000006500108
Carteira-de-trabalho-pag.-42-43 CTPS 16100617381941200000006500100
Carteira-de-trabalho-pag.-40-41 CTPS 16100617381408900000006500099
Carteira-de-trabalho-pag.-38-39 CTPS 16100617380597400000006500097
Carteira-de-trabalho-pag.-37 CTPS 16100617371292900000006500086
Carteira-de-trabalho-pag.-34-35 CTPS 16100617365606100000006500084
Carteira-de-trabalho-pag.-26-27 CTPS 16100617364099500000006500081
Carteira-de-trabalho-pag.-24-25 CTPS 16100617362404100000006500077
Carteira-de-trabalho-pag.-22-23 CTPS 16100617361103200000006500072
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Carteira-de-trabalho-pag.-20-21 CTPS 16100617354726100000006500065
Carteira-de-trabalho-pag.-18-19 CTPS 16100617353447000000006500059
Carteira-de-trabalho-pag.-16-17 CTPS 16100617352068100000006500057
Carteira-de-trabalho-pag.-14-15 CTPS 16100617350557800000006500053
Carteira-de-trabalho-pag.-08-09 CTPS 16100617345083600000006500049
Carteira-de-trabalho-Contra-Capa CTPS 16100617343195200000006500046
SUBS JONATHAN
Substabelecimento sem
Reserva de Poderes
16100617334262900000006500036
PROCURAÇÃOASSINADA Procuração 16100617333889800000006500035
Petição Inicial Petição Inicial 16100617260750200000006500016
 
 Campo Grande, MS, 13 de Outubro de 2016. 
O nome do signatário e a data do presente documento constam em sua assinatura eletrônica. Em caso de assinatura em dia não útil, considera-se praticado o ato no dia útil subsequente.
PJe n. 0025619-58.2016.5.24.0007
Destinatário: FACCHINI S/A
RUA CARLOS HENRIQUE SPENGLER , S/N, POLO EMPRESARIAL, CAMPO GRANDE - MS - CEP: 79018-800
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CONTESTAÇÃO E DOCUMENTOS ANEXOS EM FORMATO PDF.
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO TRABALHO DA 7ª VARA
DO TRABALHO DE CAMPO GRANDE-MS,
Proc. 0025619-58.2016.5.15.0007
 FACCHINI S/A., pessoa jurídica de direito privado, com sede
à Rua Dr. Carlos Henrique Spengler, s/nº, Lote 08, BR 163, Polo Industrial Norte,
inscrita no CNPJ sob o nº 03.509.978/0013-05, na cidade de Campo Grande-MS,
por seus advogados, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,
apresentar CONTESTAÇÃO à Reclamação Trabalhista proposta por JONATHAS
RODRIGUES DOS SANTOS, processo em epígrafe, em curso por esse r. Juízo, com
amparo nos artigos 846 e 847, da CLT, pelos substratos fáticos, jurídicos e
probatórios a seguir expostos:
PREUDICIAL DE MÉRITO - Prescrição quinquenal.
A Reclamada apresenta prejudicial de mérito de prescrição
quinquenal em relação aos alegados créditos, vez que a presente ação foi
proposta em 06.10.2016, portanto, a teor do disposto no artigo 44, § único da
Lei 4.886/65, bem como nos artigos 11, I da CLT e 7º, XXIX da CF/88, o período
de anterior a 06/10/2011, encontra-se prescrito.
MÉRITO
No mérito, a ação é improcedente. É ônus do Autor provar
os fatos constitutivos dos direitos que reclama (art. 818 da CLT).
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Admissão. Vida funcional.
O Reclamante foi admitido pela Reclamada em 17.05.2010,
para exercer a função de Auxiliar Administrativo PL. Em 01.04.2011 passou a
exercer a função de Assistente Administrativo PL, passando em 01.09.2011 à
Assistente Administrativo SE. Por fim, em 01.08.2012, passou a exercer a função
de vendedor externo.
O contrato foi rescindido, mediante demissão sem justa
causa, no dia 23.03.2015.
Do salário utilidade automóvel.
Pleiteia o Reclamante a condenação da Reclamada ao
pagamento de aluguel mensal, sob a alegação de utilização de veículo próprio
para trabalhar, supostamente sem qualquer contrapartida da empresa.
Nobre Julgador, a alegação obreira não reflete a realidade.
Consoante comprovam documentos anexos, no período em que o Reclamante
laborou com seu veículo, a Reclamada sempre depositava na sua conta-corrente
o reembolso das despesas que tinha com seu transporte.
O reembolso funcionava da seguinte forma, o Reclamante
enviava a solicitação de reembolso com uma cópia das notas fiscais ou cupons
fiscais e a Reclamada depositava em sua conta os valores comprovadamente
gastos.
Assim, Exa., todos os gastos que tinha o Reclamante na
utilização do seu veículo sempre lhe foram devidamente restituídos, na forma
como acima explicado.
O ressarcimento de valores gastos com a utilização de
veículo próprio não se confunde com a locação do veículo do empregado, visto
que, somente no caso de utilização de veículo próprio pelo empregado na
prestação de serviços, sem ressarcimento de despesas pelo empregador,
caracterizar-se-ia, lucros indevidos e a transferência dos riscos do negócio ao
trabalhador o que não se vê no caso presente.
