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Ciências do Ambiente

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CIÊNCIA DO AMBIENTE
Prof. Me. EDSON CATELAN
001
004 Aula 1: Práticas Tecnológicas Sustentáveis
013 Aula 2: Utilizando Recursos Naturais de forma Racional
021 Aula 3: Mudanças Climáticas e o Lançamento de CO2 na 
Atmosfera
026 Aula 4: Maneiras de Sequestrar e Capturar o CO2 da 
Atmosfera
035 Aula 5: Tecnologias Inovadoras para Minimizar o 
Desprendimento de CO2 nas Indústriais
044 Aula 6: A Importância da Preservação dos Recursos Naturais
052 Aula 7: O Uso dos Recursos Renováveis e Esgotáveis
065 Aula 8: O cotidiano do Profissional e os conceitos de 
sustentabilidade
074 Aula 9: O Constante Aumento Populacional e Consequente 
desenvolvimento de Tecnologias Industriais
083 Aula 10: O Maior Consumo e Maior Demanda de Recursos e 
como Preservar os Ecossistemas
092 Aula 11: O Sistema de Gestão da Qualidade segundo a série 
ISO 14000
103 Aula 12: A Importância do Sistema de Gestão Ambiental
110 Aula 13: A Implementação do Sistema de Gestão Ambiental 
nas Organizações
119 Aula 14: Norma ISO 14001: Modelo Padrão Internacional de 
Gerenciamento Ambiental
127 Aula 15: A Importância da Legislação Ambiental
133 Aula 16: O Profissional como Gestor Ambiental de uma 
Organização
002
Introdução
Olá, alunos(as)!
Vamos dar início à disciplina Ciência do Ambiente, e gostaria de começar 
apontando os objetivos que serão abordados ao longo das aulas:
Analisar as tendências da gestão ambiental nas organizações, estimular 
a consciência inovadora sobre o gerenciamento dos recursos naturais do 
planeta na busca do equilíbrio entre as novas tecnologias, entender a ne-
cessidade da realização de negócios para gerar emprego para a sociedade 
e fomentar a recuperação dos recursos ambientais do planeta, além de de-
senvolver a compreensão sobre o papel estratégico do profi ssional gestor 
ambiental nas organizações.
Na busca em motivá-los no caminho da inovação, nos conceitos e nas práticas 
da preservação ambiental, vamos estudar que as novas tecnologias aqui apre-
sentadas dependem muito da mudança de paradigma que a sociedade precisa 
entender com relação à preservação do nosso planeta. E você, futuro profi s-
sional da área, terá um papel importante nessa conscientização da sociedade.
A preservação ambiental não só contempla somente os fatores do meio 
ambiente, mas também infl uencia a saúde ou mesmo a sobrevivência da 
vida dos seres do nosso planeta. Portanto, o engajamento do profi ssional 
de engenharia é fundamental na busca das soluções mais adequadas, ino-
vadoras e estratégicas para atingirmos os objetivos estabelecidos na busca 
da preservação ambiental.
Vamos abordar temas que estão ligados à tendência da sociedade para o con-
sumo, à mecanização, conforto e comodismo do ser humano que consegue 
transformar as matérias-primas que encontra no planeta de modo a torná-las 
úteis para si, seja como objetos de consumo ou de lazer, sem perceber que 
durante a confecção destes, formam-se quantidades extraordinárias de re-
síduos que comprometem o meio ambiente e a saúde dos seres do planeta.
A sociedade já mostrou exemplos trágicos da destruição e perda de elemen-
tos naturais do planeta na fl ora e a fauna, bem como dos elementos água, 
minérios, petróleo e outros. Logo, temos que reverter esse quadro de per-
das em que planeta se encontra. Surge, então, uma nova linguagem entre os 
003
01
Práticas
Tecnológicas
Sustentáveis
004
Nesta aula, vamos abordar algumas tecnologias sustentáveis que podem ser
implementadas nas organizações e que irão possibilitar o atendimento dos objetivos
traçados: gerenciamento dos recursos naturais do planeta na busca do equilíbrio
entre as novas tecnologias, a necessidade de realização de negócios com geração de
emprego para a sociedade e a recuperação dos recursos ambientais do planeta, além
de desenvolver a compreensão sobre o papel estratégico do pro�ssional gestor
ambiental nas organizações.
Essas práticas sustentáveis devem ser idealizadas pelo pro�ssional tendo sempre em
mente ideias inovadoras cuja origem pode ser a observação e o conhecimento
adquirido nos estudos dos aspectos ambientais com o objetivo de preservação. Nesse
caminho, observamos que nem sempre essas práticas devem ter elementos de
característica de alta tecnologia eletrônica ou de computação, ou ainda de TI
(tecnologia da informação). Muitas vezes, no que se refere aos aspectos ambientais,
essas práticas podem ter origem na própria natureza, por meio do conhecimento
adquirido pela sociedade no manejo dos elementos da natureza com pesquisas
cientí�cas em física, química, biologia e outras ciências básicas.
O pro�ssional da área da gestão ambiental deve usar como referência para inovação
os conhecimentos adquiridos no estudo das ciências básicas adaptadas à realidade
ambiental e sociocultural. É inegável que a era em que vivemos, conhecida como
“indústria 4.0” ou “inteligência arti�cial”, traz para o planeta novas tecnologias e
recursos e�cazes para o desenvolvimento social, econômico e ambiental, mas
também devemos observar que esses novos elementos tecnológicos provocaram
muitas perdas para a diversidade e o ecossistema do planeta.
Portanto, a sociedade e o pro�ssional da área de Gestão Ambiental deve se utiliza de
práticas Tecnológicas Sustentáveis, aproveitar-se de todos os elementos do
conhecimento e adotar uma abordagem de melhoria, aprimoramento e
principalmente de preservação dos fatores naturais de nosso planeta.
005
Sustentabilidade
Ambiental
O crescimento exponencial da população, a utilização irracional e excessiva dos
recursos e a gravidade da contaminação e degradação ambiental mostram como as
sociedades têm plenas condições de alterar e destruir os sistemas de sustentação da
vida na Terra. A maior evidência disso é que em diversas partes do planeta se
ultrapassou em muito a sua capacidade de sustentação, ou seja, a possibilidade de
atender, dentro de limites aceitáveis, o bem-estar e as necessidades das gerações
atuais e futuras.
Claramente, sustentabilidade é uma ideia complexa que requer algum conhecimento
da vida socioambiental, de questões econômicas e de como esses temas estão
interligados. Sustentabilidade desa�a a prioridade das pessoas, seus hábitos, suas
crenças e seus valores. Como espécie, os seres humanos chegaram a um ponto no
qual devem admitir que nem tudo é possível (ou tudo que é possível nem sempre é o
melhor). Pode haver limites. Por outro lado, também têm razões para acreditar que
possuem a obrigação e os recursos (tecnológicos, sociais e éticos) para tornar possível
a sustentabilidade.
Aqueles que querem fazer algo em relação à sustentabilidade geralmente pensam
sobre as formas como se deve abordar algumas questões ao nosso redor. Mudar o
comportamento e as atitudes do dia a dia é uma preocupação de quem quer fazer a
diferença e quer agir, pois as práticas de sustentabilidade estão ligadas as nossas
crenças sobre sustentabilidade e de como isso afeta nossos hábitos de consumo. São
questões que atingem diretamente nosso estilo de vida. Por exemplo: a reciclagem de
lixo. Muitas pessoas acham que a administração municipal não faz adequadamente o
recolhimento seletivo para reciclagem, mas é pouco provável que estejam dispostas a
investir tempo e esforço na separação do lixo.
A ideia de envolvimento pessoal tem a ver com o grau em que percebemos a relação
entre a nossa vida e o conceito de sustentabilidade. Para o Gestor Ambiental, as
questões de sustentabilidade são um desa�o permanente à informação e à educação
das pessoas sobre como os problemas da sustentabilidade no âmbito econômico,
ambiental e social estão relacionados com fatores da vida pessoal. É o senso de
responsabilidade social que demonstra como as pessoas sentem que têm uma
006
responsabilidade compartilhada em relação a determinados problemas
socioeconômicos e ambientais, bem como sua disposição em chegar a uma resposta
coletiva para solucioná-los.
Vamos entender melhor como o pro�ssional de gestão ambiental poderá contribuir
para a sustentabilidade ambiental no casoapresentado no vídeo “Manejo da Terra de
Forma Sustentável”. Observe as ações e identi�que os elementos da natureza
utilizados e pesquise para cada elemento qual a importância e a função deles no
equilíbrio desse ecossistema.
Fonte: Disponível aqui
No vídeo “Manejo da Terra de forma Sustentável”, observe como a
prática nativa do manejo da terra permite a perfeita preservação
ambiental e contribui para o aprimoramento das técnicas e práticas
sustentáveis.
O Consumo na Sociedade
Sustentável
A Revolução Industrial impulsionou avanços tecnológicos e o surgimento de um estilo
de vida particular dos países ocidentais desenvolvidos. O consumismo é visto como a
força por trás da demanda e aumento da produção de bens de consumo, além da
transição para uma sociedade do desperdício. Já o consumismo se converteu na base
da atividade produtiva das sociedades atuais.
007
https://www.facebook.com/VTRND/videos/230093071202050/
Desperdício é a palavra-chave para de�nir a sustentabilidade, ou seja, aquilo que
devemos eliminar de nossa prática diária. Isso pode ocorrer de diversas formas:
Superprodução – Trata-se de produzir mais do que é necessário para o próximo
processo ou para o mercado consumidor. É a maior das fontes de desperdício. 
Processo – Algumas atividades ou operações existem em função de projetos ou
procedimentos errados sem uma visão mais profunda e, neste sentido, que
podem ser eliminados, reduzindo o uso de operações e materiais e
consequentemente reduzindo o desperdício. 
Estoque – Dentro da �loso�a JIT, ou just-in-time, o estoque é o alvo para
redução, ou seja, sem excesso. Ao usar essa prática os custos acabam também
sendo reduzidos. 
