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Sistema Complemento

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Sistema Complemento  
- principal sistema de defesa inata;  
-principais mecanismos efetores da imunidade humoral e é também um                    
importante mecanismo efetor da imunidade inata;  
-Embora seu papel principal seja proteger contra infecções, também pode regular                      
os processos inflamatórios, remover células danificadas ou alteradas, enviar sinais                    
de “perigo” para o corpo e regular a resposta imune adaptativa;  
- envolvido na remoção dos imunocomplexos, angiogênese, mobilização de                  
células-tronco, regeneração tecidual e metabolismo de lipídio;  
-a ativação inapropriada do sistema complemento pode contribuir para várias                    
doenças imunes e inflamatórias;  
-proteção contra as infecções >> requer que o sistema imune inato responda à                          
invasão o mais rápido possível; o sistema é um componente importante nesta                        
resposta precoce >> Este é uma complexa rede de interação que consiste em                          
muitas interações de proteínas de reconhecimento de padrões, proteases,                  
proteínas séricas, receptores e reguladores ;   
-As proteínas do sistema são ativadas por meio de vias que fazem com que algumas                              
moléculas a se liguem covalentemente (e por isso irreversivelmente) à superfície                      
dos micróbios invasores. Uma vez ligados, estas proteínas podem destruir os                      
invasores.   
-permanece inativo em animais saudáveis não infectados;   
-é ativado tanto por padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs) na                      
superfície de agentes infeciosos quanto por anticorpos ligados a antígenos;  
-Por ser tão potente, ele deve ser cuidadosamente regulado e controlado. Isto, por                          
sua vez, leva a uma complexidade significativa;  
  
  
  
-consiste em um grupo de proteínas séricas inativas que são ativadas de forma                          
gradual . Três principais passos estão envolvidos:  
1. Primeiramente o sistema complemento deve ser ativado ; Uma vez ativado, o                      
sistema complemento produz múltiplas moléculas efetoras. A progressão da                  
ativação e a distribuição destas moléculas efetoras são cuidadosamente                  
reguladas; a estimulação da ativação do complemento , pode ocorrer por três                      
mecanismos/vias enzimáticas diferentes - via alternativa, via das lectinas e                    
via clássica;  
● As vias alternativa e das lectinas são diretamente ativadas pelos                      
carboidratos microbianos — exemplos clássicos de vias de                
reconhecimento de padrões que estimulam a imunidade inata;   
● a via clássica é uma via evolutivamente mais recente que é ativada por                          
anticorpos ligados à superfície de um organismo e assim funciona                    
somente em associação com a resposta imune adaptativa;  
Na ativação há clivagem sequencial de proteínas as quais irão dar origem a                          
complexos enzimáticos com atividade proteolítica >> As proteínas que                  
adquirem atividade enzimática proteolítica pela ação de outras proteases são                    
chamadas de zimógenos ; O processo de ativação sequencial de zimogênio,                    
uma característica de definição de uma cascata de enzimas proteolíticas,                    
também é característico dos sistemas de coagulação e das quininas; Cascatas                      
proteolíticas permitem enorme amplificação , porque cada molécula de                
enzima ativada em uma etapa pode gerar múltiplas moléculas de enzima                      
ativada na etapa seguinte;  
2. Segundo, uma proteína chave C3b deve ser gerada.   
3. Terceiro, o complexo terminal do complemento é montado por meio de uma                        
via de amplificação;  
  
  
➔ Proteínas do Sistema Complemento  
  
-30 ou mais proteínas;  
-marcadas numericamente com o prefixo C ( p. ex., C1, C2, C3) ou designadas por                            
letras do alfabeto ( B, D, P e assim por diante );  
-Algumas são encontradas livres no soro, enquanto outras são receptores de                      
superfície celular;  
-responsáveis por aproximadamente 5 a 10% das proteínas do soro sanguíneo;  
-sintetizados em múltiplos locais por todo o corpo;  
- maior parte dos componentes C3, C6, C8 e B é produzida no fígado, ao passo que                                  
C2, C3, C4, C5, B, D, P e I são produzidos pelos macrófagos;   
-Os grânulos dos neutrófilos podem armazenar grandes quantidades de C6 e C7 >                          
estão prontamente disponíveis para a defesa nos locais onde os macrófagos e                        
neutrófilos se acumulam;  
  
