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Explicar os potenciais de membrana e de ação, bem como a influência dos íons nesses potenciais - Fatores que afetam a velocidade de difusão: Diferença de concentração; diferença de potencial elétrico; e diferença de pressão - Glicose, apesar de ir a favor do gradiente de concentração, vai precisar gastar energia e passar pela proteínas carreadora, devido ao seu tamanho * Potencial de membrana - Resume-se o potencial de membrana como a diferença de potencial elétrico entre os meios intra e extracelular, existindo através das membranas de praticamente todas as células do corpo - Em membranas permeáveis a vários íons, o potencial de difusão pode se desenvolver por: polaridade das cargas elétricas de cada íon (se a carga é + ou – vai ajudar a ela ter a difusão ou não); permeabilidade da membrana para cada íon (a membrana pode ser permeável mais para um íon do que para outro segundo a carga da membrana); as concentrações de cada íon no lado interno e externo da membrana (vai interferir na passagem de soluto ou solventes, buscando sempre um equilíbrio). Íons sódio, potássio e cloreto como mais importantes no desenvolvimento dos potenciais de membrana - Uma vez que as diferenças de potencial são criadas pela separação de apenas algumas cargas próximas à membrana, esta não é suficiente para alterar, de forma considerável, as concentrações totais, de modo a respeitar o princípio da eletroneutralidade macroscópica - Para gerar um Potencial de Difusão (força que bloqueia a continuação da difusão de potássio para fora), pegando, por exemplo, uma membrana com grande concentração de potássio na LIC e baixa no LEC, haverá uma predisposição a passagem do potássio de LIC para LEC, mas em um milissegundo, esse potencial de difusão torna-se tão grande a ponto de bloquear a difusão do potássio para o exterior, sendo essa diferença de 94 milivolts com negatividade na face interna, gerando o potencial de membrana - Já, pegando o íon sódio com maior concentração no LEC que no LIC, haverá predisposição a sua entrada na célula, mas que com um potencial em torno de 61 milivolts dentro da célula há bloqueio da difusão de íons - Potencial de Nernst vai calcular o potencial de difusão de um íon para toda a membrana, quando essa é permeável a apenas um íon - Equação de Goldman calcula o potencial de difusão para vários íons diferentes em toda a membrana * Negativo dentro e positivo fora - O LIC é de cerca de -90 milivolts com a célula em repouso, fazendo com quem o meio intracelular seja mais negativo pelos fatores abaixo descritos: - A bomba de sódio- potássio-ATPase mantém a concentração de K+ no meio interno alta e a concentração de Na+ alta no meio externo. Ela bombeia 2 K+ para dentro contra seu gradiente, ao passo que manda 3 Na+ para fora contra o gradiente. Logo o meio externo acaba por ser mais positivo que o interno - Transporte passivo: Em repouso a membrana é mais permeável ao potássio do que ao sódio (canais de vazamento, sem comportas). A cada 1000 K+ passam 10 Na+. Assim o meio externo fica mais positivo, pois saem mais K+ do que entram Na+. - Também pelo transporte passivo entram menos íons de Na+ do que saem os de K+, contribuindo para essa diferença de carga entre os 2 meios na célula em repouso * Potenciais de ação - Rápidas alterações dos potenciais de membrana (de células musculares e neurônios) que se propagam pela membrana da fibra, transmitindo sinais nervosos, devido a estímulos elétricos/químicos (hormônios)/físicos (pressão) * Como se dá o início do potencial de ação - O potencial de ação dá-se alterando o potencial negativo para o positivo, de forma muito rápida, e propagando esse potencial ao longo da fibra nervosa - O nervo não terá potencial de ação em seu estado normal, mas qualquer evento capaz de alterar o potencial de membrana de -90 para 0 causará abertura de canais de sódio de forma susceptiva até a abertura de todos em um processo chamado de Ciclo vicioso de Feedback positivo - O limiar para o potencial de ação dá-se pelo aumento abrupto do potencial de membrana (-90 para no mínimo -65), de modo a desencadear o ciclo vicioso supracitado - Uma região que despolariza, também aumentam a voltagem em uma distância de 1 a 3 mm, de modo a despolarizar outras partes da membrana, permitindo um impulso nervoso que sai da primeira região despolarizada e segue para toda a célula - Princípio de tudo ou nada: uma vez estimulada alguma região, ou o estímulo se desencadeia para toda a extensão da célula ou não se desencadeia. Ocorre em todos os tecidos excitáveis normais - Periodicamente, a bomba de Na+ K+ tem que entrar em funcionamento para reestabelecer a diferença da concentração de íons da membrana em repouso. Essa bomba faz gasto de energia (ATP), sendo um processo metabólico ativo - Platô: prolonga o período de despolarização da membrana e se dá nas fibras musculares do coração, durando de 0,2 a 0,3 segundo (mesmo tempo de contração dos músculos do coração) - No potencial de ação há despolarização com o potencial de membrana tornando-se positivo por milésimos de segundo e sua repolarização com a volta desse potencial aos -90 milivolts da célula em repouso - Estágio de repouso: a membrana encontra-se polarizada e em repouso, com o potencial de -90 milivolts (-86 da difusão e -4 da bomba NaK) - Estágio de despolarização: membrana muito permeável a íons sódio, permitindo que esses entrem para o meio intracelular do axônio, aumentando o potencial aproximando-o do 0 (fibras delgadas e neurônios do sistema central) ou tornando-o positivo (fibras nervosas de maior calibre) - Estágio de repolarização: Em milésimos de segundos após a despolarização, há o processo inverso com os canais para Na+ fechando-se e os canais para K+ abrindo-se mais que o normal, repolarizando a membrana para seu estado de repouso negativo * Canais de sódio e potássio regulados pela voltagem - Agente necessário para provocar a despolarização e a repolarização da membrana - Canais com comportas têm essas controladas por inversões das cargas das membranas e por substâncias químicas - Comporta de inativação: perto da abertura interna - Comporta de ativação: perto da abertura externa - No Canal de sódio regulado pela voltagem, a membrana em repouso apresenta a comporta de ativação fechada e a de inativação aberta, assim íons sódio não passam para o interior da fibra. - Quando o potencial de membrana torna-se menos negativo, por algum fator, esse canal de sódio se abre por completo, de forma abrupta, permitindo a entrada de Na+, aumentando a permeabilidade da membrana ao Na+ - Logo após essa abertura, há o fechamento do canal (mais demorado que a abertura) que se dá com o potencial de membrana aumentando demais (fechamento da comporta de inativação) ou com a volta do potencial ao seu estado de repouso (na repolarização, com o fechamento da comporta de ativação). - Já no Canal de potássio regulado pela voltagem, em seu estado de repouso, a comporta está fechada, impedindo a saída de K+. - Quando o potencial de membrana fica menos negativo ocorre a abertura da comporta e a possível saída de íon K+, mas essa abertura é muito lenta, coincidindo com o fechamento da comporta do canal de sódio (no momento da repolarização). Logo a repolarização dá-se muito rápida devido ao simultâneo fechamento do canal de sódio e abertura do canal de potássio. - Resuminho com imagem: Durante o período de repouso, há grande diferença na contundência entre Na+ e K+ devido ao maior vazamento dos íons K+ pelos canais de vazamento. Mas o desencadeamento do potencial de ação aumenta a contundência do sódio e sua passagem pelos canais, permitindo a inversão do potencial de membrana. Quando os de sódio estão fechando, abrem-se os de potássio permitindo a rápida repolarização e a volta da diferença entre as contundências na situação derepouso - Considera-se até então apenas a participação dos íons Na+ e K+, mas o íon Ca2+ e outros ânions negativos também podem ser considerados - Em outros locais do corpo, o cálcio atua no lugar do sódio, ou junto ao sódio, nesse potencial de ação em questão, mas o cálcio tem um potencial mais prolongado, deixando a célula despolarizada por mais tempo - Menos cálcio no LEC faz com que haja despolarização frente a pequenas variações no potencial de repouso, por alterar conformação de proteínas das membranas que se ligam ao Ca2+ - Hipocalemia: eleva o potencial em repouso tornando-o mais negativo e hiperpolariza a célula, pois vai ter menos K+ dentro fazendo a carga ficar mais negativa ainda - Hipercalemia: diminui potencial de ação, tornando-o menos negativo e inicialmente torna a célula hiperexcitável. Com mais K+ no LIC, esse ficará menos negativo, fazendo com que a célula se excite mais facilmente. - Neurônios: a bainha de mielina é formada pela membrana das células de Schwann envoltas através do axônio. Essa célula de Schwann contém esfingomielina (ótimo isolante térmico). Assim, apenas no nodos de Ranvier, onde não há bainha de mielina, é que ocorre potenciais de ação. Esse potencial é conduzido de um nodo para outro por condução saltatória (pelo LEC ou pelo axoplasma dentro do axônio) - Geração do potencial de ação: efeitos químicos na membrana, distúrbio mecânico ou passagem de eletricidade geram um corrente negativa externa quase similar a interna, possibilitando a abertura do canais de sódio e cálcio Definir a composição do LIC e LEC - Água constitui de 50 a 70 % do corpo humano adulto, denominada de água corporal - A água corporal e a gordura são inversamente proporcionais, logo quando a gordura está mais presente, há menor concentração de água corporal. Assim a mulher possui menor porcentagem de água corporal em uma visão geral - O LIC (liquido