Produtos defeituosos – Os indicadores de refugo mostram todos os custos
envolvidos na produção. Essa qualidade ruim do produto provocam perdas e
desperdícios, devendo, assim, os defeitos eliminados. 
As grandes empresas incentivam o consumo de produtos elaborados para serem
utilizados e descartados, e com um agravante, a maioria dos consumidores não se
preocupa com o destino desses bens após o uso. É assim que o consumismo está
baseado, na produção em quantidade e na exploração irracional dos recursos
naturais.
Devemos então agir na raiz do problema, que são nossos hábitos de consumo. Você
como futuro pro�ssional da área deverá buscar soluções para o consumo de
produtos e serviços que tenham a característica de sustentabilidade.
Fonte: Disponível aqui
No vídeo “Demolição de Edifícios Tokyo, Japão”, veja como as novas
tecnologias apresentadas que vão ao encontro dos princípios e práticas
de desenvolvimento sustentável.
008
https://www.dropbox.com/s/sl3oc9kn8mk7ls6/demolicao%20Jap%C3%A3o%20.mp4?dl=0
Faça uma análise do vídeo da demolição do edifício em Tóquio e
identi�que os diversos elementos que podem ser reutilizados e
reciclados de forma sustentável. É importante fazer essa análise para
que você possa responder às questões de avaliação da disciplina, ok?
Sustentabilidade e
Desenvolvimento
Alguns de�nem a sustentabilidade como a capacidade de assegurar que as gerações
futuras tenham as mesmas oportunidades de acesso aos recursos que o planeta
oferece. Outros argumentam que ela se refere às formas de desenvolvimento
economicamente viáveis, que não agridam o meio ambiente e que sejam socialmente
justas.
Mas todos concordam que o desenvolvimento econômico social é o que move os
habitantes do planeta. Desta maneira devemos prover o sustento e as necessidades
de todos, e saber que há uma relação de dependência entre o meio urbano e o meio
rural.
A dependência da maioria das cidades em relação ao meio rural é que ela produz
pouco ou nenhum alimento, além de contribuir para a poluição do ar, e quanto ao
uso da água, recicla pouco ou quase nada. Isso é devido como são administradas pelo
poder público e a falta de iniciativa da população urbana.
009
No Brasil, o rápido crescimento das cidades causou uma série de problemas visíveis,
como na utilização do solo, dos recursos hídricos, degradação do patrimônio cultural,
da ine�ciência da gestão de resíduos, entre outros problemas que causam uma série
de impactos que in�uenciam no meio ambiente e na saúde pública.
De modo geral, o que acontece no meio urbano brasileiro, devido um processo de
industrialização tardia e acelerada, que não foi capaz de organizar a expansão urbana
e com isso, induziu a uma grande arti�cialização das terras agrícolas (constituídas por
áreas seminaturais e naturais), portanto, aumentando a pressão sobre o ambiente
natural e a poluição do ar, bem como aumento as emissões de GEE (gases do efeito
estufa). Além de uma maior demanda de trânsito e de um questionamento da coesão
social.
Todas as cidades utilizam recursos produzidos em territórios que estão fora de suas
áreas construídas, como produtos agropecuários, �orestais, combustíveis, entre
outros. O impacto que a cidade provoca no ambiente natural são ampliados pelo
processo de globalização econômica que se acentuou nas últimas décadas e continua
em rápida expansão.  Para você entender essa globalização, a madeira consumida em
Nova York, Londres, Paris, por exemplo, pode vir da Floresta Amazônica. Por outro
lado, os resíduos descartados dessas cidades (países desenvolvidos) podem ser
depositados nos países em desenvolvimento, como o Brasil.
A gestão urbana não é mais uma questão que diz respeito somente ao setor público,
deve envolver cada vez mais o setor privado e as organizações do terceiro setor, pois
os problemas que esse ecossistema complexo apresenta   exigem criatividade e
inovação para superá-los, incluindo uma revalorização desses espaços, que devem
deixar de ser exclusivamente “parasitários” em relação a outros ecossistemas.
Os problemas das grandes e megacidades, deve-se acrescentar o de outros
aglomerados urbanos, como os das regiões metropolitanas e áreas de conurbação,
como aquelas existentes no entorno das rodovias que ligam grandes cidades como
São Paulo-Rio de Janeiro (Via Dutra); Campinas-São Paulo (Via Anhanguera e
Bandeirantes), entre muitas outras. Essas cidades e regiões de alta densidade de
urbanização apresentam um conjunto único de desa�os. Mas, se estrategicamente
planejados podem oferecer oportunidades extraordinárias.
E é neste contexto que o pro�ssional de Gestão Ambiental se enquadra, pois inovação
e visão sustentável podem guiar o pro�ssional para as oportunidades que o mercado
oferece. Você pode observar essas oportunidades no caso da demolição do edifício
em Tóquio, no Japão, visto no vídeo indicado no Conecte-se desta aula. São
010
desenvolvidas novas práticas de tecnológicas sustentáveis para realizar a demolição
do edifício; técnicas essas que no passado se resumiam à explosão do edifício e
posterior recolhimento do entulho gerado.
Ainda nesta análise da demolição do edifício em Tóquio, identi�que os diversos
elementos que podem ser reutilizados, reciclados de forma sustentável. É importante
esta análise, não deixe de fazer, ela vai te ajudar na resolução das questões da
avaliação da disciplina.
As organizações estão em busca de pro�ssionais que possam ajudá-las a cumprir as
novas determinações que estão por vir nos aspectos da sustentabilidade e
preservação ambiental, e o Gestor Ambiental deve estar atento em como as pessoas
usam e compartilham os recursos da Terra e como isso pode afetar a saúde do
planeta.
Nós vivemos em um mundo interconectado em que as decisões tomadas em um
lugar podem afetar pessoas que vivem do outro lado do planeta. Mesmo os países
mais ricos depende bastante da riqueza de outros países – desde mercadorias físicas,
tais como alimentos e minerais, até cultura e conhecimento.
É importante para você futuro pro�ssional da área de Gestão Ambiental, rever os
objetivos educacionais da sociedade dos diversos países. Vamos destacar dois pontos:
Informação, conhecimento e conscientização: ajudar os estudantes a se
tornarem profundamente conscientes das questões contemporâneas
complexas, como a degradação ambiental, produção não sustentável, consumo
excessivo,etc. 
Comportamento, atitudes e valores: ajudar os estudantes a adquirir
experiências, adotar valores para o meio ambiente e a sociedade, entendendo a
sua interdependência, bem como incentivos necessários e seguros para a sua
participação ativa na proteção ambiental e na melhoria da qualidade do meio
ambiente e da vida na Terra.
011
Vamos entender na prática como o pro�ssional em Gestão Ambiental
deve in�uir nas questões de sustentabilidade. Observe o vídeo “Manejo
da Terra”, identi�que quais são os elementos da natureza que são
trabalhados de forma sustentável? Por exemplo, o carvão (Elemento
Carbono C), é gerado pela queima de restos de folhas e galhos secos
recolhidos da limpeza do terreno. Identi�cado o Elemento pesquise
sobre ele, no caso o Carbono. A participação dele é muito importante
na preservação ambiental e na sustentabilidade. Agora identi�que
outros elementos e pesquise da mesma forma. O seu aprendizado
nesta prática é importante para questões de avaliação na disciplina.
É possível entender como o pro�ssional de Gestão Ambiental pode
contribuir para a sustentabilidade ambiental. No caso apresentado no
vídeo “Manejo da Terra de Forma Sustentável”, observe as ações e
identi�que os elementos da natureza utilizados e  e faça uma pesquisa.
Para cada elemento da natureza, determine qual a importância e a
função  no equilíbrio desse ecossistema.
012
02
Utilizando Recursos
Naturais de forma 
Racional
013
Vamos iniciar a aula com uma pergunta: Quais são os componentes físicos e químicos
que formam o nosso planeta?
Resumidamente, a biosfera é dividida em três regiões físicas:
Litosfera: camada super�cial sólida da Terra, que é constituída de rochas e
solos.
Hidrosfera: representada pelo ambiente líquido no planeta com os rios, lagos e
oceanos.
Atmosfera: é a camada gasosa que circunda toda a superfície da Terra e que
envolve a litosfera.
Não é exagero a�rmar que todos os componentes naturais que formam esse
gigantesco ser vivo, nosso Planeta, estão sempre em modi�cação e têm um
dinamismo quase independente, como se tivessem vida própria; quase, porque as
alterações que lhe são inseridas são similares às dos organismos celulares - os seres
vivos.
Em outras palavras, as espécies presentes em seu meio agem para que os processos
de desenvolvimento biológico se estabeleçam para a sua manutenção, modi�cando
as suas características, como a estrutura do solo, as alterações químicas nas águas e
na atmosfera e a recomposição de sua vida biológica, dentre outros fatores.
Além da água, outro recurso natural essencial para a preservação da vida é o Sol; dos
47% de energia solar que chegam à superfície, menos de 1% é utilizado para a
produção de alimentos, já a sua totalidade é indispensável para o aquecimento do
planeta e para o fornecimento de vitamina D aos seres vivos, além de ser responsável
pelos fenômenos climáticos e pelas reações químicas do solo.
O meio ambiente é constituído de vários fatores ambientais, que abrangem aspectos
físicos, químicos e biológicos e proporcionam condições especí�cas para que cada
espécie possa reproduzir, desenvolver, viver e dar continuidade à sua perpetuação.
Os organismos devem possuir um local que possa suprir suas necessidades mais
básicas (nutrição, proteção, reprodução, etc.), e essas condições são desenvolvidas em
seus habitats naturais, onde, além de viverem, os seres vivos podem desempenhar o
seu papel de preservação do ambiente e de continuação da espécie.
