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3ª Avaliação MD1-M3

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Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 
Sumário 
IMUNOLOGIA .................................................................. 2 
ORGÃOS LINFÓIDES ...................................................... 2 
a) Sistema Linfático ................................................... 2 
b) Gânglios Linfáticos................................................ 2 
c) Baço ...................................................................... 3 
d) MALT ................................................................... 4 
e) Timo ...................................................................... 4 
f) Medula Óssea ........................................................ 5 
IDENTIFICAÇÃO E FUNÇÃO DOS LEUCÓCITOS ....... 5 
a) Leucócitos Agranulócitos Linfócitos ...................... 5 
b) Leucócitos Agranulocitos Monócitos ..................... 5 
c) Leucócitos Granulócitos Basófilos ......................... 6 
d) Leucócitos Granulócitos Eusinófilos ...................... 6 
e) Leucócitos Granulócitos Neutrófilos ...................... 6 
f) Mastócito ............................................................... 6 
IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA ............................. 7 
IMUNIDADE HUMORAL E CELULAR .......................... 7 
 ANTICORPOS E IMUNOGLOBULINAS ........................ 7 
- Estrutura ...................................................................... 7 
- Tipos de imunoglobulina.............................................. 8 
ANTÍGENOS ..................................................................... 8 
RECEPTORES CELULARES ........................................... 9 
a) TCR (T-Cell Receptors):........................................ 9 
b) Imunoglobulinas: ................................................... 9 
c) PAMP.................................................................... 9 
d) DAMP ................................................................... 9 
e) TOLL-Like ............................................................ 9 
f) MHC ..................................................................... 9 
CITOCINAS ...................................................................... 9 
a) Pré-Inflamatórias ................................................... 9 
b) Inflamatórias ....................................................... 10 
c) Anti-inflamatórias ................................................ 10 
RESPOSTA IMUNOLÓGICA ......................................... 10 
INFLAMAÇÃO ............................................................... 10 
Fases da inflamação: .................................................... 10 
Moléculas de Adesão ................................................... 11 
Sinais Flogísticos ......................................................... 11 
- Resposta Imunológica: ............................................... 11 
- Pus: ............................................................................ 12 
FEBRE ............................................................................. 12 
# AINE’s: Anti-inflamatórios não esteroidais ............... 12 
# AIE’s: Anti-inflamatórios esteroidais ........................ 12 
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA .................................... 12 
a) Timo: ................................................................... 12 
b) Medula óssea ....................................................... 13 
Hipótese da Seleção Clonal ........................................... 13 
Autoimunidade ............................................................. 13 
IMUNOSSUPRESSÃO .................................................... 14 
A. Hipófise ............................................................... 14 
B. Supra-Adrenal ...................................................... 14 
- Suprarrenal e Corticoides ........................................... 15 
Ação Imunossupressora do cortisol: .............................. 15 
Liberação do Cortisol ................................................... 16 
Fases do Estresse .......................................................... 16 
REAÇÃO DE HIPERSENSIBILIDADE .......................... 16 
a) Hipersensibilidade tipo I (Anafilática) .................. 16 
b) Hipersensibilidade tipo II (Citotóxicas) ................ 17 
c) Hipersensibilidade tipo III (Imunocomplexos) ...... 17 
d) Hipersensibilidade tipo IV (Celulares Tardias) ..... 17 
SISTEMA COMPLEMENTO........................................... 18 
a) Via Alternativa ..................................................... 18 
b) Via Clássica ......................................................... 18 
c) Via da Lectina ...................................................... 19 
Formação do Complexo de Ataque a Membrana ........... 19 
CASCATA DO ÁCIDO ARACDÔNICO ......................... 19 
VÍRUS .............................................................................. 20 
- Morfologia: ................................................................ 20 
- Reprodução: ............................................................... 20 
- Resposta Imunológica: ............................................... 21 
- Janela Imunológica ..................................................... 21 
FUNGOS .......................................................................... 22 
- Fungos Dimórficos ..................................................... 22 
- Resposta Imune: ......................................................... 22 
BACTÉRIAS .................................................................... 23 
- Coloração de GRAM: ................................................. 23 
- Resposta Imunológica ................................................ 24 
BACTERIOTÁTICOS X BACTERIOLÍTICOS ............... 25 
- Antibióticos: ............................................................... 25 
PARASITAS INTESTINAIS ............................................ 25 
a) Ascaris Lumbricoides/Lombriga/Ascaridiase ....... 25 
b) Ancilostomideos: ................................................. 26 
c) Giárdia Lamblia ................................................... 26 
# Resposta Imunológica: ............................................... 26 
ANIMAIS PEÇONHENTOS ............................................ 27 
IMUNIDADE ATIVA E PASSIVA .................................. 27 
IMUNOLOGIA DOS TRANSPLANTES ......................... 27 
 
MD1 – Módulo 3 - Imunologia 
 
 
Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 
IMUNOLOGIA 
- Imunogenicidade: capacidade de induzir uma resposta 
imune especifica. Fatores que a influenciam: 
✓ Estranheza; 
✓ Alto Peso Molecular; 
✓ Complexidade; 
- Antigenicidade: capacidade de interagir com os 
anticorpos ou linfócitos T sensibilizados 
 
ORGÃOS LINFÓIDES 
a) Sistema Linfático 
- O sistema venoso é responsável pela retirada de 
catabólicos e líquidos, mas uma parte dela fica retida no 
tecido intersticial; 
- Os membros inferiores, toda a região pélvica, o tórax, 
membro superior esquerdo, pescoço e face do lado 
esquerdo, vão para o ducto torácico que vai chegar até 
a veia subclávia, onde é drenada toda a linfa na 
circulação venosa; 
a) Os linfonodos pélvicos ascendem na região 
lombar por vasos linfáticos lombares; vão chegar até 
uma estrutura dilatada chamada cisterna do quilo, a 
qual originará apenas um vaso linfático chamado de 
ducto torácico, 
- No outro lado há o ducto linfático direito que vai 
realizar a drenagem: do membro superior direito, do 
hemitórax direito, da região cervical e face direitas, 
formando um quadrante superior direito. Esse ducto 
linfático direito leva essa linfa para a subclávia direita. 
 
 
b) Gânglios Linfáticos 
- Os gânglios linfáticos são órgãos linfoides 
secundários, nos quais os linfócitos B estão localizados 
nos folículos, enquanto os linfócitos t estão nos 
paracorticais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Tem papel importante no transporte da linfa; 
- São compostos de nódulos linfáticos; 
- É encapsulado poruma capsula de tecido conjuntivo 
denso, que emite trabéculas e faz uma secção parcial 
nessa estrutura; 
- Seios: espaços irregulares compostos de células 
endoteliais reticulares, células e fibras reticulares e 
macrófagos; 
b) Subcapsular: fica abaixo da cápsula; 
c) Peritrabecular: circunda a trabécula; 
- É composto de duas/três regiões: 
a) Cortical (cortical externa): 
- Apresenta agregados de linfócitos B chamados de 
nódulos linfáticos (folículos). 
- Há os nódulos linfáticos primários ou secundários; 
- O centro de um nódulo linfático secundário contém 
uma região de células de coloração clara chamada 
centro germinativo, nele estão linfócitos B, células 
dendríticas foliculares (um tipo especial de célula 
dendrítica) e macrófagos. 
- Predomínio de linfócitos B, mas também 
encontra-se outros tipos celulares, como 
plasmócitos, macrófagos, células reticulares, células 
foliculares, dendríticas, 
 
b) Paracortical (cortical profunda) 
- Tem aspecto um pouco mais contínuo, porém sem 
nódulos linfáticos; 
- Há o predomínio de linfócitos T e células 
dendríticas; também encontram-se células 
reticulares, plasmócitos, macrófagos; 
 
c) Medular 
- Há os cordões medulares, que são ricos em 
linfócitos B; também se encontram fibras e células 
reticulares, macrófagos, plasmócitos; 
- Há os seios medulares, são compostos por células 
endoteliais, células reticulares, fibras reticulares, 
macrófagos; 
- Na região medular há quantidade bem mais 
numerosa de plasmócito quanto comparado a região 
cortical. 
 
# Tonsilas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- São nódulos linfáticos agregados, parcialmente 
encapsulados, revestidos por um tecido conjuntivo; 
 
 
Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 
- Há uma cápsula fibrosa densa; 
- Superfície composta de epitélio pavimentoso 
estratificado não queratinizado, o qual irá invaginar para 
a porção interna do parênquima da tonsila, formando 
criptas amigdalianas/palatinas. 
- As criptas variam de quantidade de 10-20. Nelas 
encontram-se resíduos de alimentos, células epiteliais 
descamadas, leucócitos, bactérias, antígenos e 
purulência (associada com processo da inflamação das 
tonsilas, amigdalite). 
- O parênquima das tonsilas é formado de nódulos 
linfáticos, que estão imersos em tecido linfóide. Eles 
podem ser: 
a) Primários: morfologicamente se apresentam com 
uma única coloração, basofílica, uniforme em toda a 
estrutura (a coloração da borda). 
 
b) Secundários: se localizam próximos das criptas 
amigdalianas por conta da captação aos antígenos. 
Possuem: 
✓ Centro germinativo: região central, mais 
levemente corado; linfócitos grandes e 
imaturos, e grande quantidade de eucromatina. 
✓ Coroa/Manto: região mais externa, linfócitos 
menores que tem a cromatina mais densa. 
 
a) Tonsila Faríngea/Adenóide 
- É uma tonsila única 
- Localizada na região póstero superior da faringe 
 
b) Tonsila Tubária 
- Envolve o óstio faríngeo da tuba auditiva (a 
pequena cavidade observada no meio, que comunica 
a faringe com o ouvido médio). 
 
c) Tonsila Palatina/Amigdala 
- Se encontra em número par 
- Está localizada no limite da região da cavidade oral, 
entre a orofaringe e a nasofaringe 
 
d) Tonsila Lingual 
- Localizada na região da cavidade oral, na base da 
língua 
- Está em número par. 
 
c) Baço 
 
- O baço é importante na prevenção de infecções 
bacterianas porque contém um grande número de 
células fagocitárias, que removem do sangue os 
patógenos que foram opsonizados. 
- Se localiza na região do hipocôndrio esquerdo; 
- Face diafragmática está em contato com o diafragma. 
- Face renal está em contato com o rim esquerdo; 
- Face cólica está em contato com a flexura cólica 
esquerda; 
- Face gástrica se localiza no contato do estômago com 
o baço; 
- Histologicamente apresenta-se revestido por uma 
cápsula de tecido conjuntivo denso, entremeadas com 
fibras musculares lisas; 
- A capsula emite trabéculas que vão dividir o 
parênquima em compartimentos incompletos; 
- Parênquima do baço (polpa esplênica): 
 
d) Polpa branca: 
- É descontínua, pode ser encontrada em pontos 
isolados no parênquima do órgão; 
- Tem coloração aparentemente mais basofílica, 
a qual está associada com a grande quantidade 
de linfócitos; 
- Bainha linfática periarterial (PALS): nessa 
região há a arteríola central; apresenta 
linfócitos T; tem a posição da arteríola central, 
mais centralizada; 
- Nódulos Linfáticos: é rico em linfócitos B; 
podem ser primários ou secundários; 
- Primários: quando não tiveram contato 
com o antígeno; coloração uniforme; nessa 
região há predomínio de linfócitos B, mas 
também encontra-se outros tipos celulares, 
como plasmócitos, macrófagos, células 
reticulares, células foliculares, dendríticas, 
- Secundários: Há o centro germinativo e a 
coroa/manto; No centro germinativo há 
linfócitos B ativados, portanto, que já 
tiveram contato com o antígeno; A arteríola 
central se posiciona mais adjacente; há as 
áreas centrais claras e a periferia é mais 
escura; 
e) Polpa Vermelha 
- Nessa região há a destruição de hemácias 
velhas (hemocaterese); 
- Cor devido ao elevado fluxo sanguíneo; essa 
região é contínua; portanto, ela é enxergada no 
arcabouço todo do parênquima do baço; 
- Cápsula de tecido conjuntivo denso, com as 
fibras musculares lisas entremeando; 
- É composta de estruturas alongadas, os 
cordões esplênicos, que ficam entremeadas em 
seios esplênicos. 
 