Importante consignar que os pagamentos a título de
utilização do veículo pelo empregado jamais podem se confundir com verbas
salariais, visto que tais pagamentos estão intimamente relacionados com a
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utilização do veículo e encargos pertinentes, esta é, pois, a posição da
jurisprudência, veja-se:
ALUGUEL DO VEÍCULO DO EMPREGADO PELO
EMPREGADOR. 1. Não houve a celebração de contrato de
locação por escrito. [...]. 3. O empregador tem o direito de
locar o veículo do empregado, sendo que esse fator não é
e nem pode ser reconhecido como salário. 4. O relato do
autor deixa evidente que o mesmo usava a sua motocicleta
e que a trabalho, em prol das atividades pelas quais foi
contratado como empregado, pagava o combustível, além
das demais despesas de manutenção. 5. Os valores pagos
a título de RPA, somente pelo relato do autor, não podem
ser vistos como retribuição ao serviço prestado; o
pagamento em questão estava relacionado com a
utilização da moto e os demais encargos. Portanto, não
vejo esses pagamentos como salários, logo, acato as
razões recursais, decretando a improcedência do pedido.
Diante do acolhimento da improcedência, descabem as
demais matérias postas nas razões recursais.
(TRT-2 - RECORD: 30200204002004 SP 00030-2002-040-
02-00-4, Relator: FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO, Data
de Julgamento: 01/07/2003, 4ª TURMA, Data de
Publicação: 18/07/2003)
Outrossim, Exa., a simples utilização de veículo próprio pelo
empregado não configura um contrato de aluguel do bem,como tenta fazer
parecer o Reclamante. Mormente pelo fato de que a Reclamante sempre
ressarciu o Reclamante pelas despesas comprovadamente tidas na utilização do
bem. 
O uso do veículo pelo empregado dá a ele o direito de
receber a indenização correspondente aos gastos com combustível e desgaste
do veículo, conforme jurisprudência pátria:
USO DE VEÍCULO PRÓPRIO A SERVIÇO DO EMPREGADOR.
INDENIZAÇÃO. Utilização de veículo particular do
empregado para a realização de atividades de interesse do
empregador. Assunção dos riscos da atividade econômica,
na forma do artigo 2º da CLT. Direito à indenização a título
de desgaste do veículo e gastos com combustível
assegurado ao empregado. (…) (TRT-4 - RO:
3583820105040305 RS 0000358-38.2010.5.04.0305,
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Relator: RICARDO TAVARES GEHLING, Data de Julgamento:
30/06/2011, 5ª Vara do Trabalho de Novo Hamburgo, )
Tais gastos sempre foram adimplidos pela Reclamada,
conforme já demonstrado, logo, não ha que se falar em pagamento de aluguel
do seu veículo, visto que tal nunca foi contratado entre as partes e a Reclamada
sempre reembolsou os gastos comprovados pelo Reclamante.
É importante salientar, Exa., que o Reclamante, conforme
confessado na inicial, atendia apenas a cidade de Campo Grande-MS, logo, não
realizava viagens longas que demandariam outros reembolsos senão os que já
foram efetuados.
Nobre Julgador, a Reclamada reitera que jamais pactuou
uma locação com o Reclamante o que, de per se, já levaria à improcedência do
seu pleito, note-se que inexistindo qualquer negociação entre as partes nesse
sentido, não há como se considerar a existência de um contrato de locação não
discutido e entabulado entre as partes.
Os valores não podem ser considerados como verba salarial,
mormente pelo fato de não advindos de pactuação de locação do veículo do
Reclamante, tais valores somente eram reembolsados ao Reclamante, na forma
da lei e da jurisprudência pátria. Não se constata nenhuma irregularidade no
caso presente.
Assim, ainda que entendesse este r. Juízo, pelo inexistente
contrato de locação do veículo – o que não é o caso presente – ante a
inexistência de qualquer irregularidade, bem como a não verificação de
contraprestação aos serviços prestados, mas somente o reembolso das despesas
oriundas da eventual utilização de veículo próprio, não seria possível atribuir ao
valor pago ao Reclamante natureza salarial, veja-se a posição da jurisprudência:
COMPOSIÇÃO SALARIAL - ALUGUEL DE VEÍCULO. Atribui-se
natureza salarial ao valor do aluguel de veículo do
empregado quando, dos elementos de convicção existentes
nos autos, constata-se que a locação do automóvel foi
utilizada para figurar como verdadeira contraprestação
pelo trabalho realizado, evidenciando a patente intenção
de burlar encargos trabalhistas e previdenciários.
Aplicação do art. 9º do Diploma Consolidado. (TRT-3 - RO:
01572200901603001 0157200-04.2009.5.03.0016,
Relator: Convocada Maria Cristina Diniz Caixeta, Segunda
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Turma, Data de Publicação: 27/07/2011 - 26/07/2011.
DEJT. Página 93. Boletim: Não.)
Outrossim, em razão do princípio da eventualidade, a
Reclamada impugna de maneira expressa o valor pretendido, visto que não
reflete a realidade, mormente pelo fato de não ter sido pactuado entre as partes
o que inviabiliza a fixação de valor locatício ao bem sem a concordância da outra
parte. Se existisse um contrato de locação, as cláusulas dele advindas deveriam
ter sido pactuadas entre as partes não podendo o Reclamante, ao seu bel-
prazer, imputar um valor desprovido de suporte fático probatório.
Por fim, resta comprovada a litigância de má-fé do
Reclamante em cobrar verbas que sabe indevidas, visto que sempre recebeu
todas os reembolsos durante o pacto laboral e, inadvertidamente, nega o
recebimento, demonstrando a sua absoluta má-fé.
Diante do exposto, tal pedido deve ser julgado totalmente
improcedente, haja vista que já foram pagos os valores dos reembolsos
conforme demonstrado. Ademais, não é devido ao Reclamante o “aluguel” do
seu veículo e, consequentemente, não há que se falar em integração de tais
valores à verba salarial.
Descanso Semanal Remunerado.
Melhor sorte não tem o autor ao alegar que a reclamada
não pagava corretamente os valores referentes ao Descanso Semanal
Remunerado.