014
Basicamente, a organização geográ�ca dos seres vivos tem como principais níveis de
estudo:
População: conjunto de indivíduos de uma mesma espécie e que ocupam a
mesma área;
Comunidade: conjunto de populações que interagem, vivendo numa mesma
área;
Ecossistemas: conjunto resultante da interação da comunidade com o ambiente
inerte;
Biosfera: sistema que inclui todos os organismos vivos da Terra.
Com essas de�nições, pretendemos objetivar ao Gestor Ambiental quais fatores,
ações e atividades possibilitam o uso dos recursos naturais de forma racional. Usar de
forma racional signi�ca mantê-los como nos foi disponibilizado pelos diversos
ecossistemas apresentados.
Assim, o Gestor Ambiental deve desenvolver estudos na busca do aproveitamento dos
recursos naturais aplicando os princípios da sustentabilidade. Essas aplicações
voltadas para as organizações que objetivam o atendimento das necessidades da
sociedade de consumo, ampliando o engajamento de toda a sociedade na prática dos
novos hábitos de consumo e de vida saudável para o ser humano e para os
ecossistemas do Planeta, garantindo a sobrevivência dos seres vivos das gerações
futuras.
Recursos Naturais
Devemos nos concentrar na preservação dos recursos naturais que se encontram em
estágio de degradação, de escassez e sendo desperdiçado de forma não sustentável.
Assim, as ações do Gestor Ambiental devem ser voltadas para orientar as
organizações no caminho da preservação, criando soluções adequadas ao
ecossistema, para o desenvolvimento sustentável.
Os recursos naturais são essenciais para o equilíbrio ecológico, o desenvolvimento
econômico e o bene�ciamento das gerações futuras. Então o foco principal do gestor
ambiental é na preservação ambiental e a racionalização dos recursos naturais para
que as reservas do planeta sejam utilizadas de forma sustentável no setor produtivo e
no meio social.
015
Os recursos naturais são todos os materiais físicos ou biológicos, orgânicos ou
inorgânicos, in natura ou alterados em algum processo de transformação, cujo
critério de sua classi�cação é a sua capacidade de recomposição, podendo ser
divididos em dois grupos: os recursos renováveis e os recursos não renováveis.
Os recursos naturais renováveis são aqueles que se regeneram na natureza em um
tempo compatível com a existência humana, por isso, são considerados inesgotáveis.
Esses recursos estão disponíveis na natureza em abundância, no entanto, alguns
fatores como a poluição e a super exploração podem inviabilizar a sua reposição
natural.
 Já os recursos naturais não renováveis são recursos que não podem ser regenerados.
Muitas vezes esses recursos existem em determinada quantidade.
Acesse: Disponível aqui
Hidroponagem
Este método de produção demonstra de forma clara o conceito de
produção sustentável com o adequado e racional uso dos elementos e
recursos da natureza. Assista!
016
https://www.dropbox.com/s/3oz1cm4l9kseyl6/Produ%C3%A7%C3%A3o%20hidroponagem%20.mp4?dl=0
Faça a análise do vídeo sobre hidroponagem e comente de que forma
foram aplicados os conceitos relativos ao uso racional e sustentável das
diversas etapas do processo de produção de verduras. Exemplo: a água
utilizada não é desperdiçada, pelo contrário: ela tem o seu papel
ampliado no processo de cultivo, pois, além de ela ser um elemento de
hidratação e alimento da planta, a água também faz o papel da terra.
Assim, observe os outros elementos (sol, ventos, o ar atmosférico e
outros) do processo e comente seus fatores de preservação e uso
racional e sustentável.
Recuperação e
Preservação dos Recursos
Naturais
Os exemplos de exploração dos recursos naturais podem ser:
Recursos hídricos: além de essenciais para o abastecimento público de água e
para os serviços de saneamento básico, as reservas hídricas têm importante
papel estratégico na geração de energia elétrica no país;
Ocupação do solo: importante para o bene�ciamento nas atividades industriais
e agroindustriais, além da demanda cada vez maior para a construção de
habitações, na expansão imobiliária;
Combustíveis fósseis: essenciais para a produção de petróleo, gás natural e
seus derivados, para a alimentação do parque industrial, o transporte e o
consumo, além de servir como recurso energético nas usinas termoelétricas;
017
Recursos minerais: neste caso e nos combustíveis fósseis, são considerados
não renováveis, e se encontram em estágio de esgotamento e escassez na
natureza.
São nesses recursos não renováveis que o gestor ambiental deve concentrar pesquisa
e no desenvolvimento de alternativas parasubstituí-los por elementos sustentáveis. A
pesquisa e projetos de novos produtos viabiliza principalmente o desenvolvimento
econômico, pois estará ampliando o mercado de trabalho. Além de melhorar de
forma mais adequada à saúde da sociedade, das organizações e do ecossistema do
planeta.
Em relação ao Brasil cabe citar a imensa exploração de madeira, grande motivo de
divergências entre ambientalistas, produtores e Poder Público em razão das grandes
consequências que representam esse impacto ambiental. Independentemente do
recurso natural explorado e da sua �nalidade, a racionalização do seu uso deve estar
embasada em estudos técnicos multidisciplinares, na �scalização do Poder Público e
na punição dos infratores.
Fonte: Disponível aqui
Assista ao vídeo e observe como a sustentabilidade pode ser praticada
quando substituímos o recurso terra no cultivo de alimentos e
utilização de elementos plásticos de forma sustentável.
As organizações necessitam de ideias e inovação no caminho da sustentabilidade dos
seus processos produtivos, bem como para seus produtos e serviços. O gestor
ambiental é o elo como executor dessas atividades, para isso é importante se
preparar, ampliando seus conhecimentos nas ciências exatas, humanas e biológicas,
que lhe darão as bases teóricas para praticar as técnicas de sustentabilidade.
018
https://www.dropbox.com/s/vwuebc202z3tzyf/JapaoprodutosVIDEO-2019-03-25-07-52-13.mp4?dl=0
Analise o uso dos plásticos de forma sustentável para o cultivo de
alimentos. Neste caso, e utilizando um recurso não renovável (petróleo)
para fabricar plástico, usado para produzir alimentos naturais
(verduras). Com esta visão, o gestor ambiental pode corrigir um erro no
desenvolvimento de produtos não sustentáveis, no caso, o plástico, que
atualmente é um elemento que provoca a poluição do solo. Assim, o
gestor ambiental pode rever inúmeros produtos e adaptá-los aos novos
conceitos de sustentabilidade, o raciocínio sustentável. Aplique esse
exemplo em outros elementos que poderiam ser ajustados aos
princípios de sustentabilidade, por exemplo: papelão, latas e outros
elementos de embalagem.
As organizações necessitam de ideias e inovação no caminho da sustentabilidade dos
seus processos produtivos, bem como para seus produtos e serviços. O gestor
ambiental é o elo como executor dessas atividades, para isso é importante se
preparar, ampliando seus conhecimentos nas ciências exatas, humanas e biológicas,
que lhe darão as bases teóricas para praticar as técnicas de sustentabilidade.
Veja na seção de Complemente seus Estudos, na seção WEB, um vídeo com exemplos
práticos de equipamentos, ideias e inovações que foram desenvolvidos na prática de
atividades de trabalho no dia a dia e contemplados com conceitos de
sustentabilidade.   Observe que muitas vezes podemos resgatar a prática da
sustentabilidade em soluções simples, sem a necessidade de tecnologias modernas,
digitais ou do uso de máquinas eletrônicas.
019
A �m de garantir a sustentabilidade do planeta, novas tecnologias surgem e nos
surpreendem. Na seção Complemente seus Estudos, no link da seção WEB, podemos
perceber como a sociedade moderna vem trabalhando para manter os recursos
naturais de forma racional: leia o artigo “Dinossauros e Drones”, que aborda que
empresas públicas e privadas investem continuamente em inovação na área dos
recursos renováveis, com insumos menos agressivos ao meio ambiente e
equipamentos que consomem menos combustíveis ou utilizam combustíveis
renováveis (como sol, vento), bem como utilizando so�sticados instrumentos ligados a
satélites.
Nesse sentido, o Gestor Ambiental deve caminhar rumo à pesquisa e inovação de
soluções que venham contribuir para a preservação dos recursos naturais renováveis
e principalmente para os não renováveis, que já estão em adiantada fase de
degradação.
020
03
Mudanças Climáticas 
e o Lançamento de 
CO2 na Atmosfera
021
O clima é uma característica fundamental do meio ambiente terrestre. Mais do que
isso, o clima é a força dinâmica que transforma muitos aspectos desse ambiente,
podendo, por exemplo, in�uenciar a con�guração de regiões da Terra, a estrutura do
solo e a  produção agrícola, as formas de vida que habitam determinada área, etc.
A Organização Meteorológica Mundial (World Meteorological Organization - WMO)
de�niu o conceito de clima, em 1959, da seguinte forma: “conjunto �utuante das
condições atmosféricas, caracterizado pelos estados e evolução do tempo durante um
período su�cientemente longo para um domínio espacial determinado” (1959), ou
seja, o clima é uma descrição média das condições de tempo e suas variações.
Efeitos climáticos extremos (enchentes, tempestades, furacões e secas) e alterações
na variabilidade de eventos hidrológicos (aumento do nível do mar, mudanças no
regime das chuvas, avanço do mar sobre os rios, escassez de água potável), que
colocam em risco a vida na Terra (ameaça à biodiversidade, à agricultura, à saúde e
bem-estar da população humana) são alguns exemplos de possíveis mudanças. A
ação dos gestores ambientais deve ser especí�ca nos estudos e pesquisas de práticas
sustentáveis no caminho para a solução de problemas climáticos causados pela ação
do homem e de suas organizações.
Esse termo, mudança climática, tem sido usado com muita frequência em vários
meios de comunicação e artigos cientí�cos acadêmicos. O Painel Intergovernamental
de Mudanças Climáticas (Intergovernmental Panel on Climate Change - IPCC) de�ne
como uma variação estatisticamente signi�cativa em um parâmetro climático médio
ou sua variabilidade, persistindo por um período extenso (tipicamente décadas ou
mais).
