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Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 Sumário IMUNOLOGIA .................................................................. 2 ORGÃOS LINFÓIDES ...................................................... 2 a) Sistema Linfático ................................................... 2 b) Gânglios Linfáticos................................................ 2 c) Baço ...................................................................... 3 d) MALT ................................................................... 4 e) Timo ...................................................................... 4 f) Medula Óssea ........................................................ 5 IDENTIFICAÇÃO E FUNÇÃO DOS LEUCÓCITOS ....... 5 a) Leucócitos Agranulócitos Linfócitos ...................... 5 b) Leucócitos Agranulocitos Monócitos ..................... 5 c) Leucócitos Granulócitos Basófilos ......................... 6 d) Leucócitos Granulócitos Eusinófilos ...................... 6 e) Leucócitos Granulócitos Neutrófilos ...................... 6 f) Mastócito ............................................................... 6 IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA ............................. 7 IMUNIDADE HUMORAL E CELULAR .......................... 7 ANTICORPOS E IMUNOGLOBULINAS ........................ 7 - Estrutura ...................................................................... 7 - Tipos de imunoglobulina.............................................. 8 ANTÍGENOS ..................................................................... 8 RECEPTORES CELULARES ........................................... 9 a) TCR (T-Cell Receptors):........................................ 9 b) Imunoglobulinas: ................................................... 9 c) PAMP.................................................................... 9 d) DAMP ................................................................... 9 e) TOLL-Like ............................................................ 9 f) MHC ..................................................................... 9 CITOCINAS ...................................................................... 9 a) Pré-Inflamatórias ................................................... 9 b) Inflamatórias ....................................................... 10 c) Anti-inflamatórias ................................................ 10 RESPOSTA IMUNOLÓGICA ......................................... 10 INFLAMAÇÃO ............................................................... 10 Fases da inflamação: .................................................... 10 Moléculas de Adesão ................................................... 11 Sinais Flogísticos ......................................................... 11 - Resposta Imunológica: ............................................... 11 - Pus: ............................................................................ 12 FEBRE ............................................................................. 12 # AINE’s: Anti-inflamatórios não esteroidais ............... 12 # AIE’s: Anti-inflamatórios esteroidais ........................ 12 TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA .................................... 12 a) Timo: ................................................................... 12 b) Medula óssea ....................................................... 13 Hipótese da Seleção Clonal ........................................... 13 Autoimunidade ............................................................. 13 IMUNOSSUPRESSÃO .................................................... 14 A. Hipófise ............................................................... 14 B. Supra-Adrenal ...................................................... 14 - Suprarrenal e Corticoides ........................................... 15 Ação Imunossupressora do cortisol: .............................. 15 Liberação do Cortisol ................................................... 16 Fases do Estresse .......................................................... 16 REAÇÃO DE HIPERSENSIBILIDADE .......................... 16 a) Hipersensibilidade tipo I (Anafilática) .................. 16 b) Hipersensibilidade tipo II (Citotóxicas) ................ 17 c) Hipersensibilidade tipo III (Imunocomplexos) ...... 17 d) Hipersensibilidade tipo IV (Celulares Tardias) ..... 17 SISTEMA COMPLEMENTO........................................... 18 a) Via Alternativa ..................................................... 18 b) Via Clássica ......................................................... 18 c) Via da Lectina ...................................................... 19 Formação do Complexo de Ataque a Membrana ........... 19 CASCATA DO ÁCIDO ARACDÔNICO ......................... 19 VÍRUS .............................................................................. 20 - Morfologia: ................................................................ 20 - Reprodução: ............................................................... 20 - Resposta Imunológica: ............................................... 21 - Janela Imunológica ..................................................... 21 FUNGOS .......................................................................... 22 - Fungos Dimórficos ..................................................... 22 - Resposta Imune: ......................................................... 22 BACTÉRIAS .................................................................... 23 - Coloração de GRAM: ................................................. 23 - Resposta Imunológica ................................................ 24 BACTERIOTÁTICOS X BACTERIOLÍTICOS ............... 25 - Antibióticos: ............................................................... 25 PARASITAS INTESTINAIS ............................................ 25 a) Ascaris Lumbricoides/Lombriga/Ascaridiase ....... 25 b) Ancilostomideos: ................................................. 26 c) Giárdia Lamblia ................................................... 26 # Resposta Imunológica: ............................................... 26 ANIMAIS PEÇONHENTOS ............................................ 27 IMUNIDADE ATIVA E PASSIVA .................................. 27 IMUNOLOGIA DOS TRANSPLANTES ......................... 27 MD1 – Módulo 3 - Imunologia Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 IMUNOLOGIA - Imunogenicidade: capacidade de induzir uma resposta imune especifica. Fatores que a influenciam: ✓ Estranheza; ✓ Alto Peso Molecular; ✓ Complexidade; - Antigenicidade: capacidade de interagir com os anticorpos ou linfócitos T sensibilizados ORGÃOS LINFÓIDES a) Sistema Linfático - O sistema venoso é responsável pela retirada de catabólicos e líquidos, mas uma parte dela fica retida no tecido intersticial; - Os membros inferiores, toda a região pélvica, o tórax, membro superior esquerdo, pescoço e face do lado esquerdo, vão para o ducto torácico que vai chegar até a veia subclávia, onde é drenada toda a linfa na circulação venosa; a) Os linfonodos pélvicos ascendem na região lombar por vasos linfáticos lombares; vão chegar até uma estrutura dilatada chamada cisterna do quilo, a qual originará apenas um vaso linfático chamado de ducto torácico, - No outro lado há o ducto linfático direito que vai realizar a drenagem: do membro superior direito, do hemitórax direito, da região cervical e face direitas, formando um quadrante superior direito. Esse ducto linfático direito leva essa linfa para a subclávia direita. b) Gânglios Linfáticos - Os gânglios linfáticos são órgãos linfoides secundários, nos quais os linfócitos B estão localizados nos folículos, enquanto os linfócitos t estão nos paracorticais. - Tem papel importante no transporte da linfa; - São compostos de nódulos linfáticos; - É encapsulado poruma capsula de tecido conjuntivo denso, que emite trabéculas e faz uma secção parcial nessa estrutura; - Seios: espaços irregulares compostos de células endoteliais reticulares, células e fibras reticulares e macrófagos; b) Subcapsular: fica abaixo da cápsula; c) Peritrabecular: circunda a trabécula; - É composto de duas/três regiões: a) Cortical (cortical externa): - Apresenta agregados de linfócitos B chamados de nódulos linfáticos (folículos). - Há os nódulos linfáticos primários ou secundários; - O centro de um nódulo linfático secundário contém uma região de células de coloração clara chamada centro germinativo, nele estão linfócitos B, células dendríticas foliculares (um tipo especial de célula dendrítica) e macrófagos. - Predomínio de linfócitos B, mas também encontra-se outros tipos celulares, como plasmócitos, macrófagos, células reticulares, células foliculares, dendríticas, b) Paracortical (cortical profunda) - Tem aspecto um pouco mais contínuo, porém sem nódulos linfáticos; - Há o predomínio de linfócitos T e células dendríticas; também encontram-se células reticulares, plasmócitos, macrófagos; c) Medular - Há os cordões medulares, que são ricos em linfócitos B; também se encontram fibras e células reticulares, macrófagos, plasmócitos; - Há os seios medulares, são compostos por células endoteliais, células reticulares, fibras reticulares, macrófagos; - Na região medular há quantidade bem mais numerosa de plasmócito quanto comparado a região cortical. # Tonsilas - São nódulos linfáticos agregados, parcialmente encapsulados, revestidos por um tecido conjuntivo; Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 - Há uma cápsula fibrosa densa; - Superfície composta de epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado, o qual irá invaginar para a porção interna do parênquima da tonsila, formando criptas amigdalianas/palatinas. - As criptas variam de quantidade de 10-20. Nelas encontram-se resíduos de alimentos, células epiteliais descamadas, leucócitos, bactérias, antígenos e purulência (associada com processo da inflamação das tonsilas, amigdalite). - O parênquima das tonsilas é formado de nódulos linfáticos, que estão imersos em tecido linfóide. Eles podem ser: a) Primários: morfologicamente se apresentam com uma única coloração, basofílica, uniforme em toda a estrutura (a coloração da borda). b) Secundários: se localizam próximos das criptas amigdalianas por conta da captação aos antígenos. Possuem: ✓ Centro germinativo: região central, mais levemente corado; linfócitos grandes e imaturos, e grande quantidade de eucromatina. ✓ Coroa/Manto: região mais externa, linfócitos menores que tem a cromatina mais densa. a) Tonsila Faríngea/Adenóide - É uma tonsila única - Localizada na região póstero superior da faringe b) Tonsila Tubária - Envolve o óstio faríngeo da tuba auditiva (a pequena cavidade observada no meio, que comunica a faringe com o ouvido médio). c) Tonsila Palatina/Amigdala - Se encontra em número par - Está localizada no limite da região da cavidade oral, entre a orofaringe e a nasofaringe d) Tonsila Lingual - Localizada na região da cavidade oral, na base da língua - Está em número par. c) Baço - O baço é importante na prevenção de infecções bacterianas porque contém um grande número de células fagocitárias, que removem do sangue os patógenos que foram opsonizados. - Se localiza na região do hipocôndrio esquerdo; - Face diafragmática está em contato com o diafragma. - Face renal está em contato com o rim esquerdo; - Face cólica está em contato com a flexura cólica esquerda; - Face gástrica se localiza no contato do estômago com o baço; - Histologicamente apresenta-se revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo denso, entremeadas com fibras musculares lisas; - A capsula emite trabéculas que vão dividir o parênquima em compartimentos incompletos; - Parênquima do baço (polpa esplênica): d) Polpa branca: - É descontínua, pode ser encontrada em pontos isolados no parênquima do órgão; - Tem coloração aparentemente mais basofílica, a qual está associada com a grande quantidade de linfócitos; - Bainha linfática periarterial (PALS): nessa região há a arteríola central; apresenta linfócitos T; tem a posição da arteríola central, mais centralizada; - Nódulos Linfáticos: é rico em linfócitos B; podem ser primários ou secundários; - Primários: quando não tiveram contato com o antígeno; coloração uniforme; nessa região há predomínio de linfócitos B, mas também encontra-se outros tipos celulares, como plasmócitos, macrófagos, células reticulares, células foliculares, dendríticas, - Secundários: Há o centro germinativo e a coroa/manto; No centro germinativo há linfócitos B ativados, portanto, que já tiveram contato com o antígeno; A arteríola central se posiciona mais adjacente; há as áreas centrais claras e a periferia é mais escura; e) Polpa Vermelha - Nessa região há a destruição de hemácias velhas (hemocaterese); - Cor devido ao elevado fluxo sanguíneo; essa região é contínua; portanto, ela é enxergada no arcabouço todo do parênquima do baço; - Cápsula de tecido conjuntivo denso, com as fibras musculares lisas entremeando; - É composta de estruturas alongadas, os cordões esplênicos, que ficam entremeadas em seios esplênicos. Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 - Células: macrófagos, linfócitos B, plasmócitos, monócitos, plaquetas, e muitos eritrócitos; - Zona marginal: região entre a polpa branca e a vermelha; é mal delimitada, e muito difícil de ser caracterizada; é uma região importante porque o seio marginal é rico em linfócitos, macrófagos, células dendríticas que vão reter e processar antígenos; - Mesmo com a retirada do baço, é possível substituir suas funções, como por exemplo a destruição das hemácias velhas; - O baço é importante na resposta a infecções bacterianas porque contém um grande número de células fagocitárias, que removem do sangue os patógenos que foram opsonizados. d) MALT Tecido linfoide associado à mucosa (MALT) é um sistema difuso de pequenas concentrações de tecido linfoide encontrado em várias partes do corpo, como no trato gastrointestinal, pulmão e pele, por exemplo. ✓ Há quantidade grande de linfócitos B, pois nessas mucosas é comum infecções do tipo extracelulares, portanto é necessária a produção de imunoglobulinas; ✓ Há em menor quantidade linfócitos T. ✓ Células M: sinalizam onde os antígenos precisam ser liberados, ou seja, nos folículos desse intestino. Se localizam perto das placas de Peyer. É necessária porque a mucosa é um tecido muito extenso, e não é todo composto por tecido linfoide. e) Timo - O timo é um órgão linfoide primário, responsável pela maturação das células T, organizado em septos que dividem o órgão em numerosos lóbulos, cada lóbulo apresenta uma região cortical e medular. - Localização: mediastino superior (compreende o espaço entre pulmões, diafragma e a região cervical) e retroesternal (atrás do esterno). - É um órgão linfoide que vai aumentando de tamanho do período embrionário até a infância, chegando a 40g no período da adolescência. A partir dai ele vai involuindo e diminuindo de tamanho. No idoso ele não pesa mais do que 15g. - 0 processo de amadurecimento dos timócitos no timo ocorre de fora para dentro. A medida que migram para a região central do órgão, eles vão sendo amadurecidos. − Externamente é recoberto por cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado, a qual emite septos que vão penetrar no parênquima tímico, formando os lóbulos − Lóbulos tímicos falsos/incompletos: os septos não penetram inteiramente, por isso a segmentação é incompleta. São compostos de duas regiões:a) Córtex: - Mais externa; - Tem intensidade de coloração maior comparada a região medular; - Tem maior característica basofílica pela maior quantidade de linfócitos na região cortical. - Encontram-se linfócitos, macrófagos e células reticulares epiteliais; - As células reticulares epiteliais isolam o córtex e impedem que linfócitos T entrem em contato com antígenos estranhos, principalmente as células T em formação. São do tipo I, II e III. b) Medula: - Mais interna; - Essa região é menos corada pois há um menor número de linfócitos, e os linfócitos presentes tem um tamanho maior, dando uma característica de hipocoloração. - Os linfócitos T da porção mais cortical, em sua grande maioria, morrem. Mas algumas células T virgens penetram na porção medular, e depois vão ser distribuídas para outros órgãos linfáticos através do sistema vascular. - Células Reticulares epiteliais tipo: IV, V e VI. − Corpúsculos Tímicos/de Hassal: ✓ Massa isolada de células reticulares de células do Tipo VI, que tem uma disposição mais concêntrica; ✓ São células grandes, pouco coradas, achatadas, núcleo achatado, podem se apresentar queratinizadas ou até calcificadas; ✓ Não tem função completamente esclarecida. Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 f) Medula Óssea A medula óssea é o sítio de geração da maioria das células sanguíneas circulantes e também o local de maturação da célula B. g) Pele: - Como a pele é um órgão linfócito secundário, nela ocorrem as etapas de apresentação, reconhecimento, ativação e de resposta. - Na epiderme há grande concentração de células chamadas de queratinócitos, células específicas da pele que ajudam no sistema imune porque podem liberar citocinas, as quais ativam as células de Langerhans epidérmicas, que são células dendríticas, células apresentadoras de antígeno na pele. - Na epiderme há grande quantidade de linfócitos T intra-epitelial, que ficam misturados nessas células do epitélio. - Na derme (profunda) há linfócitos de maneira geral B e T, e macrófagos perivasculares, que ficam ao redor dos vasos da derme. Nela há vasos linfáticos e sanguíneos que podem ser usados como transporte para essas células. Obs.: De todos os órgãos descritos, pode-se viver apenas sem o timo, o baço e os linfonodos. O timo devido a atrofia, então a remoção pode ser feita dependendo da idade há mais ou menos problemas. O baço pode ter sua função substituída pelo fígado (hemocaterese) e pelos linfonodos (coleta de antígenos). Os linfonodos são muitos, então se retirar uns tem muitos outros para substituir. IDENTIFICAÇÃO E FUNÇÃO DOS LEUCÓCITOS A classificação em granulócitos e agranulócitos está associada a grânulos específicos, pois todos os leucócitos vão apresentar os grânulos inespecíficos que são chamados de azurofilos. a) Leucócitos Agranulócitos Linfócitos - Núcleo arredondado, único, e pode apresentar um leve endentamento, que não é possível observar; - Citoplasma bem claro; - Segunda posição em abundância no sangue (30%); ✓ B: - Após a ativação antigênica, os linfócitos B proliferam-se, diferenciando-se em células secretoras de anticorpos; no caso de antígenos proteicos, o sinal de ativação é dependente de linfócitos TCD4+. ✓ T: - As três subpopulações principais de células T CD4+ efetoras, chamadas Th1, Th2 e Th17, se desenvolvem a partir de linfócitos T CD4+ naive, principalmente em resposta às citocinas presentes no início das respostas imunes; - As citocinas de assinatura produzidas pelas principais subpopulações de células T CD4+ são: ❖ IFN-γ, para as células Th1; ❖ Interleucinas 4, 5 e 13, para as células Th2; ❖ Interleucinas 17 e 22, para as células Th17 ✓ Natural Killer - Tem tamanho um pouco maior