A improcedência do pleito é evidente, visto que, não sendo
devidos os valores pleiteados a título de aluguel do veículo, conforme acima
demonstrado, não há que se falar em diferenças no pagamento dos DSR´s.
De acordo com os holerites anexados à presente o
reclamante recebia mês a mês o DSR, não demonstrando o Reclamante
qualquer erro no seu pagamento.
Não sendo devidas as diferenças, igualmente não são
devidos os reflexos em férias acrescidas de 1/3, sobre os 13º salários, sobre o
aviso prévio proporcional ao tempo de serviço e sobre o FGTS, acrescido de
multa rescisória de 40%.
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Outrossim, ainda que assim não fosse o autor sequer
observou o disposto na OJ 394 da SDI-1 que aduz: “Repouso semanal
remunerado - RSR. Integração das horas extras. Não repercussão no cálculo das
férias, do décimo terceiro salário, do aviso prévio e dos depósitos do FGTS.(DEJT
divulgado em 09, 10 e 11.06. 2010)
Diante do exposto, não há o que se falar em diferença ou
reflexos em relação aos DSR, sendo os pedidos improcedentes..
Verbas Rescisórias. INSS. IRRF.
Nobre Julgador, a improcedência do pedido é evidente,
conforme amplamente demonstrado, inexistem diferenças de pagamentos a
serem feitas ao Reclamante, visto que não é devido o valor pleiteado a título de
Aluguel / Salário Utilidade Automóvel.
Não tendo o Reclamante direito ao recebimento de tais
verbas, inexistem diferenças a serem quitadas ao mesmo nas verbas rescisórias
já adimplidas, inclusive no valor do FGTS rescisório. O mesmo se diga dos
recolhimentos ao INSS e o IRRF.
OS pedidos são improcedente, bem como os reflexos a ele
atrelados.
Ausência de dano moral.
Nobre Julgador, diferentemente do que tenta fazer parecer
o Reclamante, jamais lhe fora feita pressão no seu trabalho.
Veja-se, que a alegação do Reclamante é genérica e vazia,
não tendo ele sequer tentado especificar a suposta pressão sofrida. O mesmo se
diga da absurda alegação de que toma remédio controlado em razão da suposta
pressão sofrida.
Exa., a má-fé do Reclamante é tamanha que ele tenta até
mesmo tentar fazer parecer que o remédio por ele consumido se deu por culpa
da Reclamada, Exa., a má-fé do Reclamante é tamanha que ele tenta até mesmo
tentar fazer parecer que o remédio por ele consumido se deu por culpa da
Reclamada, mas não traz nenhum relatório médicodemonstrando a origem do
uso de tal medicamento e, sabe-se que o uso deste medicamente pode se dar
em várias ocasiões, veja-se:
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“Tegretol - Indicações
Epilepsia (Crises parciais complexas ou simples - com ou
sem perda da consciência com ou sem generalização
secundária, Crises tônico-clônicas generalizadas. Formas
mistas dessas crises); Tegretol é adequado para
monoterapia e terapia combinada; Tegretol geralmente
não é eficaz em crises de ausência e em crises mioclônicas;
Mania aguda e tratamento de manutenção em distúrbios
afetivos bipolares para prevenir ou atenuar recorrências;
Síndrome de abstinência alcoólica; Neuralgia idiopática do
trigêmeo e neuralgia trigeminal em decorrência de
esclerose múltipla (típica ou atípica); Neuralgia
glossofaríngea idiopática; Neuropatia diabética dolorosa;
Diabetes insípida central. Poliúria e polidipsia de origem
neuro-hormonal.1”
Não se sabe o motivo pelo qual o Reclamante,
supostamente, tem que fazer uso da medicação informada. Note-se que ele
sequer tenta explicar a sua patologia, limitando-se a dizer que teria “adquirido
problemas psiquiátricos”
Para uma condenação por dano moral, mister se estar
presentes os seguintes requisitos: a existência de ato praticado pelo empregador
(ou seu agente) e a comprovação de materialidade do ato; reflexos lesivos na
esfera trabalhista e profissional com prejuízo manifesto por parte do
empregado; e nexo de causalidade entre o ato e o prejuízo sofrido. Nada disso
foi comprovado nos autos.
O ponto nodal reside na comprovação destes atos e se os
mesmos caracterizam situação vexatória a ponto de causar dano na esfera
subjetiva da pessoa humana a exigir a respectiva reparação.
O dano moral está presente quando se tem a ofensa ao
patrimônio ideal do trabalhador, tais como: a honra, a liberdade, a imagem, o
nome etc.
Ainda, para a verificação de indenização por dano moral é
necessário que seja observado se o dano atingiu a vida privada, intimidade,
honra ou imagem, que são os bens realmente tutelados.
