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POLÍTICA SOCIAL II
POLÍTICAS SOCIAIS COMO ESPAÇO DE 
LUTAS: O DEBATE ACERCA DO PAPEL DO 
ESTADO E AS POLÍTICAS SOCIAIS.
- -2
Olá!
Nesta aula, você irá:
1 - Identificar o papel exercido pelo Estado e suas funções;
2 - Compreender a política social como espaço de luta de classes.
1 Introdução
Nesta aula, dando prosseguimento ao estudo realizado na disciplina de Política Social I, enfatizaremos questões
relacionadas ao papel do Estado e das políticas sociais numa sociedade capitalista. Será um aprofundamento, de
forma crítica, sobre o papel do Estado e das políticas sociais nesse contexto.
De início, é importante que fique claro que o Estado não é uma espécie de “árbitro negro”, acima de qualquer
interesse, porque:
Ele congrega interesses de ambas as classes, respondendo parte das demandas da classe trabalhadora de forma
que também não ameace o poder dos governantes;
Essas respostas podem ser mais ou menos intensas, de acordo com a conjuntura política e social vivenciada,
tendo como objetivo a regulação da força de trabalho, para a acumulação permanente de riquezas.
Como se dá a regulamentação dessa força de trabalho?
2 Regulamentação da força de trabalho
Para os governantes, não é interessante que o trabalhador exerça suas funções exaustivamente, porque se assim
o fizer, esse esgotamento, que é físico e mental, esgotará o trabalhador de uma só vez.
É importante que esse trabalhador esteja sempre disposto, para que a produção e acumulação de riquezas para a
classe dominante seja permanente. Para isso, o Estado “regula” essa força de trabalho, estabelecendo jornadas
fixas de trabalho (por exemplo, 8h/dia) e deliberando legislações trabalhistas e sociais, oferecendo a este
trabalhador um mínimo de subsistência, para que possa se recuperar e reiniciar sua jornada de trabalho no dia
seguinte.
- -3
O Estado
O Estado, na verdade, é uma relação social, permeada por conflitos. Não tem nada de neutro.
Para Vicente de Paula Faleiros, em seu livro Política social do Estado capitalista (9ª edição, de 2006 – Ed. Cortez),
o próprio grupo que está no poder entra em conflito por seus interesses, mesmo dentro do aparelho do Estado:
O Estado não é um árbitro neutro, nem um juiz do bem-estar do cidadão. Não é um instrumento, uma ferramenta
nas mãos das classes dominantes, para realizar seus interesses. O Estado é uma relação social. Nesse sentido, o
Estado é um campo de batalha, onde as diferentes frações da burguesia e certos interesses do grupo no poder se
defrontam e se conciliam com certos interesses das classes dominadas (2006, p. 53).
A ampliação da legislação social, para o economista Ernest Mandel, em seu livro O capitalismo tardio (1985, p.
338), possui uma contraditoriedade, pois ao mesmo tempo em que é concessão à crescente luta do proletariado,
também corresponde aos interesses gerais do modo de produção capitalista, assegurando a reconstituição física
da força de trabalho. Funciona como uma espécie de “freio” à superexploração desse trabalhador.
O papel que o Estado exerce, nesse contexto é fundamental para a manutenção da produção de riquezas. Mandel,
neste mesmo livro, (1985, p. 333-4) destaca que as principais funções do Estado são:
1
Criar as condições gerais de produção que não podem ser asseguradas pelas atividades
privadas dos membros da classe dominante;
2
Reprimir qualquer ameaça das classes dominadas ou de frações particulares das classes
dominantes ao modo de produção corrente através do Exército, da polícia, do sistema
judiciário e penitenciário;
3
Integrar a classe trabalhadora, garantindo que a ideologia da sociedade continue sendo a
da classe dominante e, em consequência, que as classes exploradas aceitem sua própria
- -4
exploração sem o exercício direto da repressão contra elas (porque acreditam que isso é
inevitável, ou que é “dos males o menor”, ou “a vontade suprema”, ou porque nem
percebem a exploração).
Ou seja, entre as funções exercidas pelo Estado, a principal seria a “manutenção da ordem”, evitando conflitos
que possam ameaçar a “paz social”, se propondo a aceitar e responder algumas demandas dos trabalhadores.