 
Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 
- Células: macrófagos, linfócitos B, 
plasmócitos, monócitos, plaquetas, e muitos 
eritrócitos; 
- Zona marginal: região entre a polpa branca e a 
vermelha; é mal delimitada, e muito difícil de ser 
caracterizada; é uma região importante porque o seio 
marginal é rico em linfócitos, macrófagos, células 
dendríticas que vão reter e processar antígenos; 
- Mesmo com a retirada do baço, é possível substituir 
suas funções, como por exemplo a destruição das 
hemácias velhas; 
 
- O baço é importante na resposta a infecções 
bacterianas porque contém um grande número de 
células fagocitárias, que removem do sangue os 
patógenos que foram opsonizados. 
 
d) MALT 
 Tecido linfoide associado à mucosa (MALT) é um 
sistema difuso de pequenas concentrações de tecido 
linfoide encontrado em várias partes do corpo, como 
no trato gastrointestinal, pulmão e pele, por exemplo. 
✓ Há quantidade grande de linfócitos B, pois nessas 
mucosas é comum infecções do tipo extracelulares, 
portanto é necessária a produção de imunoglobulinas; 
✓ Há em menor quantidade linfócitos T. 
 ✓ Células M: sinalizam onde os antígenos precisam ser 
liberados, ou seja, nos folículos desse intestino. Se 
localizam perto das placas de Peyer. É necessária 
porque a mucosa é um tecido muito extenso, e não é 
todo composto por tecido linfoide. 
 
e) Timo 
- O timo é um órgão linfoide primário, responsável pela 
maturação das células T, organizado em septos que 
dividem o órgão em numerosos lóbulos, cada lóbulo 
apresenta uma região cortical e medular. 
- Localização: mediastino superior (compreende o 
espaço entre pulmões, diafragma e a região cervical) e 
retroesternal (atrás do esterno). 
- É um órgão linfoide que vai aumentando de tamanho 
do período embrionário até a infância, chegando a 40g 
no período da adolescência. A partir dai ele vai 
involuindo e diminuindo de tamanho. No idoso ele não 
pesa mais do que 15g. 
- 0 processo de amadurecimento dos timócitos no timo 
ocorre de fora para dentro. A medida que migram para 
a região central do órgão, eles vão sendo amadurecidos. 
 
 
− Externamente é recoberto por cápsula de tecido 
conjuntivo denso não modelado, a qual emite septos que 
vão penetrar no parênquima tímico, formando os 
lóbulos 
− Lóbulos tímicos falsos/incompletos: os septos não 
penetram inteiramente, por isso a segmentação é 
incompleta. São compostos de duas regiões:a) Córtex: 
- Mais externa; 
- Tem intensidade de coloração maior comparada a 
região medular; 
- Tem maior característica basofílica pela maior 
quantidade de linfócitos na região cortical. 
- Encontram-se linfócitos, macrófagos e células 
reticulares epiteliais; 
- As células reticulares epiteliais isolam o córtex e 
impedem que linfócitos T entrem em contato com 
antígenos estranhos, principalmente as células T em 
formação. São do tipo I, II e III. 
 
b) Medula: 
- Mais interna; 
- Essa região é menos corada pois há um menor 
número de linfócitos, e os linfócitos presentes tem 
um tamanho maior, dando uma característica de 
hipocoloração. 
- Os linfócitos T da porção mais cortical, em sua 
grande maioria, morrem. Mas algumas células T 
virgens penetram na porção medular, e depois vão 
ser distribuídas para outros órgãos linfáticos através 
do sistema vascular. 
- Células Reticulares epiteliais tipo: IV, V e VI. 
 
− Corpúsculos Tímicos/de Hassal: 
✓ Massa isolada de células reticulares de células 
do Tipo VI, que tem uma disposição mais 
concêntrica; 
✓ São células grandes, pouco coradas, achatadas, 
núcleo achatado, podem se apresentar 
queratinizadas ou até calcificadas; 
✓ Não tem função completamente esclarecida. 
 
 
 
Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 
f) Medula Óssea 
 A medula óssea é o sítio de geração da maioria das 
células sanguíneas circulantes e também o local de 
maturação da célula B. 
 
g) Pele: 
 - Como a pele é um órgão linfócito secundário, nela 
ocorrem as etapas de apresentação, reconhecimento, 
ativação e de resposta. 
- Na epiderme há grande concentração de células 
chamadas de queratinócitos, células específicas da pele 
que ajudam no sistema imune porque podem liberar 
citocinas, as quais ativam as células de Langerhans 
epidérmicas, que são células dendríticas, células 
apresentadoras de antígeno na pele. 
- Na epiderme há grande quantidade de linfócitos T 
intra-epitelial, que ficam misturados nessas células do 
epitélio. 
- Na derme (profunda) há linfócitos de maneira geral B 
e T, e macrófagos perivasculares, que ficam ao redor 
dos vasos da derme. Nela há vasos linfáticos e 
sanguíneos que podem ser usados como transporte para 
essas células. 
 
Obs.: De todos os órgãos descritos, pode-se viver 
apenas sem o timo, o baço e os linfonodos. O timo 
devido a atrofia, então a remoção pode ser feita 
dependendo da idade há mais ou menos problemas. O 
baço pode ter sua função substituída pelo fígado 
(hemocaterese) e pelos linfonodos (coleta de antígenos). 
Os linfonodos são muitos, então se retirar uns tem 
muitos outros para substituir. 
 
IDENTIFICAÇÃO E FUNÇÃO DOS 
LEUCÓCITOS 
 A classificação em granulócitos e agranulócitos está 
associada a grânulos específicos, pois todos os 
leucócitos vão apresentar os grânulos inespecíficos que 
são chamados de azurofilos. 
 
a) Leucócitos Agranulócitos Linfócitos 
- Núcleo arredondado, único, e pode apresentar um 
leve endentamento, que não é possível observar; 
- Citoplasma bem claro; 
 
- Segunda posição em abundância no sangue (30%); 
 
✓ B: 
- Após a ativação antigênica, os linfócitos B 
proliferam-se, diferenciando-se em células 
secretoras de anticorpos; no caso de antígenos 
proteicos, o sinal de ativação é dependente de 
linfócitos TCD4+. 
 
✓ T: 
- As três subpopulações principais de células T 
CD4+ efetoras, chamadas Th1, Th2 e Th17, se 
desenvolvem a partir de linfócitos T CD4+ naive, 
principalmente em resposta às citocinas presentes 
no início das respostas imunes; 
- As citocinas de assinatura produzidas pelas 
principais subpopulações de células T CD4+ são: 
❖ IFN-γ, para as células Th1; 
❖ Interleucinas 4, 5 e 13, para as células Th2; 
❖ Interleucinas 17 e 22, para as células Th17 
 
✓ Natural Killer 
- Tem tamanho um pouco maior quando comparada 
a outros linfócitos; 
- São células linfoides inatas que eliminam células 
infectadas e/ou disfuncionais danificadas por 
diferentes tipos de estresse; elas respondem à IL-12 
produzida por macrófagos e produzem IFN-gama, 
ativando-os. 
 
✓ T-reguladores 
- eles inibem a resposta imune; 
- é necessário porque a inflamação causa lesão 
tecidual; ele secreta citocinas especificas que são 
responsáveis pela supressão da resposta imune. 
 
✓ - Linfócito naive (é uma célula madura, mas 
que ainda não foi ativada, que não entrou em 
contato com o antígeno) 
 
b) Leucócitos Agranulocitos Monócitos 
- Célula grande; São os leucócitos maiores; 
- Núcleo endentado, formato de rin ou ferradura; 
- Citoplasma somente com os grânulos 
inespecíficos, azurófilos, dando o aspecto mais 
pálido 
 
 
✓ Macrófagos 
- APC; 
- São células derivadas da medula óssea muito 
distribuídas pelos tecidos, principalmente perto de 
vasos e subepitelialmente; 
 
 
Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 
- Capazes de iniciar e direcionar as respostas 
adaptativas mediadas por células T. 
- São fundamentais para a eliminação dos agentes 
intracelulares. 
- Produzem as substancias óxido nítrico e peróxido 
de hidrogênio. 
- Concentram-se tanto em tecidos inflamados como 
em tecido sadio. 
- Têm sobrevida prolongada. 
- Tem receptores do tipo Toll: são capazes de 
reconhecer estruturas comuns produzidas por 
patógenos, assim como moléculas expressas ou 
liberadas por células em apoptose. 
- Durante a reação inflamatória, os macrófagos 
formam o granuloma. 
 