Nesse sentido é o posicionamento dos Tribunais pátrios:
1 Disponível em http://www.medicinanet.com.br/bula/detalhes/4957/indicacoes_tegretol.htm
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“RECURSO DA RECLAMANTE – DANO MORAL – Para que o
ato praticado possibilite a indenização por dano moral, faz-
se necessário verificar se ele atingiu a intimidade, vida
privada, honra ou imagem, bens juridicamente tutelados. O
dano moral configura-se com a caracterização da tipicidade
do ato ilícito, pois, se inexistente o ato ilícito, o dano moral
não se aperfeiçoa. Sofrimentos normais, compatíveis com a
vida não gera indenização por dano moral, por exemplo
aqueles causados em exercício regular de um direito.” (TRT
23ª R. – RO 00002.2004.031.23.00-3 – Cuiabá – Rel. Juiz
Osmair Couto – DJMT 08.12.2004 – p. 27)
À guisa de corroboração, a doutrina de PABLO STOLZE
GAGLIANO, para quem não é todo e qualquer melindre, toda suscetibilidade
exacerbada que ensejam a condenação a título de danos morais:
“Superadas, portanto, todas as objeções quanto à
reparabilidade do dano moral, é sempre importante
lembrar, porém, a advertência brilhante de ANTÔNIO
CHAVES, para quem “propugnar pela mais ampla
ressarcibilidade do dano moral não implica reconhecimento
de todo e qualquer melindre, toda suscetibilidade
exacerbada, toda exaltação do amor próprio,
pretensamente ferido, à mais suave sombra, ao mais ligeiro
roçar de asas de uma borboleta, mimos, escrúpulos,
delicadezas excessivas, ilusões insignificantes desfeitas,
possibilitem sejam extraídas da caixa de pandora do Direito
centenas de milhares de cruzeiros.” (Novo curso de direito
civil, 2. ed., São Paulo: Saraiva, 2004, vol. III, p. 85)
No mesmo sentido se posiciona APARECIDA AMARANTE:
“Para ter direito de ação, o ofendido deve ter motivos
apreciáveis de se considerar ofendido, pois a existência da
ofensa poderá ser considerada tão insignificante que, na
verdade, não acarreta prejuízo moral. O que queremos dizer
é que o ato, tomado como desonroso pelo ofendido, seja
revestido de gravidade (ilicitude) capaz de gerar presunção
de prejuízo e que pequenos melindres incapazes de ofender
os bens jurídicos (não) possam ser motivo de processo
judicial.” (Responsabilidade Civil por Dano à Honra, Belo
Horizonte: Del Rey, 1991, p. 274 apud GAGLIANO, Pablo
Stolze e PAMPLONA FILHO, Rodolfo, Ob. Cit. v. 3, p.85)
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A prova há de ser cabal e robusta para o reconhecimento do
dano moral.
A Empresa nega a existência de qualquer ato que pudesse
causar dano à moral do Reclamante, posto que nunca houve tratamento
diferenciado, degradante ou com menosprezo, agindo sempre nos limites da
legislação.
A prova das alegações incumbirá à parte que as fizer, sendo
que ao Reclamante sobejarão os fatos tidos como constitutivos de seu direito. 
Negados pela Empregadora, é do Reclamante o ônus da
prova dos fatos que entende desabonadores e que ensejariam dano moral.
Apenas por argumento, no tocante ao quantum indenizató-
rio, não merecem ser acolhidas as sugestões iniciais e fica expressamente im-
pugnada e contestada, posto que extrapola o caráter indenizatório. Isto porque,
uma eventual condenação nos valores postulados, não fosse pela absoluta falta
de parâmetro legal para a obtenção de tal valor, a toda evidência trará ao Recla-
mante um enriquecimento sem causa.
Com efeito, para que seja arbitrada uma condenação justa e
compatível, há que se levar em consideração a repercussão da lesão decorrente
de ato tido por ilícito, bem como a situação pessoal do ofendido, não
permitindo que o Poder Judiciário seja utilizado como meio de obter uma
alavancagem financeira. 
Por esse motivo, o arbitramento do dano moral deve ser
equitativo e moderado para ser justo, não permitindo o enriquecimento sem
causa, devendo se ater aos critérios da razoabilidade e proporcionalidade.
Nestes termos, improcedente a pretensão do Reclamante.
Litigância de mé fé.
Como demonstrado, trata-se a presente Reclamatória de
verdadeira aventura jurídica, em que a Reclamante, agindo com manifesta má-fé
processual, procura obter vantagens indevidas, devendo desta forma ser
penalizada na forma preconizada no artigo 80 do CPC.
Age de má fé o Reclamante ao alterar a verdade dos fatos,
procurando a todo custo enriquecer ilicitamente às custas da Reclamada, fato
que, sem qualquer fundamento afirma ser credor de verbas já quitadas e faz
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alegações inverídicas como a do não recebimento da ajuda de custo e da
suposta pressão psicológica sofrida.
Perceba-se, que o Reclamante chega ao absurdo de tentar
imputar, sem qualquer suporte, à Reclamada a responsabilidade pelo remédio
controlado que supostamente faz uso pela suposta doença psicológica – que
sequer foi explicada.
As alegações do Reclamante são levianas, dotadas da mais
absoluta má-fé. Não se pode mais aceitar que todo aquele que ingressa com
uma Reclamatória trabalhista faça todo e qualquer tipo de alegação, sem o
menor suporte fático probatório, ainda mais quando feitas de maneira genérica
e vazia como faz o Reclamante.
Ante a alteração dos fatos, mister se faz a aplicação da
multa prevista no art. 81 do CPC, no importe de 20% sobre o valor da causa, por
ter a Reclamante se enquadrado como litigante de má-fé, nos termos do art. 80,
II, do CPC:
Art. 80. Reputa-se litigante de má-fé aquele que:
(…)
II – alterar a verdade dos fatos;
Em casos análogos, entenderam nossos Tribunais que:
RECURSO ORDINÁRIO. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. ALTERAÇÃO
DA VERDADE DOS FATOS. SANÇÕES. Deduz pretensão
ilegítima e incorre em má-fé aquele que altera a verdade
dos fatos. Tal conduta se subsome à hipótese taxativamente
elencada no artigo 17, inciso II, do Código de Processo Civil,
e atrai as sanções punitivas previstas no artigo 18 daquele
Diploma Legal. (TRT-1 – RO: 00000577720135010432 RJ,
Relator: Flávio Ernesto Rodrigues Silva, Data de Julgamento:
02/07/2014, Décima Turma, Data de Publicação:
18/07/2014)
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. ALTERAÇÃO DA VERDADE DOS
FATOS. A afirmação da parte que busca criar uma situação
totalmente desconexa com a realidade, contrária à prova
oral e documental produzida pela própria parte implica em
inafastável litigância de má-fé. (TRT-15 – RO:
2251620125150112 SP 071654/2012-PATR, Relator: HELCIO
DANTAS LOBO JUNIOR, Data de Publicação: 06/09/2012)
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Nestes termos, não merece guarida a pretensão da
Reclamante, bem como impõe-se sua condenação ao pagamento da multa por
litigar de má-fé, nos termos ora expostos.