➔ nomenclatura  
  
• Proteínas da via clássica e do complexo de ataque a membrana: nomeados com a                              
letra C seguida de um número;  
– Sequência de Descoberta: C1, C2, C3, C4, C5, C6, C7, C8, C9   
– Sequência de reação: C1, C4, C2, C3, C5, C6, C7, C8 E C9   
• Proteínas da via alternativa ou fatores: nomeados por letras B, D e P;  
-à medida que vai ocorrendo a ativação, fragmentos são gerados, fragmentos                      
maiores recebem a denominação b (ex. C3b, C4b ) e têm função na opsonização e                            
fagocitose, e os menores a (ex. C3a, C4a ) com função na inflamação;  
OBS: Componentes inativados recebem o prefixo “i” (ex. iC3b);  
  
  
➔ VIA CLÁSSICA  
  
-geralmente ativada por grupos de moléculas de anticorpos na superfície de um                        
organismo estranho > associada com respostas imunes adaptativas;  
-não pode ser ativada até que os anticorpos sejam produzidos, o que pode ocorrer                            
tão tarde quanto de 7 a 10 dias após a infecção > Porém, uma vez ativada, é uma via                                      
muito eficaz;  
-iniciada pela ligação da proteína C1 do complemento aos domínios CH2 de IgG ou                            
aos domínios CH3 de moléculas de IgM que estão ligadas ao antígeno;  
-primeira ptn dessa via é a C1 >> consiste em três proteínas, ( C1q, C1r, C1s ) ligados                                
por cálcio; O C1q parece um chicote de seis fios quando observado por microscopia;                            
Duas moléculas de C1r e duas de C1s formam uma estrutura localizada entre os fios                              
de C1q; é ativado quando pelo menos dois dos seus fios se ligam aos sítios                              
ativadores do complemento nas moléculas de anticorpos agrupadas; A ligação causa                      
a alteração conformacional no C1q, que é transmitida para o C1r. Assim, o C1r expõe                              
um sítio de atividade proteolítica que age no C1s paraconverter a molécula em uma                              
enzima ativa;  
-Moléculas isoladas de imunoglobulina M (IgM) ligadas ao antígeno ou moléculas                      
pareadas de IgG ligadas ao antígeno são necessárias para ativar C1;  
estrutura polimérica de IgM proporciona prontamente dois sítios de ativação do                      
complemento com espaçamento próximo; Pelo menos duas moléculas de IgG                    
devem ficar agrupadas muito próximas para alcançarem o mesmo efeito > é muito                          
menos eficiente que IgM na ativação do sistema complemento pela via clássica  
-C1 também pode ser ativado diretamente por alguns vírus ou por bactérias como a                            
Escherichia coli e a Klebsiella pneumoniae; Este também pode ser ativado por                        
pentraxinas, como a proteína C reativa (CRP), ligadas à superfície celular ;  
-O C1s ativado cliva o C4 em C4a e C4b > O C2 então se liga ao C4b para formar                                        
C4b2; O C1s ativado então divide o C2 ativado, gerando um pequeno fragmento                          
peptídico C2a e o C4b2b ativado > O C1s não pode agir sobre o C2 solúvel, o C2 deve                                      
primeiramente se ligar ao C4b antes de ser clivado (outro exemplo de modulação                          
pelo substrato); O C4b2b é uma protease potente que cliva C3 e por isso                            
denomina-se C3 convertase > O C3b gerado desta maneira se liga e ativa o C5                              
(inflamação) > As reações subsequentes levam à formação do complexo terminal do                        
complemento e à destruição dos micróbios ;  
-Além da ligação aos imunocomplexos, C1q também pode se ligar a células                        
apoptóticas e necróticas, proteínas de matriz extracelular, pentraxinas como a CRP,                      
amilóide e proteínas do príon e DNA > Contudo, todas essas substâncias com                          
exceção dos imunocomplexos também podem se ligar aos inibidores do sistema                      
complemento C1-BP e fator H , de forma que não ocorre a ativação completa do                            
complemento > Se esses processos inibitórios são bloqueados, a ativação                    
descontrolada do sistema complemento pode levar à inflamação indesejável .  
  