Essas mudanças climáticas acontecem devido a processos naturais ou forças externas
ou mudanças persistentes causadas pela ação do homem na composição da
atmosfera ou do uso da terra. E nesse contexto que devemos estudar as questões
relativas ao lançamento de Carbono na atmosfera do planeta. Fica a dica!
As mudanças climáticas podem ser fruto das atividades humanas e, paradoxalmente,
ter o próprio homem como um dos alvos preferenciais dos impactos dos
desequilíbrios ambientais por elas causados. Enredados na trama de vilões e vítimas,
os homens, notadamente aqueles que vivem nas cidades, sofrerão as consequências
das inundações, dos deslizamentos de terra, do recrudescimento de doenças
veiculadas por insetos, da carência de água e alimentos e dos deslocamentos de
grande número de pessoas.
022
A vulnerabilidade ambiental dos grandes centros urbanos é mais acentuada nas
megacidades dos países em desenvolvimento, que experimentaram crescimento
muitas vezes caótico, criando cinturões de pobreza. Ilhas de calor, moradias situadas
em áreas críticas, com declividade acentuada ou de enchentes, transporte e
saneamento básico precário são comuns, aumentando os problemas dos mais
desfavorecidos em decorrência das mudanças climáticas e criando as bases da
desigualdade socioeconômica e ambiental.
A dimensão e a intensidade dos impactos à saúde humana, possivelmente decorrente
das mudanças climáticas, tornam necessárias medidas de mitigação e adaptação.
Essas medidas envolvem investimentos e mudanças do comportamento humano.
Continuar com o atual padrão de consumo energético, ou seja, excessivo e
insustentável, a humanidade estará sujeita a grandes riscos a saúde. Alguns
exemplos: o acúmulo de poluentes primários emitidos a partir de termoelétricas e
escapamentos de veículos aumentará a taxa de mortalidade por câncer e por doenças
dos sistemas cardiovascular e respiratório. O aumento do ozônio troposférico causará
danos aos pulmões. Maior dose de radiação ultravioleta elevará o risco para tumores
de pele.
Outros problemas, a escassez de recursos hídricos e a deserti�cação de algumas
áreas do planeta poderão trazer fome e grandes migrações. O consumo de água de
péssima qualidade elevará a taxa de doenças, como a diarreia ou a intoxicação por
metais pesados. Os mosquitos transmissores de doenças infecciosas como a malária
e a dengue proliferarão mais rapidamentee invadirão áreas hoje de clima temperado,
aumentando o número de vítimas.
Desastres naturais causados por eventos climáticos extremos, como inundações e
furacões, cobrarão um pedágio doloroso.
Evitar esse conjunto de situações é um dever e o momento de fazê‐lo é agora.
Enquanto esses impactos são vivenciados, tem-se a consciência da gravidade do
problema e ainda resta tempo para resolvê-lo. Os impactos à saúde humana
promovidos pelas mudanças climáticas têm sido objeto de várias análises, mas menos
conhecidos são os benefícios locais para a saúde que podem ocorrer da
implementação de políticas de redução de GEE (Gases do Efeito Estufa), com
abrangência global (Inter Academy Medical Panel, 2010). O conjunto de evidências
indica claramente que os pro�ssionais de saúde têm um papel fundamental na
023
construção de uma economia de baixo carbono, especialmente em razão das
evidências dos benefícios para a saúde pública das medidas de mitigação e a
adaptação ao GEE.
O aquecimento global causado pelo aumento da concentração de GEE in�uencia
temperaturas e circulações atmosféricas e oceânicas, que por sua vez atuam para
modi�car o regime hidrológico, ocasionando um impacto na chuva em várias regiões
do globo. Afetando também o manejo da água de forma geral e, com isso, a
agricultura, a produção de energia e as atividades socioeconômicas nas grandes
cidades.
Toda essa interação tem um custo, que pode ser avaliado e posteriormente associado
à vulnerabilidade das populações. Os cientistas observaram a importância dos GEE
para o aumento da temperatura na atmosfera e, como a ciência das mudanças
climáticas evoluiu. Com base em dados de variação da temperatura e da precipitação
globais, além de indicações do aumento do nível do mar, podemos observar as
mudanças que o clima vem sofrendo ao longo do último século e do início deste.
Variações regionais e mesmo locais, estão de acordo com as mudanças globais
médias do clima, sendo mais preocupante quando vistas em termos de extremos e de
seus possíveis impactos na sociedade.
Ao analisar a composição dos gases na atmosfera, nota-se que o Nitrogênio e o
Oxigênio juntos correspondem à aproximadamente 99% dessa composição, e
nenhum absorve nem emite radiação térmica. Já o vapor d’água, o Dióxido de
Carbono (CO₂) e alguns outros gases com menor porcentagem na concentração total
são responsáveis por absorver a radiação térmica emitida pela superfície, agindo
como um “cobertor” no alto da atmosfera e mantendo a temperatura média da Terra
em torno de 15ºC.
O efeito do aquecimento decorrente do GEE foi identi�cado pela primeira vez em
1827 pelo cientista francês Jean-Baptiste Fourier, conhecido por suas contribuições na
matemática. Fourier demonstrou que há similaridade entre o que acontece na
atmosfera e dentro de uma caixa de vidro conhecida como estufa, o que levou
posteriormente ao nome efeito estufa. Anos mais tarde, em torno de 1860, o cientista
britânico John Tyndall mediu a absorção da radiação infravermelha pelo CO₂ e pelo
vapor d’água, além de sugerir que as eras de gelo poderiam estar associadas a um
declínio dos GEE (WEART, 2008).
024
Nesse sentido, as pesquisas e ações globais em curso na sociedade cientí�ca atual
estão canalizadas para o que se condicionou chamar de “sequestro de CO₂” ou
“sequestro de Carbono”, fenômeno que evita que o Dióxido de Carbono CO₂ chegue
às camadas da atmosfera e absorvam a radiação solar, provocando a elevação da
temperatura do planeta.
Fonte: Disponível aqui
Assista ao vídeo com informações complementares sobre gases do
efeito estufa (GEE), Mudanças Climáticas, Preservação Ambiental,
Energia Renovável e Reciclagem.
025
https://www.youtube.com/watch?v=ssvFqYSlMho&feature=youtu.be
04
Maneiras de 
Sequestrar e 
Capturar o CO2da Atmosfera
026
As nações participantes da Convenção de Mudança Climática, que ocorreu em junho
de 1992, na cidade do Rio de Janeiro, comprometeram-se a rati�car uma convenção a
�m de criar mecanismos que diminuíssem as emissões dos gases causadores do
efeito estufa (GEE). Esses mecanismos dizem respeito à capacidade de as fontes de
energia emitir baixos níveis dos gases causadores do efeito estufa e também às
alternativas para absorção de CO₂ por meio dos projetos de sequestro de carbono.
 
Desta forma, os países desenvolvidos e as indústrias criaram uma nova utilidade e um
novo mercado para o carbono, que consiste no carbono capturado e mantido pela
vegetação. O interesse e o investimento no sequestro de carbono e a comercialização
de créditos de carbono são a forma por meio da qual essas indústrias e países
industrializados podem equilibrar suas emissões e mantê-las em níveis seguros. As
normas e regras de comercialização e as quantidades de carbono retidas pela
vegetação ainda não são totalmente conhecidas e estabelecidas, ressaltando assim a
importância dos projetos de pesquisa desenvolvidos nesta área.
O conceito de sequestro de carbono foi consagrado pela Conferência
de Kyoto, em 1997, com a �nalidade de conter e/ou reverter o acúmulo
de CO₂ na atmosfera. Para isso conta com a conservação de estoques
de carbono nos solos, nas �orestas e de outros tipos de vegetação, nas
�orestas nativas preservadas ou implantação de �orestas e sistemas
agro�orestais e recuperar áreas degradadas. Essas ações contribuem
para a redução da concentração do CO₂ na atmosfera.
Como já foi visto na aula 03, no tópico 3.1 Os efeitos do CO₂? Sequestro de Carbono,
esses resultados podem ser quanti�cados da biomassa da planta, que se encontra
acima e abaixo do solo, carbono estocado nos produtos madeireiros e pela
quantidade de CO₂ absorvido na fotossíntese. Essas avaliações dos teores de carbono
027
dos componentes da vegetação (aérea, raízes, decomposição sobre o solo, etc.) e,
contribui para estudos de balanço energético e do ciclo de carbono na atmosfera, ou
seja, quanti�car a biomassa de cada componente da vegetação.
O Ciclo do Carbono consiste na transferência do carbono na natureza, através das
várias reservas naturais existentes, sob a forma de Dióxido de Carbono. Para
equilibrar o processo de respiração, o Carbono é transformado em Dióxido de
Carbono. Outras formas de produção de Dióxido de Carbono são através das
queimadas e da decomposição de material orgânico no solo.
Os processos envolvendo fotossíntese nas plantas e árvores funcionam de forma
contrária. Na presença da luz, elas retiram o Dióxido de Carbono, usam o Carbono
para crescer e retornam o Oxigênio para atmosfera. Durante a noite, na transpiração,
este processo inverte, e a planta libera CO₂ excedente do processo de fotossíntese. Os
reservatórios de CO₂ na terra e nos oceanos são maiores que o total de CO₂ na
atmosfera. Pequenas mudanças nestes reservatórios podem causar grandes efeitos
na concentração atmosférica.
O Carbono emitido para atmosfera não é destruído, mas sim redistribuído entre
diversos reservatórios de Carbono, ao contrário de outros gases causadores do efeito
estufa, que normalmente são destruídos por ações químicas na atmosfera. A escala
de tempo de troca de reservas de Carbono pode variar de menos de um ano a
décadas, ou até mesmo milênios. Este fato indica que a perturbação atmosférica
causada pela concentração do CO₂, para que possa voltar ao equilíbrio, não pode ser
de�nido ou descrito através de uma simples escala de tempo constante.
