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pessoa natural, capacidade, emancipação, nome civil, estado da pessoa natural

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AULA 3 – PESSOA NATURAL 
art. 1º do CC: “toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”. 
Art. 2º do CC. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; 
mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
Personalidade é atributo de toda e qualquer pessoa, seja natural ou jurídica. 
Personalidade jurídica, portanto, para a teoria Geral do direito civil, é a aptidão genérica 
para titularizar direitos e contrair obrigações, ou, em outras palavras, é o atributo para 
ser sujeito de direito. 
Adquirida a personalidade, o ente passa a atuar, na qualidade de sujeito de direito 
(pessoa natural ou jurídica), praticando atos e negócios jurídicos a pessoa natural, para o 
direito, é, portanto, o ser humano, enquanto sujeito/destinatário de direitos e obrigações. 
A personalidade civil da pessoa natural é adquirida no instante em que inicia o 
funcionamento do aparelho cardiorrespiratório, clinicamente aferível pelo exame de 
docimasia hidrostática de Galeno, mesmo que venha a falecer minutos depois, 
independentemente de forma humana ou viabilidade. 
 
NASCITURO 
O ser que está por nascer, mas já concebido no ventre materno”. 
A Lei civil trata do nascituro quando, posto não o considere explicitamente pessoa, 
coloca a salvo os seus direitos desde a concepção (art. 2.o do CC/2002) . 
Teorias que tratam do momento da aquisição da personalidade jurídica: 
Teoria natalista: a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida. 
Teoria da personalidade condicional: segundo esta teoria o nascituro possui direitos sob 
condição suspensiva que surge em sua plenitude como nascimento com vida e se 
extingue caso o feto não chegar a viver. O nascituro teria assegurados direitos 
personalíssimos (sem cunho patrimonial), como por exemplo direito à vida, a uma 
gestação saudável. Os direitos de cunho patrimonial seriam assegurados apenas como 
nascimento com vida. 
Teoria concepcionista: segundo esta teoria o nascituro adquiriria personalidade jurídica 
desde a concepção, sendo assim considerado pessoa. 
CAPACIDADE DE DIREITO E DE FATO E LEGITIMIDADE 
Adquirida a personalidade jurídica, toda pessoa passa a ser capaz de direitos e 
obrigações. 
Possui, portanto, capacidade de direito ou de gozo. Todo ser humano tem, assim, 
capacidade de direito, pelo fato de que a personalidade jurídica é atributo inerente à sua 
condição. 
Nem toda pessoa, porém, possui aptidão para exercer pessoalmente os seus direitos, 
praticando atos jurídicos, em razão de limitações orgânicas ou psicológicas. 
Se puderem atuar pessoalmente, possuem, também, capacidade de fato ou de exercício. 
Reunidos os dois atributos, fala-se em capacidade civil plena. 
Capacidade e legitimidade: nem toda pessoa capaz pode estar legitimada para a prática 
de determinado ato jurídico. A legitimação traduz uma capacidade específica, em 
virtude de um interesse que se quer preservar ou por alguma condição especial de 
determinada pessoa que se quer proteger, foram criados impedimentos circuntanciais. 
Ex: 
O tutor, embora maior e capaz, não poderá adquirir bens móveis ou imóveis do tutelado 
(art. 1.749, I, do CC/2002). 
Art. 1.749. Ainda com a autorização judicial, não pode o tutor, sob pena de 
nulidade: 
I - adquirir por si, ou por interposta pessoa, mediante contrato particular, bens 
móveis ou imóveis pertencentes ao menor; 
II - dispor dos bens do menor a título gratuito; 
III - constituir-se cessionário de crédito ou de direito, contra o menor. 
 
