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INTRODUÇÃO E FUNDAMENTOS DA ESTÉTICA E COSMÉTICOS. Professora Esp. Manoela Lima Professora Esp. Manoela Lima O BELO E A BELEZA INTRODUÇÃO E FUNDAMENTOS DA ESTÉTICA E COSMÉTICOS. PROFISSÃO DE ESTÉTICA ESTETICISTA é a profissional que realiza procedimentos voltados para a beleza, bem-estar e saúde do cliente. Realiza tratamentos faciais, corporais e capilares, como limpeza de pele, hidratação, massagens, drenagem linfática, maquiagem, depilação, aplicação de cosméticos e diversos tipos de procedimentos de beleza e auto estima. • ORIGEM DA PALAVRA ¨ESTÉTICA¨: vem do grego, aisthésis, de percepção e sensação. • Os povos primitivos de todos os lugares do mundo se adornavam, maquiavam, usavam óleos e perfumes, para ocasiões de celebrações. • Na Grécia, a estética surgiu como uma matéria de filosofia. HISTÓRICO DA PROFISSÃO. • No Egito Cleópatra usava argilas, óleos aromáticos e banhos de leite de cabra e jumenta (imortalidade) • Na Idade Média houve represálias pela igreja acreditando que a vaidade era força maléfica. • Higiene praticamente nula. HISTÓRICO DA PROFISSÃO. GRÉCIA ANTIGA A primeira tentativa de padronização da beleza humana de que se tem registro parte da Grécia Antiga (tanto que a palavra estética tem origem grega e significa ?compreensão pelos sentidos?). O modelo de beleza ideal deveria combinar harmonia e equilíbrio, valorizando as medidas proporcionais. Isso valia também para as artes e arquitetura. O culto ao corpo entre os jovens previa que fossem fortes para serem soldados ou atletas. Os exercícios físicos também eram comuns entre as mulheres, que evitavam o bronzeado, por não ser considerado belo. • No século XIII houve um compromisso com o mundo, então as Damas se indignaram contra a Igreja e começaram a ter interesse pela sua imagem. Os enfeites começaram também a ter sucesso. GRÉCIA ANTIGA A Igreja acabou por perder a guerra contra a sua adversária Cosmética . IDADE MÉDIA Recebendo influências da cultura judaica e cristã, a partir da Idade Média, as representações de nu e culto ao corpo dão lugar ao recato. Especialmente o corpo feminino era considerado como ?tentador? e o conceito de belo estava conectado ao divino, ao plano espiritual, às virtudes morais. Por questões morais, as vestimentas deveriam ser longas e esconder o corpo atrás dos trajes volumosos. Imperfeições físicas do corpo eram consideradas ligadas às da alma (resultadas de pecado). Para serem consideradas belas, as mulheres medievais deveriam seguir a figura da Virgem Maria. • Século XVII - hábito do banho • Acreditava-se que os poros dilatados permitiam a saída dos humores do corpo. • O cabelo penteado, os ouvidos limpos e a boca lavada. IDADE MÉDIA ESTÉTICA E O RENASCIMENTO ✓ Nesse período os valores humanistas retornaram e com eles vieram também a adoção de padrões de beleza da Antiguidade. No renascentismo as pinturas passaram a ser mais sedutoras e com os corpos à mostra. Os quadros mostravam mulheres de cabelos longos e com formas avantajadas. Já os homens tinham um corpo musculoso e sem pelos. ✓ Nessa época os ideias greco-romanos também retornaram e a obesidade era sinônimo de status, riqueza e ostentação. O que era disponível para um seleto grupo da nobreza. ✓ Os pintores Leonardo da Vinci e Michelangelo dão apoio a estética centrada no homem, representando-o sob vigoroso naturalismo de gestos e expressões faciais, destacando músculos e nervos. É nesse momento também, que os decotes descem, os penteados ficam mais elaborados e as maquiagens começam a ser utilizadas no dia-a-dia. Roupas luxuosas estavam na moda e representavam o grau de nobreza. A BELEZA COMO VALOR UNIVERSAL Na contramão do que vem sendo produzido em grande parte do meio artístico na atualidade, o filósofo inglês Roger Scruton clama pela retomada da beleza como critério universal. ANOS 10 Foi um período marcado por muitos exageros em diversas áreas, como, na pintura (pó de arroz), na arquitetura e no vestuário. Roupas de sedas, rendas e cetim estavam no auge. As perucas eram muito utilizadas e os decotes eram bem extravagantes, alguns chegavam até os mamilos. As cinturas afuniladas com espartilhos já eram utilizadas. ANOS 10 O marco desse período foi a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), que motivou novos pensamentos e for mas de agir da humanidade. Pela primeira vez as mulheres participaram do mercado de trabalho, assumindo diferentes papéis. Durante esse período, o vestuário