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AULA 3 - VIGILÂNCIA EM SAÚDE (evolução histórica da vigilania sanitária)

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Vigilância em Saúde 
AULA 3 – VIGILÂNCIA SANITÁRIA: 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA NO BRASIL 
“entende-se por vigilância sanitária um conjunto de 
ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir 
riscos à saúde e intervir nos problemas sanitário 
decorrentes do meio ambiente, da produção e 
circulação de bens e da prestação de serviços de 
interesse da saúde, abrangendo: 
I. O controle de bens de consumo que, direta 
ou indiretamente, se relacionem com a 
saúde, compreendidas todas as etapas e 
processos, da produção ao consumo. 
II. O controle da prestação de serviços que 
relacionam direta ou indiretamente com a 
saúde” 
 
 
 
O HISTÓRICO DA VIGILANCIA SANITÁRIA 
NO BRASIL 
• Chegada da família real ao brasil: Sec. XVIII 
(1808) 
• Brasil império: medidas de intervenções 
sanitárias e contenção de epidemias. 
• 1897: criada a diretoria geral da saúde pública – 
decreto n° 2.449 
• 1920: criado o departamento nacional de saúde 
pública – decreto-lei 3.987 
• 1923: regulamento sanitário federal – decreto n° 
16.300 
• 1930: criação do ministério da educação e saúde 
pública. 
• 1942: criado o serviço especial de saúde pública 
(SESP) – decreto n° 4.275 
• 1953: criação do ministério da saúde – lei n° 
1.920 
• 1961: código nacional de saúde – separou a 
vigilância sanitária e vigilância epidemiológica – 
decreto n° 49.974 
A comissão parlamentar de inquérito (CPI) do 
consumidor, instalada em 1975, que teve como 
principal objetivo investigar as práticas comerciais 
abusivas por parte das indústrias farmacêuticas e 
suas políticas de introdução de novos produtos no 
mercado. 
 
A repercussão dos trabalhos dessa CPI foi 
considerável e, provavelmente, como uma tentativa 
de minimizar sua consequência, o governo propôs 
uma nova legislação, apresentando ao congresso 
nacional um anteprojeto da lei que veio a constituir 
a lei n° 6.360. promulgada em setembro de 1976, a 
chamada lei de vigilância sanitária. 
 
1976: lei da vigilância sanitária – lei 6.630 dispôs 
sobre a vigilância sanitária de medicamentos, 
drogas, insumos farmacêuticos, cosméticos, 
saneantes, entre outros produtos. 
 
Ate meados da década de 1970, a área de vigilância 
sanitária apresentava escassa visibilidade no setor 
saúde, com suas atividades desenvolvidas pelo 
serviço nacional de fiscalização da medicina e 
farmácia, criado em 1957, a partir da ampliação do 
serviço nacional de fiscalização da medicina, que 
havia sido criado em 1941 
 
As atividades voltavam-se sobretudo para 
regulamentação e registro de medicamentos, assim 
como para o controle de importação e circulação de 
produtos farmacêuticos e correlatos. 
 
Ao longo de sua existência, o órgão federal também 
incorporou o laboratório central de controle de 
drogas, medicamentos e alimentos (LCCDMA) e 
passou a efetuar registros e controle sanitário de 
alimentos, exceto daqueles de origem animal, que 
até hoje mantêm sobre a agricultura. 
 
No mesmo período outras legislações foram 
importantes: 
• A lei n° 5.991/73 voltada à comercialização 
dos produtos da área farmacêutica e 
similares. 
• O decreto-lei n° 986/69, que estabelece as 
normas básicas de alimentos 
• 6.437/76, que dispõe sobre as infrações 
sanitárias, as penalidades e os ritos do 
processo administrativo-sanitário. 
 
 
 
A reorganização administrativa do ministério da 
saúde, ocorrida no final de 1976, abrangeu a criação 
de um novo espaço institucional para a vigilância 
sanitária e formalizou um novo status para a área 
que assumiu a categoria de secretaria ministerial. 
 
A SNVS foi organizada em divisões de: alimentos; 
medicamentos; cosméticos; saneantes; portos; 
aeroportos e fronteiras e administrativa, atendendo 
a diversas áreas de atuação. 
 
A constituição desse órgãos central e específicos 
estava alinhada com a tendencia mundial e em 
consonância com as necessidades de modernização 
do aparelho de estado 
 
1977 – lei 6.437 – dispôs sobre infrações à 
legislação sanitária federal 
 
1980 (meados): consolidação do movimento da 
reforma sanitária 
 
1985: encontro de vigilância sanitária de Goiânia. 
Resultou no documento denominado “carta de 
Goiânia”. Este documento expunha um conjunto de 
problemas específicos da área e reivindicava a 
definição de uma política nacional de vigilância 
sanitária como parte da política nacional de saúde 
 
8° conferencia nacional de saúde (CNS) – a ser 
realizada no período de 17 a 21 de março de 1986, 
elaborou o documento básico sobre uma política 
democrática e nacional de vigilância sanitária, no 
qual o objeto essencial da área foi definido como a 
proteção da saúde da população. 
 
Movimento da reforma sanitária, debatidas na 8° 
CNS- cujo tema principal era “democracia é saúde” 
18 – encaminhadas à formulação do sistema único 
de saúde (SUS). 
 