  
  
➔ VIA ALTERNATIVA  
  
-desencadeada quando as paredes celulares microbianas interagem com                
componentes do sistema complemento na corrente sanguínea;   
-essencial da imunidade inata;  
-via antiga, invertebrados;  
-proteína mais importante é a C3 > é um heterodímero ligado por pontes                          
dissulfídicas, com cadeias α e β; sintetizado pelas células hepáticas e pelos                        
macrófagos; componente do sistema complemento com maior concentração no                  
soro; possui um tioéster de cadeia lateral altamente reativo, que, quando ativado, se                          
liga à superfície dos micróbios e os marca para a destruição pelas células do                            
sistema imune >> A ativação do tioéster do C3 deve ser cuidadosamente regulada                          
para assegurar que este não se ligue aos tecidos normais >> Para prevenir estes                            
acidentes, o grupo tioéster no C3 inativado está escondido no interior da molécula                          
dobrada;   
-Em animais normais saudáveis, o C3 é clivado lenta, mas espontaneamente, em                        
dois fragmentos denominados C3a e C3b >> possibilita que a molécula C3b exponha                          
o grupo tioéster; O tioéster então gera um grupo carbonil que liga o C3b                            
irreversivelmente aos carboidratos e proteínas nas superfícies celulares próximas ;  
A quebra do C3b também expõe os sítios de ligação para a proteína fator H >                                
Quando o fator H se liga a estes sítios, uma protease fator I degrada o C3b,                                
bloqueando sua atividade e gerando dois fragmentos, iC3b e C3c;   
-O iC3b se liga aos receptores encontrados nos leucócitos circulantes >> estimula                        
estas células a fagocitar patógenos e a ativar as células inflamatórias;  
-O produto final da clivagem do C3, C3dg , marca os patógenos para os receptores                            
de superfície das células B e assim promove a produção de anticorpos ;  
-A rápida destruição da célula ligada ao C3b depende da ligação do fator H, o qual                                
por sua vez depende da natureza da superfície-alvo > Quando o fator H interage                            
com as células normais, as glicoproteínas ricas em ácido siálico e outros                        
polissacarídeos neutros ou aniônicos aumentam sua ligação a C3b, o fator I é                          
ativado e o C3b é destruído > Desta maneira, nos indivíduos saudáveis, os fatores H                              
e I destroem o C3b assim que este é gerado ;  
-Por outro lado, as paredes bacterianas não possuem ácido siálico > Quando o C3b                            
se deposita nestas superfícies, o fator H não pode se ligar, o fator I é inativado, e a                                    
ligação com o C3b persiste > Neste caso, a abertura do C3b em uma superfície                              
ativadora expõe sítios de ligação para outra proteína do sistema complemento -                        
fator B > Como resultado um complexo C3bB é formado > O fator B ligado é, então,                                  
clivado por uma protease fator D , liberando um fragmento solúvel, Ba e deixando o                            
C3bBb aderido à bactéria > Este C3bBb ligado é uma protease, cujo substrato                          
preferido é o C3; (Por esta razão, ela é chamada de C3 convertase da via                              
alternativa.)   
-O fator D só pode atuar sobre o fator B após a ligação deste ao C3b, mas não antes;                                      
Esta condição é denominada modulação pelo substrato e ocorre em diversos                      
pontos da cascata do sistema complemento > Isto assegura que as atividades de                          
enzimas como o fator D estejam confinadas às moléculas corretas;  
-A C3 convertase da via alternativa, C3bBb, pode agir no C3 para gerar mais C3b >                                
Entretanto, C3bBb é muito instável e tem uma meia-vida de apenas 5 minutos;   
Se outra proteína, fator P (ou properdina), se liga ao complexo, isto forma C3bBbP,                            
com uma meia-vida de 30 minutos > Uma vez que o C3b serve para gerar mais                                
C3bBbP, o efeito final de tudo isto é que uma alça de amplificação é gerada onde                                
grandes quantidades de C3b são produzidas e irreversivelmente ligadas àssuperfícies de organismos invasores.   
-A properdina também reconhece vários PAMPs e padrões moleculares associados a                      
lesões (DAMPs) em células estranhas ou apoptóticas;  
- é responsável por 80 a 90% de toda a ativação da cascata do complemento mesmo                                
quando ativada inicialmente pela via clássica ou pela via das lectinas;  
  