tonou-se prático e apropriado à rotina das fábricas e escritórios. ANOS 20 Uma década de prosperidade e liberdade, animada pelo som das jazz-bands e pelo charme das melindrosas – mulheres modernas da época, que frequentavam os salões e traduziam em seu comportamento e modo de vestir o espírito da também chamada Era do Jazz. ANOS 60 Foi uma década revolucionária que marcou a explosão da juventude e o desejo da liberdade. Pílula anticoncepcional começou a ser comercializada. Os jovens entraram no mercado de trabalho e fizeram a sua própria moda. As jovens da época imitavam o biotipo de modelos magras, a maquiagem era basicamente nos olhos, cílios negros e postiços, batom e esmaltes tinham tonalidades claras. A moda era cabelos armados com muito laquê e as perucas também estavam em alta. ANOS 70 O estilo anos 70 foi marcado pelas inúmeras formas de manifestação e expressão que caracterizaram a década e originaram uma grande diversidade de movimentos artísticos que tinham como principal válvula de escape, a moda, a música e as artes plásticas. Independente do movimento aderido, hippie, disco, glitter ou punk, a liberdade de expressão era imperativa para a juventude da época, onde a ordem principal era ser diferente e ir contra o pré-estabelecido, e cada uma das vertentes do estilo anos 70 faz isso de uma maneira distinta. No estilo hippie a mescla de materiais rústicos associados ao estilo indiano repleto de batas e saias estampadas, um tanto quanto desleixadas era a expressão máxima da filosofia “paz e amor”. Foram ainda os hippies que introduziram o conceito assexuado na moda através das calçasboca-de-sino e das plataformas que eram igualmente usadas por homens e mulheres. O estilo anos 70 foi marcado pelas inúmeras formas de manifestação e expressão que caracterizaram a década e originaram uma grande diversidade de movimentos artísticos que tinham como principal válvula de escape, a moda, a música e as artes plásticas. Independente do movimento aderido, hippie, disco, glitter ou punk, a liberdade de expressão era imperativa para a juventude da época, onde a ordem principal era ser diferente e ir contra o pré-estabelecido, e cada uma das vertentes do estilo anos 70 faz isso de uma maneira distinta. No estilo hippie a mescla de materiais rústicos associados ao estilo indiano repleto de batas e saias estampadas, um tanto quanto desleixadas era a expressão máxima da filosofia “paz e amor”. Foram ainda os hippies que introduziram o conceito assexuado na moda através das calçasboca-de-sino e das plataformas que eram igualmente usadas por homens e mulheres. ANOS 70 ANOS 80 Os anos 80 começam mesmo por volta de 1978, em pleno auge da música “disco” inspirados no filme “Embalos de sábado à noite” (1977). Reflorescem o glamour da noite e o charme do excesso e do brilho, deixando para trás o estilo hippie dos anos 70. Lady Di se tornaria uma das mulheres mais famosas e adoradas do mundo. Foi também época de Guerra Fria e de muitos conflitos; na América Latina foi considerada a década perdida. ANOS 80 Época da geração saúde, febre das ginásticas aeróbicas e vitaminas. A música influenciou fortemente a moda (rappers, punks, góticos, skinheads). A maquiagem tinha cores vivas e fortes, como o vermelho e o pink. Os olhos eram pintados com sombras e os cílios eram alongados com máscaras coloridas. Os cabelos iam do topete alto ao penteadocom gel de efeito molhado. Lá no começo da série Moda no Tempo, eu disse que até os anos 90, cada década teve um identidade bem própria e marcada de moda. Os anos 80 ficaram marcados pelo surgimento das tribos urbanas, que eram grupos que se reuniam em função de uma ideologia. Era a chamada moda arquipélago: varias tribos convivendo em um mesmo espaço e que se respeitam. Existe uma fidelidade ao estilo. PUNKS, HIPPIES, PERUAS, SKINHEADS, NEW WAVERS, HEAVY METAL, RAPPERS, CLÁSSICOS, ROMÂNTICOS, GRUNGES, ETC. Havia entre as pessoas dos mesmos grupos uma identidade ideológica, não financeira. A moda é como se fosse uma grande salada de frutas. Eu vejo todas, elas convivem e é possível separá- las. Com os anos 90 se encerra um ciclo de moda. Tudo se mistura. Ao invés da salada de frutas, temos uma vitamina. Já não é possível separar as frutas. Tudo está liquidificado. A velocidade das mudanças é mais rápida. A moda é mais efêmera. Pode evaporar-se amanhã em nome de outras paixões, de outras maneiras de distinguir-se ou de exprimir-se. ANOS 90 ANOS 90/2000... O Brasil torna-se um país fornecedor