Dois irmãos, maiores e capazes, não poderão se casar entre si (art. 1.521, IV, do 
CC/2002). 
Portanto, temos: 
capacidade de direito = capacidade genérica 
capacidade de fato (ou de exercício) = capacidade específica 
legitimidade (ausência de impedimentos jurídicos circunstanciais para a prática de 
determinados atos). 
Quando a pessoa não possuir capacidade de fato, haverá incapacidade civil, absoluta ou 
relativa. 
Incapacidade Absoluta: falta de aptidão para praticar pessoalmente atos da vida civil 
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os 
menores de 16 (dezesseis) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
 
Incapacidade relativa entre a absoluta incapacidade e a plena capacidade civil, figuram 
pessoas situadas em zona intermediária, por não gozarem de total capacidade de 
discernimento e autodeterminação. 
Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os 
exercer: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação dada pela Lei nº 13.146, 
de 2015) (Vigência) 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua 
vontade; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
IV - os pródigos. 
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação 
especial. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
 
Suprimento da Incapacidade: 
Incapacidade absoluta através da representação. 
O representante pratica o ato no interesse do incapaz 
Incapacidade relativa: através de assistência 
O relativamente incapaz pratica o ato jurídico juntamente com seu assistente. 
 
EMANCIPAÇÃO 
Antecipação da capacidade plena. 
 
 Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica 
habilitada à prática de todos os atos da vida civil. 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art114
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art127
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento 
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o 
tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II - pelo casamento; 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de 
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha 
economia própria. 
 
A emancipação poderá ser: 
a) Voluntária – inciso I primeira parte 
b) Judicial – inciso I segunda parte 
c) Legal – incisos II a V 
 
 
A emancipação é irrevogável, mas os pais podem ser responsabilizados solidariamente 
pelos danos causados pelo filho que emanciparam. 
 
 
 
 
NOME CIVIL 
Sinal exterior mais visível de individualidade da pessoa natural. 
Teorias que explicam a natureza jurídica do direito ao nome: 
a) Direito de propriedade, cujo titular seria para uns a família e para outros o 
próprio indivíduo. Esta tese prospera em relação ao nome comercial que possui 
valor pecuniário, tornando patrimonial o direito do titular. Em relação ao nome 
civil não prospera uma vez que o direito ao nome tem natureza extrapatrimonial 
pois ninguém pode dispor, alienar ou abandonar o próprio nome. 
b) Meramente uma questão de estado: um fato protegido pelo ordenamento 
jurídico. Um simples sinal distintivo 
c) Um dos direitos da personalidade: é a teoria adotada pelo Código Civil. 
Art. 16.Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o 
sobrenome. 
Nome: denominação completa que se encontra no registro civil. 
Elementos principais: 
Prenome: nome de batismo, pode ser simples ou composto, em regra imutável. 
Patronímico: nome de família, sobrenome, apelido de família. 
Agnome: sinal distintivo que se acrescenta ao nome para diferenciá-lo de parentes 
próximos. Ex. Filho, Neto, Junior, etc. 
Elementos secundários: apostos antes do prenome. 
Títulos honoríficos: conde, comendador 
Títulos eclesiásticos: padre, cardeal, pastor 
Qualitativos de identidade oficial: Juiz, prefeito, senador, etc 
Títulos acadêmicos e científicos: doutor, mestre. 
PSEUDÔNIMO OU CODINOME; nome escolhido pelo próprio indivíduo para o 
exercício de uma atividade. Goza da mesma proteção que se dá ao nome. Comum no 
meio artístico e literário. 
 
POSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO DONOME: 
Regra Geral: no nome é marca da individualização da pessoa natural, um atributo de sua 
personalidade e suas alterações somente podem ocorrer por motivo relevante. 
Causas necessárias e voluntárias. 
Necessárias: são as decorrentes de modificação do estado de filiação Ex. 
reconhecimento/contestação de paternidade, adoção, alteração do nome dos pais. 
Nestes casos preserva-se o nome de família (sobrenome), para preservação da linhagem, 
de modo que seja uniforme , evitando constrangimentos sociais ao individuo. 
 