intracelular) corresponde a 2/3 da água corporal total, já o LEC (liquido extracelular) corresponde a 1/3 da água corporal total e compreende liquido intersticial, plasma, liquido cerebrospinal, linfa e liquido sinovial. A membrana celular das células separa o LIC do LEC. * LEC - O LEC ainda é subdividido em plasma e liquido intersticial, sendo esse o líquido que banha as células ultrafiltrado de plasma e quase isento de proteínas plasmáticas pela impermeabilidade da membrana dos capilares na passagem dessas grandes moléculas proteicas - No LEC, a ausência de proteínas no líquido intersticial promove a redistribuição dos ânions e cátions de menor tamanho que atravessam as paredes dos capilares, fenômeno conhecido como Gibbs- Donnan. Por exemplo, no plasma a concentração de Cl- é menor, pois há proteínas que cumprem essa negatividade, diferente do líquido intersticial, onde não há essas proteínas, e depende-se de mais íons como o Cl-. - Também chamado de meio interno do corpo (por ser onde vivem as células). Encontra-se em constante movimento por todo o corpo, sendo rapidamente transportado e misturado no sangue pelos líquidos teciduais - Os compartimentos líquidos do corpo devem obedecer ao princípio da eletroneutralidade macroscópica, de modo que a concentração (mEq/L) de ânions e cátions em um meio se mantenha igual. Mesmo em diferenças de potencial, a maior parte da solução (LIC ou LEC) mantém o princípio em questão Diferenças nas composições - O LEC tem como principal cátion o sódio, sendo contrabalanceado pelos ânions cloreto e bicarbonato (HCO3-). Concentração de íon cálcio 4x maior que no LIC. O LEC é mais básico (7,4). Nutrientes para as células (oxigênio, glicose, ácidos graxos e aminoácidos) presentes no LEC, assim como excretas (CO2 e outras que passarão nos rins). O2 com origem no sistema respiratório. Carboidratos, aminoácidos e ácidos graxos com origem no trato gastrointestinal. Fígado e outros com funções metabólicas, preparando substâncias para serem absorvidas. Remoção de produtos metabólicos indesejados do LEC pelos pulmões, rins, trato gastrointestinal e fígado. - Já no LIC, o potássio e o magnésio são os principais cátions, contrabalanceados pelas proteínas e fosfatos orgânicos. A concentração do íon cálcio nesse meio é de cerca de 10-7mol/l, bem menor que no LEC. O LIC também é mais ácido (7,1). - Substâncias encontradas em maior quantidade no LIC, são encontradas de forma escassa no LEC e vice-versa - Assim, a osmolaridade acaba sendo igual no LEC e no LIC, pois se uma região estiver mais concentrada, a água passará por osmose e equilibrará as concentração Descrever a anatomia fisiológica do SNA, síntese e degradação de neurotransmissores, receptores e mecanismo de ação de drogas que estimulam e bloqueiam esse sistema. - O SNA é a porção do SNC que controla a maioria das funções viscerais - O SNA é dividido em parassimpático e simpático, cada um com seus sinais eferentes, e se destaca, dentre outros pontos, devido a rapidez com que pode alterar funções viscerais, tais com FC, PA... - O SNA é ativado por centros da medula espinhal, tronco cerebral e hipotálamo - Reflexos viscerais: reflexos sensoriais subconsciente que chegam ao tronco cerebral ou hipotálamo e retornam às vísceras como respostas reflexas subconscientes - Todos os neurônios pré-ganglionares são colinérgicos e se original no SNC * Anatomia fisiológica do Sistema nervoso simpático - Fibras simpáticas se originando de T1 a L2 (na medula espinhal), projetando-se para a cadeia simpática (gânglios celíaco, mesentérico superior, aórtico-renal e mesentérico inferior) e posteriormente para tecidos e órgãos - Os nervos simpáticos possuem um neurônio pré-ganglionar e outro pós-ganglionar - Caminho pré-ganglionar: O corpo celular de cada neurônio pré está no corno intermediolateral da medula. A fibra então segue para o nervo espinal correspondente. Após deixar a medula, as fibras passam para um dos gânglios da cadeia simpática (podem fazer sinapse com neurônios pós nos gânglios; fazer sinapse com outros gânglios; ou fazer sinapse com gânglios periféricos) - Caminho pós ganglionar: origem nos gânglios da cadeia simpática (dissertada acima) ou em gânglios simpáticos periféricos, se dirigindo aos órgãos em qualquer dos casos - Fibras nervosas simpáticas nos Nervos Esqueléticos: passam para o sistema esquelético pelos ramos comunicantes cinzentos e controlam vasos, glândulas sudoríparas e músculos eretores dos pelos - Distribuição segmentar das fibras nervosas simpáticas: vão para diferentes partes do corpo com T1 para a cabeça; T2 para o pescoço; T3, T4, T5, T6 para o tórax; T7, T8, T9, T19, T11 para o abdome; e T12, L1 e L2 para as pernas - A maior parte da inervação simpática de um órgão se origina de onde aquele órgão surgiu no período embrionário - Fibras pré-ganglionares seguem seu caminho, sem fazer sinapse, até as duas medulas adrenais (gânglios para sistema simpático), terminando em células neuronais modificadas (originadas do SN) que secretam epinefrina e norepinefrina na corrente sanguínea * Anatomia fisiológica do Sistema nervoso parassimpático - As fibras parassimpáticas deixam o SNC pelos III, VII, IX e X nervos cranianos. E fibras parassimpáticas adicionais saem pelos segundo e terceiro nervos espinhais sacrais. Aproximadamente 75% das fibras parassimpáticas cursam pelo vago (décima par craniano), passando para regiões torácicas e abdominais - Fibras parassimpáticas do terceiro nervo craniano vão para esfíncter pupilar, musculo ciliar; do sétimo vão para glândulas lacrimais, nasais e submandibulares e do nono vão para a parótida - Já as adicionais sacrais se distribuem para cólon descendente, reto, bexiga e porção inferior de ureteres, além de suprir sinais nervosos para a genitália externa. - Também é dividido em pré e pós ganglionares, passando por gânglios. Mas no parassimpático, as fibras pré-ganglionarespassam de forma direta por todo o caminho até o órgão, com os neurônios pós ganglionares localizados já nos órgãos para inervá-los a partir de curtas fibras pós-ganglionares. * Secreção de acetilcolina e norepinefrina - As fibras nervosas secretam as seguintes substâncias transmissoras sinápticas: as que secretam norepinefrina (adrenalina) são chamadas de adrenérgicas; e as que secretam acetilcolina são chamadas de colinérgicas - Neurônios pré-ganglionares no geral são colinérgicos. Mas os pós-ganglionares do simpático são adrenérgicos e do parassimpático são colinérgicos - Fibras nervosas pós-ganglionares simpáticas para glândulas sudoríparas e vasos sanguíneos são colinérgicas - Assim, as terminações nervosas do sistema parassimpático estão ligadas a acetilcolina e as do sistema simpático estão ligadas a norepinefrina *Mecanismos de transmissão nervosa em terminações pós-ganglionares - As fibras nervosas em geral meramente tocam as células efetoras dos órgãos que inervam; ou terminam no tecido conjuntivo que circunda as células que serão estimuladas - Varicosidades: Por onde os filamento nervosos passam ou tocam. São nesses locais que ocorrem a produção de acetilcolina e epinefrina, estando-os repletos de mitocôndrias para essa produção - Com a ativação do potencial de ação, aumenta-se a permeabilidade para íons cálcio de modo que esses vão para as varicosidades e estimulam a liberação de epinefrina e acetilcolina. *Acetilcolina - Produzida e armazenada nas varicosidades da fibra nervosa colinérgica. Quando secretada, ficará por alguns segundos no organismo como transmissor de sinal. Depois ela é decomposta em íon acetato e em colina (que será reutilizada na formação de acetilcolina) pela enzima acetilcolinesterase *Norepinefrina - Sintetizada nas fibras nervosas adrenérgicas e completadas nas vesículas secretórias, por meio do processo acima - Na medula adrenal, há conversão de 80% da norepinefrina em epinefrina, pela enzima - Após a secreção, a remoção da norepinefrina e da epinefrina pode se dar por: Recaptação para a terminação nervosa adrenérgica; difusão para os fluidos adjacentes fora das terminações nervosas; e destruição de pequenas quantidades por enzimas teciduais - Essa norepinefrina e epinefrina permanecem ativas no tecido por alguns segundos. Mas as secretadas no sangue pela medula adrenal permanecem ativas (10 a 30 segundos, com atividades se extinguindo em 1 minuto ou mais) até se difundirem para algum tecido que normalmente é o fígado *Receptores nos órgãos efetores - Localizado na parte exterior da membrana celular e ligado como grupamento prostético a uma molécula proteica que atravessa toda a membrana celular - A ligação da substância no receptor causa alteração na conformação da estrutura molecular proteica - Essa molécula proteica então vai excitar ou inibir a célula por: (1) alteração da permeabilidade da membrana para determinados íons; ou (2) ativar ou desativar a enzima do outro lado da proteína. - (1) – as proteínas fazem parte da membrana, logo alterações na sua conformação tendem a alterar canais iônicos e consequentemente a permeabilidade da membrana para alguns íons - (2) – a enzima localizada na parte intracelular da proteína ao receber o estímulo tende a excitar ou inibir, de acordo com a célula efetora e de sua maquinaria química, alguma molécula específica para um processo específico. *Receptores de acetilcolina - A acetilcolina vai ativar receptores muscarínicos e nicotínicos - Receptores muscarínicos: utilizam proteínas G e são encontrados em todas as células efetoras estimuladas por colinérgicos (acetilcolina) pós-ganglionários, tanto no simpático, quanto no parassimpático - Receptores nicotínicos: encontrados nas sinapses entre os neurônios pré-ganglionares e os pós- ganglionares nos dois sistemas nervosos autônomos - O entendimento