de modelos lindas. A indústria de cosméticos se especializa cada vez mais, oferecendo produtos eficazes, mais práticos, hipoalergênicos e orgânicos. O início do século XXI foi marcado pela nanotecnologia, a arte de manipular os materiais em uma escala atômica ou molecular. Essa tecnologia modificou as propriedades químicas e transformou-as em unidades cada vez menores, aprimorando os ingredientes e diminuindo as reações adversas. Os aparelhos começam a ficar cada vez mais sofisticados e os tratamentos cosméticos são personalizados, destinados especificamente para cada tipo de pele e idade. O avanço da tecnologia permitiu criar equipamentos e técnicas minimamente invasivas, eficazes e acima de tudo, ao alcance de toda a população. ANO 2000... • No sec. XIX • É dada grande importância à sua forma física e elegância, tentando-se disfarçar a gordura e excesso de peso. • 1º Instituto de Beleza do mundo- Paris • Tenta-se pela primeira vez eliminar as rugas usando um método chamado esmaltado do rosto . • Estava consolidada no mercado a cosmética como negócio lucrativo. • Sec. XX ¨Helena Rubinstein¨ • Anos 60 –Anne Marie Klotz criou a Escola France Bel no RJ. MULHERES QUE MARCARAM A HISTÓRIA DA SAÚDE E BELEZA. MULHERES QUE MARCARAM A HISTÓRIA DA SAÚDE E BELEZA. Helena Rubinstein (1872-1965) Nascida em 1871, na Cracóvia – Polônia, Helena Rubinstein é conhecida como a mulher que inventou a beleza. Seu gênio era forte, famoso por ser autoritário. Com isso, acabou sendo enviada pela família para a Austrália, na casa de um tio. Em sua mala, carregou poucos itens, entre eles um creme, que sua mãe costumava aplicar em seu rosto para proteger a pele do frio. Não demorou muito para o aspecto viçoso de sua pele chamasse a atenção das australianas. Com isso, Helena teve que fazer muitas encomendas à sua mãe, até que a mesma não desse mais conta. Como resultado, Helena logo arrumou um trabalho em uma farmácia, onde pode dar início a suas próprias formulações. 1902: Um ano marcante na vida de Helena As mulheres australianas receberam direito ao voto, e sua fórmula começou a ser vendida em diversas farmácias e mercados. Em razão de seu sucesso, Helena logo abriu seu primeiro instituto de beleza, resultando na oportunidade de ampliar seu portfólio e trabalhar como esteticista. Seus negócios se espalharam por toda a Oceania e, em 1908 e 1909, chegou a Paris e Londres. Já naquela época, ela apostava em marketing e no bom relacionamento com a imprensa, distribuindo seus cosméticos a formadores de opinião. Em 1914, quando iniciou a Primeira Guerra Mundial, mudou-se para Nova York e um ano depois inaugurou seu primeiro instituto nos Estados Unidos. HELENA RUBINSTEIN MULHERES QUE MARCARAM A HISTÓRIA DA SAÚDE E BELEZA. Ela chegou ao Brasil em 1957, vinda da França, para trabalhar como esteticista em um salão de beleza de São Paulo. A profissão era raríssima no país e, por isso, ela começou a se destacar realizando serviços diferentes. Lá, conheceu o cabeleireiro que se tornou seu companheiro de vida. Um tempo depois, montou junto com ele o Jacques & Janine, a maior e mais tradicional rede de salões de beleza do Brasil, com 70 unidades espalhadas por todo o país. Na época em que o mercado da beleza era embrionário, Janine trouxe de Paris a expertise da maquiagem profissional, utilizando técnicas e produtos que hoje são básicos para o procedimento. Além disso, foi uma das pioneiras a realizar protocolos de atendimentos estéticos, com metodologias de aplicação. MULHERES QUE MARCARAM A HISTÓRIA DA SAÚDE E BELEZA. A estética no Brasil não existiria se Anne Marie Klotz não tivesse trazido para o país tudo que aprendeu sobre a técnicas da especialidade na França para cá, há cerca de 70 anos. A franco-brasileira é considerada a primeira profissional de estética do país por mesclar o conhecimento adquirido na Europa com sua própria forma de trabalho. Sua metodologia foi tão reconhecida que, em pouco tempo, recebeu o registro oficial dos Ministérios da Saúde e da Educação, norma que é válida até hoje. Anne Marie criou uma das primeiras linhas de cosméticos nacionais, ajudou a estruturar a primeira fábrica de equipamentos estéticos do país e fundou a Federação Brasileira de Estética e Cosmetologia. Em 2010, aos 95 anos, faleceu deixando um legado inesquecível. https://youtu.be/-sVCwySPu-o Anne Marie Klotz mostrou como nós profissionais esteticistas podemos fazer para atravessar o deserto.
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