✓ Células dendríticas 
- APC; 
- Capazes de iniciar e direcionar as respostas 
adaptativas mediadas por células T. 
- Tem receptores do tipo Toll: são capazes de 
reconhecer estruturas comuns produzidas por 
patógenos, assim como moléculas expressas ou 
liberadas por células em apoptose. 
 
c) Leucócitos Granulócitos Basófilos 
- Núcleo irregular; lobular, semelhante a um S ou 
sobreposto por grânulos; bem esférico, coloração 
bem pigmentada; 
- Grânulos com pigmentação basofílica, grandes, 
grosseiros, dão aspecto escurecido ao núcleo, e se 
sobrepõe a ele; 
- Há apenas grânulos específicos, os azurófilos, que 
são bem finos, ocasionais; 
 
- Tem baixa concentração no sangue (1%); 
- Pode-se encontrar eles aumentados em caso de 
leucemia viral e em algumas leucemias; 
- Estão relacionados a patologias, como alergias, 
leucemias. 
- Os basófilos e mastócitos ativados por fatores do 
sistema complemento, a exemplo do C5a, C3a e 
C4a, liberam mediadores que, juntamente com as 
referidas proteínas do complemento, atraem 
leucócitos para o sítio de agressão e contribuem 
para a passagem dessas células dos vasos para os 
tecidos, local onde está ocorrendo a agressão ao 
hospedeiro. 
 
d) Leucócitos Granulócitos Eusinófilos 
- Núcleo geralmente enlobado, com grânulos 
específicos mais grosseiros e acidofílicos (rosa); 
- Tem coloração do citoplasma mais grosseira e 
acidofílica (alaranjado, rosa pigmentado), aspecto 
grosseiro, terroso, diferente do neutrófilo. 
 
 
 
- O aumento no número de eosinófilos está 
relacionado com reações alérgicas, doenças 
parasitárias e processos de inflamações crônicas. 
- Os eosinófilos, além da atividade fagocítica, 
podem destruir microorganismos por meio da 
liberação de proteínas com atividade microbicida, 
tais como a proteína básica principal e a proteína 
catiônica eosinofílica. 
 
e) Leucócitos Granulócitos Neutrófilos 
- Núcleo multi lobulado, geralmente de 3 a 5 
lóbulos, conectados por filamentos nucleares de 
cromatina; 
- Podem ser chamados de polimorfonucleadas; 
- Grânulos bem mais fininhos; 
 
 
 
- São os componentes leucocitários mais 
abundantes, representam em torno de 60%; 
- Tem receptores do tipo Toll: são capazes de 
reconhecer estruturas comuns produzidas por 
patógenos, assim como moléculas expressas ou 
liberadas por células em apoptose. 
- Essas células participam da primeira linha de 
defesa principalmente em relação a bactérias e a 
fungos; Observa-se o aumento dessas células no 
sangue quando há inflamaçõescrônicas, estresse; A 
neutropenia, diminuição de leucócitos, está 
relacionada a bactérias, ao uso de quimioterápicos; 
- Eles defendem principalmente contra as bactérias 
extracelulares. 
- Produzem as substancias óxido nítrico e peróxido 
de hidrogênio. 
- Os neutrófilos têm vida curta tanto no sangue 
como nos tecidos. 
- Só são encontrados nos tecidos inflamados 
- Durante a reação inflamatória os neutrófilos 
produzem secreção purulenta (pus). 
 
f) Mastócito 
- Célula arredondada/ elipsoide; 
- Núcleo: redondo ou esférico 
central, pequeno; 
- Citoplasma: rico em grânulos, 
constituídos de histamina e 
heparina. 
 
 
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- É uma célula produzida na medula óssea, e é 
encontrado nos tecidos conjuntivos, próximo aos 
vasos sanguíneos. 
- Os basófilos e mastócitos ativados por fatores do 
sistema complemento, a exemplo do C5a, C3a e 
C4a, liberam mediadores que, juntamente com as 
referidas proteínas do complemento, atraem 
leucócitos para o sítio de agressão e contribuem 
para a passagem dessas células dos vasos para os 
tecidos, local onde está ocorrendo a agressão ao 
hospedeiro. 
 
IMUNIDADE INATA E ADQUIRIDA 
A) Inata 
- Barreiras: 
 
 
 
 
B) Adquirida: 
- Fases: 
a) Fase de Reconhecimento: célula apresentadora de 
antígeno, macrófago, apresenta para linfócito T. 
b) Fase de ativação: linfócito se expande através de 
mitose, e se diferencia, em secretor (plasmócito) ou 
efetor. linfócito B sofre expansão clonal (proliferação 
por mitose) e sofre diferenciação (ele vai se diferenciar 
em plasmócito, secretor de anticorpo, ou linfócito B 
efetor, que induz a apoptose de uma célula infectada). 
c) Fase efetora: plasmócitos secretam anticorpos, vão 
neutralizar os agentes, vão sinalizar para mais 
inflamação. 
d) Declínio: parte de células são induzidas a apoptose 
e) Memória: outra parte é transformada em célula de 
memória 
 
IMUNIDADE HUMORAL E CELULAR 
A) Humoral: 
- É mediada por anticorpos, os quais são produzidos 
pelos linfócitos B. 
- Anticorpos são circulantes, eles reconhecem antígenos 
microbianos, neutralizam a infectividade dos 
microrganismos e marcam microrganismos para sua 
eliminação pelos fagócitos e pelo sistema complemento. 
 
B) Celular 
- É mediada pelos linfócitos T e seus produtos, tais 
como citocinas, sendo importante para a defesa contra 
microrganismos intracelulares. 
- Os linfócitos T auxiliares CD4+ ativam macrófagos e 
neutrófilos para matar microrganismos fagocitados a e 
ajudam células B a produzir anticorpos. 
- Os linfócitos T citotóxicos CD8+ matam as células que 
abrigam patógenos intracelulares, eliminando, assim, 
reservatórios da infecção. 
 
 ANTICORPOS E IMUNOGLOBULINAS 
 
 Imunoglobulina é a denominação para toda molécula 
de natureza proteíca que funciona como ligante de 
antígeno: 
✓ Quando na superfície de células ⇒ receptores 
✓ Quando solúveis no sangue ou tecidos ⇒ 
anticorpos 
- Estrutura 
✓ Embora diferentes imunoglobulinas possam diferir 
estruturalmente elas são todas construidas a partir 
das mesmas unidades básicas (uma estrutura de 
quatro cadeias). 
✓ Anticorpos são compostos por uma unidade básica 
de 4 cadeias polipeptídicas- 2 cadeias leves (L) 
idênticas (23kD) e duas cadeias pesadas (H) 
idênticas (50-70kD), ligadas covalentemente por 
Epiderme da pele Forma uma barreira física contra a entrada dos micróbios.
Membranas mucosas
Inibem a entrada de vários micróbios, porém não são tão eficazes 
quanto a pele intacta.
Muco Retém os micróbios nos tratos gastrintestinal e respiratório
Aparelho lacrimal As lágrimas diluem e arrastam micróbios e substâncias irritantes.
Saliva
Remove os micróbios das superfícies dos dentes e das membranas 
mucosas da boca.
Pelos Removem micróbios e partículas do nariz.
Cílios
Juntamente com o muco, prendem e removem micróbios e partículas 
do trato respiratório superior.
Epiglote Impede a entrada de micróbios no trato respiratório inferior.
Urina Remove os micróbios da uretra.
Secreções vaginais Retiram os micróbios do trato reprodutor feminino
Peristalse, defecação e 
vômito
Expelem os micróbios do corpo.
Sebo
Forma um filme protetor de teor ácido sobre a superfície da pele, 
inibindo o crescimento de vários micróbios.
Lisozima
Enzima que digere o peptideoglicano na perspiração, nas lágrimas, na 
saliva, nas secreções nasais, na urina e nos fluidos teciduais.
Saliva
Contém lisozima, ureia e ácido úrico, que inibem os micróbios e 
imunoglobulina A, que previne a fixação de micróbios às membranas 
mucosas. A ligeira acidez impede o crescimento microbiano.
Suco gástrico Destrói as bactérias e a maioria das toxinas no estômago.
Urina
Contém lisozima, ureia e ácido úrico, que inibem os micróbios; a 
ligeira acidez impede o crescimento microbiano.
Secreções vaginais A ligeira acidez impede o crescimento de bactérias e fungos.
PRIMEIRA LINHA DE DEFESA: PELE E MEMBRANAS MUCOSAS
FATORES FÍSICOS
FATORES QUÍMICOS
Fagócitos
Fagocitose por células como neutrófilos, eosinófilos, células 
dendríticas e macrófagos.
Células NK
Matam células-alvo infectadas ao liberarem grânulos contendo 
perforina e granzimas. Os fagócitos então matam os micróbios 
infectantes
Inflamação Limita e destrói os micróbios e inicia o reparo tecidual.
Febre
Intensifica os efeitos dos interferons, inibe o crescimento de alguns 
micróbios e acelera as reações no corpo que auxiliam no reparo.
Sistema complemento
Causa a citólise de micróbios, promove a fagocitose e contribui para a 
inflamação.
Interferons Protegem as células hospedeiras não infectadas da infecção viral.
Proteínas de ligação ao 
ferro
Inibem o crescimento de determinadas bactérias ao reduzirem a 
quantidade de ferro disponível.
Peptídeos antimicrobianos 
(AMPs)
Inibem a síntese da parede celular, formam poros na membrana 
plasmática, causando lise, e danificam o DNA e o RNA.
SEGUNDA LINHA DE DEFESA
Células defensivas
Substâncias antimicrobianas
 
 
Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 
 
pontes dissulfito e também por interações não-
covalentes. 
✓ Ambas as cadeias H e L são divididas em regiões V 
e C- variáveis e constantes. A zona constante 
determina a função efetora do anticorpo; a zona 
variável determina a especificidade. 
✓ As duas partes localizadas nas terminações dos 
braços do Y são chamadas de regiões variáveis 
(V). Essas regiões se ligam ao epítopo. 
✓ A haste do monômero e as partes inferiores dos 
braços do Y são chamadas de regiões 
constantes (C). Elas são iguais para uma classe 
particular de imunoglobulinas 
✓ Os anticorpos podem ser clivados em fragmentos 
formando 2 fragmentos Fab (antigen-binding, onde 
se liga o Ag) e um fragmento Fc (cristal fraction, 
parte da molécula responsável por funções 
efectoras, ex activação de complemento); 
✓ Usualmente a habilidade de carrear uma função 
efetora particular requer que o anticorpo se ligue a 
seu antígeno. Portanto, o efeito biológico não é 
direto. 
✓ A valência do anticorpo refere-se ao número de 
determinantes antigênicos que uma molécula 
individual de anticorpo pode se ligar; A valência de 
todos os anticorpos é pelo menos duas e em alguns 
casos mais; 
 
- Tipos de imunoglobulina 
a) IgG: 
✓ Predominante no sangue, na linfa e nos líquidos 
cérebro-espinhal e peritoneal, corresponde a 75% 
das imunoglobulinas séricas, tem a propriedade de 
atravessar a barreira placentária. 
✓ São mais abundante no soro e está distribuída 
uniformemente entre os espaços intra e 
extravasculares; 
✓ É o anticorpo mais importante da resposta imune 
secundária; 
✓ Conferem um alto grau de imunidade passiva 
ao feto e ao recém-nascido; 
✓ É produzido em larga escala, assim que ocorre o 
reconhecimento do antígeno, sendo ele o 
responsável pela memória específica contra 
determinado antígeno; 
✓ Os anticorpos IgG patógeno-específicos 
constituem uma importante resposta de defesa do 
organismo humano, por possuírem umaforça de 
ligação maior que as outras imunoglobulinas e a sua 
diversidade dependerá de rearranjos gênicos que 
acontecem nos linfócitos B, visto que são as células 
que produzem esses anticorpos. 
 