desses receptores está muito relacionado a ação de fármacos que podem excitá-los ou inibi-los *Receptores adrenérgicos - Divididos em Alfa (A1 e A2) e Beta (B1, B2 e B3). Ambos utilizam proteínas G para sinalização - Norepinefrina excita principalmente receptores alfa, e o beta em menor grau. Epinefrina excita receptores Alfa e Beta quase que de forma igual. Logo os efeitos nos diferentes órgão efetores são determinados pelos receptores que possuem - Tanto alfa quanto beta têm função excitatória e inibitória, estando eles relacionados sim com os hormônios, tal qual acima citado - A substância sintética isopropil norepinefrina tem ação forte nos receptores beta e nula nos alfa * Ações excitatórias e inibitórias do SNA - Tanto os nervos parassimpáticos quanto os nervos simpáticos têm ação excitatória e inibidora - Os sistemas simpáticos e parassimpáticos podem ter ação antagônica, mas a maioria dos órgãos é controlada por um ou outro sistema - Sob influência do simpático, o peristaltismo diminui, FC aumenta, pupila dilata (midríase)... - Sob influência do parassimpático, muitos órgão não sofrem nenhum efeito anormal, como rins, pele, metabolismo basal... e outros, como a pupila, contrai (miose), mas não transpiram, há pequena síntese de glicogênio... Beta 1 nos rins estimulando renina- angiotensina * Plexo nervoso intramural do sistema gastrointestinal - Conjunto de nervos do sistema gastrointestinal localizados na parede do intestino - Tanto a atividade simpática, quanto a parassimpática podem estimular o SNE - A atividade parassimpática tende a aumentar o peristaltismo, diminuir o tônus de esfíncter e aumentar a secreção de glândulas - A atividade simpática, por sua vez, diminui o peristaltismo, aumenta o tônus dos esfíncteres e diminui a secreção de glândulas, retardando a propulsão do alimento, podendo causar até constipação * Farmacologia do sistema nervoso autônomo - Fármacos simpatomiméticos: atuam nos órgãos efetores adrenérgicos - Norepinefrina (ação de 1 a 2 minutos), epinefrina (ação de 1 a 2 minutos), metoxamina, quando administrados, agem de modo a estimular o sistema nervoso simpático. Outros simpatomimétricos podem ter duração de 30 minutos a 2 horas - Fenilefrina (receptores alfa), isoproterenol (receptores beta) e albuterol (apenas receptores beta 2) são outros estimulantes adrenégicos importantes - Outros fármacos têm ação simpatomimética indireta, promovendo a liberação de norepinefrina nas terminações simpáticas, como efedrina, tiramina e anfetamina - Outros fármacos podem bloquear a atividade andrenérgica em variados pontos: 1. Evitar síntese e armazenamento de norepinefrina nas terminações nervosas (reserpina); 2. Bloqueio da norepinefrina das terminações simpáticas (guanetidina); 3. Bloqueio dos receptores simpáticos alfa (flenoxibenzamina, fentolamina, prazosina, terzosina); 4. Bloqueio do receptores simpáticos beta (propranolol, atenolol); 5. Bloqueio da transmissão dos impulsos nervosos pelos gânglios autônomos (hexametonio) - Fármacos parassimpatomiméticos: fármacos colinérgicos - A acetilcolina minestrada em via venosa não causa o mesmo efeito pois tende a ser degradada na corrente - Pilocarpina e metacolina são os principais usados, agindo no tipo muscaríneo dos receptores colinérgicos - Fármacos anticolinesterásicos: potencializam os efeitos parassimpáticos, potencializando o efeito da acetilcolina (neostigmina, piridostigmina e ambenônio). - Esses fármacos atuam evitando a destruição rápida da acetilcolina (acetilcolinestrase) - Fármacos antimuscarínicos: agem bloqueando a atividade colinérgica dos órgãos efetores - Atropina, homatropina e escopolamina bloqueiam a ação da acetilcolina nos receptores colinégicos muscaríneos dos órgão efetores - Fármacos que estimulam neurônios autônomos pós-ganglionares: Nicotina (estimula pós-ganglionares no geral, podendo causar vasoconstrição simpática e aumento da atividade gastrointestinal) com açãosimilar à da acetilcolina, devido a presença do tipo nicotínico nas membranas dos neurônios. Metacolina com efeitos nicotínicos e muscarínicos. Pilocarpina com efeito só muscarínico - Fármacos bloqueadores ganglionares: Íon tetraetilamônia, íon hexametônio e pentolíneo bloqueiam a transmissão de impulsos dos pré para os pós, bloqueando a estimulação pela acetilcolina nos neurônios simpáticos e no parassimpáticos. Efeitos de bloqueio simpático prevalecem sobre o efeito parassimpático. Podem reduzir pressão arterial, mas são pouco usados na clínica por ter efeitos difíceis de controlar. Explicar o ciclo cardíaco correlacionando com o ECG. - Definido como o conjunto de eventos cardíacos entre o início de um batimento e o início do próximo. - Iniciado pela geração espontânea do potencial de ação originado no nodo sinoatrial - Esse potencial se difunde pelos átrios e depois para os ventrículos - Há um retardo de cerca de 0,1 segundo entre os impulsos gerados no nó e os que passaram para o ventrículo, a fim de permitir um tempo para o bombeamento do átrio e a chegada do sangue bombeado no ventrículo para que depois esse bombeie o sangue. - A duração total do ciclo cardíaco é calculado a partir da recíproca/inversa da FC. Logo uma FC de 72 bat/min tem um ciclo de 1/72 que equivale a 0,0139 min/bat ou 0,833 seg/bat. - Na imagem nota-se: - A manutenção de uma pressão alta na aorta, devido à força exercida pela parede ventricular, que abaixa com abertura da sua valva, pois o sangue pode ser expelido. - Uma pressão atrial baixa, pois a contração do musculo atrial é mais fraca e há as valvas que se abrem com o enchimento desses compartimentos. Onda A causada pela contração atrial. Onda C causada pelo início das sístoles ventriculares, por forçar as valvas AV e causar um certo refluxo V-A. Onda V ocorre perto do fim da sístole ventricular devido a entrada de sangue nos átrios mas com as valvas AV fechadas. - Uma pressão ventricular que aumenta bastante após o fechamento da valva AV, pois o ventrículo estará cheio de sangue, o qual não poderá retornar e sofrerá uma forte pressão da parede muscular do ventrículo - O volume ventricular, por sua vez, é inverso à pressão, seguindo a regra da química PV/T ou por lógica, pois se o volume diminui (ao bombear o sangue), a pressão irá diminuir O aumento da FC reduz a duração do ciclo cardíaco - Seguindo a regra de que a FC é oposta a duração do ciclo cardíaco, diminui-se também a duração das fases de contração e relaxamento - O tempo da diástole é o que mais diminui, se comparado à sístole e ao tempo do potencial de ação. - Assim, o coração em FC muito rápida não permanece em diástole tempo suficiente para o enchimento completo e eficaz de suas câmaras Eletrocardiograma em relação com o ciclo cardíaco - Ondas P, Q, R, S, T são geradas pelo coração - P: Causada pela disseminação da despolarização atrial, seguida de contração atrial - QRS: Resultado da despolarização elétrica dos ventrículos que inicia a sístole ventricular, fazendo a pressão ventricular também aumentar. Logo, esse complexo se inicia pouco antes do início da sístole - T ventricular: Repolarização do ventrículos, quando esses começam a relaxar. Átrios como pré-bombas - Do sangue que chega ao átrio, cerca de 80% vão direto para o ventrículo, e os outros 20% dependem da sístole atrial para sua chegada ao ventrículo - Mas, o coração bombeia mais sangue do que o necessário para um corpo em repouso, logo uma deficiência na sístole atrial pode não ser percebida em pacientes que não se exercitam rotineiramente. Ventrículos como bombas - Os ventrículos se enchem rapidamente após sua sístole, pois, na contração, as valvas AV estavam fechadas e logo elas se abrem após a sístole ventricular, permitindo a passagem de sangue e o enchimento dessas câmaras. Fenômeno conhecido como período de enchimento rápido ventricular (o qual ocorre no primeiro terço da diástole ventricular) - No segundo terço da diástole, o sangue que chega ao átrio desce normalmente para o ventrículo, pois a valva está aberta. E no terceiro terço, há a sístole atrial que manda os 20% de sangue atrial supracitado. Ejeção de sangue dos ventrículos durante a sístole - O período de contração isovolumétrica ocorre quando há a sístole ventricular e o consequente fechamento da valva AV quase imediato, mas ocorre um pequeno retardo na abertura das valvas semilunares das artérias, fazendo com que haja a contração e o aumento da pressão sem alteração de volume (por um curto período de tempo) - Uma pressão acima de 80 mmHg nos ventrículos gera a abertura das valvas semilunares, fazendo com que 60% do sangue no ventrículo ao fim da diástole seja ejetado em duas etapas: Período de ejeção rápida (70% no primeiro terço da sístole) e Período de ejeção lenta (30% nos 2/3 restantes da sístole) - O período de relaxamento isovolumétrico compreende a etapa imediatamente posterior à sístole ventricular, onde as valvas dos vasos estão fechadas (devido à pressão em suas paredes) e as valvas AV também estão fechadas, mas ocorre o relaxamento ventricular sem alterar o volume dessa câmara. - Na diástole, os ventrículos chegam a 110/120 ml de sangue (volume diastólico final). O débito sistólico é a quantidade ejetada (cerca de 70 ml). Já o volume sistólico final é a quantidade remanescente no ventrículo (cerca de 40 a 50 ml). Há possibilidade de aumento do volume diastólico final (quando chega muito sangue aos ventrículos) e diminuição do volume sistólico final (quando o sangue é bombeado muito fortemente). Isso pode resultar em um débito sistólico muito alto. Valvas cardíacas - Tricúspide (AV direita); Mitral (AV esquerda); Semilunar pulmonar (artéria pulmonar); Semilunar aórtica (artéria aorta). Essas valvas evitam refluxos de ventrículos para átrios e de vasos para ventrículos. Elas