Causas voluntárias: 
Casamento. Independe de autorização judicial. § 1º artigo 1.565 “Qualquer dos 
nubentes, querendo, poderá acrescer ao seu o nome do outro. 
§ 2º artigo 1.571 “dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o 
cônjuge poderá manter o nome de casado, salvo, no segundo caso, dispondo em 
contrário a sentença de separação judicial. 
Causas que dependem de autorização judicial. 
Art. 56 da Lei de Registros Públicos (Lei 6.015) 
“ O interessado no primeiro ano após ter atingido a maioridade civil, poderá, 
pessoalmente, ou por procurador bastante, alterar o nome, desde que não prejudique os 
apelidos de família, averbando-se a publicação que será publicada pela imprensa.” 
É comum nestes casos a incorporação de sobrenomes maternos ou de avós, traduções de 
nomes estrangeiros ou transformação de prenome simples em composto ou vice-versa. 
Prazo decadencial 01 ano após completar 18 anos. Direito Potestativo. 
Deve o interessado comprovar que não há intuito fraudulento. 
Art. 58 LRP 
“ o prenome será definitivo, admitindo-se, todavia, a sua substituição por apelidos 
públicos notórios. 
Parágrafo único. A substituição do prenome será ainda admitida em razão de fundada 
coação ou ameaça decorrente da colaboração com apuração de crime, por determinação, 
em sentença, de juiz competente, ouvido o Ministério Público.” 
O teor do parágrafo único autorizava a mudança do prenome por erro gráfico, ou 
prenome suscetível de expor ao ridículo o seu portador. Enbora não exista mais a 
previsão legal a autorização persiste por autorizar a lei “nome correto”. 
Admite-se ainda em casos de mudança de gênero. 
O STF, em 2018 determinou que transgêneros têm o direito de alterar o nome social e o 
gênero no registro civil ainda que não tenham sido submetidos à cirurgia de 
redesignação sexual. 
 
Alteração compulsória do prenome: gêmeos ou irmãos de igual prenome, deverão ser 
inscritos com nome duplo ou nome completo diverso para que possam ser distinguidos 
entre si. 
 
Tutela Jurídica do nome: 
A designação do nome é de livre escolha do declarante, ressalvado o registro obrigatório 
do patronímico. 
Mesmo s que não tem conhecidos os pais tem direito ao nome. 
Art. 61 da LRP 
Art. 61. Tratando-se de exposto, o registro será feito de acordo com as declarações 
que os estabelecimentos de caridade, as autoridades ou os particulares comunicarem ao 
oficial competente, nos prazos mencionados no artigo 51, a partir do achado ou entrega, 
sob a pena do artigo 46, apresentando ao oficial, salvo motivo de força maior 
comprovada, o exposto e os objetos a que se refere o parágrafo único deste 
artigo. (Renumerado do art. 62, pela Lei nº 6.216, de 1975). 
Parágrafo único. Declarar-se-á o dia, mês e ano, lugar em que foi exposto, a hora 
em que foi encontrado e a sua idade aparente. Nesse caso, o envoltório, roupas e 
quaisquer outros objetos e sinais que trouxer a criança e que possam a todo o tempo 
fazê-la reconhecer, serão numerados, alistados e fechados em caixa lacrada e selada, 
com o seguinte rótulo: "Pertence ao exposto tal, assento de fls..... do livro....." e 
remetidos imediatamente, com uma guia em duplicata, ao Juiz, para serem recolhidos a 
lugar seguro. Recebida e arquivada a duplicata com o competente recibo do depósito, 
far-se-á à margem do assento a correspondente anotação. 
Art. 62. O registro do nascimento do menor abandonado, sob jurisdição do Juiz de 
Menores, poderá fazer-se por iniciativa deste, à vista dos elementos de que dispuser e 
com observância, no que for aplicável, do que preceitua o artigo anterior. 
 
Os artigos 17 e 18 do Código Civil de 2002 protege o nome contra sua utilização 
indevida. 
“Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou 
representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção 
difamatória. 
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.” 
 
 
ESTADO DA PESSOA NATURAL 
Indica sua situação jurídica nos contextos político, familiar e individual 
Estado político: considera a posição do individuo junto ao estado. Ex. nacionais e 
estrangeiros. 
Estado familiar: considera situações de cônjuge e parente. 
A pessoa poderá ser solteira, casada, viúva, divorciada ou judicialmente separada. 
Quanto ao parentesco vinculam-se por consanguinidade e afinidade, nas linhas restas e 
colateral. 
A união estável, embora considerada entidade familiar, desconhece o estado civil 
concubino ou convivente . 
Estado individual: condição física do indivíduo. Considera idade, sexo, menor ou maior, 
capaz ou incapaz. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6216.htm#art59
Características: 
Os atributos da pessoa são irrenunciáveis, inalienáveis e imprescritíveis . 
Ninguém pode renunciar ao seu estado de filho ou brasileiro, por exemplo. 
Não existe prazo para interpor ações judiciais referentes ao estado da pessoa natural.

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