Honorários advocatícios.
Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se
refere a Lei nº 1.060/50, será prestada pelo Sindicato da categoria profissional a
que pertencer o trabalhador (caput, art. 14, da Lei nº 5.584/70).
Os honorários advocatícios são devidos tão somente nos
termos da Lei nº 5.584/70, quando existente, concomitantemente, a assistência
do Sindicato e a percepção de salário inferior ao dobro do mínimo legal ou a
impossibilidade de se pleitear em juízo sem comprometimento do próprio
sustento ou da família.
Em face da evidência de em sede trabalhista não vigorar o
princípio da sucumbência, a verba honorária, nunca superior a 15%, está
condicionada estritamente ao preenchimento dos requisitos indicados na
Súmula nº 219 do TST, alterada em 15 de março de 2016: “[...] a) estar assistida
por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário
inferior ao dobro do salário-mínimo ou encontrar-se em situação econômica que
não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva
família (art.14, § 1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305 da SBDI-I)”.
Não há prova nos autos que o Autor esteja representado
pelo Sindicato de sua categoria, pelo contrário, é patrocinado por advogado
particular, sendo descabido e infundado tal pedido, ficando expressamente
impugnado o pedido.
Requerimentos finais
 Por fim, resta dizer que as alegações da parte Autora são
frágeis, demonstrando que não há nenhuma prova dos fatos alegados,
colhendo-se a impressão de que o pleito decorre mais do estado de carência
financeira do que dos próprios argumentos alegados como fundamento à
pretensão deduzida.
Os documentos juntados não comprovam os fatos narrados
na exordial.
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Inexistem provas de irregularidades que desafiem a
expedição dos ofícios requeridos, devendo mais este pleito ser indeferido.
Dessa forma, a Empresa nada deve a parte Autora,
consoante restará provado na instrução do processo. Ad cautelam, se algum
direito for reconhecido, requer, desde já, que seja observado o seguinte critério:
a) A apuração do quantum debeatur deverá ser feita através de perícia, em
regular execução de sentença, com cálculos mês a mês, descontando e
compensando todos os valores;
b) Deferir o desconto a título de INSS e IRRF no que couber das verbas a serem
apuradas em regular execução, nos termos dos artigos 12 da Lei 7713/88; 43, 44
e 45 do CTN, além da Lei 8212/91 aplicável à espécie;
c) Juros e correção monetária se devidos, deverão incidir tão-somente a partir
da prolação da sentença eventualmente favorável à Autora, levando-se em
conta o momento em que a obrigação se tornar exigível, conforme for o caso;
d) Argui a Reclamada a compensação dos os valores comprovadamente pagos,
caso algum valor venha ser deferido (art. 767 da CLT);
PEDIDO
Ex positis, requer que esta Egrégia Vara do Trabalho ao
analisar a matéria aqui debatida julgue a presente reclamação trabalhista
totalmente IMPROCEDENTE, absolvendo a Reclamada de todos os pedidos da
inicial, tudo com a consequente condenação da Reclamante em qualquer
hipótese, no pagamento das custas e despesas processuais além da litigância de
má-fé suscitada.
Provará o alegado por todos os meios de prova em direito
admitidos, especialmente o depoimento pessoal do Reclamante, sob pena de
confissão e revelia, oitiva de testemunhas, com a expedição de cartas
precatórias, juntada de documentos, pela ressalva contida no art. 397 do CPC e
outras mais em direito admitidas, provas essas que ficam desde já
expressamente requeridas.
São José do Rio Preto, 04 de novembro de 2016.
MARCO ANTONIO CAIS
OAB/SP 97.584
GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA ESQUIVE
OAB/SP 291.550
Rua José Guide, nº 85 – Distrito Industrial
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 PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região
7ª VARA DO TRABALHO DE CAMPO GRANDE
Rua João Pedro de Souza, 991 - Monte Líbano
CEP. 79004-914 Telefone: (67) 3316-1917
e-mail: cg_vt7@trt24.jus.br 
Autos nº. 0025619-58.2016.5.24.0007
AUTOR: JONATHAS RODRIGUES DOS SANTOS
RÉU: FACCHINI S/A
 
 
INTIMAÇÃO
 Em cumprimento à MM. Juiz Titular, com fulcro no art. 93, XIV, da CF e art. 162, §4 , dodeterminação do o
CPC, pela presente, fica Vossa Senhoria paraINTIMADO(A) impugnar a defesa apresentada pela(s) reclamada(s), no prazo de
15 dias, a contar da data da intimação devendo ela falar precisamente, além dos documentos, sobre fatos impeditivos,
mofificativos ou extintivos, sob pena de serem admitidos como incontroversos ressalvados aqueles entre aspartes - CF, art. 5º, 
 e o CPC/2015, arts. 5º, 15, 139 e 374, III e a boa-fé processual assim determinaram);caput
 Campo Grande,24 de Novembro de 2016.
Certifico que digitei e assinei o presente expediente, encaminhando-o ao destinatário via em 24/11/2016 - BIANCA VIEGAS NASSER.DEJT
JEFFERSON MACILIO GARCIA MACHADO
cód. rastreamento:
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Número do documento: 16112416321512800000006826090
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 7ª VARA DO TRABALHO
DE CAMPO GRANDE-MS.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JONATHAS RODRIGUES DOS SANTOS, já qualificado nos autos, vem, a presença de Vossa
Excelência, através de seu advogado abaixo assinado, impugnar a contestação apresentada pela
Reclamada.