Grande parte das proposições a 8° CNS foi 
incorporada à constituição de 1988 que proclamou 
a saúde como um direito social de todos e um dever 
do estado, criou o sistema único de saúde (SUS) e 
conferiu destaque as ações de vigilância sanitária 
que integram, em grande parte, o atual conceito 
jurídico de saúde. 
 
1988: constituição estabelecendo o sistema único 
de saúde (SUS) 
 
 
1990 – Lei 8.080 sistema único de saúde 
• Art. 2° a saúde é um direito fundamental do 
ser humano, devendo o estado prover as 
condições indispensáveis ao sei pleno 
exercício. 
• § 1° o dever do estado de garantir a saúde 
consiste da formulação e execução de 
políticas econômicas e sociais que visem à 
redução de riscos de doenças e de outros 
agravos e no estabelecimento de condições 
que assegurem acesso universal e igualitário 
as ações e os serviços para sua promoção, 
proteção e recuperação. 
• Art. 4° 0 conjunto de ações e serviços de 
saúde, prestados por órgãos e instituições 
públicas federais, estaduais e municipais, da 
administração direta e indireta e das 
fundações mantidas pelo poder público, 
constitui sistema único de saúde 
 
Acontecimentos anteriores a criação da ANVISA 
• Acidente com Césio – 137 em Goiânia – 1987 
• Óbitos de idosos na Clínica Santa Genoveva 
no Rio de Janeiro – 1996 
• Contaminação em clínicas de hemodiálise 
(71 mortes), em Caruaru (PE) – 1996 
• Acidentes tromboembólicos pela 
contaminação de soro do laboratório 
Endomed (1997) 
• Caso da “pílula de farinha”, com o 
anticoncepcional Microvlar®, da Schering 
(1998) 
 
1999 – Criação da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária- Lei 9.782/99. 
 
2000 – Instituída a sigla ANVISA pela MP 2.134-29. 
 
O modelo de agencia, como autarquia especial, foi 
aplicado em vários setores, inclusive na área da 
saúde, organizando-se inicialmente a agencia 
nacional de vigilância sanitária (Anvisa) e logo 
depois a agencia nacional de saúde (ANS) 
 
Sistema nacional de vigilância sanitária: o 
sistema engloba unidades nos três níveis de 
governo – federal, estadual e municipal -, cm 
responsabilidades compartilhadas. No nível federal, 
estão a agencia nacional de vigilância sanitária 
(Anvisa) e o instituto nacional de controle de 
qualidade em saúde (INCQS/Fiocruz) 
 
 
Portaria 687 de 30 de março de 2006 aprova a PNPS 
• Politica nacional da promoção à saúde tem 
como objetivo: promover a qualidade de vida e 
reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde 
relacionados aos seus determinantes e 
condicionantes – modos de viver, condições de 
trabalho, habitação, ambiente, lazer, cultura, 
acesso a bens e serviços essenciais. 
 
A criação da Anvisa dinamizou a área de vigilância 
sanitária, dado que o modo de agencia implica no 
estabelecimento de um contrato de gestão com 
metas especificas 
 
Esses arranjos se articulam com o processo de 
implementação do SUS que tem a descentralização 
entre suas diretrizes 
 
As necessidades atuais no âmbito da regulação e 
vigilância sanitária denotam ainda maiores 
exigênciastécnico-cientificas e politicas no contexto 
globalização econômica 
 
Criação de especialização em vigilância sanitária 
pela universidade de Brasília, a faculdade de saúde 
publica da universidade de são Paulo e a escola 
nacional de saúde pública/Fiocruz 
 
Curso de mestrado profissional e mestrado e 
doutorado acadêmico no instituto nacional de 
controle da qualidade em saúde (INCQS-Fiocruz) 
 
Demandas atuais 
A demanda por especialização de recursos humanos 
se defrontava com a incipiente expertise acadêmica 
na área e ate mesmo com a falta de sistematização 
das práticas realizadas nos âmbitos da vigilância e 
regulação sanitária. 
A criação de centros colaboradores constitui um 
elemento dinamizador do desenvolvimento da área, 
beneficiando o âmbito acadêmico e os serviços 
 
Política nacional de vigilância em saúde 
• Aprovada pela resolução n° 588/20018 do 
conselho nacional de saúde (CNS) 
• a PNVS é um documento norteador do 
planejamento das ações de vigilância em saúde 
nas três esferas de gestão do SUS, caracterizado 
pela definição das responsabilidades, princípios, 
diretrizes e estratégias dessa vigilância 
• Art. 2° a política nacional de vigilância em saúde 
é uma política pública de estado e função 
essencial do SUS, tendo caráter universal, 
transversal e orientado do modelo de gestão de 
responsabilidade exclusiva do poder público. 
 
Política nacional de vigilância em saúde 
• Art. 2º - Parágrafo 1. Entende-se por vigilância 
em saúde o processo contínuo e sistemático de 
coleta, consolidação, analise de dados e 
disseminação de informações sobre eventos 
relacionados à saúde, visando o planejamento e 
a implementação de medidas de saúde pública, 
incluindo a regulação, intervenção e atuação em 
condicionantes e determinantes da saúde, para 
a proteção e promoção da saúde da população 
prevenção e controle de riscos, agravos e 
doenças.

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