funcionam passivamente, com o enchimento das câmeras (gerando abertura para passagem do sangue) ou pressão contrária (fechando-as para impedir refluxos). - As valvas AV quase não requerem pressão retrógrada para seu fechamento por aspectos anatômicos. Já as semilunares necessitam de uma rápida pressão retrógrada. - Os músculos papilares e as cordas tendíneas que o sustentam funcionam não ajudando as valvas a se fechar, mas impedindo refluxos a partir de grandes abaulamentos para trás nas sístoles ventriculares. Logo, defeitos nessas estruturas pode causar insuficiências cardíacas graves, devido a grandes refluxos. - As valvas semilunares, se comparadas às AV’s, se fecham de modo repentino; permitem maior velocidade na ejeção sanguínea, por terem aberturas menores; estão sujeitas a maiores atritos, possuindo uma constituição mais fibrosa e flexível, além de não conter as cordas tendíneas. * Curva da pressão aórtica - No início da sístole ventricular esquerda, o sangue flui lentamente para a aorta e posteriormente para as artérias sistêmicas, distendendo as paredes desse vasos. As paredes elásticas das artéria mantém a pressão alta nos vasos mesmo na diástole ventricular, para que o sangue arterial chegue a todo o corpo de forma eficaz. - A Incisura ocorre no período entre o refluxo sanguíneo aórtico e o abrupto fechamento da valva aórtica. - A pressão aórtica cai após o fechamento da valva aórtica, pois o sangue flui para outras artérias. Antes de uma nova sístole, a pressão diastólico encontra-se em 80 mmHg e a sistólica em 120 mmHg. Já as curvas de pressão no VD e artéria pulmonar encontram-se em cerca de 1/6 das pressões dos vasos equivalentes esquerdos. - Sons auscultados são os de fechamento das valvas com a vibração a partir de variação abrupta de pressão - Primeiro som cardíaco oriundo do fechamento das valvas AV (timbre baixo e longa duração) e segundo som cardíaco oriundo do fechamento das valvas semilunares (pequeno estalido) Análise gráfica do bombeamento ventricular - A pressão diastólica é medida imediatamente antes do início da contração ventricular, que é a chamada pressão diastólica final do ventrículo - A curva da pressão sistólica, por sua vez, é calculada pela medida da contração sistólica durante a contração ventricular, para cada volume de enchimento - A curva da pressão diastólica subirá, especialmente, após 150 ml, pois o pericárdio não se esticará mais e a câmara estará cheia. - Na sístole ventricular, há aumento na pressão sistólica. Mas com o aumento posterior do volume, há a diminuição da pressão, devido a distensão da miocárdio e entrada na diástole - Diagrama volume pressão no ciclo cardíaco. O diagrama vermelho mostrado que é dividido em quatro fases: Fase 1: Período de enchimento – após a sístole ventricular, há cerca de 50 ml de sangue no ventrículo (volume sistólico final) com 2 a 3 mmHg. Esses aumentarão para 120 ml e cerca de 5 a 7 mmHg na primeira fase marcado por I. Fase 2: Período de contração isovolumétrica (na diástole) – O volume não se altera devido ao fechamento das valvas, mas a pressão aumenta, quase igualando a aórtica (80mmHg), devido a contração que se inicia Fase 3: Período de ejeção – O miocárdio continua a contrair, aumentando ainda mais a pressão sistólica mas o volume diminui, devido a abertura da valva aórtica Fase 4: Período de relaxamento isovolumétrico – O ventrículo retornará ao ponto de partida devido ao fechamento da valva aórtica e retorno ao volume de 50 ml, com diminuição da sua pressão (para 2 a 3 mmHg), sem que haja variação de volume - Esse diagrama tratado demonstra a produção efetiva de trabalho externo, servindo para calcular a produção do trabalho pelo coração - Pré-carga: para a contração cardíaca é a pressão diastólica final com o ventrículo cheio - Pós-carga: trata-se da pressão na aorta quando se dá a saída pelo ventrículo (corresponde à pressão sistólica) - Ambas essas pressões podem estar alteradas, podendo indicar cardiopatias Descrever a anatomia fisiológica do coração - O coração é formado por câmaras divididas em lado direito (bombeia sangue para os pulmões) e esquerdo (bombeia sangue para a circulação sistêmica) - Cada átrio é uma fraca bomba de escova responsável por mandar o sangue para os ventrículos - Já o ventrículo bombeará o sangue para a circulação pulmonar (direito) e sistêmica (esquerdo) - O coração é composto por 3 principais tipos de músculos: atrial, ventricular e fibras especializadas excitatórias e condutoras. Os músculos atriais e ventriculares se contraem de forma similar aos músculos esqueléticos, mas com duração maior de contração. Por sua vez, as fibras especializadas se contraem fracamente e possuem descargas elétricas rítmicas automáticas que geram potencial de ação ou os conduzem pelo músculo * Anatomia fisiológica do músculo cardíaco - Sob uma visão histológica, as fibras musculares cardíacas se dispõem em malhas entrelaçadas; o músculo estriado cardíaco contém filamentos de miosina e actina (semelhante ao estriado esquelético); - A característica de sincício dada ao miocárdio deve-se aos discos intercalados (membranas celulares que unem duas células por junções gap) dispostos entre células miocárdicas, permitindo passagem de íons quase que livremente pelo LIC e a consequente propagação do potencial de ação pelas fibras de forma inteira - Há no coração 2 sincícios, um atrial (que forma a parede dos 2 átrios) e um ventricular (forma a parede dos 2 ventrículos) divididos pelas válvulas fibrosas AV (que não são atravessadas pelos potenciais de ação). - Para o impulso passar por essas valvas AV, existem os feixes de fibras AV que conduzem os impulsos. Essa divisão entre os sincícios permite a eficiência nos batimentos, pois o ventrículo entra em sístole pouco depois do átrio, mas de forma sincronizada, para que suas câmaras estejam cheias de sangue. * Potenciais de ação no músculo cardíaco - O potencial de ação das fibras miocárdicas ventriculares tem cerca de 105 milivolts, fazendo com que o potencial de membrana saia do -85, em repouso, para +20. Há, nessas fibras, um platô que mantém a membrana despolarizada por cerca de 0,2 segundos, sendo seguido de uma abrupta repolarização. - Esse platô e prolongamento na despolarização das fibras miocárdicas, dá-se pela presença em suas membrana de, além dos canais (rápidos) de sódio regulados pela voltagem, canais de cálcio tipo L (canais lentos de cálcio) que diferem dos rápidos (encontrados em outras fibras também) por ficarem abertos por mais tempo, permitindo um maior aumento no potencial de membrana e um tempo prolongado de despolarização dessa membrana, a partir da entrada de íons cálcio para o LIC. Esses íons cálcio também causam a contração do miocárdio ao entrarem nas membranas - O outro motivo para esse platô prolongado é a redução da permeabilidade da membrana ao potássio no momento da despolarização (quando se inicia a entrada de cálcio na célula) - Fase 0: há abertura dos canais de sódio ativados por voltagem, fazendo com que esse flua para o LIC e haja aumento do potencial de membrana para cerca de +20 milivolts - Fase 1: há encerramento dos canais de sódio e a célula começa a repolarizar com a saída dos íons K+ - Fase 2: Platô: há abertura dos canais de cálcio e fechamento dos de K+. Assim há maior permeabilidade aos íons Ca+ e menor permeabilidade aos íons K+, entrando mais cálcio e saindo menos potássio, de modo a ocasionar o platô - Fase 3: Repolarização: Encerram-se os canais de cálcio e abrem-se os canais lentos de potássio, permitindo a saída desse e inibindo a entrada de Ca+ - Fase 4: Potencial de membrana de repouso: valor médio de -90 milivolts - A velocidade da condução do sinal nas fibras do miocárdio atrial e ventricular giram em torno de 0,3 a 0,5 m/s. Já nas fibras de Purkinje (sistema especial de condução do estímulo elétrico no coração que permite que este se contraia de maneira coordenada), a velocidade de condução chega a 4 m/s na maior parte do sistema. https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o Período refratário do miocárdio - O período refratário do coração, como nas outras fibras excitáveis, é o período em que o impulso cardíaco normal não pode reexcitar área já excitada do miocárdio - O período refratário normal dos ventrículos é de 0,25 a 0,30 segundo equivalente a duração do platô. O período refratário relativo, de cerca de 0, 05 segundo compreende o momento em que é mais difícil excitar a membrana, mas não impossível - O período refratário atrial, por sua vez, é bem menor que o ventricular, em torno de 0,15 segundo Acoplamento contração-excitação - Canais amarelos são do tipo L e azuis têm o nome de rianodinina - Mecanismo em que o potencial de ação promove a contração de miofibrilas - O potencial de ação vai das membrana para os túbulos T, onde é liberado, nos retículos sarcoplasmáticos, cálcio que dispersam para as miofibrilas e permitem deslizamento entre actina e miosina, promovendo a contração muscular - Há ainda um cálcio adicional liberado pelos túbulos T que permite uma maior força na contração do miocárdio, pois as células cardíacas tem menos retículo sarcoplasmático que as células esqueléticas, logo esse cálcio adicional aumenta a força das contrações miocárdicas - A quantidade Ca+ no sistema de túbulos T depende em grande parte da concentração de íons cálcio no sistema extracelular, afim de garantir uma contração eficaz do miocárdio - A entrada de cálcio se ligou a troponina, desativando a tropomiosina e permitindo o deslizamento dos filamentos de actina e miosina - Ao fim do platô do potencial de ação, os íons cálcio são bombeados de volta para os retículos sarcoplasmáticos (pela bomba de cálcio) e para o LEC dos túbulos (trocador de sódio-calcio). Assim, a