quando comparada a outros linfócitos; - São células linfoides inatas que eliminam células infectadas e/ou disfuncionais danificadas por diferentes tipos de estresse; elas respondem à IL-12 produzida por macrófagos e produzem IFN-gama, ativando-os. ✓ T-reguladores - eles inibem a resposta imune; - é necessário porque a inflamação causa lesão tecidual; ele secreta citocinas especificas que são responsáveis pela supressão da resposta imune. ✓ - Linfócito naive (é uma célula madura, mas que ainda não foi ativada, que não entrou em contato com o antígeno) b) Leucócitos Agranulocitos Monócitos - Célula grande; São os leucócitos maiores; - Núcleo endentado, formato de rin ou ferradura; - Citoplasma somente com os grânulos inespecíficos, azurófilos, dando o aspecto mais pálido ✓ Macrófagos - APC; - São células derivadas da medula óssea muito distribuídas pelos tecidos, principalmente perto de vasos e subepitelialmente; Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 - Capazes de iniciar e direcionar as respostas adaptativas mediadas por células T. - São fundamentais para a eliminação dos agentes intracelulares. - Produzem as substancias óxido nítrico e peróxido de hidrogênio. - Concentram-se tanto em tecidos inflamados como em tecido sadio. - Têm sobrevida prolongada. - Tem receptores do tipo Toll: são capazes de reconhecer estruturas comuns produzidas por patógenos, assim como moléculas expressas ou liberadas por células em apoptose. - Durante a reação inflamatória, os macrófagos formam o granuloma. ✓ Células dendríticas - APC; - Capazes de iniciar e direcionar as respostas adaptativas mediadas por células T. - Tem receptores do tipo Toll: são capazes de reconhecer estruturas comuns produzidas por patógenos, assim como moléculas expressas ou liberadas por células em apoptose. c) Leucócitos Granulócitos Basófilos - Núcleo irregular; lobular, semelhante a um S ou sobreposto por grânulos; bem esférico, coloração bem pigmentada; - Grânulos com pigmentação basofílica, grandes, grosseiros, dão aspecto escurecido ao núcleo, e se sobrepõe a ele; - Há apenas grânulos específicos, os azurófilos, que são bem finos, ocasionais; - Tem baixa concentração no sangue (1%); - Pode-se encontrar eles aumentados em caso de leucemia viral e em algumas leucemias; - Estão relacionados a patologias, como alergias, leucemias. - Os basófilos e mastócitos ativados por fatores do sistema complemento, a exemplo do C5a, C3a e C4a, liberam mediadores que, juntamente com as referidas proteínas do complemento, atraem leucócitos para o sítio de agressão e contribuem para a passagem dessas células dos vasos para os tecidos, local onde está ocorrendo a agressão ao hospedeiro. d) Leucócitos Granulócitos Eusinófilos - Núcleo geralmente enlobado, com grânulos específicos mais grosseiros e acidofílicos (rosa); - Tem coloração do citoplasma mais grosseira e acidofílica (alaranjado, rosa pigmentado), aspecto grosseiro, terroso, diferente do neutrófilo. - O aumento no número de eosinófilos está relacionado com reações alérgicas, doenças parasitárias e processos de inflamações crônicas. - Os eosinófilos, além da atividade fagocítica, podem destruir microorganismos por meio da liberação de proteínas com atividade microbicida, tais como a proteína básica principal e a proteína catiônica eosinofílica. e) Leucócitos Granulócitos Neutrófilos - Núcleo multi lobulado, geralmente de 3 a 5 lóbulos, conectados por filamentos nucleares de cromatina; - Podem ser chamados de polimorfonucleadas; - Grânulos bem mais fininhos; - São os componentes leucocitários mais abundantes, representam em torno de 60%; - Tem receptores do tipo Toll: são capazes de reconhecer estruturas comuns produzidas por patógenos, assim como moléculas expressas ou liberadas por células em apoptose. - Essas células participam da primeira linha de defesa principalmente em relação a bactérias e a fungos; Observa-se o aumento dessas células no sangue quando há inflamaçõescrônicas, estresse; A neutropenia, diminuição de leucócitos, está relacionada a bactérias, ao uso de quimioterápicos; - Eles defendem principalmente contra as bactérias extracelulares. - Produzem as substancias óxido nítrico e peróxido de hidrogênio. - Os neutrófilos têm vida curta tanto no sangue como nos tecidos. - Só são encontrados nos tecidos inflamados - Durante a reação inflamatória os neutrófilos produzem secreção purulenta (pus). f) Mastócito - Célula arredondada/ elipsoide; - Núcleo: redondo ou esférico central, pequeno; - Citoplasma: rico em grânulos, constituídos de histamina e heparina. Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 - É uma célula produzida na medula óssea, e é encontrado nos tecidos conjuntivos, próximo aos vasos sanguíneos. - Os basófilos e mastócitos ativados por fatores do sistema complemento, a exemplo do C5a, C3a e C4a, liberam mediadores que, juntamente com as referidas proteínas do complemento, atraem leucócitos para o sítio de agressão e contribuem para a passagem dessas células dos vasos para os tecidos, local onde está ocorrendo a agressão ao hospedeiro. IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA A) Inata - Barreiras: B) Adquirida: - Fases: a) Fase de Reconhecimento: célula apresentadora de antígeno, macrófago, apresenta para linfócito T. b) Fase de ativação: linfócito se expande através de mitose, e se diferencia, em secretor (plasmócito) ou efetor. linfócito B sofre expansão clonal (proliferação por mitose) e sofre diferenciação (ele vai se diferenciar em plasmócito, secretor de anticorpo, ou linfócito B efetor, que induz a apoptose de uma célula infectada). c) Fase efetora: plasmócitos secretam anticorpos, vão neutralizar os agentes, vão sinalizar para mais inflamação. d) Declínio: parte de células são induzidas a apoptose e) Memória: outra parte é transformada em célula de memória IMUNIDADE HUMORAL E CELULAR A) Humoral: - É mediada por anticorpos, os quais são produzidos pelos linfócitos B. - Anticorpos são circulantes, eles reconhecem antígenos microbianos, neutralizam a infectividade dos microrganismos e marcam microrganismos para sua eliminação pelos fagócitos e pelo sistema complemento. B) Celular - É mediada pelos linfócitos T e seus produtos, tais como citocinas, sendo importante para a defesa contra microrganismos intracelulares. - Os linfócitos T auxiliares CD4+ ativam macrófagos e neutrófilos para matar microrganismos fagocitados a e ajudam células B a produzir anticorpos. - Os linfócitos T citotóxicos CD8+ matam as células que abrigam patógenos intracelulares, eliminando, assim, reservatórios da infecção. ANTICORPOS E IMUNOGLOBULINAS Imunoglobulina é a denominação para toda molécula de natureza proteíca que funciona como ligante de antígeno: ✓ Quando na superfície de células ⇒ receptores ✓ Quando solúveis no sangue ou tecidos ⇒ anticorpos - Estrutura ✓ Embora diferentes imunoglobulinas possam diferir estruturalmente elas são todas construidas a partir das mesmas unidades básicas (uma estrutura de quatro cadeias). ✓ Anticorpos são compostos por uma unidade básica de 4 cadeias polipeptídicas- 2 cadeias leves (L) idênticas (23kD) e duas cadeias pesadas (H) idênticas (50-70kD), ligadas covalentemente por Epiderme da pele Forma uma barreira física contra a entrada dos micróbios. Membranas mucosas Inibem a entrada de vários micróbios, porém não são tão eficazes quanto a pele intacta. Muco Retém os micróbios nos tratos gastrintestinal e respiratório Aparelho lacrimal As lágrimas diluem e arrastam micróbios e substâncias irritantes. Saliva Remove os micróbios das superfícies dos dentes e das membranas mucosas da boca. Pelos Removem micróbios e partículas do nariz. Cílios Juntamente com o muco, prendem e removem micróbios e partículas do trato respiratório superior. Epiglote Impede a entrada de micróbios no trato respiratório inferior. Urina Remove os micróbios da uretra. Secreções vaginais Retiram os micróbios do trato reprodutor feminino Peristalse, defecação e vômito Expelem os micróbios do corpo. Sebo Forma um filme protetor de teor ácido sobre a superfície da pele, inibindo o crescimento de vários micróbios. Lisozima Enzima que digere o peptideoglicano na perspiração, nas lágrimas, na saliva, nas secreções nasais, na urina e nos fluidos teciduais. Saliva Contém lisozima, ureia e ácido úrico, que inibem os micróbios e imunoglobulina A, que previne a fixação de micróbios às membranas mucosas. A ligeira acidez impede o crescimento microbiano. Suco gástrico Destrói as bactérias e a maioria das toxinas no estômago. Urina Contém lisozima, ureia e ácido úrico, que inibem os micróbios; a ligeira acidez impede o crescimento microbiano. Secreções vaginais A ligeira acidez impede o crescimento de bactérias e fungos. PRIMEIRA LINHA DE DEFESA: PELE E MEMBRANAS MUCOSAS FATORES FÍSICOS FATORES QUÍMICOS Fagócitos Fagocitose por células como neutrófilos, eosinófilos, células dendríticas e macrófagos. Células NK Matam células-alvo infectadas ao liberarem grânulos contendo perforina e granzimas. Os fagócitos então matam os micróbios infectantes Inflamação Limita e destrói os micróbios e inicia o reparo tecidual. Febre Intensifica os efeitos dos interferons, inibe o crescimento de alguns micróbios e acelera as reações no corpo que auxiliam no reparo. Sistema complemento Causa a citólise de micróbios, promove a fagocitose e contribui para a inflamação. Interferons Protegem as células hospedeiras não infectadas da infecção viral. Proteínas de ligação ao ferro Inibem o crescimento de determinadas bactérias ao reduzirem a quantidade de ferro disponível. Peptídeos antimicrobianos (AMPs) Inibem a síntese da parede celular, formam