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Eletrocardiograma (ECG)

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Eletrocardiograma 
- Reprodução gráfica da atividade elétrica do 
coração, mensurada através de um 
eletrocardiógrafo. 
- Utilizado para detecção de anormalidades 
na condutividade elétrica do coração e no 
diagnóstico de patologias cardíacas. 
Como o ECG é realizado? 
Através de eletrodos metálicos sobre a pele 
do paciente, na região do peito, tornozelos e 
punhos. 
Eletrodos: pequenos dispositivos em formato 
de ventosa, clip ou pinça, que captam e 
transmitem os estímulos elétricos cardíacos 
durante a eletrocardiografia. 
*As cores dos eletrodos variam, é 
necessário seguir o manual para colocação. 
> O ECG convencional propicia 12 diferentes 
incidências vetoriais da atividade elétrica do 
coração, refletidas pelas diferenças de 
potencial elétrico entre eletrodos negativos 
e positivos, colocados nos membros e na 
parede torácica. 
> 6 dessas incidências (câmeras) são 
verticais (derivações frontais D1, D2 e D3 e 
derivação dos membros aVR, aVL e aVF) e 6 
são horizontais (derivações precordiais V1, 
V2, V3, V4, V5 e V6, colocada no peito). 
*6+6=12 
Eletrodos em punhos e tornozelo (conexões 
periféricas): 
- com apenas 3 eletrodos é possível 
determinar 6 derivações (câmeras). 
- derivações do plano vertical. 
 
 
*L= left, R= right e F= foot. 
 
Eletrodos na caixa torácica: 
- derivações precordiais (V1, V2, V3, V4, V5 
e V6: plano horizontal). 
Posicionamento: 
V1: 4º espaço intercostal direito na linha 
paraesternal. 
V2: 4º EIC esquerdo na linha paraesternal. 
V3: entre as derivações de V2 e V4. 
V4: 5º EIC esquerdo na linha hemiclavicular. 
V5: 5º EIC esquerdo na linha axilar anterior. 
V6: 5º EIC esquerdo na linha axilar média. 
 
O traçado do ECG: 
 
> Definidas as medidas do papel de registro 
é possível calcular a frequência cardíaca: 
Ritmos regulares: 
Referência: intervalo entre as ondas R. 
300 ÷ Q (“quadradões”) = FC (bpm). 
1500 ÷ q (“quadradinhos”) = FC (bpm). 
Ritmos irregulares: 
Número de batimentos presentes no ECG 
(cada complexo QRS) x 6 = número de 
batimentos por minuto (bpm). 
*Sempre D2 longa. 
ECG em 5 passos: 
!) análise do ritmo, FC e onda P 
Ritmo sinusal: tem onda P positiva em D1, D2 
e AVF e onda P precedendo todo o QRS. 
FC: 1500 ÷ q (R-R) = FC (bpm). 
> velocidade do eletro 25mm/s. 
2) intervalo PR 
3) complexo QRS 
4) segmento ST 
5) onda T 
 
Tempo e amplitudes normais: 
> O batimento cardíaco começa com um 
impulso do marca-passo (nó sinoatrial/ 
sinusal). Esse impulso ativa as câmaras 
superiores do coração (átrios). A onda P 
representa a ativação dos átrios. 
> Em seguida, a corrente elétrica flui para 
as câmaras inferiores do coração 
(ventrículos). O complexo QRS representa a 
ativação dos ventrículos. 
> A seguir, os ventrículos precisam passar 
por uma alteração elétrica para se 
prepararem para o próximo batimento 
cardíaco. Esta atividade elétrica é chamada 
onda de recuperação (onda T). 
 
Onda P: despolarização atrial (potencial de 
ação conduzido pelos átrios, primeira onda). 
- tempo: 0,08s (2q) a 0,11s 
- Amplitude: 0,25-0,30 mV (avaliada em DII). 
- Polaridade: normalmente positiva (“onda 
alta” em DI, DII e DIII e negativa em aVR). 
- Toda onda P deve preceder um QRS no 
ECG normal (relação de 1:1). 
- Ausência da onda P constitui arritmias. 
- Onda P com medida > 0,30mV e duração 
> 0,11 deve ser analisada no contexto do 
quadro clínico, pois pode corresponder à 
crescimento atrial (demora para contrair). 
- Onda P alargada ou bimodal, pode 
prenunciar o aparecimento de fibrilação 
atrial (não chega sangue ao ventrículo). 
Intervalo PR: condução através do nó 
sinoatrial até chegar no nó atrioventricular e 
começar a ser conduzido aos ventrículos. 
Tempo: 0,12 - 0,20 (5q/1Q) segundos. 
- BAV (bloqueio atrioventricular) de 1º grau: 
prolongamento anormal do intervalo PR (> 
200ms), sempre conduz. 
- BAV de 2º grau (Mobitz I): prolongamento 
progressivo (“avisa”) do intervalo PR (até não 
ter o QRS), nem sempre conduz. 
- BAV de 2º grau (Mobitz II): intervalo PR 
iguais, até não ter mais (“não avisa”). 
- BAV avançado: BAV de 3º grau ou total 
(BAVT) = presença de mais de uma onda P 
(sozinha, sem QRS) bloqueada seguidamente. 
Complexo QRS: despolarização ventricular 
(contração dos ventrículos). 
- duração normal entre 0,05 a 0,11 s, não 
deve exceder 2,5 quadradinhos. 
- Alterações morfológicas do QRS permitem 
identificar patologias cardíacas. 
 
 Segmento ST: é observado no final do 
complexo QRS e início da onda T, possui 
caráter isoelétrico. 
- aumento do segmento ST = IAM. 
 
Onda T: repolarização ventricular 
- alteração primária da repolarização 
ventricular refere-se à onda T pontiaguda e 
simétrica, sugestiva de isquemia miocárdica. 
Onda T apiculada, de base estreita e ampla, 
ultrapassando quase sempre o tamanho do 
QRS sugere hiperpotassemia/hipercalemia. 
 
Intervalo QT: duração total da sístole elétrica 
ventricular. Os limites normais desse 
intervalo giram em torno de 0,30s-0,46s. 
 
Onda U: pequena deflexão após a onda T, 
sendo observada melhor em V2 e V3. É 
melhor identificada em frequências 
cardíacas mais baixas. Ondas U positivas e 
proeminentes são encontradas nas 
bradicardias, na hipopotassemia, na ação 
medicamentosa, nas manifestações 
cerebrovasculares, na hipertrofia 
ventricular esquerda, na síndrome do QT 
longo congênito e no hipertireoidismo. 
Já as ondas U negativas em isquemia 
miocárdica, nas sobrecargas de ambas as 
câmaras ventriculares e como manifestação 
da síndrome do QT longo.

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