contração cessaaté que ocorra novo potencial de ação Duração da contração - O músculo começa a contrair pouco milissegundos após o início do potencial de ação e cessa poucos milissegundos após seu fim. Assim, esse tempo baseia-se na duração do potencial de ação (incluindo o platô), com a contração atrial durando cerca de 0,2 segundo e a contração ventricular durando cerca de 0,3 segundo (visto que é necessário um intervalo entre essas contrações para o enchimentos dos ventrículos de forma eficaz). Descrever como é o processo de contração cardíaca e os íons envolvidos. - Na pessoa em repouso, há um bombeamento de 4 a 6 litros de sangue/minuto. Já em períodos de exercício físico, esse valor pode aumentar de 4 a 7 vezes - A regulação do volume bombeado dá-se por: Regulação cardíaca intrínseca (mecanismo de Frank- Starling) e pelo controle do SNA do bombeamento Mecanismo de Frank-Starling - Define-se basicamente pela quantidade de sangue que volta ao coração (retorno venoso), logo quanto mais sangue volta ao coração, mais as paredes desse distendem e mais sangue será bombeado pelo coração. Assim, a quantidade de sangue que chegará aos sistemas é baseado naquela que retornou ao coração. - A explicação para esse mecanismo baseia-se na ideia de que ao encher as câmaras ventriculares mais que o normal, o músculo cardíaco é mais distendido, causando uma superposição entre os filamentos de actina e miosina próxima ao ideal, de modo a otimizar a contração e o bombeamento de sangue para as artérias. - Além disso, outro fator que amplifica o bombeamento é a distensão da parede do átrio esquerdo aumenta de 10 a 20% a FC e consequente contribui, de forma modesta, para o aumento do bombeamento sanguíneo. * Curvas de função ventricular - São outras formas de mostras o mecanismo de Frank-Starling, associando por gráficos o aumento do trabalho sistólico diretamente proporcional a pressão atrial; e no outro gráfico a pressão atrial e sua relação diretamente proporcional com o débito ventricular (quantidade de sangue que chega aos ventrículos) Controle do coração pela inervação simpático e parassimpática - Eficácia do bombeamento cardíaco controlada pela inervação simpática (podendo aumentar mais de 100% a quantidade de sangue bombeada/débito cardíaco) e parassimpática – nervo vago (podendo reduzir a até 0 a quantidade de sangue bombeada/débito cardíaco) - Os estímulos simpáticos tendem a aumentar a FC (até 200, 250 bat/min), a força de contração, o volume bombeado e a pressão com que esse é bombeado. Logo, pode-se dobrar ou triplicar o débito cardíaco, além do aumento visto no mecanismo de Frank-Starling - O tônus da inervação simpática mantém o bombeamento 30% superior ao bombeamento sem nenhuma participação simpática. Logo, se houver uma diminuição na participação simpática, o coração tende a diminuir a FC e a contração cardíaca em cerca de 30% abaixo do normal - A estimulação parassimpática vagal, por sua vez, pode chegar a parar os batimentos, sob estímulos muito fortes, mas que depois retornaram em FC de cerca de 30 a 40 bat/min - As fibras vagais encontram-se mais presentes nos átrios, sendo responsáveis pela diminuição da FC e não tanto da contração muscular (visto que essa ocorre nos ventrículos). Mas, a grande diminuição da FC e a modesta diminuição da contração podem diminuir o bombeamento ventricular em 50% ou mais. Curva da função cardíaca relacionada com as estimulações - Esse gráfico mostra uma visão mais geral do coração como um todo sob influência simpática e parassimpática. Assim, as variações do débito apresentadas resultam das variações de FC e de variações de forças contráteis do coração Efeito dos Íons potássio e cálcio no funcionamento cardíaco - Participação importante do K+ no potencial de membrana e participação importante do Ca+ na contração muscular - Excesso de K+ no LEC pode deixar o coração flácido e fraco, diminuindo sua FC; Pode bloquear impulsos cardíacos no sentido AV; além de poder provocar fraqueza acentuada, anormalidade rítmica e morte. - Esses efeitos são devido a diferença de concentração de potássio no LEC e no LIC que contribuem para um potencial de membrana e um consequente potencial de ação. Assim, se há mais potássio no LEC, esse potencial de membrana torna-se menos negativo, prejudicando o potencial de ação e propagação de estímulos pelas células, assim como a contração cardíaca. - Já o Ca2+, apresenta, em excesso, efeitos que induzem o coração a produzir contrações espásticas, devido a importância desses íons no processo contrátil cardíaco. Já a deficiência desses íon causam fraqueza cardíaca, de modo a diminuir a eficiência de contrações. - Trazendo para a clínica, no entanto, os níveis de Ca2+ no organismo normalmente são mantidos altos, de modo a dificultar complicações oriundas da deficiência de cálcio. Efeito da temperatura no funcionamento cardíaco - A FC está intimamente ligada, de forma direta, à temperatura corporal, devido ao aumento da permeabilidade da membrana a íons cálcio mediante a aumento de temperatura e sua diminuição mediante a diminuição da temperatura. - Aumentos leves da temperatura cardíaca podem ser positivas para o coração, no entanto uma manutenção de temperatura elevada pode induzir fraqueza. Logo, manter a temperatura cardíaca em um estágio ótimo é essencial para garantia do seu funcionamento eficaz. * Sistema excitatório e condutor especializado do coração - No nodo sinoatrial são gerados os impulsos nervosos que vão para os átrios, para causar a contração desses, e para os nodos AV (onde são retardados para o enchimento dos ventrículos) a fim de gerar sístole ventricular. - Pela conexão intrínseca do nodo sinoatrial com a parede atrial, qualquer leve potencial de ação induz a contração das paredes atriais - O potencial de ação do nodo sinoatrial ocorre mais lentamente que o potencial de ação do musculo ventricular, pois o potencial de membrana das fibras sinusais encontram-se em cerca de -60 milivolts, assim, as comportas de inativação dos canais do sódio estão fechadas, permitindo, para ativação do potencial de ação, apenas a abertura dos canais lentos de sódio, fazendo com que haja um maior tempo de potencial de ação nas fibras sinusais. - As fibras do nodo sinoatrial são autoexcitadas, a partir de influxo de Na+ devido a batimentos cardíacos, que causa a elevação do potencial de membrana vista no gráfico. Assim, ao alcançar -40 milivolts, os canais lentos de cálcio se abrem possibilitando o potencial de ação - O potencial de ação acaba devido ao fechamento dos canais de Ca2+ e à abertura dos canais de K+, que repolarizam a célula até um estágio de hiperpolarização (aprox. -60 milivolts), reiniciando o processo de despolarização - As vias internodais anteriores vão para o átrio esquerdo. As vias média e posterior vão para o nodo AV - A condução lenta dos feixes sinoatriais para os feixes AV se dá pelo reduzido número de junções gap, causando o retardo no impulso sinoatrial e AV. Os impulsos têm sentido único do nodo sinoatrial para o nodo AV, sem ocorrer a volta desse estímulo. - Os impulsos, ao chegarem, pelas fibras (que se dividem em esquerda e direita e se ramificam) nos nodos AV se difundem para os músculos espiralados das câmaras ventriculares, penetrando-os (pelas fibras de Purkinje), e posteriormente estimulam a contração dessas fibras. * Nodo sinusal como marca-passo do coração - Por ser mais rápido e ter frequência de descargas rítmicas mais rápida, o nodo sinoatrial (F de 70 a 80/min) controla os batimento do coração, sendo mais importante do que o nodo AV (F de 40 a 60/min) e as Fibras de Purkinje (F de 15 a 40/min). Assim, os novos estímulos sinoatriais descarregam os nodos AV e as fibras de Purkinje antes que esses apresentem novas autoexcitações - As fibras dePunkinje levam os estímulos nervosos rapidamente, de forma sincrônica, para as células ventriculares, estimulando suas contrações. Caso não haja essa sincronia, os batimentos estarão prejudicados, podendo reduzir a eficácia por 20 a 30% - Nervos parassimpáticos (vagos) se distribuem para os nodos (sinoatrial e AV), e pouco para as musculaturas atrial e ventricular. Os nervos simpáticos se distribuem por todo o coração, principalmente para a musculatura ventricular - A estimulação parassimpática reduz a FC por diminuir a velocidade de transmissão de impulsos e por deixar a membrana mais permeável ao potássio, que sairá das células, assim há hiperpolarização que dificultar a chegada ao potencial de ação e a consequente estimulação dessas células. Escape ventricular: A estimulação parassimpática intensa pode cessar os impulsos sinoatriais, fazendo com que algum pontos das fibras de Purkinje ative seu estímulo, evitando a parada completa do ciclo cardíaco - O efeito simpático, por sua vez, aumenta frequência de descargas, velocidade de condução e força de contração. Tudo isso devido a liberação de norepinefrina no coração que se ligará aos receptores beta 1 que estimularão a entrada de Ca2+ e Na+, no LIC, facitando a chegada ao limiar de potencial de ação e aumentando excitabilidade das células Explicar a influência da estenose e da insuficiência no ciclo cardíaco normal. - O coração lesado por infarto (déficit na chegada de sangue pelas artérias coronárias) sofre com diminuição do bombeamento de sangue e com o aumento da pressão venosa - O ponto A mostra o coração em perfeitas condições; o ponto B mostra o coração no momento da lesão (com a pressão atrial direita bastante aumentada por retenção de sangue nessa câmara, além de um débito cardíaco diminuído); o ponto C mostra o coração lesado mas com estimulação simpática (que permite a continuidade do bombeamento de forma mais eficaz, ainda que com aumento da pressão atrial direita); o