poros na membrana plasmática, causando lise, e danificam o DNA e o RNA. SEGUNDA LINHA DE DEFESA Células defensivas Substâncias antimicrobianas Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 pontes dissulfito e também por interações não- covalentes. ✓ Ambas as cadeias H e L são divididas em regiões V e C- variáveis e constantes. A zona constante determina a função efetora do anticorpo; a zona variável determina a especificidade. ✓ As duas partes localizadas nas terminações dos braços do Y são chamadas de regiões variáveis (V). Essas regiões se ligam ao epítopo. ✓ A haste do monômero e as partes inferiores dos braços do Y são chamadas de regiões constantes (C). Elas são iguais para uma classe particular de imunoglobulinas ✓ Os anticorpos podem ser clivados em fragmentos formando 2 fragmentos Fab (antigen-binding, onde se liga o Ag) e um fragmento Fc (cristal fraction, parte da molécula responsável por funções efectoras, ex activação de complemento); ✓ Usualmente a habilidade de carrear uma função efetora particular requer que o anticorpo se ligue a seu antígeno. Portanto, o efeito biológico não é direto. ✓ A valência do anticorpo refere-se ao número de determinantes antigênicos que uma molécula individual de anticorpo pode se ligar; A valência de todos os anticorpos é pelo menos duas e em alguns casos mais; - Tipos de imunoglobulina a) IgG: ✓ Predominante no sangue, na linfa e nos líquidos cérebro-espinhal e peritoneal, corresponde a 75% das imunoglobulinas séricas, tem a propriedade de atravessar a barreira placentária. ✓ São mais abundante no soro e está distribuída uniformemente entre os espaços intra e extravasculares; ✓ É o anticorpo mais importante da resposta imune secundária; ✓ Conferem um alto grau de imunidade passiva ao feto e ao recém-nascido; ✓ É produzido em larga escala, assim que ocorre o reconhecimento do antígeno, sendo ele o responsável pela memória específica contra determinado antígeno; ✓ Os anticorpos IgG patógeno-específicos constituem uma importante resposta de defesa do organismo humano, por possuírem umaforça de ligação maior que as outras imunoglobulinas e a sua diversidade dependerá de rearranjos gênicos que acontecem nos linfócitos B, visto que são as células que produzem esses anticorpos. b) IgM: ✓ Constitui cerca de 5-10% do soro; ✓ É o 1º anticorpo a ser produzido na resposta imune primária e também o primeiro a ser produzido pelo recém-nascido; ✓ Anticorpo produzido em grandes quantidades nas fases iniciais das doenças; ✓ É a imunoglobulina mais eficiente na fixação do complemento. c) IgD: ✓ É uma imunoglobulina presente em baixas concentrações em circulação (0,3mg/ml), cuja função primária é o de receptor Ag de superfície nos linfócitos B; d) IgA: ✓ É responsável por apenas 10 a 15% dos anticorpos no soro. É a imunoglobulina mais abundante do corpo. ✓ Importante na proteção das mucosas dos tratos respiratório, intestinal, genito-urinário contra microrganismos patogênicos ✓ Predominante em secreções como saliva, lágrima, leite. ✓ Tem atividade bactericida e antiviral. A principal função da IgA secretora é provavelmente impedir a fixação de patógenos microbianos às superfícies da mucosa. Isso é importante sobretudo para os patógenos intestinais e respiratórios. e) IgE: ✓ Sua concentração no soro é a mais baixa (0,0002% das Ig séricas); ✓ Tem capacidade de se ligar com afinidade extremamente alta a receptores presentes em mastócitos e basófilos; ✓ Atua nas reações de hipersensibilidade e na proteção contra enteroparasitas, como helmintos. ANTÍGENOS - A grande maioria dos imunógenos são proteínas, glicoproteínas ou lipoproteínas; - Epítopo: porção de um antígeno que combina com os produtos de uma resposta imune específica. - Superantígenos: alguns antígenos que ativam policlonalmente uma grande fração de células T (até 25%). Normalmente quando o sistema imune encontra um antígeno T-dependente convencional, somente uma pequena fração (1 em 104 -105) da população de célula T é capaz de reconhecer o antígeno e se tornar (resposta monoclonal/oligoclonal). - Hapteno: ✓ São pequenas moléculas que jamais poderiam induzir uma resposta imune quando administradas sozinhas, mas que podem quando acopladas covalentemente a uma molécula carreadora. ✓ Haptenos livres, entretanto, podem reagir com produtos da resposta imune depois que tais produtos são lançados. Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 ✓ Haptenos têm a propriedade de antigenicidade, mas não imunogenicidade. - Antígenos T-independentes são antígenos que podem estimular diretamente as células B a produzirem anticorpos sem a necessidade da célula T auxiliar. Em geral, polissacarídeos são antígenos T-independentes RECEPTORES CELULARES a) TCR (T-Cell Receptors): A recombinação garante que o TCR tenha Elevada variabilidade do sitio de ligação com MHC/Ag e elevada especificidade de reconhecimento b) Imunoglobulinas: Nos linfócitos B c) PAMP - Padrões moleculares associados ao patógeno - O reconhecimento de PAMP é feito por células do sistema imune INATO e confere especificidade na resposta aos patógenos, sendo o RNA de fita dupla um exemplo de PAMP. - Diferentes tipos de microrganismos (p. ex.: vírus, bactérias Gram-negativas, bactérias Gram- positivas, fungos) expressam PAMPs diferentes; - Ex: ácidos nucleicos, proteínas bacterianas; e carboidratos e lipídeos complexos sintetizados por microrganismos e não pelas células de mamíferos, como o lipopolissacarídeo (LPS) em bactérias Gram-negativas, o ácido lipoteicoico em bactérias Gram-positivas, e oligossacarídeos com resíduos de manose terminais encontrados em glicoproteínas microbianas. d) DAMP - Padrões moleculares associados ao dano; - O sistema IMUNE INATO reconhece moléculas endógenas que são produzidas ou liberadas por células danificadas ou que estão morrendo, os chamados DAMPS. - Podem ser produzidos como resultado de dano celular causado por infecções, mas também podem indicar lesão estéril causada por uma dentre inúmeras possibilidades, como toxinas químicas, queimaduras, traumatismo ou perda do suprimento sanguíneo. e) TOLL-Like - São importantes na IMUNIDADE INATA; - Reconhecem microrganismos patogênicos e ativam os mecanismos de defesa antimicrobiana. - Reconhecem microrganismos patogênicos e ativam os mecanismos de defesa antimicrobiana. - Reconhecem PAMP’s e DAMP’s. f) MHC ✓ As respostas funcionais das células ter são iniciadas pelo reconhecimento dos Complexos Peptídeos- MHC na superfície das células apresentadoras de antígenos por meio das TCRs. ✓ CD4 é expresso nas células T auxiliares restritas a classe II e CD8 é expresso nos linfócitos T citotóxicos restritos à classe I ✓ MHC-I: − Está na superfície de todas as células do corpo. − Apresenta-se nas células infectadas por agentes intracelulares; − Linfócito T CD8 reconhece esse MHC. ✓ MHC-II: − Está presente na membrana das células apresentadoras de antígeno. − A célula não precisa ser destruída; CITOCINAS a) Pré-Inflamatórias ✓ TNF-α: febre ✓ IL-1: - febre; - aumentam a expressão das moléculas de adesão (seletina P e ICAM), facilitando a passagem de células de vaso para o sítio da infecção; -também estimulam os neutrófilos e macrófagos a produzirem NO e a destruírem bactérias. ✓ IL-6: febre ✓ IL-8 ✓ IL-12: - produzida por macrófagos; - diferenciação de células Th0 para Th1. ✓ IL-17: linfócitos Th17 produzem IL-17 que estimula o recrutamento de neutrófilos e aumentam o processo inflamatório - A subpopulação Th17 está primariamente envolvida no recrutamento de neutrófilos e, em menor extensão, de monócitos para os sítios de infecção e inflamação. Essas reações são essenciais para a destruição de bactérias e fungos, microrganismos que são mortos pelos fagócitos, e também contribuem de forma significativa para as doenças inflamatórias. ✓ IL-18 ✓ MIF: Inicialmente MIF foi classificada como uma citocina do sistema adaptativo, mas, atualmente emerge como uma citocina com funções predominantes na imunidade inata. MIF é liberada de macrófagos quando estimulados por LPS, sendo também induzido por Fator de Necrose Tumoral (TNF) e Interferon gama (IFN). Após estímulo adequado, MIF é liberada em tecidos ou na circulação sistêmica, agindo como uma citocina pro-inflamatória clássica, promovendo a Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 resposta imunológica inata e adaptativa por meio da ativação de macrófagos e linfócitos T. b) Inflamatórias ✓ IL-2 ✓ INF-γ: - São secretados por NK e células Th1 - É a principal citocina ativadora dos macrófagos. - Tem como atividade principal inibir a proliferação de células que sintetizam IL 4, IL 5, IL 10 e IL 13, - Induz a expressão de proteínas de MHC II, gerando respostas das células T CD4+. - Aumenta a expressão de proteínas do MHC I para promover respostas de células T CD8+ - Aumento da atividade da proteína supressora tumoral p53 para causar apoptose nas células infectadas por vírus. c) Anti-inflamatórias ✓ IL-10 ✓ IL-4: - Produzida por basófilos, mastócitos e macrófagos; - Estimula a diferenciação de células Th0 para Th2, que vão colaborar com o linfócito B na produção de anticorpos, mais especificamente, da IgE. ✓ IL-5 ✓ IL-13 Obs.: Quimiocinas: As quimiocinas, devido a seu papel de atrair células para o sítio da lesão, são muito importantes no processo de defesa do hospedeiro. RESPOSTA IMUNOLÓGICA 1. Resposta tipo Thelper a) Th1 - As Th1 produzem citocinas relacionadas principalmente com a defesa mediada por fagocitose contra agentes infecciosos intracelulares, como Interferon-gama (INF-γ), IL-2 e Fator de Necrose Tumoral alfa (TNF-α). - Tendem a ser abundantes nos sítios de infecção