Vamos ver alguns parâmetros cientí�cos, a estimativa de vida para o Dióxido de
Carbono atmosférico é de�nida em aproximadamente cem anos. A utilização de uma
escala simples pode criar interpretações errôneas. A redução do desmatamento
poderá contribuir muito para a redução do ritmo de aumento dos gases causadores
do efeito estufa, possibilitando outros benefícios, como a conservação dos solos e da
biodiversidade. Esta redução do desmatamento deve estar associada a alternativas
econômicas, para garantir a qualidade de vida das populações das regiões �orestais.
As metas de redução de emissões de CO₂ deverão ser alcançadas principalmente por
meio de políticas públicas e regulamentaçõesque limitem emissões diretamente, ou
que criem incentivos para melhor e�ciência dos setores energético, industrial e de
transporte, e que promovam maior uso de fontes renováveis de energia.
028
Os países desenvolvidos poderão abater uma porção de suas metas por meio dos
seus sumidouros, especi�camente as �orestas. Além das ações de caráter nacional, os
países poderão cumprir parte de suas metas de redução através dos três mecanismos
de �exibilização estabelecidos pelo Protocolo de Kyoto e que estão descritos a seguir:
Comércio de emissões: este mecanismo permite que dois países sujeitos a
metas de redução de emissões (países desenvolvidos) façam um acordo pelo
qual o país A, que tenha diminuído suas emissões para níveis abaixo da sua
meta, possa vender o excesso das suas reduções para o país B, que não tenha
alcançado tal condição.
Implementação conjunta: permitido entre os países desenvolvidos, em que um
país A implementa projetos que levem à redução de emissões em um país B, no
qual os custos com a redução sejam mais baixos.
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL): os países poderão desenvolver
projetos que contribuam para o desenvolvimento sustentável de países em
desenvolvimento a �m de ajudar na redução de emissões. Essas iniciativas
gerariam créditos de redução para os países, e ao mesmo tempo ajudariam os
países em desenvolvimento, que se bene�ciariam de recursos �nanceiros e
tecnológicos adicionais para �nanciamento de atividades sustentáveis e da
redução de emissões globais. As reduções obtidas deverão ser adicionais a
quaisquer outras que aconteceriam sem a implementação das atividades do
projeto, e os projetos também devem oferecer benefícios reais, mensuráveis e
em longo prazo para mitigação do aquecimento global.
Onde Capturar Carbono
Quais são as maneiras de sequestrar o Carbono que atenda às questões de
sustentabilidade do planeta? Essa é uma das áreas de estudo e pesquisa em que o
Gestor Ambiental deve concentrar suas ideias e inovações.
Uma alternativa é a substituição de combustíveis altamente poluentes (carvão mineral
ou diesel) por outros menos ricos em Carbono. E considerar também a absorção de
CO₂ pela vegetação como um método para compensar as emissões, é um ponto
interessante para países com aptidão �orestal, pois pode gerar outros recursos do
setor �orestal, trazendo consequências de ordem econômica, ambiental e social.
Outros exemplos de projetos para capturar Carbono para o setor energético são:
029
implementar o sistema de energia solar, eólica, cogeração e de aproveitamento
de biomassa.
setor �orestal, projetos de “�orestamento” e re�orestamento, os quais permitem
que o Carbono, pelo crescimento das árvores, seja removido da atmosfera. A
�oresta acaba sendo um sumidouro de Carbono e promoveria o “Sequestro de
Carbono”.
Esse sequestro é possível porque a vegetação realiza a fotossíntese, processo pelo
qual as plantas retiram Carbono da atmosfera, em forma de CO₂, e o incorporam a
sua biomassa (troncos, galhos e raízes). Exemplos de projetos são o re�orestamento,
a silvicultura e o enriquecimento de �orestas degradadas.
No Brasil a maior parte das emissões de CO₂ provém de desmatamentos ou
queimadas, para que o país contribua para a redução de emissões seria por meio da
mitigação e do controle do desmatamento e queimadas. Outro ponto para a captura
de Carbono, aqui no Brasil, é cumprir com as metas de redução da emissão de CO₂ e
atender aos preceitos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), isso devido o
potencial �orestal, elevada extensão de terra, mão de obra abundante, clima
favorável, tecnologia de silvicultura avançada e administração �orestal competente.
Para diminuir o aquecimento global, uma variedade de meios arti�ciais de captura e
de sequestro do Carbono, assim com processos naturais, está sendo estudada e
explorada.
030
O advento desse mercado é aguardado com muita expectativa por
parte dos responsáveis pela política �orestal brasileira, pois há muito
tempo vem se preocupando com meios de combater os principais
problemas �orestais, como os desmatamentos e os baixos valores dos
produtos �orestais. Ambos carecem de mecanismos que visem
aumentar a viabilidade da atividade �orestal e garantir a sua
sustentabilidade, através da criação de novos produtos e mercados.
Por isso deposita-se tanta esperança neste mercado. Mesmo em um
cenário de mercado inde�nido, alguns projetos �orestais já estão
sendo implementados no país, visando vender créditos de carbono
para os países industrializados.
Esse mercado de Créditos de Carbono é o caminho para que os países atendam às
exigências dos acordos internacionais e efetivar as políticas internacionais para a
sustentabilidade do planeta. O Gestor Ambiental deve se atualizar constantemente e
se inteirar dessas áreas do conhecimento das sociedades organizadas, garantindo sua
participação no desenvolvimento da sociedade sustentável e seu próprio
desenvolvimento cientí�co e pro�ssional.
031
Fonte: Disponível aqui
Analise este artigo que indica exemplos de como atender às
necessidades de cumprir as exigências de sustentabilidade no que se
refere ao Sequestro de Carbono, bem como ajudar a aplicar e praticar
o conceito de sustentabilidade.
Analise esse texto elaborado pelo agrônomo Fernando Penteado Cardoso:
Está na moda o termo Sequestro de Carbono – C. Não há escrito sobre ecologia e
mesmo conservação do solo que não o mencione. Vem substituindo até o conceito
tradicional de matéria orgânica – MO. Uma questão de modismo até certo ponto.
Admite-se que o aumento da concentração de Dióxido de Carbono – CO₂ na
atmosfera, ao reter o calor recebido do Sol, seja responsável pela fase atual de
aquecimento de nosso planeta. Lembre-se que ao longo da história geológica da
Terra, já tivemos outros períodos de extremo calor, alternando-se com épocas muito
frias chamadas de eras glaciais.
No decorrer das eras, o chamado Gás Carbônico – CO₂, foi sempre retirado da
atmosfera pelos organismos vivos e �xado na forma de matéria orgânica, seja animal
ou vegetal. Em tempos pré-históricos esse material carbônico se mineralizou
principalmente na forma de carvão de pedra e de petróleo, considerados como
fósseis. Ao queimar carvão e destilados de petróleo, estamos devolvendo à atmosfera
carbono que dela foi retirado milhões de anos atrás.
Em era mais recente, outra retenção ocorreu pelo crescimento das �orestas,
formando-se um estoque de Carbono que, do mesmo modo e em muito menor
escala, é devolvido à atmosfera seja pela queima após corte, para eliminar a sombra
que inibe as plantações, seja pela decomposição de folhas, galhos e outras partes.
032
https://wribrasil.org.br/pt/blog/2018/09/6-maneiras-de-remover-poluicao-do-gas-carbonico-do-ar
Acesse: Disponível aqui
Cientistas, ambientalistas e ecologistas recomendam que se queimem menos
combustíveis fósseis oriundos do carvão e do petróleo e igualmente menos vegetação
(matas, cerrados, etc), embora esta tenha um signi�cado comparativamente muito
menor.
Os especialistas admitem uma reciclagem contemporânea do Carbono, o que
acontece quando se queima álcool ou óleos vegetais, além do lenho de
re�orestamentos, liberando Gás Carbônico absorvido da atmosfera pouco tempo
antes. É uma reciclagem aceitável por ser de curto prazo, sem acrescentar à
atmosfera Carbono de origem fóssil.
O fogo é sempre um espetáculo pirotécnico que chama a atenção, sendo assim
condenado de uma maneira geral, muito embora possa representar uma reciclagem
de curto prazo do Carbono retido poucos meses antes. Quando se queimam as folhas
secas da cana para facilitar a colheita, por exemplo, há uma devolução à atmosfera de
menos de 10% do total de Carbono absorvido por essa cultura no decorrer de seu
ciclo vegetativo anual.
Recomendam �nalmente que se procure reter ou �xar Carbono atmosférico através
da fotossíntese, ainda que temporariamente, na forma de plantas em crescimento,
lenho dos re�orestamentos e culturas permanentes, etc., cujos detritos, ao se
decomporem, dão origem ao húmus. A estaretirada de Carbono da atmosfera deram
o nome de “sequestro”.
O sequestro é temporário, com prazos variáveis, pois o Carbono acaba retornando à
atmosfera pela decomposição ou queima. O aumento do teor de húmus no solo
talvez seja a retenção de ciclo mais longo, quase permanente, daí advindo sua
importância.
Cumpre salientar que o sistema de plantio direto sobre solo recoberto de resíduos,
bem como as pastagens permanentes, proporciona ambientes altamente favoráveis à
formação de húmus, com aumento do seu teor no solo, sendo assim recursos
inigualáveis para o almejado “Sequestro de Carbono”.
033
https://www.beefpoint.com.br/sequestro-de-carbono-23813/
Desenvolva uma pesquisa, sobre o tema “biomassa vegetal”: O que é?
Como pode ser calculada? Utilize o Google Acadêmico para efetuar
sua pesquisa.