1- DA PRESCRIÇÃO
Quanto a prescrição quinquenal alegada pela Reclamada não há de se levar em consideração, visto
que os pedidos do Reclamante dizem respeito à época em que o mesmo trabalhara como vendedor externo
da empresa, ou seja, a partir de 01/08/2012 até 23/03/2015.
2- DO SALÁRIO UTILIDADE DO AUTOMÓVEL
A Reclamada tenta ludibriar este juízo ao juntar comprovantes no processo que diz respeito ao
ressarcimento pelo combustível usado pelo Reclamante para trabalhar, mas em nenhum momento
comprova o ressarcimento ao Reclamante pelo uso e deterioração de seu veículo. Neste sentido, vejamos
o que nos diz a Jurisprudência pátria:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. USO DE VEÍCULO PRÓPRIO. INDENIZAÇÃO.
Demonstrada divergência jurisprudencial, nos moldes da alínea a do artigo 896 da
Consolidação das Leis do Trabalho, dá-se provimento ao agravo de instrumento a fim de
determinar o processamento do recurso de revista. RECURSO DE REVISTA. USO DE
VEÍCULO PRÓPRIO. INDENIZAÇÃO. 1. Provado o uso pelo reclamante de veículo
próprio para a execução do seu trabalho e sendo o empregador o único beneficiário desse
uso, deve o empregado ser ressarcido dos correspondentes gastos. A assunção dos riscos
da atividade econômica, pelo empregador, é uma das características do contrato de
emprego, derivando daí a sua responsabilização pelos custos e resultados do trabalho
prestado, nos termos do artigo 2° da Consolidação das Leis do Trabalho. 2. Recurso de
revista conhecido e provido. (Processo: RR 17168220115240002 - Relator(a): Lelio
Bentes Corrêa - Julgamento: 15.04.2015) 
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VEÍCULO UTILIZADO PARA O TRABALHO. DESPESAS COM MANUTENÇÃO.
Em se verificando que o uso de veículo era indispensável para o trabalhador executar o
seu trabalho, as despesas a estes referentes devem ser suportadas pela reclamada. Foge
ao princípio da razoabilidade creditar a este o ônus de arcar com as despesas de
manutenção do veículo, não sendo demais registrar que é do empregador a
responsabilidade pelo risco do negócio. Recurso a que se nega provimento. (Processo: RO
8691820125010283 RJ - Relator(a): Claudia de Souza Gomes Freire - Julgamento:
30.04.2013)
INDENIZAÇÃO PELO USO DE VEÍCULO PRÓPRIO. Havendo prova do uso de
veículo próprio para o serviço prestado em favor do empregador, irrelevante se havia ou
não exigência deste quanto ao uso, pois tal prática importa em ajuste tácito, devendo o
empregador ressarcir as despesas correspondentes, pois é deste o ônus do
empreendimento, não podendo haver imputação de tal ônus ao empregado... (Processo:
RO 1544003420085040202 RS 0154400-34.2008.5.04.0202 - Relator(a): Clóvis Fernando
Schuch Santos - Julgamento: 13.09.2011)
USO DE VEÍCULO PRÓPRIO A SERVIÇO DO EMPREGADOR. INDENIZAÇÃO.
Utilização de veículo particular do empregado para a realização de atividades de
interesse do empregador. Assunção dos riscos da atividade econômica, na forma do
artigo 2º da CLT. Direito à indenização a título de desgaste do veículo e gastos com
combustível assegurado ao empregado... (Processo: RO 3583820105040305 RS
0000358-38.2010.5.04.0305 - Relator(a): Ricardo Tavares Gehling - Julgamento:
30.06.2011)
 Neste sentido Excelência, como a Reclamada pagava somente o combustível utilizado para o 
Reclamante trabalhar a mesma deve arcar com os custos pela deterioração do carro do Reclamante,
visto que o empregador usufruía do veículo para ter lucro.
3- LOCAÇÃO OU ALUGUEL DO VEÍCULO 
Nos casos de utilização do veículo para o trabalho é conveniente a empresa elaborar contrato de
locação com o empregado, com valor equivalente ao de mercado e tratar esta relação externamente ao
contrato de trabalho.
Se o empregador e empregado firmarem autêntico contrato de locação, autônomo e independente
da relação de emprego, poderá não haver qualquer irradiação de efeitos sobre a remuneração do
empregado e nem sobre o contrato de trabalho.
 O problema Excelência é que na presente demanda as partes não firmaram contrato algum para a 
utilização do carro do Reclamante, saindo o mesmo no prejuízo, visto que usou o carro próprio por quase
três anos e nunca recebeu nenhuma indenização ou aluguel por isso.
Ademais, se a utilização do veículo for para o trabalho não terá natureza salarial, mas se for
utilizado gratuitamente como benefício pelo trabalho prestado, será salário-utilidade. Vejamos mais
alguns julgados sobre o tema:
 
EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO. DISSÍDIO COLETIVO DE
GREVE. PROPOSTA DE CONCILIAÇÃO ENTRE AS PARTES. ALUGUEL
DE VEÍCULO PARTICULAR DO EMPREGADO. PREVISÃO DE
NATUREZA JURÍDICA INDENIZATÓRIA. DISSIMULAÇÃO DO
CARÁTER SALARIAL. CLÁUSULA INVÁLIDA.
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1. A jurisprudência em formação desta Corte Superior, em dissídios individuais,
assenta a premissa de que a diretriz da Súmula nº 367, I, do TST não se aplica na
hipótese de uso de veículo de propriedade do empregado para o exercício das
atividades laborais.