onde os agentes infecciosos deflagram reações imunes inatas fortes; esses agentes incluemmuitas bactérias e vírus. b) Th2 - As Th2 secretam IL-4, IL-5, IL-10 e IL-13, relacionadas com a produção de anticorpos IgE e reações imunes mediadas por eosinófilos e mastócitos contra alérgenos e helmintos. - Na infecção por helmintos ocorre um predomínio da resposta Th2, modulando negativamente a resposta Th1 por IL-10, com diminuição na produção do IFN-gama e aumento da produção de IL-4 e IL-10, além de queda nos níveis de citocinas pró-inflamatórias. - Essa resposta é benéfica em doenças inflamatórias, como a artrite reumatoide, justamente por diminuir a inflamação. - Após a ativação destas duas subpopulações, Th1 e Th2 influenciam-se mutuamente e de forma antagônica: ✓ Th1 produz INF-γ que inibe as células Th2; ✓ Th2 produz IL-10 que inibe as células Th1. INFLAMAÇÃO Origem da inflamação - Entre as condições que podem provocar inflamação estão patógenos, abrasões, irritações químicas, distorções ou distúrbios celulares, e temperaturas extremas. Função da inflamação (1) destruir o agente causador; (2) limitar os efeitos no corpo por confinamento ou limitação do agente causador e de seus derivados; (3) reparar ou substituir o tecido afetado; Fases da inflamação: A resposta inflamatória tem três fases básicas: - Tampão: Em azul, tem o aspecto mais eosinofílico. É composto por diversos componentes, entre eles fibrina. Possui diversos restos celulares. - Abaixo do tampão está uma região bem basofílica, em amarelo, onde há o acúmulo de leucócitos devido a liberação de citocinas e quimiocinas. - Vasodilatação: aumento do calibre dos vasos e consequente maior fluxo sanguíneo; - Podem ser observadas diversas células na luz dos vasos e saindo dele, migrando para a região lesionada. - Na região em amarelo é possível identificar bem as fibras que compõem o tecido conjuntivo - Na região em verde percebe-se uma região mais esbranquiçada correspondente ao edema, porque é onde está sendo acumulado o líquido que extravasou dos vasos que estão dilatados e com maior permeabilidade. - Em verde está o coagulo com seu aspecto eusinofilico e restos celulares; - Em amarelo o infiltrado inflamatório, com grande número de células acumuladas na região mais basofílica. Essas células são os neutrófilos, as primeiras células a chegarem ao local da lesão. - Em azul as células estão mais dispersas e observa- se uma substância mais rosa, eusinofílica, no tecido, que se deve ao acúmulo de fibrina. - Em roxo há um grande número de células, de leucócitos granulócitos neutrófilos. - Em amarelo está uma substância mais eusinofilica, o acumulo de fibrina. - As regiões esbranquiçadas apontadas nas setas são edemas, acumulo de líquido intersticial. - Circulado em verde há hemácias, pois a lesão do tecido pode romper alguns vasos, e essas células sanguíneas podem extravasar. Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 (1) vasodilatação e aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos (2) migração dos fagócitos do sangue para o líquido intersticial e, por fim (3) reparo tecidual. (2) - Nos sítios de infecção, os macrófagos que encontraram microrganismos produzem citocinas (tais como TNF e IL-1) que ativam as células endoteliais de vênulas próximas a produzirem selectinas, ligantes para integrinas e quimiocinas. 1) Marginação: Nos sítios de inflamação, os vasos sanguíneos se dilatam, e o fluxo sanguíneo fica mais lento. Como resultado, os leucócitos, que são maiores do que as hemácias, tendem a se mover para fora do eixo axial central do fluxo sanguíneo e mais próximos do revestimento do vaso, um processo conhecido como marginação. - O processo de marginalização leucocitária ocorre por ação das moléculas de adesão presente no leucócito e no endotélio que se encaixam de maneira complementar. As moléculas de adesão são apresentadas por 4 famílias: selectinas (principalmente no endotélio) E, P e L, imunoglobulinas, interinas e glicoproteínas. 2) Rolamento: As selectinas medeiam a adesão fraca dos leucócitos sanguíneos ao endotélio, e a força de cisalhamento do fluxo sanguíneo faz os leucócitos rolarem ao longo da superfície endotelial. 3) Adesão - Ativação das integrinas pelas quimiocinas: As quimiocinas produzidas nos tecidos infectados circundantes ou pelas células endoteliais são expostas na superfície endotelial e se ligam a receptores presentes nos leucócitos em rolamento, o que resulta em ativação das integrinas do leucócito para um estado de alta afinidade de ligação. 4) Diapedese: Os leucócitos se arrastam pelas junções entre as células endoteliais e migram através da parede venular; ocorre com a passagem do leucócito, por movimentos ameboides, através dos espaços entre as células que formam a estrutura do vaso sanguíneo, movimentando-se através do tecido conjuntivo até atingiram o foco da infeção. 5) Quimiotaxia – Deslocação de uma célula inflamatória desde o local de onde saiu do vaso até ao local onde se encontra o estímulo que desencadeou o processo inflamatório, onde há produção de mediadores inflamatórios Obs.: Para o processo de rolamento as mais importantes são as selectinas, e para a adesão as moléculas mais importantes são as integrinas. Moléculas de Adesão - Selectinas: Ligam-se a molécula de açúcar promovendo o aumento de aderência entre leucócito e endotélio tendo grande importância no fenômeno de rolamento. ✓ E-selectina: CD62E – é expressa nas células endoteliais; ✓ P-selectina: CD62P – endotélio e plaquetas ✓ L-selectina: CD62L – superfície da maioria dos linfócitos. - Integrinas: Estão presentes, principalmente, nos leucócitos e promovem maior aderência do leucócito ao endotélio, fenômeno chamado de adesão. ✓ Molécula de adesão intercelular – ICAM: Molécula de adesão no endotélio e no leucócito. Elas promovem aderência do leucócito do vaso e sua transmigração. Importante par a diapedese. Sinais Flogísticos - O aumento da perfusão vascular pode ter o efeito benéfico de aumentar o influxo de células circulantes para o sítio da resposta imune, e a formação de coágulo pode limitar a disseminação de antígeno pela circulação. - Os sinais cardinais da inflamação – dor, rubor, calor, e edema são efeitos diretos de alterações vasculares e sinais quimiotáticos. As manifestações de rubor, calor e edema refletem alterações nos vasos sanguíneos do tecido ao redor, incluindo vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular. O aumento do fluxo sanguíneo e do extravasamento de fluido, ocorrem com a dilatação e o aumento da permeabilidade vascular, provocando calor, vermelhidão e edema. - Com a vaso dilatação há um maior fluxo de sangue, que causa o primeiro sinal da inflamação, o rubor. - O calor é resultado do aumento do fluxo sanguíneo e metabolismo celular, devido por exemplo a ação de histamina, prostaciclinas e prostaglandinas. - O edema ocorre por conta do extravasamento de proteínas plasmáticas e outros elementos figurados do sangue para o interstício. - A dor é uma consequência da liberação de mediadores solúveis (ex: bradicinina). O edema causa a compressão de terminações nervosas que existem naquele local, causando a dor. Essa dor também pode ser decorrente da lesão dos neurônios e de produtos químicos tóxicos liberados por microrganismos. As prostaglandinas intensificam e prolongam a dor associada à inflamação - A perda de função ocorre principalmente em inflamações crônicas - Resposta Imunológica: a) Processo inflamatório agudo: ✓ Ocorre a predominância de neutrófilos, geralmente acompanhada de febre, com aumento da síntese de interleucina-1 (IL-1). ✓ Quando ocasionado por bactérias extracelulares, ocorre a participação de macrófagos, com apresentação de epítopos aos linfócitos TCD4, com Sabrina Cardoso, MD1,2021/1 ativação de linfócitos B e posterior diferenciação em plasmócitos, células secretoras de anticorpos. ✓ Quando ocasionado por patógenos intracelulares, ocorre a intensa produção de interleucina-12 (IL- 12), cuja ação estimula diferenciação do Th1. ✓ Durante os estágios iniciais da inflamação, estruturas microbianas como a flagelina, o lipopolissacarídeo (LPS) e o DNA bacteriano estimulam os TLRs dos macrófagos a produzirem citocinas, como o fator de necrose tumoral α (TNF- α). Em resposta ao TNF-α liberado no sangue, o fígado passa a sintetizar um grupo de proteínas chamadas de proteínas de fase aguda; b) Processo inflamatório crônico: ✓ Ocorre a predominância de macrófagos, linfócitos aumento no número de monócitos circulantes. ✓ Inflamação crônica granulomatosa: Ocorre a formação do granuloma, constituído por uma coroa de linfócitos e macrófagos, sem liberação de interleucina-10 (IL-10), com modulação da resposta Th1. ✓ Em casos de toxoplasmose, casos suspeitos em que a gestante apresente IgM e IgG positivos na primeira sorologia, pode-se tratar de uma infecção aguda ou crônica. - Pus: Um bolsão de células fagocíticas mortas e tecidos danificados; esta coleção de células mortas e líquido. A formação de pus ocorre na maior parte das respostas inflamatórias e geralmente continua até que a infecção desapareça. FEBRE - As citocinas IL-1, IL-6 e TNF-α vão provocar a febre - A febre é um sinal clínico que consiste na elevação da temperatura corporal acima dos valores normais, por aumento do ponto de ajuste térmico hipotalâmico, numa tentativa de preservar a integridade do organismo face a uma aparente ameaça. - Pode surgir em contexto de infecção, inflamação, entre outros através da produção de substâncias pirogênicas por células como as citocinas inflamatórias, ou pela ação de pirógenos exógenos. - A resposta febril é reconhecida como parte