034
05
Tecnologias Inovadoras 
para Minimizar o 
Desprendimento de 
CO2 nas Indústriais
035
Para as indústrias, o relatório da ONU, desenvolvido por cientistas do Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), aponta que é necessário
aumentar as ações para diminuir as emissões de gases de efeito estufa, que poderão
provocar aumento da temperatura do planeta entre 3,7°C e 4,8°C antes de 2100 - um
nível catastró�co. Para cumprir o objetivo de limitar o aumento médio de
temperatura da Terra a 2°C até o �nal de 2100, países desenvolvidos, como os
Estados Unidos, se comprometem em reduzir 50% de suas emissões de gases de
efeito estufa até 2030.
Segundo dados da 6ª edição dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS)
2015, do Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística (IBGE), o Brasil está a caminho
de atingir a meta de redução da emissão de gases do efeito estufa, �rmado há seis
anos. Porém, ainda há muito que ser feito. Apesar de o governo federal não
normatizar o uso de tecnologias que reduzam o consumo de energia e
consequentemente a redução de emissão de CO₂ nas empresas, cabe a nós, as
empresas e os gestores ambientais ter a conscientização do nosso papel na
manutenção do meio ambiente.
Atividades industriais como produção de aço e ferro, re�no de petróleo e fabricação
de cimento, celulose e papel usam intensivamente a energia e são responsáveis por,
aproximadamente, 85% do total das emissões de CO₂ do segmento. O relatório do
IPCC aponta que um grande aliado para a redução de emissões de CO₂ é a inovação
tecnológica. Cada vez mais é essencial à adoção de soluções focadas em e�ciência
energética, que poupam ou substituem os combustíveis fósseis e proporcionam a
redução no consumo da energia elétrica.
Atualmente, existem diversas tecnologias energéticas e�cientes e que reduzem as
emissões de CO₂ para áreas como refrigeração de alimentos, ar condicionado,
aquecimento de edifícios e controle de motores elétricos. Os sistemas de controle de
refrigeração, por exemplo, garantem que o consumo de energia seja,
automaticamente, correspondente à necessidade real. Outro exemplo de tecnologia
em prol da e�ciência energética são os conversores de frequência, que controlam o
fornecimento de energia para motores elétricos e podem poupar de 15% a 40% de
energia, dependendo de sua aplicação.
Não são apenas os líderes de países que devem se envolver com os objetivos da COP
(Conferência das Partes), mas as corporações também podem ter papel atuante
nessas discussões. O objetivo do Gestor Ambiental é inovar e gerenciar de maneira
036
planejada as estratégias de redução da emissão de CO₂ das companhias e ter
consciência que é possível combater as mudanças climáticas por meio de tecnologias
já disponíveis.
A busca por alternativas e�cazes de produção e distribuição de energia é um
elemento essencial para o ser humano, principalmente na atual sociedade, em que os
modos de consumo se intensi�cam cada vez mais. Diante dessa dependência de
recursos energéticos, surge a necessidade de diversi�car a utilização das fontes
energéticas. Ou seja, se investirem em novas tecnologias de geração de energias
alternativas, as organizações trarão benefícios a elas mesmas na redução de custos
operacionais, bem como permitindo ao atendimento das obrigações na
sustentabilidade ambiental do planeta.
Fonte: Disponível aqui
“Maneiras de remover o CO₂ da atmosfera” é o conteúdo desta web,
que apresenta 6 estratégias para as ações de minimização da emissão
dos gases do efeito estufa (GEE).
Tecnologias para redução
de emissão de CO₂ com
uso da Eficiência
Energética
037
https://www.dropbox.com/s/9pahkfgd3s7w6mx/6%20maneiras%20de%20remover%20a%20polui%C3%A7%C3%A3o%20do%20g%C3%A1s%20carb%C3%B4nico%20do%20ar%20%20WRI%20Brasil.pdf?dl=0
Para as indústrias, as questões relacionadas à energia são as grandes causadoras das
emissões de CO₂, bem como responsáveis pelo elevado custo operacional de seus
negócios. Assim, devemos buscar sempre o equilíbrio com ações sustentáveis
associadas a resultados e produtividade dos processos de produção das
organizações.
É possível notar os resultados com a utilização da energia fotovoltaica. O estudo feito
para uma residência, por exemplo, pode ser aplicado para indústrias que consomem
energia da rede elétrica, contribuindo com a redução da emissão de Gás Carbônico,
que é conhecido pelos seus efeitos nocivos ao meio ambiente.
O Brasil é um país privilegiado porque conta com uma matriz energética composta
majoritariamente por usinas hidrelétricas. Ainda assim, a energia gerada por essas
usinas não pode ser considerada 100% limpa, já que a decomposição da matéria
orgânica nas áreas alagadas produz gases Metano e CO₂. Pior ainda é quando falta
chuva e temos que acionar as termelétricas, mais caras e altamente poluentes.
A energia solar fotovoltaica aparece como uma das melhores alternativas para esse
problema, já que utiliza uma fonte limpa de energia: a luz do sol.
Você sabe o quanto um sistema fotovoltaico contribui para o meio ambiente?
Vamos lá, para calcular a redução de emissões, é necessário primeiro saber qual é o
fator de CO₂ da matriz energética brasileira. O fator de CO₂ representa a quantidade
de Gás Carbônico emitida para a produção de 1 kWh, que é medido em kgCO₂/kWh. 
Quanto mais combustíveis fósseis forem queimados para gerar energia para um
determinado país, maior será a quantidade de CO₂ produzida, aumentando seu fator
de CO₂.
O Ministério de Minas e Energia indica que, em 2016, o valor médio do fator de CO₂ no
Brasil foi de 0,08t CO₂/MWh. Como exemplo, pode-se indicar que a cada 500 MWh
produzidos, foram gerados em média 40 toneladas de Gás Carbônico.
Em função da segmentação da matriz energética brasileira, composta principalmente
por hidrelétricas, o fator nacional de CO₂ é mais baixo que de outros países
dependentes de um número maior de usinas termelétricas. No entanto, períodos de
longas secas implicam a necessidade de ativar usinas termelétricas que aumentam a
emissão de poluentes, além, é claro, de implicar em aumentos na tarifa.
038
A partir do fator de CO₂, é possível indicar tanto a quantidade de poluentes emitida
pela geração de energia quanto à quantidade que deixa de ser emitida ao se utilizar
um sistema de geração fotovoltaica baseada em fonte limpa e renovável.
É possível veri�car quanto CO₂ um sistema fotovoltaico deixa de emitir na atmosfera.
Considere um sistema que gera em média 500 kWh/mês:
500 kWh/mês x 0,08 kg/kWh = 40 kgCO₂/mês
Neste exemplo, 40 kg de Gás Carbônico deixam de ser emitidos para a atmosfera
mensalmente, colaborando para o bem estar de todos. E ao longo de uma vida útil de
no mínimo de 25 anos. Um sistema fotovoltaico irá evitar a emissão de 1.000kg de CO₂
(1 tonelada), que é o equivalente a mais de 8 mil quilômetros rodados com um carro.
Além de ser uma ótima opção de investimento, com resultados expressivos já a partir
do primeiro mês após a instalação, você passa a colaborar todos os dias com o meio
ambiente.
Uma alternativa para as indústrias atenderem aos objetivos de redução de emissão
de CO₂ na atmosfera é o uso da biomassa.
Atualmente, o petróleo é a principal substância empregada na geração de energia,porém, a biomassa é uma fonte utilizada bem antes da descoberta do “ouro negro”. O
homem utiliza a lenha como fonte energética desde o início da civilização. Portanto, a
biomassa faz parte da história da humanidade como fonte de energia.
A biomassa é um material constituído principalmente de substâncias de origem
orgânica, ou seja, de animais e vegetais. A energia é obtida pela combustão de lenha,
bagaço de cana-de-açúcar, resíduos �orestais, resíduos agrícolas, casca de arroz e
excrementos de animais, entre outras matérias orgânicas.
Tal fonte energética é renovável, uma vez que sua decomposição libera CO₂ na
atmosfera, que, durante seu ciclo, é transformado em Hidratos de Carbono por meio
da fotossíntese realizada pelas plantas. Nesse sentido, a utilização da biomassa,
desde que controlada, não agride o meio ambiente, visto que a composição da
atmosfera não é alterada de forma signi�cativa.
 As principais vantagens da biomassa, estão:
Baixo custo de operação;
Facilidade de armazenamento e transporte;
039
Proporciona o reaproveitamento dos resíduos;
Alta e�ciência energética;
É uma fonte energética renovável e limpa;
Emite menos gases poluentes.
Todavia, seu uso sem o devido planejamento pode levar à formação de grandes áreas
desmatadas pelo corte incontrolado de árvores, pela perda dos nutrientes do solo,
erosões e emissão excessiva de gases.
A utilização da energia da biomassa é de fundamental importância no
desenvolvimento de novas alternativas energéticas. Sua matéria-prima já é
empregada na fabricação de vários biocombustíveis, como, por exemplo, o bioleo,
BTL, biodiesel, biogás, etc.
Fonte: Disponível aqui
Analise a aplicação prática de geração de energia através da utilização
de biomassa.
Para a obtenção da e�ciência energética nas indústrias, é indicado alguns fatores,
equipamentos e sistemas elétricos que podem minimizar as perdas nas instalações
elétricas.
O sistema elétrico de uma indústria pode ser distribuído de diversas maneiras, de
modo que seja escolhido e organizado em função de uma série de questões, como
que evita fugas de corrente e com emendas feitas corretamente, além de respeitar o
equilíbrio de fases.
Motores elétricos
040
https://www.dropbox.com/s/0qf5mfou9uuby7l/biodigestor%20.mp4?dl=0
No mercado, existem motores com alto rendimento, que reduzem as perdas de
energia, e são mais caros que os modelos antigos. Entretanto, em longo prazo, o uso
desse tipo de motor pode se tornar rentável, uma vez que a massa do material ativo,
o cobre e chapas metálicas principalmente, foi aumentada, reduzindo as perdas, por
exemplo.
Transformadores
Caso os transformadores não estiverem funcionando em uma faixa desejável de sua
potência nominal, um rendimento útil não é obtido. Além disso, entre outras questões
ligadas aos transformadores, é importante ressaltar que, quando estão mantidos sob
tensão, não fornecem potência, de modo que as perdas no cobre tendem a ser nulas.
