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Estudo de caso

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Disciplina Manejo e Conservação do Solo
Estudo de caso: Você foi contratado (a) para avaliar a situação apresentada na Foto abaixo. Apresente relatório o mais detalhado possível dos métodos de controle da erosão que seriam utilizados para a situação apresentada. Declividade entre 14 a 18%.
Deve ser feito um estudo aprofundado na área, para obter informações sobre o local, características do solo, clima e histórico do local, assim como outros fatores, como a futura destinação da área. Deverão ser feitas coletas para analise do solo, com o objetivo da obtenção de dados, (características químicas, físicas e biológicas), permeabilidade e taxa de infiltração de água no solo, nível de compactação, sua composição, bem como o tipo/classe de solo ao qual pertence. Através desses dados é possível selecionar as técnicas que deverão ser utilizadas nesta situação.
Em seguida, com base nos dados, na observação da área e na declividade apontada de 14 a 18%. Devem ser tomadas as primeiras medidas para o controle da erosão apresentada no terreno.
O primeiro passo é proteger a área contra o escoamento superficial (responsável por desencadear o processo de erosão), criando uma proteção para a área e suavizando a inclinação, reduzindo seu comprimento e criando barreiras para uma aumentar a infiltração de água no solo ou canaliza-la obtendo uma melhor drenagem. O terraceamento é a pratica que mais se adequa a essa finalidade. 
O terraço é uma estrutura conservacionista que se constitui de um camalhão e um canal, feitos transversalmente em relação ao declive do terreno, tem a função de reter e infiltrar, ou escoar lentamente a água advinda das enxurradas. Seu tipo é definido segundo a declividade, tipo do solo, uso e manejo.
 Segundo PIRES e SOUZA (2006), os terraços podem reduzir as perdas de solo em até 70-80%, e de água em até 100%, desde que seja criteriosamente planejado, executado e conservado.
Conforme as informações da área, que apresenta de 14 a 18% de declividade, o recomendado é a construção de terraços de base estreita ou cordão de contorno, normalmente do tipo Nichol’s o terraço de base estreita possui largura da faixa de movimentação de 2 a 3 metros, causam perdas entre 8 a 10% da área, por conta da impossibilidade de cultivo no topo.
Figura I: Terraço de base estreita.
Logo após o terraceamento, o solo deve ser coberto assim que possível, podendo ser coberto com uma cobertura morta (resteva) ou cobertura viva (plantas, pastagens, cultivos...). 
Para dar início ao plantio (cobertura viva), deve ser realizada uma calagem, afim de regular o pH do solo, deixando favorável para o desenvolvimento das plantas e de microrganismos benéficos, está faixa encontra-se em pH 5,0 – 6,5. 
O pH é um indicador da qualidade biológico-físico-química do solo, na medida em que quanto mais ácido for um solo, menor sua fertilidade natural e maior a probabilidade de que este esteja adensado, compactado e sujeito à erosão. (VERDUM; VIEIRA; CANEPPELE. 2016).
A calagem consiste na incorporação de materiais ao solo, como o objetivo de corrigir acidez, visando melhorar características do solo, como por exemplo disponibilidade de nutrientes. Geralmente o material adicionado ao solo é o calcário (CaCO3). 
Figura II: Aplicação de Calcário.
Após o terraceamento e a calagem deve-se dar início as práticas que manterão o solo conservado, a práticas indicada é o plantio direto. 
	O plantio direto é um sistema de manejo, que busca causar mínimo impacto possível ao solo, nesse sistema não ocorre revolvimento do solo, preservando a sua estrutura, porosidade e atividade microbiológica. O plantio é realizado em sulcos abertos sobre o terreno, ao longo dos anos o terreno é coberto com restos de cultura (resteva), provenientes de colheitas anteriores. 
O plantio direto mantém a estrutura do solo, a porosidade natural, e não inverte camadas do solo mantendo a atividade microbiológica.
Figura III: Plantio direto.
O plantio direto, será responsável pela cobertura do solo, seja ela viva (plantas cultivadas) e cobertura morta (resteva). É importante que cobertura morta seja bem picada para distribuição homogênea na superfície do solo. 
 A cobertura do solo com resíduos vegetais, “cobertura morta”, tem como objetivo diminuir as oscilações de temperatura, que ocorrem em áreas de solo descoberto, aumentar a taxa de infiltração de água, reter água no solo, e evitar erosão pelo impacto de gotas da chuva, que é justamente aquilo que buscamos. 
Aliado ao plantio direto, é indicado a rotação de culturas, e devido as condições da área indico o cultivo em faixas de rotação, esse modo de cultivo consiste na implantação de faixas que se alternam com o tempo, a cada ano faixas que possuem diferentes áreas de cobertura e características de proteção do solo vão se alternando, como exemplificado na Figura IV: 
Figura IV: Cultivo em faixas de rotação. 
O uso desse manejo permite o cultivo de culturas que proporcionam menor proteção ao solo e culturas com maior eficiência no controle da erosão na área. O cultivo em faixa pode seguir largura e espaçamento utilizados na implantação dos terraços.
Por fim, recapitulando, indicaria a construção de terraços de base estreita devido a declividade apresentada 14-18%, a realização de uma calagem para melhoria das características do solo, em seguida a implantação do plantio direto com manutenção da cobertura do solo e cultivo em faixas de rotação.

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