integrante da reação inflamatória aguda, sendo mediada predominantemente por uma citocina, a interleucina-1 (IL-1), de efeitos múltiplos sobre vários tecidos. - Os receptores de superfície celular que interagem com moléculas de origem microbiana geram sinais que levam à elaboração de citocinas inflamatórias, como o fator de necrose tumoral (TNF), interleucina-1 (IL-1), interleucina-6 (IL-6) e interleucina-12 (IL-12). - No hipotálamo, as citocinas agem induzindo a produção de prostaglandinas, que regulam o termostato levando à febre. Essas citocinas medeiam sinais e sintomas associados à febre, como sonolência, mialgia e leucocitose. - A febre ocorre quando alguma coisa aumenta o ponto de equilíbrio hipotalâmico, estimulando o centro vasomotor a iniciar a vasoconstrição, desviando o sangue da periferia a fim de diminuir perda de calor e, algumas vezes, induzindo calafrios, que aumentam a produção de calor. # AINE’s: Anti-inflamatórios não esteroidais ✓ Os AINE’s agem principalmente pela inibição das enzimas COX 1 (uma enzima constitutiva expressa na maioria das células e que está envolvida na homeostasia tecidual) e COX 2 (a qual é induzida em células inflamatórias ativadas). ✓ Os AINE reduzem a dor causada por lesão tecidual ou por mediadores inflamatórios por ação indireta, diminuindo a produção de prostaglandinas, as quais sensibilizam as terminações nervosas livres para estes mediadores indutores de dor. ✓ Ex.: aspirina e o ibuprofeno; ✓ Tanto a COX1 como a COX2 facilitam a produção de prostaglandinas que protegem o estômago, pois aumentam o fluxo sanguíneo da mucosa, bem como a secreção de bicarbonato e de muco, além de estimular o reparo e a renovação das células da mucosa. Por conseguinte, a deficiência de prostaglandinas, como resultado do uso de anti- inflamatórios não esteróides (AINE) ou de outros insultos, pode predispor ao desenvolvimento de gastrite e de úlcera gástrica. # AIE’s: Anti-inflamatórios esteroidais Os AIEs (anti-inflamatórios esteróides) ou glicocorticoides (prednisona e prednisolona) são hormônios esteroides análogos ao cortisol. Esse grupo tem como característica inibir as fosfolipases, impedindo a formação de ácido araquidônico. Possui efeitos imunossupressores e anti-inflamatórios e efeitos adversos relacionados ao metabolismo de carboidratos, proteico e lipídico. Deve ser utilizado sempre a menor dose possível, pelo menor tempo necessário. TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA A tolerância imunológica é o mecanismo pelo qual o sistema imune não responde a um antígeno, que pode ser próprio ou não-próprio. As seleções negativa e positiva de linfócitos B e T, que acontecem na medula óssea e no timo, respectivamente, são mecanismos da tolerância central. a) Timo: Só vai sair do timo os linfócitos que passa pelas duas seleções. Tendo que reconhecer os antígenos epiteliais do córtex, e se ligar sem muita força. Tolerância central ✓ Primeira Seleção/Seleção Positiva - Ocorre no córtex do tipo, na região periférica; Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 - No timo há vários timócitos, células em diferentes estágios de desenvolvimento; - Denomina-se seleção positiva o processo em que os linfócitos TCD4+ ou TCD8+ são deletados ao reconhecer os autoantígenos com baixa afinidade no timo. - Se por acaso houver um linfócito que não é capaz de reconhecer o MHC, o linfócito é eliminado por apoptose. Só serão selecionados aqueles que são capazes de reconhecer o MHC por antígeno próprio. ✓ Segunda Seleção/Seleção Negativa - Ocorre na medula do timo; - Os timócitos cujos RCTs reconhecem MHC próprio e peptídeo com alta afinidade, são removidos por apoptose na seleção negativa. - A ligação quando fizer o reconhecimento não pode ocorrer com muita força, ou avidez. - Aquelas que se ligam com muita força, muita afinidade, no antígeno próprio, sofrerá apoptose; - Essa apoptose é chamada de deleção clonal. Tolerância periférica - Anergia: é um mecanismo de tolerância periférica em que linfócitos TCD4+ reconhecem autoantígenos na ausência de co-estimuladores, levando a uma não ativação desse linfócito. Nesse processo, as células autorreativas não morrem, mas tornam-se não responsivas a um antígeno. - Supressão pelas Tregs: A supressão de linfócitos TCD4+ autorreativos ocorre por atividade de células T regulatórias com a secreção de TGF-β, IL- 10 e inibição de IL-2. - Deleção por Apoptose: Os linfócitos T que reconhecem autoantígenos com alta afinidade ou que são repetidamente estimulados por antígenos podem morrer por apoptose. b) Medula óssea ✓ Tolerância Central - Ocorre ainda na medula; - Os linfócitos B imaturos que reconhecem autoantígenos na medula óssea com alta afinidade mudam sua especificidade ou são deletados. - Edição dos receptores: geralmente ocorre splicing alternativo e uma nova cadeia leve de Ig é expressa, criando, assim, um receptor de célula B com uma nova especificidade; - Deleção. Se a edição falhar, o que pode ocorrer se a ligação for muito forte, as células B imaturas podem morrer por apoptose. - Anergia. Se células B em desenvolvimento reconhecerem autoantígenos fracamente as células tornam-se funcionalmente não responsivas (anérgicas) e saem da medula óssea nesse estado de não responsividade. ✓ Tolerância Periférica: se o linfócito editado escapa e ir para a periferia, há uma secunda chance de deleção clonal. - Anergia e deleção. Algumas células B autorreativas que são repetidamente estimuladas por autoantígenos tornam-se não responsivas a ativações subsequentes. as células B que encontraram autoantígenos têm sobrevida menor e são eliminadas mais rapidamente do que as células que ainda não reconheceram autoantígenos. As células B que se ligam com alta avidez aos autoantígenos na periferia também podem sofrer morte por apoptose pela via mitocondrial. - SupressãoClonal. As células B que reconhecem autoantígenos podem ser impedidas de responder por meio do acoplamento de vários receptores de inibição. Hipótese da Seleção Clonal - Temos um repertório linfocitário, herdado geneticamente, após o reconhecimento do antígeno específico a ele, ele é selecionado. - “Os indivíduos apresentam diversos linfócitos antígeno-específicos que se desenvolvem clonalmente, antes e independente da exposição aos antígenos. Após a exposição, o clone específico é selecionado e a resposta imune tem início.” Autoimunidade - As infecções podem levar ao mimetismo molecular, quando existe uma reação cruzada entre anticorpos não- próprios e auto-antígenos. Ex.: febre reumática: doença autoimune causada após a infecção de uma bactéria, o antígeno apresentado pela bactéria é muito parecida com uma proteína do coração. Após da eliminação da bactéria, o organismo entende que a proteína do coração precisa ser eliminada. A. Imunodepressão: ✓ Estado de deficiência do sistema imunitário para responder normalmente aos agentes agressores. ✓ Atenuação das reações imunitárias do organismo, que se observa no curso de certas doenças, como câncer, AIDS etc. B. Imunossupressão: ✓ Supressão das reações imunitárias do organismo, induzida por medicamentos (corticosteróides ciclosporina A etc.) ou agentes imunoterápicos (anticorpos monoclonais, soros antilinfocitários etc.), ✓ É feita, usualmente, para coibir a rejeição em transplantes de órgãos ou para o tratamento de doenças autoimunes como lúpus, artrite reumatóide, esclerose sistêmica, doença inflamatória intestinal. Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 C. Imunodeficiência: ✓ É uma desordem do sistema imunológico caracterizada pela incapacidade de se estabelecer uma imunidade efetiva e uma resposta aos antígenos. ✓ Resulta numa crescente suscetibilidade a infecções oportunistas e certos tipos de câncer. ✓ Pode surgir como resultado de uma doença, como a infecção pelo HIV e a AIDS, ou pode ser induzida por administração de drogas (imunossupressão). IMUNOSSUPRESSÃO A. Hipófise − Localização: região da base do crânio, do encéfalo, está ligada diretamente ao hipotálamo, na região do diencéfalo, por meio de uma estrutura denominada de infundíbulo. Se encaixa em uma cavidade óssea chamada de sela turca ou fossa hipofisial, a qual se localiza no osso esfenoide, osso situado na base do crânio anteriormente aos processos jugular e basilar do osso occipital. − Está dividida em: a) Neurohipófise: uma região nervosa, não contém célula secretoras; é dividida em: - Lobo posterior/parte nervosa; - Infundíbulo - Bolsa de rathke; b) Adenohipófise: região com origem nervosa e ectodérmica, dividida em: - Lobo anterior; - Parte tuberal: ✓ Hormônios secretados: FSH, LH, ACTH ✓ Apresenta-se sob a forma de um funil e abraça o infundíbulo ✓ Maioria das células secretam gonadotropina ✓ Contém poucas células basófilas e acidófilas ✓ Contém células cromófobas - Parte intermédia: ✓ Está constituída por células fracamente basófilas e células cromófobas; − Células: a) Cromófilas: ✓ Acidófilas: - Afinidade pela eosina, aparece rosa; - Se situam mais na periferia; - Contém grânulos numerosos e esféricos, facilmente visíveis a microscopia óptica; - Núcleo central e Complexo de Golgi desenvolvido. - São de dois tipos: somatotrópicas e mamotrópicas; ✓ Basófilas: - Afinidade pela hematoxilina, roxa. - Se localizam no centro. - São de três tipos: gonadotrópicas, tireotrópicas e corticotrópica. b) Cromófobas: -Citoplasma não tem afinidade pelos corantes usuais, hematoxilina e eosina. - Citoplasma é reduzido e pouco corado, ele é bem clarinho ao redor do núcleo. - É possível visualizar só o núcleo, não visualiza-se o citoplasma da célula - Sua função é pouco conhecida. B. Supra-Adrenal Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 − Glândula Suprarrenal: a) Direita: formato triangular. Faz relação com a veia cava inferior e o fígado. Está localizada mais para cima, no polo superior. b) Esquerda: formato em meia lua. Faz relação com a aorta e com o estômago e pâncreas. Está localizada de forma supramedial, ou seja, tem contato com polo superior mas está em uma região mais medial do polo. - Constituição: uma cápsula de tecido conjuntivo conjuntivo que as reveste, contém trama de fibras reticulares que suporta as células que as constitui; − Regiões: 1. CORTICAL a) Zona Glomerulosa ✓ É a mais externa; ✓ Células com forma piramidal/ colunar cilíndrica; formam grupamentos globosos/arciformes (com forma de arco); ✓ Contém o núcleo esférico e central; ✓ Citoplasma contém gotículas de lipídios compostas pelo hormônio por ela produzido; ✓ É chamada de glomerulosa porque os grupamentos celulares formam estruturas arredondadas que lembram os glomérulos renais; ✓ Hormônios: secreta mineralocorticoides (aldosterona) b) Zona Fasciculada ✓ Está situada logo abaixo da glomerulosa; ✓ Suas células são poliédricas, globosas; ✓ As células são denominadas espongiócitos porque elas contêm cavidades em seu interior, no citoplasma, como se fossem as cavidades de uma esponja; ✓ Hormônios: andrógenos, glicocorticóides e gonadocorticóides; (cortisol e corticosterona); c) Zona reticulada ✓ Mais interna, voltada para a região medular; ✓ Suas células são menores que as outras; formam cordões irregulares, com aspecto de uma rede; ✓ As células possuem forma irregular; ✓ As células sintetizam esteróides; secreta glicorticoides (em menor quantidade que na zona fasciculada); e andrógenos. 2. MEDULAR ✓ Constituída por células secretoras de catecolaminas; ✓ Células são poliédricas e dispostas formando cordões, aglomerados arredondados. Estão dispostas entre extensas redes de capilares sanguíneos. ✓ Hormônios: adrenalina (epinefrina) e noradrenalina (noraepinefrina). - Suprarrenal e Corticoides O termo sindemia (série de doenças não transmissíveis, interagindo num contexto social e ambiental caracterizado por profunda desigualdade social) tem sido utilizado para definir a pandemia de COVID-19. O hormônio do estresse, seria o agente deste efeito imunodepressor que possui um eixo próprio de ação no corpo agindo sobre diversos metabolismos do corpo. Nas fotomicrografias abaixo, podemos observar imagens dos órgãos que fazem parte deste eixo. Os corticoides inibem a fosfolipase A2, essencial para a cascata do ácido aracdônico. Ação Imunossupressora do cortisol: ✓ O Cortisol age ocupando os receptores de NF-κB e impedindo a transcrição inflamatória. NF-κB desempenha um papel fundamental na regulação da resposta imunitária à infecção pois ele é o principal responsável pela transcrição de citocinas pró- inflamatórias como IL 6, IL 12 e TNFα. Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 ✓ O cortisol a longo prazo inibe a IL-2 e com isso impedindo a expansão clonal dos linfócitos. ✓ Inibem a ação da fosfolipase A2 dessa forma, reduzem a formação dos leucotrienos que funcionam como mediadores inflamatórios potentes; diminuem a produção dos tromboxanos, das prostaglandinas e da prostaciclina. ✓ A IL-1, a IL-6 e o TNF são capazes de estimular a síntese de glicocorticoides e fazem isso por intermédio do eixo hipotalâmico-hipofisário- suprarrenal. Isso, por sua vez, diminui a atividade de Thl e macrófagos, completando a alça de feedback negativo Eixo de Ação Eixo hipotálamo, hipófise, adrenal => Eixo hipotálamo-pituitária-adrenal Liberação do Cortisol 1) A forma neurogênica de estresse (p. ex., medo), tanto quanto a sistêmica (p. ex., hipoglicemia, hemorragia, citocinas) estimulam a liberação de CRH (corticotropina) pelo hipotálamo. Esse hormônio atua na hipófise. 2) O CRH, agudamente,estimula a liberação de ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) pela hipófise 3) O ACTH atua nas glândulas suprarrenais ligando- se ao receptor melanocortina 2 (MC2R), localizado nas células da zona fasciculada dessa glândula. O ACTH provoca a liberação de cortisol. 4) O cortisol inibe a expressão do gene pró-CRH no hipotálamo. Entretanto, estresse intenso pode superar os efeitos do feedback negativo do cortisol no hipotálamo e reajustar o “ponto de equilíbrio” em um nível mais alto. Fases do Estresse Resposta ao estresse ou síndrome de adaptação geral (SAG): a) Estágio de defesa ou alarme/Luta e Fuga: - De curta duração, iniciada por impulsos nervosos provenientes do hipotálamo - Esse estágio leva quantidades enormes de glicose e oxigênio para os órgãos mais ativos no combate ao perigo; - Funções corporais não essenciais como atividades digestórias, urinárias e reprodutoras são inibidas b) Fase de Resistência: - O estágio de resistência ajuda o corpo a continuar lutando contra o estressor. - A reação de resistência começa pela ação dos hormônios hipotalâmicos de liberação e tem duração mais longa. - Um dos hormônios envolvidos são o hormônio liberador da corticotrofina (CRH). O CRH estimula a adenohipófise a secretar ACTH que, por sua vez, estimula o córtex da glândula suprarrenal a incrementar a liberação de cortisol. - O cortisol promove a gliconeogênese pelos hepatócitos, a degradação dos triglicerídios em ácidos graxos (lipólise) e o catabolismo de proteínas em aminoácidos. c) Fase de exaustão ou esgotamento: - Os recursos do corpo acabam se exaurindo e não conseguem sustentar o estágio de resistência, ocorrendo a exaustão. - A exposição prolongada a elevados níveis de cortisol e outros hormônios envolvidos na reação de resistência causa perda muscular, supressão do sistema imunológico, ulceração no sistema digestório e falência das células beta pancreáticas. - Efeitos psicológicos: Distúrbios psiquiátricos estão associados tanto a níveis excessivos quanto a níveis deficientes de corticosteroides. Níveis excessivos de corticosteroide podem, inicialmente, produzir uma sensação de bem-estar, mas a exposição excessiva a esses níveis leva à instabilidade emocional e depressão Pessoas que são deficientes em corticosteroides tendem a ser depressivas, apáticas e irritáveis. REAÇÃO DE HIPERSENSIBILIDADE Coombs e Gell descreveram quatro tipos de reação de hipersensibilidade, termo este aplicado para designar uma resposta imune adaptativa que ocorre de forma exagerada ou inapropriada. a) Hipersensibilidade tipo I (Anafilática) 1. FASE INICIAL ✓ Os sintomas de alergia ocorrem logo depois que se entra em contato com o alérgeno. Por exemplo, na pele aparecem pápulas avermelhadas, se for um antígeno inalado, pode ocorrer a falta de ar devido a bronco-constrição das estruturas do trato respiratório. ✓ A imunoglobulina E está envolvida, com a resposta inflamatória caracterizada pela ativação de mastócitos, basófilos e eosinófilos, responsáveis pela lesão tecidual. Ocorre na asma e no choque anafilático. ✓ Acontece quando um indivíduo entra em contato com o antígeno, chamado de alérgeno, e ele ativa linfócitos Th2 que vão produzir citocinas que vão estimular os Linfócitos B a produzirem anticorpos IgE específicos contra aquele alérgeno. Esse anticorpo IgE se ligam a receptores que existem na superfície dos mastócitos e do basófilo. ✓ O alérgeno vai se ligar no IgE, na superfície do mastócito, e isso vai causar a desgranulação do mastócito, ou seja, ele vai liberar o conteúdo dos seus grânulos, nesse conteúdo se tem histamina, heparina. Essa célula, também vai ser estimulada a produzir outros mediadores, como prostaglandinas Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 e leucotrienos. Essas substâncias causam vaso dilatação, aumento da permeabilidade vascular, e espasmos no músculo liso, características que correspondem a fase imediata da reação de hipersensibilidade do tipo 1. Foto: Lâmina patológica com edema pulmonar D – Pulmão Normal ✓ Aspecto arejado; ✓ Alvéolos: tem espaço aéreo alveolar, que fica repleto de ar para que ocorra as trocas gasosas através das suas paredes. E – Pulmão com edema pulmonar ✓ Não é observado mais o aspecto arejado do pulmão. Isso ocorre devido a vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, em que há um extravasamento de líquido para o tecido, o qual ficará preenchido com ele; ✓ A região circulada em amarelo apresenta um rosa mais claro, representando o acúmulo de líquido no tecido colunar, devido a vaso dilatação e o aumento da permeabilidade vascular. 