  
  
➔ VIA DA LECTINA OU LÍTICA  
  
-envolve o uso de moléculas de reconhecimento de padrões solúveis (lectinas) que                        
reconhecem os carboidratos microbianos >> Essas lectinas ( proteínas                
colágeno-símile que se assemelham estruturalmente a C1q, pois tem estrutura                    
hexamérica / plasmáticas) se ligam aos micróbios e assim ativam as proteases que                          
ativam o complemento; reconhece resíduos de manose terminal nas glicoproteínas                    
e nos glicolipídios microbianos, similarmente ao receptor de manose nas                    
membranas dos fagócitos;  
-Assim como a via alternativa, é uma via inata estimulada simplesmente pela                        
presença de PAMPs bacterianos;  
-geração de C5 convertase leva ao início dessa via lítica;  
-desencadeada pela ligação de polissacarídios microbianos a lectinas circulantes,                  
tais como a lectina ligadora de manose plasmática (MBL) ou as ficolinas , sempre                          
na ausência de anticorpo;  
-As MBL podem se ligar a bactérias, fungos, protozoários parasitas e vírus pela                          
ligação com a manose ou N-acetilglucosamina na parede das células microbianas;                      
-Esta não se liga às glicoproteínas de mamíferos;   
-Após a MBL se ligar aos microrganismos, dois zimogênios chamados de MASP1                        
( serinoprotease 1 associada à manose ou serinoprotease associada à lectina ligante                      
de manan ) e MASP2 , com funções similares ao C1r e C1s, se associam à MBL e                                
iniciam passos proteolíticos na cascata e idênticos à via clássica;  
- MASPs apresentam função similar, a saber, a clivagem de C4 e de C2 para ativar o                                  
complemento;  
-Uma vez ligada, a MBL ativa a protease sérica MASP-2 . ( serina protease associada                            
à MBL) > Por sua vez, a MASP-2 ativada age no componente C4 do complemento,                              
quebrando-se em C4a e C4b > Isto expõe o grupo tioéster no C4b e dá origem a um                                    
grupo carbonil reativo que liga o C4b de maneira covalente à superfície microbiana                          
> Outro componente do complemento, C2, então se liga ao C4b para formar o                            
complexo C4b2 . O C2 ligado é então clivado pela MASP-2 para gerar C4b2b;  
- O C4b2b ligado é uma protease que quebra o C3 para gerar C3a e C3b e expõe o                                    
grupo tioéster no C3b > A ativação do C3b pelo C4b2b é o passo principal pois cada                                  
complexo C4b2b pode gerar até 200 moléculas de C3b .   
-Uma vez que estas reações são geralmente confinadas ao microambiente próximo                      
das superfícies microbianas, o C3b recentemente formado irá se ligar aos micróbios                        
próximos > A ligação do C3b então liga o C5 e o cliva em C5a e C5b .   
-A via do complemento pode então continuar e matar o organismo com os                          
complexos terminais do complemento .   
-A via MBL-MASP-2 é antiga, tendo existido por pelo menos 300 milhões de anos;  
-Embora em muitas vias seja duplicada, é um exemplo de uma via no corpo que usa                                
mecanismos redundantes para assegurar a proteção;  
  