Entretanto, nessas situações, acabam ocorrendo perdas no ferro, na maioria das
vezes.
Sistemas de Iluminação
Abrange todos os componentes necessários para atender a demanda da iluminação.
Posto isso, o bom desempenho de tal sistema está associado aos cuidados no início
do projeto elétrico, por exemplo, de forma que envolva informações relevantes sobre
luminárias e per�l de utilização, assim garantindo a e�ciência energética para
indústrias.
Fornos Elétricos e Estufas
São equipamentos que consomem uma quantidade expressiva de energia durante o
processo de aquecimento nas instalações industriais. Por mais que sejam
consideradas máquinas e�cientes, algumas perdas signi�cativas costumam ser
observadas no carregamento e transporte do material aquecido, além das operações
de aquecimento e fusão.
Ar-Condicionado e Ventilação
O uso indevido do ar-condicionado é extremamente relevante na perda de energia
elétrica. Sendo assim, utilizar nas faixas de temperaturas apropriadas para o
ambiente e instalar cortinas de ar são algumas medidas importante para evitar o
desperdício no dia a dia. Além disso, é válido ressaltar que, na operação de
compressores e chilres, por exemplo, a utilização à plena carga é indicada, em vez
duas ou mais máquinas com carga parcial.
Sistema de Ar Comprimido
041
Vazamentos internos de compressores são frequentes, e isso acontece devido ao
desgaste excessivo em anéis de segmento ou nas válvulas, o que consome mais
energia e produz menores quantidades de ar que a capacidade nominal do próprio
compressor. Além disso, no que diz respeito à distribuição e à utilização do gás, é
importante veri�car se há perda de pressão entre os reservatórios e os pontos de uso
dos �uídos. Esses são apenas alguns exemplos dentre as inúmeras ações para
aprimorar a e�ciência do sistema de ar comprimido.
Sistema de Refrigeração
Manter o isolamento térmico das tubulações de líquido e gás é importante para evitar
a troca de calor entre o meio interno com o externo, principalmente em câmaras
frigorí�cas e chilres, a �m de reduzir o gasto indevido de energia nesse tipo de
atividade.
Bombeamento de Água
É primordial que o conjunto motor-bomba presente no ambiente industrial seja
adequado, ou seja, ter a altura manométrica e a vazão requeridas. Essa relação é
muito importante, pois essas variáveis estão diretamente relacionadas entre si e
consequentemente com a potência da bomba.
Elevadores e Escadas Rolantes
Nos horários de pico, não é necessário que todos os elevadores sejam utilizados
simultaneamente e, além disso, controladores de tráfego são essenciais para evitar
que dois elevadores sejam deslocados após uma chamada. Também é válido destacar
a necessidade de evitar sobrecargas, de modo que não haja risco de uso
desnecessário de energia e riscos para a estrutura.
Fator de Potência (FP)
Caracterizado como a medida de e�ciência de uma determinada instalação elétrica, o
fator de potência mostra qual é a porcentagem da potência total que está sendo
aproveitada no sistema elétrico. De acordo com a legislação brasileira, o FP mínimo
admitido é 0,92, e assim, caso o fator do consumidor esteja menor, a concessionária
da região �ca responsável por aplicar multas. Algumas maneiras de corrigir o fator de
potência, ou a chamada energia reativa excedente, são: instalações de capacitores em
pontos primordiais dos circuitos alimentadores.
Dentre as principais causas de um Fator de Potência baixo, destacam-se:
042
Lâmpadas de descarga (�uorescentes, vapor de mercúrio e vapor de sódio) ao
utilizar reatores de forma inadequada, ou seja, que são de baixo fator de
potência;
Transformadores que operam sem carga ou com carga muito baixa;
Grande quantidade de motores de pequena potência
Por isso, �ca claro que os projetos voltados para a E�ciência Energética para
Indústrias tendem a aumentar gradativamente no Brasil, principalmente devido aos
gastos crescentes com energia, que �ca mais cara a cada dia, ao mesmo tempo em
que representa grande parte do valor de custo de um produto.
Utilizar um projeto de E�ciência Energética para Indústrias é uma opção a qual pode
oferecer um ótimo custo-benefício, otimizando os processos da indústria.
O uso racional de energia, ou como é chamado E�ciência Energética, consiste em
utilizar com e�ciência a energia e obter um resultado satisfatório. A E�ciência
Energética é uma atividade que procura melhorar o uso das fontes de energia.
Adaptado de: http://blog.safetycontrol.ind.br/controle/gerenciador-energia/
Acesse: Disponível aqui
Leia este excelente estudo a �m de complementar o conteúdo desta
aula: Tecnologias Inovadoras para Minimizar o Desprendimento de CO₂
 nas Industriais.
043
http://www.do.ufgd.edu.br/gersonhomem/images/TAA/texto2.pdf
06
A Importância da 
Preservação dos
Recursos Naturais
044
Preservar os recursos naturais é compromisso individual de cada um, entretanto, é
preciso também o envolvimento das sociedades organizadas e dos governos para
estabelecer regras e parâmetros para que todos possam se envolver na busca do
objetivo comum de preservação dosrecursos naturais. Assim, no caso do Brasil,
nossa Constituição determina, em seu artigo 225, o direito de todos os cidadãos a um
meio ambiente ecologicamente equilibrado.
Garantir esse direito requer aspectos legais para tratar de diferentes tipos de UCs
(Unidades de Conservação) a serem criadas conforme os objetivos e os tipos de
recursos a serem protegidos. O Poder Público deve assegurar a efetividade desse
direito e ser responsável por:
I.preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o
manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
II.preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do
País e �scalizar as entidades dedicadas à pesquisa e à manipulação
de material genético;
III.de�nir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e
seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a
alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada
qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que
justi�quem sua proteção;
IV.exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade
potencialmente causadora de signi�cativa degradação do meio
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade;
V.controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas,
métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade
de vida e o meio ambiente;
VI.promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
VII. proteger a fauna e a �ora, vedadas, na forma da lei, as práticas
que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção
de espécies ou submetam os animais a crueldade. (BRASIL, 1988).
045
A Constituição ressalta ainda a importância de alguns biomas brasileiros
especialmente ameaçados, explicitando que a Floresta Amazônica brasileira, a Mata
Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são
patrimônios nacionais e que o uso dos recursos naturais presentes nessas áreas
deverá ser regulado e gerenciado pelo Poder Público.
Existe uma diferença entre os termos conservação e preservação. Enquanto a
preservação considera a proteção integral da biodiversidade, sem que haja nenhuma
interação ou interferência do homem no meio ambiente, a conservação consiste na
proteção dos recursos naturais de forma sustentável, permitindo determinados usos,
desde que seja garantido o acesso das futuras gerações a um meio ambiente de
qualidade.
A principal lei que trata da conservação e da preservação de espaços territoriais
protegidos, conforme previsto na Constituição Federal (artigo 225, § 1o, inciso III), é a
Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000, também conhecida como Sistema
Nacional de Unidades de Conservação SNUC e regulamentada pelo Decreto no 4.340,
de 22 de agosto de 2002.
Outro aspecto que envolve regulamentação e leis são os chamados acordos
internacionais, em que grandes questões econômicas, políticas, sociais e ambientais
que extrapolam os limites territoriais de um país são regulamentadas em tratados,
protocolos e convenções internacionais.
Nesses acordos entre países, são de�nidos critérios e procedimentos a serem
seguidos por todas as nações que os assinam. Os países assumem o compromisso de
respeitar e cumprir o que for determinado. As discussões realizadas na ECO-92, a
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD),
no Rio de Janeiro em junho de 1992, resultou em diversos acordos internacionais
voltados para a questão ambiental.
Para atender à necessidade de preservar e conservar a biodiversidade dos diversos
biomas e ecossistemas espalhados pelos cincos continentes do planeta foi criado a
Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), convenção regulamentada no Brasil
pelo Decreto Legislativo nº 2 de 1994 e que já conta com mais de 160 países
signatários. Seus principais objetivos são a conservação da diversidade biológica, a
utilização sustentável de seus componentes e a repartição justa e equitativa dos
benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos.
046
Fica clara a importância da preservação e conservação dos recursos naturais, e
certamente envolve as ações do Gestor Ambiental principalmente nos temas que
envolvem a Conservação e recuperação dos recursos naturais, como estabelece o
item V do artigo 225: controlar a produção, a comercialização e o emprego de
técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida
e o meio ambiente.
Práticas para
Conservação e
Recuperação de Recursos
Naturais. Método da
Pegada Ecológica
As atividades humanas consomem recursos e produzem resíduos, e como as
populações crescem e aumentam o consumo global, é essencial medir a capacidade
da natureza para atender a essas demandas. O conceito de pegada ecológica surgiu
como uma das medidas mais importantes do mundo quanto à demanda humana
sobre a natureza. Simpli�cando, a pegada ecológica avalia se o planeta é grande o
su�ciente para que as exigências da humanidade sejam mantidas e estabelece que
práticas de conservação sejam mais e�cientes e sustentáveis.
A questão que deve �car clara para todos é que precisamos chegar a um acordo
sobre a capacidade de suporte da Terra e como medir o impacto do consumo sobre
os recursos do planeta. O canadense William Rees e o suíço Mathis Wackernagel, em
1996, publicaram um livro Nossa Pegada Ecológica, que delineou o conceito e que
possibilitou identi�car a capacidade de suporte de qualquer espaço ocupado por
seres humanos.
047
Pegada Ecológica é um indicador ambiental de caráter integrador do
impacto que exerce certa comunidade humana – país, região ou cidade
– sobre o seu entorno, considerando tanto os recursos necessários
como os resíduos gerados para a manutenção do modelo produtivo e
do consumo da comunidade.