b) IgM: 
✓ Constitui cerca de 5-10% do soro; 
✓ É o 1º anticorpo a ser produzido na resposta 
imune primária e também o primeiro a ser 
produzido pelo recém-nascido; 
✓ Anticorpo produzido em grandes quantidades 
nas fases iniciais das doenças; 
✓ É a imunoglobulina mais eficiente na fixação do 
complemento. 
 
c) IgD: 
✓ É uma imunoglobulina presente em baixas 
concentrações em circulação (0,3mg/ml), cuja 
função primária é o de receptor Ag de superfície nos 
linfócitos B; 
 
d) IgA: 
✓ É responsável por apenas 10 a 15% dos 
anticorpos no soro. É a imunoglobulina mais 
abundante do corpo. 
✓ Importante na proteção das mucosas dos tratos 
respiratório, intestinal, genito-urinário contra 
microrganismos patogênicos 
✓ Predominante em secreções como saliva, 
lágrima, leite. 
✓ Tem atividade bactericida e antiviral. A principal 
função da IgA secretora é provavelmente impedir a 
fixação de patógenos microbianos às superfícies da 
mucosa. Isso é importante sobretudo para os 
patógenos intestinais e respiratórios. 
 
e) IgE: 
✓ Sua concentração no soro é a mais baixa 
(0,0002% das Ig séricas); 
✓ Tem capacidade de se ligar com afinidade 
extremamente alta a receptores presentes em 
mastócitos e basófilos; 
✓ Atua nas reações de hipersensibilidade e na 
proteção contra enteroparasitas, como helmintos. 
 
ANTÍGENOS 
- A grande maioria dos imunógenos são proteínas, 
glicoproteínas ou lipoproteínas; 
 
- Epítopo: porção de um antígeno que combina com os 
produtos de uma resposta imune específica. 
- Superantígenos: alguns antígenos que ativam 
policlonalmente uma grande fração de células T (até 
25%). Normalmente quando o sistema imune encontra 
um antígeno T-dependente convencional, somente uma 
pequena fração (1 em 104 -105) da população de célula 
T é capaz de reconhecer o antígeno e se tornar (resposta 
monoclonal/oligoclonal). 
- Hapteno: 
✓ São pequenas moléculas que jamais poderiam 
induzir uma resposta imune quando 
administradas sozinhas, mas que podem 
quando acopladas covalentemente a uma 
molécula carreadora. 
✓ Haptenos livres, entretanto, podem reagir com 
produtos da resposta imune depois que tais 
produtos são lançados. 
 
 
Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 
✓ Haptenos têm a propriedade de 
antigenicidade, mas não imunogenicidade. 
- Antígenos T-independentes são antígenos que podem 
estimular diretamente as células B a produzirem 
anticorpos sem a necessidade da célula T auxiliar. Em 
geral, polissacarídeos são antígenos T-independentes 
 
RECEPTORES CELULARES 
a) TCR (T-Cell Receptors): 
A recombinação garante que o TCR tenha Elevada 
variabilidade do sitio de ligação com MHC/Ag e 
elevada especificidade de reconhecimento 
b) Imunoglobulinas: 
Nos linfócitos B 
c) PAMP 
- Padrões moleculares associados ao patógeno 
- O reconhecimento de PAMP é feito por células do 
sistema imune INATO e confere especificidade na 
resposta aos patógenos, sendo o RNA de fita dupla 
um exemplo de PAMP. 
- Diferentes tipos de microrganismos (p. ex.: vírus, 
bactérias Gram-negativas, bactérias Gram-
positivas, fungos) expressam PAMPs diferentes; 
- Ex: ácidos nucleicos, proteínas bacterianas; e 
carboidratos e lipídeos complexos sintetizados por 
microrganismos e não pelas células de mamíferos, 
como o lipopolissacarídeo (LPS) em bactérias 
Gram-negativas, o ácido lipoteicoico em bactérias 
Gram-positivas, e oligossacarídeos com resíduos de 
manose terminais encontrados em glicoproteínas 
microbianas. 
 
d) DAMP 
- Padrões moleculares associados ao dano; 
- O sistema IMUNE INATO reconhece moléculas 
endógenas que são produzidas ou liberadas por 
células danificadas ou que estão morrendo, os 
chamados DAMPS. 
- Podem ser produzidos como resultado de dano 
celular causado por infecções, mas também podem 
indicar lesão estéril causada por uma dentre 
inúmeras possibilidades, como toxinas químicas, 
queimaduras, traumatismo ou perda do suprimento 
sanguíneo. 
 
e) TOLL-Like 
- São importantes na IMUNIDADE INATA; 
- Reconhecem microrganismos patogênicos e 
ativam os mecanismos de defesa antimicrobiana. 
- Reconhecem microrganismos patogênicos e 
ativam os mecanismos de defesa antimicrobiana. 
- Reconhecem PAMP’s e DAMP’s. 
 
f) MHC 
✓ As respostas funcionais das células ter são iniciadas 
pelo reconhecimento dos Complexos Peptídeos-
MHC na superfície das células apresentadoras de 
antígenos por meio das TCRs. 
✓ CD4 é expresso nas células T auxiliares restritas a 
classe II e CD8 é expresso nos linfócitos T 
citotóxicos restritos à classe I 
✓ MHC-I: 
− Está na superfície de todas as células do corpo. 
− Apresenta-se nas células infectadas por agentes 
intracelulares; 
− Linfócito T CD8 reconhece esse MHC. 
✓ MHC-II: 
− Está presente na membrana das células 
apresentadoras de antígeno. 
− A célula não precisa ser destruída; 
 
CITOCINAS 
 
a) Pré-Inflamatórias 
✓ TNF-α: febre 
 
✓ IL-1: 
- febre; 
- aumentam a expressão das moléculas de 
adesão (seletina P e ICAM), facilitando a 
passagem de células de vaso para o sítio da 
infecção; 
-também estimulam os neutrófilos e 
macrófagos a produzirem NO e a destruírem 
bactérias. 
 
✓ IL-6: febre 
 
✓ IL-8 
✓ IL-12: 
- produzida por macrófagos; 
- diferenciação de células Th0 para Th1. 
 
✓ IL-17: linfócitos Th17 produzem IL-17 que 
estimula o recrutamento de neutrófilos e 
aumentam o processo inflamatório 
- A subpopulação Th17 está primariamente 
envolvida no recrutamento de neutrófilos e, em 
menor extensão, de monócitos para os sítios de 
infecção e inflamação. Essas reações são 
essenciais para a destruição de bactérias e 
fungos, microrganismos que são mortos pelos 
fagócitos, e também contribuem de forma 
significativa para as doenças inflamatórias. 
✓ IL-18 
✓ MIF: Inicialmente MIF foi classificada como 
uma citocina do sistema adaptativo, mas, 
atualmente emerge como uma citocina com 
funções predominantes na imunidade inata. 
MIF é liberada de macrófagos quando 
estimulados por LPS, sendo também induzido 
por Fator de Necrose Tumoral (TNF) e 
Interferon gama (IFN). Após estímulo 
adequado, MIF é liberada em tecidos ou na 
circulação sistêmica, agindo como uma citocina 
pro-inflamatória clássica, promovendo a 
 
 
Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 
resposta imunológica inata e adaptativa por 
meio da ativação de macrófagos e linfócitos T. 
 
b) Inflamatórias 
✓ IL-2 
✓ INF-γ: 
- São secretados por NK e células Th1 
- É a principal citocina ativadora dos 
macrófagos. 
- Tem como atividade principal inibir a 
proliferação de células que sintetizam IL 4, IL 
5, IL 10 e IL 13, 
- Induz a expressão de proteínas de MHC II, 
gerando respostas das células T CD4+. 
- Aumenta a expressão de proteínas do MHC I 
para promover respostas de células T CD8+ 
- Aumento da atividade da proteína supressora 
tumoral p53 para causar apoptose nas células 
infectadas por vírus. 
 
c) Anti-inflamatórias 
✓ IL-10 
✓ IL-4: 
- Produzida por basófilos, mastócitos e 
macrófagos; 
- Estimula a diferenciação de células Th0 para 
Th2, que vão colaborar com o linfócito B na 
produção de anticorpos, mais especificamente, 
da IgE. 
✓ IL-5 
✓ IL-13 
Obs.: Quimiocinas: As quimiocinas, devido a seu 
papel de atrair células para o sítio da lesão, são 
muito importantes no processo de defesa do 
hospedeiro. 
 
RESPOSTA IMUNOLÓGICA 
1. Resposta tipo Thelper 
a) Th1 
- As Th1 produzem citocinas relacionadas 
principalmente com a defesa mediada por fagocitose 
contra agentes infecciosos intracelulares, como 
Interferon-gama (INF-γ), IL-2 e Fator de Necrose 
Tumoral alfa (TNF-α). 
- Tendem a ser abundantes nos sítios de infecção onde 
os agentes infecciosos deflagram reações imunes inatas 
fortes; esses agentes incluemmuitas bactérias e vírus. 
 
b) Th2 
- As Th2 secretam IL-4, IL-5, IL-10 e IL-13, 
relacionadas com a produção de anticorpos IgE e 
reações imunes mediadas por eosinófilos e mastócitos 
contra alérgenos e helmintos. 
- Na infecção por helmintos ocorre um predomínio da 
resposta Th2, modulando negativamente a resposta Th1 
por IL-10, com diminuição na produção do IFN-gama e 
aumento da produção de IL-4 e IL-10, além de queda 
nos níveis de citocinas pró-inflamatórias. 
- Essa resposta é benéfica em doenças inflamatórias, 
como a artrite reumatoide, justamente por diminuir a 
inflamação. 
 
- Após a ativação destas duas subpopulações, Th1 e Th2 
influenciam-se mutuamente e de forma antagônica: 
✓ Th1 produz INF-γ que inibe as células Th2; 
✓ Th2 produz IL-10 que inibe as células Th1. 
 
INFLAMAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Origem da inflamação 
- Entre as condições que podem provocar inflamação 
estão patógenos, abrasões, irritações químicas, 
distorções ou distúrbios celulares, e temperaturas 
extremas. 
 