2. FASE TARDIA - Essa fase tardia acontece horas depois do contato com o alérgeno e pode durar dias. Essa reação demorada se deve ao influxo dos leucócitos, quando o mastócito desgranula, ele libera citocinas e quimiocinas. - As quimiocinas vão atrair o influxo de leucócitos para o local onde está tendo essa reação alérgica. Entre esses leucócitos estão: eosinófilos, neutrófilos e linfócitos. - Os grânulos eusinofilicos característico do citoplasma do eosinófilo possuem proteína básica principal, e proteína catiônica eusinofilica. Essas proteínas vão causar danos as células. Por isso a resposta tardia causa danos ao tecido. b) Hipersensibilidade tipo II (Citotóxicas) - São dirigidas contra antígenos localizados nas superfícies das células ou dos tecidos. - Geralmente envolvem a ativação do complemento pela combinação de anticorpos IgG ou IgM com uma célula antigênica. Essa ativação estimula o complemento a causar a lise da célula afetada, que pode ser uma célula estranha ou uma célula do hospedeiro que carrega um determinante antigênico estranho (como uma droga) em sua superfície. - Ocorre nas reações a medicamentos e de transfusão, incompatibilidade ABO e eritroblastose fetal. c) Hipersensibilidade tipo III (Imunocomplexos) - A hipersensibilidade do tipo III pode ser uma reação geral ou que envolve órgãos individuais, tais como pele, rins, pulmões, dentre outros. É mediada por complexos imunes solúveis, na maioria de classe IgG, embora IgM possa estar também envolvida. - Ocorre nos casos em que complexos antígeno- anticorpo pequenos não são eliminados, circulam pelos vasos sanguíneos e são depositados em locais de alta pressão onde desencadeiam respostas. - Os anticorpos envolvidos geralmente são IgG - Causam ativação de granulócitos, macrófagos e da cascata do complemento, no local da inflamação, sendo a magnitude desta reação dependente da quantidade de imunocomplexos e da sua distribuição corporal. - Ocorre em casos de infecções persistentes e algumas doenças auto-imunes como artrite e lúpus. - Ex.: A glomerulonefrite - é uma condição patológica de imunocomplexos, geralmente resultante de uma infecção, que causa dano inflamatório aos glomérulos renais, os locais de filtração do sangue. Reação de Arthus - Reação inflamatória local intensa (na pele), mediada por complexos formados pela ligação de antígenos com anticorpos. Outras: Doenças do soro, Doenças auto-imunes (artrite reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico, dermatomiosite), Pneumonite ou alveolites. d) Hipersensibilidade tipo IV (Celulares Tardias) ✓ Única mediada por linfócitos T e macrófagos. ✓ Ocorre em casos de dermatite por contato e infecções como as micobactérias causadoras da tuberculose e hanseníase. ✓ Não são aparentes por um dia ou mais. ✓ A sensibilização para as reações celulares tardias ocorre quando certos antígenos estranhos são fagocitados por macrófagos e então apresentados aos receptores na superfície da célula T Cd4, gerando plasmócitos e células T de memória. ✓ Quando uma pessoa sensibilizada dessa maneira é exposta novamente ao antígeno, uma reação de hipersensibilidade tardia podeocorrer. As células de memória da exposição inicial ativam as células T que, ao interagirem com o antígeno-alvo, liberam citocinas destrutivas. ✓ Ex.: dermatite alérgica de contato TIPO TARDIO: ✓ Formação de granuloma; ✓ Ex.: O indivíduo inala o bacilo da tuberculose, essa bactéria vai pro pulmão, e é fagocitada pelos macrófagos que vivem normalmente nesse local. Em algumas situações esse macrófago não vai conseguir destruir esse bacilo, criando uma infecção persistente. Esse macrófago vai começar a liberar citocinas, para atrair mais macrófagos e linfócitos Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 T. Essa sinalização prolongada das citocinas vai induzir a formação do granuloma. Foto: Granuloma causado pela tuberculose F – Pulmão Normal G – Granuloma: ✓ Geralmente é uma lesão mais pontual; ✓ Em amarelo está o granuloma; ✓ Em azul está o tecido pulmonar normal; ✓ Formação: os macrófagos estão fagocitando o bacilo da tuberculose tentando destruí-los. Quando essas células liberarem quimiocinas e citocinas para atrair o linfócito, há mais perifericamente um anel linfocitário caracterizado por uma região mais basofílica (círculo rosa); ✓ Centro necrótico caseoso: círculo verde; no caso da tuberculose, além dessas características principais do granuloma (macrófagos e linfócitos), há o centro necrótico caseoso, ou seja, uma região central que está sofrendo morte celular, uma necrose caseosa. SISTEMA COMPLEMENTO - O C3a e o C5a, como desencadeiam o processo inflamatório, são moléculas chamadas de anafilatoxinas, ou seja, substâncias que provocam uma ação inflamatória. Elas ligam-se aos mastócitos e os induzem a liberarem histamina e outras substâncias que aumentam a permeabilidade vascular durante a inflamação. A C5 também funciona como um fator quimiotático muito potente que atrai fagócitos para o local de infecção - O C3b e C4b é uma opsonina porque vai se ligar na superfície do patógeno, facilitando a fagocitose - Então a opsonização facilita a fagocitose, e a inflamação vai recrutar mais células para aquele local a) Via Alternativa ✓ Ativadores da via alternativa são componentes na superfície de patógenos e incluem: LPS de bactéria Gram-negativa e as paredes celulares de algumas bactérias e leveduras. ✓ - Inicia com a clivagem espontânea do C3 no plasma, essa clivagem, inicialmente, ocorre a uma taxa baixa, porém, se não houver nenhum patógeno ali presente pro C3b opsonizar, os fragmentos de C3, o C3a e C3b, vão ser degradados, e não vai haver uma continuação da resposta do complemento pela via alternativa. Porém, se houver um patógeno livre no ambiente a sequencia da via alternativa do complemento vai continuar. ✓ quando o C3b se liga a superfície do patógeno, ele vai recrutar uma outra proteína, chamada de fator B. ✓ Com a ajuda de um catalizador, o fator D, vai haver a clivagem do fator B em Ba e Bb. ✓ O fragmento Ba não tem nenhuma função e vai ser degradado. ✓ No patógeno, ficará ligado o complexo C3bBb, que é chamado de C3 convertase ✓ Essa C3 convertase vai atuar como enzima, clivando várias moléculas de C3, a uma taxa elevada, em C3b e C3a. Lembrando que o C3a ativa a inflamação, e o C3b vai opsonizar então vários C3b vão se ligar a superfície do patógeno. ✓ Um novo C3b clivado vai se ligar no complexo C3bBb, formando o complexo C3bBbC3b, passando a se chamar C5 convertase. ✓ A C5 convertase catalisa a clivagem de C5 em C5a e C5b. Esse C5 vai recrutar C6, C7, C8, C8 e vai formar o complexo de ataque a membrana. b) Via Clássica ✓ É desencadeada por uma molécula de anticorpo ligada a antígenos. A ativação é dependente de anticorpo ligados a antígenos – IgM e IgG. ✓ Então inicia com o complexo formado por antígeno e anticorpo se ligando a uma proteína do complemento chamada C1 (com suas porções “q”, “r” e “s”). ✓ Um patógeno (microrganismo) com um antígeno na membrana dele que se liga a um anticorpo. H – Granuloma da Tuberculose: ✓ Observa-se ao meio o centro necrótico, ao redor dele há uma região rica em macrófagos, uma das principais células constituintes do granuloma. ✓ Por fora há o anel linfocitário, mais basofílico (roxo escuro), região rica em linfócitos T I – Macrófagos: ✓ Os macrófagos, como estão constantemente fagocitando bacilos e tentando destruí-los, eles vão sofrer modificações morfológicas e se diferenciar em células grandes, mais eusinofílicas, com núcleo mais claro (cromatina mais frouxa), chamados de células epitelióides, apontadas em amarelo. ✓ Essas células também podem se fundir formando uma célula gigante multinucleada, chamado de gigantócitos tipo langhans, apontada em verde. Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 ✓ Então há a chegada da proteína C1, que vai se ligar a esse complexo antígeno anticorpo iniciando a via clássica, e recrutando a proteína C4 que vai ser clivada em C4a e C4b. ✓ O C4b se liga a superfície do patógeno; ✓ O C4b recruta outra proteína, a C2, e cliva essa proteína em C2a e C2b. ✓ Há a formação do complexo C4b-2a, que é a C3 convertase, a qual cliva várias moléculas de C3 em C3b e C3a. ✓ O C3b vai se ligar a superfície do patógeno, e é uma boa opsonina. ✓ Outro C3b vai se ligar o complexo C4b-2a, formando o complexo C4b-C2a- C3b, que é uma C5 convertase, que cliva o C5a em C5b. c) Via da Lectina ✓ Ela é muito parecida com a via clássica, porém ela vai se iniciar com a ligação de uma proteína, a lectina em um resíduo de manose na superfície do patógeno. A manose é um açúcar que não existe nos mamíferos, mas existe em vários microrganismos, e a via da lectina vai se aproveitar dessa manose para iniciar a via. ✓ A lectina se liga na membrana do patógeno ao resíduo de manose, e a parti daí, há o restante da via idêntica a via clássica, a única diferença é que a lectina funciona no lugar de C1. Formação do Complexo de Ataque a Membrana - O C5 é clivado em C5a e C5b. - O C5a é uma anafilatoxina porque induz a inflamação, e o C5b vai recrutar outras proteínas, como C6,C7,C8, que vão formar um complexo na membrana, os quais vão recrutar o C9 que formará um canal transmembrana chamado de complexo de ataque a membrana. - Os canais transmembrana (aberturas) resultam em citólise, ou seja, o rompimento da célula microbiana devido ao influxo de fluido extracelular através dos canais. CASCATA DO ÁCIDO ARACDÔNICO - O ácido araquidônico é um ácido carboxílico com 20 átomos de carbono. Ele é derivado do ácido linoleico, que é um ácido graxo essencial, ou seja, que o nosso organismo não consegue sintetizar. Então pode-se ingerir diretamente o ácido araquidônico, ou pode haver a ingestão do acido linoleico, seu precursor, o qual no fígado é transformado em ácido araquidônico. Ele é transportado via lipoproteínas para várias células do organismo, onde ele passa a constituir os fosfolípides de membrana VIA DAS CICLOOXIGENASES (COX) ✓ As enzimas ciclo-oxigenases citosólicas transformam o ácido aracdônico em prostaglandinas, tromboxanos e prostaciclinas ✓ COX-1: - Está presente nas células em condições fisiológicas, principalmente na mucosa duodenal e nas plaquetas - Será responsável por catalisar as reações que formam as prostaglandinas (PGD2, PGE2), prostaciclinas (PGI2) e tromboxanos (TxA2). ✓ COX-2 - É uma enzima inflamatória, ou seja, está envolvida nos processos inflamatórios; mas ela também pode ser encontrada de forma constitutiva nos rins, no SNC e no endotélio; e pode ser induzida na presença de citocinas (Il-1, IL-2 e do TNF), sendo expressa caracteristicamente por células envolvidas no processo inflamatório (macrófagos, monócitos). - Responsável pelas prostaciclinas (PGI2) e prostaglandinas (PGE2). ✓ Produtos: • As prostaglandinas atuam como
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