ponto D mostra o coração parcialmente recuperado, com um débito cardíaco maior, conseguindo bombear mais sangue e sendo mais eficaz - A estimulação simpática, pós lesão, pode ser estimulada de várias formas, sendo na maioria das vezes por barorreceptores (ativado pela baixa da pressão arterial); quando ativada, a inervação parassimpática é inibida e a simpática estimulada. - Ocorre, pela influência simpática, estímulo dos músculos cardíacos lesados ou estimulo maior dos músculos cardíaco saudáveis, para aumentar a força de contração; há também aumento do retorno venoso com estimulação do tônus das veias, dilatando-as, fazendo o coração receber mais sangue, aumentando a pressão atrial direita - A insuficiência cardíaca, então, aumenta a força de contração nos ventrículos (para compensar partes lesadas); aumenta a pressão atrial direita (devido ao maior retorno venoso); tende a aumentar a FC (pela ação do SNA simpático); Portanto, o bombeamento será mais rápido e forte, mas sem ganhos qualitativos, pois as câmaras não serão preenchidas de forma correta e o trabalho cardíaco será aumentado consideravelmente. - A ESTENOSE se classifica como o processo de calcificação, e redução progressiva do orifício valvar. - Sendo assim ela pode acometer as 4 valvas cardíacas, sendo mais relevante na mitral e aórtica; lesões valvulares são resultado, de forma mais comum, da febre reumática, doença autoimune causada por uma toxina estreptocócica. - Essa doença causa a estenose valvar (a partir da união de folhetos de forma extensa, diminuindo o lúmen para passagem de sangue) aliada a regurgitação (refluxo) do sangue quando a valva devia estar fechada. Fazendo com que não haja estenose sem regurgitação e vice-versa. - No Sopro sistólico da estenose aórtica, há aumento da pressão na valva, podendo chegar a até 300 mmHg e manutenção da pressão na aorta, contribuindo para o esguicho do sangue na sístole e a colisão e atrito desse com as paredes da aorta, causando um som alto e áspero (que é o sopro). Assim, com o comprometimento da valva semilunar aórtica, ocorre aumento da pressão arterial, no ventrículo e átrio (pois o sangue não sai de forma eficaz mais); refluxo da aorta para o VE (pelo comprometimento da valva aórtica); além de aumento da pressão na aorta. - Essa estenose pode gerar uma falência no VE pelo aumento do trabalho cardíaco por essa câmara que acaba se dilatando e fazendo o débito cardíaco cair. Ademais, pode haver hipertrofia ventricular esquerda devido ao aumento do trabalho da musculatura, podendo, a pressão interventricular, chegar a 400 mmHg. - Já na estenose mitral, ocorre o comprometimento da valva mitral, fazendo com que o sangue que chegou ao VE durante sua diástole retorne ao átrio na sístole ao invés de ser bombeado para a aorta. Esse acúmulo de sangue no AE causa aumento a pressão do lado esquerdo e pode gerar edema pulmonar (devido à dificuldade do sangue que passa pelo pulmão em chegar no AE que já contém o sangue refluxado). Essa estenose também pode causar o aumento do tamanho do átrio, dificultando os impulsos elétricos e comprometendo o bombeamento eficaz de sangue. - Assim a estenose nas valvas cardíacas aumentam as pressões dentro das câmaras, e o trabalho que o miocárdio realizará, além de comprometer o batimento cardíaco e a ejeção sanguínea dinâmica e eficiente. Descrever mecanismo de ação da Digoxina. - Ultimamente, a digoxina continua sendo vista como benéfica para pacientes com Insuficiência cardíaca (IC) e fibrilação atrial, porem seu papel em pacientes com IC e ritmo sinusal tem sido desafiador - A digoxina tornou-se o glicosídeo cardíaco mais prescrito, devido à sua farmacologia convincente, às vias alternativas de administração e à disponibilidade de técnicas de mensuração do nível sérico. - Tem efeito inotrópico positivo (aumentando a contração da musculatura cardíaca). Esse efeito é devido a inibição da bomba de Na/K/ATPase, que gera aumento de Na+ no LIC inibindo, por consequência, a troca por difusão facilitada de Na+ (entra) e Ca2+ (sai). Assim, a concentração de Ca2+ no LIC aumenta, de modo a aumentar também o mecanismo de excitação-contração prolongado. - A digoxina exerce efeito inotrópico positivo em concentrações>0,25mg/dia; já em concentrações<0,25mg/dia, a digoxina exerce efeito neuro-hormonal - Esse efeito neuro-hormonal reduz as concentrações séricas de norepinefrina, causando um efeito cronotrópico negativo (diminuição da contração muscular cardíaca, por interferência em nodos), também pode lentificar a transmissão no nodo atrioventricular, gerando em todas as ocasiões, bradicardia - O aumento de Ca+ intracelular originada pela digoxina predispõe os tecidos de condução a disparos prematuros pelo aumento do potencial de membrana. Contribuindo, assim, para efeitos pró-arrítmicos - A digoxina em pacientes saudáveis não aumentará de forma representativa o débito cardíaco, mas seus efeitos tóxicos podem acometer corações saudáveis Para casa Período refratário - Período refratário é o tempo necessário pra o neurônio passar do estado de inativação para o repouso - Dividido em período refratário relativo e absoluto. - No relativo: o potencial de ação pode ser gerado, mas é muito difícil pois há necessidade de um estímulo muito grande para ultrapassar o limiar de geração de potencial. Ligado ao período de hiperpolarização da membrana. Aqui devido a abrupta repolarização com o fechamento da comporta de inativação dos canais de Na+ e a abertura das comportas de ativação dos canais de K+ há uma polarização maior do que a normal, ultrapassando os -90 milivolts e tornando mais difícil a despolarização, mas não impossível. - No absoluto: O potencial de ação não pode ser gerado, pela comporta de inativação dos canais de Na+ regulados pela voltagem, estarem fechadas. Ligado ao período de repolarização da membrana. Nesse período,os canais de Na+ estão com as comportas de inativação fechadas e as comportas dos canais de K+ estão se abrindo, fazendo assim com que não entre mais Na+ e que saia K+, repolarizando a célula. Assim, independente do estímulo, não haverá abertura das comportas de inativação dos canais de sódio, visto que essas estão fechadas, logo após o início do potencial de ação, fazendo com que não ocorra um novo potencial de ação. * Adrenal e seu funcionamento - A medula suprarrenal, localizada acima dos rins é um gânglio especializado na divisão simpática do SNA. Os axônios dos neurônios pré-ganglionares, localizados na região torácica, trafegam até a medula suprarrenal, onde fazem sinapses com as células cromarfins e liberam acetilcolina, ativando receptores nicotínicos nessas células - Ao serem ativadas, essas células cromarfins secretam norepinefrina e epinefrina. A medula suprarrenal secreta epinefrina (80%) e norepinefrina (20%), diferente de outros neurônios pós- ganglionares simpáticos que liberam apenas norepinefrina. - Essa maior secreção de epinefrina, se deve a feniletanolamina-Metiltransferase (PNMT) na medula suprarrenal que catalisa a produção de epinefrina sob a presença de cortisol (obtido no córtex da suprarrenal) que é disponibilizado para a medula Miose - como se dá por inervação parassimpática - A transmissão de estímulos nervosos chega ao musculo contritor da pupila (fibras dispostas circularmente em torno da abertura pupilar) que ao contrair promove a contração da pupila, sob uma influência parassimpática - A constrição ou dilatação da pupila independem da vontade da pessoa, sendo a miose relacionada ao SNA parassimpático e a midríase relacionada ao SNA simpático Descrever a circulação coronariana (biofísica ou hemodinâmica de pressão). - As artérias coronarianas se ramificam em pequenas artéria que adentram o músculo cardíaco, nutrindo-o - Artéria coronariana esquerda suprindo a região anterior e a região lateral do ventrículo esquerdo; já a artéria coronariana direita nutrindo a maior parte do ventrículo direito a parte posterior do VE. - A maior parte do sangue venoso do VE é drenado para o seio coronário; já no VD, a drenagem ocorre pelas pequenas veias cardíacas anteriores que desembocam diretamente no AD, sem necessidade do seio. Além dessas duas formas de drenagem, há as veias tabesianas que também auxiliam nessa drenagem diretamente para as câmaras cardíacas. - Normalmente, 5% do débito cardíaco vai para a circulação coronariana, no entanto em exercícios físicos, há aumento do débito cardíaco (de 6 a 9x) e consequentemente da circulação coronariana (3 a 4x). Mas, esses aumentos não são proporcionais, fazendo com que o músculo aumente sua eficiência (usando melhor os nutrientes que chegam) para compensar certo déficit de nutrientes. Alterações do fluxo coronariano durante a sístole e a diástole - A imagem mostra a variação no fluxo dos capilares coronarianos que nutrem o VE. Na sístole o fluxo diminui, devido à compressão do músculo ventricular esquerdo e a consequente compressão dos vasos que o irrigam. - Já na diástole, esses vasos não estão obstruídos, permitindo o aumento do fluxo sanguíneo nos vasos da região ventricular. - Essa queda evidenciada na diástole dá-se pela distensão da parede do VE no seu enchimento, para comportar o máximo de sangue possível. - A imagem mostra os vasos coronarianos epicárdicos, acima do músculo, os quais adentram na musculatura do coração, nutrindo-o e depois formam um plexo subendocárdico (o qual é comprimido na sístole do VE) Controle do fluxo sanguíneo coronariano - As artérias coronarianas vão se dilatar em casos de FC aumentada ou contração aumentada para suprir essa demanda. E irão diminuir em casos contrários com a vasoconstrição desses vasos coronarianos. Assim, a demanda de nutrientes para o músculo cardíaco é baseada no trabalho do coração - Cerca de 