2. Nesse contexto, é inválida a cláusula coletiva que fixa a natureza indenizatória da
parcela paga a título de aluguel do veículo particular utilizado pelo trabalhador em
benefício da empregadora, por configurar fraude à legislação trabalhista, impondo
ilícita alteração do caráter salarial da verba em afronta ao disposto no art. 9º da
CLT.
3. Na hipótese vertente, restou patente que o uso de veículo é indispensável à
prestação dos serviços, denotando o caráter de contraprestação, mormente
sopesados os valores acordados entre as partes, correspondentes em média a mais
de 100% do salário nominal, comprovando a intenção de dissimulação.
4. Portanto, não merece reforma a decisão do Tribunal Regional de origem que não
homologou a cláusula coletiva desse teor, constante da proposta de conciliação
apresentada no presente dissídio coletivo de greve. Recurso ordinário a que se nega
provimento. PROCESSO Nº TST-RO-2280009.2012.5.17.0000
 
EMENTA:RECURSO ORDINÁRIO DA RECLAMADA.USO DE VEÍCULO
PARTICULAR A SERVIÇO. Não pode o empregado ser responsabilizado pelo
custeio dos meios necessários ao desenvolvimento de suas atividades laborais.
Assim, do fato de o obreiro utilizar-se de seu próprio veículo com o intuito de
efetuar trabalho em proveito da atividade empresarial, importa o direito ao
ressarcimento das despesas correspondentes. Indenização devida. Provimento
negado. (.....) Processo RO 00002773720115040020 RS 
0000277-37.2011.5.04.0020 Orgão Julgador 20ª Vara do Trabalho de Porto Alegre
Julgamento 13 de Março de 2013 Relator ANA LUIZA HEINECK KRUSE.
Sendo assim, o Reclamante pleiteiaindenização nos termos da exordial para ser ressarcido pelo
uso de seu veículo, enquanto trabalhara como vendedor externo para a Reclamada, conforme requerido na
exordial.
4- DOS DANOS MORAIS
Os danos morais estão caracterizados Excelência, visto que à época do desligamento da empresa o
Reclamante já sofria de insônia e problemas de stress, devido a pressão que sofria de seus chefes,
conforme laudo do eletroencefalograma com mapeamento cerebral.
Tal laudo conclui que a saúde mental do Reclamante não era das melhores e ainda não é visto que
conforme demonstrado na inicial, até hoje faz uso de remédios psiquiátricos para conseguir ter uma vida
normal.
Neste sentido Excelência, resta evidenciado que a Reclamada deve ser condenada pelos danos
morais sofridos pelo Reclamante, visto que tem total parcela de culpa pela doença emocional e
psiquiátrica adquirida pelo empregado.
 
5- DA ALEGAÇÃO DE LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
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A Reclamada pleiteia, de forma absurda, a condenação do Reclamante por litigância de má-fé. Em
nenhum momento o Reclamante pleiteou direito que não lhe é devido.
Em primeiro, comprova que os valores depositados pela Reclamada dizem respeito tão somente ao
combustível usado pelo Reclamante para trabalhar. Em segundo, junta exame com laudo comprovando
sua instabilidade psicológica, devido à pressão sofrida pelo Reclamante.
Neste sentido Excelência, não há que se falar em condenação por litigância por má-fé em relação
ao Reclamante, visto que o mesmo apenas pleiteia direito que lhe é cabalmente devido.
6- DOS PEDIDOS
Assim, com a presente restam impugnados todos os argumentos expendidos pela Requerida em
sua peça contestatória, por não encontrarem amparo fático e jurídico para desconstituir os direitos da
Requerente.
Ante o exposto, requer o julgamento totalmente procedente da presente ação, com a condenação
da Requerida em todos os termos da exordial.
Nestes termos.
Pede deferimento.
Campo Grande-MS, 09 de dezembro de 2016.
 
JEFFERSON M. GARCIA MACHADO RODRIGO M. DUARTE 
 OAB/MS 15.950 OAB/MS 20.802
 
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PODER JUDICIÁRIO
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7ª VARA DO TRABALHO DE CAMPO GRANDE
Rua Jornalista Belizário Lima, 418 - Vila Glória
CEP. 79004-270 Telefone: (67) 3316-1917
 e-mail: cg_vt7@trt24.jus.br 
Processo Judicial Eletrônico - PJe n. 0025619-58.2016.5.24.0007
Reclamante(s): JONATHAS RODRIGUES DOS SANTOS
Reclamada(o)(s): FACCHINI S/A
 
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que, em razão de evento na Escola da Magistratura, a audiência agendada para o dia
16/3/2017 foi redesignada para o dia 29/3/2017, às 0830, mantidas as cominações anteriores.
É o que me cumpre certificar. 
Campo Grande, MS, 7 de Fevereiro de 2017.
O nome do signatário e a data do presente documento constam em sua assinatura eletrônica. Em caso de assinatura em dia não útil, considera-se praticado o ato no dia
útil subsequente.
ID. 6847155 - Pág. 1Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: MARLUCE BORGES ALBUQUERQUE
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Número do documento: 17020716094615600000007204896
TERMO DE PETICIONAMENTO EM PDF
 [JEFFERSON MACILIO GARCIA MACHADO, JONATHAS RODRIGUES DOS SANTOS] x [FACCHINI:AUTUAÇÃO
S / A , G U S T A V O H E N R I Q U E D A S I L V A E S Q U I V E ]
 GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA ESQUIVE:PETICIONANTE
Nos termos do artigo 1º do Ato número 423/CSJT/GP/SG, de 12 de novembro de 2013, procedo à juntada, em anexo, de petição
em arquivo eletrônico, tipo “Portable Document Format” (.pdf), de qualidade padrão “PDF-A”, nos termos do artigo 1º, § 2º,
inciso II, da Lei nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006, e em conformidade com o parágrafo único do artigo 1º. do Ato acima
mencionado, sendo que eventuais documentos que a instruem também serão anexados.