Trata-se da área de terreno necessária para produzir os recursos
consumidos e assimilar os resíduos gerados por uma população
determinada com um modo de vida especí�co, onde quer que se
encontre essa área. Constitui uma ferramenta de contabilidade de
recursos naturais para medir a sustentabilidade e que mostra quem
está consumindo quais recursos e em quais quantidades. Ou seja, até
que ponto estamos consumindo nossos recursos naturais mais
rapidamente do que a sua capacidade de regeneração?
Em linhas gerais, o método traça uma comparação entre o consumo humano e a
capacidade da natureza de suportá-lo. O resultado dessa conta é o indicador do
impacto ambiental que exercemos sobre o planeta. A �loso�a de cálculo da pegada
ecológica leva em consideração os seguintes aspectos: 
Para produzir qualquer produto, independentemente do tipo de tecnologia
utilizada, necessitamos de um �uxo de materiais e energia, produzidos em
última instância por sistemas ecológicos. 
Necessitamos de sistemas ecológicos para reabsorver os resíduos gerados
durante o processo de produção e o uso dos produtos �nais. 
Ocupamos espaço com infraestruturas, moradias, equipamentos, etc., reduzindo
assim a superfície dos ecossistemas produtivos. 
Com o cálculo em mãos, é possível planejar o uso dos recursos naturais de forma
mais consciente e menos predadora. A pegada ecológica é um instrumento útil na
tomada de decisões, pois deixa clara a relação entre o comportamento humano e as
048
exigências ecológicas.
A sua aplicação pode alcançar decisões estratégicas e políticas mais equitativas e
justas. Através da medição das pegadas ecológicas, pode-se aprender a utilizar os
recursos com maior cuidado e adotar ações pessoais e coletivas para reduzir os
impactos.
A análise da pegada ecológica compara a demanda humana sobre os recursos
naturais com a capacidade do planeta para regenerar esses recursos e, assim,
proporcionar os serviços necessários para garantir a nossa sobrevivência. Isso é feito
através da avaliação da área biologicamente produtiva marinha e terrestre necessária
para produzir os recursos que a população consome e absorver os resíduos
correspondentes gerados, utilizando a tecnologia existente.Basicamente, uma pegada ecológica pode fornecer um meio de comparar o consumo
humano em relação à capacidade do planeta de fornecer os produtos que serão
consumidos. Essa análise pode ser usada para educar as pessoas sobre o excesso de
consumo e a capacidade de suporte da Terra. Avaliar o consumo de um país, e medir
se utilizam mais ou menos os recursos disponíveis em seu território. Esse tipo de
análise também pode auxiliar a tomada de decisão no nível governamental.
A biocapacidade pode ser comparada com a demanda da humanidade sobre a
natureza: a nossa pegada ecológica.
A pegada ecológica representa área produtiva necessária para fornecer à humanidade
os recursos renováveis que utiliza e absorver seus resíduos. Essa área atualmente
ocupada por infraestrutura humana também está incluída neste cálculo, uma vez que
a terra urbana não está disponível para a regeneração dos recursos.
CARBONO – Representa a extensão de áreas �orestais capaz de sequestrar emissões
de CO₂   derivados da queima de combustíveis fósseis, excluindo-se a parcela
absorvida pelos oceanos que provoca a acidi�cação.
ÁREAS DE CULTIVO – Representa a extensão de áreas de cultivo usadas para a
produção de alimentos e �bras para consumo humano, bem como para a produção
de ração para o gado.
PASTAGENS – Representa a extensão de áreas de pastagem utilizadas para a criação
de gado de corte e leiteiro e para a produção de couro e produtos de lã.
049
FLORESTAS – Representa a extensão de áreas �orestais necessárias para o
fornecimento de produtos madeireiros, celulose e lenha.
ESTOQUES PESQUEIROS – Calculada a partir da estimativa de produção primária
necessária para sustentar os peixes e mariscos capturados, com base em dados de
captura relativos a espécies marinhas e de água doce.
ÁREAS CONSTRUÍDAS – Representa a extensão de áreas cobertas por infraestrutura
humana, inclusive transportes, habitação, estruturas industriais e reservatórios para a
geração de energia.
Acesse: Disponível aqui
Entenda o processo de fabricação de pasta dental.
Portanto, o Gestor Ambiental possui vários caminhos a trilhar para conservar,
proteger e recuperar os recursos naturais. E não esquecer da importância dessas
ações no sentido da sustentabilidade ambiental do planeta e que garantirão às
gerações futuras a sobrevivência dos ecossistemas da Terra.
050
https://youtu.be/JhbodmU-10s
Fonte: Disponível aqui
Analisando o vídeo de fabricação de pasta dental, identi�que
elementos, produtos que são extraídos da natureza e que contenham
aspectos de conservação ambiental: controlar a produção, a
comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que
comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente.
051
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/giria-e-jargao-a-lingua-mudaconforme-situacao.htm
07
O Uso dos Recursos
Renováveis e
Esgotáveis
052
Várias práticas permitem o uso dos recursos renováveis e esgotáveis que são
possíveis de serem estudadas, pesquisadas e aplicadas atualmente pelo Gestor
Ambiental para atender às questões de sustentabilidade. A principal delas refere-se à
conservação e geração de energia.
Há muitas fontes de energia renováveis consideradas ambientalmente amigáveis e
que aproveitam os processos naturais. Essas fontes fornecem uma alternativa “mais
limpa” de energia e ajudam a anular os efeitos de certas formas de poluição. Todas
essas técnicas de geração de energia podem ser descritas como renováveis, uma vez
que não estão esgotando nenhum recurso para criar a energia.
Embora existam muitos projetos de produção de energia renovável em grande escala,
tecnologias renováveis também são adequadas para pequenas aplicações, às vezes
em áreas rurais e remotas, onde a energia é crucial para o desenvolvimento humano.
Podemos indicar algumas delas em plena aplicação e desenvolvimento:
Energia solar
A energia solar utiliza o calor irradiado pelo sol para: 
Aquecimento e iluminação de casas e outros edifícios 
Geração de eletricidade para uso doméstico, comercial e �ns industriais.
A energia solar fotovoltaica é o aproveitamento da energia do sol para produzir
eletricidade. É uma das fontes de energia que mais cresce em todo o mundo, e as
novas tecnologias estão se desenvolvendo em ritmo acelerado.
As células solares são cada vez mais e�cientes, transportáveis com facilidade e mais
�exíveis, permitindo uma fácil instalação. Tem sido utilizada, principalmente, para
pequenas e médias aplicações, desde a calculadora alimentada com uma única célula
solar, até casas fora da rede normal, alimentadas por um conjunto de placas solares.
As instalações solares, nos últimos anos, têm se expandido nas áreas residenciais,
com os governos oferecendo programas de incentivo para a produção de energia
verde como opção economicamente viável.
053
Fonte: Disponível aqui
Assista a um vídeo explicativo sobre energia fotovoltaica.
Energia Eólica
Turbinas eólicas são colocadas em áreas de vento intenso para gerar eletricidade a
partir da energia do vento e realimentar a rede elétrica principal. A energia eólica é a
conversão de energia dos ventos por turbinas num formato útil gerando eletricidade.
Parques eólicos de grande escala são normalmente conectados à rede de transmissão
de energia elétrica local com pequenas turbinas usadas para fornecer energia elétrica
para áreas isoladas.
Unidades residenciais estão utilizando esse meio e são capazes de alimentar
aparelhos de grandes dimensões para casas inteiras, dependendo do tamanho. Os
parques eólicos instalados em áreas de terra ou de pastagem agrícola têm um dos
menores impactos ambientais de todas as fontes de energia.
A energia eólica tem sido historicamente usada diretamente para impulsionar barcos
a vela ou convertida em energia mecânica para bombeamento de água ou moagem
de grãos, mas o principal aplicativo da energia do vento hoje é a geração de
eletricidade.
054
https://youtu.be/S7XuLW1QZew
Fonte: Disponível aqui
Assista a um vídeo com informações sobre o funcionamento da
geração de energia eólica.
Energia geotérmica
A energia geotérmica é uma forma e�ciente de extrair a energia renovável a partir da
terra por meio de processos naturais, o que pode ser realizado em pequena escala
para fornecer calor para uma unidade residencial (uma bomba de calor geotérmica),
ou em grande escala para a produção de energia em uma central de energia
geotérmica.
Esse tipo de energia tem sido usado para aquecimento e banho desde os tempos
romanos antigos, mas agora é mais conhecida para a geração de eletricidade. A
energia geotérmica é rentável, con�ável e ambientalmente amigável, mas está
geogra�camente limitada a determinadas áreas próximas onde ocorrem fenômenos
geotérmicos.
O maior grupo de usinas de energia geotérmica do mundo está localizado em um
campo na Califórnia, Estados Unidos, onde a energia é gerada pelos gêiseres, que são
fontes de água quente que jorram do solo. Desde 2004, cinco países (El Salvador,
Quênia, Filipinas, Islândia e Costa Rica) geram mais de 15% de sua eletricidade a partir
de fontes geotérmicas.
A energia geotérmica não requer nenhum combustível é, portanto, imune a
�utuações no custo de combustível, mas os custos de capital tendem a ser elevados. A
perfuração é responsável pela maior parte dos custos das plantas elétricas de base
geotérmica, e a exploração implica riscos �nanceiros muito elevados.
055
https://youtu.be/6Fc3V0-ZA7k
Uma usina geotérmica de grande porte pode alimentar cidades inteiras, enquanto
usinas menores podem fornecer eletricidade a aldeias rurais ou calor para casas
individuais.
Fonte: Disponível aqui
O vídeo explica o princípio de funcionamento da energia geotérmica e
dá detalhes de reservas dessa energia na América do Sul (Chile).
Energia de Biomassa
O material biológico, incluindo plantas e animais, é usado para:
a) Produzir combustível, �bras, produtos químicos e calor.
b) Gerar eletricidade para a produção de combustíveis de biomassa.
Os resíduos biodegradáveis podem ser queimados para

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