O Estado e as demandas das classes trabalhadoras
Para Raquel Raichelis, em seu livro “Legitimidade popular e poder público”, de 1988 (Editora Cortez, p. 28-9), o
Estado percebe a necessidade de responder as demandas das classes trabalhadoras, para:
Atender a exigência do próprio processo de desenvolvimento econômico, na medida em que os movimentos
reivindicatórios das classes dominadas podem trazer consequências negativas para o processo de produção e,
portanto, interferir nas condições de acumulação do capital;
3 As políticas sociais
O papel do Estado, numa sociedade regida pelo modo de produção capitalista, sempre terá como uma de suas
funções a regulamentação das relações de trabalho, com a finalidade de interferir no processo de reprodução da
força de trabalho. Ao regulamentar essas relações, tenta impedir que a trabalhador seja explorado ao ponto que
impeça ou ameace o processo de acumulação.
Uma das medidas para regulamentar as relações de trabalho são as políticas sociais. Importante compreender
que as políticas sociais não são instrumentos exclusivos do Estado para dominação da classe trabalhadora. Essa
é uma visão reducionista das políticas sociais.
- -5
Qual é a demanda da população em relação, por exemplo, às políticas de saúde?
A população quer, na verdade, que seja efetivado um direito que consta na Constituição Federal de 1988 – a
saúde é um direito de todos e dever do Estado. Os governantes apresentam alternativas que possam efetivar esse
direito, como a implementação de Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs, pensando que essa seria a
alternativa para que as pessoas não se deslocassem de seu município de origem para buscar atendimento em
grandes hospitais, em especial do município do RJ.
Ao implementar alternativas, os governantes têm que, periodicamente, avaliar se a alternativa implementada
está de fato atendendo a demanda dessa população. Isso quer dizer que, além de implementar políticas sociais, é
necessário que estas sejam reavaliadas permanentemente, de modo a atender a real demanda da população.
Dessa forma, não basta implementar políticas sociais: é fundamental a reavaliação constante dessas políticas,
senão não será atendido o objetivo principal, que é responder às demandas da população para manter a “paz
social”.
Esse é o ponto crucial de nosso estudo: o Estado só conseguirá se legitimar a partir do momento que atenda às
reais necessidades da população mais empobrecida. Sendo assim, as políticas sociais que serão implementadas
são de fato, resultado da luta da população pela concretização de seus direitos, e ao mesmo tempo, constitui-se
em mecanismo do Estado para regulação da força de trabalho, buscando sua legitimação como mantedor da
ordem social.
- -6
4 A pobreza no Brasil
A pobreza no Brasil não é algo recente, mas fruto de uma política econômica dependente dos países de
capitalismo avançado – lembre-se que nossa economia era baseada na importação de nossos produtos, que eram
vendidos para países de capitalismo avançado, além de nosso passado de origem escravocrata.
Os frutos dessa relação de dependência refletiram nas políticas sociais que foram implementadas a partir dos
anos 1930, com o Estado Novo, tema que será desenvolvido em nossa próxima aula.
O que vem na próxima aula
•A política social no período do Estado Novo;
•O protagonismo das políticas na área de Previdência Social;
•O surgimento e desenvolvimento das grandes instituições sociais.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• compreendeu o papel do Estado e suas funções;
Fique ligado
Outro ponto importante a salientar é que, quando os governantes proporcionam algum tipo de
política social ao cidadão, não estão fazendo mais do que sua obrigação, que é zelar pelo bem-
estar da população.
Saiba mais
Leia "Germinal: Exploração, Consciência e Luta" no link: http://www.webartigos.com/artigos/germinal-exploracao-consciencia-e-luta/22544/#ixzz1wp7hNE8y
•
http://www.webartigos.com/artigos/germinal-exploracao-consciencia-e-luta/22544/#ixzz1wp7hNE8y
http://www.webartigos.com/artigos/germinal-exploracao-consciencia-e-luta/22544/#ixzz1wp7hNE8y
- -7
• compreendeu o papel do Estado e suas funções;
• entendeu que a política social não é algo unilateral, mas congrega, assim como o Estado, o interesse de 
ambas as classes sociais, sejam em maior ou menor intensidade, de acordo com a conjuntura política 
vigente
•
•
	Olá!
	1 Introdução
	2 Regulamentação da força de trabalho
	3 As políticas sociais
	4 A pobreza no Brasil
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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