Função da inflamação 
(1) destruir o agente causador; 
(2) limitar os efeitos no corpo por confinamento ou 
limitação do agente causador e de seus derivados; 
(3) reparar ou substituir o tecido afetado; 
 
Fases da inflamação: 
A resposta inflamatória tem três fases básicas: 
- Tampão: Em azul, tem o aspecto mais 
eosinofílico. É composto por diversos 
componentes, entre eles fibrina. Possui diversos 
restos celulares. 
- Abaixo do tampão está uma região bem 
basofílica, em amarelo, onde há o acúmulo de 
leucócitos devido a liberação de citocinas e 
quimiocinas. 
- Vasodilatação: aumento do calibre dos vasos e 
consequente maior fluxo sanguíneo; 
- Podem ser observadas diversas células na luz dos 
vasos e saindo dele, migrando para a região 
lesionada. 
- Na região em amarelo é possível identificar bem 
as fibras que compõem o tecido conjuntivo 
- Na região em verde percebe-se uma região mais 
esbranquiçada correspondente ao edema, porque é 
onde está sendo acumulado o líquido que 
extravasou dos vasos que estão dilatados e com 
maior permeabilidade. 
- Em verde está o coagulo com seu aspecto 
eusinofilico e restos celulares; 
- Em amarelo o infiltrado inflamatório, com grande 
número de células acumuladas na região mais 
basofílica. Essas células são os neutrófilos, as 
primeiras células a chegarem ao local da lesão. 
- Em azul as células estão mais dispersas e observa-
se uma substância mais rosa, eusinofílica, no 
tecido, que se deve ao acúmulo de fibrina. 
- Em roxo há um grande número de células, de 
leucócitos granulócitos neutrófilos. 
- Em amarelo está uma substância mais 
eusinofilica, o acumulo de fibrina. 
- As regiões esbranquiçadas apontadas nas setas 
são edemas, acumulo de líquido intersticial. 
- Circulado em verde há hemácias, pois a lesão 
do tecido pode romper alguns vasos, e essas 
células sanguíneas podem extravasar. 
 
 
Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 
(1) vasodilatação e aumento da permeabilidade dos 
vasos sanguíneos 
(2) migração dos fagócitos do sangue para o líquido 
intersticial e, por fim 
(3) reparo tecidual. 
 
(2) 
- Nos sítios de infecção, os macrófagos que encontraram 
microrganismos produzem citocinas (tais como TNF e 
IL-1) que ativam as células endoteliais de vênulas 
próximas a produzirem selectinas, ligantes para 
integrinas e quimiocinas. 
1) Marginação: Nos sítios de inflamação, os vasos 
sanguíneos se dilatam, e o fluxo sanguíneo fica mais 
lento. Como resultado, os leucócitos, que são 
maiores do que as hemácias, tendem a se mover 
para fora do eixo axial central do fluxo sanguíneo e 
mais próximos do revestimento do vaso, um 
processo conhecido como marginação. 
- O processo de marginalização leucocitária ocorre 
por ação das moléculas de adesão presente no 
leucócito e no endotélio que se encaixam de 
maneira complementar. As moléculas de adesão 
são apresentadas por 4 famílias: selectinas 
(principalmente no endotélio) E, P e L, 
imunoglobulinas, interinas e glicoproteínas. 
2) Rolamento: As selectinas medeiam a adesão fraca 
dos leucócitos sanguíneos ao endotélio, e a força de 
cisalhamento do fluxo sanguíneo faz os leucócitos 
rolarem ao longo da superfície endotelial. 
3) Adesão - Ativação das integrinas pelas 
quimiocinas: As quimiocinas produzidas nos 
tecidos infectados circundantes ou pelas células 
endoteliais são expostas na superfície endotelial e 
se ligam a receptores presentes nos leucócitos em 
rolamento, o que resulta em ativação das integrinas 
do leucócito para um estado de alta afinidade de 
ligação. 
4) Diapedese: Os leucócitos se arrastam pelas junções 
entre as células endoteliais e migram através da 
parede venular; ocorre com a passagem do 
leucócito, por movimentos ameboides, através dos 
espaços entre as células que formam a estrutura do 
vaso sanguíneo, movimentando-se através do tecido 
conjuntivo até atingiram o foco da infeção. 
5) Quimiotaxia – Deslocação de uma célula 
inflamatória desde o local de onde saiu do vaso até 
ao local onde se encontra o estímulo que 
desencadeou o processo inflamatório, onde há 
produção de mediadores inflamatórios 
Obs.: Para o processo de rolamento as mais importantes 
são as selectinas, e para a adesão as moléculas mais 
importantes são as integrinas. 
 
Moléculas de Adesão 
- Selectinas: Ligam-se a molécula de açúcar 
promovendo o aumento de aderência entre leucócito e 
endotélio tendo grande importância no fenômeno de 
rolamento. 
✓ E-selectina: CD62E – é expressa nas células 
endoteliais; 
✓ P-selectina: CD62P – endotélio e plaquetas 
✓ L-selectina: CD62L – superfície da maioria dos 
linfócitos. 
- Integrinas: Estão presentes, principalmente, nos 
leucócitos e promovem maior aderência do leucócito ao 
endotélio, fenômeno chamado de adesão. 
✓ Molécula de adesão intercelular – ICAM: 
Molécula de adesão no endotélio e no leucócito. 
Elas promovem aderência do leucócito do vaso 
e sua transmigração. Importante par a 
diapedese. 
 
Sinais Flogísticos 
- O aumento da perfusão vascular pode ter o efeito 
benéfico de aumentar o influxo de células circulantes 
para o sítio da resposta imune, e a formação de coágulo 
pode limitar a disseminação de antígeno pela circulação. 
- Os sinais cardinais da inflamação – dor, rubor, calor, e 
edema são efeitos diretos de alterações vasculares e 
sinais quimiotáticos. As manifestações de rubor, calor e 
edema refletem alterações nos vasos sanguíneos do 
tecido ao redor, incluindo vasodilatação e aumento da 
permeabilidade vascular. O aumento do fluxo 
sanguíneo e do extravasamento de fluido, ocorrem com 
a dilatação e o aumento da permeabilidade vascular, 
provocando calor, vermelhidão e edema. 
 
- Com a vaso dilatação há um maior fluxo de sangue, 
que causa o primeiro sinal da inflamação, o rubor. 
- O calor é resultado do aumento do fluxo sanguíneo e 
metabolismo celular, devido por exemplo a ação de 
histamina, prostaciclinas e prostaglandinas. 
- O edema ocorre por conta do extravasamento de 
proteínas plasmáticas e outros elementos figurados do 
sangue para o interstício. 
- A dor é uma consequência da liberação de mediadores 
solúveis (ex: bradicinina). O edema causa a compressão 
de terminações nervosas que existem naquele local, 
causando a dor. Essa dor também pode ser decorrente 
da lesão dos neurônios e de produtos químicos tóxicos 
liberados por microrganismos. As prostaglandinas 
intensificam e prolongam a dor associada à inflamação 
- A perda de função ocorre principalmente em 
inflamações crônicas 
 
- Resposta Imunológica: 
a) Processo inflamatório agudo: 
✓ Ocorre a predominância de neutrófilos, geralmente 
acompanhada de febre, com aumento da síntese de 
interleucina-1 (IL-1). 
✓ Quando ocasionado por bactérias extracelulares, 
ocorre a participação de macrófagos, com 
apresentação de epítopos aos linfócitos TCD4, com 
 
 
Sabrina Cardoso, MD1,2021/1 
ativação de linfócitos B e posterior diferenciação 
em plasmócitos, células secretoras de anticorpos. 
✓ Quando ocasionado por patógenos intracelulares, 
ocorre a intensa produção de interleucina-12 (IL-
12), cuja ação estimula diferenciação do Th1. 
✓ Durante os estágios iniciais da inflamação, 
estruturas microbianas como a flagelina, o 
lipopolissacarídeo (LPS) e o DNA bacteriano 
estimulam os TLRs dos macrófagos a produzirem 
citocinas, como o fator de necrose tumoral α (TNF-
α). Em resposta ao TNF-α liberado no sangue, o 
fígado passa a sintetizar um grupo de proteínas 
chamadas de proteínas de fase aguda; 
 
 
b) Processo inflamatório crônico: 
✓ Ocorre a predominância de macrófagos, linfócitos 
aumento no número de monócitos circulantes. 
✓ Inflamação crônica granulomatosa: Ocorre a 
formação do granuloma, constituído por uma coroa 
de linfócitos e macrófagos, sem liberação de 
interleucina-10 (IL-10), com modulação da resposta 
Th1. 
✓ Em casos de toxoplasmose, casos suspeitos em que 
a gestante apresente IgM e IgG positivos na 
primeira sorologia, pode-se tratar de uma infecção 
aguda ou crônica. 
 
- Pus: 
Um bolsão de células fagocíticas mortas e tecidos 
danificados; esta coleção de células mortas e líquido. A 
formação de pus ocorre na maior parte das respostas 
inflamatórias e geralmente continua até que a infecção 
desapareça. 
 
FEBRE 
- As citocinas IL-1, IL-6 e TNF-α vão provocar a febre 
- A febre é um sinal clínico que consiste na elevação da 
temperatura corporal acima dos valores normais, por 
aumento do ponto de ajuste térmico hipotalâmico, numa 
tentativa de preservar a integridade do organismo face a 
uma aparente ameaça. 
- Pode surgir em contexto de infecção, inflamação, entre 
outros através da produção de substâncias pirogênicas 
por células como as citocinas inflamatórias, ou pela 
ação de pirógenos exógenos. 
- A resposta febril é reconhecida como parte integrante 
da reação inflamatória aguda, sendo mediada 
predominantemente por uma citocina, a interleucina-1 
(IL-1), de efeitos múltiplos sobre vários tecidos. 
- Os receptores de superfície celular que interagem com 
moléculas de origem microbiana geram sinais que 
levam à elaboração de citocinas inflamatórias, como o 
fator de necrose tumoral (TNF), interleucina-1 (IL-1), 
interleucina-6 (IL-6) e interleucina-12 (IL-12). 
- No hipotálamo, as citocinas agem induzindo a 
produção de prostaglandinas, que regulam o termostato 
levando à febre. Essas citocinas medeiam sinais e 
sintomas associados à febre, como sonolência, mialgia 
e leucocitose. 
- A febre ocorre quando alguma coisa aumenta o ponto 
de equilíbrio hipotalâmico, estimulando o centro 
vasomotor a iniciar a vasoconstrição, desviando o 
sangue da periferia a fim de diminuir perda de calor e, 
algumas vezes, induzindo calafrios, que aumentam a 
produção de calor. 
 