  
  
● Ativação da via Lectina sem a MBL  
  
-ficolina > ativa o sistema complemento de maneira similar à MBL;  
  
➔ Etapas Finais da Ativação do Complemento/Via de Amplificação  
  
-As C5-convertases geradas pela alternativa clássica ou das lectinas iniciam a                      
ativação dos componentes da via terminal do sistema complemento, o que culmina                        
na formação do complexo citocida de ataque à membrana (MAC);  
-As C5- convertases clivam C5 em um pequeno fragmento, C5a, que é liberado, e                            
outro fragmento com duas cadeias C5b, que permanece ligado às proteínas do                        
complemento depositadas na superfície da célula;   
-C5a possui potentes efeitos biológicos em diversas células;  
-Os demais componentes da cascata do complemento, C6, C7, C8 e C9, são                          
proteínas estruturalmente relacionadas e sem atividade enzimática;   
-C5b sustenta uma conformação transitória que é capaz de se ligar às proteínas                          
seguintes da cascata, C6 e C7;  
-O componente C7 do complexo resultante C5b,6,7 é hidrofóbico e se insere na                          
bicamada lipídica das membranas celulares, onde se torna um receptor de alta                        
afinidade para a molécula C8.   
-A proteína C8 é um trímero composto por três cadeias distintas, uma das quais se                              
liga ao complexo C5b,6,7 e forma um heterodímero covalente com a segunda cadeia;                          
a terceira cadeia se insere na bicamada lipídica da membrana;   
-Este complexo C5b,6,7,8 (C5b-8) inserido estavelmente tem uma capacidade                  
limitada de lisar as células.   
-Em seguida, 12 a 18 moléculas de C9 podem se agregar ao complexo C5b678 para                              
formar uma estrutura tubular - complexo terminal do complemento (TCC) ou                      
complexo de ataque à membrana (MAC) > se insere na membrana celular                        
microbiana e provoca um orifício. Se uma quantidade suficiente de TCCs for                        
formada em um organismo, este será morto por lise osmótica;  
-A formação de um MAC completamente ativo é alcançada pela ligação de C9, o                            
componente final da cascata do complemento, ao complexo C5b-8;  
-C9 é uma proteína sérica que se polimeriza no local de ligação de C5b-8 para                              
formar poros nas membranas plasmáticas >> Esses poros formam canais que                      
permitem a livre circulação de água e de íons;   
-A entrada de água resulta em aumento osmótico e ruptura das células em cuja                            
superfície o MAC foi depositado;   
-Os poros formados pela C9 polimerizada são semelhantes aos poros de membrana                        
formada por perforina, a proteína do grânulo citolítico encontrado em linfócitos T                        
citotóxicos e em células NK;  
-C9 é estruturalmente homóloga à perforina;  
  
  
-C3a e C5a liberados( peptídeos pequenos) > possuem efeitos pró-inflamatórios                    
potentes; desgranulam mastócitos e estimulam as plaquetas a liberarem as                    
moléculas vasoativas histamina e serotonina; Ambas ativam a inflamação por meio                      
dos seus receptores de superfície celular ( C3aR e C5aR ); são poderosos                      
quimiotáticos para neutrófilos e macrófagos; Aumentam a permeabilidade vascular,                  
causando a liberação das enzimas dos lisossomos dos neutrófilos e tromboxano dos                        
macrófagos;  
-C3a e o seu derivado inativado C3a- des Arg podem matar bactérias >> eficiente                            
exterminador de E. coli, Pseudomonas aeruginosa, Enterococcus faecalis e                  
Streptococcus pyogenes; age como outros peptídeos microbianos pela ruptura das                    
membranas microbianas;   
-C3a e C5a também podem ser denominados anafilotoxinas uma vez que, quando                        
injetados em quantidades suficientes, podem matar um animal de maneira similar a                        
uma anafilotoxina;  
  