70% do oxigênio presente nos vasos coronarianos vai para as células do miocárdio, em condições normais. Em condição de atividade física, o déficit de O2 que chega ao músculo é um fator que aumenta a circulação coronariana, de modo a induzir pelo fosfato (liberado do ATP) a vasodilatação das artéria coronarianas. - O controle nervoso desse fluxo ocorre por vias direta e indireta. No caso simpático, a via direta é a liberação de epinefrina e norepinefrina nos receptores das células cardíacas (proporcionando aumento da FC, da contratilidade cardíaca e do metabolismo cardíaco), já a via indireta trata-se de consequências dessas alterações, especialmente no metabolismo, (dilatação de vasos coronarianos e aumento do fluxo sanguíneo de forma proporcional às necessidades metabólicas) - No caso parassimpático, a via direta dá-se pelos efeitos da liberação de acetilcolina desencadeiam a diminuição da FC e da contratilidade cardíaca, já a via indireta é oriunda da diminuição do consumo de O2 e consequente vasoconstrição das coronarianas. - A inervação simpática do coração contém receptores Alfa (constritores) e Beta (dilatadores). Em geral, os epicárdicos têm preponderância de Alfa e os intramusculares têm preponderância Beta. Logo, acaba que a estimulação a constrição é mais preponderante nessas fibras, sendo o destaque da inervação simpática cárdiaca. - A vasoconstrição das artéria coronarianas deve-se a necessidade de chegada de nutrientes para o miocárdio, assim há constrição do plexo subendocárdio e dos ramos intramusculares - Isquemia miocárdica vasoespática ocorre em pessoas que apresentam muita constrição, associando dor anginósica Aspectos especiais do metabolismo do músculo cardíaco - Basicamente, os músculo cardíaco utiliza energia oriunda de ácidos graxos, em condições normais, no entanto, sob excessivo trabalho, há obtenção de glicose anaerobicamente, podendo gerar acúmulo de ácido lático nas células musculares e consequente dor cardíaca em isquemias. - O ATP é a principal molécula energética para o trabalho do músculo cardíaco, o qual se dá a partir da degradação desse trifosfato de adenosina. Assim, em casos de isquemia coronariana, esse ATP é degradado até a adenosina livre que sai da célula e é um indicador de hipóxia para a musculatura cardíaca. No entanto, essa perda de adenosina pode ser prejudicial às células do miocárdio, podendo desencadear morte dessas células na isquemia cardíaca * Doença cardíaca isquêmica - Alterosclerose: oriunda da formação de placas alteroscleróticas a partir da fibrose de células lipídicas presas a vasos sanguíneos. Essa placas vão ficar proeminentes no lúmen dos vasos, de modo a comprometer a circulação para a região onde são formadas. O início das artéria coronárias é uma região muito susceptível a alterosclerose - Oclusão coronariana aguda: Normalmente ocorre em pacientes com predisposição e pode se dar por vários fatores, tais como a placa asterosclerótica que pode se tornar um coágulo sanguíneo e obstruir ramos mais periféricos coronarianos (êmbolo coronariano); ou trombose secundária do vaso por espasmos do musculo cardíaco que podem irritar a parede dos vasos podendo ocluí-los. * Circulação colateral - Em um coração normal, quase não há comunicação entre as maiores artéria coronarianas, mas há anastomoses entre as artérias coronarianas menores - Essa circulação colateral coronariana, nos casos de alterosclerose súbita de grandes vasos coronarianos, tendem a suprir a demanda de nutrientes (de forma ineficaz nas primeiras horas, mas melhorando a nutrição com o passar do tempo), possibilitando recuperação de pacientes que sofreram oclusão coronariana. - Já em casos de alterosclerose crônica, com piora ao passar do tempo, essa circulação colateral tende a se desenvolver de acordo com o aumento da oclusão, de modo que o paciente pode nunca sentir os efeitos da insuficiênciade nutrientes para as células cardíacas. Mas essa alterosclerose silenciosa pode ser prejudicial, podendo gerar alterosclerose em outros vasos, obstruindo-os (muito recorrente em idosos) - No infarto do miocárdio, há obstrução aguda de ramos coronarianos, de modo que a circulação colateral manda mais sangue para a região e o vasos obstruído dilata permitindo o extravasamento do sangue para as células, enchendo a região de sangue. Depois, há utilização do O2 disponível, seguido da tonalidade marrom-azulada da região. Por fim, há edemaciação do músculo, devido ao extravasamento de liquido da circulação para o tecido, podendo levar a morte de células cardíacas. De 15 a 30% de fluxo sanguíneo coronariano normal em repouso é o suficiente para impedir morte das células do coração, no entanto a região infartada normalmente morre. - Os vasos subendocárdios são mais facilmente infartados, devido a sua maior dificuldade em receber nutrientes, por serem extremamente comprimidos na sístole. Assim, qualquer condição de comprometimento, tende a infartar vasos subendocárdios. * Causas de morte após oclusão coronariana aguda - Débito cardíaco diminuído: Tratado como choque cardíaco, ocorre quando 40% do coração está comprometido. Essa complicação dá-se quando há uma região isquêmica no musculo ventricular que ocasiona, com o aumento da pressão ventricular e sua consequente contração, a dissipação da força, comprometendo a ejeção de sangue para a árvore circulatória - Retenção de sangue no sistema venoso: a insuficiência no bombeamento de sangue pelo coração, faz com que esse sangue seja mantido nos átrios e em vasos da circulação sistêmica e pulmonar. Assim, esse acumulo provoca poucos comprometimentos iniciais, mas que serão sentido mais tardiamente devido a um déficit, gerado, da excreção de urina, aumentando a quantidade de sangue no corpo e deixando-o susceptível a edema pulmonar e consequente morte - Fibrilação ventricular pós infarto: Tendência maior após infarto grande e pode se dar por: Aumento na quantidade de K+ no LEC devido à perda de suprimento sanguíneo; Isquemia causando uma corrente de lesão que impede a repolarização das células cardíacas; potentes reflexos simpáticos que ocasionam a fibrilação; além da dilatação do ventrículo pela fraqueza do músculo cardíaco que aumenta a distância que os sinais condutórios devem percorrer - Ruptura da área infartada: pressões sistólicas podem romper a área infartada que começa a se degenerar ficando mais frágil. Em casos de rompimento, há extravasamento do sangue para o pericárdio, de modo a causar desenvolvimento do tamponamento cardíaco (compressão externa do coração pelo sangue extrazado, impedindo que esse flua para o átrio esquerdo, causando diminuição súbita do débito cardíaco) * Recuperação do infarto agudo do miocárdio - Em áreas de isquemia pequenas, há pouca ou nenhuma morte celular, mas o músculo torna-se não funcional em virtude de nutrição insuficiente - Já em áreas de isquemia extensa, há morte de fibras no centro da isquemia, seguida de falta de contração numa circunferência maior e seguida de uma área de contração comprometida. - As áreas que sofreram isquemia com células mortas sofrem um processo de cicatrização na região que é seguido por uma diminuição no tamanho dessa cicatrização e no aumento da eficiência de outras regiões do coração para combater essa deficiência causada pela fibrosação Função do coração após recuperação de infarto do miocárdio - Haverá retorno quase a capacidade normal, sem comprometimento de débito cardíaco, mas com capacidade de bombeamento diminuída que acaba por limitar a execução de atividades físicas muito cansativas, mas que não prejudica uma vida normal, pois o coração por natureza bombeia 300 a 400% a mais de sangue do que o corpo precisa. Descrever o processo de formação de linfa e a circulação linfática. - Via acessória por meio da qual o liquido intersticial flui para o sangue - Transportam proteínas e grandes partículas que não são reabsorvidas pelo sangue/veias * Canais linfáticos do corpo - Quase todos os tecidos tem canais que drenam o liquido intersticial, exceto superfície da pele, SNC, endomísio de músculos e ossos. No entanto, há nesses locais canais pré-linfáticos que drenam para vasos linfáticos maiores - A região direita da cabeça, o braço direito e parte do tórax direito drenam a linfa por fim para o ducto linfático direito, que vai escoar na junção da veia subclávia com a jugular interna direita. As demais regiões (parte inferior do corpo, lado esquerdo da cabeça, braço esquerdo e tórax esquerdo) drenam para o ducto torácico, que vais escoar na junção da subclávia esquerda e jugular interna esquerda. Capilares linfáticos terminais e sua permeabilidade - Cerca de 1/10 do líquido que chega aos espaços intersticiais retorna por meio dos vasos linfáticos, sendo essa linfa de extrema importância (por trazerem substâncias essenciais, como proteínas) - A absorção dessas moléculas dá-se por um mecanismo de filamentos de ancoragem no endotélio dos vasos. Esse mecanismo funciona com células das paredes subjacentes umas a outras e ancoradas, as quais quando proteínas e substâncias querem entrar abrem espaços endoteliais, permitindo a entrada. Em caso de força de dentro pra fora, não ocorrerá refluxo, pois essas válvulas se fecharão. Assim, há válvulas nas paredes dos capilares linfáticos (para permitir entrada e evitar refluxo) e em seu interior (para conduzir a linfa) * Formação da linfa - Derivada do liquido intersticial tem em sua composição, aspecto similar ao liquido intersticial e chega a conter de 2 a 5g/dL de proteínas (principalmente devido à linfa rica em proteínas do fígado e do intestino, que representam 2/3 da linfa total) - Além disso, o sistema linfático absorve outra substância do trato gastrointestinal, como lipídeos, tendo papel fundamental pós ingestão