# AINE’s: Anti-inflamatórios não esteroidais 
✓ Os AINE’s agem principalmente pela inibição das 
enzimas COX 1 (uma enzima constitutiva expressa 
na maioria das células e que está envolvida na 
homeostasia tecidual) e COX 2 (a qual é induzida 
em células inflamatórias ativadas). 
✓ Os AINE reduzem a dor causada por lesão tecidual 
ou por mediadores inflamatórios por ação indireta, 
diminuindo a produção de prostaglandinas, as quais 
sensibilizam as terminações nervosas livres para 
estes mediadores indutores de dor. 
✓ Ex.: aspirina e o ibuprofeno; 
✓ Tanto a COX1 como a COX2 facilitam a produção 
de prostaglandinas que protegem o estômago, pois 
aumentam o fluxo sanguíneo da mucosa, bem como 
a secreção de bicarbonato e de muco, além de 
estimular o reparo e a renovação das células da 
mucosa. Por conseguinte, a deficiência de 
prostaglandinas, como resultado do uso de anti-
inflamatórios não esteróides (AINE) ou de outros 
insultos, pode predispor ao desenvolvimento de 
gastrite e de úlcera gástrica. 
 
# AIE’s: Anti-inflamatórios esteroidais 
 Os AIEs (anti-inflamatórios esteróides) ou 
glicocorticoides (prednisona e prednisolona) são 
hormônios esteroides análogos ao cortisol. Esse grupo 
tem como característica inibir as fosfolipases, 
impedindo a formação de ácido araquidônico. Possui 
efeitos imunossupressores e anti-inflamatórios e efeitos 
adversos relacionados ao metabolismo de carboidratos, 
proteico e lipídico. Deve ser utilizado sempre a menor 
dose possível, pelo menor tempo necessário. 
 
TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA 
 A tolerância imunológica é o mecanismo pelo qual o 
sistema imune não responde a um antígeno, que pode 
ser próprio ou não-próprio. 
 As seleções negativa e positiva de linfócitos B e T, que 
acontecem na medula óssea e no timo, respectivamente, 
são mecanismos da tolerância central. 
 
a) Timo: 
 Só vai sair do timo os linfócitos que passa pelas duas 
seleções. Tendo que reconhecer os antígenos epiteliais 
do córtex, e se ligar sem muita força. 
Tolerância central 
✓ Primeira Seleção/Seleção Positiva 
- Ocorre no córtex do tipo, na região periférica; 
 
 
Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 
- No timo há vários timócitos, células em diferentes 
estágios de desenvolvimento; 
- Denomina-se seleção positiva o processo em que 
os linfócitos TCD4+ ou TCD8+ são deletados ao 
reconhecer os autoantígenos com baixa 
afinidade no timo. 
- Se por acaso houver um linfócito que não é capaz 
de reconhecer o MHC, o linfócito é eliminado por 
apoptose. Só serão selecionados aqueles que são 
capazes de reconhecer o MHC por antígeno 
próprio. 
 
✓ Segunda Seleção/Seleção Negativa 
- Ocorre na medula do timo; 
- Os timócitos cujos RCTs reconhecem MHC 
próprio e peptídeo com alta afinidade, são 
removidos por apoptose na seleção negativa. 
- A ligação quando fizer o reconhecimento não 
pode ocorrer com muita força, ou avidez. 
- Aquelas que se ligam com muita força, muita 
afinidade, no antígeno próprio, sofrerá apoptose; 
- Essa apoptose é chamada de deleção clonal. 
 
Tolerância periférica 
- Anergia: é um mecanismo de tolerância periférica 
em que linfócitos TCD4+ reconhecem 
autoantígenos na ausência de co-estimuladores, 
levando a uma não ativação desse linfócito. Nesse 
processo, as células autorreativas não morrem, mas 
tornam-se não responsivas a um antígeno. 
- Supressão pelas Tregs: A supressão de linfócitos 
TCD4+ autorreativos ocorre por atividade de 
células T regulatórias com a secreção de TGF-β, IL-
10 e inibição de IL-2. 
- Deleção por Apoptose: Os linfócitos T que 
reconhecem autoantígenos com alta afinidade ou 
que são repetidamente estimulados por antígenos 
podem morrer por apoptose. 
 
b) Medula óssea 
 
✓ Tolerância Central 
- Ocorre ainda na medula; 
- Os linfócitos B imaturos que reconhecem 
autoantígenos na medula óssea com alta afinidade 
mudam sua especificidade ou são deletados. 
- Edição dos receptores: geralmente ocorre 
splicing alternativo e uma nova cadeia leve de Ig é 
expressa, criando, assim, um receptor de célula B 
com uma nova especificidade; 
- Deleção. Se a edição falhar, o que pode ocorrer se 
a ligação for muito forte, as células B imaturas 
podem morrer por apoptose. 
- Anergia. Se células B em desenvolvimento 
reconhecerem autoantígenos fracamente as células 
tornam-se funcionalmente não responsivas 
(anérgicas) e saem da medula óssea nesse estado de 
não responsividade. 
 
✓ Tolerância Periférica: se o linfócito editado 
escapa e ir para a periferia, há uma secunda chance 
de deleção clonal. 
- Anergia e deleção. Algumas células B 
autorreativas que são repetidamente estimuladas 
por autoantígenos tornam-se não responsivas a 
ativações subsequentes. as células B que 
encontraram autoantígenos têm sobrevida menor e 
são eliminadas mais rapidamente do que as células 
que ainda não reconheceram autoantígenos. As 
células B que se ligam com alta avidez aos 
autoantígenos na periferia também podem sofrer 
morte por apoptose pela via mitocondrial. 
- SupressãoClonal. As células B que reconhecem 
autoantígenos podem ser impedidas de responder 
por meio do acoplamento de vários receptores de 
inibição. 
 
Hipótese da Seleção Clonal 
- Temos um repertório linfocitário, herdado 
geneticamente, após o reconhecimento do antígeno 
específico a ele, ele é selecionado. 
- “Os indivíduos apresentam diversos linfócitos 
antígeno-específicos que se desenvolvem clonalmente, 
antes e independente da exposição aos antígenos. Após 
a exposição, o clone específico é selecionado e a 
resposta imune tem início.” 
 
Autoimunidade 
- As infecções podem levar ao mimetismo molecular, 
quando existe uma reação cruzada entre anticorpos não-
próprios e auto-antígenos. 
Ex.: febre reumática: doença autoimune causada após a 
infecção de uma bactéria, o antígeno apresentado pela 
bactéria é muito parecida com uma proteína do coração. 
Após da eliminação da bactéria, o organismo entende 
que a proteína do coração precisa ser eliminada. 
 
A. Imunodepressão: 
✓ Estado de deficiência do sistema imunitário para 
responder normalmente aos agentes agressores. 
✓ Atenuação das reações imunitárias do organismo, 
que se observa no curso de certas doenças, como 
câncer, AIDS etc. 
 
B. Imunossupressão: 
✓ Supressão das reações imunitárias do organismo, 
induzida por medicamentos (corticosteróides 
ciclosporina A etc.) ou agentes imunoterápicos 
(anticorpos monoclonais, soros antilinfocitários 
etc.), 
✓ É feita, usualmente, para coibir a rejeição em 
transplantes de órgãos ou para o tratamento de 
doenças autoimunes como lúpus, artrite 
reumatóide, esclerose sistêmica, doença 
inflamatória intestinal. 
 
 
 
Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 
C. Imunodeficiência: 
✓ É uma desordem do sistema imunológico 
caracterizada pela incapacidade de se estabelecer 
uma imunidade efetiva e uma resposta aos 
antígenos. 
✓ Resulta numa crescente suscetibilidade a infecções 
oportunistas e certos tipos de câncer. 
✓ Pode surgir como resultado de uma doença, como a 
infecção pelo HIV e a AIDS, ou pode ser induzida 
por administração de drogas (imunossupressão). 
 
IMUNOSSUPRESSÃO 
A. Hipófise 
 
 
− Localização: região da base do crânio, do encéfalo, 
está ligada diretamente ao hipotálamo, na região do 
diencéfalo, por meio de uma estrutura denominada de 
infundíbulo. Se encaixa em uma cavidade óssea 
chamada de sela turca ou fossa hipofisial, a qual se 
localiza no osso esfenoide, osso situado na base do 
crânio anteriormente aos processos jugular e basilar do 
osso occipital. 
− Está dividida em: 
a) Neurohipófise: uma região nervosa, não 
contém célula secretoras; é dividida em: 
- Lobo posterior/parte nervosa; 
- Infundíbulo 
- Bolsa de rathke; 
 
b) Adenohipófise: região com origem nervosa e 
ectodérmica, dividida em: 
- Lobo anterior; 
- Parte tuberal: 
✓ Hormônios secretados: FSH, LH, ACTH 
✓ Apresenta-se sob a forma de um funil e abraça 
o infundíbulo 
✓ Maioria das células secretam gonadotropina 
✓ Contém poucas células basófilas e acidófilas 
✓ Contém células cromófobas 
- Parte intermédia: 
✓ Está constituída por células fracamente 
basófilas e células cromófobas; 
 
− Células: 
 
a) Cromófilas: 
✓ Acidófilas: 
- Afinidade pela eosina, aparece rosa; 
- Se situam mais na periferia; 
- Contém grânulos numerosos e esféricos, 
facilmente visíveis a microscopia óptica; 
- Núcleo central e Complexo de Golgi 
desenvolvido. 
- São de dois tipos: somatotrópicas e 
mamotrópicas; 
✓ Basófilas: 
- Afinidade pela hematoxilina, roxa. 
- Se localizam no centro. 
- São de três tipos: gonadotrópicas, 
tireotrópicas e corticotrópica. 
 
b) Cromófobas: 
-Citoplasma não tem afinidade pelos corantes 
usuais, hematoxilina e eosina. 
- Citoplasma é reduzido e pouco corado, ele é 
bem clarinho ao redor do núcleo. 
- É possível visualizar só o núcleo, não 
visualiza-se o citoplasma da célula 
- Sua função é pouco conhecida. 
 