  
  
  
➔ Receptores do Sistema Complemento  
  
-Cinco receptores para C3 ou seus fragmentos são expressos nas células;  
-denominados CR1 (CD35), CR2 (CD21), CR3 (CD11a/CD18), CR4 (CD11c/CD18) e                    
CRIg;  
-primatas > CR1 é encontrado nas hemácias, neutrófilos, eosinófilos, monócitos,                    
macrófagos, linfócitos B e alguns linfócitos T > Este se liga a C3b e C4b, bem como                                  
ao subproduto da clivagem de C3b, o iC3b; O CR1 presente nas hemácias é                            
responsável por 90% de todo o CR1 do sangue;  
-o CR1 >> remove os imunocomplexos (complexo              
complemento-antígeno-anticorpo) da circulação (os imunocomplexos ligam-se ao              
CR1 dos eritrócitos e as células recobertas são, então, removidas do fígado e do                            
baço);   
-As deficiências dos componentes do sistema complemento ou de seus receptores                      
podem levar ao acúmulo de imunocomplexos circulantes em órgãos como os rins e                          
produzir lesão;   
ex. alguns pacientes com a doença autoimune lúpus eritematoso sistêmico têm uma                        
deficiência de CR1 e são, portanto, incapazes de remover esses imunocomplexos                      
efetivamente; Cães deficientes em C3 desenvolvem lesões renais mediadas por                    
imunocomplexos pela mesma razão;  
- CR2 (CD21) >> encontrado na maioria dos linfócitos B; ele se liga a um                              
subproduto da clivagem de C3 > C3d; CR2 forma um complexo com o CD19 > Este                                
complexo regula as respostas dos linfócitos B ; Os linfócitos B precisam ser                        
estimulados pelo C3d por meio de CR2 para responder com a máxima eficiência aos                            
antígenos;   
- CR3 (CD11a/CD18) >> é uma integrina que se liga a iC3b; encontrado em                            
macrófagos, neutrófilos e células natural killer;   
-Uma deficiência genética de CR3 (deficiência de aderência de leucócitos, LAD) foi                        
descrita em humanos, bovinos e cães, e os indivíduos afetados apresentam graves                        
infecções recorrentes ;   
- CR4 (CD11c/CD18) >> é outra integrina encontrada nos neutrófilos, linfócitos T,                        
células NK, macrófagos e algumas plaquetas; Liga-se a fragmentos da clivagem de                        
C3;   
- CRIg >> é expresso em macrófagos teciduais, incluindo as células de Kup�er no                            
fígado; Tem afinidade por C3b e iC3b; tem afinidade por C3b; é um receptor para a                                
opsonização dependente de C3 dos patógenos presentes na circulação sanguínea;  
  