20 de Fevereiro de 2017
 GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA ESQUIVE
ID. e4d4297 - Pág. 1Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA ESQUIVE
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Número do documento: 17022015000742900000007320180
Departamento Jurídico
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 7ª VARA DO
TRABALHO DE CAMPO GRANDE, MS.
Proc. nº. 0025619-58.2016.5.24.0007
FACCHINI S.A., já qualificada nos autos da Reclamação
Trabalhista que lhe move JONATHAS RODRIGUES DOS SANTOS, em trâmite
perante este Egrégio Juízo e respectiva Secretaria, por seu advogado e
procurador que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, em cumprimento ao r. despacho de fls., manifestar-se sobre os
documentos juntados pelo Reclamante em sua réplica.
É incontroversa a necessidade de realização de perícia
médica para o deslinde da presente demanda.
Os documentos trazidos aos autos pelo Reclamante em sua
réplica não se prestam ao fim pretendido, mormente por serem documentos
unilaterais que não foram submetidos ao crivo do contraditório quando da
realização dos exames.
Ademais, os exames foram realizados pelo médico
particular do Reclamante e não por um perito deste MM. Juízo, o que por si
afasta seu valor como prova.
Não bastasse, os exames não apontam nenhum nexo causal
entre o labor exercido pelo Reclamante e a patologia que supostamente lhe
acomete. Somente um perito médico judicial poderá atestar tal fato com
isenção e conhecimento técnico suficientes.
Outrossim, como apontado na contestação, os
medicamentos que o Reclamante supostamente faz uso prestam-se para os
mais diversos fins, não relacionados com o labor exercido junto à Reclamada.
Rua José Guide, nº 85 – Distrito Industrial
São José do Rio Preto (SP), fone: (17) 4009-6515
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Departamento Jurídico
Conforme fartamente exposto, o Reclamante nunca foi
submetido a situação de cobrança excessiva ou a ambiente estressante. 
Por amor ao debate, ainda que tal fato fosse verdadeiro,
não nos parece razoável que o Reclamante se ativaria por mais de cinco anos
em favor da Reclamada sem nunca ter comentado tais ocorrências com nenhum
de seus superiores.
Ante o exposto, reitera a Reclamada o pleito de designação
de perícia médica, fundamental para a solução da presente demanda.
Termos em que pede e espera deferimento.
Campo Grande, 20 de fevereiro de 2017.
MARCO ANTONIO CAIS GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA ESQUIVE
 OAB/SP 97.584 OAB/SP 291.550
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ATA DE AUDIÊNCIA
 
PROCESSO: 0025619-58.2016.5.24.0007
AUTOR(ES): JONATHAS RODRIGUES DOS SANTOS
RÉU(RÉ): FACCHINI S/A
 
Em 29 de março de 2017, na sala de sessões da MM. 7ª VARA DO TRABALHODE CAMPO
GRANDE/MS, sob a direção do Exmo(a). Juiz BORIS LUIZ CARDOZO DE SOUZA, realizou-se
audiência relativa ao processo identificado em epígrafe.
 
Às 08h30min, aberta a audiência, foram, de ordem do Juiz do Trabalho, apregoadas asExmo(a).
partes.
Presente o(a) autor(es), acompanhado(a) dos advogados, Dr(a). JEFFERSON MACILIO
GARCIA MACHADO, OAB nº 15950/MS e Dr RODRIGO MENDONÇA DUARTE, OAB/MS 20802.
Presente o preposto do(a) réu(ré), Sr(a). JEFFERSON MARTINS FERREIRA, acompanhado(a)
do(a) advogado(a), Dr(a). DANIELLE SOARES FERNANDES, OAB nº 131949/MS.
CONCILIAÇÃO RECUSADA
DEPOIMENTO PESSOAL DO RECLAMANTE: inquirido, respondeu:
trabalhou na reclamada até março de 2015, não se recordando a partir de quando. Iniciou
como assistente administrativo e no final como vendedor externo. Ganhava salário mais
comissões;
trabalhava com seu veículo e recebia uma taqueada por semana. Não foi pactuado nada pelo
uso do veículo, mas apenas estabelecido que receberia o combustível;
não houve pressão da empresa, mas apenas uma falta de suporte para realização do trabalho,
o que gerava muitas cobranças dos clientes, causando estresse excessivo no depoente;
em decorrência do estresse sofrido desenvolveu distúrbio do sono, necessitando tomar
medicamentos (tegretol) para regularizar seu descanso;
não se afastou do trabalho em decorrência dos distúrbios do sono mencionados.
Nada mais.
 
DEPOIMENTO PESSOAL DA RECLAMADA: inquirida, respondeu:
quando o reclamante passou a exercer a função de vendedor externo, utilizava-se do veículo
próprio para executar suas atividades. Nunca houve uma pactuação com relação ao
pagamento de aluguel pelo uso do veículo;
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o acertado era o ressarcimento de despesas com combustível, mediante contra apresentação
de notas fiscais;
no caso de algum dano no veículo (pneu estourado por exemplo), ocorreria o ressarcimento
da despesa mediante apresentação dos recibos.
Nada mais.
 
As partes dispensam a produção de outras provas, pelo que resta encerrada a instrução
processual.
Razões finais remissivas pelas partes.
Sem êxito a derradeira proposta conciliatória.
Julgamento dia 4/4/2017.
Cientes as partes.
Encerrada às 08:55 horas.
 
 
BORIS LUIZ CARDOZO DE SOUZA
Juiz do Trabalho
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