B. Supra-Adrenal 
 
 
 
 
Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 
− Glândula Suprarrenal: 
a) Direita: formato triangular. Faz relação com a 
veia cava inferior e o fígado. Está localizada 
mais para cima, no polo superior. 
b) Esquerda: formato em meia lua. Faz relação 
com a aorta e com o estômago e pâncreas. Está 
localizada de forma supramedial, ou seja, tem 
contato com polo superior mas está em uma 
região mais medial do polo. 
- Constituição: uma cápsula de tecido conjuntivo 
conjuntivo que as reveste, contém trama de fibras 
reticulares que suporta as células que as constitui; 
 
− Regiões: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. CORTICAL 
a) Zona Glomerulosa 
✓ É a mais externa; 
✓ Células com forma piramidal/ colunar 
cilíndrica; formam grupamentos 
globosos/arciformes (com forma de arco); 
✓ Contém o núcleo esférico e central; 
✓ Citoplasma contém gotículas de lipídios 
compostas pelo hormônio por ela produzido; 
✓ É chamada de glomerulosa porque os 
grupamentos celulares formam estruturas 
arredondadas que lembram os glomérulos 
renais; 
✓ Hormônios: secreta mineralocorticoides 
(aldosterona) 
 
b) Zona Fasciculada 
✓ Está situada logo abaixo da glomerulosa; 
✓ Suas células são poliédricas, globosas; 
✓ As células são denominadas espongiócitos 
porque elas contêm cavidades em seu interior, 
no citoplasma, como se fossem as cavidades de 
uma esponja; 
✓ Hormônios: andrógenos, glicocorticóides e 
gonadocorticóides; (cortisol e corticosterona); 
 
c) Zona reticulada 
✓ Mais interna, voltada para a região medular; 
✓ Suas células são menores que as outras; formam 
cordões irregulares, com aspecto de uma rede; 
✓ As células possuem forma irregular; 
✓ As células sintetizam esteróides; secreta 
glicorticoides (em menor quantidade que na 
zona fasciculada); e andrógenos. 
 
2. MEDULAR 
✓ Constituída por células secretoras de 
catecolaminas; 
✓ Células são poliédricas e dispostas formando 
cordões, aglomerados arredondados. Estão 
dispostas entre extensas redes de capilares 
sanguíneos. 
✓ Hormônios: adrenalina (epinefrina) e 
noradrenalina (noraepinefrina). 
 
- Suprarrenal e Corticoides 
 O termo sindemia (série de doenças não 
transmissíveis, interagindo num contexto social e 
ambiental caracterizado por profunda desigualdade 
social) tem sido utilizado para definir a pandemia de 
COVID-19. 
 O hormônio do estresse, seria o agente deste efeito 
imunodepressor que possui um eixo próprio de ação no 
corpo agindo sobre diversos metabolismos do corpo. 
Nas fotomicrografias abaixo, podemos observar 
imagens dos órgãos que fazem parte deste eixo. 
 Os corticoides inibem a fosfolipase A2, essencial 
para a cascata do ácido aracdônico. 
 
 
 
Ação Imunossupressora do cortisol: 
✓ O Cortisol age ocupando os receptores de NF-κB e 
impedindo a transcrição inflamatória. NF-κB 
desempenha um papel fundamental na regulação da 
resposta imunitária à infecção pois ele é o principal 
responsável pela transcrição de citocinas pró-
inflamatórias como IL 6, IL 12 e TNFα. 
 
 
Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 
✓ O cortisol a longo prazo inibe a IL-2 e com isso 
impedindo a expansão clonal dos linfócitos. 
✓ Inibem a ação da fosfolipase A2 dessa forma, 
reduzem a formação dos leucotrienos que 
funcionam como mediadores inflamatórios 
potentes; diminuem a produção dos tromboxanos, 
das prostaglandinas e da prostaciclina. 
✓ A IL-1, a IL-6 e o TNF são capazes de estimular a 
síntese de glicocorticoides e fazem isso por 
intermédio do eixo hipotalâmico-hipofisário-
suprarrenal. Isso, por sua vez, diminui a atividade 
de Thl e macrófagos, completando a alça de 
feedback negativo 
 
Eixo de Ação 
 Eixo hipotálamo, hipófise, adrenal => Eixo 
hipotálamo-pituitária-adrenal 
 
Liberação do Cortisol 
1) A forma neurogênica de estresse (p. ex., medo), 
tanto quanto a sistêmica (p. ex., hipoglicemia, 
hemorragia, citocinas) estimulam a liberação de 
CRH (corticotropina) pelo hipotálamo. Esse 
hormônio atua na hipófise. 
2) O CRH, agudamente,estimula a liberação de 
ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) pela 
hipófise 
3) O ACTH atua nas glândulas suprarrenais ligando-
se ao receptor melanocortina 2 (MC2R), localizado 
nas células da zona fasciculada dessa glândula. O 
ACTH provoca a liberação de cortisol. 
4) O cortisol inibe a expressão do gene pró-CRH no 
hipotálamo. Entretanto, estresse intenso pode 
superar os efeitos do feedback negativo do cortisol 
no hipotálamo e reajustar o “ponto de equilíbrio” 
em um nível mais alto. 
 
Fases do Estresse 
Resposta ao estresse ou síndrome de adaptação geral 
(SAG): 
a) Estágio de defesa ou alarme/Luta e Fuga: 
- De curta duração, iniciada por impulsos nervosos 
provenientes do hipotálamo 
- Esse estágio leva quantidades enormes de glicose 
e oxigênio para os órgãos mais ativos no combate 
ao perigo; 
- Funções corporais não essenciais como atividades 
digestórias, urinárias e reprodutoras são inibidas 
 
b) Fase de Resistência: 
- O estágio de resistência ajuda o corpo a continuar 
lutando contra o estressor. 
- A reação de resistência começa pela ação dos 
hormônios hipotalâmicos de liberação e tem 
duração mais longa. 
- Um dos hormônios envolvidos são o hormônio 
liberador da corticotrofina (CRH). O CRH estimula 
a adenohipófise a secretar ACTH que, por sua vez, 
estimula o córtex da glândula suprarrenal a 
incrementar a liberação de cortisol. 
- O cortisol promove a gliconeogênese pelos 
hepatócitos, a degradação dos triglicerídios em 
ácidos graxos (lipólise) e o catabolismo de proteínas 
em aminoácidos. 
 
c) Fase de exaustão ou esgotamento: 
- Os recursos do corpo acabam se exaurindo e não 
conseguem sustentar o estágio de resistência, 
ocorrendo a exaustão. 
- A exposição prolongada a elevados níveis de 
cortisol e outros hormônios envolvidos na reação de 
resistência causa perda muscular, supressão do 
sistema imunológico, ulceração no sistema 
digestório e falência das células beta pancreáticas. 
 
- Efeitos psicológicos: Distúrbios psiquiátricos estão 
associados tanto a níveis excessivos quanto a níveis 
deficientes de corticosteroides. Níveis excessivos de 
corticosteroide podem, inicialmente, produzir uma 
sensação de bem-estar, mas a exposição excessiva a 
esses níveis leva à instabilidade emocional e depressão 
Pessoas que são deficientes em corticosteroides tendem 
a ser depressivas, apáticas e irritáveis. 
 
REAÇÃO DE HIPERSENSIBILIDADE 
 Coombs e Gell descreveram quatro tipos de reação de 
hipersensibilidade, termo este aplicado para designar 
uma resposta imune adaptativa que ocorre de forma 
exagerada ou inapropriada. 
 
a) Hipersensibilidade tipo I (Anafilática) 
1. FASE INICIAL 
✓ Os sintomas de alergia ocorrem logo depois que se 
entra em contato com o alérgeno. Por exemplo, na 
pele aparecem pápulas avermelhadas, se for um 
antígeno inalado, pode ocorrer a falta de ar devido 
a bronco-constrição das estruturas do trato 
respiratório. 
✓ A imunoglobulina E está envolvida, com a 
resposta inflamatória caracterizada pela ativação 
de mastócitos, basófilos e eosinófilos, 
responsáveis pela lesão tecidual. Ocorre na asma e 
no choque anafilático. 
✓ Acontece quando um indivíduo entra em contato 
com o antígeno, chamado de alérgeno, e ele ativa 
linfócitos Th2 que vão produzir citocinas que vão 
estimular os Linfócitos B a produzirem anticorpos 
IgE específicos contra aquele alérgeno. Esse 
anticorpo IgE se ligam a receptores que existem na 
superfície dos mastócitos e do basófilo. 
✓ O alérgeno vai se ligar no IgE, na superfície do 
mastócito, e isso vai causar a desgranulação do 
mastócito, ou seja, ele vai liberar o conteúdo dos 
seus grânulos, nesse conteúdo se tem histamina, 
heparina. Essa célula, também vai ser estimulada a 
produzir outros mediadores, como prostaglandinas 
 
 
Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 
e leucotrienos. Essas substâncias causam vaso 
dilatação, aumento da permeabilidade vascular, e 
espasmos no músculo liso, características que 
correspondem a fase imediata da reação de 
hipersensibilidade do tipo 1. 
 
 
Foto: Lâmina patológica com edema pulmonar 
D – Pulmão Normal 
✓ Aspecto arejado; 
✓ Alvéolos: tem espaço aéreo alveolar, que fica repleto 
de ar para que ocorra as trocas gasosas através das suas 
paredes. 
E – Pulmão com edema pulmonar 
✓ Não é observado mais o aspecto arejado do pulmão. 
Isso ocorre devido a vasodilatação e aumento da 
permeabilidade vascular, em que há um extravasamento 
de líquido para o tecido, o qual ficará preenchido com 
ele; 
✓ A região circulada em amarelo apresenta um rosa mais 
claro, representando o acúmulo de líquido no tecido 
colunar, devido a vaso dilatação e o aumento da 
permeabilidade vascular. 
 
2. FASE TARDIA 
- Essa fase tardia acontece horas depois do contato com 
o alérgeno e pode durar dias. Essa reação demorada se 
deve ao influxo dos leucócitos, quando o mastócito 
desgranula, ele libera citocinas e quimiocinas. 
- As quimiocinas vão atrair o influxo de leucócitos para 
o local onde está tendo essa reação alérgica. Entre esses 
leucócitos estão: eosinófilos, neutrófilos e linfócitos. 
- Os grânulos eusinofilicos característico do citoplasma 
do eosinófilo possuem proteína básica principal, e 
proteína catiônica eusinofilica. Essas proteínas vão 
causar danos as células. Por isso a resposta tardia causa 
danos ao tecido. 
 
 
b) Hipersensibilidade tipo II (Citotóxicas) 
- São dirigidas contra antígenos localizados nas 
superfícies das células ou dos tecidos. 
- Geralmente envolvem a ativação do complemento 
pela combinação de anticorpos IgG ou IgM com uma 
célula antigênica. Essa ativação estimula o 
complemento a causar a lise da célula afetada, que pode 
ser uma célula estranha ou uma célula do hospedeiro 
que carrega um determinante antigênico estranho (como 
uma droga) em sua superfície. 
- Ocorre nas reações a medicamentos e de transfusão, 
incompatibilidade ABO e eritroblastose fetal. 
 