➔ Funções das Proteínas do Complemento  
  
1. Opsonização - O C3b e o C4b se ligam covalentemente à superfície do                          
micróbio e a marcam de maneira eficaz como estranha, servindo como                      
opsoninas muito potentes e eficazes;  
As células fagocitárias possuem CR1, ao passo que os macrófagos residentes                      
possuem CRIg > Os organismos recobertos por C3b irão se ligar fortemente                        
a essas células e sofrerão fagocitose tipo II > Se, por alguma razão, esses                            
organismos não puderem ser ingeridos, os neutrófilos podem secretar suas                    
enzimas lisossômicas e oxidantes no fluido ao redor do tecido > Estas                        
moléculas então causam inflamação e dano tecidual — reação classificada                    
como hipersensibilidade do tipo III ;  
muitas bactérias tenham desenvolvido mecanismos para neutralizar a                
cascata do sistema complemento;  
2. Remoção de Células Apoptóticas - também contribui para a cicatrização                    
após o processo inflamatório promovendo a remoção de células apoptóticas                    
e complexos imunes; As células apoptóticas perdem os seus inibidores do                      
complemento CD46 e CD59 > Assim, eles podem ser opsonizados pelo C3b e                          
C4b e removidos por fagocitose ; As células apoptóticas ligam o CRP que pode                          
então ligar o C1q, levando à ativação da via clássica; A properdina (fator P)                            
também se liga aos linfócitos T apoptóticos, resultando em opsonização e                      
destruição mediada por C3b;  
3. Quimiotaxia - sistema complemento é o principal colaborador para a                    
inflamação aguda;   
ex. a ativação do sistema complemento por qualquer uma de suas vias gera                          
muitos peptídeos potencialmente quimiotáticos, incluindo C5a e C5b67;                
C5b67 é quimiotático para neutrófilos e eosinófilos, ao passo que C5a atrai                        
não somente neutrófilos e eosinófilos, mas também macrófagos e basófilos.                    
Quando C5a atrai neutrófilos, ele estimula o burst oxidativo e regula                      
positivamente a expressão de CR1 e integrina;  
4. Imunorregulação/Regulação da resposta de anticorpos - regula a                
imunidade humoral; C3d amplifica a resposta adaptativa quando ligado ao                    
antígeno; Quando uma molécula de antígeno liga-se a um receptor de                      
linfócito B, qualquer C3d em sua superfície irá se ligar ao complexo                        
CD21/CD19 da membrana do linfócito B;   
obs: Lembre-se de que várias centenas de moléculas de C3 podem aderir a                          
um antígeno devido à ação da C3 convertase;   
A ativação do complexo CD21/CD19 amplifica a sinalização via receptor do                      
linfócito B e é uma importante via estimulante para a maturação dos                        
linfócitos B;   
Reciprocamente, a depleção de C3 está associada à redução das respostas delinfócitos B > Revestir os antígenos com C3d também permite que eles se                          
liguem ao CR2 das células dendríticas e, portanto, influencia a apresentação                      
de antígenos;   
Na ausência de C3, os complexos imunes não localizam as células dendríticas                        
foliculares nos centros germinativos;  
5. Lise de bactéria e células infectadas ou transformadas - mediada pelo MAC;  
6. Limpeza de imuno-complexos  
  
-Maléficas:   
7. Inflamação - As anafilotoxinas, C3a e C5a, aumentam a produção das três                        
citocinas pró-inflamatórias induzidas por TLR, o TNF-α, IL-1β e IL-6;   
Após a ligação com os seus receptores, eles interagem com o receptor do tipo                            
toll 2 (TLR2), TLR4 e TLR9; Reciprocamente, a estimulação do TLR aumenta a                          
expressão celular de C3aR e C5aR;  
induzem inflamação aguda, ativando mastócitos, neutrófilos e células                
endoteliai;  
peptídios ligam-se a mastócitos e induzem a desgranulação, com a liberação                      
de mediadores vasoativos como a histamina;  
Em neutrófilos, C5a reforça a motilidade, a adesão firme às células                      
endoteliais e, em altas concentrações, o estímulo do burst respiratório e da                        
produção de espécies reativas de oxigênio;  
C5a pode atuar diretamente sobre as células endoteliais vasculares e induzir                      
aumento da permeabilidade vascular e expressão de P selectina, o que                      
promove a ligação de neutrófilos;  
8. Anafilaxia - As anafilotoxinas, C3a e C5a, aumentam a produção das três                        
citocinas pró-inflamatórias;

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