de alimentos gordurosos - Bactéria também podem entrar para o sistema linfático, mas normalmente são combatidas nos linfonodos - Vermes também podem chegar ao sistema linfático, como o Wulchereria Bancrofti, causador da elefantíase. - Intensidade do fluxo linfático: cerca de 120 mL/h para o sangue (100 oriundo do ducto torácico e 20 de outras vias) * Pressão do liquido intersticial sobre o fluxo linfático - O fluxo normal em repouso é bem baixo, sendo acompanhado por uma pressão de -6 mmHg - O aumento da pressão promove um aumento exponencial do fluxo, podendo ser esse aumento de pressão por diversas causas distintas, como: pressão hidrostática capilar elevada; pressão coloidosmótica (pressão gerada pelas proteínas do plasma sanguíneo) diminuída do plasma; pressão coloidosmótica aumentada do liquido intersticial; permeabilidade aumentada dos capilares - Esses fatores promovem o aumento de plasma dos vasos para o interstício, de modo a aumentar o fluxo linfático e o líquido intersticial - A intensidade máxima do fluxo linfático atinge seu platô máximo quando a pressão dentro dos vasos linfáticos está em 1 ou 2 mmHg, devido ao aumento da pressão tecidual que aumenta a entrada de linfa nos vasos e os comprime, impedindo um aumento na intensidade do fluxo A bomba linfática aumenta o fluxo da linfa - Quando o vaso linfático se enche ocorre a contração do músculo liso da parede desse vaso. Ademais, cada segmento de vaso entre sucessivas válvulas funciona como uma bomba que bombeia o liquido para o segmento seguinte e assim sucessivamente - Em vasos linfáticos grandes, como o ducto torácico, a pressão pode chega a 50 a 100 mmHg - Outros fatores que possam comprimir os vasos linfáticos também auxiliam na condução da linfa, tais como: contração dos músculos esquelético circundantes; movimento de partes do corpo; pulsações de artérias adjacentes aos linfáticos; compressão dos tecidos porobjetos externos ao corpo - Em exercício, a bomba linfática fica muito ativa, diferente do repouso, onde o fluxo é quase nulo - Na bomba capilar linfática ocorre o fenômeno de enchimento dos capilares linfáticos, a partir da chegada de muito liquido no tecido, permitindo a entrada do liquido pelos filamentos ancorados, fazendo com que quando haja contração muscular, ocorra a contração desses vasos, empurrando a linfa em seu sentido correto, devido a presença das válvulas internas que impedirão refluxo. Outro fator que auxilia nessa contração é a presença de filamentos contráteis de actomiosina nas células endoteliais, permitindo a contração também do endotélio - De modo geral, a intensidade do fluxo linfático é determinada pelo produto da pressão do líquido intersticial pela atividade da bomba linfática Papel do sistema linfático no controle da concentração de proteína, volume e da pressão do líquido intersticial - Primeiramente, pequena quantidade de proteína retorna pelas veias depois que são extravasadas para o meio intersticial, aumentando a pressão coloidosmótica. Em segundo lugar, com o acúmulo de proteínas no liquido intersticial e aumento da pressão coloidosmótica, há saída de liquido para os tecidos, aumentando a pressão do líquido intersticial. Em terceiro lugar, o aumento dessa pressão no liquido intersticial aumenta a velocidade do fluxo linfático e sua drenagem. - Dessa forma, a partir de determinados níveis de pressão e volume no líquido intersticial, ocorre um retorno de proteínas e aumento do fluxo linfático relativamente grande para compensar a velocidade de extravasamento da proteína, se mantendo em equilíbrio estável até a interferência de algum fator externo. - Em locais onde o tecido conjuntivo e fraco, ocorre a união entre as fibras pela negatividade da pressão linfática, que forma um vácuo parcial, como na mão e na face. Assim, caso essa pressão linfática aumente, ocorre o processo conhecido como edema a partir do acúmulo de linfa nesse vasos Explicar as causas e consequências da deficiência do retorno venoso. - A lei Frank-Starling do coração fala sobre a influência do retorno venoso no débito cardíaco. Associa- se então, a maior chegada de sangue ao átrio direito com uma maior dilatação das paredes do músculo cardíaco e uma contração mais forte, a fim de compensar esse sangue adicional que chegou ao coração - Todo o sangue local flui para formar retorno venoso e o coração logo bombeia esse sangue de volta para a artéria. Assim, a região que usa mais O2 e realiza mais atividade, consequentemente manda mais sangue que rapidamente passará pelo coração para voltar a circulação sistêmica * Fatores que interferem no retorno venoso - Qualquer fator que interfira no retorno venoso pode causar diminuição de débito cardíaco, tais como: * Volume sanguíneo diminuído: Resultante muitas vezes de hemorragia. Há diminuição do enchimento das câmaras do coração, de modo que não existe mais sangue suficiente no sistema periférico para impulsionar o sangue de volta ao coração, diminuindo o retorno venoso e por consequência o débito cardíaco * Dilatação venosa aguda: Quando ocorre inibição do sistema simpático por alguma razão (como desmaio), há dilatação de veias e acumulo de sangue nessas veias devido ao déficit de pressão para fazer o sangue acumulado nelas retornar ao coração. * Obstrução das veias maiores: Quando as maiores veias que retornam ao coração são obstruídas, há incapacidade do sangue em retornar ao coração devido a essa obstrução, de modo a causar baixa do débito cardíaco. * Massa tecidual diminuída: Uma redução nas dimensões de algum sistema (na maioria de músculos esqueléticos, por inatividade física ou avanço da idade), faz com que esse sistema utilize menos O², de modo a diminuir o fluxo sanguíneo e assim o retorno sanguíneo pelo mecanismo de Frank-Starling, causando diminuição no débito cardíaco * Diminuição da atividade metabólica: Seguindo a mesma lógica anterior, quando o organismo está com déficit metabólico, há diminuição no sangue que vai para a circulação sistêmica, de modo a diminuir o retorno venoso e o débito cardíaco pela lógica do mecanismo de Frank-Starling. O hipotireoidismo também pode diminuir essa atividade metabólica Efeito da pressão externa fora do coração sobre as curvas do débito cardíaco - O gráfico relaciona a pressão atrial direita com o débito cardíaco levando em consideração, também, a pressão intrapleural. Com o aumento dessa pressão intrapleural, deve-se haver também um aumento da pressão atrial direita (relacionada ao retorno venoso) para atingir o potencial esperado de débito cardíaco. - 3 fatores principais que afetam o retorno venoso da circulação sistêmica para o coração: * Pressão atrial direita exercendo força retrógrada sobre as veias, impedindo a entrada de sangue * O grau de enchimento da circulação sistêmica (medido pela pressão média de enchimento sistêmico) que força o sangue sistêmico em direção ao coração * Resistência, entre o AD e os vasos periférico, ao fluxo sanguíneo - A pressão atrial direita se opõe ao retorno venoso, de modo que o retorno venoso cai a 0 quando a pressão atrial direita se eleva para cerca de +7 mmHg. Isso ocorre, pois o aumento da pressão retrógrada causa acúmulo de sangue na circulação sistêmica - Concomitantemente ao aumento da pressão atrial direita, ocorre a diminuição do débito cardíaco pela diminuição no retorno venoso, de modo que pressão arterial e venosa tendem a se igualar no +7 mmHg - Há um platô na curva de retorno venoso quando a pressão no AD torna-se negativa, de modo que há colapso das veias que entram no tórax diminuindo um possível fluxo adicional de sangue oriundo dessas veias. Assim, apesar da negatividade da pressão de AD, o retorno venoso não aumenta acima do que ocorre na pressão atrial média de 0 mmHg * Pressão média de enchimento circulatório - Equilíbrio de pressões nas câmaras cardíacas após interrupção de bombeamento cardíaco por choque elétrico e consequente FV - Quanto maior o enchimento da circulação sistêmica, mais fácil é a chegada do sangue de volta ao coração. Quanto menor o enchimento sistêmico, mais difícil é para o fluxo sanguíneo chegar ao coração - Quanto maior a diferença entre pressão sistêmica (Pes) e pressão atrial direita, maior será o retorno venoso - Quando há aumento na resistência venosa, ocorre acumulo de sangue nas próprias veias, o que tende a um aumento da pressão venosa. No entanto, pelas veias serem muito distensíveis, o aumento da pressão venosa não é suficiente, causando diminuição no fluxo sanguíneo no AD. 2/3 da resistência venosa são devido à resistência ao retorno venoso e cerca de 1/3 pela resistência arteriolar. - Diminuições nas resistências ao retorno venoso tendem a aumentar o retorno venoso significativamente, permitindo que o sangue flua para o AD Explicar a hemodinâmica circulatória das artérias e veias. - A circulação tem como função suprir as necessidades dos tecidos corporais, levando nutrientes para nutrição dos órgãos e tecidos e levando produtos eliminados do metabolismo - As artérias transportam sangue sob alta pressão para a circulação sistêmica, sendo constituída de 3 túnicas que permitem essa pressão e o transporte - Após as artérias, o sangue é liberado pelas arteríolas para os capilares (nos quais ocorrerá a filtração e consequente reabsorção) - Esses capilares têm função de trocas de substâncias e em sua constituição têm uma parede que se distende, além de poros que permitem essa troca de substâncias. - As vênulas, posteriormente vão coletar o sangue e coalescem para leva-lo até o coração, no processo conhecido como retorno venoso - Velocidade do fluxo sanguíneo definido por V (velocidade) = F (fluxo sanguíneo) / A (área) Pressão nas diferentes partes da circulação
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