c) Hipersensibilidade tipo III (Imunocomplexos) 
- A hipersensibilidade do tipo III pode ser uma reação 
geral ou que envolve órgãos individuais, tais como pele, 
rins, pulmões, dentre outros. É mediada por complexos 
imunes solúveis, na maioria de classe IgG, embora IgM 
possa estar também envolvida. 
- Ocorre nos casos em que complexos antígeno-
anticorpo pequenos não são eliminados, circulam pelos 
vasos sanguíneos e são depositados em locais de alta 
pressão onde desencadeiam respostas. 
- Os anticorpos envolvidos geralmente são IgG 
- Causam ativação de granulócitos, macrófagos e da 
cascata do complemento, no local da inflamação, 
sendo a magnitude desta reação dependente da 
quantidade de imunocomplexos e da sua distribuição 
corporal. 
- Ocorre em casos de infecções persistentes e algumas 
doenças auto-imunes como artrite e lúpus. 
- Ex.: A glomerulonefrite - é uma condição patológica 
de imunocomplexos, geralmente resultante de uma 
infecção, que causa dano inflamatório aos glomérulos 
renais, os locais de filtração do sangue. 
 Reação de Arthus - Reação inflamatória local intensa 
(na pele), mediada por complexos formados pela 
ligação de antígenos com anticorpos. 
 Outras: Doenças do soro, Doenças auto-imunes 
(artrite reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico, 
dermatomiosite), Pneumonite ou alveolites. 
 
d) Hipersensibilidade tipo IV (Celulares Tardias) 
✓ Única mediada por linfócitos T e macrófagos. 
✓ Ocorre em casos de dermatite por contato e 
infecções como as micobactérias causadoras da 
tuberculose e hanseníase. 
✓ Não são aparentes por um dia ou mais. 
✓ A sensibilização para as reações celulares tardias 
ocorre quando certos antígenos estranhos são 
fagocitados por macrófagos e então apresentados 
aos receptores na superfície da célula T Cd4, 
gerando plasmócitos e células T de memória. 
✓ Quando uma pessoa sensibilizada dessa maneira 
é exposta novamente ao antígeno, uma reação de 
hipersensibilidade tardia podeocorrer. As 
células de memória da exposição inicial ativam as 
células T que, ao interagirem com o antígeno-alvo, 
liberam citocinas destrutivas. 
✓ Ex.: dermatite alérgica de contato 
 
TIPO TARDIO: 
✓ Formação de granuloma; 
✓ Ex.: O indivíduo inala o bacilo da tuberculose, essa 
bactéria vai pro pulmão, e é fagocitada pelos 
macrófagos que vivem normalmente nesse local. 
Em algumas situações esse macrófago não vai 
conseguir destruir esse bacilo, criando uma infecção 
persistente. Esse macrófago vai começar a liberar 
citocinas, para atrair mais macrófagos e linfócitos 
 
 
Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 
T. Essa sinalização prolongada das citocinas vai 
induzir a formação do granuloma. 
 
 
Foto: Granuloma causado pela tuberculose 
F – Pulmão Normal 
G – Granuloma: 
✓ Geralmente é uma lesão mais pontual; 
✓ Em amarelo está o granuloma; 
✓ Em azul está o tecido pulmonar normal; 
✓ Formação: os macrófagos estão fagocitando o bacilo da 
tuberculose tentando destruí-los. Quando essas células 
liberarem quimiocinas e citocinas para atrair o linfócito, há 
mais perifericamente um anel linfocitário caracterizado por 
uma região mais basofílica (círculo rosa); 
✓ Centro necrótico caseoso: círculo verde; no caso da 
tuberculose, além dessas características principais do 
granuloma (macrófagos e linfócitos), há o centro necrótico 
caseoso, ou seja, uma região central que está sofrendo morte 
celular, uma necrose caseosa. 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA COMPLEMENTO 
- O C3a e o C5a, como desencadeiam o processo 
inflamatório, são moléculas chamadas de 
anafilatoxinas, ou seja, substâncias que provocam uma 
ação inflamatória. Elas ligam-se aos mastócitos e os 
induzem a liberarem histamina e outras substâncias que 
aumentam a permeabilidade vascular durante a 
inflamação. A C5 também funciona como um fator 
quimiotático muito potente que atrai fagócitos para o 
local de infecção 
- O C3b e C4b é uma opsonina porque vai se ligar na 
superfície do patógeno, facilitando a fagocitose 
- Então a opsonização facilita a fagocitose, e a 
inflamação vai recrutar mais células para aquele local 
 
a) Via Alternativa 
✓ Ativadores da via alternativa são componentes na 
superfície de patógenos e incluem: LPS de bactéria 
Gram-negativa e as paredes celulares de algumas 
bactérias e leveduras. 
✓ - Inicia com a clivagem espontânea do C3 no 
plasma, essa clivagem, inicialmente, ocorre a uma 
taxa baixa, porém, se não houver nenhum patógeno 
ali presente pro C3b opsonizar, os fragmentos de 
C3, o C3a e C3b, vão ser degradados, e não vai 
haver uma continuação da resposta do 
complemento pela via alternativa. Porém, se houver 
um patógeno livre no ambiente a sequencia da via 
alternativa do complemento vai continuar. 
✓ quando o C3b se liga a superfície do patógeno, ele 
vai recrutar uma outra proteína, chamada de fator B. 
✓ Com a ajuda de um catalizador, o fator D, vai haver 
a clivagem do fator B em Ba e Bb. 
✓ O fragmento Ba não tem nenhuma função e vai ser 
degradado. 
✓ No patógeno, ficará ligado o complexo C3bBb, que 
é chamado de C3 convertase 
✓ Essa C3 convertase vai atuar como enzima, 
clivando várias moléculas de C3, a uma taxa 
elevada, em C3b e C3a. Lembrando que o C3a ativa 
a inflamação, e o C3b vai opsonizar então vários 
C3b vão se ligar a superfície do patógeno. 
✓ Um novo C3b clivado vai se ligar no complexo 
C3bBb, formando o complexo C3bBbC3b, 
passando a se chamar C5 convertase. 
✓ A C5 convertase catalisa a clivagem de C5 em C5a 
e C5b. Esse C5 vai recrutar C6, C7, C8, C8 e vai 
formar o complexo de ataque a membrana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Via Clássica 
✓ É desencadeada por uma molécula de 
anticorpo ligada a antígenos. A ativação é 
dependente de anticorpo ligados a 
antígenos – IgM e IgG. 
✓ Então inicia com o complexo formado por 
antígeno e anticorpo se ligando a uma 
proteína do complemento chamada C1 
(com suas porções “q”, “r” e “s”). 
✓ Um patógeno (microrganismo) com um 
antígeno na membrana dele que se liga a 
um anticorpo. 
H – Granuloma da Tuberculose: 
✓ Observa-se ao meio o centro necrótico, 
ao redor dele há uma região rica em 
macrófagos, uma das principais células 
constituintes do granuloma. 
✓ Por fora há o anel linfocitário, mais 
basofílico (roxo escuro), região rica em 
linfócitos T 
I – Macrófagos: 
✓ Os macrófagos, como estão constantemente 
fagocitando bacilos e tentando destruí-los, eles vão 
sofrer modificações morfológicas e se diferenciar em 
células grandes, mais eusinofílicas, com núcleo mais 
claro (cromatina mais frouxa), chamados de células 
epitelióides, apontadas em amarelo. 
✓ Essas células também podem se fundir formando 
uma célula gigante multinucleada, chamado de 
gigantócitos tipo langhans, apontada em verde. 
 
 
Sabrina Cardoso, MD1, 2021/1 
✓ Então há a chegada da proteína C1, que vai se ligar 
a esse complexo antígeno anticorpo 
iniciando a via clássica, e recrutando a 
proteína C4 que vai ser clivada em C4a e 
C4b. 
✓ O C4b se liga a superfície do patógeno; 
✓ O C4b recruta outra proteína, a C2, e cliva 
essa proteína em C2a e C2b. 
✓ Há a formação do complexo C4b-2a, que 
é a C3 convertase, a qual cliva várias 
moléculas de C3 em C3b e C3a. 
✓ O C3b vai se ligar a superfície do 
patógeno, e é uma boa opsonina. 
✓ Outro C3b vai se ligar o complexo C4b-2a, 
formando o complexo C4b-C2a- C3b, que é uma C5 
convertase, que cliva o C5a em C5b. 
 
c) Via da Lectina 
✓ Ela é muito parecida com a via 
clássica, porém ela vai se iniciar 
com a ligação de uma proteína, a 
lectina em um resíduo de manose na 
superfície do patógeno. A manose é 
um açúcar que não existe nos 
mamíferos, mas existe em vários 
microrganismos, e a via da lectina vai se aproveitar 
dessa manose para iniciar a via. 
✓ A lectina se liga na membrana do patógeno ao 
resíduo de manose, e a parti daí, há o restante da via 
idêntica a via clássica, a única diferença é que a 
lectina funciona no lugar de C1. 
 
Formação do Complexo de Ataque a Membrana 
- O C5 é clivado em C5a e C5b. 
- O C5a é uma anafilatoxina porque induz a inflamação, 
e o C5b vai recrutar outras proteínas, como C6,C7,C8, 
que vão formar um complexo na membrana, os quais 
vão recrutar o C9 que formará um canal transmembrana 
chamado de complexo de ataque a membrana. 
- Os canais transmembrana (aberturas) resultam em 
citólise, ou seja, o rompimento da célula microbiana 
devido ao influxo de fluido extracelular através dos 
canais. 
 
 
 
CASCATA DO ÁCIDO ARACDÔNICO 
- O ácido araquidônico é um ácido carboxílico com 20 
átomos de carbono. Ele é derivado do ácido linoleico, 
que é um ácido graxo essencial, ou seja, que o nosso 
organismo não consegue sintetizar. Então pode-se 
ingerir diretamente o ácido araquidônico, ou pode 
haver a ingestão do acido linoleico, seu precursor, o 
qual no fígado é transformado em ácido araquidônico. 
Ele é transportado via lipoproteínas para várias 
células do organismo, onde ele passa a constituir os 
fosfolípides de membrana 
 
VIA DAS CICLOOXIGENASES (COX) 
✓ As enzimas ciclo-oxigenases citosólicas 
transformam o ácido aracdônico em 
prostaglandinas, tromboxanos e prostaciclinas 
✓ COX-1: 
- Está presente nas células em condições 
fisiológicas, principalmente na mucosa duodenal e 
nas plaquetas 
- Será responsável por catalisar as reações que 
formam as prostaglandinas (PGD2, PGE2), 
prostaciclinas (PGI2) e tromboxanos (TxA2). 
 
✓ COX-2 
- É uma enzima inflamatória, ou seja, está 
envolvida nos processos inflamatórios; mas ela 
também pode ser encontrada de forma constitutiva 
nos rins, no SNC e no endotélio; e pode ser 
induzida na presença de citocinas (Il-1, IL-2 e do 
TNF), sendo expressa caracteristicamente por 
células envolvidas no processo inflamatório 
(macrófagos, monócitos). 
- Responsável pelas prostaciclinas (PGI2) e 
prostaglandinas (PGE2). 
 
✓ Produtos: 
• As prostaglandinas atuam como

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